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ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA MECÂNICA
São Paulo
2007
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São Paulo
2007
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha mãe, por seu amor incondicional, por todo apoio que ofereceu e toda
paciência que teve durante esses cinco anos; em quem sempre me espelhei. Ao meu pai por
toda determinação e confiança que demonstrou ter. Espero que possa ter lhes retribuído e que
todo sacrifício tenha valido a pena.
À amiga e professora Sílvia por todo apoio, paciência e incentivo, além de toda confiança
depositada durante os semestres de monitoria e orientação.
Aos meus irmãos em quem desde pequena me espelhei e que me agüentam mesmo nos piores
dias e à minha pequenina irmã “Cacau" que sempre tem um sorriso lindo e um abraço
carinhoso quando necessário.
À minha grande amiga Christiane, praticamente irmã, que há 15 anos está ao meu lado e com
quem sempre posso contar.
Enfim, a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para o meu sucesso. A todos
amigos e professores que fizeram com que conseguisse tornar meu sonho realidade.
5
RESUMO
A intensificação das atividades humanas nas últimas décadas tem gerado um acelerado
aumento na produção de resíduos sólidos (lixo), tornando-se um grave problema para as
administrações públicas. O aumento desordenado da população e o crescimento sem
planejamento de grandes núcleos urbanos dificultam as ações de manejo dos resíduos além de
que, o uso de lixões nos grandes centros urbanos ainda é muito comum, o que acarreta
problemas de saúde e ambientais. A decomposição da matéria orgânica promove a liberação
do biogás, cujos principais constituintes são o gás carbônico e o metano, que corresponde a
cerca de 50% e é um gás de efeito estufa, cuja emissão favorece o aquecimento global. Além
disso, gera odores desagradáveis e oferece riscos de explosão. Os aterros sanitários são
considerados atualmente uma das alternativas mais interessantes para geração do biogás, visto
que podem dispor de técnicas de captação dos gases liberados através de dutos de captação e
queima posterior em flares, onde o metano, principal constituinte do biogás, será
transformado em gás carbônico, que possui um potencial de aquecimento global cerca de 20
vezes menor. Nestes aterros também existem dutos para captação do chorume, líquido
proveniente da decomposição de resíduos orgânicos que se não for devidamente coletado,
acarreta poluição dos recursos hídricos. Além da oportunidade de reduzir os danos ambientais
é possível utilizar o biogás como combustível, gerando energia elétrica e até mesmo
iluminação a gás. Portanto, neste estudo é avaliado o potencial de geração de biogás do Aterro
Essencis – CTR Caieiras, na cidade de Caieiras, SP, e verificada a viabilidade da implantação
de um projeto de geração de energia elétrica e iluminação a gás com o biogás proveniente do
mesmo, por meio de um estudo de caso. As tecnologias de conversão energética também são
objeto de estudo, além da seleção da melhor alternativa para a conversão energética do biogás
de aterro, o motor ciclo Otto.
ABSTRACT
The intensification of the human activities in the last few decades has generated a speed up
increase in the production of solid waste, becoming a serious problem for the public
administrations. The disordered increase of the population and the growth without planning of
great urban nucleus difficult the handling actions handling of the residues, besides the use of
open dumps in the great urban centers is still very common, which causes problems health
and environmental. The organic matter decomposition promotes the release of biogas, whose
main constituents are the carbonic gas and the methane, that corresponds how 50% and is a
greenhouse gas, emission favors the global heating. Moreover, it generates awkward odors
and it offers explosion risks. The landfill are currently considered one of the most interesting
alternatives for generation of biogas, since they can make use of techniques of captation of
the gases set free through captation ducts and afterward burns in a flare, where the methane,
main constituent of biogas, will be transformed into carbonic gas, that possess a global
heating potential about 20 times smaller. In this landfill also exist ducts for captation of the
chorume, liquid proceeding from the decomposition of organic residues that if duly will not
be collected, cause pollution of the hydrics resources. Beyond the chance to reduce the
ambient damages it is possible to use biogas as combustible, generating electric energy and
even though illumination the gas. Therefore, in this study is evaluated the potential of
generation of biogas of Landfill Essencis - CTR Caieiras, in the city of Caieiras, SP, and
verified the viability of the implantation of a project of generation of electric energy and
illumination the gas with biogas proceeding from the same, by means of a case study. The
technologies of energy conversion also are study object, beyond the selection of the best
alternative for the energy conversion of biogas of landfill, the motor cycle Otto.
