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De La CROIX
Da associação Sacerdotal
A Vocação
Sacerdotal
CONSIDERAÇOES PRATICAS
Destinadas todo. os fiéis: sacerdotes e
seminaristas, famílias cristas e almas
piedosas.
CRUZ
Setembro 1942
NIHLOBSTAT S. Pauli, 14 Augusti
1942
Canonirus J. Gontatves
Censor
IMPRIMATUR
S. 14 - 1942 Josephus
Monteiro
PREFÁCIO
TASSO SILVEIRA.
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Prefácio
Fetas páginas faram escritas c convite pessoal de
Sua Santidade Pio XI. que se dignou precisar-nos o
pensamento C respeito de certos pontos, e a quem
fizemos presente o mant,cxrito, cnas da impzvssão, parc
dele receber uma benção espcial.
Consoante o desejo do Somo Pontifico tratánaos a
questéo da occgçáo sacerdotal sob os e,
tanto qaanto possível, de maneira simples e prática,
afim de pô-la ao alcance de todos.
por isso, ao mesmo tempo que estabelecendo
as relações estreitas que unem o Sacerdote a Jesús. o
Su• mo Sacerdote, e relembrando freqgeatena•ente esta
grande verdade, para dar do Sacerdócio umg justa e santa
noção. encarámos a vogqão sacerdotal em suas relações
múltiplas com o eleito, com ã familig e com ã sociedade,
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OE Ltv CROtx
M. E. DE LA CROIX.
de Maio de 1926,
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PRIMEIRA PARTE
O CHAMADO AO SACERDóCIO
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*Chama Jesús todos os homen5 salvação eter•
na; foi por eles que nasceu, padeceu e morreu.
Não obstante, variados são os caminhos pelos
quais os conduz ao céu. Cada alma recebe dons,
aptidões em relação O seu estado e com a misa são
que deve cumprir,
Essas missões São diversas como os estados de
vida. Algumas, mais sagradas, assumem o carater de
uma voeaçao. Todas as vocaçóes são ordenadas em mira
à salvaçao. e a elas deve cada um mostrar• se
generosamente fiel, Umas há, porem, mais elevadas que
outras, e entre estas ocupa a primeira linha a vocaçao
sacerdotal,
Admite-se que nem todos são indistintamente
chamados ao Sacerdócio.e
O Oficio do Sacerdote corresponde a uma mis•
são por demais etevada,. requer qualidades
demasiado especiais, comporta responsabilidades
sobeja• mente grandes e confere poderes
demasiadamente extensas, para que táo alta
vocação não seja efeito de um chamado particular e
de uma escolha individual,
Essa condição é essencial tanto para lhe receber
a honra quanto para lhe desempenhar as funções.
O Sacerdote é um *chamado", uau
"escolhido". um "privilegiado" de Deus.
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DE CROIX
M, E. LÃ
o que faz Sina grandeza. E' o que lhe assegara
as graças da Sila sublitne e dencada missão.
Dai a importância capital de conhecer-se a
escolha dc Deus sobre as almas sacerdotais. Só
estas pdetu. aspirar à do Sacerdócio, ' 'Ninguezn se
arrogue essa honra. senão o que é chamado par
Deus'*, S, Paulo. quisqua.m sumit sibi honorem,
sed qui vocatLtr a Deo"
Essa escolha divina comporta uma dignidade
sem igual, que só ao Sacerdote, pias que
ressalta sobre a familia e a sociedade. E' por isso
que todos gio interessados nas vocaçees sa
cerdotais„
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CAPITULO PRIMEIRO
O SACERDOCIO SUPÕE UMA ESCOLHA
DIVINA
— Uma escolha.
Evidentemente. de forma alguma
pode c Sacerdócio ser considerado
como coisa comum, {crtuita:
por exemplo, como efeito do acaso.
conse• quência de certos
acontecimentos, resultantes de
cunstáacias diversas, desfecho de
situações partica• lares. etc- Se
assim Era, o Sacerdócio sena algo de
facultativo c de sem valar; que, por
consegua:nt.e, poderia ser aceito ou
rejeitado impunemente vontude ; o
que absolutamente nio corresponde à
justa concepção que os cristãos
habitualmente fazem do Sacerdócio.
Sem dúvida alguma. há uma que
preside à escolha de um Sacerdote,
Essa escolha de ve ser inteligente,
sábia, judiciosa, feita em vista de
determinado' em o papel que
16 M. DE CROIX
o Sacerdote é destinado a
desempenhar,
Só se dirigem para o Sacerdócio
aqueles que a ele se crêm chamados. Só
sio ardenados pelo Bispo aqueles que
este acredita serem eleitos do
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E.
A origem da vocação sacerdotal, como ao seu
COf'Oat:nento pela pte;sid.e e um
pensamento mestre há chamamento; a pesco:a é
verdadeiramente escolhida por Deus.
2 Escolha divina.
Se Sacerdócio é a consequência de uma escolha real,
segue que possa qualquer um dar-se a si mesmo essa
vocação pelo simples fato de se determinar a abraçá-la.
O eleito nio faz o chamadó, c res• pondelhe. A
vocaçáo sacerdotal depende gem da vontade
humana, nem da intensidade dos desejos, como tão
pouco do capricho ou da ImaginaçiO, Os mais betos
planos do futuro nio têm valor algum se nic
repopsarera em base real e séria. A base da vocação
sacerdotal é o chamamento do alto; o resto é mera
consequência e expansão disso.
gomos donos da graça, dá-a Deus a quem
quer e medida qve lhe apraz. pois, saria creat para
Ei, por si mesmo, uma missão na ordem
sobrenatural, e pretender d.lspcc a seu talan. te de
graças especiais destinan•s um fim determinado a
que não fosse chamado?
Ora, o Sacerdócio é algo dc puramente
sobrenatural. que depende •unieamente da vontade
divina, e que Deus • distribuc às almas segundo a
sua sabedoria e beneplácito.
Jesús teve o cuidado de no-lo declarar
formalmente, dizendo: "Não tostes vós que mc
escolhestes. tuas eu que vas escolhi"
E' a esta luz de verdade que cumpre considerar a
vocação sacerdotal para lhe apreciar a excelência
A VOCAÇÃO 17
e Ibe corresponder fielmente, se a ela
sentir-se alguem chamado.
3* Escolha na origem.
A vocaçáo sacerdotal não é uma
escolha que Deus fez do eleito no
curso da sua vida, numa época de
maior fervor, em seguida a
circunstâncias providenciais. em
recompensa de um merecimento
qualqaeÇ por uma necessidade de
momento. Os acontecimentos hgmaaos
e as disposições do viduo
absolutamente não influem nas
escolhas de Cumpre remontar a
mais alto, até aos deere tos
eternos. ra descobrir em sua origem
a voc;asio
No pensamento de Deus, a ereaçao
futura de uma alma sacerdotal já
está assinalada com O cunho das
escolhas dhvinas; quando ela é
creada, faz mais do que realizar no
tempo o pensamento eter• no de,
Desde toda eternidade foi o
Sacerdote escolhido por para scr
seu ministro e' representante. A
sua vocação é eterna e divina.
Haverá algo maior?
4. — Escolha divina no
fina..
Divina na origem, a vocação
sacerdotal tambem o é n.0 fim. O
Sacerdote recebe uma missão
sobrenatural, em vista dos
interesses maiores de
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r
CAPITULO SEGUNDO
O SACERDÓCIO UMA GRAÇA PAPA O
ELEITO
1 — Graça privilegiada.
Encarado sob o aspecto humano. o Sacerdote
ocupa uma posigáo honrosa na sociedade ; mas, aci
ma dessa dignidade terrena. há uma consideração
da qual tira o Sacerdote sua grandeza toda: que o
Sacerdócio é uma particular que recebe gratuitamente
da bondade de Jesús.
Sendo, é, de ordem exclusivamente sobre. hatural
no fim e nos meios, essa escolha que Jesús faz do seu
Sacerdote, é urn dom um favor especsal, um
efeito do seu amor, uma graça privilegiada. de que nos
devemos julgai* indignos, mas que devemos considerar
com grande espirito de fé, com viva gratidão e com
desejo ardente de a ela correspondermos par um amor
generoso e por ema fidelidade constante,
Se a menor graça tem o seu valor, visto ser o fruto
dos merecimentos e sofrimentos de Jesús, que dizer
da graça sacerdotal que eleva a alma a uma
dignidade tão sublime e lhe confere poderes tão
extensos e divinos!
O simples fato de ser no de
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24 M. DE CROIX
E.
uma multidão de outros para camÑtit na Igreja tão
alta missão, é privilégio incomparavelr que ficará
sempre o segredo da sabedoria e da miseri• cárdia
divinas,
O eleito do santuário the meditará demais a
sublimidade, e nessa graça Eup:ema deverá achar a
razão de todas as outras grasa$ de sua Vida.
