Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1. Raiva;
2. Leishmaniose;
3. Leptospirose;
4. Toxoplasmose;
5. Equinococose;
6. Sarna sarcóptica;
7. Dermatomicoses;
1. RAIVA
Definição da Raiva:
Zoonose de risco, pode ser transmitida pelo cão e gato, roedores, raposa, lobo,etc…
A raiva é uma encéfalo-mielite viral, está extinta há vários anos.
Formas de contágio:
o - Mordedura de animal raivoso;
o - Aposição de saliva na pele não intacta;
o - Vias aerógena (respiratória);
o - Via transplacentária (através da placenta).
Sintomas da Raiva:
o - Período de incubação: 15-90 dias cão
14-60 dias gato
o - O vírus replica-se no local da mordedura, progride pelos nervos periféricos até ao cérebro.
Vindo do Sistema Nervoso Central, atinge as glândulas salivares através da rede nervosa.
No cão manifesta-se de três formas: Raiva Furiosa, Muda e Atípica
Raiva muda – Difere da furiosa pela ausência ou fugacidade dos períodos melancólico e de
excitação.
- As paralisias surgem prematuramente, logo no maxilar inferior e cabeça.
- Animal muito deprimido.
- Evolução muito rápida, raramente + 5 dias.
2
Gato:
o Evolução muito semelhante à do cão.
o Na forma furiosa, é muito mais agressivo, atacando com unhas e dentes.
o A doença evolui em 2-6 dias.
o A raiva muda: sialorreia intensa, apatia profunda, ligeira paralisia do terço posterior.
Tratamento:
o Não tem tratamento curativo.
o Obrigatória a eutanásia de animais com doença declarada.
o No acto do provável contágio, desinfetar a ferida.
o Homem – tratamento preventivo, imunizando rapidamente, no fim do período de incubação já
existia imunidade orgânica.
2. LEISHMANIOSE
Definição de Leishmaniose:
Doença parasitária, crónica, característica dos países mediterrânicos.
Protozoário Leishmania + mosquito Phlebotomus.
Portugal: Bacias dos Rios e zonas arenosas.
- Ciclo evolutivo.
- Transmissão direta.
Mosquitos:
- Dormem de dia;
- Machos: alimentam-se de sucos vegetais;
- Fêmeas: hematófagas (alimenta-se do sangue).
Sintomas Gerais:
- Febre;
- Modificações de comportamento;
- Emagrecimento: atrofia muscular, cabeça de velha;
- Anemia;
- Hemorragias: epistaxis (sangrar pelo nariz).
Sintomas Cutâneos:
- Alopécias(redução do pelo) : olhos, orelhas, membros e cauda;
- Hiperqueratose (pele expessa);
- Paraqueratose(aumento da quaratina): escamas;
- Onicogrifose(desenvolvimento anormal da unha): unhas de faquir;
- Úlceras;
- Nódulos;
- Formas oculares: conjuntivites.
3
Sintomas Viscerais:
- Hipertrofia dos linfonodos: poplíteos;
- Esplenomegália (aumento do baço);
- Hepatomegália(aumento do figado);
- Diarreia e colite;
- Claudicações.
Diagnóstico:
- Clínico;
- Laboratorial: serologia.
Homem vs Cão:
- Frequência: forma humana inversa à canina;
- Humana: zonas urbanas e suburbanas;
- Canina: zonas rurais.
MOSQUITO PREFERE O CÃO!
Casos Humanos:
Porque aumentam?
- Nº de cães não baixou;
- França: há muitos cães;
- Aumento: cães tratados, dose, resistência;
- Aumento da sensibilidade humana: imunodeprimidos.
Como Proceder?:
Cães infetados:
- Errantes: eutanásia;
- Com dono: tratamento ou eutanásia;
Campanhas da DGAV
4
3. LEPTOSPIROSE
Definição de Leptospirose:
Bactéria do género Leptospira.
Afeta várias espécies, particularmente o cão.
Murídeos(ratos) são hospedeiros naturais.
Penetração através da pele (mordedura de roedores), muscosas e tubo digestivo.
- Águas e alimentos(leite) podem ser veículos ( contaminação com urina).
- Muitas formas assintomáticas.