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE ESQUEMAS
LISTA DE FLUXOGRAMAS
Fluxograma 2 Turbina a gás: (a) circuito aberto – processo real de combustão interna; 50
(b) circuito fechado
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 10 Flare 48
Fotografia 25 Flare 70
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
Regiões com serviço de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por percentual 32
Tabela 4
de lixo coletado
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 17
1.1 OBJETIVOS 20
1.1.1 Objetivo Geral 20
1.1.2 Objetivo Específico 20
1.2 JUSTIFICATIVA 20
1.3 METODOLOGIA 21
2 O ESTADO DA ARTE DO BIOGÁS 23
2.1 HISTÓRICO DO BIOGÁS 23
2.2 FORMAÇÃO DO BIOGÁS 24
2.2.1 Aspectos físico-químicos 25
2.2.2 Fatores que influenciam a geração de biogás 27
2.3 COMPARAÇÃO DO BIOGÁS COM OUTROS GASES 29
3 RESÍDUOS SÓLIDOS 31
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO À NATUREZA OU
3.1 32
ORIGEM
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO AOS RISCOS
3.2 34
POTENCIAIS AO MEIO AMBIENTE
3.3 TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS 34
3.4 ATERRAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 37
4 ATERRO SANITÁRIO 40
SISTEMA DE COLETA, EXTRAÇÃO E TRATAMENTO DO BIOGÁS DE
4.1 44
ATERRO
4.1.1 Captação do biogás 45
4.1.2 Sistema de compressão 46
4.1.3 Sistema de tratamento de condensado 47
4.1.4 Queima do biogás 47
4.1.5 Sistema de tratamento do biogás 48
5 TECNOLOGIAS DE CONVERSÃO DO BIOGÁS 49
5.1 TURBINAS A GÁS 49
5.1.1 Ciclo de ar-padrão ideal Brayton 50
5.1.2 Ciclo Brayton com regeneração 51
5.1.3 Microturbinas 53
5.2 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA 54
16
1 INTRODUÇÃO
Desde os anos 70, a crise no setor elétrico brasileiro vem se agravando, visto
necessários para que a oferta de energia fosse garantida. Entre 1992 e 1997 o crescimento no
consumo de eletricidade foi de mais de 16%, surgindo, dessa forma, grande preocupação com
soluções ambientalmente corretas, como a utilização da biomassa como fonte de energia, não
apenas reduzirá os impactos globais pela queima de combustíveis fósseis como também
renováveis de energia.
primária) e petróleo. A utilização de biomassa contribui com cerca de 29,7% para geração de
18
dióxido de carbono crescem muito em relação ao PIB, aumentando então a preocupação com
alternativas energéticas através de fontes de energia renovável tem sido tema de muito
interesse.
responsável por 25% do aquecimento global (EPA, 2007). Uma das fontes emissoras de gases
se enquadra nos quesitos de desenvolvimento sustentável, visto que deixaria de ser lançado na
quanto à origem e quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente. É mostrado que, para fins
sistemas de coleta, extração e tratamento do biogás de aterro, desde sua captação e tratamento,
energia elétrica e iluminação a gás por meio de uma análise comparativa entre turbinas a gás,
Resíduos – Caieiras, controlada pelo grupo Essencis, localizado na cidade de Caieiras, onde
será instalado um sistema de geração de energia elétrica e outro de iluminação a gás. Foi
que será implantado no aterro foi apresentado, além dos cálculos de consumo de biogás
necessários.
1.1 OBJETIVOS
estudo de caso.
biogás e suas tecnologias de conversão em energia elétrica e iluminação a gás por meio de um
1.2 JUSTIFICATIVA
Os aterros são responsáveis por grande parte das emissões de gás metano na
atmosfera; o que é um grande problema visto que o metano é 21 vezes mais prejudicial se
lixo e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos; altamente poluidor
(PROJETO APOEMA, 2006), que acarreta na poluição dos recursos hídricos, o que gera
das emissões de metano para a atmosfera e a busca de novas tecnologias para geração de
21
energia elétrica por meio de uma fonte renovável, bem como o incentivo ao saneamento
1.3 METODOLOGIA
literatura disponível. Dessa forma, foi feito o levantamento do estado da arte do biogás, além
foi realizado.
caso real de geração de energia elétrica e iluminação a gás, em um aterro sanitário. Para tal,
foram realizadas pesquisas de campo no aterro selecionado e contato direto com a equipe
executora do projeto.
caso, conforme Yin (2001): ser significativo, abordando temas teóricos importantes e de
interesse do público geral; ser completo, demonstrando que o pesquisador realizou grande
suficiente evidência, para que se consiga atingir o que se pretendeu ilustrar e, finalmente, ser
instalados para captação e queima do biogás. Foram realizados, então, os cálculos para
energia elétrica e de iluminação a gás, que são utilizados no Estudo de Caso, além da
O biogás, até pouco tempo, era considerado como um subproduto obtido por
de energia tentando criar, deste modo, novas formas de produção energética que possibilitem
A conversão energética do biogás pode ser apresentada como uma solução para
tratamento de esgotos domésticos e aterros sanitários, visto que reduz o potencial tóxico das
emissões de metano ao mesmo tempo em que produz energia elétrica, agregando, desta forma,
presença de metano no gás dos pântanos. No século XIX o aluno de Louis Pasteur Ulysse
mistura de estrume e água, a 35ºC, obtendo então 100 litros de gás/m³ de matéria. No ano de
1884, ao apresentar os trabalhos do seu aluno à Academia das Ciências, Louis Pasteur
(PECORA, 2006).
