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C U R S I N H O P R Ó - E N E M U F M S - 2 0 1 5

LISTA DE EXERCÍCIOS (01) NÚMERO III. Não obedece à Lei das Três Unidades (tempo,
lugar e ação). Suas peças compõem-se de cenas ou
Prof.– Gustavo.Saldivar
Literatura
quadros encadeados sem rigidez na sequência
temporal e espacial.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
LISTA 1 - HUMANISMO / GIL VICENTE
(B) Apenas III.
1- O teatro de Gil Vicente caracteriza-se por ser
fundamentalmente popular. E essa característica (C) Apenas I e II.
manifesta-se, particularmente, em sua linguagem (D) Apenas II e III.
poética, como ocorre no trecho a seguir, de O Auto
(E) I, II e III.
da Barca do Inferno.
3- Gil Vicente escreveu o Auto da Barca do Inferno
Ó Cavaleiros de Deus,
em 1517, no momento em que eclodia na
A vós estou esperando, Alemanha a Reforma Protestante com a crítica
Que morrestes pelejando veemente de Lutero ao mau clero dominante na
Igreja. Nessa obra, há a figura do frade,
Por Cristo, Senhor dos Céus!
severamente censurado como um sacerdote
Sois livres de todo o mal, negligente. Indique a alternativa cujo conteúdo
Mártires da Madre Igreja, não se presta a caracterizar, na referida peça, os
erros cometidos pelo religioso.
Que quem morre em tal peleja
a) Não cumprir os votos de celibato, mantendo a
Merece paz eternal. concubina Florença.
No texto, fala final do Anjo, temos no conjunto dos b) Entregar-se a práticas mundanas, como a dança.
versos
c) Praticar esgrima e usar armamentos de guerra,
(A) variação de ritmo e quebra de rimas. proibidos aos clérigos.
(B)igualdade de métrica e de esquemas das palavras d) Transformar a religião em manifestação formal, ao
que rimam. automatizar os ritos litúrgicos.
(C)ausência de ritmo e igualdade de rimas. e) Praticar a avareza como cúmplice do Fidalgo, e a
(D) alternância de redondilha maior e menor e exploração da prostituição em parceria com a
simetria de rimas. alcoviteira.
(E)redondilha menor e rimas opostas e emparelhadas. 4- Leia o texto abaixo pautado para responder ao
2- Considere as seguintes afirmações sobre o teatro que se pede:
vicentino. Frade
I. Suas peças são escritas em versos, na medida velha, Corpo de Deus consagrado!
e revelam boa poesia dramática, ao lado da densidade Pela fé de Jesus Cristo
da crítica social, fundada em uma visão medieval,
religiosa e cristã de um mundo em transformação. que não posso entender isto!
II. Põe em cena todos os segmentos da sociedade Hei de ser eu condenado?
portuguesa de seu tempo, da elite palaciana aos Um padre tão namorado,
excluídos socialmente, e até mesmo a corte, na qual tão dedicado à virtude!
representava suas peças, é alvo da crítica indireta do
dramaturgo. Dê-me Deus tanta saúde
quanto estou maravilhado.
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Diabo quem julga as pessoas. Com isso, Gil Vicente queria
Deixemos de mais demora. transmitir ao público a idéia de que só o mal pode
julgar o mal, enquanto o papel do bem consistia em
Embarcai e partiremos. apenas contemplar a condenação irreversível de todos
Tomareis um par de remos. os homens.
Frade d) o fato de o diabo atuar como um juiz caracteriza
uma crítica à classe dos juízes, dos advogados, dos
No ajuste isto não vigora.
procuradores e dos corregedores. Gil Vicente defendia
Diabo a idéia de que só Deus pode determinar o destino dos
Pois vai na sentença, agora. homens, independentemente das decisões
humanas.Pandora Vestibulares, com você em todas as
Frade
fases.
