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➜ e Gmail4u.blogspot.com, qual-
quer dos quais punham em contacto as
pessoas que pretendiam fazer testes
com as que detinham amostras a mais.
O Gmailswap.com tornou-se inusitada-
mente popular, tendo lá surgido mais de
78 mil pedidos de convite desde que foi
criado, em meados de Maio — disse Sean
Michaels, de 22 anos e que foi quem lançou
este sítio.
As funcionalidades originais do Gmail
enquanto aplicação de correio electrónico
também ajudarão, naturalmente, a enten-
der tamanho entusiasmo na corrida às
cópias beta. Funções como a que permite
organizar mais facilmente as mensagens
de correio electrónico — agrupando-as com
se de conversas em tempo real se tratasse
— constituem uma das razões que levaram
Yanni Loukissas, de 27 anos, licenciado em
arquitectura no Massachusetts Institute of
Technology (MIT), em Boston, no Nordeste
dos EUA, a procurar obter um convite
através de um amigo. “As pessoas, aqui
[nas escolas e nas universidades], preferem
usar o correio electrónico a atravessarem o
corredor e virem ao nosso gabinete. Por isso,
é muito útil ter o histórico de cada troca de
mensagens facilmente sempre à mão.”
Samantha David — que recebeu o seu
convite através de alguém que conhecera
“on-line” e trabalha na Google — tentou
várias vezes trocar o seu convite por outro
para um produto diferente. As suas ofertas
para a troca incluíam dois sacos de biscoitos
feitos em casa, uma corrente de luzes deco-
rativas com 35 cm e mesmo o compromisso
de um quiropata do Utah para aceitar um
doente sem recursos.
Parte da popularidade do Gmail é indes-
ligável da do próprio motor de busca Google
mas também do facto de os testes só pode-
rem ser feitos por convite. Um porta-voz da
empresa recusou-se a dizer quando é que o
seu serviço de correio electrónico iria ser dis-
ponibilizado a toda a gente — mas o Gmail
não é o único “software” cuja disponibiliza-
ção limitada para testes se viu confrontada
com uma enorme procura.
Mais de 3 milhões de pessoas se regis-
taram em 2002 com os seus endereços de
correio electrónico no serviço de troca de
músicas Napster na esperança de obterem
uma das 200 mil cópias beta do “software”
que iriam ser distribuídas aleatoriamente.
E as 200 mil cópias disponibilizadas em
2003 para “download” da versão beta do
“software” do Kazaa — o serviço de par-
tilha de ficheiros musicais — desaparece-
ram em dias, segundo a empresa Sharman
Networks, detentora da aplicação.
Os candidatos a experimentadores de
“software” acorrem em massa à eBay, onde
as primeiras oportunidades de testes beta
do conhecido videojogo “World of Warcraft”,
da Blizzard Entertainment, chegaram a ser
leiloadas a mais de 500 dólares. E até houve
quem tentasse recorrer a subornos: Haden
Blackman, produtor da LucasArts para as
“Star Wars Galaxies”, outro jogo de grande
popularidade, diz que certos jogadores em
desespero costumam tentar convencê-lo a
passarem-lhes cópias de teste a troco de
centenas de dólares.
Os especialistas dizem que o crescente
interesse pelas cópias para testes de versões
beta — em geral, as últimas antes da “release”
final e que as empresas pretendem que sejam
submetidas a testes o mais representativos
possíveis de toda a gama real de situações,
“”hardware” e utilizadores — é sobretudo
resultado pelo instinto humano de sobressair
e de afirmar um estatuto, em particular desde
que a dimensão da comunidade “on-line” se
expandiu e tornou global. Comparada com
a diminuta e quase íntima comunidade “on-
line” dos primeiros tempos da Internet, os uti-
lizadores de hoje são uma colossal multidão
em constante crescimento.
Nestas condições, “os testes beta tor-
naram-se numa maneira de as pessoas se
medirem umas face às outras e de avalia-
rem os grupos a que pertencem”, diz Sherry
Turkle, professor de ciências sociais e tecno-
logias de informação no Massachusetts Ins-
titute of Technology (MIT). Clifford Nass,
professor de comunicações na Stanford Uni-
versity, no Silicon Valley (Califórnia), e que
estuda as respostas sociais às tecnologias,
diz que isto é particularmente verdade entre
as pessoas com elevados índices de escolari-
dade e sofisticadas mas que não gostam de
exibir o seu estatuto com exuberância. “Ter
um conhecimento especial das tecnologias
é a forma que lhes resta de demonstrarem
quem são na verdade.”
É claro que algumas pessoas se candida-
tam a testar aplicações por razões que nada
têm a ver com o seu estatuto. Adam Swaney
— estudante na Purdue University (na foto
da pág. 2) que há já vários anos faz testes a
jogos de computador — diz que a aventura
de detectar os defeitos de programação (os
chamados “bugs”) lhe dá tanto prazer como
o experimentar dos novos jogos. “Os ‘bugs’
principais são bastante difíceis de encon-
trar; por isso, trata-se de um desafio”, diz
Swaney, de 22 anos, que calcula ter passado
entre três a quatro horas por dia a testar o
“World of Warcraft” nos dias de semana e
cinco a seis horas nos fins-de-semana.
Os testes das versões beta dão-lhe
também uma possibilidade de influenciar
o desenvolvimento dos jogos. O estudante
Adam Swaney lembra-se de ter dito aos
programadores que Ironforge — a capital
dos “dwarves” no jogo que era para ser
jogado por várias pessoas “on-line” e ao
mesmo tempo — mais parecia uma cidade-
fantasma. Segundo ele, na versão mais
recente do jogo, o aparecimento de guardas
a patrulhares a cidade e de vendedores de
rua deram à capital uma atmosfera mais
agradável e atraente.
Wendy Dunham, por seu lado, diz que
deu consigo a testar o “plug-in” Volume
Logic da Octiv para o iTunes (que regula
o volume dos ficheiros de música) depois
de, por várias vezes, ter tido que saltar do
sofá para baixar o som da sua aparelhagem
estereofónica. “A banda sonora do ‘Titanic’
tem algumas partes mesmo sossegadas e,
de repente, surge um crescendo que choca
os nossos ouvidos”, diz Wendy Dunham,
também ela uma “Web designer” de
Hopkins, no estado do Minnesotta. O “plug-
in” não só compensa as grandes variações
no volume da música como, na verdade,
“dá relevo a elementos das músicas que, de
outro modo, nem se reparava nelas”. ●

PORTO EDITORA LANÇOU O ‘ROUTE 66 MOBILE 2005’

Para viajar sem se perder

A
PORTO EDITORA ACABA de lançar No caso dos telemóveis, o produto está sinalização, o receptor de GPS localiza logo
o “Route 66 Mobile 2005”, um apenas disponível para equipamentos que o utilizador e o sistema volta a calcular o
programa de informação geo- utilizam o sistema operativo Symbian. A percurso de acordo com a nova localização.
gráfica associado a um recep- lista ainda não é muito vasta e integra os Para além disso, este produto está dispo-
tor de GPS (Global Positioning modelos da Nokia 3650, 3600, 3660, 3620, nível em diversos idiomas, que podem ser
System) que se instala no telemóvel e per- 6600, 6620, 7610, N-Gage e N-Gage QD, seleccionados e alterados, nomeadamente
mite traçar rotas e efectuar a localização bem como o Siemens SX1, o Sendo X e o o português (todo o programa se encontra
geográfica em tempo real. Desta forma, o Samsung SGH-D710. traduzido), inglês, alemão, espanhol, fran-
telemóvel dá as indicações sobre os melho- Ao calcular um percurso, o utilizador cês e italiano.
res percursos e permite viajarmos sem nos pode optar pelo caminho mais curto, o mais Um sistema de procura de endereços
perdermos. rápido ou o mais económico. Ao todo, o pro- idêntico ao comum envio de mensagens
Antes de colocar no mercado o “Route grama integra mais de 325 mil quilómetros escritas, a marcação directa para locais de
66 Mobile 2005”, a Porto Editora lançou de estradas, cerca de 5 milhões de números interesse ou a possibilidade de se introduzir
outro programa idêntico destinado a quem de portas e 35 mil locais úteis assinalados contactos pessoais como pontos do itinerário
utiliza um Pocket PC. Trata-se do “Navigate — bombas de gasolina, hotéis, restaurantes são outras das características do “Route 66
2004”, disponível nas versões para Portugal e outros locais de interesse. Mobile 2005”, que estará disponível por
e a Europa, e nas variantes para ligação por Durante a viagem, as informações cerca de 400 euros e inclui um receptor de
cabo ou através da tecnologia Bluetooth — a são disponibilizadas de forma sonora ou GPS com Bluetooth, o respectivo cabo para
qual permite a comunicação entre equipa- visual. No caso de existir um “co-piloto”, carregamento no carro e um cartão Multi-
mentos através de ondas podem ser suficientes MediaCard de 128 MB, onde o programa
hertzianas. Todos estes ISABEL GORJÃO SANTOS as informações no ecrã está instalado. No caso do “Navigate”, para
produtos integram o pro- do telemóvel ou do Pocket PC, o programa é fornecido em CD,
grama “Route 66”, da empresa holandesa Pocket PC mas, para quem viaja sozinho, instalado no PC e transferido depois para
com o mesmo nome, e um receptor de GPS, é conveniente utilizar as indicações por voz o dispositivo móvel. O receptor de GPS é
que, via satélite, transmite para o equipa- para saber se deve voltar à esquerda ou à idêntico e o preço varia entre os 300 e os 450
mento móvel a sua localização exacta, per- direita. Caso o condutor não ouça tais indi- euros, consoante se trate da versão só para
mitindo depois definir destinos e calcular cações ou não possa cumpri-las devido a Portugal ou para toda a Europa, de se utili-
percursos. obras, a cortes de estradas ou alterações de zar uma ligação por cabo ou Bluetooth. ●

