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PROCESSOS DE PRODUÇÃO I
PROCESSO DE OXICORTE
O ferro puro não é usado como um material de construção, sendo ligado com outros elementos tais
como carbono, manganês, cromo, níquel, etc. Estes elementos podem então formar compostos com
o ferro, os quais apresentam pontos de fusão diferentes do ferro puro. Os elementos podem,
também, ser dissolvidos no ferro e na combustão, formando óxidos com um alto ponto de fusão que
impedirão o processo de corte.
A temperatura de fusão do aço estrutural comum é normalmente dada em torno de 1530 C. Oxido
de ferro com fórmula FeO (óxido ferroso) tem a temperatura de fusão de 1376C. A temperatura de
fusão das ligas de ferro e carbono é demonstrada em maiores detalhes no gráfico abaixo.
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O quadro mostra, de forma bem simplificada, a temperatura de fusão das ligas compostas de ferro e
carbono, com a temperatura de fusão delineada em função do aumento do conteúdo de carbono do
aço. Observe como a temperatura de fusão declina com o aumento do conteúdo de carbono, em até
cerca de 4.2% de carbono, quando a temperatura de fusão apresenta-se somente a 1150C. A
temperatura mais baixa de fusão para óxidos de ferro, cerca de 1400C, é passada a um conteúdo de
carbono de 2%.
Diferentes elementos de ligas exercem forte influência na facilidade com a qual o aço pode ser
oxicortado. O anexo 1, resume os efeitos dos diferentes elementos de liga e as concentrações que,
presentes no aço, ainda assim permitem ser ele cortado com oxigênio sem adoção de recursos
extraordinários, tais como temperatura elevada de trabalho (pré-aquecimento).
Um outro pré-requisito para que se obtenha o processo de oxicorte é que a temperatura de
ignição do metal deve ser mais baixa do que a do ponto de fusão. Se assim não o fosse, o
metal derreteria completamente antes de se começar o processo de corte.
A terceira condição para a manutenção do processo oxicorte é que os produtos de combustão
não devem ser gasosos em qualquer proporção considerável. A primeira vista, poderia
parecer prático pois o gás é bem mais fácil de ser expelido da sangria do que a escória
derretida. Entretanto, os produtos gasosos de combustão diluem o oxigênio de corte. Se esta
diluição for muito grande, a concentração do oxigênio será tão baixa que o processo de corte
cessará. Esta é uma das razões pelas quais os materiais orgânicos como a madeira, não
podem ser cortados com oxigênio.
Para que um processo de combustão se proceda, deve-se liberar uma boa quantidade de
calor por combustão de modo que o combustível seja continuamente ignitado.
A quarta condição para o processo de oxicorte será, portanto, que a combustão do metal gere
calor suficiente para sustentar a combustão do ferro. Quando o ferro se queima, assim como
qualquer outra substância, grande quantidade de calor é liberada. Durante o corte, o
aquecimento é levado à chapa por chamas de pré-aquecimento, que pré-aquece a superfície
superior da chapa e, pela combustão do ferro, fornece calor à sangria do corte. O calor
fornecido pela chama de pré-aquecimento, em relação ao gerado pela combustão do ferro,
depende da espessura da chapa a ser cortada. Numa chapa de 10 mm de espessura,
aproximadamente 30% do calor necessário ao corte virá das chamas de pré-aquecimento. Na
chapa de 25 mm, este número é reduzido para 15%. Tais números se aplicam as velocidades
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normais de corte. Se a velocidade do corte for aumentada, a quantidade de calor proveniente
da combustão do aço também aumentará em termos relativos.
Uma última condição para que o processo oxicorte seja completamente eficiente é que o
metal deve ter condutividade térmica relativamente pequena. Boa condutividade térmica
resulta em rápida condução de calor do corte, que impede o processo de combustão.
A figura abaixo ilustra, esquematicamente, o percurso do jato de oxigênio de corte através da chapa.
Observe a camada do oxigênio contaminado que circunda o jato.
Quando o oxigênio de corte sai pelo orifício do corte, é imediatamente circundado por outros gases.
Ainda que o jato tenha uma velocidade de 500-800 m/s este será, todavia, contaminado por gases
circundantes, pelo menos na camada da superfície.
O ambiente, inicialmente, encontrado pelo jato do oxigênio de corte é uma zona muito quente entre
as chamas de pré-aquecimento. Devido à sua alta temperatura, os produtos da combustão misturam-
se prontamente com o oxigênio de corte que, também, arrasta alguns dos gases resultantes das
chamas devido à sua alta velocidade. Quando o jato de oxigênio de corte atinge o aço, este já está
circundado por uma camada fina de conteúdo de oxigênio bem abaixo de 99.5%.
O jato de oxigênio atinge então o aço, cuja superfície está pré-aquecida à
temperatura de ignição pelas chamas de pré-aquecimento. Inicia-se, então, a combustão intensiva do
ferro formando os óxidos de ferro.
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Como é bem conhecido, o aço não contém somente o ferro mas também outros elementos, inclusive
0,10 a 2% de carbono. Parte deste carbono é oxidado formando monóxido de carbono, o que
acarreta maior contaminação na superfície do jato de oxigênio.
Uma grande parte do oxigênio do jato de oxigênio de corte é consumido na combustão do aço.
Entre 30 a 70% é normalmente consumido. A reação entre o ferro e o oxigênio ocorre na camada
limite do jato.
A parte do jato de oxigênio que não participa na reação permanece virtualmente sem ser afetada. A
alta velocidade do oxigênio contribui para isto.
Quando o oxigênio é consumido na combustão do aço, as impurezas nele contidas permanecem.
