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Análise da Resistência Elétrica e Mecânica em Filamentos de PLA e ABS.

Analysis of Mechanical and Electrical Resistance in filaments of PLA and ABS.

Andresa Aparecida Lemes Gomes

Resumo

A impressão 3D vem cada dia mais ganhando espaço no mercado, sua utilização já é
indispensável em vários cenários, tendo em vista muitas vantagens, pois é possível criar objetos
sem a utilização de usinagem e mão de obra. Para a criação desses objetos são utilizados vários
filamentos poliméricos, sendo o filamento de (Acrilonitrila Butadieno Estireno) ABS e o de (Poli
Ácido Lático) PLA os mais utilizados. Tendo conhecimento das vantagens da impressão 3D e
com o auxílio de dois estudos de caso para os dois polímeros impressos foi possível analisar a
resistência à tração e a resistência ao trilhamento elétrico dos materiais, para possível utilização
no setor elétrico dessa tecnologia. No primeiro caso (ensaio de tração), foi possível observar que
os materiais apresentaram deformações uniformes e também que o modo de impressão, camada
– por –camada, diminui o módulo de elasticidade comparado ao modo convencional, em que o
material (em estado líquido) é depositado em um molde. No segundo caso (ensaio de resistência
ao trilhamento elétrico) foi possível observar que o PLA apresentou boa resistência ao trilhamento
diferente do ABS.

Palavras-chave: ABS; PLA; Trilhamento Elétrico; Ensaio de tração; resistividade elétrica;


resistência mecânica.

Abstract

The 3D printing comes more and more gaining space in the market, its use is already
indispensable in several scenarios, considering many advantages, because it is possible to create
objects without the use of machining and manpower. For the creation of these objects several
polymeric filaments are used, with (Acrylonitrile Butadiene Styrene) ABS filaments and
(Polylactic Acid) PLA filaments being the most used. Knowing the advantages of 3D printing and
with the aid of two case studies for the two printed polymers, it was possible to analyze the tensile
strength and resistance to the electric tracing of the materials, for possible use in the electrical
sector of this technology. In the first case (tensile test), it was observed that the materials exhibited
uniform deformations and also that the layer-by-layer printing method decreases the modulus of
elasticity compared to the conventional method, in which (the liquid material) is deposited in a
mold. In the second case (test of resistance to electric tracing), it was possible to observe that the
PLA presented good resistance to different trellis of ABS.

