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FACULDADE SANTO ANDRÉ

Credenciada pela Portaria Ministerial 1098 (DOU 16/08/2011)


Autorizada pela Portaria Ministerial 374(DOU 05 /09/2011)
Site:www.fasaro.com.br

Segunda Graduação em História

Atividade Avaliativa1

Rosângela Lima da Silva Rego 2

DIVERSIDADE CULTURAL COMO PRATICA NA EDUCAÇÃO

1
Atividade apresentado a Faculdade Santo André como quesito parcial da disciplina de Diversidade Cultural
como Pratica na Educação, da segunda graduação em história. Professora Me. Deusodete Rita da Silva Aimi.
2
Graduanda em segunda graduação Licenciatura em História. Primeira graduação em pedagogia pela
UNIR/Vilhena-RO.
LOPES, Luiz Paulo Moita. Sexualidades em sala de aula: discurso, desejo e
teoria queer. In: MOREIRA, Antonio Flávio; CANDAU, Vera Maria (Orgs.).
Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2ª. ed. Petrópolis:
Vozes, 2008, p. 125-148.

MOREIRA, Antonio Flávio; CANDAU, Vera Maria (Orgs.). Multiculturalismo:


diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

“Ainda que o tema das sexualidades seja cada vez mais debatido fora da escola (na
mídia, por exemplo), tal questão ainda é, em geral, um tabu em sala de aula, pelo
menos nos discursos legitimados pelos/as professores/as. Estes freqüentemente
colocam a sexualidade no reino da vida privada, anulando suas percepções e
conseqüências sóciopolíticas e culturais ao compreendê-la como uma problemática
individual. Em tais discursos, os corpos na escola não têm desejo, não se
Vinculam a prazeres eróticos e, na verdade, não existem como forças constitutivas
de quem somos nas práticas sociais.” (p.125).

“Fomos educados a pensar sobre os alunos sem considerar sua raça, seu gênero e
seu desejo: um ser descorporificado e, portanto, em abstração, que só existe na sala
de aula, normalmente nos discursos nos quais a voz dos/as professores/as é central.
E a mesma posição pode ser levantada em relação aos corpos dos professores: são
construídos como senão tivessem desejo sexual.” (p.126).

“Ao contrário, embora os/as professores/as estejam apenas começando a perceber


a relevância dos discursos escolares na construção da vida social, a escola é uma
das agências principais de (re-)produção e organização das identidades sociais de
forma generificada, sexualizada e racializada. [...] Talvez como nunca antes os
discursos escolares estão agora sendo construídos em diálogo constante com
questões relativas à sexualidade.”(p.126-127).

“Alguns sociólogos (por exemplo, GIDDENS, BECK & LASH, 1995) têm chamado
esse processo de destradícionalização da vida social, nos quais discursos que eram
compreendidos como constitutivos da vida privada (ou mesmo como pervertidos)
avançaram para o centro da vida pública ou deixaram a privacidade das quatro
paredes de um quarto e adentraram a sala de visitas, pelo menos nas telas da TV,
levando-nos a um processo de reflexão sobre quem somos e à possibilidade de
construção de nossas vidas em outras bases. Isso não quer dizer, por outro lado,
que estamos nos melhores dos mundos e que não haja reações raivosas e
agressivas de grupos conservadores. Assim, devido a tais processos de
destradicionalização para os quais contribui a centralidade da mídia no mundo
contemporâneo, é natural que os significados sobre a sexualidade sejam, cada vez
mais, constitutivos dos discursos que constroem o universo escolar.” (p. 128).

“[...] a relevância dos discursos midiáticos na construção da vida social ou como tais
discursos reverberam em sala de aula. Mais ainda, deve-se atentar para visões bem
tradicionais, em tal seqüência, sobre como as mulheres se submetem aos caprichos
sexuais dos homens, ecoando discursos machistas de que as mulheres estão a
serviço de seus prazeres. Essa seqüência já nos chama atenção para a
necessidade de os/as professores/as se familiarizarem com questões referentes à
sexualidade não somente porque elas estão cada vez mais presentes nos discursos
dos alunos, nas mais tenras idades, como também pela necessidade de que a
educação apresente outras visões sobre a sexualidade e o desejo de modo a
desestabilizar percepções arraigadas sobre as relações sexuais, que estão bem
distantes de um mundo mais justo e ético.” ( p.130-131).

“Por um lado, percebe-se que a professora recusa o tópico referente a


homossexualismo, uma vez que não o legitima como adequado para a sala de aula
e, por outro, que os alunos estão agindo provocativamente, já que, como
participantes de tal contexto, sabem que esse não é um assunto adequado. [...] a
atitude da professora levanta sérios questionamentos para como a universidade tem
formado seus/suas professores/as e como os tem preparado para tratar da vida
social: um problema que já tem sido lembrado por todos aqueles que se debruçam
sobre a questão da formação dos professores/as.”(p.132).

