Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
INDUSTRIAIS DE FABRICAÇÃO
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
PROF. ALEXANDRE ALVARENGA PALMEIRA
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO...................................................................................................................1
II- DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE LAMINAÇÃO.....................................................2
II.1 LAMINAÇÃO À QUENTE......................................................................................... 4
II.2 LAMINAÇÃO À FRIO ............................................................................................ 5
III- EQUIPAMENTOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE LAMINAÇÃO.................7
III.1 GAIOLA OU QUADRO(1) ........................................................................................7
III.2 MANCAIS(1) ............................................................................................................. 8
III.3 CILINDROS DE LAMINAÇÃO(1) .......................................................................... 9
III.3.1 Forma dos Cilindros.......................................................................................... 9
III.3.2 Processo de Fabricação e Material do Cilindro.................................... 9
III.4 REFRIGERAÇÃO ..................................................................................................13
III.5 CONDIÇÕES DE TRABALHO ............................................................................14
III.6 CUIDADOS DURANTE O USO ..........................................................................15
III.7 DEFEITOS EM CILINDROS ................................................................................15
III.8 DEMAIS EQUIPAMENTOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE
LAMINAÇÃO..................................................................................................................... 17
IV- CLASSISFICAÇÃO DOS LAMINADORES.........................................................18
IV.1 QUANTO A DIREÇÃO ..........................................................................................18
IV.2 QUANTO ÀS CADEIRAS....................................................................................18
IV.2.1 Cadeiras Duo.....................................................................................................20
ii
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
iii
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
iv
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3- 1: Produtos típicos de laminação de barras e perfis. ..........................2
Figura 3- 2: Representação esquemática do processo de Laminação. .......... 3
Figura 3- 3: Processo de Laminação à Quente de chapas.................................. 4
Figura 3- 4: Processo de Laminação à Frio de chapas......................................... 6
Figura 3- 5: Laminador Duo com cilindro regulável durante a operação......... 8
Figura 3- 6: Vista lateral de quadros fechados e abertos de um laminador
duo.................................................................................................................................... 8
Figura 3- 7: Partes principais de um cilindro de laminação................................. 9
Figura 3- 8: Arranjos típicos de cilindros de laminação: (a) laminador duo;
(b) laminador duo reversível; (c) laminador trio; (d) laminador quádruo, (e)
laminador Sendzimir ..................................................................................................19
Figura 3- 9: Laminador universal ...............................................................................20
Figura 3- 10: Laminador duplo duo ............................................................................. 21
Figura 3- 11: Laminação de chapas grossas.......................................................... 28
Figura 3- 12: Laminação de trias a quente.............................................................29
Figura 3- 13: Laminação tiras a frio......................................................................... 30
Figura 3- 14: Laminação de barra de seção quadrado e perfil U. .....................31
Figura 3- 15: Processamento termomecânico. ....Erro! Indicador não definido.
v
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3- 1: Efeito dos elementos de liga nos cilindros........................................10
Tabela 3- 2: Aplicação dos cilindros aços fundido ................................................ 12
Tabela 3- 3: Aplicação dos cilindros aços forjado ................................................13
Tabela 3-4: Valores de no processo de laminação à quente. ...................... 33
vi
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
RESUMO
Laminação é o processo de conformação mecânica que consiste em modificar a
seção transversal de um metal na forma de barra, lingote, placa, fio, ou tira, etc., pela
passagem entre dois cilindros com geratriz retilínea (laminação de produtos planos) ou
contendo canais entalhados de forma mais ou menos complexa (laminação de produtos não
planos), sendo que a distância entre os dois cilindros deve ser menor que a espessura
inicial da peça metálica. É o processo de transformação mecânica de metais mais utilizado
pois, apresenta alta produtividade e um controle dimensional do produto acabado que pode
ser bastante preciso.