Keywords: ABS; PLA; Electrical Tracking teste; Tensile Test, Electrical Resistivity,
Mechanical Resistence.
Introdução também é um termoplástico amorfo, porém
este é derivado do petróleo.
A impressão 3D é o método de
criar objetos reais com base em programas Ambos os polímeros são utilizados
computacionais de modelagem feitas por por possuírem boa resistência mecânica,
softwares. A princípio essa técnica foi fácil moldabilidade, boa dureza, alta
utilizada para fins de prototipagem rápida, resistência ao impacto além de serem
termo utilizado para a impressão de filamentos relativamente baratos em
protótipos de peças, sendo suas impressões comparação com outros filamentos
modelos de produtos que não seriam encontrados no mercado. O ABS é utilizado
comercializados (FERNANDES; MOTA, em fabricação de sinalizadores em linhas
2016). A utilização de impressoras 3D já é aéreas de distribuição de energia, pois atende
indispensável em vários ambientes perfeitamente os requisitos de robustez e
industriais e comerciais, tendo em vista durabilidade do projeto, além de diferentes
muitas vantagens: dispensam ferramentas de peças amplamente utilizadas no dia-a-dia,
usinagem e mão de obra, facilidade de inclusive peças automotivas, por isso possui
manuseio, e a criação de objetos utilizando custo acessível. (SANTOS et al, 20XX).
apenas o material necessário, não gerando
Esse trabalho tem como objetivo
desperdícios. Diante disso, as impressões
realizar testes de tração mecânica e de
não são somente utilizadas para fins de
trilhamento elétrico nos dois polímeros mais
prototipagem, mas também para produção
utilizados na impressão 3D, o ABS e o PLA,
de muitos componentes e equipamentos.
a fim de apresentar um embasamento teórico
Para a impressão desses protótipos e prático sobre a resistência de ambos os
e produtos são utilizados filamentos, que são polímeros para fabricação de componentes
materiais específicos produzidos para elétricos.
impressoras 3D. Geralmente são polímeros
Material e Métodos
termoplásticos e podem ser encontrados em
diversas cores e tipos, usualmente em rolos Nesse trabalho foi utilizado o
de 1,75 mm e 3 mm de espessura, onde são método de impressão 3D, que é o processo
derretidos e expelido pelo bico extrusor. de modelagem por fusão e deposição, é
baseado na extrusão de filamentos de
Os polímeros mais utilizados são o
plásticos aquecidos (AVIZ,2012). A
Poli Ácido Lático (PLA), consistindo em um
tecnologia FFF (Fabricação com Filamento
termoplástico semicristalino ou amorfo,
Fundido) começa com um processo de
biocompatível e biodegradável, não tóxico e
software de preparação de montagem, que
com boa processabilidade térmica e o
divide e posiciona um arquivo CAD 3D
Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) que
(Desenho Auxiliado por Computador
Tridimensional), que calcula a trajetória que
o bico deverá percorrer para depositar o
termoplástico, o tempo e a quantidade de
material para a extrusão. A máquina de
tecnologia FFF possui um cabeçote que se
movimenta no plano horizontal e uma
plataforma que se movimenta no sentido
vertical. Após o desenho ser processado pelo
software de preparação, a impressora aquece
a mesa de impressão até a temperatura ideal
Fonte: Impressão 3D- Sob um Sonho de Demanda
para a extrusão do polímero, de 60ºC para
ambos os polímeros, logo depois o bico O material utilizado como matéria-
extrusor é aquecido a uma temperatura de prima para a produção dos corpos de prova
190°C para o PLA e 230ºC para o ABS, foi poli ácido lático (PLA), obtido
aquecendo junto o termoplástico. Na comercialmente na forma de filamento com
sequência, o cabeçote movimenta-se na 1,75 mm de diâmetro da marca Cliever e
horizontal enquanto as guias rotativas extrudado na impressora 3D- CL2 PRO da
puxam o filamento para o interior do bico mesma marca. A acrilonotrila butadieno
extrusor fazendo com que o material aqueça estireno (ABS), também foi obtido
até um estado semilíquido e seja depositado comercialmente na forma de filamento com
na forma de gotículas ao longo do processo 1,75 mm de diâmetro da marca Stratasys na
de extrusão, camada por camada. No final de impressora 3D Stratasys Dimension.
cada camada a mesa extrusora desloca-se
Os modelos computacionais foram
para baixo, com uma distância igual à
desenvolvidos no AUTOCAD.
espessura da camada, e o cabeçote começa a
extrudar novos filamentos para construir O ensaio de tração consiste na
uma nova camada sobre a anterior, repetindo aplicação de uma carga de tração uniaxial
esse processo até formar por completo o crescente, em um corpo de prova específico
objeto 3D (AVIZ,2012). A figura 1 para esse ensaio, essa carga vai aumentando
apresenta um esquema simplificado do e por consequência vai alongando ou
processo de funcionamento de uma esticando o corpo de prova até o momento
impressora 3D. da sua ruptura (DALCIN,2007).

