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ZOONOSES

DOENÇAS TRANSMITIDAS DOS ANIMAIS AO HOMEM

1. Raiva;
2. Leishmaniose;
3. Leptospirose;
4. Toxoplasmose;
5. Equinococose;
6. Sarna sarcóptica;
7. Dermatomicoses;

1. RAIVA

Definição da Raiva:
Zoonose de risco, pode ser transmitida pelo cão e gato, roedores, raposa, lobo,etc…
A raiva é uma encéfalo-mielite viral, está extinta há vários anos.

Formas de contágio:
o - Mordedura de animal raivoso;
o - Aposição de saliva na pele não intacta;
o - Vias aerógena (respiratória);
o - Via transplacentária (através da placenta).

Sintomas da Raiva:
o - Período de incubação: 15-90 dias cão
14-60 dias gato
o - O vírus replica-se no local da mordedura, progride pelos nervos periféricos até ao cérebro.
Vindo do Sistema Nervoso Central, atinge as glândulas salivares através da rede nervosa.
No cão manifesta-se de três formas: Raiva Furiosa, Muda e Atípica

 Raiva furiosa – a mais importante, dura 4-7 dias, máximo 12 dias.

Evolui em 3 períodos distintos:

 Período Melancólico – 1-3 dias, caracteriza-se por modificações profundas do carácter.


- Triste, reflexos exaltados, evita ruídos e luz intensa.
- Manifestações nervosas, agravam-se: inquietação, agitação, deita-se,
levanta-se, alucinações abocando objetos imaginários.

 Período de Excitação – 3-4 dias, aumento das manifestações iniciais.


- Acessos de fúria alternando com acalma.
- Comichão intensa até se mutilar.
- Destrói todos os objetos que apanha.
- Língua pendente, baba em fio, pelo eriçado.
- Voz rouca – paralisia da laringe.

 Período de Depressão – Alargamento da fase de abatimento entre cada acesso de fúria.


- Marcha cambaleante – degeneração do Sistema Nervoso Central.
- Paralisia, micção e defecação involutárias.
- Cauda pendente, metida entre as pernas.
- Deglutição cada vez mais dificil.
- Decúbito lateral, hipotermia, coma e morte.

 Raiva muda – Difere da furiosa pela ausência ou fugacidade dos períodos melancólico e de
excitação.
- As paralisias surgem prematuramente, logo no maxilar inferior e cabeça.
- Animal muito deprimido.
- Evolução muito rápida, raramente + 5 dias.

 Raiva atípica – Sem sintomas característicos.


- Modificações acentuadas dos períodos referidos.
- Paralisias limitadas a certos grupos musculares.
- Gastroenterite hemorrágica.
- Morte logo após período de excitação, sem paralisias.

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Gato:
o Evolução muito semelhante à do cão.
o Na forma furiosa, é muito mais agressivo, atacando com unhas e dentes.
o A doença evolui em 2-6 dias.
o A raiva muda: sialorreia intensa, apatia profunda, ligeira paralisia do terço posterior.

Tratamento:
o Não tem tratamento curativo.
o Obrigatória a eutanásia de animais com doença declarada.
o No acto do provável contágio, desinfetar a ferida.
o Homem – tratamento preventivo, imunizando rapidamente, no fim do período de incubação já
existia imunidade orgânica.

2. LEISHMANIOSE

Definição de Leishmaniose:
Doença parasitária, crónica, característica dos países mediterrânicos.
Protozoário Leishmania + mosquito Phlebotomus.
Portugal: Bacias dos Rios e zonas arenosas.
- Ciclo evolutivo.
- Transmissão direta.

Mosquitos:
- Dormem de dia;
- Machos: alimentam-se de sucos vegetais;
- Fêmeas: hematófagas (alimenta-se do sangue).

Sintomas Gerais:
- Febre;
- Modificações de comportamento;
- Emagrecimento: atrofia muscular, cabeça de velha;
- Anemia;
- Hemorragias: epistaxis (sangrar pelo nariz).

Sintomas Cutâneos:
- Alopécias(redução do pelo) : olhos, orelhas, membros e cauda;
- Hiperqueratose (pele expessa);
- Paraqueratose(aumento da quaratina): escamas;
- Onicogrifose(desenvolvimento anormal da unha): unhas de faquir;
- Úlceras;
- Nódulos;
- Formas oculares: conjuntivites.