Sintomas da Leptospirose:
- Forma aguda: depressão, vómitos, febre, epistaxis(sangrar do nariz), petéquias,
polidipsia(muita sede), conjuntivite, necrose da língua, morte em 5-15 dias ou horas;
- Forma ictérica: febre ligeira, icterícia, vómito, epistaxis(sangrar do nariz), obstipação, urina
carregada, morte numa semana ou recuperação.
- Forma sub-aguda: icterícia ligeira, anorexia, conjuntivite, vómito, obstipação, polidipsia(muita
sede), desidratação, úlceras orais, urémia e morte.
Profilaxia:
- Médica: vacinas;
- Sanitária: eliminar ratos, drenagem de águas estagnadas e desinfeções.
5
4. TOXOPLASMOSE
Definição de Toxoplasmose:
Doença parasitária, protozoário, Toxoplasma gondii.
Gato(H.D.), mamíferos e aves (H.I.)
Adultos: vivem no intestino do gato, sendo eliminados pelas fezes (oocistos)
Formas larvares: formam quistos
Ciclo de Vida:
Hospedeiro definitivo
- Gato come ratos ou pássaros infestados (quistos);
- Libertação do parasita no intestino do gato;
- Produção de occistos nas fezes .
Hospedeiro intermediário
- Ingere os oocistos (alimentos contaminados com fezes de gatos ou tecidos animais contendo
quistos);
- Parasitas libertados atravessam a parede intestinal, entram na corrente sanguínea e
distribuem-se pelo organismo, penetram nas células e multiplicam-se (FORMA AGUDA);
- Organismo começa a produzir anticorpos que limita o processo, formando-se quistos (FORMA
CRÓNICA).
Toxoplasmose congénita:
- Mulher grávida não imune adquire infeção durante o primeiro trimestre da gravidez;
- 540-600 casos por ano;
- Aborto e malformações fetais.
6
5. EQUINOCOCOSE
Definição de Equinococose:
Sinónimo: Hidatidose
Doença parasitária, provocada por uma ténia com 1,5-6mm
Forma adulta: intestino delgado do cão e outros carnívoros
Forma larvar: quisto hidático localiza-se no fígado, pulmão e outros orgãos de homem,
ruminantes e roedores.
Ciclo de vida:
Cães: infestam-se ingerindo carne ou vísceras de animais infestados (ovelhas, cabras,etc.);
Homem: estreito contacto com cães parasitados ou ingestão de vegetais ou água
contaminados com fezes de cães parasitados
Medidas de prevenção:
- Desparasitação regular dos cães;
- Não alimentar os cães com vísceras cruas;
- Impedir o acesso dos cães a cadáveres de animais;
- Cumprir as regras de higiene (lavagem das mãos).
6. SARNA SARCÓPTICA
Definição de Sarna:
Doença parasitária provocadas por ácaros do género Sarcoptes scabiei
Pode afetar o homem e os diferentes mamíferos
Altamente contagiosa, transmitida por contacto direto
Ácaros vivem na pele, causando dermatite com grande prurido
Ácaro adulto: 0,2-0,4mm; lembra uma minúsculo tartaruga
Prurido: ação mecânica (galerias) + substâncias pruriginosas (saliva) + reações de
hipersensibilidade do hospedeiro.
Ciclo de vida ( ovo – larva – ninfa – adulto ) em 17 – 21 dias.
Adulto vive 4 semanas.
Sintomas:
- Prurido intenso;
- Alopécias;
- Crostas;
- Pode haver infeções bacterianas secundárias (piodermites);
Zonas: focinho, espáduas, ventral do tórax e membros.
7
Diagnóstico: Clínico + Observação microscópica dos ácaros
Tratamento:
- Aplicação tópica de produtos, champôs de tratamento e/ou injeções;
- O tratamento resulta em cura efectiva.
Prevenção:
- Boa higiene dos animais;
- Boa higiene dos locais;
- Lavagem das mãos após contacto com os animais;
Importante: boa alimentação e manutenção do estado saudável.
