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A PRATA APLICADA AO TRATAMENTO DE FERIDAS

A prata tem propriedades medicinais e vem sendo a replicação e a possibilidade de desenvolver resistência.
usada há mais de 2000 anos. É um metal que em sua O mecanismo é sempre o mesmo, independente de sua
maior parte é um subproduto da mineração de chumbo forma de apresentação. No entanto, se estiver na forma
e está freqüentemente associada ao cobre. elementar,a prata precisa sofrer um processo de oxidação
A propriedade antimicrobiana da prata e de seus a fim de que seja transformada em um composto de
compostos é a base principal de sua aplicação medicinal óxido de prata e íons de prata, que conferem o efeito
desde o século XIX. Desde então a prata teve diversas antimicrobiano. Um dos benefícios da forma elementar
utilizações e seu enorme potencial para o tratamento é de poder proporcionar um maior reservatório de prata
de lesões foi sendo descoberto. disponível na cobertura, permitindo um potencial de
Moyer et al (1965) foram provavelmente os primeiros liberação por um tempo ampliado.
a abordarem o uso tópico da prata no cuidado de A fim de que o tratamento de feridas seja eficaz com
feridas desenvolvendo um tratamento eficaz contra as coberturas com prata, estas devem conter algumas
queimaduras infectadas utilizando-se de um creme a propriedades físicas e químicas ideais (White, 2001).
base de nitrato de prata a 0,5%. Seus estudos concluíram Para tanto, a cobertura deve ter uma combinação de
que o mesmo era eficaz contra Staphylococcus aureus, efeito antimicrobiano com capacidade de absorver
Pseudomonas aeruginosa e Streptococcus hemolyticus exsudato e também ser associada a sistemas de
sem causar resistência por conta da prata. bandagem compressiva. A prata deve possuir uma
A popularidade do uso de coberturas com prata baixa solubilidade no exsudato, pois reage rapidamente
no tratamento de feridas vem aumentando com outros íons e proteínas presentes na ferida, a qual
progressivamente. Atualmente a prata está presente em garante uma liberação sustentada durante um período
uma ampla gama de coberturas e pode se apresentar de dias com uma atividade prolongada sem o risco de
em duas formas: absorção sistêmica.
- Compostos/complexos: quando a prata está associada Quando uma quantidade excessiva de prata é
a um sal e produz a prata iônica (Ag+), quando está em aplicada através de medicamentos usados tópica
contato com fluidos de feridas ou soluções; ou sistemicamente, o resultado é uma descoloração
- Elementar: a prata está em forma metálica (Ag), grisácea (argíria ou argirose) na pele, unhas e mucosas
também descrita como prata coloidal ou nanopartículas escleróticas (Landsdown, 1995). Estes compostos são
de prata. absorvidos pelo corpo e permanecem no sangue até se
O cátion de prata ou o íon carregado positivamente depositarem nas membranas mucosas, formando uma
(Ag+) é ativo contra uma grande variedade de patógenos película acinzentada.
bacterianos (Hoffman, 1984; Hugo 1992), fungos Um estudo realizado em queimaduras tratadas com
(Wright et al, 1999) e vírus (Montes et al, 1986). O poder uma cobertura com prata nanocristalina demonstrou
antimicrobiano da prata tem sido relacionado aos que após cinco dias de uso a mesma causou argíria com
seus variados mecanismos de ação. A prata interfere significante elevação nas concentrações sanguíneas
no metabolismo bacteriano, pode romper a parede da (107ng/g) e urinárias (28ng/g). Quando o uso foi
célula bacteriana e ligar-se ao seu DNA, inibindo assim descontinuado as concentrações se normalizaram em
90 dias (in Landsdown & Willians, 2004). de biofilmes, proteínas e ânions do exsudato. Tanto
Innes et al (2001) demonstraram que o uso da prata sob um ponto de vista celular quanto bioquímico,
em feridas com baixa carga bacteriana pode ter um clinicamente a tolerância à citotoxicidade é maior do
efeito citotóxico. Eles compararam os efeitos de uma que a observada nos sistemas in vitro.
espuma de poliuretano com um curativo com prata Portanto é recomendável ter conhecimento dos
nanocristalina em pares de enxertos compatíveis e mecanismos de liberação de prata das coberturas e
concluíram que a reepitelização foi significativamente cautela em sua indicação.
menor nas áreas tratadas com o curativo com prata As coberturas que contêm prata são uma excelente
(14,5+/-6,7 dias contra 9,1+/-1,6 dias; p =0,004). opção para o combate microbiano tópico em feridas que
De acordo com Russell & Hugo (2004) e Demling & apresentam infecção, além de serem uma ferramenta
DeSanti (2001), a forma iônica da prata é um potente essencial para o controle da carga bacteriana. Diante de
agente microbiocida em concentrações tão baixas tantas opções no mercado, é importante o profissional
quanto de 0,001 a 0,06 ppm (partes por milhão). Sendo de saúde estar atualizado sobre as características e
assim, não é preciso uma alta concentração de prata mecanismos de ação de cada produto, suas vantagens
para obter efeito bactericida. e desvantagens, evidências clínicas, relação de custo e
Ovington (2004) ressalta que a maioria dos estudos benefício, a fim de extrair o máximo de proveito dessas
sobre citotoxicidade da prata são feitos in vitro, em tecnologias. O potencial de citotoxicidade, a quantidade
condições muito diferentes daquelas encontradas em de absorção de exsudato e a versatilidade dessas
uma ferida, portanto deve-se considerar que o efeito coberturas são pontos que devem ser cuidadosamente
observado in vitro pode não corresponder diretamente considerados.
à situação clínica. Na tabela abaixo é possível verificar as modalidades
No ambiente in vivo, muito outros fatores podem dos produtos com prata da Systagenix e elucidar suas
interferir na ação da prata, como a possível presença diferenças.