Não esperava por ela.
e) o teatro de Gil Vicente está sustentado pela ética
Não vai em tal caravela católica medieval. Daí o julgamento dos homens
minha senhora Florença. segundo uma perspectiva maniqueísta (anjo e diabo =
céu e inferno, respectivamente). Essa interpretação
Como, por ser namorado aparece no Auto da barca do Inferno através da crítica
e folgar com uma mulher ao comportamento e às práticas morais da época.
há de um frade se perder 5- Sobre o Auto da barca do Inferno, de Gil
com tanto salmo rezado? Vicente, é incorreto afirmar:
Diabo a) O autor apresenta severa crítica à prepotência e
tirania dos nobres, e à desonestidade e corrupção dos
Ora, estás bem preparado. homens da lei.
Frade b) Na luta entre o Bem e o Mal são favorecidos
E tu, bem mais prevenido. aqueles que em vida pertenceram à classe social
privilegiada.
Diabo
c) O diabo atua como agente crítico, que revela as
Devoto, padre e marido,
mentiras e falsidades das personagens.
aqui serás castigado.
d) Pelo julgamento do Anjo, o Parvo embarca para o
( Gil Vicente - Auto da Barca do Inferno ) paraíso, uma vez que o céu pertence aos simples.
A última fala do diabo, revela-nos que o teatro de e) O autor vale-se do tema do Juízo Final para
Gil Vicente, especificamente este Auto da barca do estabelecer uma crítica à sociedade, fazendo desfilar
Inferno, pode ser visto também como uma espécie em cena os tipos sociais identificados através de suas
de tribunal, onde os homens são julgados segundo qualidades e defeitos.
o que fizeram em suas vidas. Sendo assim, é
6- Sobre o teatro de Gil Vicente e em especial o
possível afirmar que:
Auto da Barca do Inferno, são feitas as seguintes
a) o teatro vicentino apresenta preocupação político- afirmações:
social, pois seu autor defende as classes menos
I. Uma das características do auto é a rica elaboração
favorecidas, excitando uma considerável revolta
de cenários e a retomada dos padrões clássicos do
social.
teatro grego.
b) Gil Vicente contemplou a sociedade de sua época
II. O texto é de fundamental importância, uma vez que
através de um olhar crítico, que lhe permitiu condenar
toda a carga teatral está no que é dito e não no que é
livremente as pessoas que deveriam ir para o Inferno
visto.
pagar os pecados cometidos em vida.
III. O talento e a intuição lírica trouxeram ao teatro de
c) o diabo é uma figura decisiva nesta peça, pois é ele
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Gil Vicente uma universalidade nunca antes alcançada 9- Considere as seguintes afirmações sobre o Auto
na Literatura Portuguesa. Pandora Vestibulares, com da Barca do Inferno, de Gil Vicente:
você em todas as fases. I. O auto atinge seu clímax na cena do Fidalgo,
Assinale: personagem que reúne em si os vícios das diferentes
a) se todas as afirmações forem corretas. categorias sociais anteriormente representadas.
b) se todas as afirmações forem incorretas. II. A descontinuidade das cenas é coerente com o
caráter didático do auto, pois facilita o distanciamento
c) se as afirmações I e II forem corretas. do espectador.
d) se as afirmações II e III forem corretas. III. A caricatura dos tipos sociais presentes no auto
e) se as afirmações I e III forem corretas. não é gratuita nem artificial, mas resulta da
acentuação de traços típicos.
7- Leia as proposições abaixo e assinale a
alternativa correta sobre o Auto da barca do Está correto apenas o que se afirma em:
Inferno. (A) I.
I. O Frade é condenado ao Inferno somente porque é (B) II.
brincalhão e excelente dançarino.
(C) II e III.
II. O Judeu aceitou pagar propina aos membros do
judiciário e do clero e por isso terá sua alma (D) I e II.
condenada. (E) I e III.
III. Os quatro cavaleiros são salvos, pois representam 10- Na seguinte cena do Auto da Barca do Inferno,
os verdadeiros valores da fé cristã. o Corregedor e o Procurador dirigem-se à Barca
a) Estão corretas a I e a III. da Glória, depois de se recusarem a entrar na
Barca do Inferno:
b) Estão corretas a II e a III.