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Sintomas Viscerais:
- Hipertrofia dos linfonodos: poplíteos;
- Esplenomegália (aumento do baço);
- Hepatomegália(aumento do figado);
- Diarreia e colite;
- Claudicações.

Diagnóstico:
- Clínico;
- Laboratorial: serologia.

Importância em saúde pública:


- 14 milhões de pessoas infetadas;
- 1,5 milhões de novos casos/ ano;
- 2/3 cutâneos e 1/3 viscerais;
- Grande número de crianças (Norte de África);
- França: aumento, formas viscerais;
- Portugal: predomina em crianças até 3 anos.

Homem vs Cão:
- Frequência: forma humana inversa à canina;
- Humana: zonas urbanas e suburbanas;
- Canina: zonas rurais.
MOSQUITO PREFERE O CÃO!

Casos Humanos:
Porque aumentam?
- Nº de cães não baixou;
- França: há muitos cães;
- Aumento: cães tratados, dose, resistência;
- Aumento da sensibilidade humana: imunodeprimidos.

Como Proceder?:
 Cães infetados:
- Errantes: eutanásia;
- Com dono: tratamento ou eutanásia;
 Campanhas da DGAV

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3. LEPTOSPIROSE

Definição de Leptospirose:
Bactéria do género Leptospira.
Afeta várias espécies, particularmente o cão.
Murídeos(ratos) são hospedeiros naturais.
Penetração através da pele (mordedura de roedores), muscosas e tubo digestivo.
- Águas e alimentos(leite) podem ser veículos ( contaminação com urina).
- Muitas formas assintomáticas.

Sintomas da Leptospirose:
- Forma aguda: depressão, vómitos, febre, epistaxis(sangrar do nariz), petéquias,
polidipsia(muita sede), conjuntivite, necrose da língua, morte em 5-15 dias ou horas;
- Forma ictérica: febre ligeira, icterícia, vómito, epistaxis(sangrar do nariz), obstipação, urina
carregada, morte numa semana ou recuperação.
- Forma sub-aguda: icterícia ligeira, anorexia, conjuntivite, vómito, obstipação, polidipsia(muita
sede), desidratação, úlceras orais, urémia e morte.

Diagnóstico: Laboratorial (bacteriologia e serologia)

Tratamento: Antibióticos (penicilina e estreptomicina)

Profilaxia:
- Médica: vacinas;
- Sanitária: eliminar ratos, drenagem de águas estagnadas e desinfeções.

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4. TOXOPLASMOSE
Definição de Toxoplasmose:
Doença parasitária, protozoário, Toxoplasma gondii.
Gato(H.D.), mamíferos e aves (H.I.)
Adultos: vivem no intestino do gato, sendo eliminados pelas fezes (oocistos)
Formas larvares: formam quistos

Ciclo de Vida:
 Hospedeiro definitivo
- Gato come ratos ou pássaros infestados (quistos);
- Libertação do parasita no intestino do gato;
- Produção de occistos nas fezes .

Hospedeiro intermediário
- Ingere os oocistos (alimentos contaminados com fezes de gatos ou tecidos animais contendo
quistos);
- Parasitas libertados atravessam a parede intestinal, entram na corrente sanguínea e
distribuem-se pelo organismo, penetram nas células e multiplicam-se (FORMA AGUDA);
- Organismo começa a produzir anticorpos que limita o processo, formando-se quistos (FORMA
CRÓNICA).

Toxoplasmose congénita:
- Mulher grávida não imune adquire infeção durante o primeiro trimestre da gravidez;
- 540-600 casos por ano;
- Aborto e malformações fetais.

Diagnóstico: Serologia (IgG e IgM), 2 colheitas de sangue com intervalo de 3 semanas


I. Ausência de imunidade: IgG e IgM negativas (inferior a 1:64);
II. Toxoplasmose antiga: IgG positivas e IgM negativas;
III. Toxoplasmose recente: IgG e IgM negativas na 1ª e positivas na 2ª ou positivas na 1ª com
subida da IgG na 2ª.
IgG – Imoglubina G IgM – Imoglubina M
Prevenção:
- Controlo serológico regular;
- Ingestão de carne bem cozinhada;
- Lavagem das mãos ou usar luvas com manipulação de carne crua;
- Não dar carne crua ou mal cozinhada aos gatos;
- Limpeza diária dos cestos e caixas dos gatos.
- Lavagem com água fervente dos recipientes usados na alimentação dos gatos;
- Destruição das fezes dos gatos;
- Usar luvas na jardinagem ou mexer em terra;
- Não comer saladas cruas ou frutas com casca;
- Evitar ovos crus.

