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PREFEITURA MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO

ESTADO DE SÃO PAULO

Concurso Público

022. Prova Objetiva

Professor de Educação Básica II – Ciências


(Cód. 025)

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Nome do candidato

RG Inscrição Prédio Sala Carteira

25.03.2018 | manhã
CONHECIMENTOS GERAIS 03. As aspas empregadas no primeiro parágrafo servem ao
propósito de

Língua Portuguesa (A) frisar a relação contraditória entre os termos.

(B) demarcar a citação da fala de um terceiro.


Leia o texto de Cesar Baima para responder às questões de
números 01 a 03. (C) destacar expressões com sentido figurado.

(D) explicitar o sentido cômico das palavras.


‘Pílula do exercício’ dá resistência e queima gordura
sem atividade física (E) ressaltar o caráter científico dos vocábulos.
Maratonistas, ciclistas e outros atletas de provas de
r­esistência frequentemente relatam a sensação de “bater na
parede”, atingindo um nível de exaustão no qual é impossível 04. Assinale a alternativa em cuja frase a concordância das
continuar a competir. O treinamento regular, no entanto, pode palavras está em conformidade com a norma-padrão da
afastar essa “parede” cada vez mais para “longe” ao promo- língua.
ver alterações na forma como o organismo consome energia,
como aumentar a queima de gordura. (A) Está entre os benefícios da prática de atividades físi-
E agora uma simples pílula promete fazer isso sem que cas regulares a redução da obesidade.
eles precisem dar um passo ou pedalada. Em testes anterio-
res com camundongos, o composto designado GW501516 (B) Para uma vida saudável, fazem-se necessários dedi-
(ou só GW) mostrou-se capaz de replicar alguns dos efeitos car tempo e esforço à prática de exercício físico.
na saúde da prática de exercícios regulares, como aumentar
o gasto de energia e reduzir a obesidade. (C) Mesmo as pessoas que praticam esporte apenas
Na opinião do cardiologista Claudio Gil Araújo, diretor de aos fins de semana podem ser beneficiados.
pesquisas da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex),
o estudo pode ser extremamente útil para se entenderem (D) Ainda falta estudos capazes de mensurar os efeitos
as decisões das células musculares do ponto de vista do que a pílula pode causar àqueles que as utilizar.
m­etabolismo, porém não se pode transferir para uma pílula
algo tão complexo como os benefícios dos exercícios para (E) Tanto os estudos laboratoriais quanto os clínicos
a saúd­e. p­oderá trazer luz sobre os efeitos decorrente do uso
da pílula.
(http://oglobo.globo.com. 02.06.2017. Adaptado)

Leia o poema de Cecília Meireles para responder às ques-


01. Ao expor a opinião do cardiologista Claudio Gil Araújo, o
tões de números 05 e 06.
autor sugere que

(A) os benefícios da pílula permanecerão restritos a Epigrama


c­amundongos de laboratório.
A serviço da Vida fui,
(B) a comercialização da pílula deixará a prática de exer- a serviço da Vida vim;
cícios físicos menos enfadonha.
só meu sofrimento me instrui,
(C) os estudos dos efeitos da pílula acarretam avanço quando me recordo de mim.
inexpressivo à ciência médica.
(Mas toda mágoa se dilui:
(D) a pílula não deve ser vista como um substituto das
permanece a Vida sem fim.)
atividades físicas.
(Cecília Meireles, Viagem: vaga música)
(E) os recursos gastos na pesquisa da pílula deveriam
ser destinados a outros projetos.
05. Os dois últimos versos chamam a atenção para a

02. O vocábulo replicar, em destaque no segundo pará- (A) imposição do sofrimento à Vida.
grafo, é empregado com sentido equivalente a
(B) diluição do sofrimento e da Vida.
(A) corroborar.
(C) permanência da mágoa e do sofrimento.
(B) retorquir.

(C) relatar. (D) efemeridade da Vida e da mágoa.

(D) refutar. (E) prevalência da Vida sobre a mágoa.

(E) reproduzir.

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06. As formas verbais fui, vim e recordo, aliadas aos prono- 08. Na apresentação das ideias no último parágrafo, o autor
mes meu, me e mim, compõem recorre

(A) um discurso com finalidade panfletária. (A) ao emprego do raciocínio comparativo.

(B) um texto com tonalidade intimista. (B) ao uso sistemático de perguntas retóricas.

(C) uma crítica com viés satírico. (C) a argumentos que se anulam mutuamente.

(D) uma poética de cunho laudatório. (D) à narração de fatos que se sucedem no tempo.

(E) uma reflexão de ordem impessoal. (E) à evocação de eventos de sua vida pessoal.

Leia o texto de Sêneca para responder às questões de 09. Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado
n­úmeros 07 a 09. e­xpressa uma hipótese/condição em ambos os trechos.

Não é curto o tempo que temos, mas dele muito perde- (A) A vida é suficientemente longa […] se a emprega-
mos. A vida é suficientemente longa e com generosidade nos mos bem.
foi dada, para a realização das maiores coisas, se a empre- … quando ela se esvai no luxo e na indiferença…
gamos bem.
Mas, quando ela se esvai no luxo e na indiferença, quan- (B) A vida é suficientemente longa […] se a emprega-
do não a empregamos em nada de bom, então, finalmente mos bem.
constrangidos pela fatalidade, sentimos que ela já passou por … se são confiados a um bom guarda, crescem pelo
nós sem que tivéssemos percebido. uso…
O fato é o seguinte: não recebemos uma vida breve, mas
a fazemos, nem somos dela carentes, mas esbanjadores. (C) … quando ela se esvai no luxo e na indiferença…
… se são confiados a um bom guarda, crescem pelo
Tal como abundantes e régios recursos, quando caem
uso…
nas mãos de um mau senhor, dissipam-se num momento,
enquanto que, por pequenos que sejam, se são confiados
(D) … se são confiados a um bom guarda, crescem pelo
a um bom guarda, crescem pelo uso, assim também nossa
uso…
vida se estende por muito tempo, para aquele que sabe dela
… assim também nossa vida se estende por muito
bem dispor.
tempo…
(Sêneca, Sobre a brevidade da vida. Trad. Adaptado)
(E) … quando ela se esvai no luxo e na indiferença…
… assim também nossa vida se estende por muito
tempo…
07. Uma frase que traduz a tese defendida no texto é:

(A) A vida é distribuída aos homens de maneira desigual


e injusta. 10. Assinale a alternativa que completa, correta e respecti-
vamente, a seguinte passagem do texto de Sêneca, de
(B) A vida deveria ser mais generosa com o sábio do que acordo com a norma-padrão.
com o tolo.
A maior parte dos mortais, Paulino, queixa-se da male­
(C) A vida só é curta para quem não aproveita bem o volência da Natureza, porque estamos destinados
tempo.     um momento da eternidade, e, segundo eles,
o espaço de tempo que      dado corre tão veloz
(D) A vida do homem injusto é tão necessária quanto a e r­ápido, de forma que, à exceção de muito poucos, a
do justo. vida abandonaria     todos em meio aos preparativos
mesmos para a vida.
(E) A vida dedicada à aquisição da sabedoria passa
mais depressa. (A) à … foi-nos … a

(B) a … foi-nos … à

(C) a … nos foi … à

(D) a … nos foi … a

(E) à … nos foi … a

3 PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã
Conhecimentos Pedagógicos e Legislação 12. Rossana Ramos (2016) escreve: “As pessoas com defi­
ciência não têm de pedir licença ou permissão para
sere­m incluídas. Têm apenas de ocupar seu lugar no uni-
Leia o texto que segue para responder às questões de verso humano de que fazem parte”. A esse respeito, no
n­úmeros 11 e 12. t­ocante à escola, pode-se constatar que a CF/88, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9.394/96,
A escola para pessoas comuns, que não são nobres e a­ssim como a Lei Orgânica do Município de Sertãozinho,
nem do clero, faz parte da modernidade, da sociedade de clas- d­eterminam que os portadores de necessidades espe-
ses, urbano-industrial e capitalista, que tem o conheciment­o ciais sejam atendidos preferencialmente na rede regular
científico embutido nas práticas produtivas. No Brasil, país de ensino. Porém, na perspectiva da inclusão, para aten-
com proporções continentais, com forte desigualdade social der esse preceito legal não basta matricular os estudantes
e s­equelas de quase quatro séculos de colonialismo e escra- com d­eficiência nas classes comuns do ensino regular.
vidão, esse processo de urbanização e industrialização teve De acordo com Mantoan (2015), esse atendimento r­equer
início no século XX e foi exigindo, progressivamente, a edu-
cação escolar pública, importante para a produção do tecido (A) recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo
social e para a humanização e inserção das pessoas, o que o ensino para todos, sem exclusões, sem exceções.
levou a Constituição Federal de 1988, arts. 205 a 208, decla-
rá-la como direito do cidadão e dever do Estado, da família e (B) treinar o profissional que trabalha com o deficiente na
da sociedade. classe comum para não deixá-lo atrapalhar os demais.

