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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


FACULDADE INTEGRADA AVM

O TRABALHO ACADÊMICO COMO PROCESSO DE


DESENVOLVIMENTO PARA O TRABALHO CIENTÍFICO

Por: Solange de Carvalho Lopes

Orientadora
Prof ª. Mônica Melo

Rio de Janeiro
2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM

O TRABALHO ACADÊMICO COMO PROCESSO DE


DESENVOLVIMENTO PARA O TRABALHO CIENTÍFICO

Apresentação de monografia à Universidade Candido


Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Docência do Ensino Superior.
Por: Solange de Carvalho Lopes
AGRADECIMENTOS

A Deus pela força, paciência e serenidade.


À minha família pelo amor e incentivo.
Aos professores que contribuíram com dedicação e sabedoria para minha formação.
Dedico à memória do inesquecível Tio
Octacílio, o grande amigo de todas as horas.
Aos meus filhos, Cristiane, Eduardo e Maria
Clara, pelo amor e carinho.
À minha amiga Cleusa pela dedicação e
apoio nos momentos importantes da minha
vida.
Ao Aderaldo pela paciência e
companheirismo.
A todos os amigos que, de alguma forma
contribuíram para a realização desse sonho.
RESUMO

O padrão de qualidade é uma premissa fundamental para as atividades de


comunicação científica. O estudo apresenta um panorama geral dos problemas
relativos à normalização. Define as diversas formas de apresentação de trabalhos
acadêmicos e as suas finalidades discorrendo também sobre a forma e a
importância de como são abordados desde o ingresso nas IES até os cursos de Pós-
Graduação. Discorre sobre o papel do professor universitário responsável pela
construção de um corpo discente mais consciente de sua responsabilidade. Aborda
o perfil do aluno que ingressa nas IES a maioria recém saída do nível médio,
oriundas de várias camadas sociais, com origens formacionais diversas e
geralmente sem preparo para execução de trabalhos de pesquisa. Apresenta a
função do bibliotecário na biblioteca universitária como o profissional responsável
pela mediação no trabalho com o fluxo de informação e o seu público alvo composto
pelo corpo docente, corpo discente, técnicos administrativos e interessados em
geral. E os produtos e serviços especializados para atender as demandas
informacionais tanto no âmbito presencial quanto virtual de acordo com o perfil de
seu público. Assim o bibliotecário que atua nas bibliotecas universitárias além de
atender as necessidades de todo o processamento técnico, preservação do registro
do conhecimento, organização da informação e sua disseminação; também
promovem e favorecem a integração das atividades de ensino/aprendizagem. A
iniciativa para elaboração do serviço para orientação à normalização dos trabalhos
de mestrado e doutorado do IMA, surgiu não apenas pelas solicitações de
orientação dos alunos, mas também da intenção dos bibliotecários de oferecer uma
ferramenta que facilitasse a compreensão e tornasse mais acessíveis as normas
técnicas para aqueles que pretendem atingir títulos de mestres e doutores. No
decorrer deste trabalho a equipe da biblioteca pretende conscientizar ao aluno que a
normalização não é um agente complicador. Busca mostrar-lhes que padronização
para apresentação da produção científica imprime mais qualidade ao trabalho
tornando eficaz a comunicação científica.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................8
CAPÍTULO I TRABALHO ACADÊMICO E CIENTÍFICO..............................10
1.1 DEFINIÇÕES..................................................................................................11
1.2 A NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E CIENTÍFICOS.......12
1.3 A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE NORMALIZAÇÃO.............................12
1.4 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA.....................................................................14
CAPÍTULO II PERSPECTIVA DO TRABALHO ACADÊMICO NA
PRÁTICA.........................................................................................................18
2.1 O PERFIL DO ALUNO....................................................................................19
2.2 O PAPEL DO PROFESSOR...........................................................................20
2.3 A FUNÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO...................................................................21
2.4 NORMALIZAÇÃO DAS DISSERTAÇÕES E TESES DO IMA – UFRJ...........21
2.5 A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS.......................................................25
2.5.1 A apresentação gráfica...............................................................................26
2.5.2 Tipo do papel...............................................................................................26
2.5.3 Margem.........................................................................................................27
2.5.4 Espacejamento...........................................................................................27
2.5.5 Tipo e tamanho da fonte.............................................................................28
2.5.6 Paginação....................................................................................................28
2.5.7 Numeração progressiva de capítulos e divisões.....................................29
2.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO...............................................30
2.6.1 Capa..............................................................................................................30
2.6.2 Lombada.......................................................................................................31
2.6.3 Folha de rosto..............................................................................................32
2.6.4 Errata...........................................................................................................33
2.6.5 Folha de aprovação.....................................................................................33
2.6.6 Dedicatória...................................................................................................34
2.6.7 Agradecimentos...........................................................................................34
2.6.8 Epígrafe........................................................................................................34
2.6.9 Resumo em língua vernácula.....................................................................34
2.6.10 Resumo em língua estrangeira..................................................................35
2.6.11 Listas............................................................................................................35
2.6.12 Sumário........................................................................................................35
2.7 CITAÇÕES....................................................................................................36
2.7.1 Citações diretas, literais ou textuais........................................................37
2.7.2 Citações indiretas........................................................................................38
2.7.3 Citação de citação.......................................................................................39
2.7.4 Sistema de chamada...................................................................................41
2.7.5 Sistema numérico........................................................................................42
2.7.6 Sistema autor-data......................................................................................42
2.7.7 Notas de rodapé..........................................................................................43
2.7.8 Notas explicativas.......................................................................................43
2.7.9 Notas de referência.....................................................................................44
2.7.10 Apresentação de notas de rodapé............................................................44
2.8 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS............................................................45
2.8.1 Livro..............................................................................................................45
2.8.2 Teses, Dissertações, Monografias.............................................................47
2.8.3 Periódicos....................................................................................................47
2.8.4 Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas e
outros............................................................................................................50
2.8.5 Patentes.......................................................................................................51
2.8.6 Documentos eletrônicos.............................................................................51
CAPÍTULO III ANÁLISES DE CASOS E PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS.....................................................................54
CONCLUSÃO...............................................................................................58
REFERÊNCIAS.............................................................................................60
8

INTRODUÇÃO

Grande parte da produção científica nacional está concentrada nas


universidades públicas. E o padrão de qualidade é uma premissa fundamental para
as atividades de comunicação científica. Esse estudo apresenta um panorama geral
dos problemas relativos à normalização.

A normalização é uma atividade que tem como finalidade precípua tornar


eficaz a comunicação, buscar a qualidade, a padronização e a uniformidade na
apresentação dos trabalhos acadêmicos. Assim, é um dos instrumentos que devem
ser aplicados no exercício dos trabalhos acadêmicos desde o início da graduação.

O ingresso dos alunos nas Instituições de Ensino Superior requer o


desenvolvimento dessas competências. Isto é, que a instituição permita a iniciação
desse aluno as regras, e procedimentos metodológicos que são aplicados nas
pesquisas e na elaboração das atividades acadêmicas.

No entanto, geralmente no decorrer da graduação, as questões de


normalização não são abordadas de maneira satisfatória e são pouco exigidas pelos
professores como requisito para a aprovação nas disciplinas. Essa omissão acarreta
dificuldades no momento em que os alunos precisam elaborar os trabalhos de
conclusão de curso. Pois, a disciplina Metodologia Científica é apresentada
praticamente já no final do curso visando o cumprimento da exigência de
apresentação do trabalho monográfico para obtenção da titulação.

Então é importante incorporar a orientação à normalização nas rotinas


acadêmicas de tal forma que ela seja naturalmente assimilada, à medida que o
aluno desenvolve a compreensão das questões normativas ele trabalhará de forma
mais segura tornando-o um procedimento facilitador na elaboração dos trabalhos
acadêmicos.
9

Neste trabalho o objeto de estudo foram as dissertações e teses em Ciência


e Tecnologia de Polímeros do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano
da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A escolha deu-se pelo fato de vivenciar
diariamente com o estresse dos alunos na hora de fazer o depósito de suas
dissertações e teses na biblioteca, foi possível constatar as dificuldades encontradas
pelos alunos na normalização de seus trabalhos, precisam cumprir os padrões de
normalização exigidos como critério de qualidade para a divulgação digital das teses
e dissertações produzidas pelos programas de doutorado e mestrado reconhecidos.

Essas dificuldades poderiam ser diminutas caso as questões sobre


normalização houvessem sido tratadas e exigidas de forma satisfatória desde o
ingresso da vida acadêmica desses alunos.

