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Coleção Sinopses

para Concursos

A Coleção Sinopses para Concursos tem por finalidade a prepara-


ção para concursos públicos de modo prático, sistematizado e
objetivo.
Foram separadas as principais matérias constantes nos editais e
chamados professores especializados em preparação de concursos
a fim de elaborarem, de forma didática, o material necessário para
a aprovação em concursos.
Diferentemente de outras sinopses/resumos, preocupamos em
apresentar ao leitor o entendimento do STF e do STJ sobre os prin-
cipais pontos, além de abordar temas tratados em manuais e livros
mais densos. Assim, ao mesmo tempo em que o leitor encontrará
um livro sistematizado e objetivo, também terá acesso a temas
atuais e entendimentos jurisprudenciais.
Dentro da metodologia que entendemos ser a mais apropriada
para a preparação nas provas, demos destaques (em outra cor) às
palavras-chaves, de modo a facilitar não somente a visualização,
mas, sobretudo, à compreensão do que é mais importante dentro
de cada matéria.
Quadros sinóticos, tabelas comparativas, esquemas e gráficos
são uma constante da coleção, aumentando a compreensão e a
memorização do leitor.
Contemplamos também questões das principais organizadoras
de concursos do país, como forma de mostrar ao leitor como o
assunto foi cobrado em provas. Atualmente, essa “casadinha” é
fundamental: conhecimento sistematizado da matéria e como foi a
sua abordagem nos concursos.
Esperamos que goste de mais esta inovação que a Editora Jus-
podivm apresenta.

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Leonardo Barreto Moreira Alves

Nosso objetivo é sempre o mesmo: otimizar o estudo para que


você consiga a aprovação desejada.
Bons estudos!

Leonardo de Medeiros Garcia


leonardo@leonardogarcia.com.br
www.leonardogarcia.com.br

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Guia de leitura
da Coleção
A Coleção foi elaborada com a metodologia que entendemos
ser a mais apropriada para a preparação de concursos.
Neste contexto, a Coleção contempla:

• DOUTRINA OTIMIZADA PARA CONCURSOS


Além de cada autor abordar, de maneira sistematizada, os as-
suntos triviais sobre cada matéria, são contemplados temas atuais,
de suma importância para uma boa preparação para as provas.

• ENTENDIMENTOS DO STF E STJ SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS

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Leonardo Barreto Moreira Alves

• PALAVRAS-CHAVES EM OUTRA COR


As palavras mais importantes (palavras-chaves) são colocadas
em outra cor para que o leitor consiga visualizá-la e memorizá-la
mais facilmente.

• QUADROS, TABELAS COMPARATIVAS, ESQUEMAS E DESENHOS


Com esta técnica, o leitor sintetiza e memoriza mais facilmente
os principais assuntos tratados no livro.

Violam 1. Normas constitucionais ou


PROVAS
ILÍCITAS 2. Normas legais.

• QUESTÕES DE CONCURSOS NO DECORRER DO TEXTO


Através da seção “Como esse assunto foi cobrado em concurso?”
é apresentado ao leitor como as principais organizadoras de con-
curso do país cobram o assunto nas provas.

` Como esse assunto foi cobrado em concurso?


No concurso do TJ/SC, em 2009, foi cobrado o teor do art. 3º do CPP. Nes-
se sentido, a assertiva “A lei processual penal não admitirá interpretação
extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios
gerais de direito” (assertiva destacada) foi considerada incorreta.

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CAPÍTULO IV

Aplicação da lei
processual penal
no tempo
Sumário • 1. Regra geral (art. 2º CPP) – princí-
pio do efeito imediato ou princípio da aplica-
ção imediata ou sistema do isolamento dos
atos processuais – 2. Exceção (art. 3º LICPP)
– 3. Normas processuais penais materiais ou
mistas ou híbridas (art. 2º LICPP) – 4. Vigência,
revogação e repristinação: 4.1. Vigência; 4.2.
Revogação; 4.3. Repristinação.