tecnologia da digestão anaeróbia foi trazida para o Brasil com a crise do petróleo na década de
70. Diversos programas de difusão foram implantados no nordeste, porém os resultados não
foram satisfatórios e os benefícios obtidos não foram suficientes para dar continuidade ao
recursos humanos, recursos financeiros e cultura. Deste modo, o impulso recebido durante a
crise não chegou a substituir os recursos não renováveis por fontes renováveis.
possível a partir de uma grande variedade de resíduos orgânicos como lixo doméstico,
tipicamente por 60% de metano, 35% de dióxido de carbono e 5% de uma mistura de outros
gases como hidrogênio, nitrogênio, gás sulfídrico, monóxido de carbono, amônia, oxigênio e
aminas voláteis. Dependendo da eficiência do processo, o biogás chega a conter entre 40% e
Até ser compactado e coberto, o lixo permanece por certo tempo descoberto no
que continuará sendo emitido após a cobertura e encerramento da célula do aterro (ENSINAS,
2003).
25
primeiro e segundo ano e diminui continuamente por alguns anos. No aterro Essencis, por
exemplo, as atividades tiveram início em setembro de 2002 e a primeira célula do aterro foi
fechada por volta de agosto de 2004. Nesta célula, chamada de fase 1, houve a deposição de
grande quantidade de resíduo industrial, o que não favorece a formação do biogás, pois não
gera metano. Porém, segundo dados coletados a partir de informações de técnicos do aterro,
uma previsão geral é que a geração do biogás após o encerramento da célula se prolongue por
apenas a esses dois componentes. Porém, esses gases presentes em menor quantidade, como
combustão (PECORA, 2006). Algumas propriedades físicas do metano, gás carbônico e gás
parte da energia gerada. O poder calorífico do biogás se torna menor à medida que se eleva a
considerados são a umidade, visto que afeta a temperatura da chama, diminuição do poder
biogás seu poder calorífico aumenta, visto que o CO2 é a forma mais oxidada do carbono não
pode ser verificado na Tabela 2, com 1Nm³ de biogás obtêm-se a energia equivalente à de 1,5
Visto que é uma fonte primária de energia, o biogás pode ser utilizado para
em usos industriais. O biogás não é tóxico, porém atua sobre o organismo humano diluindo o
oxigênio, o que pode provocar morte por asfixia. Não é solúvel em água e sua combustão não
muitos fatores como, por exemplo, a composição do resíduo, umidade, pH, entre outros. Os
resíduo, maior será o potencial de produção de biogás no aterro. Resíduos de alimentos são
gás. Materiais que se decompõe lentamente, como grandes pedaços de madeira, não
e do solo, e da água produzida na decomposição. Quanto maior o teor de umidade, maior será
c) Tamanho das partículas – quanto menor a unidade da partícula, maior será a área da
mais rápida se este for cortado em pedaços menores ao invés de ser disposto inteiro;
d) Idade do resíduo – a geração do biogás num aterro possui duas variáveis dependentes
do tempo: tempo de atraso (período que vai da disposição do resíduo até o início da geração
do metano) e tempo de conversão (período que vai da disposição do resíduo até o término da
geração do metano);
freqüentemente são alcançadas dentro de 45 dias após a disposição dos resíduos, como um
g) Outros fatores – Outros fatores que podem influenciar a taxa de geração de gás são os
29
ambientais por eles provocados tornarão viáveis, de forma progressiva, outras fontes
grande proporção, pode ser apresentado como uma importante alternativa energética, visto
que, por estar presente no lixo e no esgoto é, praticamente, inesgotável. Portanto, o biogás
2004). Na Tabela 3 são mostradas as principais diferenças entre o biogás e os demais gases
combustíveis usuais.
Existe uma importante diferença quanto à origem dos gases citados na Tabela
demais gases provêm de processos industriais, excetuando-se o gás natural que é encontrado
em reservatórios de petróleo e gás no subsolo. O GLP, como pode ser observado, é o único
que possui peso molecular maior que o do ar, resultando, em caso de vazamento, maior
1997).
quantidade de gás quando comparado aos outros gases para liberar a mesma quantidade de
energia na queima. Segundo Yura (2006), o poder calorífico do biogás varia de 5.000 a 7.000
30
3 RESÍDUOS SÓLIDOS
resíduos sólidos como resíduos nos estados sólidos ou semi-sólidos, que resultam de
grandes núcleos urbanos dificulta as ações de manejo dos resíduos. Por falta de recursos,
Brasil, apenas 1814 possuíam 100% de serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo,
comuns não apresentam tais riscos, como pode ser observado na classificação a seguir.