computadores .2
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S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
 PROGRAMA DO XVI GOVERNO RELATIVO ÀS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E À NET
Poucas novidades para a
sociedade da informação
O
PROGRAMA DO XVI Governo
Constitucional mantém pra-
ticamente as mesmas pro-
postas do anterior Executivo,
liderado por Durão Barroso,
não apresenta modificações relevantes e
repesca temas que tinham sido esquecidos
ou, pelo menos, relegados para segundo
plano — como um programa de segurança
informática nacional, que pouco ou nada
avançou na legislatura anterior. O novo
programa governamental, que deverá
ser discutido no Parlamento amanhã e no
dia seguinte, acentua a “continuidade das
políticas desenvolvidas pelo XV Governo
Constitucional”, nomeadamente no capí-
tulo da sociedade da informação.
O novo Executivo considera imperativa
a generalização do uso das tecnologias de
informação (TI) e o desenvolvimento do
E-government para “melhorar a qualidade
e a celeridade dos serviços prestados pela
administração” pública, referindo que o
uso “das novas tecnologias de informação
deverá contribuir de forma decisiva para
a redução do quase-imposto tempo e do
carácter supérfluo de algumas formalida-
des, permitindo serem os próprios serviços
a recolher elementos de prova através do
acesso directo às fontes de informação”.
No sector das comunicações, a aposta
vai para a “disponibilização generalizada de
infra-estruturas e serviços de comunicações
electrónicas”, referindo-se em particular “a
Internet de banda larga em todo o território
nacional” com preços competitivos e acessí-
veis “por via de um mercado concorrencial”
— a qual se salienta ser “um factor crítico
para o aumento da produtividade e a com-
petitividade das empresas”.
Ao falar da banda larga como “garante
de um elevado nível de info-inclusão e coesão
social”, fala-se do mercado residencial, onde
se pretende “massificar a utilização de ter-
minais de banda larga”, bem como apoiar a
construção de redes comunitárias em banda
larga em regiões desfavorecidas. A banda
larga deverá ainda ser generalizada na
administração pública e em todas as esco-
las públicas do ensino básico e secundário,
tal como no ensino superior e investigação,
devendo promover-se a acessibilidade digital
para cidadãos com necessidades especiais e o
uso de pontos públicos de acesso à Internet.
O programa defende ainda “a manutenção
de uma autoridade reguladora independente,
com poderes em matéria de
verificação dos níveis de con- PEDRO
corrência e de qualidade do
serviço”, cuja “total independência é vista pelo
Governo como condição imprescindível para a
credibilização das decisões do mesmo e conse-
quente imagem, junto de clientes e investido-
res, das empresas cotadas do sector”.
Refere-se ainda que, “quando determi-
nadas tecnologias sejam identificadas como
cruciais para o desenvolvimento do país
mas cuja exploração se possa revelar pouco
interessante para os operadores privados,
o Estado promoverá o licenciamento da
exploração das mesmas por concurso público,
outorgando as licenças sobretudo em função
da solidez tecnológica da proposta e das
contrapartidas pretendidas, as quais deve-
rão ser concedidas preferencialmente sob a
forma de crédito fiscal de imposto ou similar
concedido aos promotores”. Não se explica
quem identificará essas tecnologias.
Da mesma forma, refere-se que o “Estado
deverá, ainda, apoiar e promover as empre-
sas nascentes que se dedicam ao desenvolvi-
mento de novos serviços de base tecnológica
Presidente da PT visita
Casa do Futuro…
Ernâni Lopes, presidente do
conselho de administração da
Portugal Telecom (PT ), visitou na
passada quarta-feira a Casa do
Futuro — na Fundação Portuguesa
das Comunicações, em Lisboa
—, e referiu a preocupação
DANIEL ROCHA
do grupo PT face aos clientes
com necessidades especiais,
bem como a responsabilidade
social da organização. A Casa do
Futuro foi inaugurada em Maio
de 2003 e pretende demonstrar
a utilização doméstica das mais
recentes tecnologias. Há poucos
meses, a Casa do Futuro foi
actualizada com equipamentos
destinados a pessoas com
necessidades especiais. Para
Ernâni Lopes, a Casa do Futuro
constitui um espaço que permite
a articulação entre as tecnologias
desenvolvidas pelas empresas
e pelas universidades. “Houve
a preocupação de instalar um
elevado conjunto de tecnologias
num ambiente confortável,
interessante e moderno”, disse,
referindo ainda que neste projecto
participaram mais de 20 empresas
As tecnologias de informação ao serviço do ensino das TI, “muitas delas funcionando
no seio das universidades”. A
No capítulo da educação, o programa do Governo aponta “a criação de uma rede na Internet introdução das tecnologias para
exclusiva dos professores para apoio e interacção, facilitando a partilha de experiências, o pessoas com deficiência na Casa
desenvolvimento de trabalho em grupo e o acesso a informação e materiais”,bem como “o forte do Futuro relaciona-se com o
investimento em programas de formação contínua de professores, com prioridade para o primeiro facto de o apoio às pessoas
ciclo do ensino básico e para os domínios das tecnologias da informação e do multimédia”. com necessidades especiais ser
No campo da sociedade da informação e do conhecimento, o programa governamental “um tema cada vez mais actual,
considera que esta “vai ajudar a superar os grandes desafios que Portugal defronta, funcionando com grande impacte social e
como uma alavanca das capacidades nacionais”,pelo que “devem ser mantidas e reforçadas as fortemente dependente das novas
medidas estratégicas lançadas pelo XV Governo Constitucional”.A par das políticas europeias, tecnologias”. ●
este “dossier” continuará na dependência da Presidência do Conselho de Ministros, como sucedia
no Executivo anterior, prosseguindo a execução dos diferentes planos de acção aprovados em … e apela à participação
2003 e “que definiram as linhas de acção até final de 2006”.
A fim de melhorar as competências nacionais, o Governo avança com medidas como a
das universidades
“massificação da utilização das tecnologias de informação e da comunicação no processo de “A Casa do Futuro pode e deve
ensino-aprendizagem, nas escolas do ensino básico e secundário”,onde se inclui o apoio à aquisição ser um laboratório vivo, onde
de computadores por professores.Também a “implementação em todas as instituições de ensino os universitários coloquem em
superior da iniciativa e-U/Campus Virtuais”,a “ampliação e desenvolvimento da Biblioteca do serviço real os protótipos que
Conhecimento Online (b-on)”ou a “criação de um sistema nacional de certificação em tecnologias vêm desenvolvendo”, considerou
de informação e da comunicação”não são medidas novas. ● P.F. Ernâni Lopes, referindo ainda que
os portadores de deficiências, as
pessoas com doenças graves e os
virados para as telecomunicações, na óptica Em expectativa fica a disponibilização cidadãos socialmente excluídos
da sociedade de informação, nomeadamente gratuita do “Diário da República”, porque se “formam o quadro social onde a
através dos apoios disponíveis em matéria de afirma apenas que se procurará assegurar PT vem intervindo”. Na versão mais
investigação científica aplicada e sob a forma a sua disponibilização “tendencialmente recente da Casa do Futuro, Ernâni
de participações de capital de semente”, envol- gratuita” a todos os cidadãos. A par do apoio Lopes destacou os equipamentos
vendo desta forma os ministérios da Ciência e à factura electrónica junto das empresas ou que se encontram no “quarto da
Ensino Superior, e o da Economia. do desenvolvimento dos conteúdos em língua avó”, facilitando a comunicação
Na área do “governo electrónico”, pretende- portuguesa (dando-se os exemplos de um e melhorando as condições de
se avançar com a segunda fase do Portal do Portal do Turismo e um Portal da Cultura), segurança dos mais idosos. O
Cidadão, a concretização de um já anunciado fala-se ainda de um reforço e ampliação do objectivo é também levar as mais
Programa Nacional das Com- programa Cidades e Regiões Digitais. diversas instituições a propor novos
FONSECA pras Electrónicas (PNCE), Enquanto, na área do desporto, o actual serviços e recursos, “a fim de fazer
“a definição de um modelo de Governo prevê a criação de uma plataforma evoluir constantemente a Casa do
interoperabilidade de toda a infra-estrutura de ensino à distância e formação com recurso Futuro”. Por isso, foram já assinados
da administração pública”, uma “promoção da a novas tecnologias, no âmbito da comunica- protocolos com o Secretariado
racionalização das comunicações” (ligado ao ção social e das novas plataformas tecnológicas Nacional para a Reabilitação
PNCE no âmbito da administração pública), ou referem-se, entre outras, as medidas para o e Integração das Pessoas com
repetindo os anúncios para “o desenvolvimento lançamento de um novo concurso para a tele- Deficiência, a Liga Portuguesa de
de um portal da administração e do funcioná- visão digital terrestre, “num cenário mais rea- Deficientes Motores, a Federação
rio público”, “o apoio à divulgação de ‘software’ lista, que transmita credibilidade e segurança Nacional das CERCI, a Confederação
aberto na administração pública”, “a criação aos novos operadores e permita uma efectiva Nacional das Organizações de
de um plano de segurança digital nacional” escolha alternativa”, bem como “o acompanha- Deficientes e a Associação de
— anunciado e aparentemente abandonado mento da massificação da tecnologia UMTS e Cegos e Amblíopes de Portugal.
durante a governação de Durão Barroso. Por da Internet de banda larga, procurando identi- Clara Cidade Lains, responsável
fim, o programa de Santana Lopes apela à ficar oportunidades que estimulem a indústria da PT pela área dos clientes
“implementação da videoconferência e outras nacional de conteúdos televisivos”. com necessidades especiais,
tecnologias colaborativas nas actividades Quanto ao programa do governo anterior, salientou que a maior parte dos
interministeriais”. caíram no esquecimento ou não foram revela- equipamentos que se encontram
Novidade é a proposta de criação de um dos os dados sobre medidas anunciadas, como a na Casa do Futuro já estão
portal para obter “feedback” dos cidadãos às colocação de todos os serviços públicos “on-line” disponíveis no mercado e alguns
medidas legislativas. Insiste-se na “criação até 2003, o lançamento de um portal para as até se inserem na lista das ajudas
de condições” para a adopção do voto elec- relações das empresas com a administração técnicas, ou seja, no conjunto de
trónico, “desde que salvaguardado o indis- pública, o Plano Estratégico dos Serviços equipamentos cuja aquisição é
pensável consenso político e social”, quando Públicos Electrónicos ou o lançamento de um subsidiada pelo Estado. ●
este tipo de tecnologia está a ser bastante número de telefone de informações da admi-
criticado e, nalguns países, abandonado. nistração pública. ●
S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O SUPERCOMPUTADOR DE COIMBRA CHEGOU AOS CEM PROCESSADORES
‘Centopeia’ já é
o computador mais
poderoso do país
N
O DIA EM QUE o
“Centopeia”,
o maior com-
Wireless Mesh putador de
investigação
científica do país — ins-
A
rápida difusão das redes sem fios tanto nos talado no Laboratório de
lares como em lugares públicos tem vindo a Computação Avançada
ocultar um facto crucial: a cobertura destas do Departamento de
redes é ainda demasiado esparsa para que Física da Universidade
se possa pensar serem uma verdadeira alter- de Coimbra (UC) —
nativa às redes móveis GSM ou mesmo 3G. Na realidade, alcançou as 100 “patas”,
existem ainda muitos obstáculos a ultrapassar antes que ou seja, uma centena de
se consiga — mesmo numa área metropolitana — uma processadores a funcio-
cobertura uniforme de rede sem fios. Sem essa cobertura narem em paralelo, os
uniforme, o aparecimento de prestadores de serviços responsáveis daquele
alternativos que funcionem como “wireless ISP” (pres- laboratório anunciaram
tadores de serviços sde acesso à Internet via ‘wireless’) a atribuição, por parte
será restringida a áreas muito limitadas e com poucas da Fundação para a
possibilidades de criação de efeitos de escala. Ciência e Tecnologia
Mas, à medida que o número de equipamentos terminais (FCT), de um subsídio
com suporte para redes sem fios cresce — hoje, quase para a construção de um
todos os portáteis saem já com este suporte incorporado sistema ainda mais pode-
e muitos computadores de bolso também já o têm —, roso, dotado de 256 pro-
as expectativas dos utilizadores crescem também, o que cessadores. O objectivo
abre uma enorme oportunidade de mercado que os for- — que era também o do
necedores se aprestam para cobrir. “Centopeia” — é entrar
Pequenas empresas com nomes como Tropos, Firetide, na lista dos 500 maiores
BelAir e Strix estão a surgir para fornecer soluções neste supercomputadores a que estuda a forma das
espaço, criando equipamentos para redes sem fios que, nível mundial, na qual
colocados em zonas urbanas, conseguem uma melhor ainda não figura nenhum
cobertura espacial do que os simples “hot spots” de agora. montado Portugal.
A diferença fundamentais destas redes — denominadas “A FCT atribuiu-nos
“mesh” (malha) — é que funcionam de forma equivalente tudo o que pedimos
à da Internet com fios. Nesta, equipamentos denomina- para criar um sistema
dos “routers”, colocados nos nós da rede, são capazes de mais desenvolvido, que
encaminhar o tráfego, por “saltos” de nó em nó, de forma vai, contudo, demorar
a optimizar a utilização de recursos da rede. algum tempo a aparecer”,
Nas redes “mesh”, o encaminhamento é feito de forma afirmou a Computadores
idêntica mas com ligações “wireless” em vez de fios de o físico Carlos Fiolhais,
cobre ou fibras ópticas a interligarem os “routers”. A exis- um dos responsáveis
tência de mais “routers” nesta rede significa que ela se pelo “Centopeia”, que
torna, como a Internet, muito robusta e resistente a falhas sublinha que o facto de
de elementos de equipamentos — sempre que haja uma o projecto — avaliado
falha ou uma congestão, os “routers” comunicam entre em 560 mil euros — ter
si por forma a arranjarem caminhos alternativos para o que ser submetido a um
tráfego. concurso público inter-
Para já, as empresas que estão a começar a fornecer os nacional obrigará a que
equipamentos “wireless” com estas características desti- o início da construção
nam-nos mais aos mercados empresariais do que à cria- do novo sistema, que
ção de redes alternativas às móveis clássicas. Contudo, ainda não tem nome,
é natural que, à medida que a tecnologia se vulgarize, arranque, em princípio,
entidades como as autarquias possam querer estabele- só em 2005.
cer as suas próprias “mesh” a fim de potenciar serviços Até lá, o Laboratório
à comunidade, por exemplo. O grande obstáculo, neste de Computação Avançada
momento, resulta de cada fabricante ter as suas normas vai insistir no aumento
próprias, estando a falta de padronização a limitar drasti- do número de processa-
camente a interoperabilidade destes equipamentos. dores do “Centopeia”,
Os grandes nomes da indústria, como a Intel, a Cisco ou que é, na opinião de
a Nortel, aperceberam-se do enorme potencial das redes Carlos Fiolhais, o “per-
“mesh” mas também do risco da falta de padronização curso natural do bicha-
dos equipamentos. Juntando esforços nos trabalhos de roco” — que alcançou o
desenvolvimento, criaram um novo grupo de trabalho no número redondo graças a
seio do IEEE, o organismo norte-americano que norma- um apoio da Caixa Geral
liza os protocolos de rede, nomeadamente as sem fios. de Depósitos, que finan-
Dentro de dois a três anos, se os trabalhos presseguirem ciou a aquisição de onze
com celeridade, teremos uma norma denominada desde processadores. Depois,
já por 802.11s, que permitirá a criação de redes “mesh” o Centopeia passará a
com grande interoperabilidade de equipamentos. partilhar o espaço e o
As actuais “startups” do mercado terão certamente que se “know how” com o novo
adaptar a um mercado mais aberto, sob o risco de pere- sistema, que resultou
cerem por isolamento. Mas, se a indústria apontar toda de uma colaboração de
na mesma direcção, o aparecimento das “mesh” mudará seis centros de investi-
radicalmente a face do mercado das telecomunicações gação da Universidade
como hoje o conhecemos. ● de Coimbra.
O “Centopeia” existe
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital desde 1998 — ano em que
este “cluster” de compu-
computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
tadores diversos ganhou
NÉLSON GARRIDO
as suas primeiras 24
unidades de processa-
mento ligadas em rede
—, permitindo então ini-
ciar um projecto, da res-
ponsabilidade dos físicos
Carlos Fiolhais e Pedro
Alberto, de criação de
um supercomputador de
cálculo que pudesse ser
utilizado na investigação
científica e tecnológica
nacional. Este projecto
conta actualmente com
a colaboração de uma
equipa de 18 doutorados
e mais de vinte alunos
de Física.
De entre os projectos
que recorrem ao “Cento-
peia” nas suas simula-
ções científicas ou para
a realização de tarefas
maciças de cálculo,
destacam-se vários. Um
deles é o desenho de
novas moléculas, outro
proteínas — um pro-
blema que está relacio-
nado com doenças como
a das “vacas loucas” ou a
de Alzheimer. E ainda a
análise de radiações para
Como é o ‘Centopeia’ tratamento de doentes
cancerosos, o que permi-
Antes ainda de receber as suas mais recentes onze tirá um tratamento mais
unidades de processamento, o “cluster” do “Centopeia” eficaz de tumores.
contava com os seguintes elementos: Para além de já
- 24 estações de trabalho DEC Alpha 500au, da antiga ter sido utilizado por
Digital Equipment Corp. (entretanto comprada várias universidades
pela Compaq e esta, por sua vez, pela HP), com portuguesas, como as
processadores RISC Alpha 21164 com frequência de de Aveiro, Porto, Vila
relógio de 500 MHz, das quais 22 com 448 MB de Real, Lisboa, Braga e
memória RAM, uma com 320 MB e outra com 576 MB. Covilhã, ao “Centopeia”
- 13 servidores Compaq XP 1000, também com tem também acesso a
processadores Alpha mas da série 21264, a 667 MHz, Critical Software — uma
das quais 12 com 512 MB de RAM e uma com 1 GB. empresa portuguesa, com
- 12 estações de trabalho com processadores Pentium sede em Coimbra e criada
IV, da Intel, a 2,2 GHz, cada qual com 1 GB de memória. em 1998, que se dedica à
- 24 estações de trabalho com processadores Pentium concepção e desenvolvi-
IV, da Intel, mas a 2,4 GHz, das quais 12 também com 1 mento de tecnologias e
GB de RAM mas as restantes com 2 GB de memória. “software” para sistemas
- 16 estações de trabalho igualmente com de informação de desem-
processadores Pentium IV mas, desta vez, a 2,9 GHz, penho crítico, bem como
cada qual com 2 GB de memória. à prestação de serviços
A tecnologia de “clustering” permite fazer todos estes de engenharia e con-
computadores funcionarem, de certo modo, como um sultoria, e que já tem a
só, apesar da sua diversidade — tanto em termos de NASA como um dos seus
arquitecturas de processamento como de sistemas clientes (ver “Garantir a
operativos e até de aplicações específicas para cada projecto. fiabilidade de sistemas
Quando Carlos Fiolhais pela primeir vez falou a críticos”, publicado na
Computadores do projecto “Centopeia”,em Junho de 2001, edição de Computadores
este contava com apenas 37 “patas”,ou seja, 37 unidades de de 24-4-2003).
processamento a funcionarem em “cluster”.Nessa altura, o Esta abertura do
rendimento do “Centopeia” atingia já cerca de 10 gigaflops, acesso ao “Centopeia” por
dez mil milhões de operações de vírgula flutuante (cálculos parte de empresas priva-
numéricos) por segundo — bem aquém dos 4938 gigaflops das constitui um passo na
do mais poderoso supercomputador do mundo de então: direcção incontornável da
o ASCII White, da IBM, instalado no Laboratório Lawrence cooperação entre estas e
Livermore, na Califórnia, que contava com mais de 8 mil as universidades estatais
processadores. Com também não se compararia com os — o que, entre outras
55,1 gigaflops do último sistema do Top 500 mundial ( vantagens para ambas as
www.top500.org ), um supercomputador também da IBM, partes, poderá ajudar a
então a funcionar na Alcatel, em França, e que dispunha de solucionar os problemas
130 unidades de processamento. ● A.L.B. / R.J.C. de investimento. ● ANA
LUÍSA BARROSO
S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .5
 virose Dia 26