7. DERMATOMICOSES
Definição de dermatomicoses:
Sinónimo: Tinhas
Provocada por fungos do género Trichophyton ou Microsporum;
Sintomas:
- Placas de depilação +/- circulares na cabeça e pescoço, sobretudo periocular, podendo confluir
e originar depilação total;
- Extremidade dos membros também é atingida;
- Prurido;
- Podem aparecer pústulas;
- Animais jovens são mais susceptíveis.
Prevenção:
- Evitar contacto com animais afetados;
- Usar luvas ao manipular animais doentes;
- Lavar as mãos após contacto com animais, especialmente suspeitos ou doentes.
8
DOENÇAS DO CÃO
1. Esgana
2. Hepatite infecciosa canina
3. Parvovirose
4. Coronavírus (gastroenterite)
5. Dirofilariose
6. Tumor venéreo transmissível (Sarcoma de Sticker)
7. Tosse do canil ( Parainfluenza, Adenovirus tipo 2, Bordetela)
DOENÇAS DO GATO
1. ESGANA
Definição de esgana:
A esgana é uma doença infeciosa, provocada por um virus da família dos Paramyxoviridae
Afeta primeiramente os pulmões, tracto intestinal e o sistema nervoso dos cães.
Taxa de mortalidade elevada, ficando apenas atrás da raiva.
Transmissão:
É altamente contagioso passando de cão para cão através do contacto direto entre animais.
O vírus é pouco resitente a detergentes e calor, morrendo em ambientes quentes, podendo persistir
durante temperaturas mais frias.
Sintomas:
- Febre;
- Infeções secundárias causadas por bactérias, nas células nasais e paranasais, pulmões, olhos e tracto
intestinal.
- Infeção conjunta com virús e bactérias provoca: perda de apetite, febre, corrimentos nasais e oculares,
pneumonia e diarreia.
- Se o vírus atingir o SNC o animal pode vir a ter comportamentos nervosos espasmódicos, contrações
musculares involuntárias e descoordenação motora.
- Quadro geral de hipertermia e doença atípica.
9
Diagnóstico:
- Animais jovens;
- Sintomas respiratórios e digestivos;
- Corrimento nasal
- Conjuntivite c/ corrimento purulento;
- Febre e sintomas nervosos.
Tratamento:
Não existe cura para a esgana. O tratamento consiste principalmente na redução das infeções
secundárias e alívio/controlo dos sintomas.
Se o animal desenvolver anorexia ou diarreia, pode necessitar de suporte intravenoso.
Limpeza regular das descargas oculares e nasais.
Prevenção:
- Administração de vacinas, não devendo o animal estar em contacto com cães não vacinados.
- Evitar o vírus no ambiente onde vive o animal, através de uma limpeza e desinfeção da casa.
Transmissão:
Contacto direto com outros animais ou contacto com secreções ou objetos utilizados por animais
infetados.
Sintomas:
Esta doença atinge principalmente os rins, fígado, baço e pulmões, podendo também prejudicar o SNC,
sendo confundida com a cinomose.
- Vómitos, febre, diarreia, apatia, icterícia (mucosas amareladas), falta de apetite e muita sede.
Tratamento:
A Hepatite infeciosa canina não tem cura.
O tratamento consiste no melhoramento da qualidade de vida do animal, mantendo assim o organismo
equilibrado em termos de hidratação, vitaminas ou regenaração hepática. Os antibióticos são
administrados em caso de infeção secundária, transfusões de sangue se as hemorragias forem
significativas.
Prevenção:
- Administração de vacinas, não devendo o animal estar em contacto com cães não vacinados.
10
3. PARVOVIROSE
Definição de Parvovirose:
Doença provocada pelo vírus da Parvoviridae. Atuação rápida e aguda especialmente perigosa para o
cães mais jovens.
Transmissão:
Os cães contraem através do solo contaminado, porque o vírus desenvolve-se no trato intestinal dos
cães infetados, onde é libertado grandes quantidades de fezes que por sua vez vão para os solos.
Sintomas:
4 a 14 dias após a infeção o animal começa a ter febre e perda de apetite.
1 ou 2 dias depois chegam os vómitos e diarreia que contém sangue cada vez que defeca.
Os sintomas aumentam rapidamente e a taxa de mortalidade é elevada.