32
Tabela 4: Regiões com serviço de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por percentual de lixo coletado.
Municípios com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo
ORIGEM
papel higiênico e diversos outros itens como até alguns resíduos tóxicos;
com a atividade desenvolvida. São, normalmente, constituídos dos mesmos itens encontrados
33
c) Resíduos urbanos: são gerados pela limpeza pública (ruas, praças, praias, terrenos,
entre outros) e constituídos por restos vegetais diversos, corpos de animais, embalagens;
d) Entulho: resíduos gerados pela construção civil, compostos em sua maioria, por uma
mistura de materiais inertes como concreto, argamassa, madeira, plásticos, metais e terra.
Também podem conter materiais que conferem toxidade como tintas, solventes e peças de
amianto;
legislação própria e não se encaixam nos urbanos e nos comerciais, pois podem hospedar
doenças provenientes de outras cidades, estados ou países. São constituídos por restos de
exemplificados por óleos, plásticos, papel, madeira, borracha, metal, vidros, fibras, resíduos
alcalinos e ácidos;
atividades com urânio, césio, tório, radônio e cobalto) devendo ser manuseados apenas com
ração, adubos, etc. O lixo proveniente de fertilizantes químicos e pesticidas são tidos como
AO MEIO AMBIENTE
dois grupos: perigosos e não-perigosos. Este último ainda pode ser subdividido em inertes e
não- inertes:
a) Resíduos Classe I: denominados perigosos, são os resíduos sólidos que, devido às suas
b) Resíduos Classe II: denominados não-perigosos, são os resíduos sólidos que não
d) Resíduos Classe II B: denominados não inertes, são os resíduos que não se enquadram
rural. Devido ao aumento da migração da zona rural para as grandes cidades ocorre o
para disponibilizar lugares para disposição correta do lixo urbano (FILHO, 2005).
Segundo o PNSB; IBGE, 2000, a disposição final do lixo no Brasil está assim
disposição correta e incorreta do lixo, pois parte dele não é coletado, permanecendo nos
água. O lixo destinado de forma errada é prejudicial ao meio ambiente. A Tabela 5 mostra o
tempo que a natureza leva para biodegradar alguns materiais presentes na composição do lixo,
sanitários, visto que eles dispõem de técnicas de captação dos gases liberados, porém como se
pode verificar no Gráfico 5 a seguir, poucos municípios destinam lixo para aterros sanitários.
lixo é disposto, compactado e posteriormente coberto com solo (Esquema 1). As valas
rampa, onde o lixo é disposto, compactado pelo trator e posteriormente coberto com solo.
(Esquema 2). É empregado, geralmente, em áreas de meia encosta, onde o solo natural
38
ofereça condições para ser escavado e possa ser então utilizado como material de
cobertura.
topografia é plana e o lençol freático é raso (nível bem baixo). O Esquema 3 a seguir
ilustra o esquema da coleta dos gases feita por tubos que os conduzirão a uma unidade de
beneficiamento.
impermeável para evitar a contaminação do solo pelo chorume, resíduo líquido altamente
4 ATERRO SANITÁRIO
solo através do seu confinamento em camadas cobertas com terra, atendendo às normas
Esquema 5.
estudos geológicos e topográficos para selecionar a área a ser destinada, de forma que o meio
ambiente não seja comprometido com a sua instalação. A impermeabilização do solo é feita
por meio de camadas de argila e uma geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD)
para evitar infiltração dos líquidos percolados (chorume) no solo, como pode ser visto no
do próprio local, isolando-o do meio ambiente. Formam-se então câmaras, nas quais é
para tanques de tratamento (Fotografia 3). O sistema de drenagem do chorume pode ser
Para evitar o excesso de água de chuva, são colocados tubos ao redor do aterro,
que permitem o desvio dessa água (Fotografia 6), que são armazenados em lagos para
posterior utilização.
ser queimados em flare ou ainda utilizados como fonte de energia. O local da instalação do
44
aterro deve ser cuidadosamente escolhido, abrangendo grandes dimensões e, devido a alguns
inconvenientes como mau cheiro, tráfego de caminhões de lixo, etc., deve estar localizado
biogás por meio de tubos verticais perfurados. Podem ser colocados tubos de sucção
horizontais quando o lixo ainda está sendo depositado no aterro e assim ele poderá ser
construídos conforme a norma nacional vigente, já está prevista a colocação desta tubulação
aterro e assim, quase todo o biogás pode ser coletado e recuperado. Porém esta solução é
muito cara, utilizada em países com demanda limitada. Essa membrana obstrui a entrada de
água impedindo assim a formação do biogás. Para que haja continuidade na produção de
sistema de coleta possui tubos verticais perfurados ou canais e em alguns casos membrana
protetora. Além disto, a maioria dos aterros sanitários com sistema de recuperação energética
possui flare para queima do excesso do biogás ou para uso durante os períodos de manutenção
A coleta de gás normalmente começa após uma porção do aterro ser fechada.
