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Por outro lado, no modelo subtrativo, a mistura de cores origina uma cor mais escura,
dado que, ao invés de serem refletidos, são absorvidos mais comprimentos de onda,
subtraindo-os à luz. Deste modo, a ausência de cor, em vez de corresponder ao preto, vai
corresponder ao branco. Logo, todos os comprimentos de onda vão ser refletidos.
Neste caso, recorremos à representação numérica de 0 a 1. Dado que este modelo é aditivo,
consideramos a cor branca como a presença simultânea das cores primárias (1,1,1), admitindo
que a cor preta corresponde à ausência destas, (0,0,0).
O quadro abaixo apresenta algumas cores traduzidas no sistema decimal (0 - 255) e
hexadecimal:
A representação das cores vermelho, verde e azul usam 8 bits que, em decimal, variam
entre 0 e 255. Assim, é possível fazer todas as 16! ×16! ×16! = 16777216 cores possíveis. O
código de coloração hexadecimal (base 16) consiste em 6 dígitos: RRGGBB16. Os dois
algarismos à esquerda representam a cor vermelha; a cor verde é representada pelo par de
números central; já a cor azul associa-se aos dois últimos dígitos. Assim, para passar de hex a
decimal, convertem-se os dois números em hex da esquerda para decimal e obtém-se o nível
de vermelho, procedendo de forma análoga no caso das cores verde e azul.
Para relacionar a representação decimal com a representação entre 0 e 1, basta dividir
todos os números por 255, e desta para percentagem é só multiplicar por 100.
As principais aplicações do RGB associam-se à emissão luminosa por certos equipamentos
(monitores, ecrãs, etc.). Cada pixel num monitor LCD dispõe as cores desta forma,
combinando LEDs vermelhos, verdes e azuis. Por exemplo, quando o pixel assume o valor 0,
o LED encontra-se desligado; quando assume o valor 255, está totalmente ligado; qualquer
valor que assuma entre estes resulta numa emissão parcial de luz.
Uma vez que estamos a abordar o conceito de cor e a forma como são representadas,
iremos agora abordar o conceito de paleta de cores. Assim, esta é definida como sendo um
certo subgrupo de cores de entre todas aquelas que o sistema gráfico do computador admitir.
Outras designações para paleta de cores são, por exemplo, mapa de cor/de índice e tabela de
cor/de procura de cores/indexada. A identificação de uma cor presente na paleta é feita através
de um número, chamado índice. A principal vantagem da utilização de paletas de cor é
diminuir o tamanho dos ficheiros de imagens, tendo em conta que apenas as cores utilizadas
ficam armazenadas na memória.
O modelo CMYK derivou do modelo CMY, tendo sido acrescentada a cor preta (blacK).
Este último é um modelo subtrativo, apresentando as cores como combinação das cores
primárias ciano (Cyan), magenta (Magenta) e
amarelo (Yellow). De forma a facilitar a obtenção da
cor preta quando impressa em papel, esta foi
adicionada ao modelo; assim, já não precisa de ser
representada como junção de cores.
Este modelo tem por base a maneira como a
Natureza expressa as suas cores, ou seja, ao refletir
uma parte do espetro de luz e absorver outros.
Portanto, considera-se um modelo subtrativo, uma
vez que as cores se originam pela redução
(subtração) de outras à luz incidente.
Relacionando com o modelo RGB, podemos
afimar que as cores primárias do CMY Figura 4: Representação 3D do modelo CMY.
correspondem às cores secundárias do RGB e
vice-versa.
O modelo CMYK usa-se na impressão em papel, recorrendo às cores do modelo CMY e à
tinta preta (K) para dar um foco maior nos tons de cinza e preto. Assim, emprega-se em
impressoras, fotocopiadoras, pintura e fotografias.
Desta forma, a impressão baseia-se na acumulação de camadas de tintas com as cores
primárias (ciano, magenta e amarelo) e o preto. As áreas em branco apontam para a existência
de tinta/pigmentos, ao passo que as áreas escuras evidenciam uma concentração de tinta.
Para além dos modelos mencionados, podem ser desenvolvidos outros modelos que podem
assentar em várias categorias.
Por exemplo, o modelo HSV baseia-se nas grandezas tonalidade (Hue), saturação
(Saturation) e valor (Value), associado à luminosidade/brilho de uma cor.
Começando pela tonalidade ou matiz (hue) é a cor pura, possuindo luminosidade e
saturação máximas (amarelo, laranja, verde, azul…). É a tonalidade que permite distinguir as
diversas cores puras, exprimindo-se num valor angular que varia entre 0º e 360º.
Existem diversos formatos para guardar os ficheiros de imagens digitais, sendo que tem
de haver programas que consigam ler e guardar em tais formatos. Assim, os programas de
computador dividem-se em duas grandes categorias: programas bitmap (imagem) e vetoriais
(gráficos/desenho).
Ao passo que o formato bitmap consiste num conjunto de bits (unidade básica da
informação), o formato vetorial assenta em fórmulas matemáticas executadas pelo computador.
♦ BMP (Bitmap)
Este é o formato mais comum de imagem, que ainda não se sabe
como comprimir. Foi desenvolvido pela Microsoft em parceria com
a IBM e é utilizado, por exemplo, no programa de pintura Paint.
Quando um ficheiro é guardado em BMP, armazena os pixéis sob a
forma de um quadro de pontos e gere as cores.
♦ PS (Post Script)
Este formato baseia-se numa linguagem de programação especializada
para visualização de informações e descrição de páginas. É útil no
desenho de letras e figuras, incluindo comandos de traçado e formas
de representação de imagens.
Agora que já exploramos todos os formatos, é importante acrescentar que as imagens vetoriais
não perdem qualidades ao serem ampliadas, ao contrário das imagens bitmap como se mostra
na figura abaixo: