SANTO ANDRÉ 1.2018 Transformações Societárias e Serviço Social
- resenha crítica
BRUNA VISMARI FRUCTUOSO RA 129914871
Resenha crítica
Tutor (a) a distância: SUELLEN AQUINO
Estado acerca de uma desqualificação, com a “cultura anti-Estado” e o neoliberalismo. As incumbências atribuídas ao Estado passam a ser tarefa da sociedade civil. Neste contexto, toda essa reformulação do capitalismo vagaroso processa-se também no Brasil fortemente pela sua inserção subalterna no sistema capitalista mundial e pela sua composição econômico-social. Aqui no nosso país, a fracasso da ditadura na metade dos anos 80 traz a falência do “modelo econômico”, mas não a quebra da autoridade burguesa. A burguesia aparentava estar submetida à direção da sociedade brasileira, porém, sua própria natureza associada e subalterno ao capital estrangeiro e a inclinação da mesquinhez da classe não se submetiam. Os campos populares também evoluíram após vinte anos de opressão e repressão e se sentiam dignos de requerer essa “dívida social”. As particulares brasileiras afirmam que não há um estado de bem-estar para ser derrotado, a efetividade dos direitos sociais é relativamente baixa, não há “gorduras” nos gastos sociais, pois nossos indicadores sociais são assimétricos à capacidade industrial estabelecida. Em resumo, as modificações societárias no capitalismo atrasado no Brasil, evidenciam a “modernização conservadora” dirigida pelo capital e a “dívida social” o que mostra que enfrentaremos em curto e médio prazo um período econômico e sociopolítico pouco favorável, mas com uma tendência à inclusão sob a influência burguesa no mundo “globalizado” pelo dinheiro. Dessa forma, nos anos 90, o Serviço Social se mostra como uma profissão aparentemente consolidada, pois, tem suas dificuldades de formação, aplicação teórico-prática e a dificuldade da legalidade social: A profissão é requerida por classes sociais dominantes, mas os usuários são majoritariamente de classes e camadas subalternas. Além do surgimento de outras profissões que trazem disputas de atribuições como, por exemplo, a Psicologia Social, Sociologia Aplicada, administração de Recursos Humanos e Educação. O que gera no desenvolvimento de novas práticas especialmente no que diz respeito à pesquisa, produção de conhecimentos e o conhecimento sobre a realidade social. Essas competências precisam estar inclusas na profissão que está sendo muito debatida especialmente no que diz respeito à ortodoxia marxista quase como um mandamento e os espaços que existem no trabalho do assistente social. Hoje, há uma necessidade direta do Serviço Social originária dos vínculos capitalistas, da concentração de renda e propriedade, do processo de inclusão e exclusão social, os resultados da urbanização rápida e descontrolada, a quebra das relações familiares, o perfil demográfico do país, e da necessidade de meios de proteção e cobertura sociais, tudo isso pra possamos constituir um quadro social que assegure aos assistentes sociais um trabalho tanto nos parâmetros das relações independentes como nas relações poder, exploração e força. NETTO, José Paulo. Transformações societárias e Serviço Social. Notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. Abril. 1996.