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A LITURGIA DA VIDA

É curioso observar a diversidade litúrgica dos nossos dias. Há liturgias para todos os
gostos. Liturgias tradicionais, renovadas, carismáticas, com cânticos, com hinos, com
enfoque na cura da alma, do bolso e do corpo.
O que me intriga, é que pouco se tem ouvido falar da liturgia da vida.
A palavra liturgia é derivada de uma palavra grega que significa “serviço prestado ao
estado”, cuja obrigação, responsabilidade e compromisso eram inerentes ao dever dos
cidadãos, entretanto, foram os cristãos que passaram a usá-la dentro do contexto
religioso para descrever as atividades do culto.
Com o passar do tempo surgiu um problema, isto é, a liturgia também passou a servir
como divisor, ou seja, passou a separar o que é serviço de culto e adoração a Deus
realizados no templo, daquilo que se faz no restante da vida, levando o povo de Deus à
falsa compreensão de que as atividades desenvolvidas no nosso culto comunitário, a
saber, a adoração, o louvor, a contrição, a intercessão, a edificação e a consagração, são
coisas que só devemos fazer no dia, local e hora reservado para o culto.
Chegamos ao ponto de separarmos dentro do culto um tempo para cada uma destas
partes, limitando-os a aquele espaço de tempo, e por isso, por exemplo, aqueles cuja
preferência é o “momento de louvor”, se sentem bem apenas naquele tempo de cânticos,
enquanto o restante do culto torna-se um peso.
O pior é que isto estabelece uma divisão entre o que se faz no culto e aquilo que se
vive no dia-a-dia. Quando a liturgia se limita apenas ao do culto, tem-se a tendência de
se limitar o culto apenas àquele tempo e a vida diária passa a não ter nada a ver com o
que se faz no culto. Vale a pena lembrar-se do que Deus diz em Isaías 29:13 - “...este
povo se aproxima de mim com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu
coração está longe de mim...”.
A liturgia do culto deve ser a continuação da liturgia da vida! O discípulo de Cristo
que não vive de forma contrita e num constante espírito de serviço a Deus em todo o
tempo, também não se quebrantará por estar no culto. Aquele que não tem uma vida de
louvor e adoração no dia-a-dia, não o terá na celebração coletiva.
Pense bem nisto. A liturgia pra você é a penas o programa do culto ou é tudo aquilo
que você faz? Aquilo que você faz no dia-a-dia é feito como “serviço a Deus”? De que
maneira sua comunhão, consagração e temor a Deus na vida diária afetam o seu serviço
de culto? Lembre-se do que diz a Palavra de Deus: “E tudo o que fizerdes, seja em
palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus
Pai” (Colossenses 3:17).
Rev. Jonas

IPBFOZ, 21 de janeiro de 2018.

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