Cada uma das pontas do tubo é conectada a uma tubulação lateral que transporta o gás para
um coletor principal. O sistema de coleta (Fotografia 7 e 8) deve ser planejado para que o
A conexão entre poço com a bomba e o sistema de utilização pode ser feita de
46
diversas maneiras. Os poços são ligados a um tubo principal que percorre o aterro. O
encontrar o local do vazamento quando todos os tubos estão ligados a um grande sistema.
Para uma operação mais segura, econômica e com melhores condições para os trabalhadores,
uma solução é ter um tubo para cada poço ligado a uma bomba e uma casa de regulagem
(WILLUMSEN, 2001).
compressores (Fotografia 9) também podem ser necessários para comprimir o gás antes de
necessários dependerão da taxa do fluxo de gás e do nível de compressão desejado, que pode
Quando o biogás (quente) produzido pelo aterro passa pela tubulação, acaba
resfriando formando então um condensado. Caso não se remova esse condensado o sistema de
controle do condensado tem início no sistema de coleta onde são utilizados conectores e tubos
métodos para disposição do condensado são: descarga no sistema público de esgoto, sistema
de tratamento local, e recirculação para o aterro sanitário. O melhor método dependerá das
Também pode ser utilizado para queima do biogás excedente entre os upgrades
de sistemas, podendo ser abertos (ou vela) ou enclausurados. Estes últimos são mais caros,
mas podem ser requeridos porque proporcionam testes de concentração e podem obter
eficiências de combustão altas. Além do que, flares enclausurados podem reduzir o nível de
biogás é tratado para a remoção de algum condensado que não foi coletado, assim como
caso da geração de energia podem ser utilizados filtros para a remoção de impurezas, visto
transformação da energia química das moléculas do biogás, por meio de uma combustão
controlada, em energia mecânica, que por sua vez será convertida em energia elétrica.
turbinas a gás e os motores de combustão interna, que estão detalhadas a seguir. Existem
(CASTRO, 2006).
em ciclo fechado e ciclo aberto, sendo o último, o mais comum. O modo aberto é ilustrado no
pressão. Este processo não tem nenhum calor adicionado, visto que o compressor, em
condições ideais, opera em regime adiabático, fazendo com que o trabalho de compressão
aumente a temperatura do ar. Este então entra na câmara de combustão e, em contato com o
compressor. O trabalho útil produzido é calculado pela diferença entre o trabalho da turbina e
o consumido pelo compressor. No ciclo fechado, ilustrado no Fluxograma 2b, os gases que
deixam a turbina passam por um trocador de calor onde sofrem resfriamento para entrar
(SANTOS, 2003).
Fluxograma 2 – Turbina a gás: (a) circuito aberto – processo real de combustão interna; (b) circuito
fechado – aproximação por um processo ideal de transferência de calor.
Fonte: CASTRO, 2006.
estudo de instalações de potência com turbinas a gás é a de uma análise de ar-padrão, onde
sempre são estabelecidas duas hipótese: o ar é o fluido de trabalho (se comporta como gás
ideal) e o aumento de temperatura que seria obtido por meio da combustão é realizado por
meio de uma fonte externa de calor. Pode-se dizer, ainda, que o ciclo aberto é o processo real
transferência de calor.
sistemas de potência equipados com turbinas a gás operam de acordo com o ciclo de Brayton
51
desconsiderando as perdas por transferência de calor para o ambiente e as perdas de carga por
atrito, além de que o ar escoa a pressão constante através do trocador de calor, os processos no
quatro processos envolvidos são descritos a seguir e podem ser observados no Gráfico 6.
ambiente, grande quantidade de energia estaria sendo desperdiçada, visto que a temperatura
SHAPIRO, 2002). O ciclo ar-padrão Brayton com regenerador é mostrado no Fluxograma 3a.
O gás que deixa a turbina é resfriado do estado 4 ao estado y e o ar que deixa o compressor é
Fluxograma 3 – (a) Ciclo de ar-padrão de turbina a gás regenerativa. (b) Diagrama T x s do sistema
regenerativo.
Fonte: MORAN; SHAPIRO, 2002.