OS VÍRUS DA SEMANA
W95/CIH.1003, WM/TAMAGO.A,
WM/MDMA.C;D;H, W97M/Alamat,
O primeiro vírus para os PocketPC VBS/Gaggle@MM, W97M/
Cobra.a1, X97M/Reten.d

Surgiu, no princípio da última semana, o
primeiro vírus especialmente criado para infectar
computadores de bolso a correrem o sistema
operativo PocketPC, da Microsoft (e que mais
não é do que uma das variantes do sistema
operativo Windows CE, sendo outra o SmartPhone,
desenvolvida para os telemóveis de terceira
geração). O vírus, a que foi dado o nome de Duts,
foi escrito por um programador que assina com
o nome Ratter, do grupo de criadores de vírus
29ª — grupo de onde surgiu, no mês passado, o
Cabir, um vírus dirigido aos telemóveis assentes
no sistema operativo Symbian, desenvolvido pelo
consórco com o mesmo nome e usado sobretudo
por fabricantes como a Nokia e a Sony Ericsson
mas também a Motorola.
Tal como já sucedera com o Cabir, o Duts não
pretende ser uma verdadeira ameaça, tratando-se,
antes do mais, de um exercício académico que
pretende simplesmente mostrar a possibilidade
de criar vírus para aquelas plataformas. Aliás, em
ambos os casos, os seus autores enviaram o código
às empresas de programas antivírus.
O próprio vírus, antes de se instalar na máquina
“atacada”, pergunta ao utilizador se quer que
ele se instale. Quando um ficheiro infectado é
corrido, aparece uma caixa de diálogo com o título
“WinCE4.Dust by Ratter/29A” e o texto “Dear User,
am I allowed to spread?” Se o utilizador carregar no
botão Yes, o Duts infecta os ficheiros executáveis
guardados na directoria de raiz do PocketPC.
O Duts — que não parece ter qualquer
funciobnalidade destrutiva — pode
chegar a um destes
dispositivos por
correio electrónico
ou através da
Internet, através da
memória amovível ou da
sincronização com um PC (seja
por cabo, seja via Bluetooth). Ele
pode ainda infectar os telemóveis que utilizem a serem comprimidos de forma diferente da Dia 27
versão do PocketPC baseada no ARM. habitual, de modo a tentar iludir os programas de W97M/Cobra.a1, VBS/
Gaggle@MM, W97M/Trugbar.a,
O vírus contém ainda duas mensagens que defesa e antivírus. W97M/Alamat, WM/MDMA.C;D;H,
não são visíveis para o utilizador. A primeira diz: Esta variante é a quarta surgida no intervalo de WM/HELPER.F;G;H, W97M/
“This is proof of concept code. Also, i wanted to uma semana, sendo duas delas consideradas Jackal.A
make avers happy. The situation when Pocket PC de perigo médio. No princípio do mês, o autor
Dia 28
antiviruses detect only EICAR file had to end ...” disponibilizou uma versão do “worm” que continha WM/Eraser.B;C:Tw, WM/
A segunda é: “This code arose from the dust of o código-base e os comandos de computador MDMA.C;D;H, W97M/Este, VBS/
Permutation City”, em que a última expressão que podem ser compilados para o criar. Tal facto Baracu.A@mm, VBS/Gaggle@MM,
W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
corresponde ao título de uma novela de ficção faz temer que tal frequência no aparecimento de W97M/Clave.a, W97M/Ekiam
científica de Greg Egan. Passada no ano 2050, novas variantes venha ainda a aumentar. da Virose
a novela apresenta um personagem obcecado que deveria ter saído na anterior edição. ● JOSÉ Dia 29
com a vida artificial que gera personalidades de DOUTIL W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1,
W97M/Beko.a@MM, VBS/
computador (as “Copies”) dentro de um mundo Gaggle@MM, W97M/Bablas.aj,
virtual. N.E. — Por lapso, na anterior edição de VBS/Valentin@MM, VBS/San@M,
Computadores foi publicado o texto da Virose que WM/MDMA.C;D;H
Ainda mais variantes do Bagle saíra na edição de 19 de Abril último. Porque a
Dia 30
informação relativa a vírus e vermes da penúltima WM/MDMA.C;D;H, FHD.A,
Na segunda-feira passada, deu à costa uma nova semana poderá ainda ser útil aos leitores, publica-se VBS/Loveletter.ar, AOS.A,
variante do Bagle, desde logo classificada com na pág. 12 desta edição uma versão condensada W97M/Jackal.A, XM/Laroux.IC,
VBS/Gaggle@MM, X97M/Anis,
um nível de perigosidade médio. Esta variante do W32/Urick@MM, Tribute.A;B,
“worm” foi denomianda Bagle.AI pela McAfee e W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
Beagle.AG pela Symantec. X97M/Clonar, VBS/Terrosist.ow,
W97M/Fifteen.a
Mais uma vez, as diferenças em relação a versões
anteriores não são muito grandes, propagando- Dia 31
se através de ficheiros anexos de mensagens W97M/WMVG.c, VBS/Alphae,
de correio electrónico. Uma das W97M/Cobra.a1, Tribute.A;B,
W32/PetLil@MM, VBS/
principais diferenças é o facto Gaggle@MM, WM/CVCK1.A,
de aqueles ficheiros W97M/Caligula.a, W97M/
Jany.a, W97M/Concon, WM/
PHARDERA.C ;D (INTENDED),
FHD.A, WM/MDMA.C;D;H
Dia 1
VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae,
W97M/Kolop, W97M/Ekiam,
W97M/Alamat, W32/PetLil@MM,
WM/BADBOY.A;B;C, Tribute.A;B,
Acid.A (intended), WM/CVCK1.B;E,
W97M/Change.A, W97M/Jany.a,
X97M/Hopper.r, VBS/Bhong,
WM/Theatre.A, W97M/Tarap, VBS/
LoveLetter.bi, VBS/Count, W97M/
Bablas.aj, JS/Gigger.a@MM,
W97M/Shore.p

