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Impactos/reforma na educação - 1

É inegável que o ensino médio brasileiro precise de intervenções e posteriormente mudanças, visto
que, o sistema atual não contempla o ensino profissionalizante, nem abrange completamente as áreas
de conhecimento presentes no Exame Nacional do Ensino Médio. Todavia, essa reforma já aprovada,
apresenta nítidas inconsistências que podem impedir o sucesso dessa mudança, tendo em vista o
sucateamento e a estrutura insuficiente das escola, aliado à falta de capacitação dos professores.
Primeiramente, relacionado à insuficiência de estrutura, nota-se que grande parte das escolas
brasileiras apresentam déficit de espaço físico para alocação dos alunos, tanto que, espaços
alternativos são transformados e adaptados em salas de aula. Além disso, o modelo atual de ensino
possibilita o uso de cada sala de aula em três períodos diferentes, comportando assim, mais alunos.
Dessa forma, a implementação do ensino em período integral, reduz a quantidade de alunos
comportados pela escola.
Nesse sentido, a falta de capacitação dos professores ficará mais acentuada na medida em
que novos conteúdos precisam de métodos diferentes ou inovadores para o entendimento dos alunos.
Tal circunstância ocorre pela aplicação da mudança de forma abrupta, sem tempo suficiente para
adaptação e execução dos novos métodos previstos pela reforma.
Dessa forma, o poder público deve destinar mais investimentos à reformas e à ampliações nos
espaços das escolas, dito isso, cabe ao ministério da educação estimular e desenvolver o
aperfeiçoamento e novas atividades junto aos professores, com cursos de atualização de conteúdo e
métodos inovadores de ensino, para que os alunos absorvam e se habituem as novas exigências do
ensino.
Impactos/reforma na educação - 2
A educação brasileira tem passado por algumas transformações, sendo à
principal delas a reforma do ensino médio que busca dar maior ênfase ao
ensino técnico e um maior aproveitamento do indivíduo no mercado de tra
balho.Entretanto,este modelo de ensino visa em sua estrutura,maior impor
tância nas áreas de exatas deixando de lado as ciências humanas que em
tese são ás responsáveis pelos pensamentos autocríticos da sociedade.
A principal pauta apresentada pelo governo brasileiro para chegar as con
clusões de rever a grade curricular do ensino médio está justificada nos nú
meros internacionais da educação comparado a outros países.Diante disso
os políticos aprovaram uma espécie de medida provisória que norteou os
pontos que devem ser trabalhados nas escolas que prioriza uma formação
rápida, tornando opcional às matérias de humanas está que são os pilares
importantes na formação crítica do cidadão no âmbito social.
Outro fator,está na proposta do governo de incorporar a presença dos profi
ssionais sem formação acadêmica pelo simples notório saber em determi
nadas áreas estes poderiam lecionar sem um diploma que ateste sua capa
cidade. Estes pontos remetem a educação brasileira ao período da coloni
zação em que o ensino leigo era comum a educação jesuítica que pelo sim
ples fatos de o individuo saber ler e escrever ele poderia alfabetizar outros.
Todos esses pontos,demostra a incapacidade do estado na defasagem do
sistema educacional do país,na formação não enfatizar a construção alto
crítica do indivíduo.
Portanto, o governo brasileiro não está propriamente errando em conduzir o indivíduo propriamente
ao mercado de trabalho, o problema da medida
está propriamente em torna as ciências humanas opcional este da um ca
ráter de abolição dessas.Uma possível solução seria a abrangência geral
de todas as matérias com maior acompanhamento do professor e família
no processo de escolha do indivíduo para a vida profissional.
Impactos/reforma na educação – 3
A reforma brasileira do ensino médio é um tema relevante que impacta o futuro da construção de
nosso país a partir de hoje pois, os futuros governantes, mandatários, juízes, ministros, etc. começam
sua formação muitos anos antes de assumirem seus cargos.
Os professores são uma das partes relevantes do impacto causado pela reforma, estão divididos
e apresentam pontos positivos como a melhora dos índices educacionais, a inserção no mercado de
trabalho de uma parcela menos favorecida, com o ensino técnico e pontos negativos como a não mais
formação crítica dos estudantes e a restrição de gastos com educação.
Os alunos não tem uma opinião definida e há muitas dúvidas das mudanças que ocorrerão caso
a reforma da educação brasileira seja aprovada.
Uma provável solução seria o debate entre todas as partes impactadas e os responsáveis pela
proposta da reforma, afim de atender a todos e principalmente ao país que será o grande beneficiado
ou prejudicado com o método implementado na forção de seus futuros gestores.
Impactos/reforma na educação – 4
No que se refere à possíveis impactos da reforma brasileira do ensino médio, pode-se perceber que
teremos pontos positivos que agregara na formação dos alunos, principalmente do ensino público,
uma vez que teremos uma maior flexibilidade para o aluno escolher sua grade de aulas aliado à
inclusão de uma grade voltada para o ensino técnico, haja vista o aumento da carga horaria anual nas
escolas.