Assim, a equipe formada pelas bibliotecárias do Instituto de Macromoléculas


Professora Eloisa Mano, da UFRJ em parceria com a coordenação de Pós-
Graduação buscou uma forma de oferecer condições aos alunos de normalizarem
seus trabalhos atendendo aos critérios de qualidade exigidos em uma comunidade
científica. Pretende-se com o trabalho de orientação conscientizar ao corpo docente
e discente de que a normalização e a padronização na apresentação da produção
científica imprimem mais qualidade ao trabalho tornando eficaz a comunicação
científica.
10

CAPÍTULO I

O TRABALHO ACADÊMICO E CIENTÍFICO

Ao ingressar no ensino superior o estudante iniciará o processo de


preparação para atuar na vida acadêmica. Ao professor cabe a tarefa de mediar
à preparação do aluno, conduzindo-o para o progressivo domínio na prática do
trabalho intelectual. Essa preparação se dá de forma gradativa e constante por
meio de pesquisas e trabalhos que serão exigidos no seu percurso acadêmico.

Os trabalhos acadêmicos desenvolvidos no decorrer da graduação são


exigidos como forma de avaliação do aproveitamento das disciplinas oferecidas.
Esse trabalho tem um caráter menos profundo do que o trabalho monográfico,
no entanto, já devem ser estruturados seguindo um plano metodológico que
servirá como exercício para iniciá-los nos caminhos para produção do
conhecimento.

A elaboração de um trabalho acadêmico demanda um planejamento que


deve seguir os seguintes passos: escolha e delimitação do tema, seleção de
fontes de consulta, leitura, seleção e organização dos dados obtidos durante a
leitura, estruturação textual e redação. A pesquisa é a parte mais importante da
elaboração de um trabalho, pois será a base para a redação, fundamentação e
justificativa dos pontos tratados no trabalho acadêmico.

Na redação do trabalho deve se observar a estrutura mínima de


normalização adotando os padrões estabelecidos para este fim. Nesta fase do
trabalho acadêmico o bom conhecimento das normas técnicas ABNT que regem o
assunto será de suma importância para o desenvolvimento dos aspectos formais do
trabalho que compreende os seguintes elementos: pré-textuais; textuais; pós-
textuais.
11

É indispensável que o aluno independentemente do nível em que esteja


desenvolva seus estudos dentro de um planejamento prévio com a finalidade de
conhecer e desenvolver uma postura crítica e comportamento sistemático, tanto na
sua estrutura conceitual, quanto física.

Os trabalhos acadêmicos e científicos diferem pela profundidade e


originalidade nos diferentes níveis acadêmicos. Entretanto, todos devem ser
encarados com seriedade na sua condução. (CRUZ; MENDES, 2007).

São denominados trabalhos acadêmicos: os trabalhos de conclusão de


curso (TCC); trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de
curso de aperfeiçoamento, especialização, mestrado, doutorado e outros:

[...] o trabalho científico nada mais é do que um veículo de


comunicação adotado pela comunidade científica. Aos
candidatos a ingressar na comunidade científica cabe a aderir a
esse modelo de comunicação sobre determinado. Assim, é tarefa
da universidade “criar, elaborar e codificar uma mensagem em
nível de trabalho científico” (RODRIGUES, 1995, p. 153).

1.1 DEFINIÇÕES

Ø Trabalho de conclusão de Curso de graduação ou especialização


(TCC) ou trabalho de graduação interdisciplinar TGI: Documento
que representa o resultado de estudo, devendo expressar
conhecimento do assunto escolhido, que deve ser feito sob a
coordenação de um orientador.

Ø Dissertação: é o documento resultante de trabalho experimental ou


exposição de um estudo cientifico retrospectivo, de tema único e
devidamente delimitado, com o intuito de reunir, analisar e interpretar
informações. Evidencia o conhecimento de literatura sobre o tema e a
12

capacidade de síntese do autor. È feito sob a coordenação de


orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre.

Ø Tese: é o documento resultante de trabalho experimental ou exposição


de um estudo científico de tema único e devidamente delimitado. É
elaborado com base em investigação original, configurando-se como
real contribuição para a área em questão.

1.2 A NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E


CIENTÍFICOS

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o Fórum Nacional de


Normalização, representa no Brasil a ISO (International Organization for
Standardization). No Brasil a ABNT é a responsável pela publicação das normas de
Documentação, que orientarão na preparação da estrutura formal dos trabalhos
acadêmicos.

A qualidade de apresentação formal dos trabalhos acadêmicos tem sido uma


de suas metas. A normalização documentária por meio de suas regras e métodos
padroniza a apresentação dos trabalhos acadêmicos de atua como facilitador na
comunicação, indexação, circulação e editoração do trabalho intelectual.

1.3 A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE NORMALIZAÇÃO

A normalização tem como objetivo padronizar o processo de elaboração do


trabalho acadêmico permitindo agregar qualidade e credibilidade a estrutura formal
sendo esta indispensável ao exercício da trajetória acadêmica. A qualidade formal é
obtida utilizando-se o suporte oferecido pela normalização.
13

Desde os anos 70, a normalização é apontada como fator de eficiência na


transferência de informação. Estudos nos vários campos do conhecimento
indicam a qualidade formal como fator determinante para aceitação ou
rejeição de trabalhos para publicação, o que amplia o valor da normalização
na comunicação científica. Considerando que cabe a universidade capacitar
os pesquisadores para comunicarem adequadamente os resultados de suas
pesquisas... (RODRIGUES; LIMA; GARCIA, 1998, p.147).

Considerando a normalização como responsável por um dos fatores de


qualidade na apresentação dos trabalhos acadêmicos é importante conhecer as
normas da ABNT, suas funções e sua aplicação para identificar a estrutura do
trabalho acadêmico: elementos pré-textuais; textuais e pós-textuais e aplicá-las
desde o inicio da vida acadêmica, já que fazem parte da metodologia de
apresentação de trabalhos escritos.

Para elaboração de trabalhos acadêmicos aplicam-se as normas


documentárias apresentadas a seguir; sendo documentos dinâmicos e sempre
sujeitos a revisões:

A norma NBR 14724:11 especifica os princípios gerais para a elaboração de


trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e demais tipos de monografia,
visando à sua apresentação a instituições (banca, comissão examinadora
de professores, especialistas designados e/ou outros), através de
comissões examinadoras designadas para este fim. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT, 2011, p. 1).

A aplicação da NBR 14724/11 que especifica os princípios gerais para a


elaboração de trabalhos acadêmicos requer o conhecimento e aplicação das
seguintes normas e publicações listadas abaixo:

Ø NBR 6023:2002 – Informação e documentação Referências -


Ø NBR 6024:2003 – Informação e documentação - Numeração
progressiva das seções de um documento escrito - Apresentação
Ø Elaboração NBR 6027:2003 – Sumário - Procedimentos
Ø NBR 6028:2003 – Resumos - Procedimentos
Ø NBR 6034:1989 – Preparação de índice de publicações -
procedimento
14

Ø NBR 10520:2002 – Informação e documentação - Apresentação de


citações em documentos
Ø NBR 12225:2004 – Títulos de lombada - Procedimento
Ø CÓDIGO de Catalogação Anglo-Americano. 2. ed. São Paulo:
FEBAB, 1983-1985.
Ø IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro,
1993.

1.4 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

Os Estudos de Schwartzman (1984 e de Dalla Zen (1989); demonstram que


a produção científica nacional está concentrada nas universidades públicas. No
entanto, verifica-se que no Brasil a divulgação da produção científica das instituições
de ensino superior ainda é deficiente. Seja por fatores de ordem econômica ou por
problemas nas próprias universidades que interferem na geração, no
processamento, na divulgação e acesso a informação científica.

Segundo a LDB as universidades como instituições responsáveis pela


educação superior, tem por finalidade formar acadêmicos nas diferentes áreas do
conhecimento capazes de atuar e participar no desenvolvimento da sociedade
brasileira. O incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica tem como
objetivo o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

No capítulo IV, o Art.43º da LDB determina que:

Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos


que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do
ensino, de publicações e de outras formas de comunicação; (LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, 1996, p.14).
15

As comunidades científicas são formadas pelo agrupamento de


pesquisadores que desenvolvem e compartilham estudos na mesma área de
interesse.
A produção do conhecimento e os processos de comunicação de um
trabalho científico seguem metodologias e padrões para que o mesmo possa
imprimir seu caráter científico, sua qualidade e a sua eficácia na comunicação. Os
trabalhos científicos devem ser capazes de fundamentar e justificar os pontos
abordados contribuindo para o desenvolvimento técnico e científico.

A estruturação do trabalho científico exige planejamento, domínio do tema,


uso de critérios e procedimentos de caráter multidisciplinar que são determinantes
para manter o padrão de qualidade na comunicação científica.

Tais publicações são elaboradas no decorrer dos estudos e pesquisas:

Independente da forma (artigo, relatório, monografia, dissertação


tese), a redação final envolve sempre aspectos lógicos (organização
lógica do texto), os aspectos formais (linguagem estilo) e os aspectos
estruturais do texto formatação, diagramação, notas e citações,
referências... (BARBA, 2002, p.10).

