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Psicologia Escolar

1. INTRODUÇÃO

Segundo Cassins (2007) o psicólogo escolar é aquele que “desenvolve, apóia e


promove a utilização de instrumental adequado para o melhor aproveitamento acadêmico do
aluno a fim de que este se torne um cidadão que contribua produtivamente para a sociedade”
(p. 17).

Deste modo, a Psicologia Escolar, se baseando em conhecimentos científicos a


respeito do desenvolvimento emocional, cognitivo e social, busca compreender os processos
de aprendizagem, auxiliando no direcionamento da equipe da escola para um constante
aperfeiçoamento de suas práticas, participando ativamente da equipe multidisciplinar
contribuindo com seu conhecimento para o processo de tomada de decisões (CASSINS,
2007).

Para realizar seu trabalho, o psicólogo busca desenvolver atividades junto de alunos,
professores e funcionários da instituição, atuando em conjunto inclusiva com as variáveis que
interferem no cotidiano dos alunos fora do ambiente escolar, como por exemplo o núcleo
familiar, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade escolar (CASSINS, 2007).

Existem desafios para atuação do psicólogo escolar pelo fato de ser um ambiente
cercado de fatos a serem explicados e contradições que permeiam o processo de
aprendizagem, o psicólogo encontra cada vez maiores dificuldades para realizar seu trabalho,
principalmente na rede pública de ensino (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA,
2013).

Frente à demanda de resolução imediata de questões, qualquer proposição de


pensar o que se passa nas salas de aula, nos conselhos de classe, nas reuniões
com professores e familiares, nas atividades rotineiras implicadas com a
formação, pode gerar um olhar de descrédito, o que vem fomentando nas
(os) psicólogas (os) a percepção da escola como uma instituição fechada a
mudanças (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2013, p. 39).

Logo a grande dificuldade do psicólogo é em estabelecer uma estratégia que o permita


acessar o ambiente escolar, pois esse não se restringe a um edifício, mas um “território
existencial em que a diversidade de vínculos e de ações faz diferença facultando múltiplas
possibilidades” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2013, p. 39).
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Nesse sentido é necessário compreender que a escola está inserida em um contexto


marcado pela fluidez, instantaneidade e consumo, e muitas vezes é necessário resgatar o seu
sentido perante a toda tecnologia de informação e comunicação, questionando as polêmicas e
conflitos da sociedade presentes nesse contexto (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA,
2013).

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2013)

Uma escola, quando organiza seu cotidiano de trabalho, afirma referenciais


de normalidade, de certo e errado, de “quem sabe” e de “quem não sabe e
deve aprender”, de “como se deve se comportar”. Consolida valores, modos,
tempos e marca lugares, classifica e impõe certa ordem ao mesmo tempo que
cria o que escapa a esse padrão, o que é avesso, o que é desordem, seguindo
preceitos de uma ideologia proposta pelo capital. Quase nunca
problematizamos isso na escola, dificilmente se dá visibilidade às
instituições que estão em jogo nas relações escolares. As equipes da
educação trabalham cada vez mais de forma acelerada, vivendo os efeitos
das práticas coletivas que tecem as tramas, que sistematizam e naturalizam
formas de agir, sem conseguir entender o que se passa e como criar
alternativas às impotências cada vez maiores para muitos professores,
estudantes, familiares e psicólogas (os) (p. 41).

É importante levar em consideração que a psicologia vive uma fase de questionamento


no campo escolar por conta das diferentes formas de intervenções que divergem entre si, e
algumas ainda se baseiam com as concepções da primeira metade do século XX, enquanto as
mais inovadoras buscam novas interações do psicólogo no contexto educacional (BARBOSA,
MARINHO-ARAÚJO, 2010).

A prática da Psicologia Escolar não se restringe a escola, mas outras instituições que
possuem também propostas educacionais, sendo o mais significativo os pressupostos e
finalidades do profissional da educação, sendo o campo da Psicologia Escolar estar em
constante crescimento desde os estudos de E. L. Thorndike (CASSINS, 2007).

É importante que a prática do psicólogo na instituição esteja embasado em um teoria


científica que legitime e direcione seu trabalho, as linhas de pensamento dentro da psicologia
mais utilizadas recentemente é o psicodrama, que pode auxiliar trabalhar situações
conflituosas dentro do ambiente escolar, pois possibilita o desenvolvimento da percepção e
compreensão do fato e busca de soluções coerentes as possibilidades de cada participante; o
behaviorismo que assinala a importância do planejamento da ação pedagógica de modo que o
processo de aprendizagem seja reforçador ao aprender; a neuropsicologia que valoriza a
individualização do aprendizado de modo que o aprendizado estará relacionado ao
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funcionamento neuronal do aluno, professor que em conjunto com o apoio psicológico poderá
potencializar o processo de aprendizagem do aluno; a abordagem sistêmica que se apoia em
uma compreensão não linear da situação, não se apegando a relações de causa e efeito, mas
compreendendo que quando se muda uma das partes o todo também é alterado; a abordagem
psicanalítica valoriza a individualidade do aluno, compreendendo que trabalhando com as
diferenças individuais é possível atingir a igualdade social; a gestaltpedagogia se apoia na
ideia que a natureza humana se organiza de maneira que partes formam um todo significativo,
de modo que a escola não deve menosprezar o valor integrativo de todo o conhecimento
(CASSINS, 2007).

Cassins (2007) reforça que, em relação as abordagens utilizadas na prática de


psicologia escolar

O sistema escolar convencional demonstra a necessidade de se efetivar um


modelo que ofereça condições de desenvolvimento global não só dos alunos,
mas também de todos os envolvidos com educação. Este novo modelo deve
inserir diferentes diretrizes pedagógicas, que enfatizem o desenvolvimento
da personalidade – dentro dos quatro pilares da educação para o Século XXI
– e a conscientização do indivíduo quanto a seu contato com o meio (p 30).

O foco da população atendida pela psicologia escolar, desse modo, é toda instituição,
sendo ONG ou escola que esteja voltada para o processo de aprendizagem, e seu foco de
intervenção vai desde o nível administrativo, participando da elaboração do projeto
pedagógico e realizando diagnósticos institucionais por exemplo, atuando junto com o corpo
docente, auxiliando na delimitação dos objetivos educacionais , articulando as teorias de
aprendizagem a prática realizada, e trabalhando com o corpo discente, realizando intervenções
que contribuam para a construção da identidade pessoal e realizado planos de intervenção nos
casos de alunos de riscos, e atuando também junto a comunidade atuando em conjunto com
pais e familiares, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais e resgatando junto a
comunidade o papel da escola, bem como esclarecendo suas possibilidades e limites
(CASSINS, 2007).

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