Tratamento:
O tratamento traduz-se apenas nos sintomas, uma vez que não tem cura.
A desidratação e a diarreia é tratada através de fluidos intravenosos(soro) e medicação para os vómitos.
Devido ao vírus enfraquecer a barreira intestinal e as bactérias normais do intestinos passam para a
corrente sanguínea pode provocar septicemia (tratada c/ antibioticos).
As principais vitimas deste virus são os cáes mais jovens pois tem um sistema imunitário mais frágil.
Prevenção:
- Administração de vacinas, não devendo o animal estar em contacto com ambientes contaminados até
serem vacinados.
4. CORONAVIRUS (GASTROENTERITE)
Definição de Coronavirose:
Doença provocada por um vírus do género Coronavirus.
Vírus altamente contagioso, desenvolve-se no interior do intestino dos cães e transmite-se através de
fezes infetadas.
- A infeção do Coronavirus não é considerada grave, provoca apenas vómitos e diarreia durante alguns
dias. O animal pode recuperar sem necessidade de medicação.
- Os animais mais jovens com sistema imunitário mais frágil têm maior risco de desenvolver
complicações graves, tais como: inflamação do intestino, diarreia prolongada e desidratação.
- A coronavirose pode tornar-se perigosa se o animal for infetado simultaneamente com outros agentes
que afetam o sistema intestinal (parvovirose).
- Não existe nenhum medicamento que atue diretamente sobre o vírus, reduzindo-se assim o
tratamento a aliviar os sintomas do animal, como o combate á desidratação através do soro e
medicação que ajude a evitar vómitos e diarreia.
11
5. DIROFILARIOSE
Definição da Dirofilariose:
É uma doença que afeta o coração dos cães e também de gatos, também é conhecida como “o parasita
do coração” ou “lombriga do coração”.
O parasita é um nemátodo chamado Dirofilaria immitis.
Transmissão:
- Infeção através da picada de um mosquito, igual á leishmaniose. Quando o mosquito pica, insere no
corpo do cão as larvas deste parasita.
- Conseguem através da pele e dos músculos, chegar á corrente sanguínea e navegam pelos vasos
sanguineos até chegar ao coração.
- No coração alojam-se no ventriculo direito (artéria pulmonar e na veia cava), onde as larvas continuam
a desenvolver até chegar a parasita adulto (6 meses).
Sintomas:
- Parasitas em grandes quantidade, a função cardiaca diminui.
- Problemas respiratórios.
- Febre e ascite (acumulação de líquidos no abdomen)
Tratamento:
- Sem tratamento pode tornar-se fatal.
- É uma doença curável, embora o tratamento seja demorado e com efeitos secundários complicados.
- Mesmo com a morte dos parasitas, este podem continuar a causar problemas, através do bloqueio dos
vasos sanguineos e levar assim á formação de tromboses.
- Existe comprimidos e injeções que visam eliminar as microfilárias que tenham entrado no organismo
de modo a que esta não cheguem a parasita adulto.
Prevenção:
- Evitar a picada dos mosquitos, através do uso de coleiras e produtos de desparasitação.
12
7- TOSSE DO CANIL
Transmissão:
A doença é transmitida através do contacto direto, sítios com grande capacidade, onde são mantidos
muitos animais juntos.
Sintomas:
- Tosse Seca.
- Espirros.
Casos graves: febre, perda de apetite, secreções nos olhos e tosse com catarro. Pode evoluir para
pneumonia.
Tratamento:
Medicação antibiotica, anti-inflamatória e antitússica.
Caso exista desidratação pode ser necessária administração de fluídos e inalações.
Prevenção:
A melhor prevenção é a vacinação e evitar a exposição a ambientes contaminados.
13
8. CORIZA (HERPESVIRUS, CALICIVIRUS, CLAMÍDEA)
Definição de Coriza:
A coriza felina, ou Influenza felina, também conhecida por gripe dos gatos, é uma doença do aparelho
respiratório superior, incluindo nariz, faringe, boca, laringe, traqueia, e pontualmente os bronquios e
pulmões. Esta doença é semelhante á dos humanos, mas não nos é transmissível!
Transmissão da doença:
Esta patologia ocorre em ambientes de sobrepopulação, quando coabitam vários gatos em pequenos
locais.