Na laminação o material é submetido a tensões compressivas elevadas, resultantes
da ação de prensagem dos rolos e a tensões cisalhantes superficiais, resultantes do atrito
entre os rolos e o material. As forças de atrito são também responsáveis pelo ato de
“puxar” o metal para dentro dos cilindros. A redução ou desbaste inicial dos lingotes em
blocos, tarugos ou placas é realizada normalmente por laminação a quente. Depois dessa
fase segue-se uma nova etapa de laminação a quente para transformar o produto em chapas
grossas, tiras a quente, vergalhões, barras, tubos, trilhos ou perfis estruturais. A laminação
a frio que ocorre após a laminação de tiras a quente produz tiras a frio de excelente
acabamento superficial, com boas propriedades mecânicas e controle dimensional do
produto final bastante rigoroso.
vii
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
I- INTRODUÇÃO
1
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
2
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
laminação terá, então, a finalidade também de melhorar esta estrutura e eliminar ou atenuar
estes defeitos.
A laminação é o processo de transformação mecânica mais importante para o caso
dos aços, além de elaborar maior quantidade de aço que qualquer outro processo de
transformação. Atualmente cerca de 90% do aço produzido passa pelo processo de
laminação porque este é quase sempre antecessor dos outros processos, como por exemplo;
as barras a serem forjadas, os tarugos a serem extrudados, o fio-máquina a ser trefilado e a
chapa a ser estampada. Todos eles devem antes ser laminados.
A laminação consiste na passagem de uma peça entre dois cilindros que giram em
sentidos opostos e a mesma velocidade, que através da força de laminação terão sua seção
modificada, ou seja, é a deformação plástica dos metais entre os cilindros obtendo-se como
resultado uma forma desejada ou propriedades definidas no material laminado.
A laminação pode ser à quente ou à frio. A diferença entre elas está nos efeitos do
endurecimento e amolecimento térmico e nas espessuras dos laminados. É necessário
destacar que o coeficiente de atrito externo será maior para o metal laminado à quente do
que o laminado à frio, o que se refletiria na força de laminação e no torque. Na Figura 3-
2é apresentado uma representação esquemática do processo de Laminação
3
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
4
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
*
Segundo DIETER, G.E. (Metalurgia Mecânica, 1981, pp 178), este defeito é ocasionado pelo alongamento
descontínuo do limite de escoamento, ou seja, particularmente os aços de baixo carbono apresentam um tipo
de transição localizada heterogênea, da deformação elástica para a plástica, produzindo um escoamento
descontínuo na curva tensão-deformação. As bandas de Lüders apresentam-se como linhas de distensão,
muitas vezes visíveis a olho nú, formando geralmente 45º com o eixo de tração .
5
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ser utilizados na melhoria do controle dimensional das tiras ou folhas laminadas, entre
estes estão o aplainamento por rolos e o desempeno por tração.
O processo de produção de chapas ou bobinas laminadas a frio compreende
inicialmente na deformação do aço a temperaturas a abaixo do ponto crítico, ou da
temperatura de recristalização. Este ponto varia como o tipo de aço: 627ºC para o ciclo de
resfriamento e 727°C para o ciclo de aquecimento são temperaturas bastante
representativas. Na laminação à frio fazemos uso de trens de laminadores quádruos de alta
velocidade com três a cinco cadeiras são utilizados para a laminação a frio do aço,
alumínio e ligas de cobre.
Normalmente esses trens de laminação são concebidos para terem tração avante e a
ré. A laminação contínua tem alta capacidade de produção, o que resulta num custo de
produção baixo, porém se usarmos um ritmo de deformação muito baixo, o material poderá
apresentar características de laminação à quente em temperaturas relativamente baixas. Na
Figura 3- 4 é apresentado um “trem de laminação”† de tiras a frio.
†
Conjunto de cadeiras de laminação e demais órgãos acessórios.
6
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
7
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
III.2 MANCAIS
8
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Os cilindros de laminação são compostos por de três partes principais, que são
trevo (garfo ou castelo), pescoço e mesa (corpo ou face), conforme pode ser visto na
Figura 3- 7.
– Trevo: é a parte do cilindro que recebe a transmissão.