(C) conscientizar o professor de que ele deve promover


o desenvolvimento de seus alunos, priorizando os
portadores de deficiência.
11. Celina Arêas analisa que, em atendimento à CF/88, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e demais (D) flexibilizar a exigência de assiduidade do aluno com
legislações que regem o Sistema Educacional Brasileiro deficiência à escola, uma vez que sua própria família
preconizam a universalização do acesso e permanência pode não acreditar no seu progresso.
das crianças, jovens e adultos, em todas as etapas da
Educação Básica, como algo imprescindível para que a (E) difundir sentimento de misericórdia para com as pes-
escola, pública e gratuita, garanta sua função social, tra- soas com deficiências e suas famílias, de modo a
balhando para motivar os profissionais da escola a assumirem a
árdua tarefa.
(A) desenvolver, nos educandos, competências e habi-
lidades requeridas pelo competitivo mercado de tra-
balho no contexto econômico globalizado. 13. Flávia, aluna de Pedagogia, elaborou, para a disciplina
de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, um
(B) aliar o saber científico ao saber prévio dos alunos e r­esumo do texto de Onrubia (In: Coll,1999, cap. 5). Ao
aos valores patrióticos e desenvolvimentistas, ven- lê-lo, Flávia tomou conhecimento de que, para a con-
cendo o atraso do país. cepção construtivista de ensino, “ensinar é criar zonas
de desenvolvimento proximal e n­elas intervir”. Conforme
(C) formar o cidadão, com a construção de conhecimen- Onrubia, sem essa intervenção, poucos alunos poderiam
tos, de atitudes e valores que tornem o estudante aprender, da maneira mais significativa possível, os co-
solidário, crítico, ético e participativo. nhecimentos necessários ao seu desenvolvimento pes-
soal e à sua capacidade de compreensão da realidade
(D) contribuir na construção de um Brasil desenvolvido e de atuação nela. Em seu texto, Onrubia afirma, ainda,
que premia quem se esforça para progredir, e­stu­ que a condição básica para que a ajuda educacional
dando e trabalhando. seja eficaz e possa atuar como tal é que ela
(E) transmitir o saber sistematizado, fazendo com que (A) se ajuste à situação e às características que, a cada
ele substitua o saber trazido pelos alunos e oriundo momento, a atividade mental construtiva do aluno
de suas experiências. apresentar.

(B) possibilite ao aluno adquirir as condições apropria-


das ao estudo, tais como: saber planejar e conseguir
focar a atenção.

(C) ensine os alunos a usarem estratégias de aprendi­


zado, por exemplo: grifar palavras-chave, realizar
resumos e formular perguntas.

(D) se adapte às características da maioria dos estu-


dantes, ensinando-lhes técnicas de memorização do
c­onhecimento.

(E) organize um processo de integração entre os pais e


a escola; entre a instituição e os alunos, e entre os
estudantes e seus pais.

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14. Silvana concluiu o curso de Licenciatura e inscreveu-se 16. Angélica, coordenadora pedagógica de uma escola
para a seleção de professores II no município de Sertão- p­ública em um município paulista, propôs aos profes-
zinho. Preparando-se para a prova, estudou o texto de sores II da unidade a realização de estudos, no horário
Castro e Regattieri, (In: Castro; Regattieri, 2009), verifi- de trabalho coletivo, para aprofundar os conhecimentos
cando que essas autoras, ao tratar da interação escola- relativos ao projeto político-pedagógico. O grupo con-
-família, analisam os papéis que são desem­penhados cordou e iniciou com a análise do art. 43 da Resolução
e as responsabilidades específicas desses distintos CNE/CEB no 4/2010, que trata desse projeto. Compatí-
atores, os quais têm algum grau de reciprocidade e de vel com essa legislação, Marta, uma das professoras,
abertura para o diálogo. Referindo-se a um contexto no suge­riu o examinar o texto de Pimenta (1990). Angélica
qual os pais são pouco escolarizados, com jornadas de providenciou o material para todos lerem e, após discu-
trabalho e­xtensas e com pouco tempo para acompanhar tirem-no, concluíram que, conforme a autora, a constru-
a vida de seus filhos, e­ssas autoras afirmam que, em ção do projeto político-pedagógico é fruto de um fazer
relação aos alunos, cabe à escola procurar diagnosticar coletivo e que o ponto de partida para o projeto real é a
suas d­ificuldades pedagógicas para atendê-los de acor- explicitação de que se quer uma Escola Pública demo-
do com suas necessidades, enquanto, em relação aos crática e de qualidade, o que envolve a questão de uma
pais, a escola deve organização escolar que parta da realidad­e e­ncontrada
e a modifique, colocando a organização a­dministrativa
(A) analisar as famílias juntamente com o Conselho
T­utelar, de modo que este crie formas para assistir (A) no combate à indisciplina.
tais alunos, ensinando-os no lugar dos pais.
(B) nos moldes da autogestão.
(B) incentivá-los a obterem tempo para atender seus
filhos, diminuindo suas jornadas de trabalho; assim (C) a serviço da observância legal.
priorizarão o ensino de seus filhos.
(D) voltada à inovação tecnológica.
(C) explicar-lhes que ela não pode assumir o papel das
famílias e, desse modo, seus filhos poderão se tornar (E) a serviço do trabalho pedagógico.
menos preparados que os demais alunos.

(D) identificar as condições de cada família, para então


negociar de acordo com seus limites e possibilidades 17. Eduardo vai prestar o concurso para a seleção de pro-
a melhor forma de ação conjunta. fessores de Educação Básica (PEB) II, em Sertãozinho.
Buscando embasar-se, leu o artigo de Veiga (In: Veiga
(E) verificar se os pais conseguem pagar uma pessoa – org., 1996) e observou que a principal possibilidade de
para acompanhar seus filhos nos estudos, assim construção do projeto político-pedagógico passa pela re-
como custeiam o transporte escolar. lativa autonomia da escola, de sua capacidade de deline-
ar sua identidade. Assim, buscar uma nova organização
para a escola constitui uma ousadia para os educadores,
pais, alunos e funcionários. Para levá-la avante, torna-se
15. Leila, para o concurso de Professor II, de Sertãozinho, necessário um referencial que fundamente a construção
leu, na Resolução CNE/CEB 04/2010, que as dimensões do pro­jeto político-pedagógico. Nesse sentido, Eduardo
do “educar” e do “cuidar” são inseparáveis. Diante dessa concluiu que, de acordo com a autora, é preciso que nos
afirmação, ela se perguntou como conciliar tais dimen- alicercemos nos pressupostos de uma teoria pedagógica
sões quando, no dia a dia, surgirem comportamentos in-
desejados das crianças e, também, conflitos entre elas. (A) crítica, viável, que parta da prática social e compro-
Foi no texto de Vinha (1999) que Leila encontrou uma missada em solucionar os problemas da educação e
resposta que a satisfez: para que as crianças construam do ensino de nossa escola.
comportamentos sociais desejáveis e para que apren-
dam a resolver conflitos inerentes à vida social, a escola (B) moderna e rica, que acompanhe, subsidie e venha
precisa, em sua organização, ampliar os avanços mais atuais na Física, na Mate-
mática e nas Ciências da Computação.
(A) promover um ambiente autocrático.
(C) imune à fragmentação do currículo em disciplinas,
(B) promover um ambiente democrático. conforme tem ocorrido ao longo de toda a história da
educação escolar.
(C) elaborar um código disciplinar austero.
(D) coerente com o escolanovismo porque ele permitiu
(D) propor intervenções diretas do docente. um maior acesso à escola para a grande maioria dos
alunos das camadas populares.
(E) propor punição exemplar aos envolvidos.
(E) atual e de concepção libertária que está comprome-
tida em solucionar os problemas da educação neste
país, e intervém na prática social.