⋅
Q entra
⋅
= h3 − hx , onde: (Eq. 1)
m
.
m : vazão mássica (kg/s)
Visto que o calor adicionado é reduzido e a potência líquida não sofre alteração
5.1.3 Microturbinas
compressor, obtendo-se, desta forma, melhor eficiência e potência destes ciclos, já que o ar, a
turbina. O resfriamento do ar pode ser feito com a utilização de sistemas evaporativos por
2003).
54
Nikolaus August Otto desenvolveu um motor com o conceito de 4 tempos que foi introduzido
no mundo em 1878, e até hoje é conhecido como motor de ciclo Otto. No ano de 1892,
Rudolph Diesel, outro engenheiro alemão, eliminou a necessidade de um circuito elétrico para
alta pressão tendo sua temperatura elevada suficientemente de modo a promover a ignição
O ciclo Otto e o ciclo Diesel são muito parecidos. A diferença principal está no
processo de adição de calor, visto que o Otto ocorre a volume constante (isocórico) e o Diesel
ocorre à pressão constante (isobárico) (CASTRO, 2006). Estes ciclos são estudados a seguir.
55
combustão por auto-ignição. Este processo não se limita apenas a combustíveis líquidos;
o ar é aspirado através da válvula de entrada para o interior do cilindro. O pistão então sobe
comprimindo (com taxa muito elevada) o ar do cilindro durante o segundo estágio (B) e a
temperatura é elevada. A injeção do combustível a alta pressão ocorre no terceiro estágio (C),
espontânea e força o pistão para baixo. No último estágio (D) os gases são liberados pela
eficiência térmica do ciclo, o que pode ser observado no Gráfico 7. Neste gráfico é possível
observar que o mesmo acontece para o ciclo Otto, diferenciando-se do ciclo Diesel apenas
pela razão de corte, expressa pela Equação 2, lembrando que, no ciclo Diesel, o processo 2-3
56
ciclo Otto.
V3
rc = , onde: (Eq. 2)
V2
temperatura e pode ser vista na Equação 3 ( MORAN; SHAPIRO, 2002). Portanto, com a
mesma taxa de compressão, o ciclo Diesel apresenta menor eficiência térmica se comparado
ao ciclo Otto.
c p (T )
k= , onde: (Eq. 3)
c v (T )
k: constante
comprimida no interior dos cilindros e a combustão da mistura é dada por centelha produzida
virabrequim.
(taxa da ordem de 10:1) e conforme o pistão sobe (antes de chegar à parte superior) a vela
na explosão. Esta expansão promove uma força que faz com que o pistão desça.
58
porém, é estabelecido um limite superior de compressão para motores ciclo Otto devido à
torne muito alta antes que a mistura seja consumida pela frente de chama. A auto-ignição
pode causar ondas de alta pressão que provocam perda de potência e danos no motor.
porém, as turbinas a gás podem apresentar um aumento no seu rendimento quando operadas
emissão de NOx, gás de grande impacto quando relacionado ao efeito estufa, é muito menor
quando comparada à taxa de emissão dos motores, sendo vantajosa a utilização deste tipo de
A conversão de motores ciclo Diesel para ciclo Otto por meio de adaptações
necessárias como, por exemplo, a substituição dos bicos injetores por velas de ignição pode
ser uma alternativa tecnológica. Por meio dessa conversão é possível aproveitar a alta taxa de
compressão dos motores Diesel para compensar o baixo poder calorífico do biogás (CENBIO,
2006b).
62
industriais e de serviços de saúde, em uma área total de 3.500.000 m², sendo 43% dela coberta
reciclagem. A expectativa de vida útil é de 50 anos para o aterro classe I e de 60 anos para o
PROJETO
critérios como localização, quantidade e tipo de resíduos recebidos pelo mesmo, infra-
pela Internet, contatos telefônicos, por visitas em campo, contando com o apoio da
incômodo aos moradores vizinhos, ainda havia provocado a morte de um deles. Dessa forma
não seria possível conseguir o licenciamento ambiental para os sistemas de geração de energia
2006b).
17), que possui uma área de aproximadamente 400.000 m² e recebe, aproximadamente, 350
cidade de Sorocaba. Um dos problemas encontrados neste aterro foi a falta de drenos para
captação de biogás e a demora no aterramento do lixo, que pôde ser observada pela
Resíduos Ltda (ESTRE) e localizado na cidade de Paulínia, SP. O CGR (Fotografia 18),
habilitado para receber resíduos de classe I, IIA e IIB, possui uma área de 705.000 m² e trata
resíduos da própria cidade, além de cidades da região como Americana, Sumaré, Jaguariúna,
microorganismos) e está habilitado para receber resíduos de classes IIA e IIB, além de tratar
resíduos classe I. O aterro utiliza geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD) para
impermeabilização do solo (Fotografia 19). O biogás é captado através de drenos (Figura 20)
e, então, transportado até uma central onde é analisado (Fotografia 21) e posteriormente
impermeabilização inferior constituída por uma camada de argila aplicada na base do aterro e
contaminação do solo e do lençol freático. O aterro conta também com um dreno testemunho,
instalado na base do aterro, para drenagem e posterior monitoramento das águas subterrâneas
(Esquema 10).