As deformações estimuladas no
material são distribuídas em todo o corpo de
Figura 1 – Esquema Simplificado de uma impressora
prova de forma uniforme, até ser atingida a
3D.
carga máxima suportada pelo material e
acontecer a sua ruptura, essa ruptura sempre forma impressa para sua possível utilização
se dá na região mais estreita do material. A no setor elétrico. O fenômeno de trilhamento
precisão do ensaio está ligada a precisão dos elétrico pode ser definido como “a formação
aparelhos de medição utilizados. de um caminho condutor permanente,
(DALCIN,2007). formado normalmente por composto de
carbono, através da superfície do isolante,
O ensaio foi realizado no
resultado da degradação devido à ação das
laboratório de metalografia da FEPI (Centro
descargas superficiais. Quando este
Universitário de Itajubá) na máquina de
fenômeno ocorre numa localizada região,
ensaio universal de 5kN da marca Oswaldo
ocorre a erosão (SILVA ,2014)
Filizola. A figura 2 apresenta o equipamento
utilizado para o ensaio de tração. O valor da resistência do material é
reduzido na presença de contaminantes, que
Figura 2 – Ilustração do processo do ensaio de
tração.
aparecem na atmosfera na forma de
poluição, e uma camada de umidade
promove a baixa resistividade superficial do
material, criando assim, condições ideias
para fluir corrente entre pontos com
diferentes potenciais. A passagem de
corrente superficial através da solução
úmida contaminante, com alta dissipação de
calor causa a evaporação dessa solução da
superfície do material. Como essa
evaporação não é uniforme ocorre à
formação de bandas secas, que interrompem
Fonte: www.oswaldofilizola.com.br a corrente superficial, causando um aumento
no campo elétrico local entre as bandas
A falha do isolamento por trilhamento
úmidas iniciando as descargas superficiais.
elétrico causa vários problemas de
Devido a essas descargas superficiais, a
suportabilidade em componentes utilizados
superfície do material isolante alcança
no sistema elétrico de potência, pois este é
elevadas temperaturas, causando a formação
um fenômeno importante na degradação dos
de resíduos orgânicos condutores, esses
materiais poliméricos utilizados como
resíduos causam a erosão e trilhas nessas
isolantes (SILVA,2014).
superfícies, levando assim o material a uma
O ensaio de trilhamento elétrico foi gradual degradação. A ruptura completa do
realizado a fim de testar a resistência ao polímero se dá quando essas trilhas de
trilhamento elétrico desses polímeros na material orgânico condutor se propagam por
toda a extensão do polímero (SILVA,2014). o material isolante elétrico para uso sob
A figura 3 ilustra o processo de trilhamento condições ambientais severas através de
elétrico. medidas de resistência ao trilhamento
elétrico e erosão, em tensões elétrica entre
Figura 3: Processo de Trilhamento Elétrico. A)
Contaminação e umedecimento da superfície do
1000 e 6000 V, em frequências industriais
material, formando uma camada condutora com baixa (48Hz a 62 Hz), usando um líquido
resistividade superficial; B) Passagem de uma corrente contaminante e corpos de prova em plano
superficial através da solução úmida contaminante,
inclinado (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
com alta dissipação de calor, causando perda de massa
DE NORMAS TÉCNICAS, 2014). Esse
do fluido contaminante, favorecendo a formação de
bandas secas; C) Interrupção da corrente superficial método de ensaio é conhecido como ensaio
devido a presença de bandas secas, causando um de plano inclinado (SILVA,2014). A figura
aumento no campo elétrico local entre as bandas 4 ilustra esse método.
úmidas e iniciando as descargas superficiais; D)
Devido as descargas superficiais a superfície do Figura 4: Ensaio de Trilhamento Elétrico segundo a
isolante alcança elevadas temperaturas, causando a norma 10296.
formação de resíduos à base de carbono, levando o
material a uma gradual degradação; E) Propagação e
aumento do resíduo carbonáceo condutor; F) Ruptura
completa da superfície do material isolante, fazendo
que o material se comporte como um condutor de
eletricidade.

Fonte: Autora

O ensaio é realizado em um conjunto de


cinco amostras simultaneamente. Os corpos
de prova são montados com a superfície
Fonte: SILVA, 2014. tratada voltada para baixo e inclinada em 45º
em relação a horizontal.
O ensaio de trilhamento elétrico foi
realizado segundo a norma ABNT O ensaio foi realizado utilizando o
(ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE método 2 da norma, tensão de trilhamento
NORMA TÉCNICA) NBR 10296, esse em degraus, cada degrau com 250 V. A
método de ensaio tem como objetivo avaliar tensão de trilhamento em degraus é a tensão
mais elevada, suportada pelos 5 corpos de Figura 6: Bancada de Ensaio de Trilhamento
Elétrico.
provas, sem ocorrência de falhas durante
uma hora. O término do ensaio se dá quando
o valor da corrente no circuito através do
corpo de prova, excede 60 mA e persiste por
mais de 60 segundos. O material então é
classificado como Classe 2Ax onde x é a
tensão mais elevada, em kV, suportada pelo
material ensaiado, sem ocorrer a ruptura
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS,2014). A figura 5 Fonte: www.hvex.com.br