Corregedor
c) Apenas a III está correta.
Ó arrais dos gloriosos,
d) Apenas a II está correta.
passai-nos neste batel!
e) Estão corretas a I e a II
Anjo
8- Indique a afirmação correta sobre o Auto da
Barca do Inferno, de Gil Vicente: Ó pragas pera papel, pera as almas odiosos!
a) É intrincada a estruturação de suas cenas, que Como vindes preciosos,
surpreendem o público com o inesperado de cada sendo filhos da ciência!
situação. Corregedor
b) O moralismo vicentino localiza os vícios não nas Ó! habeatis clemência
instituições, mas nos indivíduos que as fazem
viciosas. e passai-nos como vossos!
c) É complexa a crítica aos costumes da época, já que Joane (Parvo)
o autor é o primeiro a relativizar a distinção entre o Hou, homens dos breviairos,
Bem e o Mal.
rapinastis coelhorum
d) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens
et perniz perdiguitorum
populares, as mais ridicularizadas e as mais
severamente punidas. e mijais nos campanairos!
e) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não Corregedor
fazendo referência a qualquer exemplo de valor Ó! Não nos sejais contrairos,
positivo.
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Pois nom temos outra ponte! e alegre, o Diabo vicentino é um personagem sisudo,
Joane (Parvo) Beleguinis ubi sunt? de poucas e irônicas falas.
Ego latinus macairos. Quais estão corretas?

Vocabulário: a) Apenas I.
pera: para b) Apenas III.
habeatis: tende c) Apenas I e II.
homens dos breviairos: homens de leis Rapinastis d) Apenas II e III.
coelhorum/Et perniz perdiguitorum: Recebem e) Todas as alternativas.
coelhos e pernas de perdiz como suborno 12- (UFRGS – 2006) A cena do embarque do frade
Beleguinis ubi sunt?: Onde estão os oficiais de Babriel é uma das mais importantes do Auto da
justiça? Barca do Inferno, de Gil de Vicente.
Ego latinus macairos: Eu falo latim macarrônico Numere as seguintes ações de Babriel de acordo
(Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno. São Paulo: com a ordem em que elas ocorrem na referida
Ateliê Editorial, 1996, p. 107-109.) cena.
I. O Corregedor é acusado de corrupção na passagem ( ) O frade utiliza-se do hábito na tentativa de alcançar
em que o Parvo se refere ao fato de ele receber a salvação.
subornos, “presentes”, “propinas”, “agrados”, ( ) O frade, ao se encontrar com o Diabo, está
pequenos mimos tais como coelhos e pernas de acompanhado de Florença.
perdizes. ( ) O frade dirige-se à Barca da Glória.
II. O Corregedor é acusado, na peça, de ser ( ) O frade é recebido pelo parvo Joane.
desrespeitoso (mijar nos campanários), injusto com
relação aos desfavorecidos, preguiçoso e adúltero, ( ) O frade, acompanhado da mulher, acolhe a
pecados pelos quais é condenado a seguir com o sentença.
Diabo na Barca do Inferno. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses,
III. O Parvo se expressa em latim para ridicularizar e de cima para baixo, é
ironizar a postura dos magistrados. Chega a admitir a) 2 – 1 – 4 – 3 – 5.
essa intenção, ao afirmar que seu latim é macarrônico.
b) 3 – 4 – 2 – 5 – 1.
Quais estão corretas?
c) 2 – 1 – 3 – 4 – 5.
(A) Apenas I.
d) 5 – 3 – 2 – 1 – 4.
(B) Apenas II.
e) 5 – 2 – 3 – 4 – 1.
(C) Apenas I e III.
13- (UFRGS – 2004) Considere as seguintes
(D) Apenas II e III afirmações, relacionadas ao episódio do embarque
(E) I, II e III. do fidalgo, da obra Auto da Barca do inferno, de
Gil de Vicente.
