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MPU

Administração Pública
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais
Prof. Vinícius Ribeiro

SUMÁRIO
1. Lei n. 8.112/1990....................................................................................3
1.1. Introdução...........................................................................................3
1.2. Admissão, Concurso Público...................................................................4
1.3. Provimento e Vacância......................................................................... 10
1.4. Demissão........................................................................................... 13
1.5. Prazo para Posse e Entrada em Exercício................................................ 17
1.6. Estágio Probatório............................................................................... 19
1.7. Vencimento Básico.............................................................................. 22
1.8. Férias................................................................................................ 25
1.9. Licenças............................................................................................ 26
1.10. Afastamentos................................................................................... 28
1.11. Efetivo Exercício................................................................................ 30
1.12. Outros Conceitos............................................................................... 33
Resumo da Aula........................................................................................ 39
Questões Comentadas em Aula................................................................... 40
Questões de Concurso................................................................................ 44
Gabarito................................................................................................... 52

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Prof. Vinícius Ribeiro

VINÍCIUS RIBEIRO
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as
leis orçamentárias. Aprovado no concurso de Consultor de Orçamento
na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na Universidade
Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos,
publicado pela editora GEN. Professor de cursos online para concursos
há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e Orçamento no Mi-
nistério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no
CNJ e no STF; e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em
Negócios Internacionais e Comércio Exterior na FGV.

Olá, pessoal, tudo bem com vocês? Vamos seguindo com o curso?

1. Lei n. 8.112/1990

1.1. Introdução

Para falarmos de direitos, deveres e responsabilidades dos servidores públicos,

devemos direcionar os estudos para o exame da Lei n. 8.112/1990, que é o regi-

me jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações

públicas.

Reparem em alguns detalhes

• Apenas servidores civis, ficando de fora os militares;

• Apenas servidores da União (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), fi-

cando de fora os servidores estaduais, distritais e municipais;

• Somente servidores das autarquias e fundações, ficando de fora as empresas

públicas e as sociedades de economia mista.

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Nesse sentido, nosso estudo será focado nos servidores públicos estatutários.

Mas antes, cabe ainda uma consideração. Falemos um pouco sobre o regime jurí-

dico único – RJU.

O que é isso? O regime jurídico para os servidores da administração direta, das

autarquias e fundações públicas é único quando somente um regime é adotado:

celetista ou estatutário. Mas não é estatutário, professor? No caso da União, sim.

Entretanto, os demais entes podem fazer outra opção de regime jurídico, desde

que ele seja único, ou seja, não se pode misturar celetistas e estatutários.

Vale mencionar que nem sempre o regime jurídico foi único. Digamos que ele

foi, deixou de ser e agora é de novo. Em outras palavras, já tivemos um momento

em que se podia ter celetistas e estatutários. Hoje em dia, somente um regime, o

RJU. Ok?

Como todo mundo, servidores públicos têm direitos, deveres e responsabili-

dades. No momento da posse em cargo público, um termo de posse é assinado,

contendo as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao

cargo ocupado, não podendo ser alterados de forma unilateral, ressalvados os atos

de ofício previstos em lei.

Atos de ofício são os atos praticados pela Administração independentemente de

pedido de algum interessado, ou seja, sem precisar ser provocada.

1.2. Admissão, Concurso Público

O Regime Jurídico dos servidores públicos federais, inclusive daqueles perten-

centes a autarquias e a fundações públicas, é tratado pela Lei n. 8.112/1990. Antes

desse chamado Estatuto, a Constituição Federal já havia tratado de alguns pontos

cruciais sobre o tema. As empresas públicas e as sociedades de economia mista

não são abrangidas por esse normativo.

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Vejamos alguns trechos do art. 37 da Carta Magna:

Art. 37 I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma
da lei;

Desse inciso, podemos retirar o seguinte:

• Existe diferença entre cargos, empregos e funções – veremos já já.

• Nem todos os cargos, empregos e funções são acessíveis aos estrangeiros.

Veja que a Lei n. 8.112/1990 define em que área existe possibilidade de con-

tratação de estrangeiro:

§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão


prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com
as normas e os procedimentos desta Lei.

Voltando para a Constituição.

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em con-


curso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a comple-
xidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

Definição de investidura: dar posse ou provimento em cargo.

Diferença básica entre cargo e emprego público:

• Cargo público: regido pelo Estatuto do Servidor Público (Lei n. 8.112/1990).

São os chamados estatutários. Os cargos públicos estão presentes na admi-

nistração pública direta (ministérios e seus órgãos; presidência da república

e seus órgãos) e em parte da administração pública indireta (autarquias e

fundações públicas);

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• Emprego público: regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho – De-

creto-Lei n. 5.452/1943). São os chamados celetistas. Os empregos públicos

estão presentes somente na outra parte da administração indireta (empresas

públicas e sociedades de economia mista).

Vejam que o concurso pode ser de provas ou de provas e títulos. Nunca somente

de títulos, ok?

Distinção entre cargo em comissão e função comissionada:

• Cargo em Comissão: cargo de livre nomeação e exoneração. Pode ser confe-

rido a um servidor efetivo (detentor de cargo público) ou a um não servidor,

para exercício de funções de chefia e assessoramento.

• Função comissionada: função conferida a um ocupante de cargo público para

exercício de funções de chefia e assessoramento.

Vejam que há uma ressalva no dispositivo mencionado. Trata-se da nomeação

de cargos em comissão, que são de livre nomeação e exoneração. Ou seja, o agen-

te público possui liberdade para nomear e para exonerar (“demitir”) os detentores

de cargo em comissão.

Quando alguém que já é servidor público detém cargo em comissão e perde

esse cargo, o funcionário continua no serviço público. “Apenas” deixa de ser chefe

e perde seus direitos e deveres de chefia.

III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;

Vejam que o concurso pode durar 120 dias, 6 meses, 1 ano, 2 anos. Indepen-

dentemente do prazo estabelecido no edital (sempre até dois anos), caso a admi-

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nistração deseje prorrogar, deverá fazê-lo pelo mesmo período estipulado no edi-

tal: se 120 dias, mais 120 dias; se 1 ano, mais um ano. Assim, o máximo que pode

durar a validade é 4 anos (2 + 2).

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado


em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

O que está querendo dizer esse dispositivo? É possível realizar novo concurso

mesmo que haja outro vigente para o mesmo cargo. No entanto, só é possível fazer

isso durante o prazo improrrogável (após a prorrogação), e os aprovados deverão

aguardar as convocações dos aprovados do primeiro concurso.

VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas por-
tadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

Nesse sentido, a Lei n. 8.112/1990 disciplinou:

§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em


concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a
deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte
por cento) das vagas oferecidas no concurso.

Vejam o detalhe importante: até 20%, ou seja, o edital pode trazer 6%, pode

trazer 15%, pode trazer 20%.

Voltando à Constituição.

IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;

Além dos concursos normais, há também os chamados concursos temporários.