apresenta o diagrama experimental do ensaio


Os resultado obtidos pelo ensaio
de trilhamento.
foram tratados e analisado pelo matlab.
Figura 5: Diagrama experimental do ensaio de
Os testes foram divididos em duas
Trilhamento Elétrico
etapas, na primeira foram impressos dez
corpos de prova para o ensaio de trilhamento
elétrico, com 120 mm de altura por 50 mm
de largura por 5,5 mm de espessura, com
25% de preenchimento, 3 perímetros de
espessura das paredes e com 0,19 mm de
altura entre cada camada de impressão com
um total de 30 camadas. Sendo cinco peças
de PLA, figura 7, e cinco de ABS figura 8.

Figura 7: Corpos de prova de Trilhamento Elétrico


Fonte: Silva, 2014.
em PLA.

O ensaio de trilhamento elétrico foi


realizado nas dependências da empresa
HVEX (High Voltage Equipments) pelo
equipamento H002 Módulo de ensaio de
Trilhamento Elétrico, equipamento
desenvolvido pela mesma empresa. A figura
6 ilustra a bancada de ensaio.
Fonte: Autora

Figura 8: Corpo de prova de Trilhamento Elétrico


em ABS.
Fonte: Autora

O ensaio foi realizado segundo a


Fonte: Autora.
norma da ABNT NBR 10296, utilizando o
método 2, ensaio em degraus, iniciado com O ensaio foi realizado com uma
uma tensão de 1,5 kV. velocidade de 5kN até a ruptura. Os dados
foram fornecidos pelo software do
Na segunda etapa, foram
equipamento de tração Oswaldo Filizola.
impressos dez corpos de prova para o ensaio
de tração, com 165 mm de comprimento, 19 Resultados e Discussão
mm de largura e 5 mm de espessura, com
25% de preenchimento, 3 perímetros de No primeiro teste foi possível

espessura das paredes e com 0,19 mm de calcular o módulo de elasticidade (E), o

altura entre cada camada de impressão com valor da resistência à tração e o valor de

um total de 26 camadas. Os corpos de prova deformação. As cinco amostras começaram

foram produzidos de acordo com as com a tensão em 0 MPa e foram tensionados

dimensões da norma ASTM D 638 -10, até a ruptura, o valor da tensão no momento

utilizando o tipo I. Sendo cinco amostras de da quebradura de cada amostra (1 ao 5) foi

PLA, figura 9 e cinco amostras de ABS muito próximo, como pode ser observado na

figura 10. Tabela 1.

Figura 9: Corpo de prova de tração em PLA. Como o PLA é um polímero novo,


não foi encontrado na literatura outros
ensaios de tração a fins de comparação do
módulo de elasticidade. Com este ensaio, foi
possível observar que o PLA apresenta
deformações uniformes, como pode ser visto
na figura 11 e no gráfico do ensaio de tração
da figura 12.
Fonte: Autora

Figura 10: Corpo de prova de Tração em ABS.


Figura 11: Amostras de PLA após ensaio de tração Figura 14: Gráfico de Ensaio de Tração no ABS.

Fonte: Autora

Fonte: Autora Observa-se que módulo de


elasticidade calculado, deferência dos
Figura 12: Gráfico de Ensaio de Tração no PLA
corpos de prova elaborados por método de
fundição, sendo que para os corpos fundidos
a literatura reporta 2200 MPa
(CRAWFORD,1987). Fato que pode ser
explicado devido o processo de fabricação
dos corpos de prova, que foram obtidos a
partir da impressão sendo sua formação
camada por camada, onde essas camadas
Fonte: Autora podem ter afetado a estrutura do corpo de
prova.
O ABS para o ensaio de tração
apresentou características parecidas com o
PLA. A tabela 1 mostra os valores obtidos
nas amostras (6 a 10). Assim como o PLA, o
ABS também apresenta deformações
uniformes, representado na Figura 13 e no
gráfico de ensaio de tração na figura 14.