– Pescoço: é a parte intermediária que se apoia ou é abraçada pelos mancais, ou seja,
onde se encaixam os mancais.
– Mesa: região central em contato com o material laminado, ou com os cilindros de
trabalho, onde se realiza a laminação, e pode ser lisa ou com canais;; os trevos
ou garfos de acionamento.
9
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
10
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
11
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
DUREZA SHORE C
TIPO USO
CASCA - NÚCLEO
Ao carbono 28-36 1. Desbastadores
2. Preparados de perfis
estruturais
12
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
DUREZA SHORE C
TIPO USO
CASCA – NÚCLEO
Aços forjados ao Carbono 24-30 Desbastadores em trens para
perfis pesados
III.4 REFRIGERAÇÃO
13
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
A) LAMINADORES DESBASTADORES:
A exposição às temperaturas elevadas durante o contato entre o cilindro e o lingote
é o fator mais importante, pois o desgaste é relativamente pequeno e as suas dimensões
bastante robustas garantem uma baixa solicitação mecanica. Os cilindros dos
desbastadores são, em geral, em aço ligado ou em ferro fundido nodular.
14
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
15
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
A) FENDAS
Quando em torno da parte central, ou longitudinais, podem ser causadas por
sobrecargas extremas, defeitos internos ou tratamento térmico eficiente. As fendas junto
ao pescoço do mancal, frequentemente são causadas pelo raio muito pequeno na mudança
de secção, resultando em trincas de fadiga.
B) LASCAS
Ocorrem quando o cilindro permanece sob carga, em contato com o materialquente,
durante uma parada do laminador, ou fica exposto ao calor excessivo durante o
esmerilhamento da superfície, ou ainda, quando se faz reduções muito fortes por
passe. Deve-se procurar manter o melhor contato possível entre os cilindros de trabalho e
os de encosto.
C) TRINCAS TÉRMICAS
“Pele de Crocodilo”: São devidas ao aquecimento localizado da superfície do
cilindro. O aparecimento deste defeito pode ser atenuado por meio de uma refrigeração
eficiente.
D) PONTOS MOLES
Resultam de um super aquecimento local durante a preparação (pelo
esmerilhamento) ou em serviço, má refrigeração do cilindro.
E) MOSSAS
Devido às pontas mais frias das chapas ou partículas estranhas, causando
deformações locais em parte da superfície do cilindro.
F) ESTRIAMENTO (BANDING):
São faixas ou estrias circunferenciais na superfície do cilindro, causadas pelo atrito
da carepa, ocorrendo caldeamento seguido de desprendimento entre o material laminado e
a matriz do cilindro.
16
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
17
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
18
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Figura 3- 8: Arranjos típicos de cilindros de laminação: (a) laminador duo; (b) laminador
duo reversível; (c) laminador trio; (d) laminador quádruo, (e) laminador Sendzimir
19
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
São as que possuem 3 cilindros (Figura 3- 8c). A posição dos cilindros é sempre
horizontal e nunca são reversíveis. O produto é introduzido de um lado, entre o cilindro do
meio e o inferior e devolvido do outro lado entre o cilindro do meio e o superior. Ou seja,
no laminador trio, os cilindros sempre giram no mesmo sentido. Porém, o material pode
20
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
ser laminado nos dois sentidos, passando-o alternadamente entre o cilindro superior e o
intermediário e entre o intermediário e o inferior. Dentre as suas aplicações, destacam-se:
– trens desbastadores para lingotes pequenos;
– trens de perfis grandes, médios e pequenos;
– cadeiras acabadoras de trens de fio-máquina abertos.
No caso de cadeiras acabadoras de trens de fio-máquina abertos, porém, apenas
dois cilindros em cada cadeira são utilizados para laminação. O terceiro cilindro é
substituído por um eixo que transmite o movimento da cadeira anterior para a seguinte. Na
cadeira 1 são utilizados os cilindros do meio e de cima; na 2 o do meio e o de baixo; na 3 o
do meio e o de cima e assim sucessivamente. Neste caso, esta disposição é chamada de
duo alternados.