Em determinadas circunstâncias, o órgão público pode realizar esse tipo de certa-

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me para admitir servidores temporários, que permanecerão no cargo por tempo

determinado, mesmo sendo permitida a prorrogação do tempo de permanência.

Agora, vejamos os requisitos previstos na Lei n. 8.112 para a investidura:

Vejam que, além dos requisitos previstos, é possível que outra lei (a de criação de

uma carreira, por exemplo) possa trazer mais requisitos.

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1. (CESPE/FUB/2015) Considere que Joana, servidora pública da Universidade de

Brasília (UnB), tenha recebido documentação para a instrução do processo adminis-

trativo de posse de um professor estrangeiro em um cargo público da universidade.

Nessa situação, Joana deve desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do

documento comprobatório de nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimen-

to ao referido processo.

A Lei n. 8.112/1990 define que as universidades e instituições de pesquisa cientí-

fica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e

cientistas estrangeiros. Dessa forma, não será necessário comprovar a nacionalida-

de brasileira para dar prosseguimento ao referido processo.

Gabarito: C

2. (CESPE/MPU/2013) São requisitos para a investidura em cargo público, entre

outros, a idade mínima de dezoito anos e a aptidão física e mental, podendo as

atribuições do cargo justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

Perfeito, não é? A questão praticamente reproduziu o art. 5º do Estatuto do Servidor.

Gabarito: C

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1.3. Provimento e Vacância

Este tema é fundamental para entendermos as maneiras como um cargo é pro-

vido (preenchido) ou desprovido (vacância). Vejamos as formas de cada um:

Formas de provimento de cargo público:

• Nomeação. É a única forma original. O resto é provimento derivado. A nome-

ação ocorre em dois casos:

–– nomeação em face de aprovação em concurso para cargo efetivo;

–– nomeação para cargo em comissão.

• Promoção, que é um novo posicionamento dentro da carreira;

• Readaptação do servidor em outro cargo em face de limitação na capacidade

física ou mental;

• Reversão do aposentado à atividade;

• Aproveitamento do servidor em disponibilidade;

• Reintegração do servidor demitido quando invalidada a demissão;

• Recondução do servidor estável em face de:

–– inabilitação em estágio probatório em outro órgão;

–– reintegração do anterior ocupante do cargo em face de reintegração de

servidor no cargo ocupado.

Formas de vacância do cargo público:

• exoneração (veremos adiante);

• demissão (veremos adiante);

• promoção. Uma vez que o servidor é promovido a outro cargo na carreira, ele

deixa o seu cargo anterior vago;

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• readaptação. Uma vez que o servidor é readaptado em outro cargo em face

de limitações, o antigo cargo fica vago;

• aposentadoria;

• posse em outro cargo inacumulável;

• falecimento.

Recondução ao cargo de origem em face de reintegração de servidor

demitido – quando um servidor estável (já passou pelo estágio probatório) é demi-

tido, o cargo que ele ocupava pode ser provido por outro servidor. Contudo, se a de-

missão for invalidada posteriormente, esse servidor será reintegrado ao cargo que

ocupava ou ao cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas

as vantagens (direito dele). E o servidor que estava ocupando o cargo? Poderá ser

reconduzido ao seu cargo de origem, sem direito à indenização (não tem direito).

Substituto – quando um servidor substituir outro servidor que possua cargo ou

função de direção ou chefia, ou que ocupe cargo de Natureza Especial, o substituto

fará jus à retribuição pelo exercício do cargo em questão, nos casos dos afastamen-

tos ou impedimentos legais do titular, superiores a 30 dias consecutivos, sendo paga

na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.

3. (CESPE/FUB/2015) Considere que determinado servidor público tenha sido in-

vestido em novo cargo, compatível com as suas limitações decorrentes de acidente

de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que o referido servidor está em pro-

vimento originário.

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Esta questão trata da readaptação. A única forma de provimento originário é a no-

meação, as demais são derivadas.

Gabarito: E

4. (CESPE/STJ/2015) A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo ante-


riormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a
outro cargo.

A recondução do servidor estável pode se dar em razão da inabilitação em estágio


probatório em outro cargo ou do retorno do anterior ocupante do cargo em face de
reintegração.
Gabarito: C

5. (CESPE/TRE-GO/2015) Em razão de uma reforma administrativa realizada no


âmbito do Poder Judiciário, os cargos ocupados por alguns servidores estáveis de
determinado TRE foram extintos, e esses servidores foram colocados em disponibi-
lidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à atividade pública poderá dar-se
por recondução, caso em que eles passarão a ocupar cargos de atribuições e ven-
cimentos compatíveis com os anteriormente ocupados.

Trata-se, nesse caso, de aproveitamento do servidor em disponibilidade, e não de

recondução.

Gabarito: E

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1.4. Demissão

A demissão é uma forma de vacância de cargo público. Trata-se de uma forma

punitiva, quando ocorre algo grave. Ela requer um procedimento administrativo

que comprove a irregularidade. Vale mencionar que o servidor estável só perderá o

cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo admi-

nistrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Diferente da demissão é o caso da exoneração, que pode ocorrer a pedido ou

de ofício.

A exoneração de ofício pode ocorrer:

• quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

• quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo

estabelecido.

Nos casos de exoneração de cargo em comissão e de dispensa de função de

confiança, temos as seguintes possibilidades:

• a juízo da autoridade competente;

• a pedido do próprio servidor.

Mesmo nesses casos de ofício, a exoneração não é algo punitivo, não é penalida-

de de natureza disciplinar. Trata-se apenas de encerramento do vínculo funcional.

Um ponto importante é quando ocorre a invalidação da demissão de um servi-

dor. Nesse caso, ocorrerá a reintegração desse servidor, ou seja, reinvestidura do

servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua

transformação. Nesses casos, haverá ressarcimento de todas as vantagens.

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Além de ser considerada uma forma de vacância, a demissão também está clas-
sificada na Lei como uma penalidade disciplinar. Vejamos as demais penalidades:
• advertência;
• suspensão;

• cassação de aposentadoria ou disponibilidade (quando não há cargo disponí-

vel para o servidor ocupar, o servidor fica disponível com remuneração pro-

porcional ao tempo de serviço);

• destituição de cargo em comissão;

• destituição de função comissionada.

Vejam que a existência da destituição (cargo em comissão e função comissiona-

da) como penalidade nos leva a entender que a demissão só se aplica aos servido-

res efetivos, ou seja, os detentores de cargo público.

A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I – crime contra a administração pública;

II – abandono de cargo;

III – inassiduidade habitual;

IV – improbidade administrativa;

V – incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI – insubordinação grave em serviço;

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VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em

legítima defesa própria ou de outrem;

VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

XI – corrupção;

XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Alguns comentários:

• abandono de cargo é tipificado quando:

–– ocorrer ausência intencional ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.

• inassuidade habitual é tipificada quando:

–– ocorrer falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpo-

ladamente, durante o período de doze meses.

• As possibilidades de acumulação de cargos, empregos ou funções estão pre-

vistas na Constituição e ocorrem nos seguintes casos, sempre observada a

compatibilidade de horário e local:

–– dois cargos de professor;

–– um cargo de professor com outro técnico ou científico;

–– dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profis-

sões regulamentadas.

• Os incisos citados do art. 117 são:

IX  – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da


dignidade da função pública;

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XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quan-
do se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão
de suas atribuições;
XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV – proceder de forma desidiosa;
XVI  – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares;

6. (CESPE/MEC/2015) A acumulação lícita de um cargo efetivo com um cargo co-

missionado é possível, desde que declarada a compatibilidade de horário e local do

exercício de ambos os cargos.

A acumulação lícita de cargos público pode se dar apenas nos casos previstos na

Constituição e desde que haja compatibilidade de horário e local.

Gabarito: C

7. (CESPE/FUB/2015) Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria

cassada em função de condenação por infração vinculada ao cargo público ante-

riormente ocupado.

OK! Essa é uma das formas de penalidade disciplinar previstas em lei.

Gabarito: C

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8. (CESPE/MPU/2013) Aplica-se a penalidade disciplinar de demissão a servidor

público por abandono de cargo, caracterizado pela ausência intencional do servidor

ao serviço por mais de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias não consecu-

tivos, em um período de um ano.

A questão misturou abandono com inassiduidade habitual. Abandono: 30 consecu-

tivos; inassiduidade: 60 dias não consecutivos em 12 meses.

Gabarito: E

1.5. Prazo para Posse e Entrada em Exercício

Quando vocês estiverem lendo alguma lei de servidor público estadual ou distri-

tal, fiquem atentos: os prazos que vou mencionar agora, que valem para a União,

costumam ser diferentes nos demais entes. Vejam o seu passo a passo:

• Você vai fazer a prova tranquilo, focado, concentrado;

• Você vai tirar um notão na prova;

• Você vai ficar bombando com sua nota nos rankings pela internet;

• O Diário Oficial vai publicar as notas, mas vai dar tempo para recurso. Você

já coloca aquele sorriso no canto da boca;

• Os recursos são publicados e você continua no topo da tabela;

• Deu no Diário Oficial!!!! Você é nomeado para o cargo de Técnico Adminis-

trativo!!! Já começam as comemorações, é festa, é família ligando, é amigo

com inveja... Mas lembre-se que alguns exames médicos precisam ser feitos.

O órgão costuma entrar em contato por e-mail ou telefone para falar dos do-

cumentos e exames a providenciar. Tudo bem, você está saudável e está com

a documentação em dia.

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• Após a publicação desse ato de provimento chamado nomeação, se liga: você

tem 30 dias para tomar posse (sem a possibilidade de prorrogação), ou seja,

para ir ao órgão, apresentar a documentação requerida e assinar o termo de

posse. Não pode comparecer porque está fazendo um Cruzeiro na costa do

Mediterrâneo? Não tem problema: a posse poderá dar-se mediante procura-

ção específica.

• E depois? O que falta? Trabalhar, ora bolas. Entrar em exercício. Uma vez em-

possado, agora o prazo é menor: você tem quinze dias para entrar em exercí-

cio. Em geral, posse e exercício podem e costumam ocorrer no mesmo dia. Afi-

nal, quem não quer já começar a trabalhar e fazer jus à remuneração, não é?

9. (CESPE/TRE-GO/2015) Alice, aprovada em concurso público para o cargo de téc-

nico administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente familiar que

ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa situação, Alice poderá

nomear, por procuração específica, alguém que a represente no ato da posse.

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Perfeito, é possível que a posse seja feita por terceiro por meio de procuração es-

pecífica. O mesmo não vale para entrada em exercício e não faria o menor sentido.

Gabarito: C

1.6. Estágio Probatório

O estágio probatório é a etapa necessária pela qual os novos servidores efetivos

devem passar para adquirem a sonhada estabilidade no serviço público.

Esse estágio dura três anos, mas cuidado. A Lei n. 8.112/1990 está desatuali-

zada, trazendo o período de dois anos como sendo o estágio probatório. De acordo

com a lei, é assim. Mas, o período do estágio deve ser encarado como o mesmo

período considerado na Constituição para o alcance da estabilidade: 3 anos.

É importante observar que é preciso três anos no mesmo órgão para o alcance

da estabilidade. Se eu ficar dois anos em um órgão e passar em outro concurso,

começo o estágio probatório novamente. Aliás, sempre haverá estágio probatório

quando se inicia em um novo concurso.

O que pode ocorrer é o servidor ficar três anos em um órgão, passando pelo

estágio probatório e alcançando a sua estabilidade, e sair. Nesse caso, ele iniciará

novo estágio, mas já estará estável perante o primeiro órgão. Assim, durante esse

novo estágio (três anos), ele pode decidir retornar para o antigo órgão.

Adquirindo a estabilidade, o servidor só perderá o cargo nos seguintes casos,

previstos na Carta Magna:

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I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma

de lei complementar, assegurada ampla defesa.

Durante o estágio probatório, o que será analisado? A aptidão e capacidade,

devendo os seguintes fatores serem analisados (RAPID):

O fato de o servidor estar em estágio probatório não o impede de assumir car-

gos em comissão ou funções de comissão. Ele, inclusive, pode ser cedido a outro

órgão, mas somente nos casos cargos de comissão DAS 4, 5 ou 6.

Os DAS (Direção e Assessoramento Superiores) possuem uma escala de 1 a

6, sendo os cargos mais altos os de número 6. De forma simples, temos em uma

autarquia o seguinte:

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10. (CESPE/FUB/2015) Um servidor nomeado para cargo de provimento efetivo

ficará sujeito a estágio probatório pelo período de vinte e quatro meses.

Nada disso, com a alteração constitucional da estabilidade para três anos, automa-

ticamente, alterou-se o período de estágio probatório da mesma forma.

Gabarito: E

11. (CESPE/FUB/2015) Se um servidor público estiver em estágio probatório, o

seu cargo não poderá ser extinto, já que isso resultaria na perda da função pública

desse servidor.

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De acordo com a jurisprudência do STF, o estágio probatório não protege o funcio-

nário contra a extinção do cargo. O mesmo não ocorre com o servidor estável, nos

termos da Lei n. 8.112/1990:

“Art. 37 § 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o


cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que
não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na for-
ma dos arts. 30 e 31.”

Gabarito: E

1.7. Vencimento Básico

Pelo exercício de cargo público, o servidor receberá remuneração estabelecida

em lei. Não se utiliza o termo salário na lei. É remuneração, devendo estar prevista

em lei. Aumentos de remuneração, diante de novo plano de carreira, por exemplo,

também deverão constar em lei.

A remuneração é composta do vencimento e das vantagens pecuniárias perma-

nentes. Vencimento é a parte mais básica da remuneração. Na Lei n. 8.112/1990,

vencimento é definido como a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo.

