INDICAÇÕES DE LEITURA

MISSIO DEI

4. REFORMA E MISSÕES !
Alguns vão dizer que os reformados não evangelizam.
Mas isso é verdade? A própria Reforma Protestante prova o
contrário através da história, quando as verdades do Evange-
lho da Graça e Justificação pela Fé somente, foram difundi- Aula 5
das por toda a Europa e depois por todo o mundo através de
viagens missionárias, chegando, inclusive, até nós.

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O missionário fundador da IPB - Igreja Presbiteriana
do Brasil, Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil
no dia 12 de agosto de 1859. Nos anos seguintes, ele criou a IPB
do Rio de Janeiro (1862), o jornal Imprensa Evangélica (1864), o
Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e o “Seminário Primiti-
vo” (1867).
Outras igrejas fundadas nesse período foram as de São
Paulo, Brotas, Lorena, Borda da Mata e Sorocaba. Chegaram
novos obreiros, como Alexander Blackford, Francis Schneider e
George Chamberlain, e foi ordenado o primeiro pastor nacional,
José Manoel da Conceição (1822-1873).
Que a nossa Igreja , herdeira da verdade bíblica resga-
tada na Reforma Protestante do século 16, continue glorifican-
do o nome de Deus indo pelas ruas, condomínios, cidades, deser-
tos, matas e ilhas, a fim de proclamar a Sua salvação para aque-
les (mais de 4.000 povos e 1.800 línguas…) que ainda nada ouvi-
ram de Cristo.

“Ser missionário é a função de todos os cristãos,
cada um na sua área de atuação. Não existem classes de cris-
tãos, existem cristãos com vocações distintas. Mas essas dis-
tinções não os distinguem em grau de importância.
O missionário em meio a povos não alcançados é tão
relevante quanto o missionário pedreiro, médico, vendedor, por-
teiro ou engenheiro, em meio a comunidades “já alcançadas”.
Adaptado de http://www.monergismo.com/textos/missoes/missoes_adoracao_gildasio.htm
Adaptado de Filipe Fontes FIDES REFORMATA, São Paulo-SP: XIX, Nº1: p.70, 2014
Adaptado de https://yinkahdinay.wordpress.com/2018/05/03/missional-and-reformed-five-
negative-theses/
Adaptado de https://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/11/reforma-e-missoes-soberania-
de-deus-anula-as-missoes-vecast-21/
Seminarista Ricardo Cardoso