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
SOM DIGITAL DE BOLSO COM O NOVO DISPOSITIVO DA APPLE SÓ EM SETEMBRO
Mini iPod chega ao
mercado português
O
LANÇAMENTO do mini
iPod aconteceu no pas-
sado sábado, dia 24 de
Julho, no mercado mun-
dial — mas esta versão
reduzida do popular leitor de música
digital da Apple só deverá ser dispo-
nibilizada oficialmente em Portugal
no próximo mês de Setembro, ainda
a tempo para a lucrativa época do
Natal, que impulsiona as vendas do
último trimestre do ano.
O pequeno leitor de bolso é uma
das coqueluches da empresa de Steve
Jobs, que se revelou, mais uma vez,
uma aposta acertada no mercado da
fusão entre a electrónica de consumo e
a informática — tendo mesmo, nalguns
mercados, assumido a liderança nas
vendas de leitores de MP3 no crescente
mercado de leitores de música digital.
Ainda nesta semana, a empresa anun-
ciou a quarta geração do iPod, com uma
renovação de funcionalidades na gestão
das músicas e um alargamento da sua
autonomia (graças ao aumento da capa-
cidade da bateria) para 12 horas, assim
dando resposta a duas das principais
queixas dos utilizadores com modelos
que ficam na mesma ordem de preços
dos seus antecessores.
Apesar da disponibili-
zação dos mini iPod fora
dos EUA ter sido anun-
ciada para 24 de Julho, em
Portugal os equipamentos
deverão chegar às lojas só
em Setembro, sendo dispo-
nibilizados nas cinco cores
— prata, verde, cor-de-rosa,
azul e dourado —, confirmou
a Computadores Marco
Rodrigues, administrador
da Apple IMC Portugal. O
dispositivo tem um peso de
103 gramas, conta com um
disco rígido de 4 gigabytes,
que permite armazenar cerca de 70
horas de música ou mil canções.
Tal como noutros mercados, o iPod
está a ser bem sucedido nas vendas à
escala nacional. Embora não avance
com o número certo de unidades ven-
didas, entre Janeiro e Maio, a Apple
registou em Portugal um crescimento
na ordem dos 256 por cento. O iPod
mais vendido é o dotado com o disco
de 40 GB — que representa já cerca de
35,3 por cento das vendas da empresa
nesta área —, sendo o segundo lugar
ocupado pelo modelo de 20 giga-
bytes (com 29 por cento das vendas),
enquanto o iPod de 15 GB representa
23,9 por cento dos iPod vendidos.
A nível internacional, o iPod con-
tinua no topo das vendas dos leitores
digitais de música — um mercado que
deverá duplicar neste ano, ultrapas-
sando os 20 milhões de unidades, con-
forme indica um estudo recentemente
divulgado pela consultora britânica
Informa Media. Este números agre-
gam diversos tipos de equipamentos,
desde os de topo de gama, com disco
rígido, até aos dispositivos de memória
volátil ou do tipo CompactFlash.
A Informa Media não considera,
porém, que este crescimento do número
de leitores de música digital possa vir a
dar um impulso imediato aos serviços
de música
“on-line”,
ajudando a
combater a
pirataria. De
acordo com o
relatório, os
utilizadores
vão começar
por carregar
para os seus
equipamen-
tos a sua
discografia
privada —
que possuem
nos seus CD
— ou fazer o
“download”
de ficheiros
no formato
MP3 a partir de redes
P2P (“peer to peer”, de que se fala na
secção de Shareware desta edição do
Computadores, na pág. 13) antes de,
eventualmente, sentirem a necessidade
de actualizarem essa sua discografia
com músicas mais recentes.
Mas esta é outra das áreas em que
a Apple tem vindo a apostar, com o
lançamento da loja electró-
nica iTunes, actualmente
acessível tanto pelos
utilizadores de compu-
tadores Macintosh como
pelos que usam o sistema
operativo Windows.
Depois de um sucesso
considerável nos EUA,
a empresa
l a n ç o u FÁTIMA
mais recen- / Casa
temente
uma extensão deste
serviço para países euro-
peus como a Alemanha, a
França e o Reino Unido,
onde conseguiu um recorde de vendas
de 800 mil músicas na primeira
semana — tendo só o Reino Unido
100 milhões de músicas no iTunes
Em meados de Julho, a loja electrónica de música
“on-line” da Apple ultrapassou os 100 milhões de
“downloads” — marco que a empresa
esperava e para o qual lançou
até uma promoção. O iTunes
é actualmente reconhecido
como líder neste tipo de serviço,
decorrido quase um ano sobre o
seu lançamento e depois de ter a
batido recordes sucessivos nesta
área.
A marca dos 100 milhões de
“downloads” do iTunes foi
considerada “histórica” pelo
“chief executive officer” (CEO) da
Apple, Steve Jobs, e naturalmente
aplaudida pela indústria
discográfica — que espera,
com estes serviços, combater a
crescente cópia ilegal de músicas
pela Internet e, assim, receber
alguns dividendos a
título dos direitos de
autor. ● F.C. / CdB
S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
sido responsável por mais de metade
deste número.
Na Europa, o iTunes oferece acesso
a mais de 700 mil músicas, número
que foi ampliado na semana passada
com a assinatura de acordos com três
editoras discográficas independentes.
Os preços das músicas — 99 cêntimos
— e o facto de os utilizadores poderem
gravar os ficheiros em pelo menos
cinco computadores, gravarem-nos
um número ilimitado de vezes em CD
e ouvirem-nos nos iPod têm sido os
principais trunfos do serviço iTunes
perante os seus concorrentes.
Não há ainda datas definidas
para a abertura de uma iTunes Music
Store em Portugal. No entanto, essa
hipótese não está des-
CAÇADOR cartada, segundo Marco
dos Bits Rodrigues — embora se
tenha recusado a indi-
car qualquer intervalo de tempo para
isso. Com o sucesso que as lojas de
música “on-line” estão a ter um pouco
por todo o lado, o que poderá acon-
tecer é que, quando a iTunes chegar
ao mercado português, já encontre
concorrência. ●
da.net
China já tem, pelo menos, 87 milhões
de internautas…
Na República Popular da China, os utilizadores da Web
já se contam por 87 milhões, de acordo com o Centro
de Informação sobre a Internet, citada pela AFP. Ora este
número significa um crescimento de 27,9 por cento
relativamente ao ano passado. O número de computadores
ligados à Internet ascende agora a 36,3 milhões, ao passo
que os utilizadores de serviços de acesso por banda
larga terá atingido os 31,1 milhões — o que significa
um aumento de 78,7 por cento nos últimos doze meses.
O número de sítios chineses na Web em 30 de Junho
último era de 627 mil (mais 32,2 por cento face a 2003).
Os internautas chineses recebem, por dia, uma média de
13,8 mensagens de correio electrónico, das quais (também
em média) 9,2 são de “spam”.No que respeita ao envio,
os internautas chineses geram uma média diária de 4,3
mensagens de correio electrónico e dedicam cerca de 12,3
horas por semana do seu tempo à navegação na Internet
(apesar de todas as limitações dos destinos acessíveis
impostas pelas suas autoridades). ●
… e quase duplicou a sua conectividade
à Internet mundial
“A Internet tem vindo, progressivamente, a penetrar em
todos os aspectos da produção, da vida, do trabalho e das
actividades escolares”,considera o Centro de Informação
sobre a Internet na República Popular da China, citada pela
AFP. As autoridades chinesas têm praticado uma política de
promoção activa do uso da Internet ao mesmo tempo que
têm desenvolvido meios cada vez mais sofisticados para,
por um lado, controlarem os conteúdos disponibilizados
nos “sites” chineses e, por outro, limitarem o acesso aos
sítios considerados inconvenientes para a sociedade
chinesa. A Internet representa, na China, apesar disso, um
espaço de expressão mais livre que a imprensa oficial —
mas as autoridades governamentais não têm deixado de
meter na prisão vários autores de artigos hostis ao regime,
sobretudo a partir do momento em que eles começaram a
agir no sentido de criar e desenvolver redes de contactos a
partir da Internet. Hoje em dia, a infra-estrutura de Internet
da República Popular da China está ligada à Net mundial
por um conjunto de conexões de banda larga que
totalizam um débito de 53,9 Gbps, o que significa que esta
conectividade foi reforçada em 190,3 por cento — ou seja,
quase duplicada — ao longo do último ano. ●
ACEP atribuiu selo de acreditação
ao ‘Internet banking’ da CGD
A Associação do Comércio Electrónico em Portugal
(ACEP) anuncia no passado dia 20 de Julho a atribuição
do seu Selo de Acreditação ACEP ao serviço de
“Internet banking” da Caixa Geral de Depósitos (CGD),
denominado Caixadirecta On-line (disponível em https:
//caixadirecta.cgd.pt/ ). Alexandre Nilo Fonseca, presidente
da comissão “business to consumer” (B2C) da ACEP,
disse que “a atribuição, pela primeira vez, do Selo ACEP
a um serviço de ‘Internet banking’ — neste caso, ao da
Caixa Geral de Depósitos — é um passo fundamental na
construção de uma sociedade de informação baseada
nos mais altos padrões de qualidade”.Por seu lado,
Carlos Costa, administrador da Caixa Geral de Depósitos,
afirmou:“A atribuição do Selo ACEP confirma a orientação
que a Caixa tem vindo a seguir no desenvolvimento
dos seus canais directos: elevada abrangência de
funcionalidades, segurança das operações, facilidade de
utilização dos serviços e transparência na informação
prestada aos clientes.” Segundo Nilo Fonseca, a ACEP
está em condições de proceder à certificação de todos os
“sites” de comércio electrónico que se comprometam a
cumprir expressamente os requisitos do seu Programa de
Acreditação ( www.portugalacep.org ). ●
computadores .7
 M40, X30 E X15 DESTACAM-SE PELA AUTONOMIA E CAPACIDADES ‘WIRELESS’
Portáteis da Samsung
no mercado português
A
Samsung vai lançar no
mercado português novos
PC portáteis, tendo apre-
sentado, na semana
passada, os três primei-
ros modelos. Portugal é o quinto
país europeu onde a Samsung vai
apostar no mercado dos portáteis.
O baixo consumo e as capacidades
“wireless” são duas das caracterís-
ticas que a Samsung destacou nos
novos modelos. Até ao final de 2005
a empresa pretende vender cerca
de 10 mil unidades — o que, a ser
cumprido, significará alcançar 5 por
cento da quota de mercado.
M40, X30 e X15 são os modelos
agora lançados. O M40 possui um ecrã
de 17 polegadas, com uma resolução
de 1440 x 900 e pesa 2,9 Kg. Vem equi-
pado com um processador Centrino,
cartas
‘Biblioteca digital com poucos utilizadores’
Caro Rui Jorge Cruz,
O PÚBLICO-Computadores publicou,
no passado dia 12 de Julho, um artigo
escrito por Pedro Fonseca, colaborador
do vosso suplemento, sobre a B-on, a
Biblioteca do Conhecimento Online.
Nessa peça, com o título “Biblioteca
digital com poucos utilizadores”,o
jornalista analisa os primeiros três
meses de existência da B-on com dados
públicos e fornecidos pela UMIC mas
a imagem que faz passar do projecto,
nomeadamente no título e no primeiro
parágrafo, não corresponde à realidade
e, como tal, gostaríamos que fosse
corrigida.
A B-on surgiu no dia 19 de Abril de 2004
– lançada oficialmente pelo senhor
primeiro-ministro —, tendo, no entanto,
sido possível às instituições aderentes
começar a utilizar este serviço antes,
[pois] duas editoras ficaram disponíveis
no início de Março e as restantes até
meados do mesmo mês. Desde essa
data que a comunidade aderente foi
alertada para a utilização, tendo, no
entanto, o motor de pesquisa integrador,
o Metalib, entrado em funcionamento
apenas em 19 de Abril.
Ao jornalista foi indicado que o número
de “downloads” (artigos em texto
completo lidos) de Março a Maio foram
464 mil. Foi referido que este número
não inclui os dados da Elsevier relativos
ao mês de Maio nem os relativos a duas
editoras para todo o período, e não o
que o jornalista refere no seu primeiro
parágrafo “embora faltem ainda dados
parcelares de algumas das editoras
científicas envolvidas no projecto”,como
bem refere depois no quarto parágrafo.
Foi referido ainda que o número total de
“potenciais” utilizadores é de 450 mil.
O prof. José Fernandes, o responsável
na UMIC pelo projecto e que esteve em
contacto com o jornalista, referiu que, se
todas as potenciais entidades (as actuais
e as várias que entretanto manifestarem
interesse) aderissem, teríamos os cerca
de 450 mil utilizadores.
O número actual de potenciais
beneficiários, no âmbito das 47
entidades aderentes, é de 261.600
alunos e 23.117 investigadores e
professores — num total de 284.277.
computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
da Intel, a 1,7 GHz, 512 MB de memó-
ria DDR333 e disco rígido de 80 GB. A
bateria tem autonomia para 4,5 horas
e o preço recomendado é 2999 euros.
Já o X30, um portátil com ecrã de
15 polegadas e 1280 x 800 de resolução,
assenta num processador Centrino a
1,7 ou 1,5 GHz, o disco rígido será de
60 ou 80 GB e a autonomia é também
de 4,5 horas. Com 512 MB de memó-
ria DDR333 e o Windows XP Home
instalado, este modelo pode custar
2099 ou 2499 euros, dependendo da
velocidade do processador e da capa-
cidade do disco.
O X30 pesa 2,4 quilogramas. O
modelo X15 vem equipado com um
Centrino a 1,5 GHz, possui um ecrã
de 15 polegadas, um disco de 60 GB e
512 MB de memória DDR333. O seu
preço será 1999 euros e a autonomia
Ora comparar 464 mil “downloads”
(número que não inclui todas as
editoras, logo é incompleto) com um
potencial aderente de 450 mil é muito
diferente do que comparar com o
número de 284.277 que efectivamente
podem aceder aos artigos em texto
completo — fazer “downloads”.Além
do mais, é sabido que os principais
utilizadores da B-on são e serão os
professores e investigadores (23.117).
Mas não passa somente por esta
questão o nosso desagrado, passa
também pelo título e pelas observações.