11- (UFRGS – 2009) Considere as afirmações
abaixo sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil de I – A acusação de tirania e presunção dirigida ao
Vicente. fidalgo configura uma critica não ao indivísuo, mas à
classe a que pertence.
I – O Fidalgo e o Sapateiro levam consigo objetos
característicos de seu status social em vida. II – Gil Vicente critica as desigualdades sociais ao
apontar o desprezo do fidalgo aos pequenos, aos
II – Apenas o Parvo e os quatro Cavaleiros cruzados desfavorecidos.
serão conduzidos pela Barca da Glória.
III – No momento em que o fidalgo pensa ser alvo por
III – Ao contrário do Anjo vicentino, que é persuasivo
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haver deixado, em terra, alguém orando por ele, e) I, II e III.
evidencia-se a crítica vicentina à fé religiosa. GABARITO:
Quais estão corretas? 1- B 2- E 3- E 4- E 5- B 6- D 7- C 8- B 9- C
a) Apenas I. 10- E 11- C 12- C 13- B
b) Apenas I e II. 14- C 15- B
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III. Questões sobre humanismo literatura - Lista 2
e) I, II e III.
1) (FUVEST) Aponte a alternativa correta em relação
14- (UFRGS – 2002) Assinale a alternativa a Gil Vicente:
alternativa incorreta sobre a obra de Gil Vicente.
a) Gil Vicente tem suas raízes na Idade Média, mas a) Compôs peças de caráter sacro e satírico.
volta-se para o Renascimento, aliando o humanismo b) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.
religioso à atitude critica diante dos problemas c) Escreveu a novela Amadis de Gaula.
sociais. d) Só escreveu peças e português.
b) Variada na forma, a obra vicentina desvenda os e) Representa o melhor do teatro clássico português.
costumes do século XVI, satirizando a sociedade
feudal sem perder o caráter moralista e resguardando 2) (FUVEST-SP) Caracteriza o teatro de Gil Vicente:
o sentido de intervenção social.
c) Embora critique o clero, a nobreza e seu séquito a) A revolta contra o cristianismo.
ocioso, o teatro vicentino faz a exaltação heróica dos b) A obra escrita em prosa.
reis, atitude comum na Idade Média. c) A elaboração requintada dos quadros e cenários
apresentados.
d) Ao mesmo tempo que desenvolve a sátira social, a d) A preocupação com o homem e com a religião.
produção vicentina aponta para a necessidade de e) A busca de conceitos universais.
reforma da Igreja, devido aos abusos do clero.
e) Trabalhando com uma verdadeira galeria de tipos, 3) O Cancioneiro Geral não contém:
Gil Vicente adapta o uso da linguagem coloquial ao
estilo e à condição social de cada um deles. a) Composições com motes e glosas.
b) Cantigas e esparsas.
15- (UFRGS – 2000) Em relação ao Auto da Barca
c) Trovas e vilancetes.
do Inferno de Gil Vicente, considere as seguintes
d) Composições na medida velha.
afirmações.
e) Sonetos e canções.
I. Trata-se de um grande painel que satiriza a
sociedade portuguesa do seu tempo. 4) (FUVEST-SP) Diabo, Companheiro do Diabo,
II. Representa a transição da Idade Média para o Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade,
Renascimento, guardando traços dos dois períodos. Florença, Brísida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador,
Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do
III. Sugere que o diabo, ao julgar justos e pecadores,
Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.
tem poderes maiores que Deus.