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5. EQUINOCOCOSE

Definição de Equinococose:
Sinónimo: Hidatidose
Doença parasitária, provocada por uma ténia com 1,5-6mm
Forma adulta: intestino delgado do cão e outros carnívoros
Forma larvar: quisto hidático localiza-se no fígado, pulmão e outros orgãos de homem,
ruminantes e roedores.
Ciclo de vida:
Cães: infestam-se ingerindo carne ou vísceras de animais infestados (ovelhas, cabras,etc.);
Homem: estreito contacto com cães parasitados ou ingestão de vegetais ou água
contaminados com fezes de cães parasitados

Medidas de prevenção:
- Desparasitação regular dos cães;
- Não alimentar os cães com vísceras cruas;
- Impedir o acesso dos cães a cadáveres de animais;
- Cumprir as regras de higiene (lavagem das mãos).

6. SARNA SARCÓPTICA

Definição de Sarna:
Doença parasitária provocadas por ácaros do género Sarcoptes scabiei
Pode afetar o homem e os diferentes mamíferos
Altamente contagiosa, transmitida por contacto direto
Ácaros vivem na pele, causando dermatite com grande prurido
Ácaro adulto: 0,2-0,4mm; lembra uma minúsculo tartaruga
Prurido: ação mecânica (galerias) + substâncias pruriginosas (saliva) + reações de
hipersensibilidade do hospedeiro.
Ciclo de vida ( ovo – larva – ninfa – adulto ) em 17 – 21 dias.
Adulto vive 4 semanas.

Sintomas:
- Prurido intenso;
- Alopécias;
- Crostas;
- Pode haver infeções bacterianas secundárias (piodermites);
Zonas: focinho, espáduas, ventral do tórax e membros.

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Diagnóstico: Clínico + Observação microscópica dos ácaros

Tratamento:
- Aplicação tópica de produtos, champôs de tratamento e/ou injeções;
- O tratamento resulta em cura efectiva.

Prevenção:
- Boa higiene dos animais;
- Boa higiene dos locais;
- Lavagem das mãos após contacto com os animais;
Importante: boa alimentação e manutenção do estado saudável.

7. DERMATOMICOSES

Definição de dermatomicoses:
Sinónimo: Tinhas
Provocada por fungos do género Trichophyton ou Microsporum;

Sintomas:
- Placas de depilação +/- circulares na cabeça e pescoço, sobretudo periocular, podendo confluir
e originar depilação total;
- Extremidade dos membros também é atingida;
- Prurido;
- Podem aparecer pústulas;
- Animais jovens são mais susceptíveis.

Tratamento: Locais ou sistémicos 30-45 dias

Prevenção:
- Evitar contacto com animais afetados;
- Usar luvas ao manipular animais doentes;
- Lavar as mãos após contacto com animais, especialmente suspeitos ou doentes.

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DOENÇAS DO CÃO

1. Esgana
2. Hepatite infecciosa canina
3. Parvovirose
4. Coronavírus (gastroenterite)
5. Dirofilariose
6. Tumor venéreo transmissível (Sarcoma de Sticker)
7. Tosse do canil ( Parainfluenza, Adenovirus tipo 2, Bordetela)

DOENÇAS DO GATO

8. Coriza (Herpesvirus, Calicivirus, clamídea)


9. Panleucopénia ( Parvovirus)
10. Leucose (FeLV) (Retrovirus)
11. Imunodeficiência (FIV) (Retrovirus)
12. Peritonite infecciosa (PIF) (Coronavirus)
13. Carcinoma de células escamosas ( Úlcera roedora)
14. Rim poliquístico

1. ESGANA

Definição de esgana:
A esgana é uma doença infeciosa, provocada por um virus da família dos Paramyxoviridae
Afeta primeiramente os pulmões, tracto intestinal e o sistema nervoso dos cães.
Taxa de mortalidade elevada, ficando apenas atrás da raiva.

Transmissão:
É altamente contagioso passando de cão para cão através do contacto direto entre animais.
O vírus é pouco resitente a detergentes e calor, morrendo em ambientes quentes, podendo persistir
durante temperaturas mais frias.