A comunicação científica é o processo de divulgação das descobertas


realizadas pelos pesquisadores no decorrer de seus estudos e pesquisas. A
comunidade acadêmica utiliza-se de veículos de comunicação para divulgar o
resultado seus trabalhos e pesquisas. O fluxo da informação na comunicação
científica é um processo pelo qual a informação é disseminada aos participantes das
comunidades científicas, que engloba todas as atividades ligadas à produção,
disseminação o uso da informação, desde a concepção de uma idéia até a sua
divulgação e aceitação como parte do conhecimento científico:

Ø registro de Informações durante a pesquisa;


Ø reuniões científicas;
Ø conversas informais;
Ø apresentação em eventos;
Ø publicação em canais formais;
16

Ø uso em outras pesquisas;


Ø citação em outras publicações.

A comunicação dos resultados obtidos no decorrer das pesquisas é que


legitimarão e validarão essas pesquisas. A principal função da comunicação
científica é dar continuidade ao desenvolvimento e geração de novos conhecimentos
científicos. A disseminação do conhecimento a outros membros da comunidade
mantêm os pesquisadores informados sobre os estudos já realizados e seus
resultados.

Assim, a disseminação dos resultados permite:

Ø ratificar ou refutar os resultados de pesquisas anteriores;


Ø o desenvolvimento de novas pesquisas;
Ø o estabelecimento de novas perspectivas naquele campo do saber;
Ø definir e legitimar novas disciplinas e áreas de estudos.

Nesse contexto, encontram-se os canais de comunicação formais e os


canais informais cada qual com suas características específicas (MUELLER, 2007,
p. 30). Os canais formais respeitam procedimentos metodológicos rigorosos para
concretizar materialmente a comunicação são considerados os livros, os periódicos,
as obras de referência, os artigos etc. que tem como característica a ampla
divulgação e facilidade de recuperação.

Os canais informais são os que envolvem trocas e comunicações de caráter


mais pessoais ou refere-se a pesquisas ainda não concluídas: conversas, troca de e-
mails, reuniões científicas, seminários, congressos etc. destinam-se ao um público
restrito e são comunicações não publicadas comercialmente, e representam uma
maior realimentação ao pesquisador:

O conjunto dessas atividades constitui o sistema se comunicação científica


de uma determinada área da ciência. Esse sistema inclui, portanto, todas as
formas de comunicação utilizadas pelos cientistas que pesquisam e
contribuem para o conhecimento nessa determinada área, além das
publicações formais (MUELLER, 2007, p. 23)
17

Segundo Mueller, 2007 a comunicação informal é o contato direto com


especialistas e pesquisadores, é igualmente fonte relevante para troca de
informações de interesse do pesquisador.
18

CAPÍTULO 2

PERSPECTIVA DO TRABALHO ACADÊMICO NA PRÁTICA

A normalização é uma atividade que tem como finalidade precípua tornar


eficaz a comunicação, buscar a qualidade, a padronização e a uniformidade na
apresentação dos trabalhos acadêmicos. Assim, a normalização é um dos
instrumentos que devem ser aplicados no exercício dos trabalhos desde o início da
graduação. O ingresso dos alunos nas IES requer o desenvolvimento dessas
competências. Isto é, que a instituição permita a iniciação desse aluno as regras, e
procedimentos metodológicos que são aplicados nas pesquisas e na elaboração das
atividades acadêmicas. (OLIVEIRA, 2011, p. 2).

No entanto, geralmente no decorrer da graduação, as questões de


normalização não são abordadas de maneira satisfatória e são pouco exigidas pelos
professores como requisito para a aprovação nas disciplinas. Essa omissão acarreta
dificuldades no momento em que os alunos precisam elaborar os trabalhos de
conclusão de curso. Pois, a disciplina Metodologia Científica é apresentada
praticamente já no final do curso visando o cumprimento da exigência de
apresentação do trabalho monográfico para obtenção da titulação.

Apresentam aos alunos alguns conceitos sobre a metodologia científica e


uma estrutura mínima da apresentação do que um trabalho acadêmico deve conter.
Muitas vezes sem o cuidado de consultar ou verificar a atualização das normas de
documentação. Utiliza-se do corte e colagem montando manuais de orientação que
não passam por uma revisão e atualização disseminando dessa forma conteúdos
que não estão dentro dos padrões de qualidade exigidos. (OLIVEIRA, 2011, p. 2).
19

Então é importante incorporar a orientação à normalização nas rotinas


acadêmicas de tal forma que ela seja naturalmente assimilada, À medida que o
aluno desenvolve a compreensão das questões normativas trabalhará de forma mais
segura, tornando um procedimento facilitador na elaboração dos trabalhos e,
consequentemente diminuirá consideravelmente o estresse provocado do decorrer
da elaboração do TCC.

Segundo Oliveira (200-, p. 2) “a iniciação ao trabalho científico não é uma


exclusividade dessa disciplina que, na verdade é um instrumento de apoio às outras
disciplinas [...]”, os professores das diferentes disciplinas podem no decorrer do
curso capacitar e treinar seus alunos a respeitar uma estrutura mínima da
apresentação do que um trabalho acadêmico deve conter.

2.1 O PERFIL DO ALUNO

Grande parte dos alunos que ingressam na universidade ainda traz consigo
a visão de ensino que foi oferecida durante toda a sua educação. A preocupação
principal é conseguir ler a matéria que vai cair na prova e obter nota compatível para
aprovação na disciplina. São alunos na maioria recém saídos do nível médio, de
várias camadas sociais, com origens formacionais diversas e normalmente sem
preparo para execução de pesquisa. Geralmente seus trabalhos não passam de
cópias de verbetes ou de capítulos de livros sem qualquer reflexão.

Na graduação esse aluno precisa enfrentar o desafio de iniciar os caminhos


da construção do conhecimento científico. É o momento no qual ele deve
desenvolver seus trabalhos obedecendo às normas e metodologias. Entretanto, por
uma série de fatores não aplicam as normas ou metodologias nas suas tarefas
acadêmicas. Seja por desconhecimento ou porque pouquíssimos professores
preocupam-se em apresentar e exigir esses aspectos metodológicos. Quando é
exigido na maioria das vezes é abordada de maneira insatisfatória tornando-se um
20

dos fatores que levam a dificuldades na elaboração de trabalhos de conclusão de


curso, e assim, passa a ser vista muitas vezes como um agente complicador.

Os argumentos apresentados sugerem reflexões a respeito da forma pela


qual os alunos de nível superior são preparados para atender o desafio de produzir
trabalhos acadêmicos com níveis de qualidade tanto no que se refere aos aspectos
de conteúdo quanto aos aspectos de forma.

2.2 O PAPEL DO PROFESSOR

Inicialmente, é necessário definir a atuação da universidade como centro de


pensamento, de formação de opinião e de profissionais que possam contribuir para
o desenvolvimento econômico, político e social de um país. Nesse contexto, o
professor universitário é o principal responsável pelas ações de ensino, pesquisa e
extensão em conformidade com as propostas educacionais.

Ao ensinar, o professor participa do processo de formação de novos


pensadores que deverão ser capazes de contribuir para a construção da cultura e do
conhecimento científico. Um dos desafios do professor é desenvolver nos alunos
habilidades para elaboração de trabalhos cooperativos e também o espírito crítico.

Assim, o professor universitário deve reciclar-se, continuamente


questionando-se para que haja autoconhecimento e reflexão capaz de interferir nas
práticas pedagógicas, somente assim será possível transformar informação em
conhecimento teórico-prático, para a construção de um corpo discente mais
consciente de sua responsabilidade.
21

2.3 A FUNÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO

Na universidade a biblioteca é a extensão da sala de aula. E o bibliotecário é


o profissional responsável pela mediação no trabalho com o fluxo de informação e o
seu público alvo composto pelo corpo docente, corpo discente, técnicos
administrativos e interessados em geral. Oferecem produtos e serviços
especializados para atender as demandas informacionais tanto no âmbito presencial
quanto virtual de acordo com o perfil de seu público.

A biblioteca universitária hoje une o papel tradicional da biblioteca


acadêmica e o papel inovador. A biblioteca tradicional voltada para a seleção,
aquisição e preservação de acervo de livros, obras de referência e periódicos
impressos e a biblioteca inovadora capaz de incorporar e trabalhar também as
ferramentas oferecidas pelas novas tecnologias da informação para criar, e
programar novos serviços visando facilitar e ampliar o acesso a informação.

Assim o bibliotecário que atua nas bibliotecas universitárias além de atender


as necessidades de todo o processamento técnico, preservação do registro do
conhecimento, organização da informação e sua disseminação; também promovem
e favorecem a integração das atividades de ensino/aprendizagem.

2.4 NORMALIZAÇÃO DAS DISSERTAÇÕES E TESES DO IMA – UFRJ

Teses e dissertações são os trabalhos originados das atividades dos cursos


de pós-graduação:

O Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, tem por finalidade


planejar, organizar, supervisionar e executar e cursos, bem como projetos
de pesquisa científica e tecnológica, visando à formação de pesquisadores
e especialistas no setor macromolecular e à prestação de serviços
especializados neste setor, de interesse da Universidade, de instituições
públicas ou privadas e da comunidade em geral. (MANO, 2004, p.15).
22

A Biblioteca Professor Carlos Alberto Hemais, também denominada Central


Bibliográfica de Polímeros - CBP é parte integrante do Sistema de Bibliotecas e
Informação (SIBI) da UFRJ. Situada no Instituto de Macromoléculas oferece suporte
ao corpo social do IMA formado por alunos, professores, funcionários e
colaboradores.