Quando Jesús vatu si escoihe um Sacerdote,
compromete-se por isso mes:mo gno$trar•se pródigo de
graças para com de joelh¯c7S, -na adas ração e zo amai.
que urna alma deve recebê-la e conservá-la intacta,
Joio, 26.
voo,çAo SÁCERDOTP,L 23
DE L A
cerdote, deve trabalhar por se tornar santo. Como o seu
Sacerdócio é eterno, a santidade deve ser objeto dos
seus esforços durante a vida toda e o penhor da glória
especial ao seu Sacerdócio no céu. Tais são a
consequência e o coroamento da
da. 'VOC,asiO to do Sacerdócio
compete viver numa gratidão continua e em desejos
ardentes de santidade, para corresponder à escolha
privilegiada de Jesús.
33 M. E. CROIX
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CAPITULO TERCEIRO
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DE LA
que alegria em se dizer pai ou de um Pa- drc, há
honra em dar um filho a Deus pura Deus fazer dele
um príncipe do seu povo.
E essa honra dos pais é tanto maior quanto mais
eminente é a nobreza do filho. Ora, é o próprio
Deus quem enobrece o Padre e essa nobreza
divina está abrigo das vicissitvdes humanas, é
essencial ao carater sagrado e indelevel do Padre,
Nas sociedades Klitnanas, os soberanos não
comuaicam toda a glória sua soberania nos titu10s
e dignidades com que enobrecem os seus
cEtos; o este é grande da própria gran
dez* de Deas. Possuej pelo seu Sacerdócio. tudo
o que jaz a grandeza c o poder de Jesús. o Sumo
Sacerdote. Ele é Sacerdote como Jésús, é
Sacerdote por Jesús, é Sacerdote de um
Sacerdócio de que Jesús persiste a fonte úmea e o
principio essencial. Como o de seu Mestree seu
brazão é formado de Cruz e de uma Hóstia; ele é
o embaixador do Salvador do mundo, o arauto do
amor divino. ó. dispensador da vida eterna.
Nenhuma criatura pode ser elevada a tnais
alto grau de nobreza. Todas as nobrezas terrenas
apagam•se diante dessa nobreza que vern do céu,
qual Jesús faz participarem as famílias onde
escolhe eleitos do santuário.
M. E. CROIX
2. Honra que vem da escolha divina.
Quando Jesús escolhe um Sacerdote para
fazer dele o ministro .de suas obras e O
dispensador dos sens dons, tem diante de si a
multidio das tamilias que compõem as sociedades
humanas. Passa-as, de alguma sorte, em revista
antes de fixar a escolha, e depois seus olhares
se detém sobre uma familia Ele
chama dos seus mem• brase reserva-o para o
serviço pessoal, faz dele
SE L
que presidissem ao culto que tributavam
divindade.
Ainda mais: tanto apreço e estima faziam do
sacerdote os povos da mais remota antiguidade.
que, as vezes, só podiam exercer o oficio
sacerdotal os patriarcas ou chefes dag famílias
mais veneráveis, como Noé, Abrahãoe Isaac.
Jacó e Jó nas primeiras idades -do mundo; outras
vezes permitiatt cingir coroa a rei algllm„ gue
não fosse ao momo tempo sacerdote; corno o
atesta Platão acerca dos Egípcios (Amb. serm,
18 no PS. X V III), Xenofonte acerca dos
Lacedemónios, e S. Isidoro, dos romanos (Li"',
7. Etym. e. 12). Até reigos houve. onde
Sacerdote de tanta atitoridade que podia
destronar ao .próprio tei e pêr outro em seu
lugar, constante o afirmam os graves
EstrabãO, Eliano e Eusébio a
respeito do reino da Etiópia. dos Egípcios e dos
Persas.
Nem se pense gue o povo baixo ou OS broncos
habitantes de vessem essa veneração pelos
Sacerdotes.
O grande Alexandre, diante de quem
emudeceu a tena Machab„ 1. 3), ia com urn
formidável exército a Jerusalém, resolvido a
M. E. A CROIX
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CAPtTULO QUARTO
O SACERDOCIO E' UMA BENÇÃO PARA
A SOCIEDADE
CONDIÇOES E QUALIDADES
DO SACERDOTE
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M. E. DE L A CROIX
e mesmo sem ee tornar inapto para desempenhar as
funções dc seu estado,
Indicamos aqui algumas. as mais importantes
para D próprio Sacerdote e para a fecundidade do
nu ministério.
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CAPtTULO PRIMEIRO
A V I R T UDE
M, E. A CROIX
E' a isso que deve tender antes de tudo aquele
que aspira ao Sacerdócio. Se tiver essa ambiçáo
agora, mui provavel será que aio a tenha mais tarde;
lhe é %cito aspirar a tão altas resooosabilidades sem
se dar ao trabalho de *dqairir virtudes necessárias
para suportá-las.
DE CROIX
todas as virtudes. Não praticá-las, é votar-se de
antetú) ao malogro e à derrota- A Si mesmo deye
Jesús o não dispensar suas graças a cauem as
preza, Ele deve às almas o engená-las, expon
a crer que õ êxito depende mais dos motivos
humanos do que da virtude,
Para fazer a bem. é necetsátio a pureza de in•
tenção. para revelar Jesús falar dos seus mistérios,
ensinar a sua doutrina, comunicar 0 espírito e atrair
a ele as almas, é preciso algo mais do que belas
palavras, é preciso pregar pelo exemplo, Os frutos
das Virtudes Eó amadurecem ao sol da caridade, Só
esses se conservarão pata sempre. Se faltar a
caridadei que serão os mais eloquentes pregadores
ge,aao "e!mba.los xessonantes*'? Se O
apostúdo for viciado na sua fonte, nada produzirá de
eficaz e de duradouro nas almas.
se deixem os aspirantes ao Sacerdócio enganar
pelas ilusões da juventude. Para 'tm Sacerdote, não se
trata de fazer muito be.rulho, mas de ser santo.
Um Sacerdote não é virtuoso por tatar da
virtude, tal como um belo diseur•ador não é sábio
falar da ciência.
se dedicam frutuosamente à salvaçao das
almas senão aqueles que trabalham ativamente na
sua própria santificaç¿o, para apoiarem etn seguida
55
2. — Obrigação dg ensiná-la.
O Sacerdote não •é. Sacerdote para gozar
egoisticamepte das prerrogativas e graças do
62 DE CROIX
seu Sacerdócio, Ele é consagrado o homem de
todos. Deve levar socorro às almas e assisti-las
etn todas as suas necessidades» para salvá-las,
deve instrai•las ; e, para instrui-las, deve possuir
a tundo a ciência divina que lhes ensina,
Jesús envia seus pelo mundo e
encarrega-os de ensinar todas as aaçóes. O
ensinamento divino faz parte integrante dc
Sacerdócio. Os Sacerdotes são os guardiães da
doutrina (1) ; devem possui-la só pata si
mesmos, mas ainda para comuntcá•la aos
outros,
Sc é necessário estudar para. adquirir essa
ci mais ainda o é vara ensiná-la. O
Sacerdote deve poder fazer penetrar as
verdades nas espiritos e convencer delas as
almas: deve saber inter• petrar dignamente
toda a doutrina de seu Mestre. mostrar-lhe a c
as eternas consequências, fazer-lhe ressaltar
sublimes belezas e a divina sabedoria. Elc não
pode exercer semelhante miaistério sem que
ele próprio esteja profut:damente
compenetrado dos ensinamentos divinos.
11. 7.
SACERDOTAL
M. E, LA
Para a honra de seu Mestre, deve o
Sacerdote aplicar-se a dar uma doutrina si,
irrepreensível, elara, exata e laminosa.
estabeleceu—o luz do mundo
minar. e não para sombrear; fê-lo o sal
da terra para conservar a doutrina ao mesmo
tempo que a virtude, e nio para diminui-la,
Ern qualquer circunstância, -devem as
almas poder achar junto ao Sacerdote um
esclarecimento em dúvidas, ama solução para
suas objeçóes, uma 'orientação trilha que
conduz à verdade, uma segurança de conciência
na prática das virtudes. a fuga das ocasiões e o
cumprimento do dever.
Se o Sacerdote for santo e instruído,
esclarecerá e convencerá. edificará e sa:vará, A
santidade e a ciência andam de parelha,
E' sob esta luz que cumpre entrever o Sacer•
dóeio e desejá-10 para si e para og outras.
Demos à Igreja Sacerdotes tão insttuidos
quão virtuosos, e concorreremos eficazmente
para a sal* vagão e santificação das almas.
3. A ciência é para refutar os
erros c combater os inimigos da Igreja. Nisso,
como em tudo o mais, Jesús deu o exemplo a
seus Sacerdotes, Ele foi pessoalmente atacado
em sua doutrina; seus infrnigos procuraram
desnaturar-lhe os ensinamentos esmeraram. se
64 DE CROIX
em espalhar o erro por toda parte cnde Ele
ensinava a verdade, Jesús não cessou de alertar
as almas contra as falsas doutrinas deles, que
combateu ora com doçura, pela exposição clara
e positiva da verdade. ora corn ene;gia,
desmascarando-lheg a hipocrisia e a malícia,
A este respeito, em todos os tempos, J€gós
A vocAçRo
pode dizer aos seus Sacerdotes, como o diz ainda
hoje: "Dei-vos o exemplo, fazei como eu (li.