Sintomas:
- Febre;
- Infeções secundárias causadas por bactérias, nas células nasais e paranasais, pulmões, olhos e tracto
intestinal.
- Infeção conjunta com virús e bactérias provoca: perda de apetite, febre, corrimentos nasais e oculares,
pneumonia e diarreia.
- Se o vírus atingir o SNC o animal pode vir a ter comportamentos nervosos espasmódicos, contrações
musculares involuntárias e descoordenação motora.
- Quadro geral de hipertermia e doença atípica.

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Diagnóstico:
- Animais jovens;
- Sintomas respiratórios e digestivos;
- Corrimento nasal
- Conjuntivite c/ corrimento purulento;
- Febre e sintomas nervosos.

Tratamento:
Não existe cura para a esgana. O tratamento consiste principalmente na redução das infeções
secundárias e alívio/controlo dos sintomas.
Se o animal desenvolver anorexia ou diarreia, pode necessitar de suporte intravenoso.
Limpeza regular das descargas oculares e nasais.

Prevenção:
- Administração de vacinas, não devendo o animal estar em contacto com cães não vacinados.
- Evitar o vírus no ambiente onde vive o animal, através de uma limpeza e desinfeção da casa.

2. HEPATITE INFECIOSA CANINA

Definição de Hepatite Infeciosa Canina:


É uma doença vírica provocada pelo Adenovírus canino tipo 1.
Doença altamente contagiosa, alojando-se nos tecidos sendo este eliminado em todo o tipo de
secreções.

Transmissão:
Contacto direto com outros animais ou contacto com secreções ou objetos utilizados por animais
infetados.

Sintomas:
Esta doença atinge principalmente os rins, fígado, baço e pulmões, podendo também prejudicar o SNC,
sendo confundida com a cinomose.
- Vómitos, febre, diarreia, apatia, icterícia (mucosas amareladas), falta de apetite e muita sede.

Tratamento:
A Hepatite infeciosa canina não tem cura.
O tratamento consiste no melhoramento da qualidade de vida do animal, mantendo assim o organismo
equilibrado em termos de hidratação, vitaminas ou regenaração hepática. Os antibióticos são
administrados em caso de infeção secundária, transfusões de sangue se as hemorragias forem
significativas.

Prevenção:
- Administração de vacinas, não devendo o animal estar em contacto com cães não vacinados.

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3. PARVOVIROSE

Definição de Parvovirose:
Doença provocada pelo vírus da Parvoviridae. Atuação rápida e aguda especialmente perigosa para o
cães mais jovens.

Transmissão:
Os cães contraem através do solo contaminado, porque o vírus desenvolve-se no trato intestinal dos
cães infetados, onde é libertado grandes quantidades de fezes que por sua vez vão para os solos.

Sintomas:
4 a 14 dias após a infeção o animal começa a ter febre e perda de apetite.
1 ou 2 dias depois chegam os vómitos e diarreia que contém sangue cada vez que defeca.
Os sintomas aumentam rapidamente e a taxa de mortalidade é elevada.

Tratamento:
O tratamento traduz-se apenas nos sintomas, uma vez que não tem cura.
A desidratação e a diarreia é tratada através de fluidos intravenosos(soro) e medicação para os vómitos.
Devido ao vírus enfraquecer a barreira intestinal e as bactérias normais do intestinos passam para a
corrente sanguínea pode provocar septicemia (tratada c/ antibioticos).
As principais vitimas deste virus são os cáes mais jovens pois tem um sistema imunitário mais frágil.

Prevenção:
- Administração de vacinas, não devendo o animal estar em contacto com ambientes contaminados até
serem vacinados.

4. CORONAVIRUS (GASTROENTERITE)

Definição de Coronavirose:
Doença provocada por um vírus do género Coronavirus.
Vírus altamente contagioso, desenvolve-se no interior do intestino dos cães e transmite-se através de
fezes infetadas.