É possível afirmar que com a flexibilização do ensino, para o aluno escolher uma grade que ele
tenha maior afinidade com as matérias, teremos assim um maior engajamento do mesmo no processo
educacional, elevando assim potencial do aluno.
Relativo à inclusão do curso técnico nas escolas, pode-se afirmar que apoiara uma melhora
principalmente na área das escolas públicas, para inserção do aluno no mercado de trabalho, dando
suporte necessário para que ele preencha requisitos mínimos para ter o primeiro trabalho. Um passo
muito importante para alunos que não tem muita estrutura nem condições sociais para seguir para
uma faculdade, ou interessados apenas no técnico.
Podemos perceber que o aumento da carga horária, se torna imprescindível para o aprimoramento
do aluno e a reestruturação do ensino como um todo, trazendo benefícios aos alunos.
Dessa forma, podemos observas que as mudanças geram aspectos positivos para o ensino
brasileiro, devendo aprimorar pontos como algumas matérias que hoje seriam obrigatórias e deixariam
de ser com a implantação desse projeto, conscientização da importância pelo aluno.
Impactos/reforma na educação – 5
Foi aprovada em 2017 a Reforma do Ensino Médio como Medida Provisória. Esse é um grupo de
regras que foi criado com a intenção de alterar a estrutura atual do Ensino Médio. Isso tem como
objetivo flexibilizar o currículo para permitir a maior especialização, para que o aluno estude algo que
realmente lhe interesse.
Para que a reestruturação seja efetiva foi criada a Base Nacional Comum Curricular. Ela
estabelece as habilidades e competências fundamentais em cada etapa da educação básica por meio
da obrigatoriedade de seu cumprimento. Essa é uma ótima ideia que ajudará a reduzir a desigualdade
de aprendizado no Brasil.
Na reforma foi proposto um aumento da carga horária de 800 horas para 1400, sendo 40%
dessas correspondem a um período onde o aluno pode melhorar seu conhecimento sobre áreas
específicas, chamadas de itinerários formativos. As 60% restantes serão compostas pelos conteúdos
da BNCC. Uma carga horária de 1400 horas corresponde a um horário integral, logo sua adoção por
escolas particulares resultaria em um amento drástico nos preços das mensalidades. Isso pode fazer
com que alunos cujos pais possuem menos poder aquisitivo sejam forçados a sair de suas escolas e
ir a escolas estaduais, o que pode sobrecarregar a rede ecolar pública.
Para que alunos não sejam forçados a sair de escolas onde podem ter estudado por anos, é
ideal que o MEC faça com que o número obrigatório de horas seja reduzido para 1000 horas. O resto
das mudanças são ótimas e provavelmente melhorarão muito a qualidade de ensino brasileira .
Impactos/reforma na educação – 6
Conforme defendeu o educador Paulo Freire na obra “Pedagogia do Oprimido”, a educação é
responsável pela formação do indivíduo enquanto crítico e cidadão. Nesse sentido, é evidente que a
“Reforma do Ensino Médio” seja bem analisada por grande parte dos cidadãos que integram uma
sociedade, visto que mostra para muitos brasileiros uma série de problemas a serem enfrentados após
essa medida ser concretizada. Nesse contexto, deve-se examinar os possíveis impactos que o país
encontrará pela frente.
É relevante abordar, primeiramente, que o Ministério da Educação é visto como o principal
responsável pelas medidas que serão tomadas após a reforma do ensino médio, isso se evidencia
devido as propostas apresentadas, as quais tendem afetar inúmeras escolas públicas do Brasil, uma
vez que elas não possuem estruturas adequadas para aplicar tal ação exercida pelo Governo Federal.
Segundo algumas pesquisas com profissionais, por exemplo, Cláudia Costin, ex-diretora de educação
do Banco Mundial, acredita que a mudança no aumento da carga horário pode ser muito exaustivo,
prejudicando diretamente os jovens estudantes e tornando o ensino brasileiro, conforme ela, ruim. Por
consequência disso, pode-se resultar com que os alunos não se preparem corretamente para o
mercado de trabalho, como também para a educação superior.
Deve-se abordar, ainda, que o poder público negligencia os direitos que uma escola deve fornecer
para os alunos. Isso acontece porque, embora a Constituição de 1988 garanta a educação como
direito de todos e dever do Estado, não há dúvidas que nem sempre o que está mencionado é colocado
em prática, de modo que certas instituições sofrem com os baixos investimentos nas infraestruturas,
trazendo-se riscos de acidentes graves. Certamente, hoje é comum, por exemplo, observar muitos
pais buscando colégios particulares, visto que os públicos não assegura uma educação de qualidade.
Logo, uma parcela que não possuem condições financeiras, acabam deixando as escolas para a
prática de ações ilegais.