Como seu nome indica, compreende dois duos incorporados nas mesmas colunas,
ou seja, são constituídas de 2 duos montados numa mesma cadeira (Figura 3- 10). Essas
cadeiras têm, como as trio, facilidade de permitir passes de ida e volta na mesma cadeira,
mas elas apresentam, em relação à trio, a vantagem de dar uma precisão de regulagem bem
melhor, idêntica à de um duo. Enfim, elas permitem engajar uma barra simultaneamente
no duo de baixo e no duo de cima, sem que haja interferência entre os dois passes, como
seria o caso com o trio.
21
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Quando os cilindros de trabalho são muito finos, podem fletir tanto na direção
vertical quanto na horizontal e devem ser apoiados em ambas as direções; um laminador
que permite estes apoios é o Sendzimir, contendo 20 cilindros, representado na Figura 3-
8e. Este laminador é utilizado na laminação à frio de chapas finíssimas.
Destas, a forma, a disposição e o número de cilindros é bastante variada. Entre as
cadeiras ditas especiais podemos destacar a cadeira planetária, usada na laminação de tiras
22
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
São aqueles que produzem semi produtos (blocos, placas, tarugos, platinas)
destinados aos trens acabadores. Entre os laminadores primários podemos distinguir os
laminadores desbastadores e os de tarugos ou platinas.
Os desbastadores também conhecidos pelo nome de blooming, operam sempre a
partir de lingotes. No caso de lingotes grandes os seus produtos serão os blocos (blooms)
ou as placas e no caso de lingotes pequenas produzem diretamente tarugos ou platinas. Já
os laminadores de tarugos ou platinas operam sempre a partir de blocos ou de placas
transformando-os em tarugos ou platinas.
São aqueles que transformam os semi produtos (blocos, placas, tarugos, platinas)
em produtos acabados, permitindo a obtenção de produtos tais como: laminadores de
perfis pesados (vigas, trilhos, etc), laminadores de perfis médios, laminadores comerciais
ou de perfis pequenos, laminadores de fio-máquina, laminadores de tubos e laminadores de
chapas.
23
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
São constituídos de diversas cadeiras colocadas lado a lado. Estas cadeiras podem
ser trio ou duos alternados. Em geral, todas as cadeiras são acionadas pelo mesmo
motor. São usadas em trens de perfis, trens de fio-máquina de pequena produção e trens
comerciais.
24
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Nos trens contínuos as cadeiras são colocadas uma após a outra. Dá-se apenas uma
passagem em cada cadeira. Em geral o produto é laminado simultaneamente em várias
cadeiras sendo necessário um controle perfeito de velocidade de cada cadeira.
São usados em trens de tarugos, de fio-máquina, de perfis pequenos e de tiras à
quente e à frio.
Muitas vezes os trens de laminação são designados também pelo diâmetro primitivo
dos cilindros ou pela distância entre os centros dos eixos da caixa de pinhões. Nos
laminadores de produtos planos, porém, usa-se geralmente, a largura da mesa em lugar de
diâmetro.
25
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
26
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
27
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Estes laminadores são destinados à laminação de tiras e de chapas finas, que são
cortadas e bobinadas na saída do trem. Uma boa parte das chapas laminadas são utilizadas
na espessura com que sai do laminador e outra grande parte é destinada à laminação à frio
para a produção das chapas finas á frio e das folhas. A seqüência de operações nos trens
de tiras á quente é a seguinte:
1. Preparação das placas;
2. Reaquecimento das placas;
3. Descarepação;
28
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
4. Laminação;
5. Bobinamento ou corte;
6. Decapagem;
7. Acabamento.
A laminação pode ser efetuada em 4 tipos de laminadores: contínuos, semi
contínuos, reversível ou planetário. O laminador reversível é usado em programas de
pequenas produções. Na pode Figura 3- 12 ser observada a laminação de tiras a quente da
COSIPA.