Pecúnia significa contraprestação em dinheiro, em moeda corrente. Essas van-

tagens, que acrescentam valor financeiro à remuneração, são concedidas em ca-

ráter transitório ou definitivo, em virtude do tempo de serviço, do desempenho

de funções especiais, das condições anormais para se realizar um trabalho ou das

condições pessoais do servidor.

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VANTAGENS
Indenizações Ajuda de custo, diárias, transporte e auxílio-moradia (o Não se incorporam
servidor que se afasta da sede em caráter eventual faz jus ao vencimento.
a diárias e passagens).
Gratificação e a) Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e Se incorporam ao
Adicionais assessoramento; vencimento.
b) Gratificação natalina;
c) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigo-
sas ou penosas (é preciso optar pelo adicional de insalubri-
dade ou pelo de periculosidade);
d) Adicional pela prestação de serviço extraordinário;
e) Adicional noturno (compreendido entre as 22 horas de
um dia e as 5 horas do dia seguinte, sendo o valor-hora
acrescido em 25%, computando-se cada hora como 52
minutos e 30 segundos);
f) Adicional de férias;
g) Gratificação por encargo de curso ou concurso.

As vantagens concedidas de forma permanente (definitiva) e o vencimento do

cargo efetivo são irredutíveis. Por outro lado, a remuneração não poderá ser infe-

rior ao salário mínimo, nem superior à remuneração dos Ministros de Estado (no

Poder Executivo), pelos membros (parlamentares) do Congresso Nacional (no Po-

der Legislativo) e pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal (no Poder Judiciário)

– são os famosos tetos salariais. Para a verificação da remuneração com o teto,

excluem-se da soma as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: gratifica-


ção natalina (13º); adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou
penosas; adicional pela prestação de serviço extraordinário; adicional noturno; e
adicional de férias.
A remuneração não sofrerá desconto, salvo por imposição legal ou por mandado
judicial. Entretanto, caso o servidor autorize, é possível haver consignação em fo-
lha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração (pode concordar
ou não) e com reposição de custos, de acordo com regulamento próprio.

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O vencimento e a remuneração não serão objeto de arresto, sequestro ou pe-

nhora, salvo nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial

(pensão alimentícia).

Arresto: tem como objeto quaisquer bens do patrimônio do devedor. Conside-

rado uma pré-penhora.

Sequestro: medida utilizada para retirar do devedor um determinado bem para

garantir que não seja deteriorado. O objeto é um bem específico.

Os vencimentos de cargos com atribuições semelhantes terão assegurados a

isonomia (igualdade). Não entram nessa isonomia as vantagens de caráter indivi-

dual (pessoal), relativas à natureza do trabalho (funções especiais) e ao local de

trabalho (condições).

São consideradas como efetivo exercício (dia trabalhado) as faltas (justificadas)

em função de caso fortuito ou de força maior, podendo ser compensadas a critério

da chefia imediata.

12. (CESPE/TRE-GO/2015) Pablo, técnico judiciário do TRE/GO, recebe mensal-

mente adicional de qualificação por ter concluído curso de mestrado na sua área de

atuação. Nessa situação, os valores recebidos por Pablo pela referida qualificação

incorporam-se ao seu vencimento.

Como vimos, as vantagens podem ser de três tipos: indenizações (não se incorpo-

ram ao vencimento), gratificações (incorporam) ou adicionais (incorporam). Assim,

no caso dos adicionais, irão se incorporar ao vencimento.

Gabarito: C

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13. (CESPE/FUB/2015) De acordo com a Lei Federal n. 8.112/1990, vencimento e


remuneração consistem na retribuição pecuniária pelo exercício do cargo.

A Lei n. 8.112/1990 aponta como retribuição do cargo o vencimento. Na remune-


ração, poderá haver outras vantagens do cargo, que não caracterizam retribuição
pelo exercício do cargo.
Gabarito: E

14. (CESPE/MS/2010) Além do vencimento, poderão ser pagos ao servidor indeni-


zações, gratificações e adicionais, sendo que as primeiras se incorporam ao venci-
mento ou provento para qualquer efeito.

Somente as indenizações não se incorporam ao vencimento. As gratificações e os


adicionais se incorporam.
Provento é o “salário” dos aposentados.
Gabarito: E

1.8. Férias

Assim como na iniciativa privada, o servidor faz jus a 30 dias de férias, podendo

ser acumuladas por, no máximo, dois períodos (por necessidade de serviço), salvo

disposição em lei.

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Há uma pequena, mas importante, diferença com a iniciativa privada. No co-


meço, os 12 primeiros meses são necessários para que o servidor goze suas férias,
assim como nas empresas. Entretanto, passado esse período, todo ano, indepen-
dentemente do mês, o servidor pode tirar suas férias.
Exemplificando: um servidor entra em exercício (começa a trabalhar) em outu-
bro de 2012. Somente em outubro de 2013 ele terá direito a gozar as suas primei-
ras férias. Entretanto, já em janeiro de 2014, o servidor já possui o direito de tirar
os próximos 30 dias. Bom, não é?
O parcelamento de férias (no máximo em 3 vezes) pode ser requerido. Todavia,
fica resguardado o interesse da administração pública em concedê-lo.
No caso de servidor que opera raios X ou substâncias radioativas terá direito
a 20 dias consecutivos de férias por semestre, não sendo admitida a acumulação.
O pagamento da remuneração das férias é efetuado em até dois dias antes do
início do respectivo período.
Mesmo sendo um direito, as férias podem ser interrompidas.
– Vixe, professor!
– Pois é. Vejamos os casos:
• calamidade pública;
• comoção interna;
• convocação para júri;
• serviço militar ou eleitoral;
• necessidade serviço declarada pela autoridade máxima do órgão.

1.9. Licenças

O servidor tem direito a licença por/para:


• doença na família por até 90 dias, devendo ser precedida por perícia médica

oficial caso maior do que 15 dias, sendo proibido o exercício de atividade re-

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munerada. A remuneração do servidor só se mantém dentro dos primeiros 60

dias de licença. Em família, estão abarcados o cônjuge ou companheiro, pais,

filhos, padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às expensas

do servidor e conste do assentamento funcional do servidor;

• afastamento do cônjuge/companheiro, por prazo indeterminado e sem remu-

neração;

• serviço militar, tendo o servidor 30 dias após a conclusão, sem remuneração,

para reassumir o cargo;

• atividade política, sem remuneração, desde a escolha em convenção partidá-

ria até a candidatura. Após o registro e até o 10º dia após a eleição (prazo

máximo de três meses), assegura-se o recebimento dos vencimentos;

• capacitação a cada quinquênio de efetivo exercício, por até três meses, res-

guardada a remuneração;

• interesses particulares, a critério da Administração, pelo período de até três

anos, sem remuneração. Essa licença pode ser interrompida a pedido do ser-

vidor ou no interesse do serviço;

• mandato classista (em confederação, federação, associação de classe de âm-

bito nacional, sindicato representativo da categoria, entidade fiscalizadora da

profissão ou gerência em sociedade cooperativa de servidores públicos), sem

remuneração. Com relação ao mandato classista, devem ser observados os

seguintes limites:

–– Entidades com até 5.000 associados – 1 servidor;

–– 5.001 a 30.000 – 2 servidores;

–– Acima de 30.000 – 3 servidores.

