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Atividade Avaliativa1
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Atividade apresentado a Faculdade Santo André como quesito parcial da disciplina de Diversidade Cultural
como Pratica na Educação, da segunda graduação em história. Professora Me. Deusodete Rita da Silva Aimi.
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Graduanda em segunda graduação Licenciatura em História. Primeira graduação em pedagogia pela
UNIR/Vilhena-RO.
LOPES, Luiz Paulo Moita. Sexualidades em sala de aula: discurso, desejo e
teoria queer. In: MOREIRA, Antonio Flávio; CANDAU, Vera Maria (Orgs.).
Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2ª. ed. Petrópolis:
Vozes, 2008, p. 125-148.
“Ainda que o tema das sexualidades seja cada vez mais debatido fora da escola (na
mídia, por exemplo), tal questão ainda é, em geral, um tabu em sala de aula, pelo
menos nos discursos legitimados pelos/as professores/as. Estes freqüentemente
colocam a sexualidade no reino da vida privada, anulando suas percepções e
conseqüências sóciopolíticas e culturais ao compreendê-la como uma problemática
individual. Em tais discursos, os corpos na escola não têm desejo, não se
Vinculam a prazeres eróticos e, na verdade, não existem como forças constitutivas
de quem somos nas práticas sociais.” (p.125).
“Fomos educados a pensar sobre os alunos sem considerar sua raça, seu gênero e
seu desejo: um ser descorporificado e, portanto, em abstração, que só existe na sala
de aula, normalmente nos discursos nos quais a voz dos/as professores/as é central.
E a mesma posição pode ser levantada em relação aos corpos dos professores: são
construídos como senão tivessem desejo sexual.” (p.126).
“Alguns sociólogos (por exemplo, GIDDENS, BECK & LASH, 1995) têm chamado
esse processo de destradícionalização da vida social, nos quais discursos que eram
compreendidos como constitutivos da vida privada (ou mesmo como pervertidos)
avançaram para o centro da vida pública ou deixaram a privacidade das quatro
paredes de um quarto e adentraram a sala de visitas, pelo menos nas telas da TV,
levando-nos a um processo de reflexão sobre quem somos e à possibilidade de
construção de nossas vidas em outras bases. Isso não quer dizer, por outro lado,
que estamos nos melhores dos mundos e que não haja reações raivosas e
agressivas de grupos conservadores. Assim, devido a tais processos de
destradicionalização para os quais contribui a centralidade da mídia no mundo
contemporâneo, é natural que os significados sobre a sexualidade sejam, cada vez
mais, constitutivos dos discursos que constroem o universo escolar.” (p. 128).
“[...] a relevância dos discursos midiáticos na construção da vida social ou como tais
discursos reverberam em sala de aula. Mais ainda, deve-se atentar para visões bem
tradicionais, em tal seqüência, sobre como as mulheres se submetem aos caprichos
sexuais dos homens, ecoando discursos machistas de que as mulheres estão a
serviço de seus prazeres. Essa seqüência já nos chama atenção para a
necessidade de os/as professores/as se familiarizarem com questões referentes à
sexualidade não somente porque elas estão cada vez mais presentes nos discursos
dos alunos, nas mais tenras idades, como também pela necessidade de que a
educação apresente outras visões sobre a sexualidade e o desejo de modo a
desestabilizar percepções arraigadas sobre as relações sexuais, que estão bem
distantes de um mundo mais justo e ético.” ( p.130-131).
“Em tal procura, a sexualidade deixa de ser destino e passa a ser entendida como
uma construção que não está necessariamente atrelada ao desejo pelo sexo oposto.
No entanto, tais investimentos do setor público se baseiam em políticas de
identidades, as quais, embora sejam relevantes, por defenderemos direitos das
chamadas minorias (no caso em questão: sexualidades consideradas minoritárias),
precisam ser redimensionadas por meio de teorizações queer, que, além de
questionarem qualquer sentido de normatividade para o desejo sexual, lançam um
olhar mais perspicaz sobre a construção das sexualidades e envolvem uma
politização maior do campo da sexualidade.” (p.133).
“Deve-se acrescentar, por outro lado, que, apesar da ubiqüidade das sexualidades
em suas várias manifestações no mundo em que vivemos, não são todos os/as
professores/as que se sentem à vontade para tratar de tal assunto. Além de muitos
insistirem que essa é uma questão da vida privada, muitos outros temem ter seus
desejos sexuais revelados ao poderem ser classificados como gays e lésbicas, por
exemplo, ao falar de tais posicionamentos.” (p.142).