Torna-se evidente, portanto, que há entraves para tornar a "Reforma do Ensino Médio" em
andamento. Dessa forma, é preciso que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por
intermédio do Ministério da Educação e o Governo Federal, será revertido nas infraestruturas
adequadas para os alunos praticar corretamente suas atividades escolares, com o acompanhamento
de profissionais para assegurar uma preparação de qualidade para o mercado de trabalho e o ensino
superior. Paralelamente, cabe ao próprio MEC promover medidas benéficas para a população
brasileira, afim de minimizar os possíveis impactos . Assim, a educação brasileira será mais eficaz e
transformadora. Impactos/reforma na educação – 7 O Ministério da Educação impôs
possíveis mudanças para o Ensino Médio brasileiro com o objetivo de que cada pessoa foque desde então
na área de conhecimento desejada para o curso superior. Junto a isto, terá também a inclusão do ensino
técnico de modo que aqueles que não queiram investir em uma faculdade de ensino superior não saiam
perdendo.
Assim, os professores do técnico não precisarão apresentar formações, mas, terão que demonstrar por
si só como dominam as matérias de algum modo que ainda não foi apresentado pela entidade responsável.
Outra imposição que,considera-se como ponto mais negativo, é o aumento da carga horária de 800 horas
para 1400 horas por ano em que os alunos terão que estudar mais ou menos 6 horas por dia. Segundo o
Ministério da Educação no começo nem todas as escolas serão obrigadas a se tornarem integrais, uma
vez que a reforma ,por enquanto, é considerada que será apenas medida provisória para ver o
desenvolvimento da educação brasileira.
Do mesmo modo, a escolha das áreas de conhecimentos por pessoas tão novas pode trazer
consequências para seus estudos uma vez que nem todas sabem realmente o que querem seguir. E,
também, muitos cursos são multifacetados, ou seja, possuem mais de uma área de conhecimento.
Consequentemente, seria mais difícil para alguém que se interessa em algum curso que envolva a área de
humanas e exatas, por exemplo.
Conclui-se que mesmo o Brasil tendo sua carga horária reduzida diante de outros países, esta não
deveria ser aumentada de forma tão exagerada como o previsto. E, também, deveriam ser escolhidas
matérias especificas ao invés das áreas de conhecimento porque nem todos os cursos envolvem apenas
uma. Para serem tomadas estas medidas, o órgão deveria considerar as capacidades e vontades
humanas, uma vez que, como dito por Victor Hugo " quem abre uma escola fecha uma prisão ", e esta é
uma nova oportunidade para o povo brasileiro.
Tema: MEIO AMBIENTE "Neodarwinismo"
Autoria desconhecida
Em prol da sobrevivência, há milhares de anos, a caça e a pesca eram praticadas pelo homem.Hoje,
em nome do Neoliberalismo, na atual conjuntura de perda dos sentimentos holísticos, desmatamos e
poluímos a natureza na incessante busca do lucro, em detrimento do bem-estarda humanidade.
Todavia, o homem parece ter esquecido que a natureza não é apenas mais uminstrumento de alcance
do desenvolvimento, mas a garantia de que é possível alcançá-lo.
Primeiramente, é importante ressaltar o papel do meio-ambiente para o desenvolvimento econômico
de uma sociedade. É notório que a extração de recursos minerais e de combustíveis fósseis é
fundamental para a atração de indústrias e consequentemente para a solidez do setor produtivo da
economia. No entanto, o uso indiscriminado desses bens naturais pela grande maioria das empresas
não pode mais continuar. Cabe aos governantes e à própria população exigirem das mesmas a
aplicação de parte do lucro obtido na manutenção de suas áreas de exploração e não permitir o
“nomadismo” dessas indústrias.
Nesse sentido, vale lembrar que os poderes político e econômico encontram-se intimamente ligados
em uma relação desarmônica, que favorece o capital em detrimento do planeta em que vivemos. De
fato, percebe-se que na atual conjuntura excludente, o poder do Estado Mínimo
é medido de acordo com sua capacidade de atrair investimentos. Um exemplo disso é o grande
número de incentivos fiscais e leis ambientais brandas adotados pela maioria dos países
periféricos buscando atrair as indústrias dos países poluídos centrais. Enquanto isso, a
população permanece alienada e inerte, não exigindo a prática da democracia, que deveria
atuar para o povo e não para os macrogrupos neoliberais.
Além disso, cumpre questionar o papel da sociedade nesse paradoxo desenvolvimentodestruição
ambiental. É fato que a maioria da população se mantém à margem das questões
ambientais, por absorver, erroneamente, a falácia de que a tecnologia pode substituir a
natureza. Desse modo, os consumidores tecnológicos passam a exigir mais do setor produtivo,
que, por sua vez, passa a exaurir o meio-ambiente. Estabelece-se, assim, um círculo vicioso
que tem como elo principal um bem finito, que, se quebrado, terá consequências desconhecidas e
catastróficas para a humanidade.