Defendei por toda parte a verdade, não receeis
atacar de frente o erro; é convosco que eu conto,
pois as inimigos do bem procuran• perder as almas.
eu vos dei a missão de
Para defender a verdade é preciso mais ciên
do que simplesmente para As noções dela devem
ser mais nitidas na mente e mais extensasr afim de
fazer frente a todas as objeçõeg e reduzi-las mais
facilmente a nada, nossos dias, o Sacerdote
pode ser chamado frequentemente a defender assim
a sa doutrina da Igreja, e a responder a ataqqes
imprevistos dc adversários reais Ota de simples
contraditores. Então é importante apreender o
sentido drvs sofismas ou dos erros, ver claramente
a verdade a lhes opor, e achar as expressões justas
pata lhes res-
Essa presença de espirito e essa destreza de
argumentação não se inventam na hora; é preciso
SACERDOTAL
estar preparado para isso pelo estudo e por um
conhecimento exato e aprofundado da doutrina,
Essa ciência adquirida é uma força
consideravel para o ministérib do Sacerdote. Prática
para todos, ela ge torna indispensavel para as que
têm mais diretamente a missio de opor-se à marcha
invasora dos errog de toda sorte na ordem intelec—
tual, moral e espiritual.
E', pois, de primeira necessidade dar uma basc
sólida ao ensinamento eclesiástico; e todo futuro
Sacerdote deve aplicar-se em primar na .ciãgcia co'
mo na virtude.
E,
4, A ciência é necessária em face classe
instruída e ürigente.
Quando Jcsús achado no Templo vor Maria e
José, discutia com os doutores da Lei, ou no
minimo dtsccrria eles sobre a interpretaçáo das
Sagradas Eseritttras. Se Ete tivesse sido menino
comum, os doutores O teriam escutado; o que lâes
atraiu a atençáo e os subjugou ioi a dele. A prova é
gne a admiração de'es vinha do fato de, sendo filho
de um carpinteiro, ter Ele tantos conhecimcntos.
As coisas nio mudaram. Os homens ignoran• tes
deixam-se instruir simplicgdade, os homens
instruidog procuram fazer-se convencer, Entre
estes últimos. uns, indiferentes,
racionada, e outros,
66 DE CROIX
hostis, só se rendem à evidência de argumentaçao
cerrada; Inesmo os que sio animados dc bons
sentimentos esperam achar no Sacerdote hornem
inteligente e instrui* do, que esteja à altura deles e
fale com ciência das coisas da religião.
Uns há que não quereriam aproximar-se de
Sacerdote igstoraate e conversar cam ele; com mais
forte razão nio teriam a idéia de fazer-se seus discipglos
e de receber dele um ensinamento qualquer nem uma
direg;io espiritual,
A falta de ciência num Sacerdote é suficiente
para afastar da religião muitas almas, do mesmo
Sacerdote possue é,
raro. o único que possa exeicer influencia sobre certa
categoria de pessoas instruídas.
A verdade penetra em certos espiritas se
t'lta.ando revestida de um. de que pareça dar-lhe
dignidade, A virtl,ade n.ãO acha lugar em certas
corações núo ser quando apresentada corn tato e
inteligência.
VOCAÇÃO 59
E' assigu que a ciência e a virtude se
completam no ministério junto à elasse instruida
e dirigente. A virttlde sozinha não teria bastante
atratif e a .ciéncia sem a virtude pareceria
deslocada num homem gue faz profissão de
ambas praticar; E' bom nio perder de vista este
ponto quando alguem ingressa no estado
eclesiástico, E' ele mais um motivo pata cultivar
a ciência c a vittude.
SACERDOTAL
S. A ignorância no Sacerdote rebaixa-o a
gettS olhos e aos olhos dos ou. e
diminue a eficácia do seu ministêriOi
Um Sacerdote que tem a inteligência 'd. sua
vocação não pode ignorar a importância da
sisio da ciência para desempenhar dignamente as
suas funções. portanto, se ele descura estudar e
desenvolver seus conhecimentos, é infiel à sua.
vo• cação c antecipadatnente se condena a uma
vida sacerdotal mediocre c a um ministério
A ignorância num Sacerdote tira-lhe a estima
da dignidade, priva-o aos gozos intelectuais que
ele acharia no estudo das verdades, frustralhe o
coração desses piedosos e santos ardores que si
doutrina e os fortes estudas alimentam nele.
Sente-se forçosamente um Sacerdote diminuido,
e a si mesmo se paralisa nos surtos de zelo e de
virtude.
Mas é sobretudo aos olhos dos outros gue ele
é diminuido e rebaixado, Se as pessoas do mundo
são exigentes quanto virtude que o ,Sacetdote
deve possuir, menos não o são quando se trata de
um certo grau de ciência que é o ornamento
cessário da sua vocação. Una Sacerdote não
consa-
68 DE
M. Ei LA c R0tX
gra tantos anos aos estüdos para ficar um rnero
Ignorante nos conhecimentos de seu estado.
Etn razão da Stra missão junto às almas, o
Sacerdote obrigado só a permanecer
coastatitemente em contacto a ciência que adquiriu
para o cumprimento do seu ministério, mas ainda a
revigorá-la incessantemente e a desenvol vê-la
conforrne as situações e as circunstâncias. Verificar
que ele a descura é fazer crer numa falta de
conciéncia e numa verdadeira infidelidade.
Donde, como consequência Inevitavet, a
diminuisso da sua influências o menosprezo da sua
pessoa e a ineficácia do seu ministério,
Há nisso com que fazer refletir espiritas
levianos, os corações frios e as vontades
preguiÇOScS. Mais vale prevenír mal do que
remediá-lo. Aproveitemos os anos do Seminário e
preparemos o futuro.
69 DE
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70
CAPITULO fERCEIRO
O ZELO
O zelo, consequência da
consagração
Jesús não chama ninguém ao Sacerdócio sem
ter o designio de fazer dessa pessoa um apóstolo, Ele
mesmo nio veió senão para trabalhar na salvasão das
almas; atrás das ovelhas perdidas, percorreu as
cidades e as aldeias para cvan• gelizar cs povos, fez-
se o educador das muttidóes, o protetor dos fracos,
o consolador dos aflitos, o intrépido pregador das
verdades eternas, o inimigo jurado do pecado sob
todas as formas, o apóstolo infatigavel da
pacificação dos espíritos. da purificação dos
corações, do robustecimento dag vontades, dx
das almas-
Quando Ele terrninou pessoalmente a sua misSio,
encarregou seus Sacerdotes de continuá-la até o fim
dos tempos. Nenhuma outra coisa tem o Sacerdote a
fazer senão trabalhar para a glória de Deus pelo
estabelecimento do seu reino nas almas. No dia da
sua Ordenação, o Sacerdócio de passa para ele
e lhe imprime na alma a partir desse momento, não
mais se pertence, porem torna-se propriedade e
instrumento de Jehttp lexandriacatolica,
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mantem
das
incessantemeate pelos
mesmos, Verdadeiro zelo
gnotivo único e se exerce
unidade de sentimento e
Pouco importam as
esse zeb das almas. Seja
no ministério absorvente Sacerdócio, de qge ele é a de Jesús,
labar das seja pro-
educaçao, ou seja na rente
da doença, na vida
claustro, Jesús leva mais o
fervor do que a
multiplicidade Uma alma
sacerdotal e se com Ele,
k;ue se aéitazn outros c se
descuram Si é o qve tem
como de concerto
com Ele na na intiinidade
de amor;
O zelo é o que é o
consequência; uma
irradiação
vcezuçxo
63
longamento da sua açiO,
uma efusão da sua vida.
E' assim que devegaa
encará-lo de antem*o os
jovens Levitas de coração 4,
ardente, para aperarem
mais tarde obras frutuosas e duradouras.
74
2, O zelo, necessidade dó Sacerdote que
compreende sua unissáo,
a quem o Sacerdócio
O Seminário os meios de
nhamos boa educação.
damo—lo; o que sabemos,
coaservemo-lo.
2. A boa educa#o
Sacerdote na
O Sacerdote não é dos
bosques, vive ocupa
um posto honroso.
setnpenha um papel na
Góes sagradas. tetra,
junto às almas.