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18. Um grupo de professores II de uma escola pública mu- Leia o texto que segue para responder às questões de
nicipal, interessado em ampliar suas contribuições de n­úmeros 19 a 22.
participação na gestão democrática do ensino público,
de acordo o art. 14 e incisos da LDBEN, Lei no 9.394/96, Ensinar na escola, ser professor, é trabalhar com de-
decidiu estudar, no horário de trabalho coletivo de sua senvolvimento humano e com a construção do conhecimen-
unidade, o texto de Aguiar (2006) sobre o conselho es- to numa realidade multicultural. Esse trabalho corresponde
colar e a relação entre a escola e o desenvolvimento ao desenvolvimento do currí­culo na escola de Educação
com igualdade social. Desse modo, puderam compreen- Básica. Esta, conforme se afirma na Resolução CNE/CEB
der a importância da participação no conselho escolar e no 04/2010, “é o espaço em que se ressignifica e se recria a
na elaboração coletiva do PPP que, assim, se constitui cultura herdada, reconstruindo-se as identidades culturais,
como o norte orientador das práticas curriculares e peda- em que se aprende a valorizar as raízes próprias das dife-
gógicas da escola. Concluíram, conforme a autora, que rentes regiões do País” (art. 11).
o exercício da participação, o qual caracteriza a gestão
democrática, abre novas possibilidades de organização
p­edagógica que favorecem 19. Resende, em Veiga (1996), escreve que “a realidade de
um mundo multicultural é, hoje, uma das verdades mais
(A) de um lado, a instauração do respeito à individuali- latentes e uma questão que necessita ser capturada e
dade do aluno e ao seu percurso de aprendizagem administrada pelas relações sociais das mais diversas
e, de outro lado, contribuem para o crescimento pro- instituições, dentre elas as educacionais”. Para essa
fissional dos educadores que partilham do trabalho educadora e pesquisadora, a condição multicultural da
coletivo. realidade social traz ambiguidades que “atingem a alma
da escola e, mais especificamente, seu papel como ins-
(B) oportunidades para os docentes discutirem a progra- tituição que se pretende formadora, ‘oxigenada’ e apta
mação de seus cursos e, ao mesmo tempo, anali­ à análise e à crítica”. Nas reflexões que Resende apre-
sarem a importância da organização de classes senta, encontram-se argumentos em favor de que, no
homogêneas a partir dos terceiros anos do Ensino d­esenvolvimento de suas atividades curriculares – o qual
Fundamental. se dá no encontro entre culturas –, a escola analise as
diferenças como
(C) de um lado, a articulação do conselho escolar com
a comunidade e, de outro lado, permitem a aplica- (A) produtos dos processos vividos pelos alunos os
ção da avaliação classificatória extensiva a todos os quais devem ser tomados como “material” de entra­
anos do curso de Ensino Fundamental, exceto aos da, matéria-prima, para o trabalho educativo de
primeiros anos. h­omogeneização e elevação cultural dos alunos.

(D) a apresentação de situações compatíveis com a cons- (B) reveladoras do histórico de vida dos sujeitos e que
trução de uma escola comprometida com a formação permitem distinguir aqueles alunos com cultura mais
cidadã, a qual, ainda, deverá assegurar a profis­ elevada e que “vão sozinhos”, daqueles com pouca
sionalização de seu alunado, visando ao mundo do cultura e que pedem maior atenção docente.
trabalho.
(C) produtos da história (entendida como sequência de
(E) a participação dos escolares em projetos comunitá- rupturas e deslocamentos), da ideologia e das rela-
rios importantes e sempre coordenados pelas asso- ções de poder, buscando a articulação entre currí­
ciações de bairro, o que permitirá o desenvolvimento culo e experiências vivenciadas pelos alunos.
integral de alunos, no quinto e nono anos do Ensino
Fundamental. (D) resultantes da desigualdade econômica e social
e­ntre as famílias e suas comunidades de origem,
t­omando cuidado para agir com neutralidade e para
combater o “bullying” por preconceito de classe.

(E) revelações das experiências vivenciadas pelos alu-


nos, associadas a seus conhecimentos prévios, os
quais a escola deve diagnosticar, substituindo-os por
conteúdos conceituais da cultura acadêmica.

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20. A “Transversalidade e a Interdisciplinaridade” são duas 21. Henrique pensava que soubesse o que é currículo: “o rol
categorias importantes para um trabalho de desenvolvi- oficial de disciplinas com seus programas, ensinado nas
mento do currículo que tenha por objetivo formar sujeitos escolas”! Mas, surpreendeu-se enormemente, ao ler o
capazes de uma leitura de mundo crítica e propositiva. cap. III, da 4a parte do livro de Libâneo; Oliveira; Toschi
Isso porque a realidade que é, a um só tempo, una e múl- (2003). Ali, apercebeu-se da importância do trabalho edu-
tipla, exige, para uma aproximação com mais proprieda- cativo escolar e da participação de cada um, com seus
de dos fenômenos naturais e sociais, que se busquem os saberes e valores, para se garantir o conjunto, a forma-
possíveis pontos de convergência entre as várias áreas ção integral dos estudantes, sua identidade, sua cidada-
e a sua abordagem conjunta, propiciando uma relação nia, sob a “regência” da equipe de direção coordenação.
epistemológica entre as disciplinas, que corresponde à Com essa leitura, compreendeu que “o provimento de
interdisciplinaridade. A Resolução CNE/CEB 04/2010 cultura escolar aos alunos e a constituição de um espa-
aborda essas duas categorias e, em relação à transdisci- ço democrático na organização escolar devem incluir a
plinaridade, afirma que ela interculturalidade: o respeito e a valorização da diversi-
dade cultural e das diferentes origens sociais dos alunos,
(A) é um novo critério para introduzir, no currículo do o combate ao racismo e a outras formas de discrimina-
ensino fundamental brasileiro, novas disciplinas ção e preconceito”. Nessa perspectiva, Henrique pôde
chamadas “temas transversais”. interpretar corretamente a obra de Auad (2016), Educar
meninas e meninos: relações de gênero na escola, na
(B) se opõe à interdisciplinaridade, pois esta se coloca qual essa e­studiosa apresenta dados de suas pesquisas
como guardiã da verdade, e se apresenta como a analisando que a escola
única forma de buscá-la.
(A) já está fazendo o que lhe cabe, ao organizar clas-
(C) se refere à proposta de renovação didática, pela qual ses mistas desde a educação infantil, dando oportu-
os professores ministram disciplinas diversas das de nidade para meninas e meninos terem uma mesma
sua licenciatura. educação e poderem comprovar onde estão suas
diferenças, quem é melhor e, em quê.
(D) se refere à dimensão didático-pedagógica e, niss­o,
difere da interdisciplinaridade, sendo que, ambas, (B) ao implantar classes mistas revolucionou as rela-
com­plementam-se. ções entre meninas e meninos, reduzindo a “zona de
penumbra e mistério” que cada gênero oferece ao
(E) diz respeito a uma abordagem didática opcional, que entendimento do outro e favorecendo, mesmo fora
agrupa conteúdos das disciplinas obrigatórias do de seus muros, a democracia nessas relações.
currículo, por temas.
(C) pode ser o lugar onde se dá o discriminatório “apren-
dizado da separação” ou, em contrapartida, pode ser
uma importante instância de reflexão sobre o mascu-
lino e o feminino, fazendo com que as diferenças não
se confundam com desigualdades.

(D) nada pode fazer para diminuir a opressão do gêne­


ro masculino sobre o feminino, porque a cultu-
ra ocidental carrega um imaginário muito forte de
s­uperioridade masculina, o que acarreta um “patru-
lhamento” da escola, pelos pais, nessa área.

(E) está examinando a possibilidade de testar projetos


de unidades só femininas ou só masculinas, após
quase um século de classes mistas (coeducação),
pois há defensores de que a separação favorece a
concentração e o melhor aproveitamento.

