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Relatório aponta 60 mortes de crianças indígenas em Mato

Grosso
Mortes foram provocadas por problemas de saúde, diz Conselho Indigenista.
Índios da etnia Xavante foram as principais vítimas em 2010.

Cemitério onde foram enterradas algumas crianças


em Campinápolis (Foto: Reprodução/ TVCA)

Sessenta crianças morreram vítimas de desnutrição, doenças respiratórias e infecciosas em


2010 no estado de Mato Grosso, conforme aponta o Relatório de Violência Contra os Povos
Indígenas no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Conselho Indigenista Missionário
(Cimi). A publicação contém dados, análises e artigos sobre a situação violenta da qual os
povos indígenas são vítimas em todo o país.
Mato Grosso se destaca no relatório no item de mortes infantis, que também mostra que em
todo o Brasil foram registrados 92 mortes de crianças de até 5 anos por causas facilmente
tratáveis. Um aumento grande, comparado com 2009, quando foram registrados 15 casos, com
15 vítimas. Em 2008 morreram 37 crianças indígenas no país.
De acordo com o Conselho Indigenista, as mortes foram provocadas pelo descaso em que
vivem os indígenas do país, sendo as crianças as mais vulneráveis. No estado, segundo o
Cimi, a assistência médica é precária, faltam equipamentos, médicos, enfermeiros,
medicamentos e transporte para levar os doentes até unidades hospitalares na cidade.
Igreja Católica denuncia ‘abandono’ dos povos indígenas
no Brasil
Publicado em 29 de junho, 2011.

BRASÍLIA - O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo do Episcopado brasileiro,


denunciou nesta quarta-feira, 29, o “abandono”, a “crítica” situação sanitária e a “crescente
violência” contra os índios do país, problemas muitas vezes vinculados a conflitos pela terra.

No ano passado, 92 crianças indígenas morreram por falta de cuidados médicos ou por
problemas de saúde das mães na hora do parto, enquanto 60 índios adultos foram
assassinados e outros 152 estão sob ameaça de morte, afirma um relatório do Cimi relativo a
2010 e divulgado parcialmente nesta quarta-feira.

O relatório estabelece que os índices de mortalidade infantil em algumas tribos aumentaram


“513% em relação a 2009″ e cita a população xavante como a mais afetada, com “60 bebês
mortos para cada 100 nascidos vivos”.

Na maioria dos casos, o Cimi indica que as causas das mortes são a desnutrição, os
problemas respiratórios e diversos tipos de doenças infecciosas.

O relatório também cita, embora não precise onde ocorreram, 33 casos de “invasões” de terras
indígenas por parte de pessoas alheias a essas comunidades e dedicadas “à exploração ilegal
de recursos naturais”.

O comunicado do Cimi contém declarações da antropóloga Lúcia Helena Rangel,


coordenadora do relatório, que denuncia o “abandono” que os povos indígenas sofrem por
parte do Estado.

“Tudo continua igual. O cenário é o mesmo há anos e os fatores de violência se mantêm”,


declarou Lúcia.

Segundo o bispo Erwin Kräutler, presidente do Cimi, os índios brasileiros “continuam cravados
na cruz, são violentados e assassinados ou expulsos de suas terras ancestrais, reduzidos a
párias da sociedade e tratados como animais ou vagabundos”, “sem as mínimas condições de
sobrevivência física e muito menos cultural”. O Cimi afirmou que o estudo se apoia em
informações da Polícia Federal e do Ministério Público, embora tenha esclarecido que “não
estão contemplados todos os casos”, por isso que o conteúdo do relatório “indica apenas uma
tendência”. Fonte: O Estado de São Paulo Online

Governo quer fazer testes de HIV, hepatite


e sífilis em todos os índios do país

O governo lança neste mês um programa destinado a realizar testes rápidos de HIV, sífilis e
hepatites B e C em todas as aldeias indígenas do Brasil.

A ação pretende examinar, até o fim de 2012, todos os índios brasileiros com mais de dez anos
– idade média para o início da vida sexual no grupo – e encaminhar para o tratamento os que
obtiverem resultados positivos.

Segundo o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de


Souza, resultados de um projeto piloto do programa, aplicado em 46 mil indígenas do
Amazonas e de Roraima, indicaram níveis "preocupantes" de HIV e sífilis.

A prevalência de sífilis na população indígena avaliada foi de 1,43%, inferior à média do resto
do país (2,1%), ao passo que a de HIV foi de 0,1%, ante 0,6% da média nacional.

Para Souza, ainda que inferiores aos índices nacionais, ambos os dados exigem atenção por
demonstrar que há transmissão dos vírus mesmo em populações isoladas, o que indica que
seus integrantes mantêm contato com pessoas contagiadas fora das aldeias.

– Qualquer índio que obtenha resultado positivo numa aldeia é motivo de preocupação.

Em gestantes indígenas, a prevalência de sífilis foi de 1,03%, mais baixa que as taxas
encontradas em gestantes nos centros urbanos (1,6%). O índice de HIV em indígenas
gestantes foi de 0,08%.
Segundo o IBGE (Instituto de Geografia Estatística), há cerca de 650 mil indígenas em aldeias
no Brasil.

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