Torna-se evidente, portanto, que o que vem ocorrendo na humanidade é apenas uma sucessão
de conquistas e avanços na área tecnológica. O real desenvolvimento só será alcançado quando
o homem utilizar a natureza de forma responsável e inteligente. Para tanto, é preciso que sejam
criados mecanismos eficazes de fiscalização, sejam eles governamentais ou não. Além disso,
deve haver por parte da mídia maior divulgação das questões ambientais, para que a
população possa se mobilizar e agir exercendo seus direitos. Assim, estaremos de acordo com
a teoria da seleção natural, em que o meio seleciona os mais aptos e não o contrário.
TEMA: DIREITO DE VOTAR
"A equação da democracia"
Autoria desconhecida
Comícios estudantis. Diretas já! “Caras-pintadas.” O que se percebe de comum nesses
movimentos é a maciça participação do público jovem. A luta para adquirir a liberdade e os
direitos políticos foi muito bem representada, mas será que acabou? É preciso alertar a
sociedade de que somente com o esforço comum e o ímpeto de bravura de nossos jovens
poderemos concretizar a conquista alcançada, e verdadeiramente promover as transformações
sociais de que o país necessita.
O direito de escolher, por eleições diretas, o próprio governante representou uma grande
vitória no quadro político-social do Brasil. O movimento das Diretas Já foi o primeiro passo,
e apesar de não ter alcançado de imediato seu objetivo, conseguiu acender na sociedade uma
chama muito forte: a da necessidade de busca pela participação política a reivindicação de
melhorias sociais.
Nessa perspectiva, o que se observa é que o voto é um instrumento muito valioso que foi dado
ao eleitor brasileiro. É a nítida certeza de que algo pode ser mudado se as pessoas buscarem
sua própria consciência política. Seria, no entanto, utópico pensar em conscientização se antes
não for dada ao povo a noção dos seus próprios direitos. É necessário implantar nas
instituições educacionais disciplinas que promovam justamente o ensino da cidadania, dos
deveres e direitos, e de como lutar, de forma inteligente, por melhores condições sociais,
políticas, econômicas e até afetivas.
Diante de um povo mais consciente de sua significância na política nacional, a inércia e a
imparcialidade da sociedade serão deixadas de lado. Com a promoção de tais mudanças, o
povo estará mais alerta para escolher seus candidatos e exigir, tanto antes quanto depois das
eleições, a realização das promessas feitas durante o período eleitoral. A população não ficará
mais míope, e conseguirá enxergar que a luta pelo interesse comum deve suplementar as
vontades pessoais e partidárias, e que a participação popular, no voto e nos projetos, é de
extrema necessidade e grandiosa responsabilidade.
O ensino dos direitos políticos, portanto, torna-se uma disciplina indispensável na educação
do cidadão brasileiro. Educar baseando-se na equação “conteúdo+conscientização” irá, com
toda certeza, promover o enriquecimento do quadro histórico nacional. Caso mudanças como
essa sejam alcançadas, e se tornem uma nova conquista, assim como o direito de votar foi, não
haverá mais dúvidas quanto ao voto ser facultativo ou obrigatório. Surgirá uma nova
perspectiva de prosperidade dentro da sociedade, a participação será em massa e homogênea,
e o povo realmente entenderá o verdadeiro significado da palavra democracia.
TEMA: VIOLÊNCIA NO BRASIL

"As faces da violência no Brasil"


Autoria desconhecida
Muito se tem discutido acerca da violência que aflige a sociedade brasileira de um modo geral.
Antes vista como característica dos grandes conglomerados urbanos, hoje ela se faz presente
no cotidiano de cada cidadão e se manifesta de diversas formas, desde a física até a moral.
Todavia, a sociedade tem encontrado vários entraves no caminho rumo à solução deste
panorama, barreiras estas impostas por um modo de pensar determinista e, muitas vezes,
preconceituoso.
De fato, muitos acreditam ser a violência fruto da profunda desigualdade social de nosso país
e baseiam seu pensamento em um sofisma simplista, afirmando que o pobre pratica a violência
por ser privado do atendimento de suas necessidades mais básicas. Nesse sentido, eles
desculpam grande parte da sociedade pelo problema e partem de uma premissa, que, se
verdadeira, faria de todos os miseráveis brasileiros pessoas violentas em potencial. Atrelar a
problemática da violência ao estado de pobreza e miséria é dizer que ela é característica de
uma única fatia da população e negar seu cunho cultural tão profundo.
Verdade é que a violência é tão presente em nosso dia-a-dia que já não apresenta uma face
definida, e já não somos capaz de identificá-la tão facilmente. A mídia tem contribuído, nesse
sentido, com sua banalização, visto que divulga produções artísticas em geral, nas quais o
“bem” vence o “mau” por meio de batalha física. Vence quem for mais forte fisicamente, aquele
que melhor saiba utilizar a força como forma de alcançar a vitória. Deste modo, passamos a
ver a violência como forma de resolver conflitos, mesmo que o façamos inconscientemente, e
passamos a ignorar a importância do diálogo e do debate civilizado.