Que autoridade tem o jornalista para
julgar se o número de “downloads”
(quase meio milhão de artigos!) é
baixo ou não? A própria Elsevier (a
maior editora mundial de revistas
científicas) até disse que o número de
“downloads” da Universidade do Porto
é de nível equivalente ao de algumas
universidades norte-americanas.
Estamos disponíveis para quaisquer
esclarecimentos sobre a iniciativa mas
acreditamos que um balanço deverá
ser feito com outros dados e solicitadas
as opiniões de várias pessoas e mais
cuidado na forma como se transcreve
a informação fornecida. Permita-me
ainda dizer que um balanço não se
faz com uma amostra muito reduzida
e incompleta de resultados, e que o
modo negativista com que este artigo
foi escrito em nada ajuda a promover as
iniciativas positivas que se vão fazendo
neste país com o esforço de alguns.
DIOGO VASCONCELOS, Gestor da Unidade de
Missão Inovação e Conhecimento (UMIC)
N.E. — Nesta sua carta, o gestor da
UMIC insurge-se, a propósito do artigo
com o título em epígrafe, contra “a
imagem que faz passar do projecto,
nomeadamente no título e no primeiro
parágrafo”, que não corresponderia
à realidade da B-on. Ora o jornalista
baseou-se única e exclusivamente nos
dados fornecidos pela assessoria de
imprensa da UMIC e pelo prof. José
Fernandes, “o responsável na UMIC pelo
projecto” — não deixando de apontar
a incompletude dos dados disponíveis.
Daí que os números constantes do
artigo sejam rigorosamente os agora
da bateria também permite trabalhar
4,5 horas. O seu peso é 2,3 quilogra-
mas. O facto de estes computadores
portáteis usarem a tecnologia Cen-
trino significa que estão asseguradas
as capacidades para comunicações
através de redes sem fios (“wireless”)
ou redes locais (LAN).
A Samsung lançou também o
modelo P35, uma plataforma empre-
sarial com ecrã de 15 polegadas, pro-
cessador Centrino a 1,5 GHz e 512 MB
de memória DDR333. O disco é de 40
GB, a bateria possui autonomia para
5 a 7 horas e o preço recomendado é
1799 euros. Uma das novidades deste
modelo, que pesa 2,5 quilogramas, é o
facto de integrar um sistema de reco-
nhecimento de impressão digital para
garantir maior segurança no acesso ao
PC. ● I.G.S.
reafirmados pelo gestor da UMIC,
que, no entanto, contesta a sua
interpretação.
É evidente, por um lado, que esta foi uma
das interpretações possíveis com os dados
ainda disponíveis — uma interpretação
baseada numa expectativa elevada face
a um projecto meritório, que certamente
não foi lançado a pensar na manutenção
de um “status quo” das universidades
portuguesas, que apresentam um dos
mais baixos rácios europeus no que toca
à produção científica e documental de
professores e investigadores.
E a prova de que há ainda um caminho
a percorrer no sentido de uma maior
utilização da B-on está na própria
assimetria verificada entre o uso dado
pela Universidade do Porto e o das
restantes. É preciso mais divulgação, mais
informação, mais mobilização? Um pouco
de tudo isto, provavelmente — mas o que
é certo é que os números já alcançados
não são satisfatórios! Daí o título e a
entrada do artigo, respectivamente
escolhido e aceite pelo editor, ditados não
por “negativismo” mas por uma esperança
e uma exigência ainda não concretizadas.
Mas se os dados disponibilizados
(e usados no artigo) eram assim
tão insuficientes e prematuros para
fundamentarem um balanço apenas ao
fim de três meses de vida do projecto, por
que razão foi a própria UMIC a divulgá-los
há poucas semanas (conforme o PÚBLICO
então noticiou) e, assim, a publicamente
convidar os cidadãos — entre os quais se
encontram os jornalistas — a apreciar o
desempenho já alcançado?
Aqui chegados (e abstendo-me
voluntariamente de responder à questão
da “autoridade do jornalista”), creio ser
legítimo concluir que estamos de acordo
numa coisa: a insatisfação perante os
números já alcançados pela B-on nos
seus três primeiros meses de actividade.
Daí que peça ao gestor da UMIC que,
quando o entender oportuno, faça
chegar ao conhecimento público “outros
dados e opiniões de várias pessoas”, que
Computadores (como o PÚBLICO no seu
todo) lhes prestará a melhor atenção e
continuará a pautar-se pelo “cuidado na
forma como transcreve a informação
fornecida”. ● R.J.C.
 MINHO CAMPUS PART Y 2004 COMEÇA NA QUARTA-FEIRA, EM BRAGA
Vem aí a festa dos
computadores e da Internet
C
ERCA DE 15 MIL METROS de
fibra óptica, 30 mil cabos
de rede, 86 horas de liga-
ção contínua à Internet,
80 mil bebidas, 40 mil
cafés, 25 mil visitas, 1800 computa-
dores e 150 pessoas na organização.
São estes os números do Minho
Campus Party deste ano, a festa dos
computadores e da Internet que irá
começar na próxima quarta-feira e
se prolongará até domingo. Já na sua
quarta edição, o evento é organizado
pela Associação Industrial do Minho
(AIMinho) e, desta vez, irá ocupar
9500 metros quadrados do complexo
subjacente ao novo Estádio Munici-
pal de Braga.
A dois dias do final das inscri-
ções, o Minho Campus Party con-
tava já com a confirmação de 1400
participantes, tal como anunciou a
AIMinho. Na altura, o presidente da
associação, António Marques, previa
ainda a adesão de mais 100 a 200 par-
ticipantes. “Vamos bater o recorde de
presenças e de capacidade de infra-
estruturas de banda larga em even-
tos semelhantes”, salientou.
António Marques falou das suas
expectativas em relação ao evento
numa conferência de imprensa rea-
lizada no novo Estádio Municipal de
Braga. Mesquita Machado, presidente
da Câmara Municipal de Braga, e
António Salvador, presidente do
Sporting Clube de Braga, também
estiveram presentes na apresentação
do Minho Campus Party, já que o
festival conta com o apoio das duas
entidades.
O presidente da AIMinho subli-
nhou que o evento serve não só para
os amantes das novas tecnologias
“’curtirem’ alguns dias em banda larga
e em convívio” mas também para as
empresas do ramo “caçarem cabeças”
— expressão que, na gíria empresa-
rial, significa encontrar as melhores
competências para certas funções
qualificadas. “Este festival, bem como
a adesão de empresas multinacionais
da área das tecnologias e de patrocina-
dores locais, demonstra que o Minho
é já uma região tecnológica”, frisou
António Marques, que referiu ainda o
facto de esta edição do Minho Campus
Party registar uma duplicação do
número de cibernautas presentes e da
infra-estrutura disponibilizada.
O presidente da AIMinho
salienta que os principais desta-
ques desta edição irão ser uma
maior largura de banda e uma feira
de informática e novas tecnologias
que decorrerá em simultâneo.
Conferências, jogos de computador
u2015 entre eles o “FIFA”, para
matar saudades do Europeu u2015
e concursos em que podem entrar
todos os participantes, são alguns
dos eventos neste festival.
O Minho Campus Party 2004
estará dividido em quatro áreas
— Jogos, Linux, Multimédia e Segu-
rança —, as quais servem sobretudo
para organizar a distribuição de
lugares, propiciando o encontro entre
participantes com as mesmas afinida-
des e aumentando a possibilidade de
aprenderem e competirem entre si.
Há também áreas que irão servir de
mote a jogos e competições, tais como
segurança e comunicações móveis.
Cada participante terá de levar um
saco-cama, o seu computador e pagar 80
euros de inscrição — o que dará direito a
tenda, refeições e acesso à Internet. Ao
longo de cinco dias, ninguém se ligará
mais rápido à rede do que os participan-
tes no evento, já que a PT Comunicações
irá disponibilizar três circuitos de ATM
a 155 Mbps para a Internet, ligados
directamente à central da Telepac no
Porto, triplicando a velocidade registada
no ano passado, em Viana do Castelo. Ao
todo, existirá no Minho Campus Party
uma conectividade nacional e interna-
cional de 465 Mbps.
A Cisco Systems, fabricante de
equipamentos de rede, apoiará de
novo a iniciativa, disponibilizando os
diversos equipamentos necessários
para montar a rede (“routers”, “swi-
tches”, “content engines” e pontos de
acesso sem fios). Estarão ainda no
Minho Campus Party, durante todo
o evento, dois técnicos da Cisco para
prestarem assistência técnica. Carlos
Brazão, director-geral da Cisco Portu-
gal, considerou que, “sendo esta uma
festa de redes, a associação da Cisco
à Minho Campus Party é natural”.
Afinal, “esta é uma oportunidade
única para proporcionar aos entusias-
tas das tecnologias o acesso ao que
de mais inovador existe ao nível das
infra-estruturas de redes”, considerou
o responsável da Cisco.
Também a Mobicomp, empresa
de Braga que desenvolve soluções
para computação móvel e dispositivos
sem fios, irá participar neste evento,
ficando a seu cargo a coordenação da
área de mobilidade e telecomunica-
ções, bem como diversas conferências,
sessões de trabalho e a demonstração
da tecnologia UMTS, que marca a
terceira geração de comunicações
móveis e estará disponível no recinto
do evento.
S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
Também a APC participa neste
Minho Campus Party, ficando a seu
cargo a protecção da alimentação de
energia a todos os equipamentos da
organização e dos computadores pes-
soais trazidos pelos participantes.
Esta empresa promoverá também
uma sessão de trabalho subordi-
nada ao tema “A problemática de
uma alimentação eléctrica defi-
ciente”, na zona Minho Net Point.
Para Maria de Lurdes de Carvalho,
directora-geral da APC Ibéria, esta
“não poderia deixar de responder a
este apelo, pois é fundamental estar
em contacto com os utilizadores dos
produtos da APC, sejam eles actuais
ou potenciais” — “uma oportuni-
dade para dar a conhecer os novos
produtos, partilhar conhecimentos e
experiências, e ouvir a opinião dos
muitos jovens que vão a este evento”.
Outras empresas de tecnologia, como
a Microsoft ou a Sun, também irão
apoiar o evento.
Os participantes no Minho
Campus Party serão também prota-
gonistas de uma experiência inédita
em Portugal, já que o IditeMinho-Ins-
tituto de Desenvolvimento e Inovação
Tecnológica do Minho vai colocar um
“chip” em cada um dos cibernautas e
em cada um dos computadores, atra-
vés do qual será possível monitorizar
a sua presença em cada uma das salas
ou num dado evento.
A coordenação deste festival está a
cargo de Eduardo Beira, Gil Carvalho
e Filipe Fadigas do Vale. A edição ante-
rior decorreu em Viana do Castelo,
tendo reunido mais de um milhar de
cibernautas. A cidade de Guimarães
recebera a segunda edição, em 2002, e
o Minho Campus Party volta agora à
cidade onde nasceu, já que a primeira
edição teve lugar em Braga, em
2001. ● ISABEL GORJÃO SANTOS com Lusa
dica
Converter um gráfico
em imagem no Excel
No Microsoft Excel, por omissão, quando se cria um
gráfico a partir de uma tabela de valores, o programa
mantém uma ligação entre o gráfico e os valores que
o originaram de modo a que, quando aqueles valores
forem alterados, também o gráfico o seja. Mas, às vezes,
dá jeito manter várias versões de um gráfico — para
acompanhar a evolução de itens ao longo de um
certo período, por exemplo. A resposta do Excel a uma
situação desse género é a de criar cópias dos gráficos
em formato de imagem.
O processo corresponde a algo como tirar uma
fotografia a um gráfico em determinado momento,
criando assim um objecto que já não é afectado por
eventuais alterações de valores da tabela que deu
origem ao gráfico. E podendo repetir-se o processo
quantas vezes se desejar.
Na folha de cálculo ou folha de gráfico, seleccione
o gráfico que deseja converter para uma imagem.
A seguir, carregue na tecla Shift e clique no menu
Editar; quando este abre, em vez do comando Copiar
que antes existia, surge agora outro: Copiar Imagem.
Carregando aqui, abre-se uma pequena janela de
diálogo chamada Copiar Imagem, que permite definir
as opções de qualidade da imagem a criar.
A janela está dividida em três áreas, cada uma com
duas opções: Aspecto, Tamanho e Formato. Por
omissão, em Aspecto está seleccionada a opção Como
Mostrado na Impressão, enquanto, em Tamanho,
a opção escolhida é Como Mostrado no Ecrã —
aparecendo as opções de Formato não acessíveis.
Esta configuração cria uma imagem cuja qualidade
é definida pela impressora, não estando dependente
da resolução do ecrã, por exemplo, mas do tamanho
que se vê neste. O formato da imagem assim criada é
o PCX, que aparece definido no programa como um
metaficheiro avançado e é considerado melhor que
o formato de Mapa de Bits (“bitmap”) porque ocupa
menos espaço e o Excel redesenha mais rapidamente
a imagem em ecrã — sendo também melhor para
imprimir em máquinas de alta resolução.
Escolhendo, em Aspecto, a opção Como Mostrado
no Ecrã, as opções de Formato passam a estar
acessíveis, podendo-se então escolher entre Imagem
— correspondente ao referido formato PCX — e Mapa
de Bits, que equivale ao vulgar formato “bitmap” do
Windows. Este formato pode ocupar muita memória
e espaço em disco mas corresponde exactamente ao
que se vê no ecrã. Se, em Tamanho, se optar por Como
Mostrado na Impressão, quando se colar a imagem de
novo na folha de cálculo, ela aparecerá dependente da
resolução da impressora e não do ecrã.
Copiado o gráfico para imagem, pode-se colar esta em
qualquer sítio da folha de cálculo ou noutro programa.
Colando-a de volta na folha de cálculo original,
qualquer alteração feita aos valores da tabela não
afectam a imagem — como se pode ver na ilustração,
onde o gráfico original aparece em cima. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .9
 WEBMANIA