ACTISORB®  PLUS  25   SILVERCEL®   PRISMA®  


 
Tipo   Elementar   Elementar   Composto  
Apresentação   Metálica   Metálica   Iônica  
Mecanismo  de  
Oxidação   Oxidação   Dissolução  do  sal  
liberação  

Condição  de  ativação   Exsudato  


Liberação  no  leito   Não   Sim   Sim  
2
Concentração   25  µg*/cm   8%   0,25%  
 Oxidação  de  nanopartículas   +
+ Oxidação  da  prata  libera  Ag ,  
Mecanismo  de   de  prata    liberam  Ag ,  que   Dissolução  dos  sais  de  ORC-­‐
até  atingir  o  ponto  de  
ativação   ficam  adsorvidos  na  malha   prata  libera  Ag+.  
saturação  em  20  ppm.  
de  carvão.    

Início  da  ativação     A  partir  do  contato  com  o  exsudato.  

Ao  mesmo  tempo  que  a  


+ Feito  pelo  nível  de  saturação  
Não  há  liberação  de  Ag  na   + matriz  vai  sendo  absorvida  
Controle  da  liberação   de  Ag  que  fica  em  cerca  de  20  
lesão.   ocorre  a  liberação  gradual  
ppm.   +
dos  Ag .  

Atividade  bacteriana   Amplo  espectro,  incluindo  espécies  multi-­‐resistentes  e  fungos.  

 *µg: unidade para microgramas. 1 µg = 0,000001 grama.

Referências
Demling, R., DeSanti, L. Effects of silver on wound management. Wounds 2001;13(suppl A):4-15.
Hoffmann, S. Silver sulfadiazine: an antibacterial agent for topical use in burns. Scand J Plast Reconstr Surg 1984;18:119-126.
Hugo, W. In: Russell, A., Hugo, W., Ayliffe, G., eds. Principles and Practice of Disinfection, Preservation and Sterilization. Blackwell Scientific 1992;2:3-6.
Innes, M., Umraw, N., Fish, J., Gomez, M., Cartotto, R. The use of silver coated dressings on donor site wounds: a prospective, controlled matched pair study. Burns 2001;(6):621-627.
Lansdown, A. Physiological and toxicological changes in the skin resulting from the action and interaction of metal ions. Crit Rev Toxicol 1995;25(5):397-462.
Lansdown, A., Williams, A. How safe is silver in wound care? Journal of Wound Care 2004;13(4):131-136.
Montes, L., Muchinik, G., Fox, C. Response to varicella-zoster virus and herpes zoster to silver sulfadiazine. Cutis 1986;38(6):363-365.
Moyer, C., Brentano, L., Gravens, D., Margraf, H., Monafo, W. Treatment of large human burns with 0.5% silver nitrate solution. Arch Surg 1965;90:812-867.
SYS/BRA/289/1210

Ovington, L. Silver: fact or fiction? Utilizing the antibacterial mechanisms of silver in wound care. Ostomy Wound Managent 2004;50(9A, suppl):S1-S10.
Russell, A., Hugo, W. Antimicrobial activity and action of silver. In: Ellis GP, Luscombe DK (eds). Progress in Medicinal Chemistry, Vol. 31. Philadelphia, Pa: Elsevier Science; 2004:351-370.
White, R. An historical overview of the use of silver in wound management. British Journal of Community Nursing 2001;6;8(Silver Suppl 1):3-8.
Wright, J., Lam, K., Hansen, D., Burrell, R. Efficacy of topical silver against fungal burn wound pathogens. Am J Infect Control 1999;27(4):344-50.

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