“Em tal procura, a sexualidade deixa de ser destino e passa a ser entendida como
uma construção que não está necessariamente atrelada ao desejo pelo sexo oposto.
No entanto, tais investimentos do setor público se baseiam em políticas de
identidades, as quais, embora sejam relevantes, por defenderemos direitos das
chamadas minorias (no caso em questão: sexualidades consideradas minoritárias),
precisam ser redimensionadas por meio de teorizações queer, que, além de
questionarem qualquer sentido de normatividade para o desejo sexual, lançam um
olhar mais perspicaz sobre a construção das sexualidades e envolvem uma
politização maior do campo da sexualidade.” (p.133).

“A escola é uma agência importante na constituição de quem somos e seus


discursos podem legitimar outros sentidos sobre quem podemos ser ao apresentar
outras narrativas para a vida social menos limitadas/aprisionadoras e mais criativas
para nossas histórias e orientadas por um sentido de justiça social.” (p.134).

“A Modernidade, portanto, pode ser compreendida com um processo de modelar as


pessoas de forma restrita e arbitrária.” (p. 135).

“Tal lógica só foi possível porque, como monocultural, anulou os atravessamentos


Identitário sem nossos corpos que nos posicionam como pobres, ricos, brasileiros,
indígenas, norte-americanos, homens, mulheres, negros, brancos, gays, bissexuais
etc. na vida social, levando a discursos como aqueles ainda prevalentes na
educação que separam mente e corpo, [...] devemos ter em mente sociabilidades
continuamente em construção, fragmentadas, contraditórias e heterogêneas, como
efeito das práticas discursivo-culturais em que nos engajamos e dos embates de
poder aí situados.” (p. 136).

“A abordagem queer que desestabiliza a posição privilegiada da hetero-


normatividade, à qual é dada o direito de tolerar outras sexualidades, objetiva
colocar ostensivamente o dedo no cerne da questão, ao não contemplar qualquer
sentido de normalidade para a sexualidade, inclusive da heterossexualidade. Essa
lógica é, portanto, muito mais transgressiva do que aquela que defende a política da
identidade (gay, lésbica, bissexual, transexual)[...].” (p.139).

“Vários pesquisadores (por exemplo, GOLDBERG, 1994; SEDGWICK, 1994),


apóiados em Foucault, têm mostrado como esse binário, institucionalizado em vários
discursos, tais como os da medicina, da justiça, da educação etc. constrói pessoas
como homo ou heterossexuais nas práticas sociais. E assim que a
homossexualidade e a heterossexualidade foram inventadas como construções
discursivas e históricas e continuam a operar e a moldar a vida social.” (p.140).

“A posição queer acarreta o entendimento da sexualidade como dinâmica e


cambiante, o que implica compreender que os objetos de desejo podem mudar
durante a vida ou em práticas discursivas diferentes: nossas performances de
sexualidade podem ser mutáveis. Essa percepção envolve a concepção da
sexualidade como algo que nunca está pronto ou que está sempre se fazendo e que
pode ser construída e re-construída discursivamente.” (p.141).

“Deve-se acrescentar, por outro lado, que, apesar da ubiqüidade das sexualidades
em suas várias manifestações no mundo em que vivemos, não são todos os/as
professores/as que se sentem à vontade para tratar de tal assunto. Além de muitos
insistirem que essa é uma questão da vida privada, muitos outros temem ter seus
desejos sexuais revelados ao poderem ser classificados como gays e lésbicas, por
exemplo, ao falar de tais posicionamentos.” (p.142).

“Trazer para a sala de aula as próprias práticas sociais que tematizam as


sexualidades, das quais os/as alunos/as participam como espectadores da mídia e
como participantes da vida escolar, por exemplo, pode ser um modo de facilitar a
compreensão da natureza fluida e fabricada das sexualidades. A cultura popular e
seus artefatos (as novelas de TV, por exemplo) têm muitas práticas de sexualidade
cuja natureza construída e normatizadora pode ser problematizada na escola [...].
Especialmente, ressalto a relevância de mostrar a natureza fabricada tanto da
heterossexualidade como da homossexualidade, analisando as estratégias e
artifícios envolvidos em sua construção.” (p.143).

“Que a escola seja um lugar de re-criar e politizar a vida social, de compreender a


necessidade de não separar cognição e corpo, de se livrar de discursos binários
aprisionadores, de se questionar ininterruptamente e de se preocupar com justiça
social e ética!” (p.144).

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