Esquema 10: Esquema construtivo. (a) aterro classe I (b) aterro classe II.
Fonte: ESSENCIS, 2007.
acima do sistema de impermeabilização, que o conduz para uma bacia localizada à jusante do
aterro. Em seguida, o chorume é captado e levado para ser tratado em uma Estação de
uma rede de tubos conectados (Fotografia 24), promovendo posteriormente a sua queima em
flare (Fotografia 25), reduzindo, desta forma, a emissão de compostos mais poluentes como o
metano, que segundo a EPA (2007), é cerca de 20 vezes mais prejudicial que o CO2.
69
pela Estre e Essencis se mostraram apropriados para a implantação do projeto, pois possuem
infra-estrutura, além de drenos de saída de biogás que possibilitam sua captação, purificação e
projeto e operação do sistema, entretanto selecionou-se o aterro sanitário de Caieiras por ser
A CTR Caieiras iniciou suas atividades em 2002. O fluxo diário de resíduos era
início do ano de 2007 o aterro já recebia cerca de 6.000 t/dia de lixo e a partir do mês de
setembro, devido ao fechamento do aterro São João, localizado no município de São Paulo, o
aterro Essencis passou a receber 75% do lixo da cidade de São Paulo, totalizando 9.000 a
10.000 toneladas de lixo diárias. A Tabela 7 apresenta a previsão da quantidade de lixo a ser
inclui poços igualmente distribuídos para extração de biogás (Esquema 12) por exaustão
forçada (pressão negativa) com sopradores, rede de tubos conectados transportando o biogás
até a unidade de tratamento, equipamento para o tratamento do biogás antes de ser enviado
para queima e cobertura integral de material impermeável, como PVC, sobre a massa de
Otto, visto que, para a conversão energética do biogás, os motores de combustão interna
73
operadas no sistema de cogeração, porém, por ser um equipamento importado possui alto
custo de operação e manutenção, além de elevado valor. Elas também exigem um maior
(CENBIO, 2005).
gás, o que não é necessário no grupo-gerador, que suporta o uso do biogás in natura e
dispensa a compressão, visto que seu princípio de funcionamento é por aspiração (CENBIO,
2005).
partir de dados fornecidos pelo aterro Essencis – CTR Caieiras (CAIEIRAS, 2004). Portanto,
16
L0 = MCF × DOC × DOCF × F × , onde: (Eq. 4)
12
16
/12 : conversão de carbono (C) para metano (CH4)
D : resíduos de madeira = 2%
F = 40% [medições no local indicaram a presença de 40% de metano (CH4) no biogás, com
bar) como 0,0007168 t/m³, tem-se L0 = 99,69 m³CH4/t RSD (CENBIO, 2006d).
ln 2
k= (Eq. 9)
t1
2
X : ano atual
o ano de 2002 até a previsão para 2040. A concentração de metano presente no biogás durante
lixo, pois a cada tonelada de lixo, soma-se um novo potencial. O último ano de deposição de
resíduos no aterro é dado pelo ponto máximo da curva. No decaimento, a curva é dirigida pela
Metano (m³/h)
Metano captado pelo projeto (m³/h)
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
2002 2006 2010 2014 2018 2022 2026 2030 2034 2038
Ano
seguintes equações:
Qx × Pcme tan o k
Px = × Ec × , onde: (Eq. 10)
31536000 1000
K = 1000 (adimensional)
Px
Edisp = , onde: (Eq. 11)
365 × 24
78
365 : dias/ano
24 : h/dia
respectivamente.
Po tên cia (M W)
En erg ia (M W h /d ia)
50 1000
45 900
40 800
35 700
30 600
25 500
20 400
15 300
10 200
5 100
0 0
2002 2006 2010 2014 2018 2022 2026 2030 2034 2038 2002 2006 2010 2014 2018 2022 2026 2030 2034 2038
Ano Ano
Gráfico 10: (a) Curva de comportamento da potência. (b) Curva de comportamento da energia.
Fonte: Acervo próprio.