- A infeção do Coronavirus não é considerada grave, provoca apenas vómitos e diarreia durante alguns
dias. O animal pode recuperar sem necessidade de medicação.
- Os animais mais jovens com sistema imunitário mais frágil têm maior risco de desenvolver
complicações graves, tais como: inflamação do intestino, diarreia prolongada e desidratação.
- A coronavirose pode tornar-se perigosa se o animal for infetado simultaneamente com outros agentes
que afetam o sistema intestinal (parvovirose).
- Não existe nenhum medicamento que atue diretamente sobre o vírus, reduzindo-se assim o
tratamento a aliviar os sintomas do animal, como o combate á desidratação através do soro e
medicação que ajude a evitar vómitos e diarreia.

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5. DIROFILARIOSE

Definição da Dirofilariose:
É uma doença que afeta o coração dos cães e também de gatos, também é conhecida como “o parasita
do coração” ou “lombriga do coração”.
O parasita é um nemátodo chamado Dirofilaria immitis.

Transmissão:
- Infeção através da picada de um mosquito, igual á leishmaniose. Quando o mosquito pica, insere no
corpo do cão as larvas deste parasita.
- Conseguem através da pele e dos músculos, chegar á corrente sanguínea e navegam pelos vasos
sanguineos até chegar ao coração.
- No coração alojam-se no ventriculo direito (artéria pulmonar e na veia cava), onde as larvas continuam
a desenvolver até chegar a parasita adulto (6 meses).

Sintomas:
- Parasitas em grandes quantidade, a função cardiaca diminui.
- Problemas respiratórios.
- Febre e ascite (acumulação de líquidos no abdomen)

Tratamento:
- Sem tratamento pode tornar-se fatal.
- É uma doença curável, embora o tratamento seja demorado e com efeitos secundários complicados.
- Mesmo com a morte dos parasitas, este podem continuar a causar problemas, através do bloqueio dos
vasos sanguineos e levar assim á formação de tromboses.
- Existe comprimidos e injeções que visam eliminar as microfilárias que tenham entrado no organismo
de modo a que esta não cheguem a parasita adulto.

Prevenção:
- Evitar a picada dos mosquitos, através do uso de coleiras e produtos de desparasitação.

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7- TOSSE DO CANIL

Definição de Tosse do Canil:


Doença respiratória comum nos cães.
Na sua base estão vários vírus tais como: Parainfluenza canina, Influenza canina e Adenovírus canino
tipo 2, bem como a bactéria Bordetella bronchiseptica (capaz de infetar seres humanos).

Transmissão:
A doença é transmitida através do contacto direto, sítios com grande capacidade, onde são mantidos
muitos animais juntos.

Sintomas:
- Tosse Seca.
- Espirros.
Casos graves: febre, perda de apetite, secreções nos olhos e tosse com catarro. Pode evoluir para
pneumonia.

Tratamento:
Medicação antibiotica, anti-inflamatória e antitússica.
Caso exista desidratação pode ser necessária administração de fluídos e inalações.

Prevenção:
A melhor prevenção é a vacinação e evitar a exposição a ambientes contaminados.

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8. CORIZA (HERPESVIRUS, CALICIVIRUS, CLAMÍDEA)

Definição de Coriza:
A coriza felina, ou Influenza felina, também conhecida por gripe dos gatos, é uma doença do aparelho
respiratório superior, incluindo nariz, faringe, boca, laringe, traqueia, e pontualmente os bronquios e
pulmões. Esta doença é semelhante á dos humanos, mas não nos é transmissível!

Agentes provocadores da doença:


A infecção poderá ocorrer de forma simples ou em associação de vários agentes, podendo ser agentes:
- Herpesvírus felino tipo 1 (HVF-1) , o Calicivírus felino (FCV) e a Chlamydia felis, estando com
frequência outros agentes envolvidos, como bactérias ( Bordetella bronchiseptica) e micoplasmas
(Mycoplasma felis).

Transmissão da doença:
Esta patologia ocorre em ambientes de sobrepopulação, quando coabitam vários gatos em pequenos
locais.
A transmissão ocorre tanto por contacto direto com as secreções nasais, oculares e salivares de animais
infetados, ou por contacto indireto através do material libertado pelos espirros e tosse ou pelo contacto
com fomites(objetos capazes de reter os agentes infecciosos e transmitir a outros animais – ex:
comedouros, bebedouros, brinquerdos, jaulas).
Grupos de maior risco são:
1. Não vacinados(por isso se deve vacinar e revacinar anualmente todos os gatos)
2. Gatos muito jovens
3. Gatos muito velhos.
Os animais que possuírem outras doenças, especialmente imunossupressoras (que deprimem o sistema
imunitário), são também grupos de risco pela vulnerabilidade do seu sistema imunitário(exemplos de
doenças são a Leucemia felina e a Imunodeficiência felina).