1. REGRA GERAL (ART. 2º CPP) – PRINCÍPIO DO EFEITO IMEDIATO OU PRIN-


CÍPIO DA APLICAÇÃO IMEDIATA OU SISTEMA DO ISOLAMENTO DOS ATOS
PROCESSUAIS
Quanto à aplicação da lei processual penal no tempo, vale,
como regra geral, o princípio do efeito imediato ou da aplicação
imediata (tempus regit actum) ou sistema do isolamento dos atos
processuais, consagrado expressamente no art. 2º do CPP, segundo
o qual a norma processual penal entra em vigor imediatamente,
pouco importa se mais gravosa ou não ao réu, atingindo inclusive
processos em curso, sem necessidade de vacatio legis, embora os
atos processuais praticados na vigência da lei anterior sejam ab-
solutamente válidos, o que vai de encontro ao imperativo constitu-
cional de respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à
coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF).
Justifica-se esse princípio porque se presume que a lei nova é
“mais ágil, mais adequada aos fins do processo, mais técnica, mais
receptiva das novas e avançadas correntes do pensamento jurídi-
co” (MIRABETE, 2004, p. 60). Ademais, a norma processual penal não
cria nenhuma conduta penal típica, apenas trata de processo, não
sendo n, por isso, um tempo maior para que a sociedade tome
conhecimento da mesma.

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Leonardo Barreto Moreira Alves

O princípio em comento também se aplica à “matéria de com-


petência, seja ela regulada por leis de processo, seja pelas normas
de organização judiciária. Mesmo que a lei nova venha criar ou
suprimir uma ordem de jurisdição, substituir juízes, modificar com-
posição de tribunais etc., deve ser ela aplicada aos processos em
curso” (MIRABETE, 2004, p. 60).

` Como esse assunto foi cobrado em concurso?


No concurso da Defensoria Pública da União, em 2010, promovido pelo
Cespe/Unb, foi cobrado o princípio que rege a aplicação da lei proces-
sual penal no tempo. Nesse sentido, a assertiva “O direito processual
brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos processuais, de ma-
neira que, se uma lei processual penal passa a vigorar estando o proces-
so em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já
realizados sob a vigência da lei anterior” (destacada) foi considerada
correta.

2. EXCEÇÃO (ART. 3º LICPP)


Exceção ao princípio do efeito imediato ou da aplicação ime-
diata vem prevista no art. 3º da Lei de Introdução ao Código de
Processo Penal, segundo o qual “O prazo já iniciado, inclusive o
estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela
lei anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado
no Código de Processo Penal”. Assim, se um determinado prazo já
estiver andamento, incluindo prazo recursal, valerá o prazo da lei
anterior se o prazo da nova lei for menor do que aquele outro.
Exemplo: certo prazo recursal, na lei anterior, era de 5 (cinco) dias;
esse prazo começa a transcorrer; no curso do prazo, começa a
viger uma nova lei que reduz o prazo recursal para 2 (dois) dias;
nessa hipótese, continua sendo aplicado o prazo recursal anterior
de 5 (cinco) dias.

3. NORMAS PROCESSUAIS PENAIS MATERIAIS OU MISTAS OU HÍBRIDAS


(ART. 2º LICPP)
Normas processuais penais materiais ou mistas ou híbridas são
aquelas que, “apesar de estarem no contexto do processo pe-
nal, regendo atos praticados pelas partes durante a investigação