Pode-se, portanto, afirmar que a solução do problema não é de fácil alcance, visto que envolve
questões ideológicas e culturais muito arraigadas no pensamento da sociedade. Contudo, uma
medida eficiente seria a aplicação de penas mais rígidas para quem fizesse uso da violência em
qualquer uma das formas que ela é capaz de assumir, devido ao fato de que a impunidade
encoraja, muitas vezes, a prática de atos violentos. Outra solução seria difundir, ainda nas
escolas, a importância do diálogo e as implicações da violência, contribuindo para a formação
de indivíduos mais conscientes quanto ao assunto.
Tudo isso, no entanto, não será verdadeiramente eficaz enquanto a sociedade encarar a
violência com determinismos e preconceitos, mesmo sabendo que é difícil não nos rendermos
à facilidade de culpar a pobreza e assumirmos uma visão simplista do assunto, assim como é
difícil identificarmos com clareza aquilo que nos leva a agira de forma violenta muitas vezes.
Somente se adotarmos uma postura realmente objetiva seremos capazes de encontrar soluções
práticas e funcionais. O problema da violência no Brasil se faz ainda mais urgente, pois o
capital utilizado em seu combate poderia ser utilizado para suprir as necessidades da população.
Enquanto não conseguirmos resolver este quadro, o país continuará sofrendo com
a violência da fome, da miséria, da falta de educação e da insalubridade; violências ainda mais
marcantes.
TEMA:LIBERDADE DE INFORMAR

"Coleira invisível"
Autoria desconhecida
Em uma época marcada por uma cobertura ostensiva da mídia, não são poucos os casos
de
abusos, como invasões de privacidade e reportagens tendenciosas. Diante desse quadro,
muitos sugerem um retrocesso perigoso, com mecanismos de controle que se remetem a
épocas sombrias da história brasileira. Entretanto, essa mesma história mostra que
soluções
radicais costumam ser perigosas, por isso é preciso ter cuidado com propostas
precipitadas:
nada justifica um cerceamento do trabalho dos meios de comunicação. Nesse contexto,
em um
palco ocupado por atores que extrapolam em seus papéis e um público acrítico, a solução
parece depender, em essência, de algo tão simples quanto raro: bom senso. Sem
radicalismos.
O caminho para solucionar o conflito enfrenta seu primeiro obstáculo na identificação do
problema, afinal é imprecisa a fronteira entre o direito de imprensa e o direito individual:
o
que é um “abuso”? Nesse sentido, a solução parece ser uma atuação mais presente, veloz e
rigorosa do sistema judiciário. Com isso, não se impõem restrições prévias a qualquer
conteúdo, ao mesmo tempo em que se inibem abusos pela possibilidade concreta de
multas.
Basta, para isso, reduzir os entraves burocráticos no acesso à justiça e na definição de
sentenças.
Apesar de eficientes, essas penas rareariam os abusos na imprensa de forma apenas
superficial, pois não atacariam causas profundas do problema. Uma análise cuidadosa
revela
que a má atuação dos veículos de comunicação é fruto de uma crise de valores tanto de
profissionais, que, muitas vezes, agem sabendo que estão errados, quanto das empresas,
que
permitem e até estimulam práticas imorais. Nesse contexto, é necessária uma mudança de
postura: de um lado, as faculdades de comunicação poderiam dar maior importância à
ética no trabalho para formar jornalistas conscientes; de outro, as empresas deveriam
fazer valerem seus código de ética, em uma espécie de auto-regulação. Nem tudo vale em
nome da audiência.
O papel efetivo da justiça e a conduta moral dos profissionais de imprensa, contudo,
podem se tornar pouco relevantes se a própria sociedade adotar uma postura diferente. O
raciocínio é simples: se a sociedade não assistir aos abusos, eles desaparecerão. É evidente
que essa lógica, em certos casos, esbarra em um desejo contemporâneo de assistir a
conteúdos “proibidos”, como a intimidade de pessoas famosas. Entretanto, com uma
formação humana mais sólida, essa aparente utopia pode ser tornar real. Dessa forma, a
liberdade irrestrita de informação seria garantida, e excessos e distorções acabariam
eliminados pelo próprio mercado.
Assim, é possível imaginar o usufruto da liberdade de imprensa sem abusos, desde que
impere o bom senso no poder público, na mídia e na própria população. Com isso, os
veículos de comunicação podem deixar seus atuais roteiros exagerados no camarim para
assumir outro papel: o de “cão-de-guarda” da sociedade. Com critério na divulgação de
notícias, denúncias, críticas e análises, esse importante agente social pode agir sem estar
acorrentada por mecanismos de censura, sendo “presa” apenas pelo reconhecimento de
sua função.