Dispõe de um acervo especializado constantemente atualizado na área de


polímeros composto por: obras de referência, livros, dissertações, teses, normas
técnicas, patentes, e periódicos indispensáveis para o desenvolvimento da pesquisa,
ensino e propagação do conhecimento em macromoléculas e oferece os seguintes
produtos e serviços:

Ø Consulta local e à distância


A Biblioteca dispõe de uma sala de leitura e escaninhos individuais,
bem como de equipamentos exclusivos para consulta às bases de
dados de seu acervo.

Ø Orientação e treinamento nas buscas bibliográficas e na utilização do


acervo
Com objetivo de mostrar os recursos de informação da biblioteca e nas
bases de dados disponíveis no ambiente web, as orientações são
ministradas individualmente, em grupo e treinamentos em forma de
palestras.

Ø Empréstimo domiciliar (ED) e entre bibliotecas (EEB)


Opera com bibliotecas de instituições de ensino e pesquisa do país,
empresas estatais, dentre as quais podemos citar: UNICAMP, USP,
UNESP, PETROQUISA, CENPES etc. Atende às solicitações do corpo
docente, discente e técnico administrativo da UFRJ e instituições com
as quais mantém intercâmbio.

Ø Busca bibliográfica
23

Em seu acervo e em outras bibliotecas, seja solicitando a informação


por telefone, fax, carta ou através do preenchimento do formulário e
enviando para cbp@ima.ufrj.br.

Ø Comutação bibliográfica
A Biblioteca do IMA é Biblioteca-Base do Programa de Comutação
Bibliográfica - COMUT, pelo fato de reunir acervo relevante, recursos
humanos e tecnológicos adequados ao atendimento de seus usuários.
Atende pedidos internos e externos, fornecendo cópias de artigos de
revistas técnico-científicas, teses e anais de congressos, respeitando a
Lei de Direitos Autorais.

Ø Normalização
Serviço de orientação à normalização de trabalhos científicos
dissertações, teses de acordo com as normas da ABNT.

À equipe de bibliotecários do IMA compete conhecer as necessidades de


seu público e atuar promovendo e favorecendo a integração das atividades de
ensino/aprendizagem.

Neste trabalho destaca-se a importância do serviço de orientação à


normalização de trabalhos acadêmicos dos alunos do IMA. Visto que, durante o
processamento técnico para a inclusão e disponibilização do texto integral das teses
e dissertações na base de dados Aleph, foi possível constatar as dificuldades
encontradas pelos alunos de mestrado e doutorado na normalização de suas
dissertações e teses.

Uma série de fatores ocorre para que as normalizações de seus trabalhos


apresentem deficiências, seja pelo desconhecimento da importância da
normalização e do uso das normas ABNT, seja, pela falta de aplicação das normas e
metodologias em seus trabalhos rotineiros deste o início de sua vida acadêmica, ou
seja, pelo uso de modelos e receitas que são copiados de várias fontes e que não
representam os critérios de qualidade e atualização da normalização oficial.
24

Apesar de o instituto dispor de um documento acadêmico cujo objetivo é


orientar a elaboração de um trabalho em nível de pós-graduação. Ainda assim, os
aspectos referentes à normalização são relegados e as dissertações e teses
continuam a ser entregues baseadas em modelos que não seguem os critérios
exigidos pelo documento acadêmico oferecido pelo Instituto.

A equipe da biblioteca considerando a importância na qualidade da


apresentação formal das teses e dissertações do IMA, e em parceria com a
coordenação de Pós-Graduação, sentiu a necessidade de implementar o serviço de
orientação à normalização aplicando a NBR 14724/11 que especifica os princípios
gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos e as referências normativas
prescritas por ela.

A iniciativa para elaboração do serviço para orientação à normalização dos


trabalhos de mestrado e doutorado do IMA, surgiu não apenas pelas solicitações de
orientação dos alunos, mas também da intenção dos bibliotecários de oferecer uma
ferramenta que facilitasse a compreensão e tornasse mais acessíveis as normas
técnicas para aqueles que pretendem atingir títulos de mestres e doutores.

No decorrer deste trabalho a equipe da biblioteca pretende conscientizar ao


aluno que a normalização não é um agente complicador. Busca mostrar-lhes que
padronização para apresentação da produção científica imprime mais qualidade ao
trabalho tornando eficaz a comunicação científica.

A orientação ao aluno dar-se à mediante agendamento de horário na


biblioteca para revisão dos elementos: pré-textuais, textuais e pós-textuais. Momento
no qual é oferecido esclarecimento sobre apresentação gráfica, a estrutura do
trabalho acadêmico, elaboração de referências, citações. Somente após a revisão
dos elementos citados acima o aluno, receberá da biblioteca um CD e um estojo
para do CDROM fornecidos pela Coordenação da Pós-Graduação no qual será
salvo o arquivo da Dissertação/tese em um único arquivo pdf. O disco e o estojo
deverão seguir o padrão conforme os modelos do IMA .
25

Após a revisão o mestrando/doutorando deve entregar a dissertação/tese


em formato impresso e eletrônico de acordo com os seguintes procedimentos:

Ø um exemplar da dissertação/tese impresso na Secretaria de Pós-


Graduação;
Ø um exemplar da dissertação/tese impresso na Biblioteca;
Ø um exemplar em formato eletrônico (CDROM) na biblioteca;
Ø um formulário de autorização de acesso ao documento impresso e
eletrônico na biblioteca preenchido e assinado.

O formulário de autorização para disponibilização do texto da


dissertação/tese na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRJ, de acordo
com o disposto na Portaria CAPES nº 13, de 15 de fevereiro de 2006, publicada no
Diário Oficial da União (DOU), em 17 de fevereiro de 2006, “Institui a divulgação
digital das teses e dissertações produzidas pelos programas de doutorado e
mestrado reconhecidos”.

2.5 A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

A apresentação de trabalhos científicos necessita de determinadas regras


sistematizadas que permitam a transmissão adequada de seu conteúdo. As normas
da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas procuram cumprir esse papel
na geração e atualização de padrões para evidenciação de estudos científicos.

Em muitos casos as normas da ABNT são omissas em algumas questões ou


deixam margem para diversos entendimentos. Isso leva, muitas vezes, a
interpretações distintas apresentadas por diversos autores em seus manuais e guias
de normalização.

Assim, esse guia procura definir essas orientações, com o intuito de


institucionalizar os padrões para a apresentação de trabalhos científicos do IMA,
26

como um roteiro a ser utilizado por professores e alunos. Nesta segunda edição
foram consideradas as normas vigentes e atualizadas da ABNT até o ano de 2011.

O texto está dividido em duas partes: na primeira são apresentadas as


regras para a formatação geral do trabalho (espacejamento, tipo e tamanho de letra,
paginação, margens, etc.); na segunda parte são expostas regras relacionadas à
estrutura do trabalho (partes pré-textuais, textuais e pós-textuais), exibindo ainda os
seus respectivos modelos para a apresentação.

Esperamos que esse material possa servir de base para a elaboração dos
trabalhos acadêmicos, tanto para as disciplinas diversas quanto para o TCC,
uniformizando nossos procedimentos metodológicos e tornando objetiva e prática
sua consulta e construção.

2.5.1 A apresentação gráfica

A apresentação gráfica do texto é a forma de organizar física e visualmente


o trabalho, considerando a estrutura, formato, uso de fontes e paginação. A
padronização dos trabalhos obedecerá aos seguintes critérios:

2.5.2 Tipo do Papel

Na digitação do texto deve ser utilizado papel branco, formato A-4 (21 x
29,7cm).

Fonte: Regra 5.1 da ABNT NBR 14724:2005


27

2.5.3 Margem
Ø Superior e Esquerda: 3 cm;
Ø Inferior e Direita: 2 cm;
O texto normal deve ser justificado às margens esquerdas e direitas
(Recomendação do Instituto).

Fonte: Regra 5.2 da ABNT NBR 14724:2005.

2.5.4 Espacejamento

Ø Texto normal: usar entrelinhas com espaço um e meio (1,5);


Ø Resumo, notas de rodapé, notas explicativas e nas referências: espaço
simples;
Ø As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois
espaços simples;
Ø Transcrições longas (citações diretas com mais de três linhas): espaço
simples e recuo de 4 cm a partir da margem esquerda;
Ø Parágrafos: espacejamento de um e meio (1,5) com recuo (Recomendação
do Instituto);
Ø Títulos das seções primárias devem começar na parte superior da mancha e
ser separados do texto que os sucede por dois espaços um e meio (1,5),
entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados
do texto que os precede e que os sucede por dois espaços um e meio (1,5).

OBS.: Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de


um texto, devem iniciar em folha distinta.