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Caso haja concessão de licença dentro de 60 dias do término de outra da mesma

espécie, considera-se o fato uma prorrogação.

15. (CESPE/FUB/2015) A licença de um servidor para tratar de assuntos particula-


res, desde que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da concessão
da administração. No entanto, a interrupção da licença somente ocorrerá com o
consentimento do servidor licenciado.

A licença para tratar de assuntos particulares pode ser interrompida a pedido do


servidor ou no interesse do serviço a qualquer momento.
Gabarito: E

1.10. Afastamentos

Estão previstos os seguintes afastamentos:


• servir outro órgão ou entidade: para exercício de cargo em comissão ou fun-
ção de confiança; em casos previstos em legislação;
• exercício de mandato eletivo:
–– não municipal: afastamento;
–– prefeito: afastamento com direito de optar por uma das remunerações;
–– vereador:
• caso haja compatibilidade de horário, receberá as duas remunerações;
• sem compatibilidade, deverá optar.
• estudo ou missão no exterior não se excedendo a quatro anos;

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• participação em programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado e dou-


torado) no país, desde que não haja compatibilidade de horários e possibili-
dade de compensação de horário, resguardada a remuneração;

• curso de formação, resguardada a remuneração.

No caso de o servidor encontrar-se em estágio probatório, aplica-se o seguinte

para licenças e afastamentos:

16. (CESPE/FUB/2015) Mesmo em estágio probatório, o servidor público tem di-

reito a licença para tratar de interesses particulares, desde que sem remuneração.

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Nada disso, não é permitido ao servidor em estágio probatório gozar de licença

para tratar de interesses particulares.

Gabarito: E

1.11. Efetivo Exercício

Em determinadas situações, embora à primeira vista não pareça, o efetivo exer-

cício do serviço público pelo servidor é contado. São situações em que ele não está

de fato trabalhando, mas contam como se ele tivesse trabalhado. Vejamos essas

situações:

• As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior;

• Ausência do servidor para:

–– Doação de sangue (um dia)

–– Alistamento como eleitor (dois dias)

–– Em razão do próprio casamento ou do falecimento dos seguintes familiares

(oito dias):

• cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor

sob guarda ou tutela e irmãos.

• Férias;

• Exercício de cargo em comissão ou equivalente em qualquer ente;

• Exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte

do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

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• Programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-

-graduação stricto sensu no país;

• Mandato eletivo em qualquer ente, exceto para promoção por merecimento;

• Júri e outros serviços obrigatórios por lei;

• Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento;

• Licença:
–– à gestante, a adotante e paternidade;
–– para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses, cumulativo
ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de pro-
vimento efetivo;
–– para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por
merecimento;
–– por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
–– para capacitação;
–– por convocação para o serviço militar;
• Deslocamento para a nova sede em razão de ter sido removido, redistribuído,
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório;
• Competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação
desportiva nacional, no País ou no exterior;
• Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe
ou com o qual coopere.

Remoção: deslocamento do servidor para exercer suas atividades em outra unida-

de, com ou sem mudança de localidade. Tipos:

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• De ofício: no interesse da administração, independentemente da vontade do


servidor;
• A pedido:
–– a critério da Administração;
–– independentemente do interesse Administração:
I  – para acompanhar cônjuge (servidor público ou militar de qualquer
poder ou ente) deslocado no interesse da Administração;

II – por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou depen-

dente;

III – em virtude de processo seletivo.

Redistribuição: deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado

ou vago, para outro órgão ou entidade do mesmo poder. Requisitos:

I – interesse da Administração;

II – equivalência de vencimentos;

III – manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das

atividades;

V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades insti-

tucionais do órgão ou entidade.

Poderão ter horário especial no trabalho:

• estudante, quando houver incompatibilidade;

• deficiente, quando comprovada a necessidade. Estendendo-se essa conces-

são ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente deficiente físico, exi-

gindo-se a compensação de horário para essa extensão.

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1.12. Outros Conceitos

O nome da remuneração recebida pelos aposentados chama-se “provento”. Não

se fala em salário nem em vencimento.

São três os casos previstos de aposentadoria na Lei n. 8.112/1990:

• por invalidez permanente;

–– proventos integrais: casos de acidente em serviço, moléstia profissional ou

doença grave, contagiosa ou incurável.

–– proventos proporcionais: demais casos.

• compulsoriamente (obrigatoriamente) aos 70 anos: proventos proporcionais

ao tempo de serviço

• voluntariamente;

–– aos 35 (homem) e aos 30 (mulher) de serviço: proventos integrais;

–– aos 30 (homem) e aos 25 (mulher) de serviço como magistério (professor):

proventos integrais;

–– aos 30 (homem) e aos 25 (mulher) de serviço: proventos proporcionais;

–– aos 65 (homem) e aos 60 (mulher) de idade: proventos proporcionais.

Quando houver essa proporcionalidade de proventos, esses não serão menores

do que 1/3 da remuneração da atividade em que trabalhava o aposentado.

17. (CESPE/FUB/2015) Considere que João, de setenta anos de idade, servidor

público federal aposentado por invalidez, tenha solicitado a reversão de sua apo-

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sentadoria. Nessa situação, mesmo que a junta médica oficial tenha concluído que

o referido servidor não apresenta qualquer condição incapacitante para o exercício

profissional, a administração deverá indeferir a solicitação de João.

Perfeito! Mesmo preenchendo os requisitos da reversão, o

servidor não poderá voltar a trabalhar, pois atingiu a idade

máxima do serviço público.

Fiquem de olho! Recentemente, a idade mínima foi alterada pelo Congresso Na-

cional para 75 anos. A Presidenta Dilma vetou a lei, contudo o Congresso Nacional

derrubou o veto no dia 1º de dezembro, mantendo a idade máxima de 75 anos.

Gabarito: C

Exercício x Aposentadoria

Já falamos em efetivo exercício e também em aposentadoria. Agora, vamos

juntar esses dois institutos. A ideia é simples, toda a contagem do efetivo exercício

serve principalmente para saber se você já faz jus à aposentadoria ou não. Serve

também para saber se você já adquiriu direitos a algumas licenças, para você fina-

lizar seu estágio probatório.

Enfim, quando falamos em contagem para efeitos de disponibilidade (cuja re-

muneração é proporcional ao tempo de serviço) e aposentadoria, temos as seguin-

tes situações que se enquadram ao caso:

• tempo de serviço público prestado aos outros entes;

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• licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com re-

muneração, que exceder a 30 dias em período de 12 meses;

• licença para atividade política, após o registro da candidatura. Essa licença

dura no máximo 3 meses;

• tempo em mandato eletivo anterior ao ingresso no serviço público federal;

• tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

• tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

• tempo de licença para tratamento da própria saúde além de 24 meses;

No caso de operações de guerra, o tempo de serviço prestado às Forças Arma-

das é contado em dobro.