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22. Os professores II, de diferentes disciplinas, que atuam 23. Queiroz e Moita, em Fundamentos Sócio-Filosóficos da
numa escola municipal do interior paulista, foram desafia- Educação (2007), explicitam que as tendências pedagó-
dos pela chegada de três novos alunos, irmãos entre si, gicas se originam “no seio dos movimentos sociais, em
imigrantes originários de outro país, de uma outra cul­tura, tempos e contextos históricos particulares” influenciando
falando e escrevendo idioma diferente do português. as práticas pedagógicas. Por exemplo, no Brasil, durante
A coordenação pedagógica dos professores foi funda­ muito tempo, as escolas seguiram a tendência tradicional
mental para que eles pudessem refletir sobre as situa- liberal que considerava como objetivo da escola preparar
ções de aprendizagem a serem oferecidas aos alunos, os alunos para assumir papéis na sociedade, e centrava
de modo que todos pudessem construir conhecimen- a proposta de educação no professor, como único deten-
tos a partir dos que já traziam, ressignificando-os. Com tor do saber que seria repassado aos alunos. A partir do
os estudos, compreenderam que os seres humanos início do século XX, outras tendências foram introduzidas
e­stabelecem relações com as realidades naturais e no Brasil, tais como a Liberal Renovada, a Liberal Tecni-
s­ociais e internalizam essas relações simbolicamente, cista, a Progressista Libertadora, a Progressista Libertá-
pela língua/linguagem e o pensamento, constituindo um ria e a Histórico-Crítica. Analisando-se essas tendências,
complexo texto i­nterdisciplinar, o qual eles vão recons- é correto afirmar que, como coloca Queiroz e Moita, na
truindo e ampliand­o e do qual fazem parte os conteúdos tendência Progressista Libertadora, a atividade escolar
de todas as áreas de conhecimento, sistematizado ou deveria
não, promovendo uma leitura de mundo. Entre os auto-
res consultados pelos professores para esses estudos, (A) assegurar, por meio do trabalho com conhecimentos
constou Teresa Mauri, em Coll (1999, c­ap. 4). Eles sen- sistematizados, a inserção, com qualidade, das clas-
tiram-se gratificados com a reconstrução de suas con- ses populares nas escolas, garantindo-lhes as condi-
cepções e práticas sobre o ensino, fator essencial no ções para uma efetiva participação no pro­cesso pro-
d­esenvolvimento do currículo escolar, tendo percebido dutivo e nas lutas sociais, em prol de transformações
que o trabalho didático-pedagógico dos professores das profundas.
diferentes disciplinas relaciona-se fortemente com a com-
petência leitora dos estudantes, pois, como afirma Mauri, (B) apoiar e estimular a participação da comunidade em
grupos e movimentos sociais (sindicatos, grupos de
(A) aprender algo equivale a elaborar uma representa- mães, associações de moradores, etc.), para além
ção pessoal do conteúdo objeto de aprendizagem, dos muros da escola e, ao mesmo tempo, trazer para
“enganchando-o” nos conhecimentos prévios, com a dentro dela a realidade pulsante da sociedade.
relevante participação dialogal do professor.
(C) preparar o aluno para assumir seu papel na socie-
(B) todos os conhecimentos a serem ensinados depen- dade, adaptando suas necessidades ao meio social,
dem do aluno conseguir ler e entender o que o pro- ou seja, a escola deveria imitar a vida, defendendo
fessor escreve na lousa ou fala e, ainda, os textos do a ideia “aprender fazendo”, centrando-se no aluno e
livro didático e apostilas para poder memorizá-los. valorizando a pesquisa, a descoberta.

(C) a leitura e a escrita da língua materna, alfabetização, (D) se centrar em discussões de temas sociais e políti-
é pré-requisito para aprender conteúdos específicos, cos e em ações concretas sobre a realidade social
tanto assim, que esse processo está colocado nas imediata e o professor deveria agir como um coor-
séries iniciais do ensino fundamental. denador de atividades, aquele que organiza e atua
conjuntamente com os alunos.
(D) o aluno do ensino fundamental II precisa saber ler e
escrever bem, com fluência, para registrar as exposi- (E) retirar o professor e os conteúdos disciplinares do
ções dos professores das diversas disciplinas, estu- centro do processo pedagógico e colocar, aí, o aluno
dar textos, responder questões por escrito. cuja curiosidade, criatividade, inventividade seriam
estimuladas pelo professor, como um facilitador do
(E) ela é o indicador mais seguro de que seu desenvolvi- ensino.
mento cognitivo é normal, podendo, assim, aprender
os conteúdos das disciplinas do fundamental II, em
classes comuns do ensino regular.

PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã 8
24. Regina, preparando-se para o concurso de Professor II, 26. Joana, preparando-se para o concurso de Professor II de
promovido pelo município de Sertãozinho, leu o cap. 2 do Sertãozinho, leu o artigo Pedagogia de Projetos: contri­
livro de Zabala (1998), no qual o autor afirma que os pro- buições para uma educação transformadora, (Moura,
fessores podem desenvolver a atividade profissional sem 2010), em relação à “importância do trabalho por projetos
se questionarem qual o sentido profundo das experiên- como um instrumento para uma construção significativa e
cias que proporcionam a seus alunos, deixando-se levar, compartilhada do conhecimento, contribuindo para uma
muitas vezes, pela inércia ou pela tradição. Afirma, ainda, educação transformadora, mostrando-se como um meio
que em outra perspectiva, podem tentar com­preender o c­apaz de devolver à escola seu papel de espaço educativo
que carregam as experiências que propiciam aos jovens e de transformação social”. Ao ler o referido texto, Joana
e, assim, intervir para que elas sejam benéficas, o mais compreendeu corretamente que, segundo Moura, traba-
possível, para o desenvolvimento e o amadurecimento lhar por meio de projetos é uma abordagem didática que
deles. Regina verificou corretamente que, para ser um
profissional competente, segundo Zabala, o professor (A) dá muita segurança aos alunos porque se pauta em
precisa estar cônscio de que ter um conhecimento rigo- um percurso fixo, ordenado, sempre previsível, eiva-
roso de sua tarefa implica saber identificar os fatores que do de certezas e livre de contradições.
incidem no crescimento dos alunos, aceitar (ou não) o
papel que ele pode ter nesse crescimento e avaliar se (B) auxilia na formação integral dos indivíduos, já que
sua intervenção cria diversas oportunidades de aprendizagem con-
ceitual, atitudinal, procedimental para eles.
(A) será ou não bem aceita pelos seus colegas e pela
coordenação da escola. (C) facilita bastante o trabalho didático-pedagógico do
professor e a aprendizagem dos alunos, porque apre-
(B) corresponde ao preconizado como inovação didática senta tanto objetivos quanto conteúdos prefixados.
na atual tendência pedagógica.
(D) possibilita diferentes tipos de aprendizagem, dentre
(C) corresponde àquilo que a comunidade escolar, os pais eles a de conhecimentos, saberes, atitudes e valores
e os alunos e­speram daquela escola em especial. tradicionais, que dão prestígio e mantêm o status quo.

(D) é fiel aos planejamentos de ensino e de aulas elabo- (E) possui uma série de fórmulas a serem aplicadas, o
rados para aquela turma em particular. que contribui com os participantes na concretização
de seus sonhos, de seus planos e objetivos de vida.
(E) é coerente com a ideia que tem da função da escola
e, portanto, de sua função social como educador.
27. Glória e Zélia concluíram a Licenciatura em Letras e
vão prestar concurso para a seleção de professor II em
Sertãozinho. Ao estudarem o cap. 6 da obra de Libâneo
25. Lenira, preparando-se para prestar o concurso de sele-
(1985), identificaram-se com os propósitos da Pedagogia
ção de professores II, no município de Sertãozinho, leu o
crítico-social dos conteúdos, pois verificaram que para
texto de Hoffmann, Revista Ideias no 22. Verificou que ele
essa tendência, a educação tem uma tarefa crítico-trans-
explica que a cada concepção de avaliação corresponde
formadora, e traz como consequência a valorização da
determinada concepção de aprendizagem, de interação
instrução e do ensino como instrumentos de humaniza-
professor-aluno, bem como de conhecimento. Dessa for-
ção. Assim, tal trabalho docente é um processo simultâ-
ma, ela compreendeu, de acordo com a autora, que, com
neo de transmissão/assimilação ativa, no qual o profes-
a avaliação mediadora, a aprendizagem
sor intervém trazendo um conhecimento sistematizado e
(A) ocorre como construção de conhecimento, pressu- o aluno
pondo a organização das experiências vividas pela
(A) consegue devolver integralmente ao professor o que
compreensão progressiva das noções.
lhe foi transmitido, mostrando-lhe os conhecimentos
(B) corresponde à modificação do comportamento, como repassados para fiel aplicação na prática social.
observou Watson e, portanto, todos podem aprender
(B) apropria-se dos conhecimentos, conforme seu dese-
no mesmo ritmo.
jo, sem se ocupar da prática social, pois o ponto de
(C) deve ser acelerada com o uso das tecnologias da partida só está nele próprio.
informação e da comunicação, pois os alunos terão
(C) é um futuro agente de articulação político-partidária
uma metodologia para os mais lentos.
em preparação na escola, mediante as interações
(D) depende do controle intensivo do professor sobre o estabelecidas com os conteúdos curriculares.
escolar, para que este possa demonstrar produção
(D) deve seguir os métodos do professor para que cada
na escola e na sociedade atual.
um seja disciplinado e lide com a prátic­a social glo-
(E) pode ser controlada com base em Skiner, uma vez bal, conforme as instruções docentes.
que, com ele, se aprende a estimular comportamen-
(E) é capaz de reelaborá-lo criticamente com os recur-
tos desejáveis e a reprimir os indesejáveis.
sos que traz para a situação de aprendizagem, ten-
do, como pontos de partida e de chegada, a prática
social.