A transmissão ocorre tanto por contacto direto com as secreções nasais, oculares e salivares de animais
infetados, ou por contacto indireto através do material libertado pelos espirros e tosse ou pelo contacto
com fomites(objetos capazes de reter os agentes infecciosos e transmitir a outros animais – ex:
comedouros, bebedouros, brinquerdos, jaulas).
Grupos de maior risco são:
1. Não vacinados(por isso se deve vacinar e revacinar anualmente todos os gatos)
2. Gatos muito jovens
3. Gatos muito velhos.
Os animais que possuírem outras doenças, especialmente imunossupressoras (que deprimem o sistema
imunitário), são também grupos de risco pela vulnerabilidade do seu sistema imunitário(exemplos de
doenças são a Leucemia felina e a Imunodeficiência felina).
Sintomas da doença:
- Febre
- Corrimento nasal
- Secreções oculares
- Espirros
- Úlceras na cavidade oral e a nível ocular.
- Prostração e depressão, perdendo gradualmente o apetite(motivado pela dor gerada pelas lesões).
A apresentação típica nos gatos jovens é de exuberante conjutivite, corrimento nasal consistente,
perda de apetite e o enfraquecimento muito rápido.
14
Diagnóstico da doença:
O diagnóstico da coriza é normalmente feito com base nos sintomas apresentados pelo animal em
consulta, na sua história pregressa e a possibilidade de exposição ao agente infeccioso. O diagnóstico
definitivo só é possível com o isolamento e identificação do agente em laboratório, mas a avaliação
clínica dos animais afetados normalmente confere indicações suficientes e com alguma segurança para
o diagnóstico provável da infeção.
Tratamento da doença:
Fase precoce, é relativamente simples e rápido, levando entre 5 a 7 dias.
O tratamento, destina-se a controlar infeções secundárias, pode ser composto por antibióticos e
expectorantes.
O gato deve ser incentivado a comer através de alimentos com forte odor e boa palatibilidade, mas que
sejam fáceis de engolir.
Prevenção:
Os donos devem também manter o seu gato isolado e afastado de outros gatos, de preferência num
local seco e quente, longe de correntes de ar ou variações de temperatura.
Os tabuleiros da comida, a caixa de areia e os brinquedos devem ser desinfetados e não devem ser
partilhados com outros gatos.
Transmissão da doença:
Os gatos geralmente são protegidos por anticorpos maternos até a idade de 3 meses, e 75% dos gatos
não vacinados têm anticorpos ao chegar a 1 ano de vida. O virús é eliminado em todas as secreções
durante a fase ativa da doença, principalmente nas fezes, sendo mantido na população de gatos devido
à longa permanência no ambiente. Os animais infetados eliminam o vírus no máximo por 6 semanas
depois da recuperação, nas fezes e urina. É importante desinfetar ambientes em que estiveram animais
doentes usando água sanitária.
15
Sintomas da doença:
O animal manifestar: infeção instetinal grave, vómitos, diarreia, desidratação, dor abdominal, apatia,
falta de apetite, febre ou hipotermia também se podem manifestar.
Gatos não vacinados apresentam sinais severos, Febre(40ºC a 41,6ºC), depressão e anorexia.
Desidratação extrema( às vezes o gato fica agachado com a cabeça sobre o pote de água). Alguns
médicos-veterinários chamam de a “posição de panleucopenia” onde o gato tende a ficar com a parte
anterior do corpo num plano inferior à posterior, com os quartos traseiros mais erguidos em direção aos
dianteiros, na tentativa de amenizar dor abdominal.
Diarreia é vista com menos frequência, e quando ocorre, é mais tardiamente no curso da doença.
A desnutrição severa com anorexia associada à intensa desidratação podem levar a um estado
semicomatoso e com hipotermia nos estágios terminias da doença. Geralmente recuperam-se animais
que sobreviveram a mais de 5 dias de doença sem complicaçóes, porém pode levar várias semanas.
Diagnóstico:
Além de observar os sintomas clínicos, o diagnóstico, geralmente, é feito por meio de exame de
sangue. É incomum haver anemia, devido à longa vida dos eritrócitos, a menos que haja severa
hemorragia intestinal.