Figura 13: Amostras de ABS após ensaio de tração

Fonte: Autora
Tabela 1 – Resultado do Ensaio de Tração no PLA e no ABS

Amostras Força[N] Deformação ε[%] Tensão σ [MPa] Módulo de Elasticidade E [MPa]

1 1207,000 4,789 21,175 4,421

2 1211,800 5,270 21,260 4,034

3 1215,400 3,970 21,323 5,371

4 1213,800 4,112 21,295 5,178

5 1224,600 4,099 21,484 5,241

6 688,000 2,595 10,346 3,986

7 739,800 2,878 15,575 5,411

8 766,600 2,830 16,139 5,702

9 719,400 2,887 15,145 5,245

10 769,200 2,873 16,194 6,636

Fonte: Autora

Analisando o ensaio realizado no degraus, a cada uma hora de teste a tensão


segundo teste observa-se que o PLA obteve subia 0,25 kV.
maior resistência ao trilhamento elétrico do
Observa-se da tabela 2,que os cinco
que o ABS. A imagem 15 retrata o corpo de
corpos de prova suportaram bem a tensão de
prova após o ensaio.
2 kV três horas de ensaio sem sofrer nenhum
Figura 15: Amostra de PLA após o ensaio de dano, quando a tensão subiu para 2,25 kV
Trilhamento elétrico.
quase no final do ensaio o corpo de prova 4
entrou em combustão sendo desconectado
do circuito e os demais suportaram o ensaio
normalmente. Após mais duas horas de
ensaio com a tensão em 2,75 kV o corpo de
prova 3 também entrou em combustão quase
no final do ensaio e também foi desligado do
Fonte: Autora
circuito. Após 34 minutos com a tensão em
As cinco amostras começaram com 3,00 kV o corpo de prova 1 também entrou
uma tensão de 1,5 kV como o método em combustão. Os 5 minutos após a tensão
utilizado para realizar esse ensaio foi o subir para 3,25 kV a amostra 5 atingiu a
segundo método da norma, ensaio em tensão de 60 mA por mais de dois minutos
fazendo com que o sistema de proteção do amostras que entraram em combustão, 1,3 e
equipamento desligasse o ensaio. Depois de 4 apresentaram elevada variação de corrente,
feito as análises computacionais do ensaio na faixa de aproximadamente 20 mA a
foi observado que a amostra 2 não teve quase 30mA antes da queima. A amostra 5
nenhuma tensão aplicada durante todo o apresentou vários picos de corrente, mas
ensaio, sendo um erro do equipamento que excedeu o valor permitido pela norma com
não foi observado durante os testes. 425 minutos de ensaio, já a amostra 2 quase
não teve variação de corrente, pois não
A Figura 16 mostra às oito horas de
estava recebendo tensão.
ensaio sendo possível observar que as

Tabela 2 – Resultados do ensaio de Trilhamento elétrico do PLA

Corpos de Prova
Tensão
Resultados: Tempo 1 2 3 4 5
(kV)
(min)

1,5 60 S S S S S

LEGENDA: 1,75 60 S S S S S

S- Suportou 2,00 60 S S S S S

T-Trilhou 2,25 60 S S S C S

C- Combustão 2,50 60 S S S - S

P- Proteção 2,75 60 S S C - S

E- Erodiu 3,00 60 C S - - S

3,25 60 - S - - P

A amostra suportou a tensão de 3,00 kV conforme critérios da


norma ABNT NBR 10296.

Fonte: Autora
Figura 16: Gráfico do ensaio de Trilhamento elétrico no PLA

Fonte: Autora

Apesar das amostrar terem se amostra 3 erodiu sendo desconectada do


desgastado menos durante o ensaio, o ABS circuito.
não se mostrou muito resistente ao
A amostra 1 com 30 minutos de
trilhamento elétrico. A figura 17 mostra os
ensaio também excedeu a corrente de 60 mA
corpos de prova de ABS após o ensaio.
ativando o sistema de proteção e
Figura 17: Amostra de ABS após o ensaio interrompendo o ensaio. A amostra 4
de Trilhamento elétrico.
suportou mais 8 minutos de ensaio, antes de
exceder a corrente máxima permitida pela
norma.