TEMA: TRABALHO INFANTIL

"O futebol e o livro"


Autoria desconhecida
Trocando o campo de futebol pelo canavial, o livro pela enxada. Essa é a realidade de
muitas crianças brasileiras atualmente. O trabalho infantil, que é constitucionalmente
proibido, é
uma realidade brasileira que se tornou gritante e insustentável. Do contexto de miséria,
falta
de solução e jogo de interesses, a infância no Brasil parece estar diminuindo
significativamente.
A necessidade desse amadurecimento precoce está diretamente ligada à pobreza das
famílias
brasileiras. Cerca de 14,5% da população vive na mais absoluta miséria, principalmente no
Nordeste, fato esse que explica a concentração de crianças trabalhadoras nessa região.
Tendo
necessidade de aumentar a sua renda, as famílias colocam os seus filhos para trabalhar. O
que
se precisa é de uma melhor distribuição de renda no país, que é comprometida desde que
o
Brasil tem esse nome.
Essa miséria se estende ao campo da educação. Como causa, a falta de escolaridade faz
com
que o trabalho seja o único meio de se ascender socialmente. E como consequência, a
necessidade de trabalho faz com que as crianças não tenham tempo de ir para a escola.
Devem
ser feitos programas como Bolsa-escola, que garantem educação para a criança e maior
renda
para a família.
O problema dessa solução é a dificuldade que os empregadores criam. Não há mão-de-
obra
mais barata do que a infantil. O interesse na manutenção desse sistema é grande e difícil
de
ser quebrado, visto que há muitas pessoas poderosas e toda uma herança histórica
envolvidas.
Apesar de antigo, o costume das vantagens que a escravidão trazia ainda se vê presente.
Com
o fim dessa, a mão-de-obra mais lucrativa se tornou a infantil. Deve-se fazer valer a
Constituição e punir os envolvidos nesse crime de exploração.
Não há dúvida, portanto, de que a solução para se acabar com o trabalho infantil é
constituída de várias etapas, mas todas elas necessitam da participação do governo. O
auxílio que esse deve dar às famílias é fundamental para a exploração infantil não seja
mais necessária. Assim, tudo se resume à miséria, e a solução se torna uma só: o fim dela.
TEMA: LEITURA

"A química da leitura"


Autoria desconhecida
A chegada ao século XXI representa, em muitos aspectos, uma espécie de retorno à
época das cavernas. Ao mesmo tempo em que se repetem cenas de violência bárbara
e as relações humanas se tornam semelhantes às de animais, a linguagem escrita vai
sendo substituída pelas imagens. Nesse contexto, mais do que nunca, é preciso
revalorizar a capacidade transformadora da palavra escrita, especialmente no que diz
respeito à leitura.
De um ponto de vista pragmático, mais do que informar, a leitura desenvolve a
inteligência crítica. Em um mundo globalizado, em que a Revolução Tecnológica
torna qualquer informação obsoleta a cada minuto, os mais “adaptados” não serão
os “tele-informados”, mas aqueles capazes de reaprender sempre, que são os
acostumados a ler. Por essa razão, subsídios governamentais ao barateamento dos
livros e à construção de bibliotecas públicas são imprescindíveis.
Na dimensão psicológica, a catarse diante de uma narrativa ajuda a construir
personalidades.
Quanto mais (e melhor) uma pessoa tiver lido, mais rica e complexa será sua
“psique”.
Sentimentos, linguagem, comportamentos – o que está nos livros nos amadurece e
transforma. Para isso, a valorização de professores pode ser útil no sentido de engajá-
los em
projetos de dramatização de romances que incentivem a leitura de ficção.
Essa transformação dupla acaba por criar outro tipo de mudança, do indivíduo para
o mundo
que o cerca. Isso ocorre porque o ato de ler desenvolve uma competência crítica e
reflexiva nos
leitores, capaz de torná-los agentes sociais de muitas transformações. Como disse
Drummond,
mais do que conquistar universos externos, cabe ao homem humanizar-se. E a
leitura, como
ato solitário e concentrado, pode permitir essa descoberta, desde que os pais deem o
exemplo
e criem um ambiente familiar favorável a essa atividade.
Por tudo isso, fica evidente que a leitura tem mesmo um papel transformador. Depois
de ter
sido inventada, desenvolvida e difundida, a palavra escrita tem sido abandonada por
muitos.
Não é de estranhar que prefiram se comunicar por socos e pontapés. Por isso,
governantes,
professores e pais devem assumir seus papéis no sentido de fazer da leitura uma
prática
possível. Basta isso para a “reação química” do conhecimento ocorrer.
TEMA: VIVER COM DIFERENÇAS
"Um novo molde"
Autoria desconhecida
Na primeira metade do século XX, o mundo conheceu os horrores do nazismo
quando a Alemanha liderada por Adolf Hitler perseguiu e massacrou judeus. Essa
triste história se torna ainda pior ao se perceber que hoje, décadas depois, a mesma
essência permanece presente: a intolerância às diferenças. Na contemporaneidade,
esse sentimento mesquinho e egoísta causa exclusão social, discriminação e até
morte, por isso é dever do poder público, das instituições de ensino e da família
promover o respeito.