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Aplicação da lei processual penal no tempo

policial ou durante o trâmite processual, têm forte conteúdo de


Direito Penal” (NUCCI, 2008, p. 139). São normas, portanto, que en-
volvem institutos mistos, previstos muitas vezes tanto no Código
de Processo Penal como no Código Penal, a exemplo do perdão, da
perempção, renúncia, decadência etc, que promovem a extinção
da punibilidade do agente, nos termos do art. 107, incisos IV e V,
do Código Penal.
Ademais, é também considerada norma processual penal mista
aquela que diz respeito à prisão do réu, pois ela envolve o direi-
to material de liberdade. A prisão preventiva, por exemplo, está
diretamente ligada ao direito de liberdade do réu (somente pode
ser decretada se houver motivo suficiente para superar tal direito).
Em havendo hipótese de incidência de norma processual penal
material, segundo entendimento doutrinário prevalecente, embora
haja posicionamentos em sentido contrário (TÁVORA; ALENCAR, 2009,
p. 40-41), não deve haver cisão da norma entre a parte penal e
a parte processual penal. Nesse trilhar, é aplicado, para a norma
como um todo (e não apenas para a parte penal), o princípio típico
do Direito Penal da retroatividade da lei mais benéfica (consagra-
do no artigo 5º, XL, da Constituição Federal e no artigo 2º do Código
Penal), se efetivamente a lei desta natureza for mais benéfica ao
réu. Nesse sentido é o art. 2º da Lei de Introdução ao Código de
Processo Penal, que determina que sejam aplicados os dispositivos
mais favoráveis ao réu, no que concerne à prisão preventiva e à
fiança, quando houver a edição de lei nova que colha situação pro-
cessual em desenvolvimento.
Exemplos de normas processuais penais mistas: a Lei nº 8.884/94,
que alterou o art. 312 do CPP, possibilitando a prisão preventiva
como garantia da ordem econômica; a Lei nº 9.271/96, que alterou o
art. 366 do CPP, permitindo a suspensão do processo e do curso do
prazo prescricional, bem como a prisão preventiva do acusado e a
produção antecipada de provas, caso o réu citado por edital não
compareça ao feito nem constitua procurador; qualquer norma que
diga respeito à prisão do agente delitivo; a Lei nº 12.015/09, que
alterou o art. 225 do Código Penal, estabelecendo como regra geral
a ação penal pública condicionada à representação do ofendido
nos crimes contra a dignidade sexual; qualquer norma relaciona-
da à legitimidade na ação penal privada e na ação penal pública

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Leonardo Barreto Moreira Alves

condicionada à representação (o mesmo não pode ser dito para a


norma que altere a legitimidade na ação penal pública condiciona-
da à requisição do Ministro da Justiça, pois este último instituto não
promove a extinção da punibilidade do agente).

` Como esse assunto foi cobrado em concurso?


No concurso da Defensoria Pública da União, em 2010, promovido pelo
Cespe/Unb, foi cobrado como deve ocorrer a aplicação de uma lei
processual penal mista ou híbrida no tempo. Nesse sentido, a assertiva
“Em caso de leis processuais penais híbridas, o juiz deve cindir o conteúdo
das regras, aplicando, imediatamente, o conteúdo processual penal e fa-
zendo retroagir o conteúdo de direito material, desde que mais benéfico
ao acusado” (destacada) foi considerada incorreta.
No concurso do TJ/SC, em 2009, foi novamente cobrada a aplicação da
lei processual penal mista ou híbrida no tempo. Nesse sentido, a as-
sertiva “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, vigendo em
regra o princípio da irretroatividade, salvo quando a norma processual
penal material tiver conteúdo de direito penal, retroagindo em beneficio
do acusado” foi considerada correta.
No concurso da PGE/ES, em 2008, promovido pelo Cespe/Unb, foi tam-
bém cobrada questão envolvendo a aplicação da lei processual penal
mista ou híbrida no tempo. Nesse sentido, a assertiva “Em abril de 1994,
Alfredo, penalmente imputável, foi denunciado pela prática do delito de
lesão corporal leve, tendo como vítima José, seu antigo desafeto. Logo em
seguida, adveio nova legislação, e os crimes de lesões corporais leves e
lesões culposas passaram a ser de ação pública condicionada à represen-
tação do ofendido ou de seu representante legal. Nessa situação, o novo
dispositivo legal não é aplicável aos fatos ocorridos antes de sua vigência,
aproveitando-se todos os atos e procedimentos já praticados” (destaca-
da) foi considerada incorreta.