VOCAÇÃO SACER>O'TAL 85
CROtX
da Galiléia, e tomaram
novo estado,
Mestre, etnpreguemos
desde
Lhe atrair as almas. TeO
que não sabemos,
aprenlevemo-lo em contg e
convcm situação do
sociedade.
destinado a ficar no fundo
entre os seus semelhantes e
Pela saa
instrução, dee;
pelas suas
fun'atintas e extensas
forçosamente em foco,
em contacto cam todas E'•lhe
preciso então rnais é-lhe
preciso boa educadisparatado
cm certos meios fosse
portador de. um asrelação
cota a sua digni-
86 DE
A sua situação
póe•no e ele está
exposto a entrar Sacerdote
as ser inimigo da
classes da sociedade, elemundanas,
do que são mais do
que um simples geito, estado santo como o seu, cose
são. Ele apareceria ruais
mostrar em tudo irrea
cultivados, se nin peeto
susceptibilidade de nindas
e de em maneiras. quer
Tanto deve c que tem de C*ercer
gã.ncia e das maneiras influênisso, deve evitar
qgc deslocadas mo impreschocar•lhes os
deve esforçar-se por preconceitos. que em toda
preensivel e ferir parte onde
guem, quer pela
vulgaridade pela
displicência do porte.
Lembre-se ele de
sobre as almas para
sioná-las mal e mesmo
Tenha diante dos
otbO&
R
o próprio Sacerdote constrangido c sente fa:— tar-
lhe a naturalidade" de movimento e a flexibilid*de
de conduta que lhe favoreceriam a ação, • As
então reserva significativa e
mantém O Sacerdote afastado. o que cumpre evi•
tarr já que há tantas almas dessa categoria pot
salvar.
A boa educação num Sacerdote nunca é de•
mais. mormente nos tempos em qtt•e vivemos; a
falta de educaçao, pelo contrário, é uma laegna que
cumpre a todo custo sanar. Para isso é precjso
empregar os meios desde o Seminário Menor,
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TERCEIRA PARTE
OS EFEITOS DO SACERDóCIO
NO SACERDOTE
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hr
incessantemente: recebi arn talento que sou
Obrigado a fazer rende: ; possuo um tesouro que
devo empregar segundo os desí3*ios daquele que
mc confiou.
Sendo a graça do Sace'rdócio maior de todas, seus
efeitos devem proporcionados. O Saee:dote é a luz
colocada no .candelabro para alu• miar c mundo, Ai
deve ele brilhar pela santidade da vida e pelo ardor do
zelo. e exercer assim na sociedade a sua influência
benéfica, e na Igreja o papel de edificação e de
dedicação que lhe incumbe esses efeitos; ajuizará c
Sacerdote do seu estado espiritual e da sua fidelidade ao
Sacerdócioe
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CAPITULO PRIMEIRO
O QUE TORNA O PADRE SANTO
3, — O espirito sobrenatural.
As almas que aspiram à perfeição devem mirar
Jesús, sect divino modelo, encher-se do seu
espírito, habituar-se a ver tudo na luz,
83
apaixonar-se de amor a Ele e cansGderar tedo ca
irradiação d* sua vontade santa,
Nada maig lógico para o Sacerdote, qae sua
vocação se separou de tudo para se prender a Jesús.
NÃO sorncnte ele Lhe é consagrado, mas essa
84
MCEEDOTAL
consagraçao uniu-o tão estreitamente a seu Mestre.
que recebe constantemente em sua alma o iafluxo
santificante desse contacto divino.
por assim dizer, o Sacerdote fiel tem só que
abrir os olhos para ver as cotsas ca verdade, tem só
que considerar os acontecimentos humanos para ver
netcs a mão de tem só que se aproximar das criaturas
para se lembrar do espirito sobrenatural em que é
preciso usar delas,
Desde o momento que tudo o que é cri*do não
tem valor fora de Deus, o Sacerdote, que só vive
para Deus, é desapegado do criado; e esse desapego
dá-lhe uma labefdade que auxilia considera•
velmgnte a sua perfeição.
Já que nada é apreciavel criaturas senão
segundo o que nelas se acha de sobrenatural e de di•
vino, o Sacerdote. que é consagrado só ao
sobrenatural, despreza tudo o mais; c esse desprego
das criaturas previne-o contra as tent.asó•es e
asseguralhe a vitória.
Só pensar, falar, agir com vistas sobre•
nunca com vistas humanas e terrenas, mas
unicamente conforme o espirito do Evangelho e os
principias da virtude, eis ai g que faz o Sacerdote
sobrenatural e santo,
Corno & importante para o Sacerdote someote
ser sobrenatural, mas ainda parecê-lo! E' por isso
85
A viu interior.
Faca o Sacerdote para terias as aEmas em geral.
a vida interior aio é simpliYFmente meio de adquirgr
a perfeiç'o; é obrigação que _de• corre da própna
natureza da voca«o sacerdotal.
Com efeito, o Sacerdote participa por tal for— ma
do Sacerdócio de Jesús, que não há senão um mesmo
carater sacerdotal, um mesmo poder e uma mesma agio
sacerdotais. Ogando o Sacerdote fala e age Sacerdote, é
87
Jesús que fal- e age nele. Jesú5-Saeerdote elege de
alguma sorte domi• cílio na alma do seu Sacerdote e
exerce nela a sua açao. Muito mus: identifica a si essa
alma. Faz dela ama só alma com a sua, c torna-se-lhe a
vida, E" por isso que a palavra do Sacerdote é creadara e
saa aç:ão redentora.
Pode-se cauceber anão maior de dois entes,
A VOCAÇÃO SACERCOT8L
mais completa fusão de alma, absorção mais radical
de alma humana na alma cle um Deus?
Naturalmentei as saas relações devem ser habituais,
ettreitas, i.ntirrtas. Essa comunidade de vida faz
unidade de pensamentos, de vistas, dc sentimentos,
de vontades.
para gozar dela, deve o Sacerdote ser interior;
sem o qve, perderia de vista o que Jesús é para ele e
õ que ele é para Jesús: capacitar-se-ia
insuticientemente das grandes obras que opera; fana
o de um ser que projeta a luz sobre o mgndo, ficando
ele mesmo nas trevas; que traz um braseiro
incandescente e não é por ele aqueeado,
E' numa açãc comum que Jesús e o Sacerdote
agem, Jesús nio pode dar às almas nada que não
tenha haurido "em Jesús, Ele é tomo um canal pelo
qual passa a graça; e atingirá frutuosamente as almas
a não ser na me4ida em que ficar em contacto
imediato com manancial divino,
O é es•eneialmente verdadeiro para a
ministra«o dos Sacramentos, tambern O é, por via de
88 M. DE
consequência, quando se trata de exercer sobre as
almas qualquer,
Se o Sacerdote não tiver vida interior, não pode
pois. produzir para si e para as almas tudo o que a
seg Sacerdócio pgdc dar ao passo que o hábito da
vida interior o reconduzirá incessantemente ao seu
centro. facilitará consideravelmente a virtude. ao
mesmo tempo que mais fecunda sua agao sobre
*Imas
Essa vida interior não deve ser confundida com vida
contemplativa. Não se trata aqui de consa— graf todo o
tempo à aração c à meditação, mas de estabelecer a alma
no recolhimento e num retorno frequente, e tanto quanto
possivel habitual, a Jesús ; depois, nessas disposiçoes„
entregar-se a todas as
89
E- CROTX
sacerdo-
caridade
penetrar-
nesses
90 M. DE
obras de zelo c de apostolado reclamadas pelo nistério.
Um Sacerdote interior vê as coisas mais mente, fá-las
mais sabiamente, é por elas menos traidc, e acha
mesmo nelas excitante para virtude, Aquele que o n.ãO é
dissipa-se facilmente, deixa-se dominar peias ocupações,
seca-se nos forços do seu zelo, dá poucos frutos
duradouros compromete a saa santificação.
Há ai matéria para reflexão, e esta nunca faz
cedo demais- Os Seminaristas preparar-se-ão tanto
melhor pata o Sacerdótio quanto mais se tarem a
homens interiores,
5. — O -amor de Jesús.
Todas as consideraçóes anteriores seriam
{icieates para conduzir à santidade a alma tal,
se não fossem esclarecidas e vivjficadas
Aléõl de ser a caridade a forma, a seiva e da dag
virtl;des, e de depender do seu grau de o grau de
santidade de uma alma, como o sea de glória no céu
estará em relação com a que a tiver animado na
terra, para o Sacerdote motivos especiais e
essenciais para amare se da vida de amor.
O Sacerdócio não consiste só receber-lhe honra e em
lhe cumprir as funções, corno tao co as obrigagócs do
Sacerdote para com Jesús se a coahecer seu Mestre e a
ecmunicar seus ensinamentos. Há entre Jesús c o
Sacerdote, em razáo da unificação do seu Sacerdócio,
timidade dc vida grande demais para que o mÚtuo nio
91
venha a por um selo de ternura dois corações feitos um
para o outro,
Jesús quer mais do que ser conhecido pelo
R VOCAÇÃO SACERDOTAL
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CAPtTULO SEGUNDO
OQUE TORNA O SACERDOTE
INFLUENTE
A VOCAÇÃO
de apostolado, mas não há nenhuma qge aio deva
compoxtar O almas.
Foi para salvá-las que se incaraou„ foi para
continuar essa oba de salvação gue Ele ins
o Sacerdócio. Se alguetn nio sentisse no
coração esse zelo antes de subi: os degraus do
santuário, melhor seria ficat para trás e não
assumir responsabilidade que reclama zelo
infatigavel e devotamento sem limites.
