Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
“
1) C=E
2) C=E´ 1.E ... A) fora do T B) no T
2.T
3) C=T
4) C=T´
“Aristóteles não vai além de Platão, Seu sistema é menos aceitável ainda que o de
Platão, porque exclui até o ato livre transcendente. De fato, se a eternidade está no
tempo, toda possibilidade de sair do tempo esta excluída. Só se poderá estar fora
do tempo quando se está no tempo. Uma existência temporal que pudesse ser
escolhida fora do tempo seria incognoscível conceptualmente, porque não seria
eterna no tempo, ao passo que o conceito só pode relacionar-se com uma
eternidade no tempo. Enfim: na medida em que o homem muda, ele não sabe; e
por não saber, ele não é livre (por definição); na medida em que ele sabe, não muda;
por isso, também não é livre, no sentido habitual do termo.” P.332
“Na Fenomenologia, Hegel é muito radical: afirma [...] que a natureza é o espaço, e
que o tempo é a história [...]Não há tempo natural, cósmico; só há tempo na medida
em que há história, isto é, existência humana, existência que fala. O homem que,
no decurso da história, revela o Ser por seu discurso é o “conceito existente-
empiricamente” [...] e o tempo nada mais é que esse conceito. Sem o homem, a
natureza seria espaço, e somente espaço. Só o homem está no tempo, e o tempo
não existe fora do homem; logo, o homem é o tempo e o tempo é o homem, isto é,
o “conceito que está na existência empírica” espacial da natureza.” P.347
“No tempo de que Hegel fala, ao inverso, o movimento é gerado no futuro e vai para
o presente passando pelo passado [...] O movimento gerado pelo futuro é o
movimento que nasce do desejo [...] que se dirige a uma entidade que não existe
no mundo natural real e que nele nunca existiu. Só então é possível dizer que o
movimento é gerado pelo futuro: por que o futuro é precisamente o que (ainda) não
é o que (já) não foi. [...] O desejo não pode dirigir-se a uma entidade absolutamente
não existente a não ser que se dirija a um outro desejo considerado como desejo
[...] agir em função do desejo de um desejo é agir em função do que ainda não é,
isto é, em função do futuro [...] o desejo de reconhecimento que – ao opor o senhor
ao escravo – gera a história e a move. [...] Logo, ao realizar-se, o tempo no qual
predomina o futuro gera a história, que dura enquanto dura este tempo, e esse
tempo só dura enquanto dura a história.”p.348
KOJÉVE, Alexandre. Introdução à Leitura de Hegel. Paris. 1933-1939.
“Para se realizar, o desejo deve dirigir-se a uma realidade; mas não de maneira
positiva. Deve dirigir-se a ela negativamente. [...] a realidade do desejo vem da
negação da realidade dada. [...] O desejo determinado pelo futuro só aparece, no
presente, como uma realidade [...] se tiver negado um real, isto é, um passado. O
modo como o passado foi (negativamente) formado em função do futuro é que
determina a qualidade real do presente. Só é um presente humano ou histórico o
presente determinado assim pelo futuro e pelo passado. Logo, de modo geral, o
movimento histórico nasce do futuro e passa pelo passado para realizar-se no
presente ou como presente temporal. O tempo que interessa a Hegel é portanto o
tempo humano ou histórico: é o tempo da ação consciente e voluntária que realiza
no presente um projeto para o futuro, projeto esse que é formado a partir do
conhecimento do passado.” P.348-349