Observa-se na figura 18 às três horas


de ensaio, sendo possível observar que todas
as amostras falharam com 2k V, sendo
Fonte: Autora
também possível observar os picos de
As amostras de ABS foram corrente nas amostras 1, 4 e 5. O corpo de
submetidas ao mesmo formato de ensaio, prova 3 erodiu após 2 horas e 22 minutos de
tensão iniciada em 1,5 kV, segundo método ensaio e amostra dois quase não teve
da norma, ensaio em degraus. variação de corrente.

Observa-se na Tabela 3, as cinco


amostras suportaram a tensão de 1,75 kV
sem sofrer nenhum dano, quando a tensão
subiu para 2,00 kV a amostra 5 excedeu a
corrente de 60mA após 18 minutos do ensaio
iniciado, fazendo com que o sistema de
proteção do equipamento desligasse o
ensaio. O corpo de prova 5 foi desconectado
do circuito e o ensaio foi retomado. Após
quatro minutos de o ensaio ser religado a
Tabela 3 – Resultados do ensaio de Trilhamento elétrico do ABS.

Corpos de Prova
Tensão
Resultados: Tempo 1 2 3 4 5
(kV)
(min)

LEGENDA:

S- Suportou 1,5 60 S S S S S

T-Trilhou 1,75 60 S S S S S

C- Combustão 2,00 60 P S E P P

P- Proteção

E- Erodiu

A amostra suportou a tensão de 1,75 kV conforme critérios da norma ABNT


NBR 10296.

Fonte: Autora

Figura 18: Gráfico do ensaio de Trilhamento elétrico no ABS.

Fonte: Autora
Conclusões Poliamida 4,6/ Poliamida 6.
Universidade Federal de Santa
A análise das propriedades mecânicas Catarina. Florianópolis, 2002.
dos polímeros, mais especificamente seu
BRITO G. F.;AGRAWAL P.;ARAÚJO
comportamento quando submetido a E. M.; MÉLO T. J. A Biopolímeros,
esforços de tração, mostraram que sua forma Polímeros Biodegradáveis e
Polímeros Verdes. Universidade
de obtenção influenciou em suas respostas a Federal de Campina Grande –
essas solicitações. Foi possível verificar que Campina Grande,2011.
o módulo de elasticidade do ABS difere do
CALLISTER, W. D; Materials
módulo de elasticidade fornecido na Science and Engineering An
literatura devido a sua obtenção. Para o PLA Introduction. – New York, NY, 1991.
o valor encontrado para o seu módulo de
DALCIN, G. B.; Ensaios dos
elasticidade foi satisfatório, porém não foi Materiais. – Universidade Regional
possível compará-lo com valores fornecidos Integrada do Alto Uruguai e das
Missões – Santo Angelo, 2007.
na literatura por se tratar de um polímero
novo. FALCONE D. M. B; AGNELLI J. A.
M- Panorama Setorial e
Para o ensaio de trilhamento o PLA foi Perspectivas na Área de
Polímeros Biodegradáveis. –
muito resistente, porém quando atingiu sua
Universidade Federal de São Carlos-
tensão máxima de resistência queimou em São Carlos, 2007.
um intervalo de tempo muito rápido.
FERNANDES, A. V. S.; MOTA F. A.
Tornando-se necessário então em utilizações O. Impressoras 3D: Uma
futura a adição a sua composição um aditivo compreensão da Evolução e
anti-chamas para retardar esse processo. O Utilização. Instituto Federal do Norte
de Minas Gerais – Januária, 2016.
ABS por sua vez, se mostrou pouco
resistente, pois com uma tensão baixa HAGE Jr, dr. E.. Aspectos
Históricos sobre o
conseguiu furar sua primeira camada,
Desenvolvimento da Ciencia e da
fazendo do material um condutor de Tecnologia de Polímeros.
corrente. Universidade Federal de São Carlos.
– São Carlos, 1998.
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