Não há razão para impor limites ao próprio
se conhecem as imensas necessidades
das almas, Não tem o Sacerdote o direito de lhe
restringir a extens*o, como tão pouco dc lhe
dcsconhecer a necessidade. As préCisatrt dê um de-
-um conselheiro, de um médico, de tlü't salvador:
106 E.
'Mesmo quando ele fosse a elas, as almas viriam a
ele,
Pela naatteita como ele as acolher, aa
medida em ue ecm elas se mostrar
condescendente e dedieg o, elas lhe exprimirão
grati&o e confiança, O zela torna a pessoa
atenta, benevo!ente, boa, paciente,
misericordiccat as almas são por ela
confortodas. e seguem de boa mente a direçio
daquele que lhes dedica interesse; elas sio
levadas a ceder toda a sua confiança ao
Sacerdote gue lhes testemunha um zelo
verdadeiramente sobrenatural.
Pelas suas qualidadeç naturais o Sacerdote
pode exercer utraa influência humana, mag essa
influência é secundária, e nem o Sacerdote nem
as almas podem coateatat•-se com cia, que deve
irradiar no Sacerdote é o seu Sacerdócio; é pelas
graças do seu Sacerdócio que deve sobre os
o apóstolo
infatigavel das almas que cle fará compreender
e aceitar o papel providencial que tem o dever
de repregentar na sociedade,
SACERDOTAL 107
•
S. A seriedade da vida.
Nada é üo grande como set hourado com o
Sacerdócio, Trata-se de passar a vida a tratar das
coisas mais sagradas, a ocupar-se dos interesses
da glória de Deus ga terra, a trabalhar sem trégua
em purificar, santificar e salvar as almas. Em si
esse ministério comparta grandeza e
solenidade, Para cumpri-la dignamente, mistct se
faz
estabelecer a próprW nuñ—eatado - habitual de
reflexão e de oração, de gravidade.
No procedimento do Sacerdote nin deve ha•
ver nada de levtano, de frívolo, de incônsiderado.
Ele_ pode contentar-se com ser Sacerdote só no
altar e no exercicio do ministerió. O seu
108
Sacerdócio lhe está impresso na alma, e ele o leva
a toda parte. Ele podc ser hoje Sacerdote de Jesús
e amanhá homem do mundo. Não pode ser doutor
na cátedra da verdade, e em seguida ignorar
praticamente o que houver ensinado, Ele ñãO é
salvador no conféssionário, sacrificador só pelo
tempo da e da santa, Missa; mas deve tr*zer em
toda parte, ao das nuas. mesma dignidade e a
mesma pureza -de vida,
K vochçAo
Aquele exortasóes ca fiéis * cujos pés se pra
set15 peradas, a qgem se aa adorasio na hora da
imolação da divina Vitima, é grande demais olhos
deles para não ficar sempre nas alturas em que o
seu Sacerdheio o colocou,
Nunca esqueça o Sacerdote que suas funçóes
sagradas. como seu carater, o obrigam a rnostrarse era
toda parte e sempre o Sacerdote de Jesús. Quer dizer que
ele deve ter conciê;ncia da sua dignidade e respeGtá-la,
e que as almas nao. devem notar nele nada não seja
sacerdotal.
Sem ser triste, seja grave; sem parecer severor seja
recolhido; sem deixar de ser amavel, seja poa• derado nas
palavras e comedido nas maneiras; sem vuver no
isolamento, seja rese:vado nas relações ; sem ficar
completamente alheio às coisas deste mundo, evite
ocupar-se delas ardor; sem recusar prestar—se
passatempos honestos, frija tios espetáeulas c das
reuniões mundanas, Ern suma, sem se entrajar de uma
falsa dignidade e sem Obseevat urn afastamento
SACERDOTAL 109
sistemático e exagerado das coisas deste mundo, aplique
a sua atençiO ao dever que lhe incumbe: o de mostrar-se
em tudo e para com todos digno representante de Jesús
seu Mestre.
Quando se diz de um Padre: "Ah! é um Par dre
sério", diz-se tudo, pois isso quer dizer," é
verdadeiro • Padre.
Se, por de cutro se diz que é sério,
dá-se a entender que na sua vida há urrwa mistura
que não faz honra ao seu Sacerdócio.
Ninguem se faz Padre para ter em seguida to- das
as liberdades, para se permitir todos os passatempos,
para empregar uma parte do
110
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CAPITULO TERCEIRO
O QUE O SACERDOTE
FECUNDO
EM OBRAS
2, O Sacerdote, de orasao.
Impossivel um Sacerdote fiel ao seg Sacerdócic aio
se tornar hocnetn de oração, como inevitavel a. um
Sacerdote que não seja homem dc ora poder
coascrvar•sc longo tempo na santidade do seu estado.
O primeiro, não ge separando etn espirito e de
coração do centro e do faco do seu Sacerdócio, rer
corre incessantemente a Jesús e torna-se junto a Ele
um perpétuo suplicante. O segundo, perdendo
í,acilmcntc contacto com Jesús, não vem alimen-
116
SACERDOTAL
tar-se na fonte do seu Sacerdócio e perde a estima
e o espírito deste,
A consequencia inevitavel é que um, orando
em união com Jesús. dispõe da graça e dorscdea:da
sua prece divina ao passo que o out:roi rando esse
precioso socorro, é abandonado aos seus próprios
recursos, que naturalmente sio limitados e
infrutiferoc.
Donde o desejo. qce: deve animar toda alma
sacerdotal. de ser uma alma de oração, uma alma
qoe se eleva incessantemente, que chama Jesús
em seu 'socorro. que põe nele toda a sua
confiança. que se apoia nos méritos dele. que se
mantétn com Ele em contacto habituel de
pensamentos e sentimen• tos. que age e só fala
sob a inspirasao•dele, na gua graça e no seu
amor.
A oração é a mais eloquente de todas as
e a mais fecunda de -todas as ações, porque
então Jesús e o Sacerdote estio unidos e agem cie concerto.
Antes de—ir-àg almas, dirija—se o Sacerdote a
Jesús, •amiaho.dcg corações. Jesús
inspirar-lhe-á ag palavras que é preciso dizer e os
atas gue cumpre praticar. Antes de empreender
Obras, consulte o Sacerdote a Jesús, e será
117
XV, 16.
122 E. DE
M. Lh CROIX
123
4. — O Sacerdote, amigo dos pequenos e dos
fracos.
Pela saa vocação. o Sacerdote pertence às almas
sem distingão de elasse de situaçío. Jésts deu a vida
pela salvação de todasvo Sacerdote aplica-jhes os
merecimentos dele, A alma de rei nác tem ma;s
direito ao sangue redentor do que alma do últitno de
seus "ditos. Nada impedirá a misericórdia de fazer de,
um mendigo um santo, como a justtça de fazer de
grande deste mundo réprobo, As grandezas
humanas valem perantê Aquele que sonda os rins e os
corasses,
A znesrga. atitude e a mesma , conduta deve ter
o Sacerdote em face das almas. Salve ele todas as que
puder salvar; mas receie deixar-se 'influenciar pelos
aceessórios' pela grandeza, pela riqueza, pela
situação, pela influência, _petas honras.
Se lhe é lícito ter preferências, deve ser para com os
pequenos e os pobres, para eorn os fracos c os itfelizes,
para com og miseráveis e os abandonados. Estes São
verdadeiramente a parte mais cata do gebanhc, tanto por
serem os mais numeroSOS, como por precisarem de ser
consolados. assistidost animados c confortados, Se o
Sacerdote 'hão a eles, muitas vezes a vergonha ou a
timidez os reterá, e eles não ousarSo it a ele, Se Sacetdote
os descurar, parecerá desprezá-los, e éles ecmservarão
disso uma impressão que os subtrairá à gua açao,
Se o Sacerdote os considerar na da fé e na
irradiaçao de Jesús, que tanto os amou, amá-los-á por
sua vez e, a exempto dc seu. Mestre, acorrerá para
eles, comprazer-se-á na companhia far i um deles,
124 E. DE
procurará fazê-los felizes e se des• nderá em lhes
fazer bem
Os ricos c os grandes SÃO os primeiros a
125
mirar a dedicação desses Sacerdotes zelosos. e com
isso nao os estimam senão mais; ao passo que nem
sempre ficam edificados com o ardor qtte alguns
poem etn procurá-los, e lhes ganhar as boas graças,
Mais vale _pggueno com peqttencc, pobre corn
os pobres, humilde com os humilde. Mais vale
compartilhar a situação dos deshetdados deste
mundo e fizer-lhes bem alma. do que viver na
companhia dos grandes .sem lhes fazer bem e em
detrimento da própti* alma, receie o Sacerdote
abaixar-se aproximan se dos pequenos, dos
pobres e dos infelizes, Pelo ecrttrário. ai está ele
mais lugar, visto encontrar na companhia deles
Aquele de quem ele é c ministro e que. na terrar
escolheu pata Si mesmo esse estado pobre e
humilhado.