Quais estão corretas? Analise as informações abaixo e selecione a
a) Apenas I. alternativa incorreta cujas características não
descrevam
b) Apenas I e II. adequadamente a personagem.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III. a) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e
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usurário; de tudo que juntara, nada leva para a morte, nova, denominação que recebemos os versos
ou decassílabos, trazidos da Itália por Sá de Miranda, em
melhor, leva a bolsa vazia. 1527.
b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado e) A poesia palaciana foi compilada em 1516, por
por suas fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e Garcia de Resende, no Cancioneiro Geral, antologia
as armas de esgrima. que reúne 880 composições, de 286 autores, dos quais
c) O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem 29 escreviam em castelhano. Abrange a produção
apressa o embarque dos condenados; é dissimulado e poética dos reinados de D. Afonso V (1438-1481), de
irônico. D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I – O
d) O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a Venturoso (1495-1521).
morte pela fé; é austero e inflexível.
e) O Corregedor representa a justiça e luta pela 7) Autor que levava no palco a sociedade portuguesa
aplicação integra e exata das leis; leva papéis e da primeira metade do século XVI, vivenciando, na
processos. expressão de Antônio José Saraiva, o reflexo da crise.
II. Atuou na linha do teatro de costumes, associou o
5) A obra de Fernão Lopes tem um caráter: burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar
flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
a) Puramente científico, pelo tratamento documental
da matéria histórica; Os enunciados referem-se, respectivamente, aos
b) Essencialmente estético pelo predomínio do teatrólogos:
elemento ficcional; a) Camilo Castelo Branco e José de Alencar.
c) Basicamente histórico, pela fidelidade à b) Machado de Assis e Miguel Torga.
documentação e pela objetividade da linguagem c) Gil Vicente e Nélson Rodrigues.
científica; d) Gil Vicente e Martins Pena.
d) Histórico-literário, aproximando-se do moderno e) Camilo Castelo Branco e Nélson Rodrigues.
romance histórico, pela fusão do real com o
imaginário. 8) Leia agora as seguintes estrofes, que se encontram
e) Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa em passagens diversas de A FARSA DE INÊS
histórica, pelas qualidades do estilo e pelo tratamento PEREIRA de Gil Vicente:
literário, que reveste a narrativa histórica de um tom
épico e compõe cenas de grande realismo plástico, Inês:
além do domínio da técnica dramática de composição. Andar! Pero Marques seja!
Quero tomar por esposo
6) Sobre a poesia palaciana, assinale a alternativa quem se tenha por ditoso
falsa: de cada vez que me veja.
Por usar de siso mero,
a) É mais espontânea que a poesia trovadoresca, pela asno que leve quero,
superação da influência provençal, pela ausência de e não cavalo folão;
normas para a composição poética e pelo retorno á antes lebre que leão,
medida velha. antes lavrador que Nero.
b) A poesia, que no trovadorismo era canto, separa-se
da música, passando a ser fala. Destina-se à leitura Pero:
individual ou à recitação, sem o apoio de instrumentos I onde quiserdes ir
musicais. vinde quando quiserdes vir,
c) A diversidade métrica da poesia trovadoresca foi estai quando quiserdes estar.
praticamente reduzida a duas medidas: os versos de 7 Com que podeis vós folgar
sílabas métricas (redondilhas menores). que eu não deva consentir?
d) A utilização sistemática dos versos redondilhas
denominou-se medida velha, por oposição à medida (nota: folão, no caso, significa "bravo", "fogoso")
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Ó que grandes que lhos dão!***
a) A fala de Inês ocorre no momento em que aceita
casar-se com Pero Marques, após o malogrado * (corocha) cobertura para a cabeça própria das
matrimônio com o escudeiro. Há um trecho nessa fala alcoviteiras; (por capela) por grinalda.
que se relaciona literalmente com o final da peça. Que ** caminha tão corajosa
trecho é esse? Qual é o pormenor da cena final da *** Ó que grandes açoites que lhe dão!
peça que ele está antecipando? (Gil Vicente, "O Velho da Horta", em Cleonice
Berardinelli (org.), "Antologia do Teatro de Gil
b) A fala de Pero, dirigida a Inês, revela uma atitude Vicente". Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Brasília,
contrária a uma característica atribuída ao seu INL, 1984, p.274).
primeiro marido. Qual é essa característica ?
a) A qual desventura refere-se o Velho neste diálogo
c) Considerando o desfecho dos dois casamentos de com a Mocinha?