Fonte: Regras 5.1, 5.2, 5.3 e 5.5 da ABNT NBR 14724:2005


28

2.5.5 Tipo e tamanho da fonte

Ø Tipo de Fonte: Arial (Recomendação do Instituto);


Ø Título das seções primárias: destacam-se gradativamente, utilizando-
se os recursos de negrito, itálico ou grifo, caixa alta ou versal, e outro,
conforme ABNT NBR 6024, no sumário e de forma idêntica, no texto.
Recomendação do Instituto: Título da seção em caixa alta, negrito
e tamanho 14;
Ø Para a digitação de um texto, utiliza-se a fonte tamanho doze (12),
excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé,
paginação e legendas das ilustrações e das tabelas que devem ser
digitadas em tamanho menor e uniforme. Nesses casos, recomenda-
se a utilização de fonte tamanho dez (10).

Fonte: Regras 5.1, 5.3 e 5.5 da ABNT NBR 14724:2005

2.5.6 Paginação

Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto devem ser contadas


seqüencialmente, mas não numeradas. A numeração é evidenciada a partir da
primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da
folha. Também são numeradas as folhas dos apêndices e anexos, seqüencialmente
ao texto.

Fonte: Regra 5.4 da ABNT NBR 14724:2005.


29

2.5.7 Numeração progressiva de capítulos e divisões

Nas várias seções do texto deve-se usar a numeração progressiva com a


finalidade de evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, hierarquizando-o.
Tanto no Sumário como no desenvolvimento do texto, os títulos das seções são
grafados de forma diferenciada, destacando-os gradativamente, conforme segue:

Ø Título de 1º. nível: (Capítulo): em letras maiúsculas e em negrito;


Ø Título de 2º. nível: em letras maiúsculas, sem negrito;
Ø Título de 3º. nível: em letras minúsculas e a inicial da primeira
palavra em maiúscula, em negrito;
Ø Titulo de 4º. nível: em letras minúsculas e a inicial da primeira
palavra em maiúscula, sem negrito.
Ø Título de 5º. nível: em letras minúsculas e a inicial da primeira
palavra em maiúscula, em itálico.

A numeração indicativa será de acordo com o nível da seção e precede o


título, alinhado à margem esquerda, separada por um espaço de caractere,
conforme o exemplo:

3 METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1 COLETA DE DADOS
3.2.1 Tratamento dos dados
3.2.1.1 Análise discriminante
3.2.1.1.1 Crítica

Atenção!

Ø São empregados algarismos arábicos na numeração;


Ø O indicativo de seção é alinhado na margem esquerda, precedendo
o título, dele separado por um espaço;
30

Ø Deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinaria;


Ø O indicativo das seções primárias deve ser grafado em números
inteiros a partir de 1;
Ø A fonte dos títulos será tamanho 12 no Sumário e, tamanho 14
quando aparecem no desenvolvimento do texto;
Ø Usar espacejamento um e meio (1,5);
Ø Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o
indicativo de seção ou de seu título.

Fonte: Regra 5.5 da ABNT NBR 14724:2005 e Regras 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e
3.5 da ABNT NBR 6024:2003.

2.6 A ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO

A estrutura de trabalhos acadêmicos compreende: parte externa e parte


interna.

Parte externa: capa e lombada

2.6.1 Capa

A capa (elemento obrigatório) é a proteção externa de um trabalho


acadêmico, sendo considerada um elemento obrigatório que deve conter as
seguintes informações:

Ø nome da instituição;
Ø nome do autor;
Ø título composto por palavras claras e precisas que identificam o
conteúdo do trabalho;
31

Ø subtítulo (se houver): deve ser precedido de dois pontos (:);


Ø número de volumes: caso haja mais de um volume, deve aparecer
na capa, a indicação do respectivo volume, abaixo do nome do
autor;
Ø local (cidade): indicação do local onde o trabalho foi elaborado;
Ø ano de depósito (entrega).

2.6.2 Lombada

A Lombada (elemento opcional) ABNT NBR 12225

Nas dissertações e teses do IMA é um elemento obrigatório ela faz parte da


capa unindo as margens internas das folhas. Deve conter o nome do autor (impresso
de forma a ser lido do pé para o alto da lombada) sigla da Instituição ano da entrega.

Parte interna compõe-se de três partes: elementos pré-textuais, textuais e


pós-textuais.

O quadro abaixo orienta a disposição dos elementos que deve ser seguida
pelos usuários.
32

ESTRUTURA ELEMENTOS
Folha de rosto (obrigatório) Deve conter os dados de catalogação
na publicação, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano
vigente.
Errata (opcional)
Folha de Aprovação (obrigatório)
Dedicatória(s) (opcional)
PRÉ-TEXTUAIS Agradecimento(s) (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo em língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
TEXTUAIS Desenvolvimento
Conclusão
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
PÓS-TEXTUAIS Apêndice(s) (opcional)
Anexo (s) (opcional)
Índice(s) (opcional)
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e
documentação: trabalhos acadêmicos: elaboração. Rio de Janeiro, 2011. p. 5.

2.6.3 Folha de rosto

Elemento obrigatório que contém informações essenciais à identificação do


trabalho e que devem aparecer na seguinte ordem no anverso da folha de rosto:

Ø nome do autor;
Ø título;
Ø subtítulo (se houver), separados por dois pontos (:) e em caixa alta;
Ø número de volumes: caso haja mais de um volume, deve aparecer
na folha de rosto a indicação do respectivo volume;
Ø natureza: tipo de trabalho (tese ou dissertação) e objetivo (grau
pretendido) nome da Instituição a que é submetido.
33

Ø nome do orientador e co-orientador (se houver);


Ø local (cidade);
Ø ano de depósito (entrega).
Ø Verso da folha de rosto.

Inclui-se no verso da folha de rosto, a ficha catalográfica. O modelo da ficha


é elaborado pelo bibliotecário conforme o Código de Catalogação Anglo-americano
vigente.

2.6.4 Errata

Lista dos erros ocorridos no texto, seguidos das devidas correções.

2.6.5 Folha de aprovação

Localizada após a folha de rosto, a folha de aprovação é elemento


obrigatório que deve conter as seguintes informações:

Ø nome do autor;
Ø título e subtítulo;
Ø natureza: tipo de trabalho (tese ou dissertação) e objetivo (grau
pretendido) nome da Instituição a que é submetido;
Ø data de aprovação;
Ø orientador e co-orientador (se houver);
Ø professores examinadores (nome, titulação e instituições a que
pertencem).
34

2.6.6 Dedicatória

Folha opcional na qual o autor presta homenagem a alguém deve ser


inserida após a dedicatória.

2.6.7 Agradecimentos

Folha opcional, na qual o autor registra seu agradecimento a pessoas e/ou


instituições que contribuíram efetivamente na elaboração do trabalho. Deve-se
colocar a palavra AGRADECIMENTOS na parte superior da folha.

2.6.8 Epígrafe

Folha opcional, onde o autor transcreve uma citação, sem aspas, com
espaçamento simples alinhado a margem esquerda. A indicação de autoria é feita
abaixo da epígrafe.

2.6.9 Resumo em vernácula

Elemento obrigatório que deve apresentar, de forma clara e objetiva, os


pontos principais do trabalho e ser precedido de sua referência. O resumo terá no
máximo 500 palavras em parágrafo único de espaço simples. Deve ser precedido da
referência e apresentar as palavras-chaves.
35

2.6.10 Resumo em língua estrangeira

Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6028 seguido de


palavras-chave que representem o conteúdo do trabalho.
Elemento obrigatório que deve ser redigido em inglês Abstract, do resumo em
português. Deve ser precedido da referência do trabalho e apresentar as palavras-
chaves

2.6.11 Listas

As listas de: figuras, gráficos, quadros e tabelas (elemento opcional) são


consideradas ilustrações que podem vir em páginas próprias, se o número delas
assim o justificar, ou em uma só lista sob o cabeçalho “lista de ilustrações”, na qual
serão arranjadas por tipo, na seguinte ordem: figuras, gráficos, quadros e tabelas.
Essa relação obedece a ordem em que as ilustrações aparecem no texto, seguidas
do número, do título e da página em que se encontram.

2.6.12 Sumário

Regras gerais de apresentação

Ø A palavra sumário deve ser centralizada e com a mesma tipologia da


fonte utilizada para as seções primárias.

Ø A subordinação dos itens do sumário deve ser destacada pela


apresentação tipográfica utilizada no texto.
Ø Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário.
36

A ordem dos elementos do sumário deve ser conforme:

Ø Os indicativos das seções que compõem o sumário, se houver,


devem ser alinhados à esquerda, conforme a NBR 6024.
Ø Os títulos, e os subtítulos, se houver, sucedem os indicativos das
seções. Recomenda-se que sejam alinhados pela margem do título
do indicativo mais extenso.
Ø O(s) nome(s) do(s) autor(es), se houver, sucede(m) os títulos e os
subtítulos.
Ø A paginação deve ser apresentada sob uma das formas abaixo:
Ø número da primeira página (exemplo: 27);
Ø números das páginas inicial e final, separadas por hífen (exemplo: 91-
143);
Ø números das páginas em que se distribui o texto (exemplo: 27, 35, 64
ou 27-30, 35-38, 64-70).