S. — O Sacerdote, apostolo de caridade,
O Sacerdote deve como proptie
das almas. Todo o seu Sacerdócio lhes
perfence, Jesús não recebeu outra missão sea50•a de
salvar almas; como seu Mestre, o Sacerdote só vive
para elas. rudo o gue ele faz. tudo o que diz, tudo O
que projeta só tem um fim; leds e as almas.
Qüer sc dedique por elas no silêncio ou na
aç.ao, pela palavra ou pela pena, no apostolado da
oração no Obrac, deve fazê-lo num grande espírito
sobrenatural, inspirado pelo motivo da ca'idade, e
com o intL1ito único de dar Jesús às almas e as
almas a Jesús,
126 E.
Quando a caridade é o movel e o fim das ações,
há limites dedicação, nem limites ao sacrifi cio, nem
cálculo interesseiro nas obras, nem consi— deragão
humana a respeito das pessoas, O coração
CROIX
128 E.
eSeancara-se para espalhar -o fogo do seu amor;
ele querena aliviar todas as misérias, socorre:
todos os infortúnios, esclarecer todos os
espíritas, pacificar todos os coraç5es, robustecei
todas as vottades.
Então o esforço já não custa: a pessoa é
mcvida como que por uma mola quando se trata
de correr em socorro das almas, e, quanto mais
eia se dá, tanto mais é feliz.
Eis ai a vida do Sacerdote, apóstolo da cari•
dade. Ele dá todo o gue tem, e dá-se a si mesma.
A Süá bolsa, como o seu coragao, está sempre
aberta, e as infelizes vêm tirar nela, Sua preçria
só tem vida para acimar cotu ela outras; e2e as
confunde com a saa. santifica—se para santificá-
laG, imola-se para salvá-las-
A lembrança gue taig Sacerdotes deixam
após si grava-se na ntemória dos povos, suas
obras são duradouras e abençoado é o seu nome,
E' lícito tet essa ambição. pois toda a glória
de{a retorna a Jesús, que charna seus Sacerdotes
a setem no mundo focos de caridade divina c os
conserva fiéis.
Possam todos os Sacerdotes de arn,anhi estar
assim à altura da subEime vocação!
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130 E.
CAPÍTULO QUARTO
O QUE TORNA O SACERDOTE UTIL
A IGREJA
1. A doutrina do Evangelho,
Jesús confiou o depósito da fé à sua Igreja 'i é
dela que se devem aprender as verdades da religi:
ao, receber os ensinamentos do Mestre, adqgirir a
ciência salvação e obter a honra de ensiná-la aos
outros.
Os Sacerdotes Ao colocados na primeira linha para
conhecerem essx doutrina e para lhe faze• rem em seguida
os doutores e os apóstolos, pelo seu Sacerdócio, recebem
eles a- missão de pregar o Evangelho no mundo inteiro.
Docete, diz-lhes a Igreja depois de Jesús, docentes servarc
omnia quaecumque manaavi vobis abri o Evangelho, e
achareis nele a verdadeira dovtrina. a que o próprio Salvador
do mundo ensinou e que deve ser a regra inflexivel de toda
e de todo ensino.
Cotn efeito. não se trata, para o Sacerdote, de
ensinar coisas novas. de emitir teorias mais cu
menos arriscadas, de esmerar-se com desenvolver
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132 DE
M. LA .CROIX
teses pouco conformes verdades cristãs. de pregar
assuntos *'aa moda" e cie dobrar-se a. esse
mowitnento inconsiderado de idéias e opiniões que
tem curso no mundo, Ele tem outra coisa a fazer que
náo a de parecer um Padre "moderno'", como lhe
chamam, gue segue as opinióes de seu século e se
compraz em pregar novidades.
Se, em casos particulares. é obrigado a tratar de
assuntos coneios, deve fazê-lo reci"tzitdo tudo
verdades do Evangelh0i mas nunca fazendo do
os ensinamentos evangélicos às exigências
dc uma estranha qttaTqwec.
O Sacerdote será tanto mais erudito na ciên
eia sacerdotal, qaanto mais possgif o Evangelho. O
Evange'ho deve ser o scu livro por excelência ; ete
obrigado a vir bebêr nele incessantemente para si e
para os autTOSe a fazer dete o arsenal da sua
ciência e base do seu ensino.
Ele só é Sacerdote para servir seu Mestre,
no Evangelho que Jesús lhe gata; misture-se ele
ao grupo aos Apóstotos e, como eles, recolha com
respeito todas as palavras que caem dos lábios
divinos, não perca nenhuma, estude-as, medite-
as, cha delas a mente e o coração, saboreie-
lhes a do e a santidade, viva delas, e em
seguida leve aos outros a luz e a verdade, o
espírito e * vida que elas contêm.
Um Sacerdote que não conhecesse o
Evangelho c o pregasse faria bemr perderia maito
133
tempo, divertiria as a as mais do que as
santificaria,
Os belos discursos, as pregações moda profana",
fazem mais mxl do que bem, pois estragam o gosto
dos fiéis, dão-lhes uma concepção falsa da ret:gião e
não inspiram nenhuma idéia generosa de reforma
costumes e dc prática da virtude,
na vida apostólica do
tanto ardor às obras
consideravelmente, e às ve— e
mesmo toda leitura carece de
ordem e de Sacerdote urn
tempo proa turbilúo de
atividade exdificuldades para
se
mento.
Jesúg,não podia dei:ar de estabelecer Igreja
como uma sociedade perfeita; do contrário teria
carecido de sabedoria ou de poder, o que não se
poderia supor sem blasfémia, Por isso. vernos na
Igreja urna organiz.asao completa, onde os poderes
são subotdinados uns aos outras. as tnúitiplas se
exercem numa ordem perfeita, sob a autoridade de
superlotes sujeitos pot sua vez a ehefcs mais
elevados, os quais obedecem todas a um chefe
supremo,
141
O Papa, os Bispos e os Sacerdotes, eis o que
constitue o quadro principal da hierarquia da Igreja,
Não se pode, ser Sacerdote util à na.O Se for
Sacerdote respeitador da autoridade, submisso ao
seu Bisp e totalmente obediente ao Sumo Pontifice.
Além de gerar uma fonte de desordens de se tomar
causa de verda fieiros escândalos, que sao uma
vergonha para a Igreja e para os insubmissos, a
insubmissão está contradição formal com os
compromissos sagra• doa assumidos no dia da
Ordenação e o espí-
142
VOCAÇÃO SACEDO'FAL
fito de todo bonu Sacerdote. que em tudo e sempre
deve Saee:dote segundo o coração de
Deus,
A insubmissác e a desobediência qaebram os
laços sobrenaturais ue a • consagração sacerdotal
ectre o ispo e sect Sacerdote. O Bis— po cessa
de ser aos olhos do Sacerdote o representante de
Deus a quem prometeu obediência. e O Sacerdote
aparece ao Bispo como um i;iLho ingrato
rou- Esta
Sacerdote riveis
Obrigações, lhes
mostrar divina. S"he
que este pensameato
Infelizmente de si
mesmo do elementos
que se ele suportou
tos nem sempre corn
147
a mesma nado pelas
coisas tilais; há
obstáculos da
virtude. e existem
hesitações sjabtis do
seu amor,
Em face de
há arma usar
sempre o não
pode faltar à jogo
sio demasiado
para que ele não
O dever
rigoroso deve dirigi-
lo no e dos perigos,
A SACERDOTAL
Lembre-se de que a Igreja conta com ele, que lhe
confiou sua honra e que nio a pode enganar,
Que o pensamento do amor que Jesús lhe des
monstrou sea Sacerdote. o sustente e lhe A
conserve no coração os rasgos de fervor que ele conheceu
no dia da sua Ordenação e da sua primeira Missa; e que,
custe o que custar, permaneça ele o do dever, o homem
de Deus, o ver• dadev,ro Sacerdote de Jesús, honra e
glória da Igreja
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QUARTA PARTE
coM0 FAVORECER AS
VOCAÇÕES SACERDOTAIS
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Os Sacerdotes são sobejamente necessários à
Igr'eja para que as almas se destnt;eressem, deles.
Jesús necessita de auxihares para aplicar as graças
da sua Redenção, e iá•lg pelo mmistério dos
Sacerdotes.
Os cristãos não podem iatiseuir•se por si
mesmos em missão tão sublime que reclama um cha
mamento divino e uma consagração oficial da
Igreja; mas devem desejar que o número dos
mimstros do Senhor se multiplique, segundo as
imen• sas necessidades dos tempos, e é para desejar
que todas tragam a essa grande Obra a sua generosa
participasão„ os de os estados e situações, Cada
entretanto, deve procurar concorrer o mais
eficazmente possivel para a cgcolha, pteparaçáo e
formação das vocaç6es dotais.