As tiras produzidas pelo laminador de tiras à quente vão para o laminador de tiras à
frio onde são reduzidas para uma espessura de até 0,60 mm. Os laminados dentro dessa
especificação são comercializados em forma de bobinas ou de chapas, atendendo às
indústrias automobilística, de eletrodomésticos, de tubos, de móveis, além da construção
civil.
A espessura mínima que se pode alcançar no laminador contínuo de tiras à quente é
da ordem de 1,5mm. Este limite é imposto pelo decréscimo de resistência da tira, o que
29
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
30
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
31
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
32
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
VI.1 AGARRAMENTO
Uma vez que o objetivo principal da laminação consiste em reduzir a área da seção
transversal da barra a ser laminada, segue-se que a espessura inicial e1 desta barra é maior
que a distância e entre os 2 cilindros. Surge então o problema do agarramento da barra
pelos cilindros. Para que o agarramento se efetue, é necessário que sejam satisfeitas
determinadas condições. Sabe-se que o agarramento depende dos seguintes fatores:
– Coeficiente de atrito da superfície dos cilindros;
– Diâmetro dos cilindros;
– Redução de espessura;
– Velocidade dos cilindros;
– Temperatura da barra;
– Impulso da barra.
Material do Temperatura de
Material Laminado Coeficiente de atrito
Cilindro Laminação
33
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Quanto maior o diâmetro dos cilindros, melhor o agarramento, pois quanto maior a
área de contato, maior será o atrito entre as áreas.
A velocidade dos cilindros influi diretamente no atrito, pois quanto menor for a
velocidade relativa entre duas superfícies que se tocam, maior será o atrito entre elas,
facilitando assim o agarramento. Esta é uma grande vantagem dos laminadores com
reguladores de velocidade, pois podemos através desta regulagem, aumentar ou diminuir o
agarramento.
34
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
OBS: O agarramento deve ser imediato, evitando deslizamento, pois este além de gerar
um decréscimo na produção por perda de tempo, também gera um desgaste mais
pronunciado nos cilindros.
Quando uma barra, num passe de laminação, sofre uma redução de espessura, o
metal é deslocado principalmente na posição longitudinal (direção de laminação), mas
também há deslocamento na direção transversal (perpendicular à direção de laminação),
originando assim, um alongamento e um alargamento simultaneamente.
Como o que se busca em laminação é o alongamento da barra, o alargamento é
visto como um desperdício, devendo ser reduzido à um mínimo possível. Somente em
alguns casos, tal como laminação de perfis, procura-se tirar proveito do alargamento para
se obter uma determinada seção transversal.
35
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Quando se introduz uma barra entre os cilindros, aparece a força de laminação que
comprime os cilindros contra seus mancais, alonga as colunas da cadeira e flexiona os
cilindros, além de desaparecerem as folgas do conjunto. A força de laminação aparece
entre os dois cilindros tendendo separá-los. A separação de fato não acontece porque é
contida pelos mancais e pela cadeira, mas ela é necessária para vencer a resistência do
metal e o atrito deste contra os cilindros. O motor deve fornecer além da força para vencer
a resistência do metal quando este é introduzido, uma força suplementar para vencer a
resistência oferecida pelo atrito dos cilindros contra os mancais, pelo atrito entre as
engrenagens da caixa de pinhões ou do redutor, pelas perdas do próprio motor, entre
outras.
A força de laminação é medida pelas células de pressão e é também conhecida
como carga de laminação ou pressão de laminação. A força de laminação é afetada por
alguns fatores, mas antes de citá-los, explicaremos um pouco sobre a espessura limite.
36
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Onde:
H –espessura da chapa em pol.
D –diâmetro do cilindro de trabalho.
µ – coeficiente de atrito entre chapa e cilindro.
σo – produto de 1,55 = 2 / 31/2 . σe (limite de escoamento) pelo esforço de
deformação em solicitação simples em lb /pol2
σ – tensão exercida sobre a chapa (50% de tensão de entrada e 50% de saída) em
lb/pol2
E – módulo de elasticidade em lb /pol2
37
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
38
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
– Superfície dos cilindros, que quanto mais rugosas, maior será a força de laminação
exigida
– Largura; a força de laminação é sensivelmente proporcional à largura das chapas.