V ão decorrer de 11 a 29 de Agosto próximo.

Mas a cerimónia de abertura só vai acon-
tecer a 13. Os Jogos Olímpicos e os Para-Olím-
picos de Atenas 2004 são mais um retorno à
casa-mãe da festa desportiva de todos os
povos. A chama olímpica passeia agora por

O BEIJO
terras gregas até ao início do evento, após
ter percorrido cinco continentes, 26 países, 34
cidades e muitas, muitas mãos. As expectativas
nos atletas são elevadas e variadas, esperam-
se os tão procurados recordes. O espectáculo
lá estará para quem o quiser ver e sempre é útil
organizar os horários. Este sítio, o oficial, dis-
ponibiliza todas as informações de que pode
precisar! ● mulher.aranha@publico.pt

www.athens2004.com

W
WEBBMMAANNI IAA
www.academie-francaise.fr www.mnarteantiga-ipmuseus.pt www.arts-history.mx www.travel-bulgaria.com

M ora nas Janelas Verdes, virado

para o Tejo. Tem um jardim e uma
esplanada que é um crime não serem T ambém nos conta a história de
“sofia” mas não tem nada a ver nem
aproveitados e gozados com frequência com aquela disciplina recheada de con-
pelos lisboetas, assim como a vista que ceitos e dialécticas, a “filo”, nem com uns
oferecem. O Museu Nacional de Arte diários infindáveis que aparecem por
Antiga, riquíssimo em obras de artistas aí nas livrarias. Esta Sofia é a capital da
portugueses e estrangeiros, lançou-se Bulgária, uma cidade cheia de peque-
na maior onda da contemporaneidade: nos encantos, que vale a pena desco-

A Académie Française foi fundada

pelo Cardeal Richelieu em 1635.
Reinava Louis XIII e funcionou mais
como uma oficialização da actividade
de um grupo de homens de letras,
informalmente que se reunia havia já
algum tempo. Pesada era a missão que
lhe foi atribuída pela lei: “Fixar a língua
francesa, atribuir-lhe regras, torná-la
pura e compreensível para todos”.
Objectivo primeiro: a construção e
redacção de um dicionário. Seguiram-
se mais uns quantos nestes séculos
entretanto decorridos e uma nona
edição está em fase de publicação.
Mas, na página da Web desta autori-
dade linguística francesa, poderá já o
visitante aceder à oitava edição. Bom…
mas apenas em parte, visto que ainda
se encontra em curso a colocação do
precioso instrumento na Internet. Mas
vale a pena consultar, se for de A a
Négaton! ●
as tecnologias da informação e a Inter-
net! O sítio “procura ser um contacto
vestibular com o público”, segundo as
palavras de José Luís Porfírio, o direc-
tor da instituição, que se encontra sob
a alçada do Instituto Português dos
Museus. Nele pode começar a descobrir
as colecções e algumas peças, conhe-
cer o serviço de educação do museu,
efectuar contactos. É só um cheirinho
do que pode encontrar ao visitar o
museu… ●
brir, como a pequena rapariga apoiada
apenas sobre um pé, em jeito de salto,
no meio de uma fonte. Esta página dis-
ponibiliza todas as dicas para começar
uma viagem neste país verde e monta-
nhoso, com algumas certezas — a de
que uma boa viagem está recheada de
imprevistos! ●
E ste é um exemplo raro de uma
publicação cibernética sem fins
lucrativos que consegue ir sobrevi-
vendo com qualidade e sem asfixia.
“Artes e Historia Mexico” é um semaná-
rio mexicano publicado na Web que se
debruça sobre a cultura e as actividades
culturais do país, sobre a sua história, as
civilizações antigas, entre outros temas.
São apresentadas recensões de livros,
textos de autores e estudiosos, opiniões
sobre exposições, espectáculos, obras
cinematográficas e muito mais. Se
quiser conhecer mais sobre os incas e
os maias, pode começar por aqui. ●

www.cnil.fr

A informática deve respeitar a identidade humana, os direitos do homem, a vida privada

e as liberdades”. É neste quadro que desenvolve o seu trabalho a Commission Nationale
de L’Informatique et des Libertés (CNIL), a autoridade administrativa independente francesa,
de cariz público — dependendo directamente do Orçamento do Estado —, responsável pela
defesa da vida privada e das liberdades individuais e públicas. Tem cinco missões principais:
informar sobre direitos e deveres, garantir o direito de acesso sem violações, elaborar um
recenseamento dos ficheiros existentes, controlar as aplicações informáticas e proceder à
reg ulação. A página funciona como meio de transmissão das legislações, de pareceres e de
opiniões, e como espaço de lançamento de debates e de discussão. ●

computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
 .com
Pmelink.pt cresceu 40 por cento…
O Pmelink.pt, um portal para compras através da Internet
destinado a empresas e participado pelo Banco Espírito Santo
(BES), pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e pela Portugal Tele-
com (PT), apresentou os seus resultados relativos ao primeiro
semestre deste ano, tendo registado um volume de negócios de
4,471 milhões de euros — o que representa um crescimento da
facturação de 40 por cento quando comparado com o período
homólogo do ano anterior. Tal volume de negócios refere-se às
diversas áreas do portal: catálogo geral, serviços e grandes contas
e accionistas. Fundado em Maio de 2001, o Pmelink.pt conta hoje
com 45.575 registos, o que representa também um crescimento
médio de cerca de 500 registos por mês desde o final de 2003.
Também o número de entidades que efectuaram a primeira
compra no Pmelink.pt no primeiro semestre deste ano aumen-
tou 2,1 por cento, enquanto o número de instituições que fize-
ram compras no portal mais do que uma vez aumentou 37,6 por
cento. Na área relativa a grandes contas, as compras aumentaram
118 por cento. Por outro lado, o catálogo geral, actualmente com
mais de 5 mil referências, registou mais 30 por cento de vendas
se comparado com o primeiro semestre de 2003. ●
… e disponibiliza novos serviços
As receitas do portal Pmelink.pt relativas a serviços aumentaram
22,4 por cento, o que se deverá sobretudo ao lançamento do
PMEflash, uma ferramenta para construção de “sites” empresariais
lançada no portal no segundo trimestre deste ano. A margem
bruta gerada pelo catálogo “on-line” representou 65,1 por cento
do total no primeiro semestre de 2004, um aumento significativo
quando comparado com os 35 por cento registados no período
homólogo do ano anterior. Para a segunda metade deste ano,
os responsáveis da Pmelink.pt adiantaram já que a empresa
pretende alcançar os 6,2 milhões de euros de facturação, o que é
cerca de 80 por cento das vendas totais de 2003. Ricardo Gonçal-
ves Pereira, director-geral do Pmelink.pt, adiantou que, no final do
mês passado, o portal agregava já 35 parceiros e disponibilizava
mais de 5 mil produtos para empresas, como papel, consumíveis
e equipamentos. Quanto a novos projectos, foi desenvolvida uma
plataforma de vendas “on-line” vocacionada para os hospitais SA,
outra plataforma com um catálogo de produtos frescos para os
hotéis Tivoli e será desenvolvido um portal de compras electró-
nicas específico para as autarquias. ●
SAP cresce 15 por cento no ‘software’
uFFFCA SAP anunciou na quinta-feira os seus resultados financei-
ros preliminares para o segundo trimestre e o semestre findos a
30 de Junho. As receitas de licenças de “software” foram de 497
milhões de euros, mais 15 por cento que no trimestre homólogo
de 2003 (431 milhões de euros) — crescimento que se cifrará em
17 por cento se se tiver em conta a evolução relativa das princi-
pais divisas. Estas receitas nos EUA aumentaram 63 por cento para
140 milhões de euros (face a 86 milhões no período homólogo
de 2003). Segundo a empresa, de origem alemã, a uma taxa cons-
tante da conversão de divisas, as receitas de “software” nos EUA
terão aumentado 70 por cento ano após ano. O total das vendas
da SAP (incluindo serviços) no trimestre foi de 1800 milhões de
euros, 9 por cento acima dos 1600 milhões registados em 2003
(ou 11 por cento se for considerada a taxa constante de conver-
são de divisas). Os resultados operacionais foram de 391 milhões
de euros (contra 340 milhões no ano anterior), mais 15 por cento
que no período homólogo do ano passado. A margem operacio-
nal foi de 22 por cento, 1 ponto acima deste ano face ao anterior.
Os resultados líquidos foram de 249 investimentos (contra 219
milhões em 2003) mais 14 por cento face a 2003. ●
Siebel adquire Eontec…
A Siebel Systems — editora de aplicações empresariais, mais
conhecida pelas na área da gestão do relacionamento com os
clientes (o chamado CRM) — anunciou a compra da Eontec
Limited, fornecedora de soluções globais de retalho bancário
multicanal. Com esta operação e de acordo com o comunicado
das duas empresas, a Siebel Systems “alarga a sua oferta de
soluções para o sector bancário, incluindo agora sistemas para
balcões e para a banca através da Internet, criando a única
solução de retalho bancário que permite aos bancos aumentar
a lucratividade dos balcões utilizando um conjunto integrado
de capacidades de transacções financeiras, de ‘marketing’,
vendas, serviço e ‘business intelligence’”. As soluções pro-
porcionadas pelas tecnologias da Eontec “proporcionará
uma ampla gama de interacções com os clientes através de
múltiplos canais”, como o balcão, o “call center”, a Internet e
as máquinas de Multibanco. A Siebel pagará de imediato aos
accionistas da Eontec 70 milhões de dólares e, mais tarde, mais
60 milhões de dólares adicionais (tudo em dinheiro); se certos
objectivos pré-definidos forem alcançados, mais 30 milhões de
dólares poderão ainda ser pagos em 2005. ●
… numa fusão sem ‘redundantes’
Todos os funcionários da Eontec, com experiência no desenvolvi-
mento e fornecimento de soluções multicanal ao retalho bancário,
serão integrados na divisão de Retail Finance, da Siebel.“A ligação
da Siebel Systems e da Eontec é uma combinação ganhadora no
que toca ao sector da banca de retalho e dos seus clientes em todo
o mundo”, referiu Thomas M. Siebel, presidente da Siebel Systems.
“Os bancos de retalho compreendem cada vez mais que os seus
balcões devem ser transformados de meros centros de transacções
em centros de vendas e de serviços voltados para os clientes, que
funcionem agilmente em concertação com todos os outros canais.
Para o fazerem, necessitam da tecnologia da próxima geração, que
não apenas substitua os antigos sistemas de pagamentos mas
também aproveitem o CRM e as ferramentas de ‘business intelli-
gence’ para reduzir os custos operacionais, melhorar a produtivi-
dade e apoiar os processos empresariais necessários a fortalecer
as relações com os clientes.”“Com a solução completa de retalho
bancário da Siebel Systems, melhorada pela tecnologia da Eontec,
os bancos podem substituir as aplicações e as infra-estruturas
dos balcões que não tenham sido actualizadas durante a recente
expansão para canais alternativos, como a Internet, os ‘call center’, e
as ATM”, disse por Patrick Brazel, CEO da Eontec, que passa a dirigir
a nova divisão de Retail Finance. ●
IBM ‘abençoa’ compra da Eontec
“A IBM está muito satisfeita por dois dos seus principais parceiros
terem combinado forças para proporcionar a única solução da
próxima geração no mercado para os bancos de retalho”, disse
Mark Greene, director-geral da divisão de Global Banking Industry
da Big Blue. “Os bancos de todo o mundo normalizaram-se com
base no WebSphere, da IBM, e isto representa uma grande opor-
tunidade para integrarem as suas estratégias multicanal baseadas
no WebSphere com a única solução bancária de retalho que con-
juga as transacções financeiras, o CRM e a ‘business intelligence’. A
consultoria, a integração das soluções de concepção e os serviços
da IBM constituem um forte complemento a estas novas ofertas”.
Segundo a Siebel Systems, esta combinará as suas soluções de
“business intelligence” e de retalho bancário com os recursos de
transacções multicanal da Eontec a fim de fornecer uma solução
bancária completa e única com componentes que podem ser
usados isoladamente ou combinados a fim de aumentar a rendi-
bilidade dos bancos e de ampliarem e fortalecerem as relações
destes com os seus clientes — nomeadamente, através de solu-
ções mais económicas e eficientes de “Internet banking”. ●
Colt Telecom cresce apesar de tudo
O volume de negócios deste operador de infra-estruturas e forne-
cedor de serviços empresariais de telecomunicações (já presente
em Portugal) registou, no segundo trimestre de 2004, um aumento
de 8 por cento para 451,5 milhões de euros. O EBITDA cresceu 1 por
cento para 57,4 milhões de euros (excluindo a alienação da Fitec, em
Dezembro), com as perdas neste período a diminuírem 24 por cento,
de 51,7 milhões de euros para 39,4 milhões de euros. Pelo segundo
trimestre consecutivo, a Colt terá alcançado um “cash flow” positivo
de 6,7 milhões de euros e uma liquidez de 1190 milhões de euros. Diz
Barry Bateman, presidente do grupo:“Embora tenhamos aumentado
as nossas receitas, o EBITDA e a liquidez face ao mesmo período no
ano transacto, os resultados ficaram aquém das nossas expectativas,
em grande parte devido à contínua pressão sobre os preços no sector
mas também a menores progressos que os desejados na área dos ser-
viços de dados; muito do nosso crescimento proveio dos serviços de
voz, em produtos com menor margem de lucro.” E acrescentou Bate-
man:“Mas fizemos grandes progressos nestes dois anos: reduzimos
custos, controlámos as despesas e aumentámos a liquidez. (...) Temos
uma base sólida para desenvolver novos produtos e serviços, que
terão um impacto positivo a médio e longo prazo.” ●
Ericsson cresceu 22 por cento cá
O volume de vendas da Ericsson em Portugal, no primeiro semestre
de 2004, subiu 22 por cento face ao período homólogo de 2003
graças a um maior do investimento em infra-estruturas pelos
operadores de telecomunicações móveis (como os projectos no
âmbito do Euro 2004 e o lançamento comercial do 3G). A subsidiá-
ria portuguesa do fabricante nórdico acompanha, assim, o aumento
de volume de vendas globais do grupo no segundo trimestre de
2004,, que se cifraram em 3500 milhões de euros, mais 18 por cento
que no mesmo período de 2003. Para Fatima Raimondi, presidente
da Ericsson em Portugal, “estes resultados reflectem o aumento de
confiança do mercado”.“O arranque do UMTS e o aparecimento de
novos serviços e aplicações em GSM-GPRS têm sido, de facto, boas
oportunidades para nós e temos sabido aproveitá-las”. Raimondi
acredita ainda que “a Ericsson tem sido capaz de antever as neces-
sidades dos utilizadores finais e isso tem-se revelado crucial” para
a disponibilização, no momento certo, das soluções que, de facto,
“fazem a diferença”.“É indiscutível que cada vez mais deverão ser os
utilizadores finais a estar no centro de todas as atenções”. ●
S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .11
 virose