Inês, explique por que essa peça de Gil Vicente pode b) A que se deve o castigo imposto a Branca Gil?
ser considerada uma sátira moral. c) Diante do castigo, Branca Gil adota uma atitude
paradoxal. Por quê?
9) O argumento da peça "A Farsa de Inês Pereira", de
Gil Vicente, consiste na demonstração do refrão 11) Sobre o Humanismo, identifique a alternativa
popular "Mais quero asno que me carregue que cavalo falsa:
que me derrube". Identifique a alternativa que NÃO
corresponde ao provérbio, na construção da farsa. a) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização
do homem, de seus atributos e realizações.
a) A segunda parte do provérbio ilustra a experiência b) Configura-se na máxima de Protágoras: “O homem
desastrosa do primeiro casamento. é a medida de todas as coisas”.
b) O escudeiro Brás da Mata corresponde ao cavalo, c) Rejeita a noção do homem regido por leis
animal nobre, que a derruba. sobrenaturais e opõe-se ao misticismo.
c) O segundo casamento exemplifica o primeiro d) Designa tanto uma atitude filosófica intemporal
termo, asno que a carrega. quanto um período especifico da evolução da cultura
d) O asno corresponde a Pero Marques, primeiro ocidental.
pretendente e segundo marido de Inês. e) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é
e) Cavalo e asno identificam a mesma personagem em pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência
diferentes momentos de sua vida conjugal. liberta o homem de seu insignificância terrena.

10) pergunta:Leia os diálogos abaixo da peça "O 12) Ainda sobre o Humanismo, assinale a afirmação
Velho da Horta" de Gil Vicente: incorreta:

(Mocinha) - Estás doente, ou que haveis? a) Associa-se à noção de antropocentrismo e


(Velho) - Ai! não sei, desconsolado, representou a base filosófica e cultural do
Que nasci desventurado. Renascimento.
(Mocinha) - Não choreis; b) Teve como centro irradiador a Itália e como
mais mal fadada vai aquela. precursor Dante Alighieri, Boccaccio e Petrarca.
(Velho) - Quem? c) Denomina-se também Pré-Renascentismo, ou
(Mocinha) - Branca Gil. Quatrocentismo, e corresponde ao século XV.
(Velho) - Como? d) Representa o apogeu da cultura provençal que se
(Mocinha) - Com cent'açoutes no lombo, irradia da França para os demais países, por meio dos
e uma corocha por capela*. trovadores e jograis.
E ter mão; e) Retorna os clássicos da Antiguidade greco-latina
leva tão bom coração,** como modelos de Verdade, Beleza e Perfeição.
como se fosse em folia.
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Colore o colo de cal,
Gabarito: Torna corada a menina
E o sol, vendo aquela cor
1) A 2) D 3) E 4) E 5) E 6) A 7) D 8) a) O trecho que Do colar de Carolina
se relaciona literalmente com o final da peça é "asno Põe coroas de coral
que me leve quero". Pero Marques age como um Nas colunas da colina
"asno" em duas situações: a primeira quando serve de
cavalgadura; a segunda, por não saber que Inês o traía. Pode-se afirmar a respeito do texto:
b) O primeiro marido de Inês - Brás da Mata - tratava- (a) São versos para crianças, tratando-se portanto, de
a de modo agressivo e tirânico, já Pero dá-lhe total literatura de caráter didático.
liberdade. (b) todas as palavras estão empregadas em sentido
c) É uma sátira moral da sociedade portuguesa da denotativo, o que por vezes acontece em textos
época. Inês abandona seus ideais com o propósito de poéticos.
levar uma vida prazerosa. (c) Os versos não têm valor estético porque não
9) E 10) a) O Velho, enganado pela alcoviteira Branca exprimem um pensamento profundo.