Que Sacerdotes c fiéis rivalizcua ena zelo e em
generosãd*de para dar bons e santos Sacerdotes à
Igreja. obcas sacerdotais São as mais importatates.
em razão do seu objeto e dos seus resultados; entre
elas, o recrutamento das vocações um 40s primeiros
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CAPÍTULO PRIMEIRO
A PROCURA E A ESCOLHA DAS
VOCAÇOES SACERDOTAIS
VOCAÇÃO
mas os socorros da religião e impedir ave o gtan— de
número se perca.
Esta intensão deve ser das primeiras nossas
preces; ela deve nascer em nós ó de• sejo de
cooperar para o 'recrutamento sacerdotal, tornar-se
uma das nossas principais
Praticamente, faremos nascer as ocasiões can pazes
de revelar-nos ag vocações socerdotaig, favoreccremos
as primeiras manifestações, interesszremos nelas as
almag generosas, recomendá-las-emos a Sacetdotes
piedosos e esclarecidos e, se preciso, cooperaremos na
instrução delas.
Possam as familias cristãs distinguir e tavorecer
as vocações desabrochadas seu seio: PosSam" as
almas piedosas achar em torno de si, ena todas as
classes da sociedade, eleitos do santuário, e orientá-
los para o Sacerdócio I Possam os fiéis dc todas as
condições ter a peito a obra do recrutamento
Eacerdotal! Possam todos cs Sacerdotes do Senhor
achar sucessores para continuarem a sua Obra de
salvação !
2 - — Estudar cuidadosamente os individuos,
Nio é pelo fato de ter a Igreja necessidade de
Sacerdotes gue é licito escolhê-los levianamente, A
vocação sacerdotal é demasiado elevada, e o mi• nistério
exercido pelo Sacerdote é dc ordem por
A SACERDOTAL
o temperamento dos
moralidade dos
sacerdotal seja antes de
tem todavia que não se
devem des-
chamado ao
Sacere*amiaado quanto
carater e à piedade ao
temperameoto. O cedo. e já
indica quais defeitos e as do
se o temperamento
pohartnonia com a digai-
dever-se-á às vezes
Observação os
indiviesperanças de vocação
segurança e expor-se a
importante ainda, e que a é
a moralidade dos de temer,
e as numegénero devern
tornar-nos dó contrário,
reserdeshoacag e às almas
mui-
A SACEREOTAL 129
Se o menino gue
julgamos dócio deve ser
cuidadosamente à virtude. porem. se
inteligêncta. ao igualmente Sacerdócio, tem-se o
o deve ser quanto direiNão seria antes
temperar:rvento manifesta- considerar a conduta, a
se serão as inclinaçócs, os
individuo, util verificar
dera mais tarde pór.se em
dade e as funções
sacerdotais.
Tal seja o
temperamento, manter por
mais tetnpo em duos em.
que se fundem afim de agir
com mais nos decepções.
Coasa, porém, mais
preso algum se deve
deqtütar, pais. O atavismó é
sempre rosas experiências
nesse circunspectos e
desconfiados; vam-se à
Igreja muitas tas causas de
escândalo.
Sem dúvida:. há
exceções; trata da vocaçao
para o to de contar com
excesões? sama
imprudência 0 0,50
VEX.AçX0
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133
A VOCAÇÃO SACERDOTM.-
e que, se verdadeirameate ete é chamado ao Sacer
docim chegará a este duma maneira ou, doutra,
quando puder dirigif-ee por si mesmo, Falso
raciocinio que a experiência contradiz cadá dia.
é ags:tm que o jardineiro age com relação. a
uma planta que sabe deverá tornar-se uma grande
árvore ; cuida delas cultiva-a atentamente. preser-
va•a dos fogos do sol e da violência dos ventos, rega-
a regularmente. e uma estaca para Sttstentá-la,
precisamente para "udá-la a *crescer e para que
lance fortes raizes que lhe permitam depois
sustentar—se por Ei mesma.
Nio é assim que a trata o filho a quem acaba de
por no mundo. Embora saiba que, segundo as regras
o«dinárias da natureza, crescerá e Se tomará
homem, age Se tudo dependesse aos desvelos
assíduos que dá ao seu recem-nasciclo.
Quando se trata da vocação sacerdotal. o mesmo
acontece. Importa preocupar-se com ela desde
baixa idade, e. para isso, desenvotver no menino as
tendências para piedade e para a virtude, ori• entá-
lo cedo para as coisas religião, preservá-lo do
contacto das más influências, dar-lhe o gosto das
coisas santas, e favorecer de todo modo os bons
sentimentos que nascem na suã' Stminha,
Sem dúvida, núo é isso que faz a vocação, mas é
isso que ajuda a fazê-la desabrochar, no sentido de
que, quando ao menino o primeiro pensamento dela,
E. DE CROIX
sta alma egtará preparada para rece• bê-to e disposta
a Io,
Suponhamos que esse pensamento da vocação
sacerdotal, quer. nassa por si mesma na mente, guer
FCja sugerido par uma causa exterior; se apresente
um dia a uma alma po•tCO. inc!inada à virtude e
que foi educada piedosamente. Que sacederá? Esse
pensamento absolutamente não a im—
130 M.
135
pressionará, não será nem compreendido nem
deveria
despertar
terreno
piedade
chama-
atrativo,
E. DE CROIX
ciado, c, para poder produzir seu eleito haverá
fazer então o trabalho de preparação que ter
sido feita antes, além do risco de não chegai
resultado,
Aguardar a adolescência pata cultivar na
ma o pensamento. o atrativo e o desejo da çao,
muitas vezes será chegar tarde demais.
a:nin.imo impor um duplo trabalho, talvez
prometido pelas rnás inclinações e pelo das
paixões.
Lembremo-nos de que se t:ata de
oferecer cação, se esta se maraifestar um dia,
um preparado e já semeado de atrativos pela
e de prática das pequenas 'hrtudes.
Quando refleumos na maleabilidade da cia para
tomar uma e dobrar-se a direção qualquer,
concebemos a importância desde a idade sobre
'essas inteligenciazinhas e sabre esses corações
simples. para tá•los pata o bem, Façamos, pois, tudo
pende de nós para favorecer na infincia as des e as
inclinaçoes em harmonia com do possível à vocação
sacerdotal.
2. A frequência dos Sacranaentos e a vosso à SS.
Virgem.
Pata corresponder a essa primeira graça,
mister que o menino que aspira ao Sacerdócio,
em quem se procura desenvolver esse seja puro
e piedoso. A virtude angélica é uma, tude
essencialmente sacerdotal; a piedade é a réola
137
com que o Sacerdote circunda todas as do
Sacerdócio,
O mais eficaz dos meios para se conservar puro,
como para adquirir uma piedade sólida.
E. DE CROIX
frequência dos Sacratnentos- A confissão purifica alma cada • vez
VOCAÇÃO SACERDOTAL
mais, e comunica-lhe a cada vez aa comunhão inocula—lhe supe—
"temente a vida divina, e permite a Jesús exercer nela a sua açao direta
e pessoal.
Esse contacto entre Jesús e a alma. que se es• tabelece pelos
Sacramentos, é toda uaaa escola de luzes, de bons sentimentos,
de atrativos sobrena• turzis, de meios de defesa contra o
inimigo, de revigoramcnto no bem, de santos desejos e de gene•
rosas resolusóes. O meatno, que a ele ficar fiel guardará com
cuidado o depósito dos seus frimei• atrativos de vocaçSb, e
achará fcgas para combater as más influências que possam
atingi-lo.
Há outra fonte de gagas em que deve vir beber o menino
piedoso; a devoçao à SS. Virgem Ega devosào é cheia de
atrattvo e de doçura; os jovens corações a eta são levados por
instinto, vão a Matia corn ternura e entusiasmo, como uma cri•
anga vai a sua mãe,
Maria toma particulardente sob sua protesão a alma dos
futuros Sacerdotes; é a ela que per
etft razão da união
estreita que eles contrairão mais tarde com Jesús, da semelhança
de carater e de missáo com seu Filho, com que eles serão
honrados.
Confiemos a Maria os meninos que querer;amos ver
Sacerdotes um dia, Sob a tutela maternal dessa divina Mie, eles
serao preservados e firmados, Desenvolvamos neles o culto de
Maria igualmente COGI o seu amor i Eucarisfia. e poremos em
obra cs dois meios mais poderosas para conservar e fazer
desabrochar. na hora marcada por Jesús, egsas vocações
sacerdotais de desejo e dc espe— rança.
132 M, LA
E. DE CROIX
3. — Papel dés pis.
Os pais cristãos São os primeiros
a desejar ver nascer nos filhos a
vocação sacerdotal, Eles são os
primeiros interessados nela, porque
nada mais belo nem mais feliz pode
suceder àqueles a quem eles
a
E. DE CROIX eonhecer
E, para isso. numa questão de tal importância, ve
o Sacerdote por de lado os seus desejos e só se
pessoais,
inspirar em tndo nos principios dos e nas estabeleci-
regras
observadas.
