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Quando uma sentença aberta possui pelo menos uma variável com um quantificador lógico
associado a ela e uma ou mais variáveis que não possuem um quantificador lógico associado, esta
sentença é dita uma sentença aberta com quantificação parcial.
Sentenças abertas não são proposições. Logo, ao contrário de proposições, em geral elas
possuem como solução um conjunto-verdade e não um valor lógico.
Exemplos de sentenças abertas com quantificação parcial:
Obs.: divide significa que o resto da divisão para os valores considerados deve ser zero.
Para encontrar os conjuntos-verdade, duas premissas têm que ser levadas em consideração:
1. O conjunto-solução sempre diz respeito à variável dita livre, ou seja, aquela que não possui
quantificador associado a ela;
2. Para encontrar o conjunto-verdade, pode-se variar os valores da variável quantificada e ver
quais valores da(s) variável(eis) livre(s) atende(m) à sentença enunciada. Se for
quantificador universal (∀), realize a intersecção dos conjuntos encontrados. Se for o
quantificador existencial (∃), realize a união dos conjuntos.
Dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4}, o conjunto-verdade vai conter todos os valores que y pode
assumir de modo que para todo elemento de A substituído em x, a afirmação da sentença será
verdadeira, isto é, (∀x∈A)(x divide y).
Logo, uma forma de resolver é criar uma tabela para verificar quais os valores que atendem
em cada um dos valores assumíveis pela variável quantificada. A Tabela 1 apresenta os resultados.
Como o modo de realizar os cálculos é o mesmo para o quantificador existencial e universal, os
resultados são iguais. O que difere é a operação sobre os conjuntos solução para cada valor de x que
são encontrados. Acompanhe:
x y (∀)
1 {1, 2, 3, 4}
2 {2, 4}
3 {3}
4 {4}
Tabela 1. Cálculo dos conjuntos parciais.
Para x=1, 1 divide 1, 2, 3, 4, que são os valores assumíveis por y. Para x=2, 2 divide 2 e 4.
Para x = 3, apenas 3 divide ele mesmo.
Para o item A, a solução é a intersecção entre todos os conjuntos pois só servem valores
assumíveis por y que tornam a sentença verdadeira para todo x pertencente a A. Logo, a solução é
conjunto-vazio (∅). Já para o quantificador existencial, a solução é a união dos conjuntos de modo
que a solução é {1, 2, 3, 4} pois existe sempre um x que divide y para qualquer y considerado.
Vejamos outro exemplo: Para o conjunto A = {1, 2, 3, 4}, (∀y∈A)(2x + y < 7). Utilizando o
mesmo método. A variável que vai variar seus valores é a quantificada (y), enquanto que a outra
terá um conjunto verdade associado a ela (x).
y x
1 {1, 2}
2 {1, 2}
3 {1}
4 {1}
Tabela 2. Solução para um segundo exemplo.
Solução: ∀ é comparável a Intersecção neste contexto (porque tem que atender para todo
valor de y). Logo, a solução é: {1}. E realmente procede. Apenas para x=1, qualquer valor de y
torna a sentença verdadeira.
Se fosse ∃, a operação seria de União. Logo, a solução seria {1,2}, porque tanto para x=1
quanto para x=2 existem valores de y que tornam a sentença verdade. Entretanto, para x=3 ou x=4,
já não existem valores para y que satisfazem a inequação.
Vejam um último exemplo não matemático.
Considere um conjunto A = {a, b, c, d, e}, em que cada uma das letras representa uma
pessoa com os seguintes atributos:
Soluções:
y x (altura) x (idade)
a {b, c, d, e} {b, c, d, e}
b {c, d} {c, d, e}
c {d} {d, e}
d {} {e}
e {b, c, d} {}
Tabela 4. Solução para Sentenças Abertas referentes a Pessoas
Como para todo é intersecção, a solução para a primeira sentença é conjunto-vazio. Já para
a segunda é a união dos conjuntos parciais: {b, c, d, e}. Ou seja, Amanda é a única que se fosse
substituída no valor de x não forneceria valor para y para tornar a sentença verdadeira.