Quando você entrar no seu órgão dos sonhos, em que você pretende passar uns

30 anos, ficar lá até se aposentar, o que você tem que fazer? Juntar toda a papela-

da que comprove o tempo de trabalho que se enquadra nos casos acima e entregar

no seu trabalho. Quem passou pela iniciativa privada, terá que “dar um pulo” no

INSS. Quem já trabalhou em outro órgão público terá que rever os amigos.

Deveres (art. 116)

O exercício da função pública não possuiu apenas direitos e vantagens, o servi-

dor possui também os seguintes deveres:

• exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

• ser leal à instituição;

• observar as normas;

• cumprir as ordens superiores, salvo se manifestamente ilegais;

• atender com presteza a todos;

• dar ciência aos superiores de irregularidades descobertas em razão do cargo;

• zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

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• manter sigilo sobre assunto da repartição;

• agir com moralidade;

• ser assíduo e pontual;

• tratar com urbanidade (com cortesia/polidez);

• representar contra ilegalidade/omissão/abuso de poder, sendo apreciada pela

autoridade superior ao “réu”.

18. (CESPE/FUB/2015) É dever do servidor público civil da União zelar pela econo-

mia do material e pela conservação do patrimônio público.

Tranquilo, não? Mais do que lógico esse dever. É o mínimo que se espera. Zelar pelo

patrimônio público é um bom começo para a prestação do serviço público.

Gabarito: C

Responsabilidades (art. 121 a 126)

Caso cometa irregularidades, o servidor possui as seguintes responsabilidades

(as três podem se acumular – são independentes):

• civil, diante de fato omissivo (não fazer) ou comissivo (resultante de ação),

doloso (com intenção) ou culposo (sem intenção), que resulte em prejuízo ao

erário ou a terceiros. Nesse último caso, o servidor deve responder perante

a Fazenda Pública, em ação regressiva. É importante mencionar que a obri-

gação de reparar o dano estende-se aos sucessores até o limite do valor da

herança;

• penal, abrangendo os crimes e contravenções (menos grave que o crime);

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• administrativa, sendo afastada no caso de absolvição criminal que negue a

existência do fato ou sua autoria. Aqui é o seguinte: o servidor passa a ser

responsabilizado administrativamente e penalmente por algo que teria ocor-


rido. Caso ocorra a absolvição criminal, automaticamente a responsabilização
administrativa deixa de existir, por consequência.

A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo/comissivo prati-


cado no desempenho do cargo ou função. Relaciona-se com as atribuições do cargo,
com as rotinas do servidor.

Não deve ser paralisado o curso de processo administrativo disciplinar apenas em


função de ajuizamento de ação penal destinada a apurar criminalmente os mesmos
fatos investigados administrativamente. As esferas administrativa e penal são in-
dependentes, não havendo falar em suspensão do processo administrativo durante
o trâmite do processo penal. Ademais, é perfeitamente possível que determinados
fatos constituam infrações administrativas, mas não ilícitos penais, permitindo a
aplicação de penalidade ao servidor pela Administração, sem que haja a correspon-
dente aplicação de penalidade na esfera criminal. Vale destacar que é possível a
repercussão do resultado do processo penal na esfera administrativa no caso de ab-
solvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, devendo ser revista
a pena administrativa porventura aplicada antes do término do processo penal. MS
18.090-DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 8/5/2013. STJ

19. (CESPE/TELEBRÁS/2015) A absolvição de servidor público na esfera adminis-


trativa por negativa de autoria de fato que configure simultaneamente falta disci-

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plinar e crime repercute na esfera criminal para afastar a possibilidade de conde-

nação.

Cuidado! É na esfera criminal que a absolvição, por negação de existência do fato

ou sua autoria, irá gerar efeitos na esfera administrativa e não o contrário.

Gabarito: E

20. (CESPE/AGU/2015) Se, em uma operação da Polícia Federal, um agente públi-

co for preso em flagrante devido ao recebimento de propina, e se, em razão disso,

houver ajuizamento de ação penal, um eventual processo administrativo disciplinar

deverá ser sobrestado até o trânsito em julgado do processo criminal.

As esferas civil, penal e administrativa são independentes, não havendo necessi-

dade de se sobrestar (interromper/suspender) o processo devido à instauração de

processo criminal.

Gabarito: E

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RESUMO DA AULA

Formas de provimento de cargo público:


• Nomeação: única forma original. O resto é provimento derivado. A nomeação
ocorre em dois casos:
–– nomeação em face de aprovação em concurso para cargo efetivo;
–– nomeação para cargo em comissão.
• Promoção, que é um novo posicionamento dentro da carreira;
• Readaptação do servidor em outro cargo em face de limitação na capacidade
física ou mental;
• Reversão do aposentado à atividade;
• Aproveitamento do servidor em disponibilidade;
• Reintegração do servidor demitido quando invalidada a demissão;
• Recondução do servidor estável em face de:
–– inabilitação em estágio probatório em outro órgão;
–– reintegração do anterior ocupante do cargo em face de reintegração de
servidor no cargo ocupado.

Formas de vacância do cargo público:


• exoneração (veremos adiante);
• demissão (veremos adiante);
• promoção. Uma vez que o servidor é promovido a outro cargo na carreira, ele
deixa o seu cargo anterior vago;
• readaptação. Uma vez que o servidor é readaptado em outro cargo em face
de limitações, o antigo cargo fica vago;
• aposentadoria;
• posse em outro cargo inacumulável;
• falecimento.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1. (CESPE/FUB/2015) Considere que Joana, servidora pública da Universidade de

Brasília (UnB), tenha recebido documentação para a instrução do processo adminis-

trativo de posse de um professor estrangeiro em um cargo público da universidade.

Nessa situação, Joana deve desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do

documento comprobatório de nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimen-

to ao referido processo.

2. (CESPE/MPU/2013) São requisitos para a investidura em cargo público, entre

outros, a idade mínima de dezoito anos e a aptidão física e mental, podendo as

atribuições do cargo justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

3. (CESPE/FUB/2015) Considere que determinado servidor público tenha sido in-

vestido em novo cargo, compatível com as suas limitações decorrentes de acidente

de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que o referido servidor está em pro-

vimento originário.

4. (CESPE/STJ/2015) A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo ante-

riormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório relativo a

outro cargo.

5. (CESPE/TRE-GO/2015) Em razão de uma reforma administrativa realizada no

âmbito do Poder Judiciário, os cargos ocupados por alguns servidores estáveis de

determinado TRE foram extintos, e esses servidores foram colocados em disponibi-

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lidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à atividade pública poderá dar-se

por recondução, caso em que eles passarão a ocupar cargos de atribuições e ven-

cimentos compatíveis com os anteriormente ocupados.

