Sei sulla pagina 1di 5

Narrativas

infantis

Autor Idade
INSTITUTO AVISA LÁ 3 ANOS

Proposta
O propósito é descobrir e explorar novas possibi- dade do grupo. Na maioria das vezes, as atividades
lidades de brincadeiras, experimentando o toque, eram propostas pelas professoras, mas houve
o uso de materiais de largo alcance, criando inter- também situações em que as crianças montavam
venções no espaço para que as crianças possam o espaço e escolhiam as atividades. Os saberes e a
ambientar narrativas de diferentes maneiras, ao participação das crianças ficam explícitos quando
mesmo tempo que se alimentam a interação, a percebemos que, ao entrar em contato com novos
criação e a expressão de sentimentos e ideias. A materiais, elas podem conhecê-los explorando,
inspiração para essa proposta é a obra do artista tocando, observando suas características, fazendo
plástico Bruno Munari. A exposição “Proibido não escolhas, criando novas brincadeiras.
tocar – crianças em contato com Bruno Munari”,
de 2009-2010, conduz as crianças à experimenta-
ção não somente na construção de objetos, mas
também através de experiências multissensoriais
em um espaço com muitas instalações temáticas.
A proposta consiste em organizar e apresentar
um cantinho com caixas dispostas em meio aos
outros materiais disponibilizados no momento da
acolhida, com o propósito de despertar a curiosi-

1
Materiais
Utilizaram-se nessa proposta materiais que es- - Tapete, almofadas, caixas de papelão de diver-
timulam a imaginação, a interação e o potencial sos tamanhos
criativo da criança. Os elementos não estruturados -Papelão micro-ondulado, bandeja de ovos
favorecem uma exploração rica e maior conheci- - Tesoura sem ponta, cola
mento de texturas, formas, pesos, temperaturas - Espelhos, CDs, espuma, barbante
diferentes entre si. Tais elementos foram organi- - Miçangas diversas, tecidos, botões, papéis
zados de forma a convidar as crianças para várias - Mesa
atividades, valorizando a brincadeira. - Rolinhos, pincéis, guaches coloridos e demais
Os materiais utilizados foram os seguintes: acessórios para pintura
- Objetos com texturas diferentes para a constru-
ção dos livros (lixa, renda, palhas traçadas usadas
para chapéus etc.)

Espaço
As construções foram exploradas em diferentes
situações do brincar, nos espaços internos
e externos:
- espaços internos confortáveis;
- cantinhos de acolhida;
- salas de brincar.

2
Tempo Interações
Cada atividade foi planejada para ser desenvolvida O grupo é dividido e mediado pelos professores,
durante o período de aproximadamente uma hora de modo a contemplar os desejos e necessida-
com as crianças. Porém, por se tratar da criação des das crianças. As construções podem ser ex-
de contextos para a constituição de experiências, ploradas em diferentes situações do brincar, nos
cada atividade foi reapresentada, recriada, trazen- espaços internos e externos, o que oportuniza
do a cada vez novos desafios às descobertas das momentos lúdicos, nos quais se expressar é ne-
crianças. Foram planejadas cinco atividades que cessário. As interações podem acontecer de várias
acabaram sendo desdobradas em diversas outras. maneiras – com gestos e expressões corporais,
falas, balbucios.

Atividades
As proposições da professora podem desencadear pessoais sobre essa experimentação do que pode
as seguintes atividades das crianças: ser feito com as caixas.

1. Brincadeira com caixas nos cantinhos de acolhi- 3. Exploração das caixas e de um percurso senso-
da. As crianças vão explorar as caixas e pensar o rial, um caminho que oferece diversos materiais
que podem fazer com elas: empilhar, colocar uma para a exploração.
dentro de outra, entrar dentro delas. Podem criar 4. Ateliê de pintura, desenho e colagem na horta:
brincadeiras com as caixas, como saltar, construir reconfiguração das caixas, dando novos signi-
labirintos e ainda fazer construções como uma ficados e sentidos a elas a partir de desenhos,
cidade, um sítio, um prédio, além de construir colagem, pintura.
narrativas, com o intuito de ampliar seu repertório.
5. Brincadeira e exploração das caixas sensoriais
2. Conversa sobre o que criaram e o que mais no gramado (com faces que apresentam diferentes
gostariam de fazer com as diferentes caixas. Mo- texturas, além de objetos curiosos para a explo-
mentos de conversa mediados pela professora ração em seu interior).
permitem que as crianças emitam suas opiniões