Tratamento da doença:
Não há medicamentos específicos para combater o parvovírus felino.
Uma vez constatada a panleucopenia, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes, o gato deve
receber soro para evitar a desidratação, deve tomar antibiótico para controlar e prevenir as infeções
bacterianas que possam ocorrer pela baixa quantidade de glóbulos brancos, o que deixa o animal a
merce de infeções.
Definição de Leucose:
É uma doença específica dos gatos estando os gatos com menos de 4 meses mais susceptíveis à
infeção.
Pode ser contraída por exposição a saliva( lambedura, brincadeiras ou mordidelas) ou a sangue, na
cavidade oral ou nasal.
Transmissão:
Pode ocorrer transmissão via transplacentária ou através dos cuidados maternos no início de vida. Os
gatos infetados podem responder imunologicamente e eliminar o vírus ou tornar-se portadores
transitórios ou persistentes. Esta doença não é transmissível aos humanos.
16
Sintomas da doença:
O FeLV tal como o FIV – Imunodeficiência Felina causa imunosupressão – falha das defesas internas o
que facilita o aparecimento de infeções oportunistas.
Cursa com sintomas inespecíficos que podem variar desde a febre, apatia, estomatites, diarreias,
corrimentos nasais e oculares, anemias, leucemias, aborto em fêmeas gestantes e morte em animais
muito jovens. Gatos FeLV+(positivos) estão mais susceptiveis a infeções por vírus – panleucopénia,
PIF( Peritonite Infeciosa Felina) e mais propensos a formação de tumores – Linfoma e Sarcoma Viral
Felino.
Diagnóstico da doença:
A forma mais simples de diagnóstico é através da realização pelo Médico Veterinário de um Teste de
Kit – Teste rápido. O teste é simples, rápido (10-15minutos) e garante com grande fiabilidade o
resultado através de uma simples colheita de sangue.
Tratamento da doença:
Não existe terapia eficaz na eliminação do vírus do FeLV, sendo o objetivo do tratamento a melhoria
dos sintomas e sinais clínicos e da qualidade de vida do animal. A medicação deverá ser direcionada
para as infeções secundárias, melhoria do estado. O prognóstico para animais saudáveis com teste
FeLV+ é reservado para sobrevivências superiores a 3 anos, tendo durante este tempo, normalmente,
uma qualidade de vida excelente, podendo alguns, viver uma vida longa e plena – caso exista doença
grave o prognóstico é pobre numa média de 6 meses.
Definição de Imunodeficiência :
Vírus que diminui drasticamente as capacidade imunitárias, proporcionando o aparecimento de
infeções e outras doenças.
Transmissão:
É transmitido por um gato infetado, através da transmissão de sangue, nomeadamente em lutas de
gatos onde as mordidelas provocam feridas abertas.
Sintomas:
- Perda de apetite;
- Emagrecimento;
- Febre;
- Diarreia;
- Dificuldades respiratórias.
17
Tratamento:
Não existe cura, mas podem viver uma vida normal e longa e a vacinação sempre em dia.
Manter o animal em casa para não correr o risco de ficarem doente ou de infetarem outro gato.
Transmissão:
Duas formas: - Gato saudável em contacto com as fezes de um gato contaminado.
- Amamentação em que a gata infeta as crias.
Sintomas:
- Perda de apetite;
- Emagrecimento;
- Anemia;
- Diarreia;
- Febre;
- Abdómen distendido;
- Gânglios linfáticos aumentados.
Tratamento:
Doença fatal para os gatos, náo existindo cura.
Os que conseguem viver com PIF, são capazes de viver 2 anos.
14 – RIM POLIQUÍSTICO
A doença do rim policístico é caracterizada pelo aparecimento de quistos no rim, causando disfunção
renal.
A formação ocorre no período de gestação, aumentando de tamanho com o passar do tempo.
Sintomas:
Depressão, perda ou redução de apetite, muita sede, micção excessiva e perda de peso.
Diagnóstico:
Os problemas começam com o crescimento dos quistos, causando disfunção renal, levando á falência
renal.
O diagnóstico é feito através de exames de ADN, ou ultrasonografia.
18
19