6. (CESPE/MEC/2015) A acumulação lícita de um cargo efetivo com um cargo co-

missionado é possível, desde que declarada a compatibilidade de horário e local do

exercício de ambos os cargos.

7. (CESPE/FUB/2015) Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria

cassada em função de condenação por infração vinculada ao cargo público ante-

riormente ocupado.

8. (CESPE/MPU/2013) Aplica-se a penalidade disciplinar de demissão a servidor

público por abandono de cargo, caracterizado pela ausência intencional do servidor

ao serviço por mais de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias não consecu-

tivos, em um período de um ano.

9. (CESPE/TRE-GO/2015) Alice, aprovada em concurso público para o cargo de téc-

nico administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente familiar que

ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa situação, Alice poderá

nomear, por procuração específica, alguém que a represente no ato da posse.

10. (CESPE/FUB/2015) Um servidor nomeado para cargo de provimento efetivo

ficará sujeito a estágio probatório pelo período de vinte e quatro meses.

11. (CESPE/FUB/2015) Se um servidor público estiver em estágio probatório, o

seu cargo não poderá ser extinto, já que isso resultaria na perda da função pública

desse servidor.

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12. (CESPE/TRE-GO/2015) Pablo, técnico judiciário do TRE/GO, recebe mensal-

mente adicional de qualificação por ter concluído curso de mestrado na sua área de

atuação. Nessa situação, os valores recebidos por Pablo pela referida qualificação

incorporam-se ao seu vencimento.

13. (CESPE/FUB/2015) De acordo com a Lei Federal n. 8.112/1990, vencimento e

remuneração consistem na retribuição pecuniária pelo exercício do cargo.

14. (CESPE/MS/2010) Além do vencimento, poderão ser pagos ao servidor indeni-

zações, gratificações e adicionais, sendo que as primeiras se incorporam ao venci-

mento ou provento para qualquer efeito.

15. (CESPE/FUB/2015) A licença de um servidor para tratar de assuntos particula-

res, desde que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da concessão

da administração. No entanto, a interrupção da licença somente ocorrerá com o

consentimento do servidor licenciado.

16. (CESPE/FUB/2015) Mesmo em estágio probatório, o servidor público tem di-

reito a licença para tratar de interesses particulares, desde que sem remuneração.

17. (CESPE/FUB/2015) Considere que João, de setenta anos de idade, servidor

público federal aposentado por invalidez, tenha solicitado a reversão de sua apo-

sentadoria. Nessa situação, mesmo que a junta médica oficial tenha concluído que

o referido servidor não apresenta qualquer condição incapacitante para o exercício

profissional, a administração deverá indeferir a solicitação de João.

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18. (CESPE/FUB/2015) É dever do servidor público civil da União zelar pela econo-

mia do material e pela conservação do patrimônio público.

19. (CESPE/TELEBRÁS/2015) A absolvição de servidor público na esfera adminis-

trativa por negativa de autoria de fato que configure simultaneamente falta disci-

plinar e crime repercute na esfera criminal para afastar a possibilidade de conde-

nação.

20. (CESPE/AGU/2015) Se, em uma operação da Polícia Federal, um agente públi-

co for preso em flagrante devido ao recebimento de propina, e se, em razão disso,

houver ajuizamento de ação penal, um eventual processo administrativo disciplinar

deverá ser sobrestado até o trânsito em julgado do processo criminal.

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QUESTÕES DE CONCURSO

21. (CESPE/AGU/2015) No que se refere à responsabilidade do servidor público ci-

vil no tocante às sanções civis, penais e administrativas, estas não poderão cumu-

lar-se, mesmo sendo independentes entre si.

22. (CESPE/AGU/2015) Servidores públicos responderão pessoalmente por danos

causados a terceiros em decorrência de ato comissivo doloso praticado no desem-

penho do cargo.

23. (CESPE/FUB/2015) A sentença penal absolutória que conclui que o fato im-

putado a Marcos não configura crime repercutirá, necessariamente, no processo

administrativo disciplinar contra ele instaurado para, igualmente, absolvê-lo.

24. (CESPE/DPU/2010) Acerca da Lei n. 8.112/1990, notadamente no que for per-

tinente ao afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto

sensu (mestrado ou doutorado) no país, assinale a opção correta.

a) O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser autorizado a afastar-se

do exercício do cargo para participação em programa de mestrado ou doutorado,

desde que no interesse da administração e sem remuneração.

b) O servidor que não obtiver o título ou grau que justificou seu afastamento do

exercício do cargo para participar de programa de mestrado ou doutorado deverá

compensar o período utilizado, correspondente ao afastamento, trabalhando, no

máximo, por mais duas horas por dia.

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c) O servidor beneficiário da licença para participar de programa de mestrado ou

doutorado ficará impedido de solicitar aposentadoria ou exoneração do cargo que

ocupa, até que se tenha cumprido período igual ao do afastamento do exercício do

cargo solicitado.

d) O servidor beneficiado pelo afastamento para participação em programa de

mestrado ou doutorado terá de permanecer no exercício de suas funções, após o

seu retorno, por um período igual ao do afastamento concedido.

e) O servidor ocupante de cargo efetivo poderá ser autorizado a afastar-se do

exercício do cargo para participar de programa de mestrado e doutorado em insti-

tuição de ensino superior no país, sendo prescindível o interesse da administração.

25. (CESPE/MS/2010) As empresas públicas e as sociedades de economia mista

são entidades integrantes da administração indireta, portanto, aos seus funcioná-

rios aplica-se o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autar-

quias e das fundações públicas federais.

26. (CESPE/AGU/2010) Carlos, servidor público federal desde abril de 2000, jamais

gozou o benefício da licença para capacitação. Nessa situação, considerando-se que

ele faz jus ao gozo desse beneficio por três meses, a cada quinquênio, Carlos po-

derá gozar dois períodos dessa licença a partir de abril de 2010.

27. (CESPE/TRE-MT/2010) Acerca do que dispõe a Lei n. 8.112/1990 e alterações

em relação a vencimento, remuneração e vantagens, assinale a opção correta.

a) Vencimento corresponde à retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público

efetivo, acrescida das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

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b) Podem ser concedidas ao servidor público, além do vencimento, gratificações e

indenizações, as quais não se incorporam ao vencimento para qualquer feito.

c) Somente lei pode impor a incidência de desconto sobre remuneração ou proven-

to do servidor.

d) O servidor público não faz jus ao adicional pela prestação de serviço extraordi-

nário.

e) O vencimento pode ser objeto de penhora apenas nos casos de prestação de

alimentos resultante de decisão judicial.

28. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) Considere que um servidor deixe de

comparecer ao trabalho às segundas-feiras, durante o período de trinta dias segui-

dos. Nessa situação, o referido servidor estará sujeito à demissão, visto que suas

faltas configuram inassiduidade habitual.

29. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) A licença concedida a servidor para

tratamento de interesse particular poderá, a qualquer tempo, ser interrompida,

tanto a pedido do próprio servidor quanto no interesse do serviço.

30. (CESPE/PC-BA/2013) Considere que um servidor público federal estável, subme-

tido a estágio probatório para ocupar outro cargo público após aprovação em con-

curso público, desista de exercer a nova função. Nessa situação, o referido servidor

terá o direito de ser reconduzido ao cargo ocupado anteriormente no serviço público.

31. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) No caso de inassiduidade habitual, o

servidor será punido com suspensão.

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32. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) O servidor somente será responsa-

bilizado por prejuízo causado ao erário caso tenha agido com dolo.

33. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) A obrigação de reparar o dano que

resulte em prejuízo ao erário se estende aos herdeiros do servidor agente até o

limite do valor da herança.

34. (CESPE/MPU/2013) O período em que o servidor estiver de licença para de-

sempenhar mandato classista conta como tempo de serviço, sendo considerado de

efetivo exercício, salvo para efeito de promoção por merecimento.

35. (CESPE/MPU/2013) A posse do servidor público nomeado, que pode ocorrer

mediante procuração específica, deve acontecer no prazo de trinta dias contados da

publicação do ato de provimento, sendo, ainda, conferidos ao servidor mais trinta

dias para entrar em exercício no cargo.

36. (CESPE/MPU/2013) Para efeito apenas de aposentadoria, sem repercussão fi-

nanceira, deve-se contar em favor do servidor o tempo de serviço em atividade

privada, desde que esta seja vinculada à previdência social.

37. (CESPE/ANEEL/2010) Paulo, em função da reintegração de um colega, será

reconduzido ao cargo que anteriormente ocupava, cabendo-lhe devolver ao erário

os emolumentos percebidos no período. Nessa situação, caso Paulo não faça a de-

volução dos referidos emolumentos no prazo de noventa dias, ele estará sujeito à

suspensão e ao pagamento de multa diária.

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38. (CESPE/MS/2010) O afastamento de servidor para treinamento regularmente

instituído somente será autorizado quando o horário do evento de capacitação in-

viabilizar o cumprimento da sua jornada semanal de trabalho.

39. (CESPE/MS/2010) O servidor poderá afastar-se para servir em organismo in-

ternacional de que o Brasil participe, ou com o qual coopere, sem a perda da re-

muneração.

40. (CESPE/MS/2010) É possível que o servidor se afaste do exercício do cargo

efetivo, com a respectiva remuneração, para participar de programa de pós-gradu-

ação stricto sensu em instituição de ensino superior no país, desde que haja inte-

resse da administração e que essa participação não possa ocorrer simultaneamente

com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário.

41. (CESPE/TRE-MT/2010) No que diz respeito aos direitos e às vantagens do ser-

vidor público consoante estabelece a Lei n. 8.112/1990, assinale a opção correta.

a) Podem ser pagas ao servidor, além do vencimento, indenizações, como as diá-

rias, que se incorporam ao vencimento conforme estabelecido em lei.

b) O servidor que, a serviço, afastar-se da sede, em caráter eventual ou transitó-

rio, para outro ponto do território nacional fará jus a ajuda de custo destinada a

indenizar as parcelas de despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana.

c) As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento, nos casos e nas

condições indicados em lei.

d) Nada impede que o servidor exerça atividade remunerada durante o período da

licença por motivo de doença em família.

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e) O servidor pode receber simultaneamente o adicional de insalubridade e o adi-

cional de periculosidade, desde que trabalhe com habitualidade em locais insalu-

bres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco

de morte.

42. (CESPE/TRE-BA/2010) O servidor que faltar ao serviço sem motivo justificado

perderá o dia de remuneração.

43. (CESPE/TRT-MT/2010) No que diz respeito aos direitos e vantagens do servi-

dor público, à luz do que estabelecem a CF e a Lei n. 8.112/1990, assinale a opção

correta.

a) O servidor estável somente pode ser demitido em virtude de sentença transita-

da em julgado.

b) O servidor que se afastar de seu cargo para exercer mandato eletivo não terá

seu tempo de serviço computado durante o período do mandato.

c) Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a

incompatibilidade entre o horário escolar e o regular exercício das atribuições do

cargo, independentemente de compensação horária.

d) A licença para tratamento de saúde pode ocorrer a pedido podendo, ainda, ocor-

rer de ofício, quando o superior hierárquico do servidor, ou alguém de sua repar-

tição, perceber uma situação física e mental que impossibilite o servidor de seguir

exercendo suas funções.

e) O adicional noturno representa acréscimo destinado ao servidor que labora en-

tre as vinte horas de um dia e as seis horas do dia seguinte. Exercendo suas fun-

ções nesse período, o servidor terá direito de ver acrescido ao valor hora recebido

o percentual de 15% do valor hora normal.

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44. (CESPE/TRE-MT/2010) Acerca do que dispõe a Lei n. 8.112/1990 e alterações

em relação a vencimento, remuneração e vantagens, assinale a opção correta.

a) Vencimento corresponde à retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público

efetivo, acrescida das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

b) Podem ser concedidas ao servidor público, além do vencimento, gratificações e

indenizações, as quais não se incorporam ao vencimento para qualquer feito.

c) Somente lei pode impor a incidência de desconto sobre remuneração ou proven-

to do servidor.

d) O servidor público não faz jus ao adicional pela prestação de serviço extraordi-

nário.

e) O vencimento pode ser objeto de penhora apenas nos casos de prestação de

alimentos resultante de decisão judicial.

45. (CESPE/ANAC/2012) Entende-se por remuneração o vencimento do cargo efe-

tivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes previstas em lei.

46. (CESPE/ANAC/2012) A investidura em cargo público ocorrerá no momento em

que o servidor entrar em exercício.

47. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) A reintegração e a reversão são for-

mas de provimento derivado.

48. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) A readaptação acarreta simultanea-

mente a vacância do antigo cargo do readaptando, cuja limitação física ou mental

o impede de continuar a exercê-lo, e o provimento de novo cargo público com atri-

buições e responsabilidades compatíveis com a nova condição do servidor.

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49. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) As atribuições de determinado cargo

público podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei, além

dos considerados básicos para investidura em todo e qualquer cargo público.

50. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2012) Sendo reprovado no estágio proba-

tório, após processo administrativo em que lhe sejam assegurados a ampla defesa

e o contraditório, Paulo deverá ser demitido.

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GABARITO

1. C 25. E 49. C

2. C 26. E 50. E

3. E 27. E

4. C 28. E

5. E 29. C

6. C 30. C

7. C 31. E

8. E 32. E

9. C 33. C

10. E 34. C

11. E 35. E

12. C 36. E

37. E
13. E
38. C
14. E
39. E
15. E
40. C
16. E
41. C
17. C
42. C
18. C
43. D
19. E
44. E
20. E
45. C
21. E
46. E
22. C
47. C
23. E
48. C
24. D

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