9 PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã
28. Weisz (2000), cap. 8, propõe “que todos, professores 30. Moran (2004) coloca que a Internet e as modernas tec-
e equipe técnica, se tornem cada vez mais responsá- nologias estão acarretando novo­s desafios pedagógicos
veis, coletivamente, pelo resultado do trabalho de toda a para as escolas. Diz ele que, atual­mente, o professor
e­scola”. A autora enfatiza que as práticas pedagógicas, d­epara-se com quatro tipos de espaços de ensino-apren-
tanto na escola básica quanto nas ações de formação dizagem: uma nova sala de aula melhor equipada e
profissional, correspondem a concepções a respeito de com atividades diferentes; o laboratório, onde os alu-
como se dá o conhecimento. Assim, assumindo uma nos encontram condições para desenvolver atividades
con­cepção construtivista de aprendizagem, ela propõe, de pesquisa; os ambientes virtuais de aprendizagem
como eixo do trabalho de formação, a “tematização da c­onectados à Internet, permitindo que os alunos apren-
prática”, a qual consiste em dam a distância; os espaços da realidade “vivida”, como
os provenientes de inserção em ambientes profissionais.
(A) agrupar dúvidas e dificuldades por temas e organizar
seminários de estudo e debate de textos seleciona- Nesse contexto, Moran afirma que uma das tarefas mais
dos para saná-las. importantes das escolas e secretarias de educação hoje
é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o
(B) assistir, em equipe, vídeos gravados de suas aulas, tempo de presença física em sala de aula e o tempo de
levantando lacunas teóricas de formação, sanáveis aprendizagem virtual e como
com leituras.
(A) conseguir fundos para custear os investimentos
(C) estudar os temas mais relevantes dos conteúdos n­ecessários.
curriculares de cada série, para uma abordagem
consistente. (B) integrar de forma criativa e inovadora esses espaços
e tempos.
(D) olhar para a prática de sala de aula como algo sobr­e
o que se pode pensar, documentando-a e anali­ (C) escolher os conteúdos que serão trabalhados em
sando-a. cada espaço.

(E) aplicar princípios da teoria construtivista da apren- (D) treinar os professores para trabalharem nesse novo
dizagem em projetos didáticos compartilhados por paradigma.
série.
(E) vencer a resistência dos docentes quanto às novas
metodologias.
29. Contreras (2002, cap. 7) aprofunda a análise do conceit­o
da autonomia de professores, percorrendo sua vincu-
lação com três diferentes modelos de professores: o
e­specialista técnico, o profissional reflexivo e o intelectual
crítico, e, “cruzando” cada um deles com as dimensões
da profissionalidade do professor: obrigação moral, com-
promisso com a comunidade e competência profissional.
Rios (2001, cap. 3) desenvolve uma reflexão em relação à
competência do professor, sobre o que seria uma docên-
cia da melhor qualidade, explicitando dimensões dessa
competência: a técnica, a estética, a política e a ética.
Nessas duas preciosas contribuições, encontra-se a
v­alorização

(A) do aprimoramento técnico da ação docente, graças


ao qual os professores lograrão prestígio profissional
e autonomia.

(B) do compromisso de qualificar a prática educativa


mediante crítica consciente e compartilhada, com
vistas ao bem comum.

(C) da reflexão individual sobre a própria prática peda-


gógica, indispensável para conquistar a autonomia
profissional.

(D) da delimitação administrativa das funções docentes


e da vigilância democrática de seu cumprimento por
parte da sociedade.

(E) da participação política dos professores, reunidos


em corporações, as quais buscam benefícios, mas
também fazem formação.

PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã 10
Conhecimentos Específicos 33. Leia o texto a seguir para responder à questão.

Na China, 60% das pessoas dizem possuir mais roupas do


que precisam, o mesmo índice da Alemanha. No mundo
31. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), todo, mais da metade da moda rápida produzida é descar-
um dos objetivos de Ciências Naturais para o tada em menos de um ano. A combinação entre excesso
de consumo e descarte veloz é um dos mais graves pro-
(A) primeiro ciclo é identificar e compreender as rela- blemas da moda, mas há muitos outros. O mais conhecido
ções entre solo, água e seres vivos nos fenômenos é o alto consumo de água. São 93 bilhões de metros cúbi-
de escoamento da água, erosão e fertilidade dos cos de água anualmente na produção de têxteis.
solos, nos ambientes urbano e rural. A indústria e os negócios da moda geram emissões de
(B) primeiro ciclo é caracterizar o aparelho reprodutor gases do efeito estufa de 1,2 bilhão de toneladas ao ano,
masculino e feminino, e as mudanças no corpo du- mais que a poluição atribuída aos aviões. Meio milhão de
rante a puberdade, respeitando as diferenças indivi- toneladas de microfibras de plástico é expelido por ano
duais do corpo e do comportamento nas várias fases a partir de roupas lavadas. No final das contas, essas
da vida. microfibras vão poluir os mares.
Para piorar o quadro, menos de 1% do material utilizado
(C) segundo ciclo é estabelecer relações entre caracte- é reciclado para novas roupas. Todo esse volume de ma-
rísticas e comportamentos dos seres vivos e condi- terial não reciclado contribui para o aumento da poluição.
ções do ambiente em que vivem, valorizando a diver-
sidade da vida. Um professor de Ciências poderia utilizar esse texto para
possibilitar o desenvolvimento de atitudes ambientalmente
(D) segundo ciclo é realizar experimentos simples sobre responsáveis em seus alunos, como
os materiais e objetos do ambiente para investigar
características e propriedades dos materiais e de (A) dar preferência a roupas feitas com poliéster, produ-
algumas formas de energia. zido a partir do petróleo.

(E) segundo ciclo é identificar os processos de capta- (B) aumentar o tempo de utilização das roupas e aderir
ção, distribuição e armazenamento de água e os mo- às trocas.
dos domésticos de tratamento da água – fervura e (C) evitar o aluguel de roupas e tecidos feitos com mate-
adição de cloro –, relacionando-os com as condições rial reciclado.
necessárias à preservação da saúde.
(D) comprar roupas de qualidade inferior e feitas com
tecido sintético.

(E) eliminar o uso de roupas com fibras naturais e a lava-


32. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), gem com detergentes biodegradáveis.
“coerentemente à concepção de conteúdos e aos objeti-
vos propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvi-
mento das capacidades dos alunos com relação à apren-
dizagem de conceitos, de procedimentos e de atitudes”. 34. Carvalho e Gil-Pérez (1995), na obra Formação de Pro-
fessores de Ciências: tendências e inovações, discutem
Assim, no ensino de Ciências, uma avaliação que reflita
estratégias de ensino para uma aprendizagem como
essa recomendação deve solicitar
pesquisa, recomendando que o professor proponha aos
(A) definições de significados, levando-se em conta que alunos
o aluno pode responder utilizando exemplos. (A) a análise dos resultados, comparando-os com os ob-
(B) respostas extraídas diretamente do livro-texto, como tidos por outros grupos de alunos e possibilitando a
forma de verificar a aprendizagem desses conteúdos. concepção de novas hipóteses.