Sintomas da doença:
- Febre
- Corrimento nasal
- Secreções oculares
- Espirros
- Úlceras na cavidade oral e a nível ocular.
- Prostração e depressão, perdendo gradualmente o apetite(motivado pela dor gerada pelas lesões).
A apresentação típica nos gatos jovens é de exuberante conjutivite, corrimento nasal consistente,
perda de apetite e o enfraquecimento muito rápido.

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Diagnóstico da doença:
O diagnóstico da coriza é normalmente feito com base nos sintomas apresentados pelo animal em
consulta, na sua história pregressa e a possibilidade de exposição ao agente infeccioso. O diagnóstico
definitivo só é possível com o isolamento e identificação do agente em laboratório, mas a avaliação
clínica dos animais afetados normalmente confere indicações suficientes e com alguma segurança para
o diagnóstico provável da infeção.

Tratamento da doença:
Fase precoce, é relativamente simples e rápido, levando entre 5 a 7 dias.
O tratamento, destina-se a controlar infeções secundárias, pode ser composto por antibióticos e
expectorantes.
O gato deve ser incentivado a comer através de alimentos com forte odor e boa palatibilidade, mas que
sejam fáceis de engolir.

Prevenção:
Os donos devem também manter o seu gato isolado e afastado de outros gatos, de preferência num
local seco e quente, longe de correntes de ar ou variações de temperatura.
Os tabuleiros da comida, a caixa de areia e os brinquedos devem ser desinfetados e não devem ser
partilhados com outros gatos.

9. PANLEUCOPENIA FELINA (PARVOVIRUS)

Definição de Panleucopenia felina:


É uma doença específica de gatos, altamente contagiosa e causada pelo parvovírus.
Reduz a quantidade de glóbulos brancos no sangue , afetando seu sistema imunológico.
Afeta principalmente animais jovens, que ainda não desenvolveram anticorpos adequadamente.
A doença dura cerca de cinco dias, em média.
O parvovírus é muito estável no ambiente. Há mais gatos infetados do que com sinais clínicos, devido
ao alto nível populacional de anticorpos. Casos, subclínicos, que ocorrem geralmente em gatos mais
velhos, usualmente não são detetados.

Transmissão da doença:
Os gatos geralmente são protegidos por anticorpos maternos até a idade de 3 meses, e 75% dos gatos
não vacinados têm anticorpos ao chegar a 1 ano de vida. O virús é eliminado em todas as secreções
durante a fase ativa da doença, principalmente nas fezes, sendo mantido na população de gatos devido
à longa permanência no ambiente. Os animais infetados eliminam o vírus no máximo por 6 semanas
depois da recuperação, nas fezes e urina. É importante desinfetar ambientes em que estiveram animais
doentes usando água sanitária.

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Sintomas da doença:
O animal manifestar: infeção instetinal grave, vómitos, diarreia, desidratação, dor abdominal, apatia,
falta de apetite, febre ou hipotermia também se podem manifestar.
Gatos não vacinados apresentam sinais severos, Febre(40ºC a 41,6ºC), depressão e anorexia.
Desidratação extrema( às vezes o gato fica agachado com a cabeça sobre o pote de água). Alguns
médicos-veterinários chamam de a “posição de panleucopenia” onde o gato tende a ficar com a parte
anterior do corpo num plano inferior à posterior, com os quartos traseiros mais erguidos em direção aos
dianteiros, na tentativa de amenizar dor abdominal.
Diarreia é vista com menos frequência, e quando ocorre, é mais tardiamente no curso da doença.
A desnutrição severa com anorexia associada à intensa desidratação podem levar a um estado
semicomatoso e com hipotermia nos estágios terminias da doença. Geralmente recuperam-se animais
que sobreviveram a mais de 5 dias de doença sem complicaçóes, porém pode levar várias semanas.

Diagnóstico:
Além de observar os sintomas clínicos, o diagnóstico, geralmente, é feito por meio de exame de
sangue. É incomum haver anemia, devido à longa vida dos eritrócitos, a menos que haja severa
hemorragia intestinal.