Se houver um único sumário, podem ser colocadas traduções dos títulos


após os títulos originais, separados por barra oblíqua ou Se o documento for
apresentado em mais de um idioma, para o mesmo texto, recomenda-se um sumário
separado para cada idioma, inclusive a palavra sumário, em páginas distintas.

2.7 CITAÇÕES

Citação é a menção, no texto, de uma informação colhida em outra fonte. A


citação pode ser feita conforme especificado a seguir:

Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição


responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e
minúsculas e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.
Exemplos:
37

A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a


classificação proposta por Authier-Reiriz (1982).

“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise


da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293).

Especificar no texto a(s) página(s), volume(s), tomo(s) ou seção(ões) da


fonte consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s)
por vírgula e precedido(s) pelo termo, que o(s) caracteriza, de forma abreviada.
Exemplo:

Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de conversação’ que
abrange tão extensa e significativa parte da nossa existência cotidiana [...]”

Fonte: Regras 5 e 5.1 da ABNT NBR 10520:2002

2.7.1 Citações diretas, literais ou textuais

É a que o autor transcreve, literalmente, de outra fonte, o texto, respeitando todas as


características formais em relação à redação, à ortografia e à pontuação originais:

Ø As citações diretas, no texto, de até três (3) linhas, devem estar contidas entre
aspas duplas.
Exemplo:

Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de conversação’ que
abrange tão extensa e significativa parte da nossa existência cotidiana [...]”

As citações diretas, no texto, com mais de três (3) linhas, devem ser
destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor a que o texto
tamanho dez (10) sem as aspas. O espacejamento, nesse caso, é simples.
38

Exemplo:

A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional


ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns
de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e computador.
Através de áudio-conferência, utilizando a companhia local de telefone, um
sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer dimensão.
(NICHOLS, 1993, p. 181).

Fonte: Regras 5.2 e 5.3 da ABNT NBR 10520:2002

2.7.2 Citação indireta

É quando ocorre a reprodução das idéias do autor consultado, traduzindo-as


com as palavras do aluno. Deve referenciar o sobrenome do autor, em maiúsculas
quando entre parênteses e o ano da publicação (a indicação do número da página
consultada não é necessária). Apesar de ser livre, deve ser fiel ao sentido do texto
original.
Exemplo:

É necessário desmitificar a pesquisa em relação à separação artificial do ensino,


com o reconhecimento de sua articulação com a prática e a superação do modelo
que vê a aprendizagem como domesticação do aluno (SUAPE; WENDHAUSEN;
MACHADO, 2004).

As citações indiretas de diversos documentos de vários autores,


mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem
alfabética.
Exemplo:

Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de


todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997).
39

Fonte: Regras 5.1, 6.1.4, 6.1.5 da ABNT NBR 10520:2002

2.7.3 Citação de Citação

Nesse tipo de citação, a fonte consultada não é a original, ou seja, é a cópia


de citação de determinada obra identificada em outra publicação consultada pelo
autor do trabalho. Deve ser seguida da expressão apud e da fonte ou autor
consultados, constantes nas referências bibliográficas (citação de citação).
Exemplo:

Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]

“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de


1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172
apud SEGATTO, 1995, p. 214-215).

No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um
processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto,
prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear.

Fonte: Regra 7.1.3 da ABNT NBR 10520:2002

Atenção!

Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou


destaques, do seguinte modo:

supressões: [...].
Exemplo.:
40

“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de


1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172
apud SEGATTO, 1995, p. 214-215).

Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ].


Exemplo.:

Balbachevsky (2005, p.187) lembra que o “modelo era a relação tutorial que se
estabelecia entre o professor catedrático [brasileiro ou não] e o pequeno número de
discípulos, os quais também atuavam como auxiliares do professor”.

Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico.

Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta


alteração com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da
citação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada
Exemplo:

“[...] para que não tenha lugar a producção de degenerados, quer physicos quer
morais, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade.” (SOUTO, 1916, p. 46, grifo
nosso).

“[...] desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que, aparecendo
o classicismo como manifestação de passado colonial [...]” (CANDIDO, 1993, v. 2, p.
12, grifo do autor).

Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor deve-se incluir, após a
chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
Exemplo.:

“Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo [...] pode
julgar-se pecador e identificar-se com seu pecado.” (RAHNER, 1962, v. 4, p. 463,
tradução nossa).
41

Fonte: Regras 5.4, 5.7, 5.8 da ABNT NBR 10520:2002

2.7.4 Sistema de chamada

As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada:


numérico ou autor-data. Qualquer que seja o método adotado deve ser seguido
consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação na lista de
referências ou em notas de rodapé.

Quando o(s) nome(s) do(s) autor (es), instituição (ões) responsável (eis)
estiver (em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre parênteses, acrescida
da(s) página(s), se a citação for direta.
Exemplo:

Segundo Morais (1955, p. 32) assinala "[...] a presença de concreções de bauxita no


Rio Cricon."

As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num


mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem
alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de referências.
Exemplo:

De acordo com Reeside (1927a) ou (REESIDE, 1927b)

As citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados


em anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas datas separadas
por vírgula
Exemplo:

(DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)


42

(CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000)


As citações indiretas de diversos documentos de vários autores,
mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem
alfabética.

Fonte: Regras 6.1, 6.1.1, 6.1.2, 6.1.3, 6.1.4 da ABNT NBR 10520:2002

2.7.5 Sistema numérico

As citações dos documentos devem ter a numeração única e consecutiva,


indicadas por chamadas numéricas colocadas acima do texto, remetendo à lista de
referências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que
aparecem no texto. O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de
rodapé.
A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao
texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo,
após a pontuação que fecha a citação.
Exemplo:

Diz Rui Barbosa: "Tudo é viver, previvendo.” (15)


Diz Rui Barbosa: "Tudo é viver, previvendo."15

Fonte: Regra 6.2 da ABNT NBR 10520:2002

2.7.6 Sistema autor-data

Neste sistema a indicação é feita:


43

Ø Pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável


até o primeiro sinal de pontuação, seguido(s) da data de publicação do
documento e da (s) página(s) da citação direta, separados por vírgula e entre
parênteses.

Fonte: Regra 6.3 da ABNT NBR 10520:2002


Exemplo:

No texto:
A chamada “pandestística havia sido a forma particular pela qual o direito romano
fora integrado no século XIX na Alemanha em particular.” (LOPES, 2000, p.225).

Na lista de referências;

Lopes, José Reinaldo de Lima. O direito na História. São Paulo: Max Limonad,
2000.

2.7.7 Notas de rodapé

São as que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas. Servem


para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarregá-
los. Podem ser:

2.7.8 Notas explicativas

Evitam explicações
longas dentro do texto, prejudiciais à linha de argumentação.
Exemplo:
_________________
44

1
Encontramos esse tipo de perspectiva na 2ª parte do verbete referido na nota
anterior, em grande parte do estudo de Rahner (1962).

2.7.9 Notas de referência

Indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto


foi abordado.
Exemplo:
__________________

2
FARIA, José Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São
Paulo: Malheiros, 1994.
3
FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997.

2.7.10 Apresentação das notas de rodapé

Ø a chamada às notas é feita por números arábicos, colocados acima da


linha do texto. Exemplo.: ABNT1;
Ø a numeração das notas é sempre em ordem crescente dentro de um
mesmo capítulo ou artigo e nunca por página;
Ø no texto o número deve configurar após o sinal de pontuação que encerra
uma citação direta, ou após o termo a que se refere;
Ø a nota de rodapé é escrita em espaço simples e em tamanho 10;
Ø o indicativo numérico é separado do texto da nota por um espaço.
45

2.8 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS

Referência é conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de m


documento, que permite a sua identificação individual. (NBR 6023, 2002, p. 2). Nota:
"Constitui uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no Texto”.
“Caso haja conveniência de referenciar material bibliográfico sem alusão explícita no
texto, isto deve ser feito em seqüência às referências bibliográficas, sob o título
Bibliografia recomendada”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
ABNT, 10719, 1989, p. 13).

2.8.1 Livros

Os elementos essenciais são: autor (es), título, edição, local, editora e data
de publicação.

Exemplos:

Um autor:

ALVES, Roque de Brito. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.


Dois a três Autores:

SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de geometria


analítica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 2 v.

Mais de três autores: indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão


“et al".

URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o


Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.

Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da


obra, em coletâneas de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do
46

responsável, seguida da abreviação, no singular, do tipo de participação


organizador, compilador, editor, coordenador etc., entre parênteses.

FERREIRA, Léslie Piccolotto (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo:


Summus, 1991.

MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São


Paulo: Sarvier, 1993.

O título do livro será o elemento destacado (Negrito, itálico ou


sublinhado) Indicam-se os autores, de modo geral, pelo último sobrenome, em
letras maiúsculas, seguidos dos prenomes e outros sobrenomes, abreviados ou não,
separados entre si por ponto e vírgula, seguido de espaço.