(Fotografia 26) são capazes de gerar energia a partir do biogás de aterros sanitários. São
compostos por motores ciclo Otto adaptados para funcionar a biogás, com potência nominal
dispensa central para sua sucção e bombeamento, já que é feita pelo conjunto motor-
compressor. Possui vida útil de 40 a 80 mil horas. O calor rejeitado pelos motores poderá ser
Tecnologia e Automação do Gás, que desenvolveu um sistema para a automação do gás que
permite iluminar e aquecer áreas urbanas e rurais, oferecendo uma alternativa energética
limpa que combina a utilização do gás como matéria-prima principal e possui automatização
automaticamente todas as lâmpadas dos postes ao anoitecer ou quando a iluminação do sol for
Caieiras contará com 7 postes de iluminação a biogás, cada um com dois pontos luminosos
(Fotografia 27) que, segundo o fabricante, consomem, cada, 0,4 m³ de biogás por hora.
28%. Desta forma, através dos dados coletados no aterro Essencis – CTR Caieiras, é possível
•
Q BIOGÁS × % METANO × PCI
×η = Pot GERADA , onde: (Eq. 9)
860
% metano: 40%
PotGERADA: 200 kW
•
Resultando em Q BIOGÁS = 180,7 m3 / h
83
180,7 m³/h. Como o consumo pelos postes de iluminação a gás é de 5,6m³/h, a soma do
biogás a ser consumido é de 186,3 m³/h, ou, considerando concentração de metano de 40%,
74,5 m³ /h de metano. Como temos uma vazão de metano de 1.425,4 m³/h, haverá um
elétrica do aterro e, através dessa interligação toda energia produzida no processo será
utilizada pelo aterro Essencis. Considerando a potência de 200 kWh sendo gerada durante um
mês inteiro ininterruptamente, visto que o biogás é gerado 24 h/dia, chegar-se-ia ao total de
144 MW/mês. No mês de setembro de 2007 o consumo de energia elétrica no aterro Essencis
7 CONCLUSÃO
desafio quanto à gestão dos resíduos sólidos. Sua produção vem aumentando devido à
disposição correta dos mesmos. Quando dispostos de forma inadequada, como em lixões, por
exemplo, geram metano, cuja emissão para atmosfera contribui com o aumento do
Este trabalho mostrou que, por meio de gestão eficiente dos resíduos sólidos
biogás, pois dispõem de técnicas de captação dos gases liberados através de dutos e queima
com potencial de aquecimento global cerca de 20 vezes menor. O aterro Essencis – CTR
Caieiras, objeto do estudo de caso, conta também com dutos para captação do chorume que,
anos mostrou-se adequada, pois considera importantes fatores em seus cálculos, como o
potencial de produção de metano de acordo com a composição do lixo, fluxo de resíduo anual,
85
custo, porém, é a solução eficaz para problemas provocados pela emissão de metano,
reduzindo dessa forma a emissão de gases de efeito estufa. A energia gerada pelo sistema
poderá ser consumida pelo próprio aterro e a excedente vendida para empresas privadas.
O estudo das técnicas para conversão energética mostrou que os motores ciclo
Otto, além de apresentar baixo custo quando comparados às turbinas e microturbinas a gás,
possuem alta eficiência quando operados com biogás. Visto que no mercado brasileiro estão
disponíveis motores Otto a biogás, assim como técnicos especializados, torna-se viável a
brasileiro, a proposta deste trabalho poderá ser considerada viável, visto que a geração a partir
neste trabalho, não só pela complexidade tecnológica, mas pelo estágio de desenvolvimento
de políticas do setor elétrico. A legislação brasileira não requer que o gás de aterro seja
fogo e explosões. Nem a queima de gás de aterro, nem sua extração ativa e subseqüente
projetos futuros.
87
REFERÊNCIAS
AMBIENTE BRASIL – Ambiente Brasil. Coleta e disposição final do lixo. Disponível em:
http://www.ambientebrasil.com.br/. Acesso em: 14/11/2006.
CAIEIRAS – Aterro Essencis – CTR Caieiras. Redução das emissões de gases de aterro –
Caieiras, SP. Documento de concepção de projeto (DPC), Versão 0. Caieiras, SP, 2004.
CBTAG – Tecnologia e Automação a Gás. Documentos cedidos pela CBTAG. São Paulo,
2007.
geração distribuída. (Artigo). Escola Federal de Engenharia de Itajubá, EFEI, Itajubá, MG,
2001.
MUYLAERT, M. S.; AMBRAM, R.; CAMPOS, C. P.; MONTEZ, E. M.; OLIVEIRA, L.B. -
Consumo de energia e aquecimento do planeta – Análise do mecanismo de desenvolvimento
limpo (MDL) do Protocolo de Quioto – Estudo de Caso. Editora COPPE, 247 p., Rio de
Janeiro, 2000.
Project Design Document (PDD ), versão português. Redução de Emissões de Gás de Aterro.
Documento de Concepção de Projeto (MDL DCP).– Caieiras, SP. Versão 2, 2005.