Gil e sem sua fortuna, lamenta a infelicidade amorosa (d) As sonoridades dos vocábulos foram habilmente
que o destino lhe reservou, confirmando uma de suas manipuladas, o que revela o virtuosismo do autor.
máximas: "O maior risco da vida / e mais perigoso é (e) É uma composição tipicamente modernista, visto
amar". que os versos não têm medida certa nem rima.
b) A prática da alcovitagem, associada a feitiçarias
leva Branca Gil a ser punida com "cent'açoutes no
lombo" e degredo. 03. CANÇÃO AMIGA
c) A atitude de Branca Gil pode ser entendida como
paradoxal, pois, enquanto é castigada pelos belenguis, Eu preparo uma canção
não assume uma postura arrependida e contrita, mas Em que minha mãe se reconheça,
corajosa. Todas as mães se reconheçam
11) E 12) D E que fale com dois olhos
Caminho por uma rua
Lista 3 - Que passa em muitos países
Se não me vêem, eu vejo
E saúdo velhos amigos
01. Assinale a alternativa em que o primeiro verso é Eu distribuo um segredo
um decassílabo. Como quem ama ou sorri
(A) fruto, depois de ser semente humilde e flor, Dois carinhos se procuram
Na alta árvore nutriz da vida, amadureço. Minha vida, nossa vida
(B) A dor de quem recorda os tempos idos Formam um só diamente.
Fere como um punhal envenenado Aprendi novas palavras
(C) Já a lágrima triste choraram teus filhos. E tornei outro mais belas.
Teus filhos que choram tão grande tardança Eu preparo um canção
(D) Índio gigante adormecerá um dia. Que faça acordar os homens
Junto aos Andes por terra era prostrado. E adormecer as crianças.
(Carlos Drummond de Andrade)
02. Colar de Carolina
Com seu colar de coral, Observando a métrica do texto proposto, conclui-se
Carolina que predominam versos:
Corre por entre as colunas a)hexassílabos
Da colina b) octossílabos
O colar de Carolina c)decassílabos
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d)heptassílabos Cercadas de troncos — cobertos de flores,
e)eneassílabos Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
04. Temíveis na guerra, que em densas coortes
"De tudo, ao meu amor serei atento Assombram das matas a imensa extensão.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto (...)
Que mesmo em face do maior encanto Meu canto de morte,
Dele se encanto mais meu pensamento". Guerreiros, ouvi:
(Soneto da Felicidade - Vinícius de Morais) Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Sendo a primeira estrofe de um soneto, o texto acima Guerreiros, descendo
a) é obrigatoriamente de quatro versos. Da tribo tupi.
b) pode ser de três ou quatro versos Da tribo pujante,
c) poderia ter sido escrito em intuir liberdade quanto Que agora anda errante
ao número de versos Por fado inconstante,
d) necessita de outra estrofe de quatro versos par Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte,
terminar a poesia Sou filho do Norte;
e) necessita de outra estrofes de três versos para Meu canto de morte,
terminar a poesia. Guerreiros, ouvi.

“ Te dei o sol, te dei o mar


05. Para cada poema, faça a escansão dos versos, Pra ganhar seu coração
nomeando-os de acordo com a quantidade de sílabas Você é raio de saudade
poéticas. Classifique também as rimas, quanto à Meteoro da paixão
posição. Explosão de sentimentos
Que eu não puder acreditar
Vaso Chinês Ah! como é bom poder te amar”. (Luan Santana – isso
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, não é literário )
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio, “Amou daquela vez como se fosse a última
Entre um leque e o começo de um bordado. Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
Fino artista chinês, enamorado, E atravessou a rua com seu passo tímido
Nele pusera o coração doentio Subiu a construção como se fosse máquina
Em rubras flores de um sutil lavrado, Ergueu no patamar quatro paredes sólidas (…) (Chico
Na tinta ardente, de um calor sombrio. Buarque – isso sim, literário)

Mas, talvez por contraste à desventura, “Quando se ama não é preciso entender o que se passa
Quem o sabe?... de um velho mandarim lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós”.
Também lá estava a singular figura.

Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,


Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
(Alberto de Oliveira)

I Juca Pirama
No meio das tabas de amenos verdores,
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