Isto significa que a concentração de impurezas na camada da superfície do jato de oxigênio
aumentará no percurso do jato de oxigênio através do aço. O oxigênio de corte não contém a mesma
pureza na parte superior da sangria do que na parte inferior. Como a pureza do oxigênio afeta a
velocidade do corte conclui-se que, a velocidade de corte não pode ser a mesma nas partes superior
e inferior da sangria. Esta é a razão do desvio.
Experiências têm sido conduzidas para descobrir os efeitos da pureza do oxigênio na velocidade do
corte. Os resultados de tal investigação estão ilustrados no gráfico seguinte.
A influência do conteúdo de impurezas no oxigênio de corte sobre o desvio foi também investigada.
Aqui a espessura da placa é de 20 mm e a velocidade de corte é constante a 400 mm/min.
Obviamente, o desvio não é admissível em corte de desenhos, especialmente de partes com ângulo
fechado. Com desvio excessivo, a peça poderia ter formatos diferentes em cima e em baixo do
corte.
Vamos então verificar o que acontece quando a velocidade do corte é aumentada enquanto outros
parâmetros permanecem inalterados.
Como já sabemos, o desvio aumenta porque a velocidade do corte tende a aumentar menos em
baixo do corte do que em cima. Isto ocorre devido a uma série de fatores.
Quando se aumenta a velocidade de corte, a concentração de impurezas gasosas, também aumenta
na camada de gás entre o jato do oxigênio de corte e a escória. A camada contaminada,
provavelmente, se torna mais grossa, especialmente na parte inferior do corte. O motivo desta
ocorrência é que uma quantidade maior de oxigênio de corte deve ser usada para a combustão do
aço. A uma velocidade de corte mais alta, a mesma quantidade de oxigênio tem que cortar uma
distância maior no aço, do que em velocidade mais baixa.
Quando uma quantidade maior do jato de oxigênio é usada para combustão significa, também, que
o nitrogênio e o argônio presentes rio oxigênio serão enriquecidos numa maior proporção. A
camada limite, entre o jato de oxigênio e a escória, conterá um nível mais alto de nitrogênio e
argônio impedindo a reação entre o oxigênio e o ferro.
Quando a velocidade de corte aumenta, a quantidade de escória formada durante determinado
período de tempo também aumenta. Entretanto, a quantidade de oxigênio de corte fornecida para o
corte durante o mesmo período de tempo permanece inalterada. Além do fato de que uma porção
maior de jato de oxigênio de corte deve ser usada para combustão de ferro significando que o jato
de oxigênio de corte deve desempenhar maior força para a remoção. Portanto, a camada de escória,
geralmente, tende a tornar-se mais grossa dificultando ainda mais o contato do oxigênio de corte
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com o ferro puro. Isto se opõe ao aumento da velocidade de corte e resulta em aumento do desvio.
Se a quantidade de escória aumentar enquanto a velocidade com a qual a escória é removida do
corte permanecer inalterada, a espessura da camada de escória vai aumentar.
A quantidade de escória que se forma é tão grande em cima quanto em baixo do corte. Como toda
escória tem que ser removida do canto inferior da chapa, esta vai se acumular ao longo da
profundidade do corte. Portanto, a espessura da camada de escória aumenta com o aprofundamento
do corte. Com o aumento da velocidade de corte a quantidade de escória aumenta no corte. Se a
velocidade do corte é duplica da, a quantidade de escória formada durante um certo tempo, também,
duplicará. De uma forma geral, isto significa que a camada de escória será duas vezes maior se a
velocidade de corte for duplicada.
A camada mais grossa de escória ocasiona um contato menos satisfatório entre o oxigênio puro e o
ferro que, por sua vez, resulta em combustão de ferro menos eficiente.
A velocidade do corte tende a decrescer à medida que a espessura da camada de escória aumenta.
Desde que a espessura da camada de escória aumenta, na maioria das vezes na parte inferior do
corte, o resultado será o aumento do desvio.
Concluindo, o desvio é um resultado onde a velocidade do corte tende a decrescer com a crescente
profundidade do corte. Todavia, isto não pode ser totalmente verdadeiro, pois se a velocidade do
corte fosse diferente em cima e em baixo do corte sobre qualquer distância apreciável, o arraste
aumentaria continuamente. Como já sabemos, isto não ocorre e a pergunta é por que?
A explicação é simples. O jato de oxigênio do corte se torna cada vez mais forte tan to quanto maior
for o arraste. Considerável força é necessária para expelir o jato de oxigênio. Em conseqüência,
exerce considerável força tentando endireitar-se.
À medida em que o arraste aumenta, a capacidade do jato de oxigênio de corte para remover a
escória e impurezas gasosas do corte também aumenta. O oxigênio de corte entra mais facilmente
em contato com o ferro não queimado e a velocidade do corte tende a aumentar.
Assim, obtém-se um equilíbrio durante o processo de corte entre aqueles fatores que tendem a
reduzir a velocidade do corte e, aqueles que tendem a aumentá-lo. Este equilíbrio é estabelecido em
um determinado desvio que se mantém constante durante todo o corte.
Anexo 1
Mn - Manganês puro pode ser cortado com oxigênio mais facilmente do que aço comum.
Si - Conteúdo de silício normal não impede o corte. Aumento de conteúdo de Si reduz facilidade do
corte, também dependendo do conteúdo de C.
Cr- Aço com 5% de cromo pode ser cortado sem dificuldades. Conteúdos mais elevados reduzem o
corte. Quando o aço cromo é cortado, a chama deve ter um excesso de acetileno. Cromo puro reage
com oxigênio somente se for pré-aquecido com chama carburante.
Ni- Até 7% do conteúdo de níquel, o corte pode ser feito sem dificuldades.
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