(B) a elaboração de formas diferentes de resolução de


(C) a interpretação de situações específicas, cujo entendi-
um problema, eliminando a concepção de novas hi-
mento requerem os conceitos que estão sendo apren-
póteses.
didos.
(C) situações do cotidiano em que devem utilizar o senso
(D) a interpretação e o registro de um experimento idên-
comum e evitar o conhecimento prévio.
tico ao realizado no laboratório.
(D) a manipulação dos novos conhecimentos, utilizando
(E) o registro de situações apresentadas nas lições dita- uma mesma situação já discutida em aula.
das pelo professor, sobre os conteúdos trabalhados.
(E) situações problemáticas que independam de estudo
qualitativo e de ideias prévias dos alunos para a sua
resolução.

11 PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã
Utilize o texto a seguir para responder às questões de números 37. A situação descrita no texto, que se torna mais visível
35 e 36. com a chegada do verão, é resultante de vários fatores
que agravam as condições ambientais, como
O chamado “teste do pezinho” faz parte do Programa de
(A) o aumento da utilização de combustíveis fósseis nas
Triagem Neonatal do Ministério da Saúde. O teste detecta
grandes cidades.
várias doenças no recém-nascido, como a fenilcetonúria
(PKU), erro inato do metabolismo, com padrão de herança (B) a destruição de manguezais para a implantação de
autossômico recessivo e determinado por um par de genes. condomínios.
O defeito metabólico leva ao acúmulo do aminoácido Fenila- (C) o aumento da temperatura média durante o verão.
lanina (FAL) no sangue, o que resulta em atrasos no cresci-
mento e retardo mental. Foi a primeira doença genética a ter (D) a falta de sistemas de coleta e tratamento de esgotos
tratamento estabelecido com terapêutica dietética específica. domésticos.
Na dieta para pessoas com fenilcetonúria, é importante con- (E) a falta de chuva e a diminuição da reserva hídrica
trolar a ingestão de fenilalanina, presente, principalmente, em dos mananciais.
alimentos ricos em proteína.

38. O banho de mar em praias impróprias, devido à ingestão


35. Uma dieta indicada a fenilcetonúricos inclui, em suas acidental de água, pode provocar doenças causadas por
refeições, (A) vírus, como a hepatite A.
(A) maçã, alface, brócolis, cenoura e tapioca. (B) bactérias, como a hepatite C.
(B) morango, peixe, feijão e ervilha. (C) bactérias, como a poliomielite.
(C) laranja, tomate, iogurte e grão de bico. (D) protozoários, como a leptospirose.
(D) queijo fresco, soja, batata doce e amendoim. (E) fungos, como a gastroenterite.
(E) ovos, doce de leite, abóbora e batata.
39. Vários estados brasileiros já adotam a ILPF (Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta), sistema de cultivo que per-
36. Um casal, sendo ambos normais, teve uma menina com mite diferentes tipos de produção em uma mesma área.
a doença. A chance de esse casal ter um menino com O esquema a seguir apresenta a ILPF.
essa doença é
(A) 1/16.
(B) 1/8.
(C) 1/4.
(D) 1/2.
(E) 2/3.

Leia o texto a seguir para responder às questões de números


37 e 38.

País tem 70% das praias impróprias para banho


em áreas urbanas
Levantamento sobre a situação das praias brasileiras
mostrou que das 1 217 praias pesquisadas, em 13 estados do
litoral, de janeiro a outubro deste ano, 335 praias foram consi-
deradas ruins ou péssimas, sendo 234 delas (cerca de 70%)
em cidades grandes ou médias. A classificação anual das
praias, baseada nos níveis semanais ou mensais de colifor-
mes, reflete uma média. São consideradas péssimas aquelas
que estiveram impróprias em mais de 50% das medições do (Folha de S. Paulo, 21.12.2018. Adaptado)
período. São ruins as que estiveram impróprias entre 25% e
50% das vezes, e regulares, as impróprias em até 25% das A implantação do sistema ILPF em regiões de lavoura e
coletas. As boas são aquelas que não estiveram impróprias criação de gado
em nenhuma das medições.
(A) favorece a propagação de doenças vegetais.
O banho em locais que não têm condições adequadas
aumenta a chance de contaminação por vírus e bactérias. (B) reduz a microbiota do solo e a presença de minhocas.
Crianças e idosos são mais suscetíveis. (C) reduz a necessidade de uso de agrotóxicos.
(Folha de São Paulo, 21.12.2017. Adaptado)
(D) diminui a produtividade de carne e de leite.
(E) aumenta a necessidade de irrigação.

PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã 12
40. Em agosto de 2017, foi confirmada a suspeita de que o 41. Segundo pesquisa publicada na revista Nature
botulismo provocou a morte de 1,1 mil cabeças de gado Communications, a primeira flor a aparecer ao longo
em fazenda no município de Ribas do Rio Pardo, a cerca do caminho da evolução vegetal, durante a época dos
de 45 quilômetros de Campo Grande. dinossauros, era uma hermafrodita com órgãos dispostos
em círculos concêntricos. Segundo os pesquisadores,
Exames das amostras da silagem de milho fornecida aos “esta é a primeira vez que temos uma visão clara para a
animais demonstraram a presença da toxina botulínica. evolução precoce das flores em todas as angiospermas”.
Os órgãos ressaltam que o botulismo não é uma doença Os pesquisadores ainda não sabem a cor da flor, o seu
infectocontagiosa, mas sim uma intoxicação alimentar. cheiro, ou seu tamanho – que provavelmente era menor
O Clostridium botulinum está normalmente presente no que um centímetro de diâmetro.
ambiente. A contaminação deve ter ocorrido com a inges- (Folha de S. Paulo, 01.08.2017. Adaptado)
tão de silagem úmida de milho, que estava embolorada, o
que oferecia as condições propícias à produção da toxina
pelo patógeno, como matéria orgânica, alta umidade e O esquema a seguir apresenta as estruturas de uma flor
teor reduzido de O2. atual.
(<https://g1.globo.com. Adaptado)

O patógeno descrito no texto pertence ao mesmo gênero


do Clostridium tetani, responsável pelo tétano. Ambos são

(A) fungos aeróbios.

(B) bactérias anaeróbias.

(C) protozoários aeróbios.

(D) vírus anaeróbios.

(E) cianobactérias aeróbias.


(http://www.supercoloring.com/coloring-pages/flower-diagram-worksheet)

A flor descrita pelos cientistas apresentaria estruturas


correspondentes ao termo destacado no texto, às indica-
das no esquema pelos números

(A) 1 e 8.

(B) 2 e 3.

(C) 4 e 5.

(D) 6 e 7.

(E) 1 e 2.

13 PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã
42. O número de adultos com diabetes quadruplicou em todo 44. O desenho a seguir representa o coração humano, órgão
o mundo em menos de quatro décadas, chegando a 422 muscular, composto de quatro cavidades: dois átrios e
milhões de casos. Um estudo da Organização Mundial de dois ventrículos, que se comunicam por meio de valvas.
Saúde mostra que a situação está ficando especialmente
grave nos países mais pobres. Margaret Chan, diretora-
-geral da OMS, disse que os resultados mostraram a ne-
cessidade de combater urgentemente dietas e hábitos
de vida pouco saudáveis. “Se quisermos fazer qualquer
progresso para deter o aumento da diabetes, precisamos
repensar nossa vida diária: comer de forma saudável, ser
fisicamente ativo e evitar o ganho excessivo de peso”,
disse em entrevista feita na sede da OMS, em Genebra.
(Folha de S. Paulo, 07.04.2016. Adaptado)

O indivíduo acometido pela doença, citada no texto, apre-


senta as seguintes características:

(A) baixa produção de insulina pelo pâncreas, baixo nível


de glicose no sangue, grande produção de glicogênio
(Pinterest. File: Sistema circulatório humano. Adaptado)
pelo fígado.