Tratamento da doença:
Não há medicamentos específicos para combater o parvovírus felino.
Uma vez constatada a panleucopenia, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes, o gato deve
receber soro para evitar a desidratação, deve tomar antibiótico para controlar e prevenir as infeções
bacterianas que possam ocorrer pela baixa quantidade de glóbulos brancos, o que deixa o animal a
merce de infeções.

10. LEUCOSE (FELV) (RETROVIRUS)

Definição de Leucose:
É uma doença específica dos gatos estando os gatos com menos de 4 meses mais susceptíveis à
infeção.
Pode ser contraída por exposição a saliva( lambedura, brincadeiras ou mordidelas) ou a sangue, na
cavidade oral ou nasal.

Transmissão:
Pode ocorrer transmissão via transplacentária ou através dos cuidados maternos no início de vida. Os
gatos infetados podem responder imunologicamente e eliminar o vírus ou tornar-se portadores
transitórios ou persistentes. Esta doença não é transmissível aos humanos.

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Sintomas da doença:
O FeLV tal como o FIV – Imunodeficiência Felina causa imunosupressão – falha das defesas internas o
que facilita o aparecimento de infeções oportunistas.
Cursa com sintomas inespecíficos que podem variar desde a febre, apatia, estomatites, diarreias,
corrimentos nasais e oculares, anemias, leucemias, aborto em fêmeas gestantes e morte em animais
muito jovens. Gatos FeLV+(positivos) estão mais susceptiveis a infeções por vírus – panleucopénia,
PIF( Peritonite Infeciosa Felina) e mais propensos a formação de tumores – Linfoma e Sarcoma Viral
Felino.

Diagnóstico da doença:
A forma mais simples de diagnóstico é através da realização pelo Médico Veterinário de um Teste de
Kit – Teste rápido. O teste é simples, rápido (10-15minutos) e garante com grande fiabilidade o
resultado através de uma simples colheita de sangue.

Tratamento da doença:
Não existe terapia eficaz na eliminação do vírus do FeLV, sendo o objetivo do tratamento a melhoria
dos sintomas e sinais clínicos e da qualidade de vida do animal. A medicação deverá ser direcionada
para as infeções secundárias, melhoria do estado. O prognóstico para animais saudáveis com teste
FeLV+ é reservado para sobrevivências superiores a 3 anos, tendo durante este tempo, normalmente,
uma qualidade de vida excelente, podendo alguns, viver uma vida longa e plena – caso exista doença
grave o prognóstico é pobre numa média de 6 meses.

11. IMUNODEFICIÊNCIA (FIV) (RETROVIRUS)

Definição de Imunodeficiência :
Vírus que diminui drasticamente as capacidade imunitárias, proporcionando o aparecimento de
infeções e outras doenças.

Transmissão:
É transmitido por um gato infetado, através da transmissão de sangue, nomeadamente em lutas de
gatos onde as mordidelas provocam feridas abertas.

Sintomas:
- Perda de apetite;
- Emagrecimento;
- Febre;
- Diarreia;
- Dificuldades respiratórias.

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Tratamento:
Não existe cura, mas podem viver uma vida normal e longa e a vacinação sempre em dia.
Manter o animal em casa para não correr o risco de ficarem doente ou de infetarem outro gato.

12- PERITONITE INFECIOSA FELINA (PIF)


Definição de PIF:
Virus que contamina o abdómen, figado, rins, cerebro e SNC, criando vários abcessos e infeções.

Transmissão:
Duas formas: - Gato saudável em contacto com as fezes de um gato contaminado.
- Amamentação em que a gata infeta as crias.

Sintomas:
- Perda de apetite;
- Emagrecimento;
- Anemia;
- Diarreia;
- Febre;
- Abdómen distendido;
- Gânglios linfáticos aumentados.

Tratamento:
Doença fatal para os gatos, náo existindo cura.
Os que conseguem viver com PIF, são capazes de viver 2 anos.

14 – RIM POLIQUÍSTICO

A doença do rim policístico é caracterizada pelo aparecimento de quistos no rim, causando disfunção
renal.
A formação ocorre no período de gestação, aumentando de tamanho com o passar do tempo.

Sintomas:
Depressão, perda ou redução de apetite, muita sede, micção excessiva e perda de peso.

Diagnóstico:
Os problemas começam com o crescimento dos quistos, causando disfunção renal, levando á falência
renal.
O diagnóstico é feito através de exames de ADN, ou ultrasonografia.

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