Parte de livro

Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor
(es) e/ou título próprios. Os elementos essenciais são: autor (es), título da parte,
seguidos da expressão “In:”, e da referência completa da monografia no todo. No
final da referência, deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a
parte referenciada.
Exemplos:

Com autoria própria:


ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.;SCHMIDT,
J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.

Da mesma autoria:

SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In: ______. História do


Amapá. 2. ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3.

Obs.: ______. Esse traço é equivalente a seis espaços


47

2.8.2 Teses, Dissertações, Monografias

SOBRENOME, Prenomes do autor. Título: subtítulo. data. nº total de páginas. Tese,


Dissertação ou Monografia (grau e área) - Unidade de Ensino, Instituição, Local e
data da defesa.

Teses
Exemplo:

ROMERO, E. Estereótipos masculinos e femininos em professores de


educação física. 1990. 325 p. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar) – Instituto de
psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.

Dissertações
Exemplo:

ARAÚJO, U. A. M. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de


artefatos de museu para o conhecimento do universo indígena. 1985. 102 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais)-Fundação Escola de Sociologia e
Política de São Paulo, São Paulo, 1986.

Monografia
Exemplo:
KROEFF, M. S. O enfoque da pré-escola no ensino de graduação de educação
física em Santa Catarina: diagnóstico e proposição de diretrizes. 1988. 49 p.
Monografia (Especialização em Educação Física Infantil) – Centro de Educação
Física e Desportos, Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa
Catarina, Florianópolis, 1988.

2.8.3 Periódicos

A referência de toda a coleção de um título de periódico é utilizada em listas


de referências e catálogos de obras preparados por livreiros, bibliotecas ou editoras.
48

Os elementos essenciais são: título, local de publicação, editor, datas de início e de


encerramento da publicação, se houver.
Exemplo:

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-. Trimestral.


Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-
723X.

Partes de revista, boletim etc.:

Inclui volume, fascículo, números especiais e suplementos, entre outros,


sem título próprio. Os elementos essenciais são: título da publicação, local de
publicação, editora, numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo,
informações de períodos e datas de sua publicação.
Exemplo:

DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.

Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à


referência para melhor identificar o documento.
Exemplo:

DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun.
2000. 98 p.

Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.:

Incluem partes de publicações periódicas (volumes, fascículos, números


especiais e suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas,
recensões, reportagens, resenhas e outros.

Os elementos essenciais são: autor (es), título da parte, artigo ou matéria,


título da publicação, local de publicação, numeração correspondente ao volume e/ou
49

ano, fascículo ou número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou


matéria, data ou intervalo de publicação e particularidades que identificam a parte
(se houver).
Exemplos:

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v. 38,


n. 9, set. 1984. Edição especial.

MÃO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,


Rio de Janeiro; v. 7, 1983. Suplemento.

COSTA, V. R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.

GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração,


Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex, Brasília, DF, ano 1, n. 1, p. 18-


23, fev. 1997.

MANSILLA, H. C. F. La controversia entre universalismo y particularismo en la


filosofia de la cultura. Revista Latino americana de Filosofia, Buenos Aires, v.
24, n. 2, primavera 1998.

SEKEFF, Gisela. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de Janeiro, ano 26, n.
1344, p. 30-36, 3 fev. 2002.

Artigo e/ou matéria de jornal

Incluem comunicações, editoriais, entrevistas, recensões, reportagens,


resenhas e outros.
Os elementos essenciais são: autor (es) (se houver), título, título do jornal,
local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a
paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a
paginação do artigo ou matéria precede a data.
Exemplos:

COSTURA x P.U.R. Aldus, São Paulo, ano 1, n. 1, nov. 1997. Encarte técnico, p. 8.
50

NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28
jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.

LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3,


25 abr. 1999.

2.8.4 Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas


e outros

Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento
(atas, anais, resultados, proceedings, entre outras denominações).

Elementos essenciais são: nome do evento, numeração (se houver), ano e


local (cidade) de realização. Em seguida, deve-se mencionar o título do documento
(anais, atas, tópico temático etc.), seguido dos dados de local de publicação, editora
e data da publicação.
Exemplo:

IUFOST INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON CHEMICAL CHANGES DURING


FOOD PROCESSING, 1984, Valencia. Proceedings... Valencia: Instituto de
Agroquímica y Tecnología de Alimentos, 1984.

Parte de trabalho apresentado em evento:

Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento). Os elementos


essenciais são: autor(es), título do trabalho apresentado, seguido da expressão In:,
nome do evento, numeração do evento (se houver), ano e local (cidade) de
realização, título do documento (anais, atas, tópico temático etc.), local, editora, data
de publicação e página inicial e final da parte referenciada.
Exemplos:
51

BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado


a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9.,1994, São Paulo.
Anais... São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENDE, J. O. Influência da correção e do preparo


do solo sobre algumas propriedades químicas do solo cultivado com bananeiras. In:
REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS,
21., 1994, Petrolina. Anais... Petrolina: EMBRAPA, CPATSA, 1994. p. 3-4.

2.8.5 Patente

Os elementos essenciais são: entidade responsável e/ou autor, título,


número da patente e datas (do período de registro).
Exemplos:

EMBRAPA. Unidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação


Agropecuária (São Carlos, SP). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital
multissensor de temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1989, 30
maio 1995.

ALFRED WERTLI AG. Bertrand Reymont. Dispositivo numa usina de fundição de


lingotes para o avanço do lingote fundido. Int CI3B22 D29/00. Den.PI 8002090. 2
abr. 1980, 25 nov. 1980. Revista da Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, n. 527,
p.17.

2.8.6 Documentos Eletrônicos

As referências devem obedecer aos padrões indicados para os documentos


monográficos no todo, acrescidas das informações relativas à descrição física do
meio eletrônico. Quando se tratar de obras consultadas online, também são
essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais
< >, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento,
52

precedida da expressão Acesso em: opcionalmente acrescida dos dados referentes


a hora, minutos e segundos.
Exemplos:

KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98.


Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-
ROM.

ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 jan. 2002.

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto
de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>.
Acesso em: 28 nov. 1998.

SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, São
Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_
morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set. 1998.

KRZYZANOWSKI, R. F. Valor agregado no mundo da informação: um meio de criar


novos espaços competitivos a partir da tecnologia da informação e melhor satisfazer
às necessidades dos clientes/usuários. In: CONGRESSOREGIONAL DE
INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE, 3., 1996, Rio de Janeiro. Interligações
da tecnologia da informação: um elo futuro. Disponível em:
<http://www.bireme.br/cgibin/crics3/texto?titulo=VALOR GREGADO+NO+MUNDO>.
Acesso em: 26 jan. 1999.

Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico:

Incluem bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco


rígido, programas, conjuntos e programas e mensagens eletrônicas entre outros. Os
elementos essenciais são: autor (es), título do serviço ou produto, versão (se houver)
e descrição física do meio eletrônico. Quando se tratar de obras consultadas online.
Exemplos:
53

MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 995.
1 CD-ROM.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc. Curitiba,
1998. 5 disquetes.

ALLIE’S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CDROM.

ÁCAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL DE PESQUISAS E


TECNOLOGIA “ANDRÉ TOSELLO”. Base de Dados Tropical. 1985. Disponível em:
<http://www.bdt.fat.org.br/acaro/sp/>. Acesso em: 30 mai. 2002.
54

CAPÍTULO 3

ANÁLISES DE CASOS

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Considerando a importância na qualidade da apresentação formal dos


trabalhos acadêmicos, foi selecionado aleatoriamente na base de dados MINERVA
uma amostra de 10 dissertações e 10 teses do IMA que foram elaboradas do
período de 2006 a 2010 para compor o conjunto de trabalhos que foram analisados
especificamente no que se refere aos aspectos da normalização: disposição dos
elementos, formato, citações e referências.

Na amostra das dissertações e teses selecionadas para a coleta dos dados,


constatou-se que não seguiram os padrões estabelecidos pelo documento
acadêmico adotado pelo IMA.

A análise das amostras seguiu a disposição dos elementos de acordo com a


estrutura do trabalho acadêmico.

A parte externa da estrutura dos trabalhos que compreende a capa e a


lombada foi verificada as seguintes falhas:

Capa (elemento obrigatório)

Nenhuma das amostras selecionadas incluía no trabalho a capa. Observou-


se que a folha de rosto está sendo confundia e utilizada no lugar da capa.
55

Lombada

As amostras de lombadas e encadernações analisadas estão no padrão do


IMA e os modelos estão disponíveis na reprografia responsável pela impressão e
encadernação dos trabalhos.

Parte interna da estrutura do trabalho acadêmico compõe-se de três partes:


elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

Pré–textuais

Na folha de rosto das amostras verificou-se a diagramação inadequada dos


elementos, implicando destaques equivocados, como, por exemplo, o nome da
instituição, onde deveria constar o do autor. As amostras analisadas não
apresentavam a ficha catalográfica impressa, no verso da folha de rosto. A ficha
aparece em folha separada logo após a folha de aprovação, quando a indicação é a
impressão da ficha catalográfica seja no verso da folha de rosto.