(B) baixa produção de insulina pelo pâncreas, alto nível Devido à sua capacidade de contração, o coração é
de glicose no sangue, baixo nível de glicose na urina. capaz de impulsionar o sangue para todo o corpo. Assim,
de acordo com o desenho, o sangue
(C) baixa produção de insulina pelo pâncreas, alto nível
de glicose no sangue, alto nível de glicose na urina. (A) pobre em O2 chega ao coração pelas veias cavas 1
e 5 e é enviado aos pulmões pelas artérias pulmo-
(D) alta produção de insulina pelo pâncreas, baixo nível nares 2 e 7.
de glicose no sangue, alta liberação de glucagon.
(B) pobre em O2 chega ao coração pela aorta 6 e é en-
(E) alta produção de insulina pelo pâncreas, alto nível viado aos pulmões pelas artérias pulmonares 3 e 8.
de glicose no sangue, baixa liberação de glucagon.
(C) rico em O2 chega ao coração pela veia cava 6 e é
enviado ao restante do corpo pelas artérias pulmo-
nares 4 e 9.
43. Segundo Mário Scheffer, professor do Departament­ o (D) rico em O2 chega ao coração pelas artérias pulmo-
de Medicina Preventiva da USP e Caio Rosenthal,  nares 3, 4, 8 e 9 e é enviado ao pulmão pelas veias
m­édico infectologista, a cada 15 minutos, um novo caso pulmonares 2 e 7.
de AIDS é registrado no Brasil. Diariamente, pelo menos
34 pessoas morrem por causa da doença. Negligencia- (E) rico em O2 chega ao coração pelas veias pulmonares
dos, adolescentes e jovens brasileiros nunca estiveram 2 e 7 e é enviado ao restante do corpo pelas artérias
tão vulneráveis. Em dez anos, os casos de AIDS mais cavas 1 e 5.
que dobraram na faixa etária de 15 a 24 anos. Se com-
parada à população geral, a frequência da infecção pelo
vírus da AIDS é de 15 vezes mais elevada entre usuá- 45. O astronauta Scott Kelly é o americano que passou
rios de drogas. mais tempo no espaço, 340 dias na estação orbital. Em
(Folha de S Paulo, 01.12.2017. Adaptado) entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em 29.12.2017,
ele discorreu sobre os efeitos que esse período no
Os usuários de drogas mais susceptíveis à infecção des- e­spaço pode trazer para uma pessoa em órbita, como
crita no texto são aqueles que fazem uso alterações no globo ocular, nos fluídos corporais, nos
músculos e no DNA. O interessante é que ele possui
(A) da maconha. um irmão gêmeo, cuja comparação pode ser feita para
poder confirmar os efeitos. Um dos alvos da pesquisa
(B) do álcool. dos cientistas da NASA está relacionado com possíveis
alterações nos telômeros, estruturas que formam as
(C) das anfetaminas.
extremidades dos cromossomos. Analisando-se essas
(D) do crack. estruturas, verifica-se a presença de

(E) da cocaína. (A) histonas e ATP.

(B) nucleotídeos e aminoácidos.

(C) uracila e desoxirribose.

(D) bases púricas e frutose.

(E) nucleosídeos e ribose.

PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã 14
46. O gráfico a seguir representa o potencial osmótico da 47. O estudo dos fósseis permitiu aos cientistas descobrir os
água do mar e o do sangue de um animal marinho. seres vivos que viveram no passado e por meio desse es-
tudo estabelecer uma relação de origem de cada grupo.
Os cientistas consideram fósseis qualquer resto ou vestí-
gio de seres vivos encontrados em rochas. O processo de
formação dos fósseis – a fossilização – depende de vários
fatores e, via de regra, na maior parte dos fósseis, são
encontradas as partes duras do ser vivo. São exemplos
de animais cujas partes duras podem ser observadas em
achados fósseis:

(A) esponja, caramujo, caranguejo.

(B) peixe, anelídeo, água-viva.

(C) nematoide, inseto, lampreia.


O animal em questão e seu comportamento para manter
o equilíbrio osmótico são corretamente descritos como (D) polvo, sanguessuga, aranha.
sendo
(E) poliqueto, minhoca, lesma.
(A) o atum, pois bebe água do mar e elimina por osmose
o excesso de sal, por meio da ação de células espe-
ciais nas brânquias.

(B) o tubarão, pois mantém uma concentração elevada de 48. Os animais apresentam estruturas especializadas para a
ureia no sangue, fazendo com que seu meio interno realização da respiração. De uma forma geral, a estrutura
seja isotônico em relação à água do mar. respiratória está associada a um sistema de transporte do
oxigênio para as células, feito por um sistema circulatório,
(C) a sardinha, cujas brânquias são totalmente permeá- que contém sangue e pigmento respiratório. No entanto,
veis, permitindo a entrada de íons e água, assim como existem animais em que o oxigênio que chega até a célula
a passagem de gases, o que garante trocas gasosas. não utiliza desse tipo de transporte, como é o caso da

(D) a raia, que elimina o excesso de água absorvido por (A) minhoca e do escorpião.
difusão por meio de uma urina extremamente diluída e
abundante, formada em rins eficientes. (B) aranha e da lesma.

(E) a baleia, animal que, como todos os mamíferos, utiliza (C) água-viva e do gafanhoto.
a ureia como principal produto de excreção e que é
totalmente eliminada pela urina por ação dos rins. (D) anêmona-do-mar e do camarão.

(E) lagosta e do ouriço-do-mar.

15 PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã
49. A ilustração a seguir apresenta parte de um cartaz divul- 50. Leia o texto a seguir.
gado pelo governo do Estado de São Paulo.
A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda,
febril, não contagiosa, de curta duração (no máximo
de 12 dias) e de gravidade variável. É produzida por
um arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.
A doença mantém-se endêmica e enzoótica em di-
versas regiões tropicais das Américas e da África.
A vacinação é a medida mais importante para preve-
nir a doença. Do ponto de vista exclusivamente epi-
demiológico, podem ser diferenciados dois ciclos de
transmissão: urbano e silvestre. Em ambos os ciclos,
a doença é a mesma sob os aspectos etiológico, clí-
nico, imunológico e fisiopatológico. No ciclo urbano,
a doença é uma antroponose, não se reconhecendo
reservatórios animais de importância epidemiológica,
sendo o Aedes aegypti seu principal vetor. No ciclo sil-
vestre, a FA é uma zoonose transmitida por mosquitos
de dois gêneros, Haemagogus e Sabethes, tendo, como
principal fonte de infecção, primatas não humanos, par-
ticularmente macacos.
(Epidemiol.Serv. Saude, Brasília, 26(3):617-620, jul-set 2017. Adaptado)
(http://www.io.usp.br. Adaptado)

O alerta descrito no cartaz protege a pesca da sardinha Neste ano, têm ocorrido, em algumas cidades do Estado
no Estado de São Paulo durante determinados períodos de São Paulo, casos de febre amarela silvestre, inicial-
do ano. Essa medida, que atinge outros animais também, mente detectada em macacos e, posteriormente, tam-
está relacionada com o ciclo de vida dos animais mari- bém em humanos, inclusive com óbitos. Há, por esse
nhos, e visa motivo, uma preocupação dos órgãos de saúde pública
em vacinar as pessoas dessas regiões, não somente
(A) à proibição de toda atividade pesqueira marinha du- para protegê-las, mas, também, para evitar a ocorrência
rante um determinado período quando o estoque da febre amarela urbana, pois
pesqueiro não atinge o preço adequado para comer-
cialização. (A) se uma pessoa adquire a febre amarela, ela pode
transmitir diretamente para outra pessoa.
(B) à defesa do estoque pesqueiro que é encontrado
em abundância, proibindo a pesca em períodos de (B) o mosquito que transmite a febre amarela silvestre
existência de grandes estoques para seu correto es- também vive no ambiente urbano.
coamento.
(C) outros tipos de vírus da febre amarela podem come-
(C) à defesa do pescado para evitar impacto na econo- çar a circular no ambiente urbano.
mia e consiste no aumento do preço para compensar
a falta do produto no mercado. (D) ao picar pessoas com febre amarela, o Aedes
aegypti pode espalhar esse vírus no ambiente urbano.
(D) ao estímulo da prática da pesca de forma ininterrupta
para recuperação dos estoques pesqueiros e incenti- (E) o mosquito da dengue pode picar os macacos doen-
vo ao consumo consciente. tes e iniciar outro ciclo silvestre.

(E) à proteção dos organismos aquáticos durante as


fases mais críticas de seus ciclos de vida, como a
época de sua reprodução ou ainda de seu maior
crescimento.