O pensamento de fornecer igrejaSacerdotes
santos,
instruidos, zelosos, que façam gua Sálvem glória
as
almas, tal deve ser a única do Pastor quepreocupação
procara
privilegia-
no seu rebanho os dos do Senhor, A santidade
futtara corresponde piedade atuai. à instrução as
qualidades da génci*i ao zelo o gosto das coisas
santas. Tudo estabelecido sobre uma boa conduta,
sobre ços generosos para se corrigi? dos próprios
tas, sobre o respeito dos pais e da autoridade. bre
e
a prática das virtudes da própria idade um desejo
fornecer
sério da vocação, é de molde a
VOCAÇÃO SACERDOTAL
A 135
ao Sacerdote elementos de e uma direçao aos
seus discernimentos.
A ele compete desenvolver; entrever e
fortalecer nos "seus eleitos" essas qualidades e
virtu• Não pode haver mais bela do que
preparar almas dc crianças para o Sacerdócio,
Seja essa a alegria e a recompens* de todos os
Pastores
1. — Pela piedade
A instituição dog Seminários é uma das Ciais
importantes da Igreja. E' necessária à forrnasiO, dos
Clérigos, para que eles venham a ser Sacerdotes dignos
da sua vocação. à altura das suas sue blimes funçóes,
cheios do espirito do seu estado, fiteis à Igreja e às
almas.
pata qtsalquer funçao importante, faz-se ter
uma preparação séria adaptada natureza e ao fim dessa
A prepara'áo impõe-se tanto mais quanto -mais elevada
e mais grave. ena consequEnri*, é a missão a cumprir.
Ora, há missão superior em dignidade e em resultado à
que o Sa• cerdode recebe no da Ordenação 7 que
consiste em ocupar o lugar de Deng na humanidade em
fazer—se, pela virtude de seu Mestre, o edu• cador, o
médico e o salvador das almas.
Grande e sublime a voeaçüo dos que são
eh*macias à formação doc do Santuário! Eles fazem
junto às futuras alfJ2as sacerdotais o que Jesús fazia
janto aos seus' Apóstolos. Têm de ior mar bútr@é Quais
devem ser a sua pu-
148
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
VOCAÇÃO 139
A simples devoção —s e Ainda menos
devo• ções não basta a alguem que, por
vocação, é destinado a torgar•se um
santo,
Uma religião exterior e de
superfície é inope• ragte, quando
trata de formar em si virtudes
sólidas que resistam aos ataques
inimigos e -sirvam de fundamento ao
edifício da perfeiçao.
Uma piedade de imaginação e de
sensibilidade é conveniente num
estado em que a seriedade da vida
reclama reflexão e consistência na
prática da virtude.
Uma piedade intermitente, que
segue as impressões do temperamento
e os caprichos do carater, não é
apta, tão pouco, a firmar as boas
resoluções e a consolidar a vocação.
A piedade é indispensavel. mas
uma piedade séria, refletidar
sólida, experimentada; uma piedadc
raciocinada, que é o efeito de uma
convicção e o resultado da
compreensão da vocação; uma
piedade resoluta, ao abrigo das
SACERDOTAL
VOCAÇÃO 141.
as graças Seu
O seu trono preces- dos fiéis, far-
se-á suplicante pega humanidade; e
nao haveraa ele de ser desde já um
h0!gem de oração? Seria um
contras,senso e uma coadenaçao
antecipada da gua vida futura,
Para ser mais tarde o grande
postulado oficial da humanidade,
deve cle apressar-se a formar em si
o homem interior que se nutre e
vive de oração, Para isso, afaste-
se ele dos vãos ruidos do mundo,
ponha um freio eurioeidade e ao
désejo das
desenvolva si o- atrativo e a
gosto da oráç,ãct:
A orasao freqtaente e assidua
não 'lhe prejudicará os estudos nem
o cumprimento dos outros de— veres;
tn"úto pelo contrário, por ela será
esclaregido, fortificado. Esse
hábito de relações mais ditetas com
Deus nas suas
A SACERDOTAL
dificuldades intelectuais e
outras, inocalar-lhe-á farsa de
. resistência nos seus esforços de
virtudes, e constittairá uma
mentalidade espiritual em harmoniá com
a perfeiçao do seu estada,
Não se trata, aliás. de
consagrar oração propriamente dita
um tempo reclamado por outros
deveres; mas de viver do espirito
de oração. Quér dizer que é preciso
aproveitar. primeiro, todos seus
momentos de oração, e depois
habituar-se a elevar amiude a alrna
a Dens, recolher-se por orações
jaculatórias. a estudar, trabalhar,
entregar• se a uma ocupação
qualquer, em união com Jesús que
habita no seu coraçao e acompanha
por toda parte O eleito de gua
escolha.
Se a oração não tivesse
atrativo Pêra um seminarista„ ge
sobretudo lhe pesasse) serra
péssimo sinal, Estariamos expostas
fer mais tarde um Sacerdote güe não
saberia orar, .que recitaria
A SACERDOTAL
1. — A recomendação de Jesús.
Não é duvidoso que uma das maiores necessi
dades da hora atuai é Sacerdotes numerosos,
Sacerdotes excelentes, Sacerdotes que trabalhern sem
trégua na vinha do Senhor, Nem a todos é dado poder
concorrer para essa grande obra pela
escolha ou cultura das votasõ,es. mas todos podem
prestar o concurso das suas orações para alear;çat do
céu essa fecundidade na Igreja e essa bençãO sobre a
sociedade,
De que seja essa urna vontade format de Deus,
não se pode duvidar, quando se cuve a recomendaGio
insistente feita por Jesús no Evangelho, de rogarmos pelas
vocações sacerdotais, "Rogai ao Senhcr da messe que mande
operárias para trabalhar na sua tinha"
E' Jesús o primeiro a sentir a tristeza de ver os
campos do Senhor incultos, de verificar a, muV tidão
das almas prontas a receber a graça. mas que
depereçam falta de ministros para lhes dar essa graça.
Ele chora solene o abandono das naçóes
Mateus, IX,
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SACERDOTAL 177
VOCAÇÃO
fiéis onde não penetra ã, luz do Evangelho; e chama
a grandes gritos 03 missionários que Ele é de novo
crucificado vista das massas que para o
abismo. sem preocupação da sua salvação eterna; e
reclama apóstolos para lhes evitar essa suprema
desdita. Com dor indizivet assiste indiferença que
lavra e que, como uma gangrena, corroi o pouco de
fé que resta nas farnitias e nas sociedades; e procura
salvadores para esclarccc:r as almag e aplicar-lhes
os do seu sangue redentor-
Ele vê por toda parte os homens correrem às
honras, riqueza, aos prazeres, e, rindo, irem para o
inferno e se pergunta sc achará outros mais 'Eia.is
positivamente a revestir-se das suas libras. orar e
sofrer com Ele, consagrar-se a atirar as almas da
ilusão. e a condu— zi-tas ao céu.
A oração de Jesús nin pode ser ineficaz; com
Ele e por Ele é que devemos orar. Sio necessários
Sacerdotes e • muitos Sacerdotes! Mas é preciso
pedi-los, pedi-los com lágrimas, coto insistência.
com perseverança.
Orar e sofrer para obter Sacerdotes é mais bela
das orações e o mais nobre dos sofrimentos. Não
deixemos infrutifero esse convite urgente de Jesús,
Ouçamo-lo no fundo do nosso coras*O e ponhamo-
nos logo em obra, Que doravante essa grande
SACERDOTAL 178
M. E. Lh CROIX
2. peür Sacerdote santos e
Rezando para obter Sacerdotes. nio nos
devemos contentar com pedir Sacerdotes
numerosos, mag ainda Scerdotes- segundo o
LR CROIX
E' a esse homem misterioso e qaasi -divino,
é a esse salvador de almas e a esse prodigio dc
graças que vós dais meios para vir ser o que
ele é c produzir as obras maravilhosas que
opera
Sem vós, sem vossa generosidade, sem o
vosso necessário concurso, vários entes
mados poderiam chegar ao Sacerdócio, e
eatão quantas almas seriam para setnpre
frustradas da vida divina
Pelo contrário, graças vós, graças aos
sacrificios que vos souberdes impor para
concorrer'des para a instrução dos Clérigos,
haverá mais Sacerdotes para fazer conhecer
Jesús e faze-lo amado, haverá apóstolos zelosos
que converterão 06 pecadores e santificarao os
justos. hm•erá sacrificados dia vinos que farao
correr sobre os altares eucarísticos o sangtte da
augusta Vitima que remiu o muado, haverá
carcereiros do inferno que fecharão as por• tas
destes às almas que tiverem salvoe haverá anjos
do Paraiso que levarão as almas ao haverá
outros Jesús-Cfistos pata manifestarem ao
mundo a caridade itifinita que converte os
pecadores e faz os eleitos.
Dai. dai; vossas esmolas são sementes de
eternidade I
186 DE
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VOCAÇÃO 161
40
segando
55
59
capita.lo Ñereatro
o ZELO
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190
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A VOCAÇÃO 163
Capitulo
COMO
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164
Cap.ftu10 Qu•rto
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