Folha de aprovação

A folha de aprovação constava de diagramação inadequada dos elementos,


implicando destaques equivocados, como, por exemplo, o nome da instituição, onde
deveria constar o do autor.

Dedicatória agradecimentos e epígrafe

As amostras não respeitavam a ordem dos elementos de acordo com a norma ABNT
NBR 14724:2011, um dos exemplos a epígrafe estava disposta na frente de
dedicatória.

Resumo
56

Todas as amostras apresentavam o resumo na língua vernácula e na língua


inglesa.

Listas de ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas

As amostras apresentavam diagramação inadequada e listas fora da ordem


indicada pela norma ABNT NBR 14724:2011.

Sumário

Item obrigatório em trabalhos científicos, o sumário é a enumeração das


divisões, seções de um documento, na mesma ordem e grafias em que a matéria
nele se sucede. Em parte dos trabalhos analisados, o sumário não apresentava a
diagramação de acordo com as ABNT NBR 6027. Assim, com também não segue o
padrão oferecido no documento acadêmico do IMA.

Elementos textuais

Na a parte textual analisou-se apenas o desenvolvimento títulos das seções


que são grafados de forma diferenciada, destacando-os gradativamente, de acordo
como modelo do documento acadêmico do IMA e a apresentação das citações.

Nas 10 amostras analisadas os títulos das seções não seguem o padrão


oferecido pelo documento acadêmico. Cada trabalho analisado segue um padrão
diferenciado. Não há uniformidade no sistema de chamada das citações na amostra
analisada alguns trabalhos apresentam o sistema numérico e outros o sistema autor-
data. No documento acadêmico do IMA a indica que as citações sejam elaboradas
pelo sistema autor-data.

Elementos pós-textuais

As amostras dos elementos pré-textuais foram analisados de acordo com a


disposição dos elementos a seguir.
57

Referências

Nas amostras das referências analisadas verificaram-se falhas tais como:


referências fora de ordem alfabética; elementos essenciais incompletos; falta do
destaque tipográfico utilizados nos títulos; espaçamento duplo ao invés de
espaçamento simples nas entrelinhas entre; referências que não seguiam o padrão
indicado ente outras.

Glossário

As amostras analisadas não apresentavam glossário.

Apêndice

As amostras analisadas não apresentavam apêndice

Anexo

Nas amostras os elementos estavam de acordo com a norma.

Índice

As amostras analisadas não apresentavam índice.

Observou-se que a apresentação das dissertações e teses, nos seus


aspectos normativos e gráficos, não estava, na sua totalidade, em conformidade
com as normas da ABNT.
A observância destes itens contribuiria para aprimorar a qualidade da
apresentação das dissertações e teses. Há necessidade, portanto, de orientação ao
corpo docente e discente quanto à referida apresentação, em consonância com as
normas estabelecidas para trabalhos científicos da ABNT.
58

CONCLUSÃO

Após análise de dez amostras das dissertações e teses do Instituto de


Macromoléculas Professora Eloisa Mano. - UFRJ, observou-se que estes refletem os
problemas enfrentados pelas instituições de ensino Superior ao que se refere à
normalização dos trabalhos científicos.

Ë imprescindível fazer uma reflexão sobre a forma como está sendo


conduzida a elaboração dos trabalhos acadêmicos no ensino superior considerando
que a normalização é responsável por um dos fatores de qualidade na apresentação
dos trabalhos.

Ao professor cabe a tarefa de mediar à preparação do aluno,


conduzindo-o para o progressivo domínio na prática do trabalho intelectual.
Essa preparação se dá de forma gradativa e constante por meio de pesquisas e
trabalhos que serão exigidos no seu percurso acadêmico.

Entretanto, à normalização exige diversidades de conhecimentos em


áreas multidisciplinares que na maioria das vezes não é dominada pelos
professores, uma das principais causas da não observância dos procedimentos
metodológicos. A disciplina Metodologia Científica é apresentada praticamente já
no final do curso, visando o cumprimento da exigência de apresentação do trabalho
monográfico para obtenção da titulação. Momento no qual as questões são
abordadas mais detidamente aos procedimentos metodológicos de caráter
intrínsecos (conteúdo), deixando as questões de caráter extrínsecos (forma) sem a
observância das normas de documentação da ABNT que prescrevem os
procedimentos que devem ser adotados na normalização de trabalhos acadêmicos.

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o Fórum Nacional de


Normalização, representa no Brasil a ISO (International Organization for
Standardization). No Brasil a ABNT é a responsável pela publicação das normas de
59

Documentação, que orientarão na preparação da estrutura formal dos trabalhos


acadêmicos.

É importante conhecer as normas da ABNT, suas funções e suas aplicações


para identificar a estrutura do trabalho acadêmico: elementos pré-textuais; textuais e
pós-textuais e aplicá-las desde o inicio da vida acadêmica, já que fazem parte da
metodologia de apresentação de trabalhos escritos.

A disciplina normalização documentária faz parte da grade curricular dos


bibliotecários que precisam aplica-lás em seu cotidiano profissional. Dessa forma os
bibliotecários podem contribuir na orientação à normalização sem interferir no campo
exclusivo do orientador/professor.

Essa integração entre professor/bibliotecário poderia facilitar em muito o


serviço de orientação à normalização desde o inicio da vida acadêmica. De forma
que a normalização integrasse de forma natural a rotina dos alunos do ensino
superior. Evitando tanto desgaste e estresse no momento de elaborar os trabalhos
de conclusão de curso.

No caso da Biblioteca do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa


Mano as bibliotecárias procuram solidificar a parceria com o corpo social do IMA,
mantendo a divulgação efetiva dos serviços de normalização entre os professores e
os alunos, tendo em vista as necessidades e interesses na qualidade da
apresentação das dissertações e teses da comunidade acadêmica.
60

REFERÊNCIAS

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

2 ______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das


seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

3 ______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de


Janeiro, 2003.

4 ______. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de


Janeiro, 2003.

5 ______. NBR 6033: ordem alfabética. Rio de Janeiro, 1989.

6 ______. NBR 6034: preparação de índice de publicações: procedimentos. Rio de


Janeiro, 1989.

7 ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:


apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

8 ______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:


apresentação. Rio de Janeiro, 2006.

9 BARBA, Clarides H. de. A construção da Pesquisa Científica. Porto Velho:


UNIR, 2002.

10 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível


em:<http://bd.camara.gov.br/br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2762/db_5ed.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 01 jun.2011.

11 CRUZ, Anamaria da costa; MENDES, Maria Tereza Reis. Estrutura e


apresentação de projetos, trabalhos acadêmicos, dissertações e teses (NBR
14724/2005 e 15287/2006). Rio de Janeiro: Interciência, 2007.
61

12 DIAS, Maria Matilde Kronka. Normas técnicas. In: CAMPELLO, Bernadete


Santos; CENDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Margueritte Jeannette (Org.).
Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte:
Ed. UFMG, 2000.

13 LAROSA, Marco Antonio; AYRES, Fernando Arduini. Como produzir uma


monografia: passo a passo... siga o mapa da mina. 7. ed. Rio de Janeiro: WAK,
2008.

14 MACEDO, Neusa Dias de. Iniciação à pesquisa bibliográfica: guia do


estudante para fundamentação do trabalho de pesquisa. 2. ed. rev. São Paulo:
Loyola, 1994.

15 MANO, Eloisa Biasotto. Os 25 anos do Instituto de Macromoléculas 1968-


1993. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.

16 MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. A ciência, o sistema de comunicação


científica e a literatura científica. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CENDÓN,
Beatriz Valadares; KREMER, Margueritte Jeannette (Org.). Fontes de
informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Ed. UFMG,
2007.

17 ______. O crescimento da ciência, o comportamento científico e a


comunicação científica: algumas reflexões. Rev. da Escola de
Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v. 24, n. 1 p. 63- 84, jan./ jun 1995.

18 OLIVEIRA, Clara Regina Agostini. Trabalhos acadêmicos oportunidade


singular para iniciação ao trabalho científico. Disponível em: <
http://www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/02/downloads/artigo_06.pdf>.
Acesso em: 30 abr. 2011.

19 RODRIGUES, MARA Eliane Fonseca; LIMA, Marcia H. T. de Figueiredo;


GARCIA, MARCIA Japor de Oliveira. A normalização no contexto da
comunicação científica. Perspect. Ciênc. Inf., Belo Horizonte, v. 3 n. 2, p. 147-
156, jul. /dez. 1998.

20 SCHWARTZMAN, Simon. A política brasileira de publicações científicas e


técnicas: reflexões. [s.l., 2000?]. Publicado originalmente na Revista Brasileira
de Tecnologia, Brasília, DF, maio - jun. 1984. Disponível em:
<http://www.schwartzman.org.br/simon/pol_pub.htm>. Acesso em: 18 mar. 2011.

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