INTRODUÇÃO
1. O FIM ÚLTIMO DAS MISSÕES
Versículo tema: Marcos 16.15 “E disse-lhes: Ide por todo o
mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”.
Qual é a principal tarefa da igreja? Em resposta a
esta pergunta, temos ouvido: “Missões é a principal tarefa da
Igreja” ou “Se a Igreja não é missionária, então não é Igreja”.
Não há dúvida, de que missões é uma prioridade da
Igreja, mas não é a prioridade última. Na verdade, a Adoração a
Deus o é. E isto porque Deus é o nosso alvo (Teocêntrico), e
não o ser humano (Antropocêntrico).
John Piper diz que quando esta era terminar e repre-
sentantes de toda raça, tribo e nação estiverem dobrados diante
do Cordeiro de Deus, a obra missionária não mais terá razão de
existir na igreja. Mas o Culto, continuará a existir. Quando che-
garmos ao fim dos tempos e todos os redimidos estiverem dian-
te do trono de Deus, missões não serão mais necessárias. Mis-
sões representa apenas uma necessidade temporária (e obriga-
tória) da Igreja, mas o Culto a Deus permanecerá para todo o
sempre.
Relação entre Adoração e Missões
Notem como o escritor do Salmo 67 faz a relação en-
tre a adoração e missões, mas colocando a adoração como pri-
oridade última. No verso 1 ele declara: “Seja Deus gracioso
para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o
rosto; (adoração); no verso 2 ele mostra a prioridade penúlti-
ma da igreja “para que se conheça na terra o teu caminho e, em
todas as nações a tua salvação” (missões) e no verso 3 ele
menciona o objetivo das missões que é a glória de Deus.
“Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos”.
(Glorificar a Deus).
“TODA A IGREJA
LEVANDO O EVANGELHO
TODO PARA O MUNDO
TODO”.
2. MISSÃO INTEGRAL
O movimento da Missão integral (MI) tomou forma após
o congresso de Lausanne em 1974. A expressão (MI) nasce na Fra-
ternidade Teológica Latino-Americana. Esse movimento visa a rein-
terpretação da atuação da igreja na sociedade e tem crescido no
meio cristão.
Para C. René Padilla, uma das principais vozes desse mo-
vimento na América Latina e que influencia muitos no Brasil, missão
integral é :
“…o meio designado por Deus para cumprir na história, por
meio da Igreja e no poder do Espírito, seu propósito de
amor e justiça revelado em Jesus Cristo” (livro “O que é
missão integral?”, Ultimato, 2009p. 21 e 22)
Essa dicotomia tem sido o foco central da discussão
“Evangelho e Ação Social”. Os integrantes desse movimento er-
ram o alvo último da missão quando focam a questão social em
primeiro lugar.
A Igreja reformada, por ter sua matriz na soberania de
Deus e na doutrinada eleição, parte do pressuposto de que a ver-
dadeira missão integral tem seu fim último na glória de Deus, pois
a adoração é o combustível das missões e o seu ponto de partida,
não é o serviço filantrópico (mesmo que esse seja importante), mas
sim o Evangelho.
Outro grande problema da MI é seu flerte com o marxis-
mo. Karl Marx não era apenas um ateu, seu pensamento é antirreli-
gioso e se contrapõe frontalmente à ideia de Revelação e do cristia-
nismo. Além do famoso e desgastado slogan: “a religião é o ópio do
povo”. Portanto, o cristão não pode concordar com o marxismo,
seja ele chamado de socialismo, comunismo, progressismo ou
qualquer outro termo. Ambos jamais podem conviver pacificamente,
a “maré vermelha” derramou o sangue cristão e procurou perver-
ter seus ensinos e sua moral. O choque é inevitável.
“Nã o há u m ú nic o
centímetro quadrado sobre
o qual Cristo, que é
soberano sobre tudo, não
clame: é meu!” Abraham Kuyper
3. MISSIONAL VS REFORMADO
Igreja Missional: Essa é expressão da moda hoje! “Missional”. Em
sua forma mais simples, o termo "missional" é um substantivo de
"missionário" modificado para ser um adjetivo.
Reggie McNeal autor do livro Missional Renaissance defi-
ne a igreja missional como “o povo de Deus em parceria com Deus
na sua missão redentora no mundo”.
 Para ser missional, não há necessidade de desistir das
confissões reformadas. Nossa confissão é nossa identidade e
está fundamentada na Palavra de Deus.
 Para ser missional, não há necessidade de desistir da ado-
ração reformada. Não adoramos a Deus de qualquer maneira,
mas conforme prescrito em sua Palavra. É o que chamamos de
Princípio Regulador da Adoração .
 Para ser missional, não há necessidade de desistir do no-
me reformado. os sem-igreja é que estão desligados dos no-
mes denominacionais. Como reformado valorize o nome de sua
igreja e seja sincero e honesto com os outros sobre que tipo de
igreja você é.
Os líderes do século 21 proclamam em voz alta o mantra
de que seu ministério é “missional” como se ninguém mais tivesse
descoberto esse conceito antes. Os pensadores reformados já
tinham refletido sobre como a igreja poderia ser relevante na pro-
clamação do Evangelho a muito tempo atrás.
Portanto, para nós, ser reformado é intrinsecamen-
te ser missional, ambos são uma coisa só, como muito bem des-
taca o Dr. Sam Logan em seu livro “Reformado quer dizer missi-
onal”.