4. VIGÊNCIA, REVOGAÇÃO E REPRISTINAÇÃO


4.1. Vigência
A vigência é o marco a partir do qual a lei processual já pode
ser aplicada no país. Em regra, a lei processual tem vigência inde-
terminada. Ao período compreendido entre a publicação da norma
e a sua vigência, destinado para permitir que os cidadãos tomem

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Aplicação da lei processual penal no tempo

conhecimento da mesma, dá-se o nome de vacatio legis, que, se a


norma não disser nada a respeito, será de 45 (quarenta e cinco) dias
ou de 3 (três) meses para a sua aplicação nos Estados estrangeiros,
quando esta é admitida (art. 1º, caput e § 1º, da Lei de Introdução
ao Código Civil). Entretanto, a lei nova pode dispor sobre o início
de sua vigência de forma diversa - exemplo: o Código de Processo
Penal foi publicado em 13.10.41 e somente teve vigência em 01.01.42.
Observação: A Lei Complementar nº 95/98 (art. 8º) e o seu Decre-
to nº 4.17602 (art. 19) determinam que toda e qualquer norma legal
deverá ter um período de vacatio legis correspondente ao número
de dias necessários para que todos dela tomem conhecimento, so-
mente podendo entrar em vigor na data da sua publicação as “leis
de pequena repercussão”. Além disso, segundo tais legislações,
a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabe-
lecem vacatio far-se-á com a inclusão da data da publicação e do
último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua
consumação integral.

4.2. Revogação
É instituto que encerra a vigência da lei. Pode ser expressa
(quando a revogação é declarada na lei revogadora) ou tácita
(quando a lei posterior regulamenta de modo diverso a matéria
disciplinada pela lei antiga). Pode ser ainda parcial (derrogação)
ou total (ab-rogação). Existe ainda a auto-revogação, que ocorre
“quando cessa a situação de emergência na lei excepcional ou se
esgota o prazo da lei temporária” (MIRABETE, 2004, p. 62).
É de se salientar que uma determinada norma pode ser revo-
gada ainda no período da vacatio legis, como ocorreu com o Código
Penal de 1969, que foi revogado antes de entrar em vigor (TÁVORA;
ALENCAR, 2009, p. 41).

` Como esse assunto foi cobrado em concurso?


No concurso do MP/BA, em 2008, promovido pela Fesmip, foi cobrada
a diferença entre ab-rogação e derrogação. Nesse sentido, a assertiva
“A revogação de uma lei processual penal pode ocorrer de forma par-
cial, denominada ab-rogação, ou de forma total, denominada derrogação”
(destacada) foi considerada incorreta.

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Leonardo Barreto Moreira Alves

quando a revogação é declarada na lei


Expressa
revogadora.
quando a lei posterior regulamenta de modo
Tácita
diverso a matéria disciplinada pela lei antiga.
REVOGAÇÃO
DA NORMA Parcial é a derrogação.
(ESPÉCIES)
Total é a ab-rogação.
quando cessa a situação de emergência na
Auto-revogação lei excepcional ou se esgota o prazo da lei
temporária.

4.3. Repristinação
É instituto “pelo qual a lei revogada volta a viger quando a lei
revogadora perdeu a vigência” (MIRABETE, 2004, p. 63). Nos termos
do art. 2º da Lei de Introdução ao Código Civil, salvo disposição em
contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência. Desse modo, só há que se falar em repristi-
nação “se a lei nova dispuser nesse sentido ou se, mesmo não o
fazendo, da interpretação da nova lei se conclui que foi essa, impli-
citamente, sua intenção” (MIRABETE, 2004, p. 63).

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