Há dez anos, adolescentes da classe média de Brasília incendiaram um índio que
dormia na rua. No entanto, os mesmos se encontram em liberdade. Poucos meses
atrás, uma doméstica foi espancada por jovens na Barra da Tijuca, bairro nobre do
Rio de Janeiro. Para que tais atrocidades não continuem se repetindo, os
mecanismos de julgamentos e atribuições de
penas precisam ser mais eficazes e não podem permitir casos de impunidade,
especialmente em relação às classes mais altas, que desfrutam de privilégios tácitos
na (in)Justiça brasileira.
Injusta também é a falta de reconhecimento da importância das diferenças
culturais para o progresso da humanidade. Os números romanos e os ensinamentos
de Dalai Lama, por exemplo, são conhecidos por quase todos. A tecnologia dos
meios de comunicação facilita esse acesso, porém isso está longe de bastar para
acabar com o preconceito existente na sociedade.
Os professores, junto às escolas e faculdades, têm o poder e o dever de transformar a
mentalidade de seus alunos. Incentivar pesquisas sobre a vida da população em
diversos países é um ótimo começo.
No entanto, não é apenas responsabilidade do Estado e dos profissionais da educação
transmitir valores. É papel também da família fazê-lo. Desde criança, o cidadão tem
que aprender a respeitar os valores humanos, e o exemplo, nessa idade, está em casa.
Assim, é necessário que, desde cedo, os jovens aprendam não só a valorizar sua
própria individualidade, mas também a respeitar as dos outros. Nesse sentido,
conversas e histórias sobre os antepassados familiares podem ajudar a mostrar ao
jovem de hoje que as diferenças
étnicas e culturais são bem menos profundas e distantes do que podem parecer em
uma análise inicial.
Torna-se evidente, portanto, a importância de se respeitar a individualidade alheia.
A criação de leis e punições mais severas e o trabalho de um governo que valorize as
diferenças existentes em seu país são caminhos para que gerações futuras sofram
menos discriminações. Dessa
forma, pequenas mudanças como a inclusão, no programa do ensino médio, de aulas
de
cidadania e de valores humanos, e a promoção de campanhas que estimulem bons
exemplos
em casa parecem capazes de ajudar a mudar a mentalidade da humanidade. Afinal,
na mudança do presente, molda-se o futuro.
TEMA: CONFLITO DE GERAÇÕES

Um conflito necessário Embora sua intensidade seja exacerbada nos dias atuais, o
choque de gerações é tão antigo quanto o conceito de geração, e é fundamental à
manutenção da sociedade e do conhecimento.
Em antigos relatos gregos já é possível identificar conflitos entre gerações próximas,
como pais e filhos; se fossem maléficos, tais questionamentos e rupturas não teriam
permitido à humanidade chegar ao século XXI.
A verdade é que a diversidade de paradigmas e conceitos sociais é fonte de inovação.
Os bancos talvez sejam um dos melhores exemplos dessa convivência pacífica:
buscam nos mais velhos a segurança, a confiabilidade, a experiência e, nos mais
novos, a audácia, a rapidez e a inovação tecnológica. Este relacionamento reflete-se
até em suas campanhas publicitárias, onde um senhor muito elegante, ao lado de uma
jovem despojada, dizem: tradição e modernidade.
Não é fácil fundir paradigmas. Ambos precisam saber ceder e, principalmente, ouvir.
Todos podem acrescentar na construção dessa nova sociedade, sem tornar crítica
uma forma latente de preconceito: o de geração.
Mesmo as interações mais simples podem se beneficiar de novos conceitos. A geração
tecnológica pode mostrar as vantagens de uma comunicação eletrônica rápida e
eficaz; já os amantes do papel ensinaram a intimidade, o conteúdo e a eficiência de
uma carta ou poema manuscrito.
O grande desafio é mostrar que não há melhores ou piores; os portais de comunicação
e notícia podem coexistir perfeitamente com os cadernos e livros. Estes trazem
notícias estruturadas, com maior análise e argumentação, mas que demandam tempo
e experiência para serem elaboradas; aqueles trazem as manchetes quase em tempo
real, com diversos recursos multimídia, mas carecem, muitas vezes, de uma análise
crítica. A sociedade, ao aceitar ambas as gerações, beneficia-se de dois, as vezes até
mais, pontos de vista e formas de pensar e expressar.
Os não adeptos às novas tecnologias podem alegar, por exemplo, que a internet
isolou-nos em vídeogames, salas de bate-papo e tocadores de música digital, mas foi
esta mesma internet que possibilitou a criação de imensas comunidades de software
livre que tanto contribuem, gratuita e altruisticamente, para a sociedade e para o
conhecimento.
Mais do que nunca, todas as gerações: pós-internet, pós-guerra, hippie, baby-boom,
jovens empreendedores, de pais divorciados, entre tantas outras, devem conhecer
suas singularidades e seus conceitos, e saber que eles não se encaixam em todas as
situações e todos os momentos; devem desenvolver a mais sutil e fundamental
habilidade: empatia. Somente ela permite mesclar o melhor de todas as gerações sem
levar à autodestruição.