Microsoft revela sete falhas

em produtos

N.E. — Por lapso, na anterior edição de corre aplicações.

Computadores, foi publicado o A falha moderada é no Outlook
texto da Virose que saíra na Express e do tipo
edição de 19 de Abril. DoS.
Porque a informação No dia 12, foi
relativa a vírus e descoberto o Atak,
vermes da respectiva um novo “worm” de
semana poderá ainda distribuição em massa
ser útil aos leitores, aqui por E-mail com a
se publica uma versão particularidade de se
condensada da Virose da esconder (deixando de
passada semana. correr) quando “vê”
que os antivírus estão
A Microsoft publicou no a tentar detectá-
passado dia 13 de Julho sete lo. Apesar disto,
boletins de segurança, onde o Atak não foi
revelava a descoberta de várias considerado uma
falhas de segurança em produtos ameaça importante e
seus — e tendo disponibilizado desde perigosa, sendo de esperar só
logo os respectivos “patches”. Algumas um aumento do “spam”.
dessas falhas, nos Windows NT, 2000
e XP, Internet Explorer (IE) e Outlook Bagle.AF também
Express, foram classificadas como considerado perigoso
“críticas”, pois podem ser exploradas A meio da semana, foi detectada uma
por “worms” para permitirem a um intruso nova variante do Bagle — a AF para a McAfee ou a AB para a
correr código num PC. Symantec. Qualquer delas lhe atribuiu logo uma perigosidade
Uma respeita ao Task Scheduler: se um utilizador estiver média dada a grande rapidez de propagação. No essencial,
“logged” numa rede com privilégios de administração, esta variante é semelhante à AD (referida na Virose de 12-7).
um intruso pode tomar remotamente o controlo do PC, Os ficheiros anexos às suas mensagens podem ter vários
instalar programas, apagar dados ou criar novas contas de tipos de extensões: .com, .cpl, .exe, .hta, .scr, .vbs ou .zip. Nestes
utilizador com privilégios totais. A segunda falha crítica, últimos, vêm protegidos por palavras-passe incluídas no
nas funções de Help usadas pelo IE, também permite a um
www.publico.pt intruso assumir o controlo de um PC.
Dos outros cinco boletins, quatro foram considerados
corpo da mensagem como texto.
O Bagle.AF termina os processos que estejam em execução
relacionados com programas de segurança ou antivírus.
“importantes” e um “moderado”. Os primeiros incluem Ao mesmo tempo, abre uma “back door” na porta
uma falha do tipo “buffer overrun” no Internet Information TCP 1080 do PC infectado, permitindo o seu uso como
Server 4.0 e uma falha que permite a execução remota entreposto de E-mail, nomeadamente para a distribuição
de código existente no Windows e no modo como a Shell de “spam”. ● JOSÉ DOUTIL

classificados
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computadores .12 S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
 S H A R E WA R E FICHA

BLUBSTER 2.5, DO SERVIÇO COM O MESMO NOME

Mais uma aplicação para

partilhar ficheiros de música
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,

O
FORMATO MP3 foi transformado, Helena Viegas, Henrique Carreiro,
pelos utilizadores da Internet, Henrique Saias, Isabel Gorjão
como meio de eleição para a troca Santos, João Cruz, José Antunes,
de ficheiros de música na rede José Doutil, Luís Félix, Miguel
das redes. Apesar dos processos Crespo, Nuno Bernardo, Paulo
judiciais e de todas as polémicas em volta Almeida, Pedro Fonseca, Rita
dos direitos de autor, a verdade é que, na Cruz, Rita Hasse Ferreira
Web, proliferam milhões e milhões de temas Secretariado
musicais gravados neste formato. O MP3 Paula Dias
permite o armazenamento de horas e horas de Paginação
música em reduzido espaço do disco — podendo Ana Carvalho, Ivone Ralha,
um vulgar CD conter 10 vezes mais temas que Hugo Pinto, Jorge Guimarães
um CD-Audio normal. A redução da dimensão Projecto Gráfico & Designer
dos ficheiros permite partilhá-los facilmente e Luis Carlos Amaro/
distribui-los através da Net. Gráficos à Lapa
E se, há alguns anos, as músicas em MP3 ligação, o utilizador pode mais tarde retomar a A versão 2.5 do Blubster oferece um maior
apenas poderiam ser lidas num computador, cópia exactamente no ponto onde se encontrava nível de controlo e segurança na partilha dos Computadores
a verdade é que até mesmo os fabricantes de (evitando ter de copiar novamente o ficheiro na seus ficheiros, limitando o tipo de documento é publicado às segundas-feiras
equipamentos electrónicos se renderam a este sua totalidade). a partilhar e a largura de banda associada.
formato e, hoje, quase todos os leitores de CD Apesar de todas estas suas funcionalidades, Os utilizadores do Windows XP podem contar E-Mail
musicais já lêem ficheiros MP3. Os leitores de o Blubster não se assume como uma evolução do com melhores desempenhos e um motor de computadores@publico.pt
DVD, os auto-rádios, os telemóveis Napster. Os criadores do programa pesquisa que permite encontrar ficheiros não Tel. 21-0111168
e os pequenos dispositivos com NUNO BERNARDO não querem ser associados a uma só pela sua descrição mas também por tipo de
Fax 21-0111008
memória Flash ou discos rígidos imagem de pirataria de conteúdos. “media”, categoria, artista, nome do produto
portáteis são alguns dos aparelhos que Para tal, alertam os utilizadores para as e outros. E como a Gnutella é uma rede de
permitem ouvir música gravada neste formato questões de direitos de autor, posicionando utilizadores, o programa inclui um utilitário de
Assine Computadores
em qualquer lugar. mais como uma ferramenta de promoção de “chat” que permite a conversa em tempo real
O Napster foi um dos primeiros — e talvez música independente do que como um serviço entre eles — que podem conversar com quem
o mais popular e polémico — serviço para que apela à cópia ilegal e à pirataria. Apesar tenha preferências comuns, ao mesmo tempo Assine o PÚBLICO
à segunda-feira e receba o jornal
pesquisa e cópia de temas musicais em MP3 de louvável, este discurso é mantido por todas que copiam os ficheiros pretendidos para o seu
em sua casa ou levante-o no seu
através da Internet. Ao cabo de inúmeros as empresas e programadores que criam computador.
posto de venda habitual com os
processos em tribunal, que ditaram o fim da aplicações de partilha de ficheiros digitais O Blubster apresenta-se como uma
suplementos Computadores e
aplicação e do respectivo serviço, vários outros na Internet, desresponsabilizando-se do uso combinação imbatível para quem pretende
Economia.
serviços proliferaram pela Net, como a rede “ilegal” que os utilizadores das suas aplicações partilhar e pesquisar músicas na Internet
Gnutella e o serviço Kazaa. Paralelamente, lhe possam dar. em formato MP3. O utilitário de apoio à troca E-mail: assinaturas@publico.pt
surgiu também na Internet a rede Blubster, O Blubster oferece, para além, do gestor de ficheiros é bastante intuitivo e completo Tel.: 808 200 095 (custo chamada
uma rede P2P (“peer to peer” ou ponto a de transferências, algumas funcionalidades quando comparado com aplicações similares. local)
ponto) criada para facilitar a troca de ficheiros que visam facilitar a vida de todos aqueles que Quer o Blubster quer o acesso à respectiva rede Fax: 210 111 017
musicais através da Internet. Para aceder pretendem partilhar os seus ficheiros na rede. são gratuitos ( http://www.blubster.com ) mas,
à Blubster, o utilizador apenas necessita de Por exemplo, oferece um gestor de ficheiros, no momento de instalação, activam sistemas de
Assinatura semestral (26 exemplares):
copiar e instalar no seu PC uma aplicação- que permite auxiliar a organização de todos registo dos passos do utilizadores e dispositivos
Portugal €18.20
cliente com o mesmo nome, que lhe permite os documentos, músicas e vídeos. Por outro de publicidade “on-line”, que frequentemente
Europa €58.50
pesquisar temas musicais, copiá-los da Internet lado, inclui um leitor de ficheiros multimédia, abrem janelas com mensagens publicitárias.
Resto do Mundo €94.90
e partilhá-los com outros utilizadores. que torna possível visualizar ou ouvir todos Este é talvez o grande ponto negativo do
O Blubster 2.5 permite o acesso directo a os ficheiros. O utilizador pode, inclusive, programa. Quem o quiser usar deverá instalar
toda a rede com o mesmo nome e aos ficheiros criar a sua própria lista de preferências para antes uma solução de controlo e gestão de Assinatura anual (52 exemplares):
aí partilhados. Centenas de milhares de ouvir os seus temas musicais favoritas numa publicidade na Internet e de “spyware” Portugal €36.40
utilizadores partilham centenas de milhões de ordem específica. Os resultados são, assim, (ferramentas que controlam e registam todos os Europa €117.00
ficheiros, o que representam cerca de milhares apresentados de forma agrupada. passos do utilizador na Internet). ● Resto do Mundo €189.80
de terabytes de informação. Os ficheiros
Desconto na assinatura anual
partilhados — exclusivamente temas musicais
para escolas e instituições de
— podem ser pesquisados e identificados num solidariedade social. Preços
dos nós que compõem a rede. Esta rede baseia- especiais para Macau, Timor, São
se no protocolo MP2P (“music peer-to-peer”), Tomé e Guiné. Os preços incluem
diferenciando-se assim do Napster — que era IVA à taxa legal em vigor.
uma rede com um sistema central de servidores.
Desta forma, a rede existe apenas pela ligação
dos utilizadores entre si e não pela ligação dos
utilizadores a um servidor central.
Para além de facilitar a pesquisa de
informação na rede, o Blubster é um gestor
de transferência de ficheiros, podendo copiar
vários ficheiros em simultâneo — e retomando
a cópia interrompida de ficheiros ou mesmo
copiando longos ficheiros de diversas origens.
Isto permite que o processo seja simples,
eficaz e permite evitar grandes custos de
acesso à Internet. Depois de identificados,
estes ficheiros podem ser copiados para o
computador do utilizador com o simples toque
do rato, e todo o processo se realiza de forma
simples e transparente. Em caso de quebra de