3
Observe
A observação é um importante instrumento para subsidiar o planejamento das propostas do professor
e também para enriquecer as experiências das crianças.
No desenvolvimento dessa proposta é interessante observar:

1. A qualidade e as características da interação e sociabilidade das crianças com o grupo:


• as crianças constroem vínculos? Sentem prazer em brincar juntas?
• sentem prazer em descobrir novas brincadeiras com os brinquedos inusitados?
• constroem, junto com os educadores, brinquedos inusitados e depois brincam com eles?
• brincam juntas e se divertem?

2. A capacidade de criação narrativa e interação com os materiais propostos:


• as crianças fazem escolhas e têm preferências por espaços e brincadeiras?
• criam e recriam brincadeiras a partir do contato e exploração de materiais?
• observam nos materiais as diferenças de peso, medida, altura?
• ampliam o repertório com relação aos materiais e brincadeiras?
• como é a participação e expressão das crianças em favorecer a criação de novas possibilidades?
• fazem associações a contos de fadas e outras histórias?
• criam e enriquecem as narrativas?
• expressam seus sentimentos e ideias?

A voz de quem participou

Ter participado diretamente desse trabalho me A reutilização de materiais foi fundamental, novos
proporcionou inúmeros aprendizados. A escu- significados foram dados por meio de produções
ta/observação das crianças assim como as pes- individuais e coletivas. Esse foi um daqueles traba-
quisas que antecederam as experiências foram lhos incansáveis, que a cada situação as crianças
sempre regadas por um olhar sensível e atento nos indicavam tantos caminhos, e que também
ao potencial criativo da criança. Todo o trabalho estávamos num dos caminhos possíveis. Capaz
foi acontecendo de forma processual, onde as de sair do lugar comum de alimentar, de saciar
crianças participavam ativamente. Certamente uma sede inesgotável, e a ‘arte’ é simplesmente
isso contribuiu para que as proposições fossem esse alimento, a água que nos rega infinitamente.”
vivenciadas com tanto envolvimento.
Laudicéia Ferreira de Barros, CEI Jardim Shangrilá

4
Referências
• ABRAHÃO, Cristiane. Pensamento sincrético em conversas infantis. Revista Avisa Lánº 38,São Paulo,
Instituto Avisa Lá, maio de 2009.

• BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para


a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010.

• BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial cur-


ricular nacional para a Educação Infantil. vol. 3 – Artes Visuais.Brasília: MEC/SEF, 1998.

• Galvão, Izabel. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes, 2013.

• SCARPA, Regina. – Conhecendo a criança: Pensamento de criança. Revista Avisa Lánº 26, São Paulo,
Instituto Avisa Lá, abril de2006.

EXPOSIÇÃO E VÍDEO:
• MUNARI, Bruno. Proibido não tocar.Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2svynDSZOSo>.

Créditos
Equipe do Projeto Conexões – Instituto Avisa Lá: Cisele Ortiz, Denise Nalini, Mariana Americano, Cinthia Manzano, Beatriz
Bianco, Inaia Barros

CEI Núcleo III Jardim Shangri-lá

Direção: Nair Bortoleti

Coordenação: Benedita Machado de Mello

Professoras: Laudicéia de Barros Ferreira; Esilaine Silveira Silva; crianças do Mini Grupo II do CEI núcleo III Jardim Shangri-lá.
Juciane Menezes da Silva Oliveira; Antônia Maria de Farias Leite Brito; crianças do Berçario II do CEI núcleo III Jardim Shangri-lá

Iniciativa Coordenação Técnica

Parceiros

Potrebbero piacerti anche