Fórmula de Ekelund:
H1 − H 2
1,6µ R.(H 1 − H 2) − 1,2.(H 1 − H 2) 2.v.ε .K .
P = b. R.(H 1 − H 2).1 + σ + R
(3.2)
H1 + H 2 H1 + H 2
Onde:
P – força de laminação em lb
b – largura de contato entre o aço e o cilindro em pol
R – raio do cilindro em pol
H1 – espessura de entrada em pol
H2 – espessura de saída em pol
µ – coeficiente de atrito
σ – resistência à compressão em lb/pol2
ε – viscosidade do aço em lb.seg/pol2
v – velocidade periférica do cilindro em pol/seg
K – coeficiente de velocidade
H1 − H 2
α = arccos.1 − (3.3)
D
Onde, D é o diâmetro do cilindro.
39
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
P.N . R(H 1 − H 2)
HP = (3.4)
63000
Onde:
P – libras
N – rpm dos cilindros de trabalho
H1 e H2 – espessuras de entrada e saída em pol.
40
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
Com relação a laminação à frio, temos que levar em conta também outros fatores
que afetam uma seleção adequada do diâmetro dos cilindros de trabalho. Sabemos que a
medida que reduzimos a espessura entre passagens, o material vai ficando mais encruado,
isto é, cresce sua resistência a deformação e conseqüentemente aumenta a força de
laminação. Como a força é função direta do arco de contato, para uma determinada
redução ela varia na razão da raiz quadrada do raio do cilindro de trabalho. Tal variação
determina que os cilindros de trabalho usados na laminação à frio, sejam de pequeno
diâmetro.
Outro fator que surge, atuando na mesma direção, é que os cilindros de trabalho
não sendo rígidos, além de fletirem também se achatam. Assim, além de certos limites de
espessura não conseguiremos reduzir mais a espessura do material, pois todo esforço extra
de laminação aplicado através dos parafusos de pressão, é diluído através do aumento da
área de contato causada pelo achatamento maior dos cilindros, e consumido pelo aumento
das forças de atrito que crescem devido a mesma razão.
41
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
42
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
43
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
O controle de qualidade dos produtos laminados em uma usina varia de acordo com
a capacidade de produção, natureza do material laminado, variedade de produtos, e de
usina para usina.
Existem alguns defeitos nos materiais laminados que não necesariamente são
provenientes da laminação, mas também existem os que são provenientes dela. Podemos
dizer que os defeitos são advindos de vários fatores, que são: da fabricação do metal ou
liga, do lingotamento, do aquecimento, da própria laminação, de ações superficiais, da
forma e da estrutura. Como estamos falando sobre laminação, citaremos apenas os
defeitos provenientes deste processo.
Os defeitos gerados a partir deste processo serão citados e explicados como segue.
A) Bolsas: também chamadas de rechupe é um defeito remanescente da bolsa de
contração não totalmente eliminada pelo corte na tesoura do desbastador.
B) Fendas: provenientes de trincas ou fendas no lingote, que se abriram pela laminação.
C) Aresta quebrada: quando o esponjoso ocorre nas arestas, o alongamento sofrido pelo
material provoca quebras nas arestas.
D) Sobreposto: defeito mecânico provocado pela dobra de barbatana ou crosta dupla no
lingote. Toma às vezes, aparência de fenda. Um leve passe de recalque
pode provocar um sobreposto no passe seguinte.
E) Carepa incrustada: pedaços de carepa não removidos que se incrustam na superfície
da peça, permanecendo aderente à mesma.
F) Marca de guia: defeito causado pelas guias mal aparelhadas. Consta de riscos ou
sulcos retos no sentido do comprimento da peça.
44
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
45
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
46
ENGENHARIA MECÂNICA
CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Alexandre Alvarenga Palmeira, MSc
47