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51. No Brasil, a braquiária (gênero Brachiaria), gramínea de 52. A região do Acre possui uma série histórica de casos de
origem africana, é utilizada em pastagens e atua como uma doença transmitida por um vetor. O risco de contrair
invasora, ocupando vários biomas (como os cerrados). essa doença, causada por um esporozoário, é medido
Substâncias liberadas no solo pela braquiária impe­dem pelo Índice Parasitário Anual (IPA), que em Cruzeiro do
a germinação de sementes de espécies nativas, como Sul, em 2006, chegou a 591,6/1 000 habitantes, caracte-
o capim-pojuca (Paspalumatratum)(1). Bovinos alimen- rizando essa área como hiperendêmica. A alta incidência
tam-se das folhas da braquiária, que, no estômago dos da doença nesse município está relacionada com a proxi-
animais, sofrem a ação de microrganismos (protozoá- midade das comunidades à floresta, chegada de pessoas
rios, principalmente) que digerem a celulose. Parte do infectadas, oriundas de outros municípios e dificuldades
produto da digestão é assimilada pelos microrganismos operacionais do sistema de vigilância local. Além disso,
e parte é disponibilizada para o animal (2). Carrapa- no ano de 2005, foram escavados tanques de piscicultura
tos instalam-se na superfície do corpo dos bovinos e pelo Governo do Estado do Acre. A implementação dos
sugam-lhe o sangue (3). Garças-boiadeiras (Bubulcus tanques não seguiu os devidos planejamentos ecológi-
ibis) alimentam-se desses ácaros (4), que retiram da cos e o projeto foi abandonado.
pele dos bovinos.
A situação descrita é um exemplo de uma atuação huma-
(<https://planetabiologia.com/relacoes-ecologicas-entre-os-seres-vivos/>.
Adaptado) na que favorece a proliferação da doença referida no texto,
que, no caso descrito, é a

As associações ecológicas contidas no texto, represen- (A) ancilostomose, devido ao fato de os tanques servi-
tadas pelos números 1, 2, 3 e 4, são, respectivamente, rem de ambiente propício para a Biomphalaria sp,
hospedeiro intermediário do parasita.
(A) parasitismo, inquilinismo, comensalismo, protocoo-
peração. (B) chikungunya, pois os tanques abandonados servem
de abrigo para o Aedes aegypti, que transmite o pro-
(B) competição, simbiose, predação, parasitismo.
tozoário por meio de sua picada.
(C) amensalismo, mutualismo, parasitismo e predação.
(C) doença de Chagas, cujo vetor, o barbeiro, encontra
ambiente propício para o seu desenvolvimento nos
(D) comensalismo, simbiose, competição e parasitismo.
tanques abandonados.
(E) herbovirismo, predação, parasitismo e comensalismo.
(D) malária, transmitida pelo mosquito Anopheles sp,
que encontra, nos tanques abandonados, criadouros
ideais para sua proliferação.

(E) amebíase, devido ao fato de a água dos tanques fi-


car contaminada pelos cistos do parasita, cansando
graves infecções.

17 PMST1703/022-PEB-II-Ciências-Manhã
53. Os depósitos sedimentares armazenam, além do mate- 55. O processo de datação radioativa para determinação da
rial decomposto de rochas, restos de seres vivos, os fós- idade de fósseis e de materiais terrestres é feito por meio
seis, que indicam aos cientistas as condições existentes da detecção da presença de elementos químicos radioati-
no passado. De acordo com a deposição das camadas, vos, baseado no conceito de meia-vida desses compostos.
é possível, aos paleontólogos, estabelecer uma sequên- O equipamento utilizado detecta mínimas porcentagens de
cia cronológica dos acontecimentos passados, pois, se elemento radioativo em uma amostra.
não sofrer perturbação, uma sequência indica que as Considerando a curva de decaimento desses compostos,
camadas mais profundas são as mais antigas, enquanto é possível determinar a idade, conforme representada no
as mais superficiais são as mais recentes. A ilustração a gráfico a seguir.
seguir representa o perfil de uma rocha sedimentar hipo-
tética representando os períodos geológicos.

(http://quimicasemsegredos.com//wp-content/uploads/2015/07/radio7.jpg.
Adaptado)

Considerando que o produto final da decomposição do


Urânio-238 é o Chumbo-206, se em uma amostra foi en-
Com base nesses estudos de deposição das camadas, contrada uma quantidade de Chumbo-206 igual a 12,5%
os paleontólogos podem afirmar que o homem e os di- do total da quantidade de Urânio-238, a idade do material
nossauros podem ser encontrados, respectivamente, nos analisado, em bilhões de anos, é de, aproximadamente,
estratos
(A) 1,2.
(A) 1 e 2.
(B) 3,0.
(B) 1 e 3.
(C) 4,5.
(C) 1 e 5.
(D) 9,0.
(D) 2 e 4.
(E) 13,5.
(E) 2 e 5.

54. Fenômenos de transformação, tanto físicos como quími- 56. A geração de energia elétrica está relacionada aos pro-
cos, ocorrem no ambiente, em processos industriais ou cessos de transformação de energia. Os vários tipos de
mesmo na cozinha, como, por exemplo, os listados a se- usinas utilizam os recursos existentes na região para po-
guir na tabela. der gerar essa energia ao movimentar, por meio de uma
turbina, um gerador que transforma esse movimento em
Fenômeno Transformação energia elétrica para ser distribuída pela rede. Em uma
usina nuclear, a energia utilizada para movimentar a tur-
1 Produção de clara em neve
bina é proveniente da energia
2 Amadurecimento de uma fruta
(A) térmica liberada pelas reações nucleares no reator.
3 Cozimento de um ovo
(B) química liberada pelos elementos radioativos.
4 Produção da gasolina a partir do petróleo
(C) mecânica armazenada nos combustíveis nucleares.
5 Apodrecimento de uma fruta
(D) cinética das partículas do núcleo dos compostos radio-
6 Produção de etanol a partir da cana-de-açúcar
ativos.

São exemplos de transformações físicas e químicas, res- (E) termelétrica liberada pelas reações químicas no reator.
pectivamente,
(A) 1, 2 e 4, 6.
(B) 1, 5 e 2, 3.
(C) 1, 4 e 2, 5.
(D) 2, 3, e 1, 6.
(E) 3, 5, e 1, 2.
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57. Um carro, a partir do repouso, desloca-se em uma es- 60. Considere o gráfico a seguir que representa as curvas de
trada horizontal plana e retilínea, com uma aceleração solubilidade de alguns sais em função da temperatura.
constante de 3 m/s2. Sabendo-se que o limite de veloci-
dade nessa estrada é de 110 km/h, o tempo de acelera-
ção, em segundos, para atingir uma velocidade mais pró-
xima desse limite e o valor da aceleração, em m/s2, após
esse tempo para manter a velocidade constante, em um
movimento retilíneo uniforme, são, respectivamente,

(A) 36 e 3.

(B) 25 e 0.

(C) 20 e 3.

(D) 10 e 0.

(E) 5 e 0.

58. Em uma aula de laboratório, o professor demonstrou a


reação de neutralização total, utilizando, para isso, o ácido
sulfúrico (H2SO4) e hidróxido de alumínio (Al(OH)3).
Os produtos finais dessa reação balanceada são: (https://brainly.com.br/tarefa/1369255)

(A) 6H2O + 2AlSO4


No que diz respeito à solubilidade desses sais, é correto
(B) 3H2O + Al3SO4 afirmar que
(C) Al(SO4) 2 + 3H2O (A) quanto maior a temperatura, maior a solubilidade.
(D) 2H2O + Al(SO4)2 (B) à temperatura ambiente, o KNO3 é mais solúvel.
(E) Al2(SO4)3 + 6H2O (C) a 10 ºC, o NaNO3 é o sal mais solúvel.

(D) o NaCl é menos solúvel a 70 ºC.

59. Considere as seguintes substâncias formadas a partir da (E) a temperatura de saturação do Ce2(SO4)3 é de 100 ºC.
mistura de I com a II.

I II Produto Formado

Água Areia 1

Gasolina Etanol 2

Água Óleo 3

Água Sal de cozinha 4

Etanol Água 5

São separados, respectivamente, por destilação e filtra-


ção, os produtos

(A) 1 e 5.

(B) 2 e 4.

(C) 3 e 2.

(D) 4 e 1.

(E) 5 e 3.

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