S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .13
 JOGOS

‘SPIDER-MAN 2’, ‘BOMBERMAN’, ‘CRASH NITRO KART’, ‘ASHEN’, ‘THE SIMS BUSTIN’ OUT’ E ‘TOM CLANCY’S: JUNGLE STORM’

Jogos da N-Gage para levar no bolso

C
OM O TEMPO DE FÉRIAS, as conso- troca de dados via rádio, sem fios) é Título: “The Sims Título: “Spider-Man 2”
las domésticas tornam-se em
mais um dos muitos volumes
mesmo frenético.
Igualmente de acção — mas com Estilo :
Bustin’ Out”
Simulação
9 /10 Estilo :
Plataforma:
Acção
N-Gage
8 /10

com que os portugueses costu-
mam atafulhar os carros. Mas
as actuais portáteis já oferecem pequenez
suficiente para simplificar a vida a quem
não dispensa os jogos esteja onde quer
que esteja. A Nokia acabou de lançar
a versão 1.1 da N-Gage, baptizada QD
(ver anterior edição do Computadores),
acompanhando-a com uma série de jogos
capazes de agradar a gregos e a troianos,
e, em geral, de qualidade bem acima da
média. Por seu lado, a Nintendo tem ver-
sões especiais limitadas do Game Boy SP
para cativar mais jogadores e um leque de
títulos para todos os gostos e feitios (ver
artigo na página ao lado).
Mas, entre os jogos aqui apreciados,
é a recente série de jogos para a N-Gage
que leva a palma. “Ashen”, um exclusivo
editado pela própria Nokia, é um jogo
de acção na primeira pessoa com um
ambiente à “Half-Life”. Com um 3D real
muito bom, grande fluidez
e mapas bem desenhados, MIGUEL
é emocionante — apesar
de, teoricamente, o ecrã pequeno não
criar grande envolvência. Mas, numa
sala às escuras, a tensão cresce. O sis-
tema de controlo é similar ao habitual
nestes jogos mas muito bem adaptado ao
teclado da consola QD. Assim, o movi-
mento é fácil, apontar igualmente o é,
os movimentos laterais são intuitivos e
a troca de arma e o salto estão mesmo
à mão — sem dúvida, um dos melhores
jogos de acção já vistos numa consola
portátil e um grande trunfo para a N-
Gage, especialmente porque o jogo via
Bluetooth (tecnologia que assegura a
uma componente militar mais realista Plataforma: N-Gage Produtor: Activision
— é “Tom Clancy’s Ghost Recon: Jungle Produtor: Electronic Arts Distribuidor: Nokia
Storm”. Também bem criado, não é tão Distribuidor: Nokia Edição: Julho 2004
detalhado graficamente mas tem vozes Edição: Julho 2004
reais. Ao longo das oito missões, cada
uma delas com meia dúzia de objectivos, Título: “Tom Clancy’s Título: “Crash Nitro Kart”
o jogador é levado a um campo de batalha Ghost Recon:
Jungle Storm”
8 /10 Estilo :
Plataforma:
Corridas
N-Gage
6 /10
com mais três colegas. Com várias armas
à disposição, possibilidade de se esconder Estilo : Acção Produtor: Vivendi
e de dar ordens, tem bastante de táctico, Plataforma: N-Gage Distribuidor: Nokia
sendo muito interessante para quem gosta Produtor: Gameloft Edição: Julho 2004
de estratégia e de acção militar. Distribuidor: Nokia
A chegada do fenómeno “The Sims” à Edição: Julho 2004
N-Gage (bem como à Game Boy Advance)
Título: “Ashen” Título: “Bomberman”
acontece na melhor forma. Apesar de
já ser conhecido de outras plataformas, Estilo :
Plataforma:
Acção
N-Gage
8 /10 Estilo :
Plataforma:
Acção
N-Gage
5 /10
“The Sims Bustin’ Out” revela-se o mais
viciante jogo da consola até ao momento.
Produtor: Nokia Produtor: Hudson
Distribuidor: Nokia Distribuidor: Nokia
O grafismo está muito bem conseguido,
Edição: Junho 2004 Edição: Julho 2004
com grande definição, e a história tem
muito humor. As acções propostas neste
simulador da vida real são interessantes
e é muito fácil de jogar — tão preciso apanhar objectos num trajecto com as zonas de aceleração e coleccionar
CRESPO fácil que é natural passar sobre a cidade, e outros em 2D, ao estilo maçãs e “power ups”. Não é muito original
horas a gerir a vida do nosso clássico dos jogos de acção, havendo que mas que é divertido é…
personagem, tendo de suprir as suas realizar missões como libertar reféns. Directamente do passado para a N-
necessidades e cumprir os seus objectivos Aqui, existe uma componente de combate Gage vem “Bomberman”, um jogo que faz
imediatos. A adaptação ao jogo é ime- (com belos efeitos), recolha de objectos, furor há mais de uma década em todo o
diata, a dimensão do ecrã não complica e o fotografias, vidas ou saúde. Em qualquer tipo de plataformas. Nesta adaptação,
teclado é uma boa ajuda. dos casos, o ritmo é interessante e o jogo mantém-se o visual divertido, a mecânica
Na N-Gage, “Spider-Man 2” mostra- desafiante. infalível e é perfeito para o jogo através
se um jogo de acção com muitas virtudes. Uma outra série clássica é “Crash da tecnologia Bluetooth, pois provoca
O essencial do personagem está bem Bandicoot”, que agora chega à N-Gage. discussões acesas, na consola e não só…
retratado, em especial a sua capacidade Em “Nitro Cart”, o herói — ou os seus Basicamente, numa arena fechada, vista
de viajar sobre a cidade de teia em teia. amigos e adversários, também jogáveis de cima, há que colocar bombas para fazer
Com um sistema de controlo simples de — entra em corridas tão loucas como explodir paredes destrutíveis. Assim, eli-
aprender, é possível evoluir nos níveis. divertidas. O ritmo é acelerado, capaz mina-se adversários e recolhe-se bónus e
Uma das particularidades é que uns são até de provocar enjoos, sendo preciso prémios, até se descobrir a saída. Simples,
a 3D, numa espécie de corrida em que é aprender bem os truques das pistas, jogar rápido, óbvio e eficaz. Como sempre…●

computadores .14 S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4
 JOGOS
‘SIM CITY 2000’, ‘VAN HELSING’ E ‘MEGAMAN BATTLE CHIP CHALLENGE’
Do combate à gestão
também em férias
N
A ESTRATÉGIA e na
gestão, é impossível
não conhecer “Sim
City” — e, agora que a
versão “2000” está dis-
ponível para Game Boy Advance
(GBA), podemos ser “presidentes
da junta” em qualquer lugar. Claro
que a adaptação ao pequeno ecrã
foi feita dando ao jogo uma com-
ponente mais lúdica e menos séria.
Por isso, mais do que a construção
e a gestão da cidade, o importante
é o desafio colocado pelos inciden-
tes imprevistos, que dão um ritmo
mais frenético a este “Sim City”.
Com variadas opções e uma
interface bem adaptada aos
comandos da consola, “Sim City
2000” é o melhor jogo de gestão
disponível para se levar de férias
— sobretudo se se quiser transfor-
mar pequenas aldeias em grandes
metrópoles sem, para tal, gastar
muito suor…
Aproveitando a boleia de outro
filme, “Van Helsing” surge no
Game Boy Advance com algumas
virtudes. Tratando-se de um jogo
de acção clássico, segue a história
agenda
MWSCAS 2004 – International Midwest
Symposium on Circuits ans Systems
Data: 25-07-2004 a 28-07-2004
Local: Hiroshima, Japão
URL: huis2.huis.hiroshima-u.ac.jp/mwscas04
MTDT 2004 – The International Workshop
on Memory Technology, Design and Testing
Data: 9-08-2004 a 10-08-2004
Local: San Jose, Califórnia, EUA
Contacto: Rochit Rajsuman
E-mail: r.rajsuman@advantest-ard.com
URL: www.ece.rochter.edu/workshops/MemoryDesign/
index.html
ILSPED - International Symposium
on Low Power Electronics and Design
Data: 9-08-2004 a 11-08-2004
Local: Newport Beach, Califórnia, EUA
Contacto: Rajiv Joshi
E-mail: rvjoshi@us.ibm.com
URL: www.ilsped.org
HOT CHIPS 16 - Symposium
on High Performance Chips
Data: 22-08-2004 a 24-08-2004
Local: Stanford, Califórnia, EUA
URL: www.hotchips.org/hc16/
ICMENS 2004 – The 2004 International
Conference on MEMS, NANO and Smart Systems
Data: 25-08-2004 a 27-08-2004
Local: Banff, Alberta, Canadá
E-mail: webmaster@icmens.org
URL: www.icmens.org
VDAT 2004 – 8th VLSI Design & Test Workshops
Data: 26-08-2004 a 28-08-2004
Local: Mysore, India
URL: www.vlsi-india.net/events/vdat2004
FPL – International Conference
on Programmable Logic and its Applications
Data: 30-08-2004 a 1-09-2004
Local: Antuérpia, Bélgica
URL: www.imec.be/fpl/Welcome.shtml
EUROMICRO – Symposium on Digital System
Design – Architecture, Methods and Tools
Data: 31-08-2004 a 3-09-2004
Local: Rennes, França
URL: www.dsdconf.org
Symposium on Integrated Circuits
and System Design
Data: 7-09-2004 a 11-09-2004
Local: Pernambuco, Brasil
2004 MAPLD Internationsl Conference
Data: 8-09-2004 a 10-09-2004
Título: “Sim City 2000”
7
cinematográfica numa versão de Local: Washington DC, EUA
Estilo: Gestão /10
Plataforma: Game Boy Advance exploração e acção linear. Cada URL: www.klabas.org/mapld04
Produtor: Zoo nível tem um objectivo que implica
Distribuidor: PlayGames destruir todos os adversários. Sem CODES + ISSS – International Conference on
Edição: Maio 2004 surpreender, garante alguma Hardware/Software Codesign and System Synthesis
diversão, principalmente a quem Data: 8-09-2004 a 10-09-2004
Título: “Van Helsing” gosta do ambiente. Local: Estocolmo, Suécia
Estilo:
Plataforma:
Acção
Game Boy Advance
6 /10
“Battle Chip Challenge” é uma
proposta da saga “Megaman” que
E-mail: petel@ida.liu.se
URL: www.ida.liu.se/conferences/codes/
Produtor: Sierra oferece aos jogadores um jogo de
Distribuidor: Infocapital combates por turnos com base MTV’04 – 5th International Workshop
Edição: Junho 2004 em baralhos de cartas. Apesar de on Microprocessor Test and Verification
ter vários modos, este jogo para Data: 9-09-2004 a 10-09-2004
Título: “Megaman Battle a Game Boy Advance baseia-se Local: Austin, Texas, EUA
Estilo:
Chip Challenge”
Combate
6 /10 na definição e organização dos
baralhos antes de cada combate,
Contacto: Magdy Abadir
E-mail: m.abadir@freescale.com
Plataforma: Game Boy Advance que depois se processa automati- URL: dropzone.tamu.edu/MTV/
Produtor: Capcom camente pondo frente a frente as
Distribuidor: Electronic Arts opções de cada jogador. SOCC 2004 – IEEE International SOC Conference
Edição: Maio 2004 Há grande variedade, com 240 Data: 12-09-2004 a 15-09-2004
cartas diferentes, vários persona- Local: Santa Clara, Califórnia, EUA
gens e muitas questões estraté- URL: www.ieee-socc.org
gicas. Mas, apesar de tudo, o jogo
torna-se um pouco repetitivo e IEEE BCTM 2004 – IEEE Bipolar/BiCMOS
cansativo, em especial devido às Circuits and Tecnology Meeting
longas conversas (escritas) entre Data: 13-09-2004 a 14-09-2004
os personagens. Os fãs de “Mega- Local: Montreal, Canadá
man” vão gostar do ambiente e da URL: www.macs.ece.mcgill.ca/~rfic/bctm04/
lógica mas os outros vão sentir-se
um pouco perdidos. ● M.C.
S E G U N D A - F E I R A . 2 6 . J U L H O . 2 0 0 4 computadores .15
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