TEMA: HOMEM E ANIMAIS
Animais na ciência: avanços e controvérsias. O uso de animais em experimentação científica tem
sido de grande utilidade na construção do conhecimento humano em áreas tão distintas que vão
desde o estudo da eletricidade (quando o italiano Alessandro Volta conduziu seus experimentos
sobre este tema utilizando rãs) até os óbvios avanços em medicina e outras áreas da saúde. Há,
contudo, grande resistência ao uso de animais em pesquisas científicas, oriunda de movimentos
organizados em defesa dos animais e de políticos ligados a estes movimentos. Entretanto grande
parte destes ativistas baseia-se em percepções confusas, chegando a comparar o uso de animais
em pesquisas cientificas com o abuso sofrido por estes em rinhas, circos e vaquejadas. Há ainda
quem diga, talvez por ignorância, que vacinas e fármacos novos não foram os principais
responsáveis pelo declínio de doenças infecciosas, e há aqueles que, ingenuamente, defendem
ferrenhamente determinadas espécies animais baseando-se em um conceito antropocentrista,
admitindo ao mesmo tempo que outras espécies sejam maltratadas ou até exterminadas.
O primeiro equívoco a ser desfeito diz respeito à comparação estabelecida entre experimentos que
utilizam animais, e os abusos praticados em rinhas, circos e vaquejadas. Nos experimentos
sacrificam-se animais no intuito de descobrir novas soluções para lidar com enfermidades que
afligem a humanidade. No caso de rinhas, circos, vaquejadas e afins, os animais são utilizados para
“entreter” os espectadores em demonstrações de crueldade e sadismo sem nenhuma utilidade
potencial que se justifique. É interessante perceber esta contradição no projeto de lei do vereador
da cidade do Rio de Janeiro, Cláudio Cavalcanti, que proíbe o uso de animais em experimentos
científicos. A lei ameaça a produção de vacinas (distribuídas nacionalmente) pela Fiocruz, que
utiliza camundongos para testá-las, como se estes testes fossem tão inúteis ou imorais como o
sacrifício de animais em rinhas ou em rituais de umbanda.
Também outros argumentos infundados tem sido utilizados por ativistas contrários ao uso de
animais em experimentos científicos, ao alegar que o produto final destas pesquisas, as novas
vacinas e novos medicamentos, não são responsáveis pelo declínio de doenças infecciosas e,
portanto, da mortalidade infantil. Para estes ativistas melhorias em questões como saneamento,
higiene e alimentação seriam os fatores responsáveis para o decréscimo da mortalidade infantil.
Embora seja verdade que saneamento, higiene e alimentação sejam importantes para a saúde geral
de um indivíduo, a realidade é que os habitantes das favelas brasileiras não dispõem de serviços
adequados em nenhum destes três quesitos e, ainda assim, a poliomielite é uma doença
praticamente erradicada do território brasileiro, e graças a que? Graças a uma vacina. Mortes de
crianças por difteria, tétano, sarampo, caxumba, rubéola e meningite são cada vez menos
frequêntes, graças às vacinas. Não apenas as crianças mas também soropositivos e idosos são
beneficiados por coquetéis e vacinas anti-gripais, que os protegem contra doenças oportunistas. É
possível, entretanto, que argumentos tão infundados sejam proferidos não por ignorância, mas por
doutrinamento ou radicalismos.
Porém, o mais ingênuo dos argumentos em “defesa” dos animais talvez seja aquele que, baseado
em uma ótica antropocentrista, pretende defender seres vivos que se assemelhariam mais aos
humanos segundo determinados critérios, contudo não dispensam compaixão a outros seres vivos
como, apenas como exemplo, outros animais, vegetais, parasitas multi e unicelulares, protozoários
e bactérias. Uma vez que são todos seres vivos, qualquer critério antropocentrista seria arbitrário
e enviesado.
Concluindo, os avanços decorrentes do uso de animais na ciência são inquestionáveis, e órgãos
regulamentadores como o recém criado Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal
(CONCEA) devem atuar no sentido de permitir experimentos científicos que utilizem animais com
o intuito de alcançar inovações e melhorias importantes para a vida em geral.
TEMA: SAÚDE
Saúde Pública: prevenção e suas relações Os homens sempre estiveram expostos a doenças. Conforme
evoluiu a vida em sociedade, modificaramse, também, as formas de lidarmos com essas doenças. O
surgimento dos Estados, na Idade Moderna, tornou factível a verticalização do combate às doenças – ou
seja, era possível a existência de políticas vindas do Estado, na área da saúde – mesmo que isso não fosse
a principal preocupação, à época. Nos séculos XIX e XX, com a consolidação das sociedades
contemporâneas, aumentou o interesse do Estado em criar políticas públicas ligadas à saúde. Hoje, no
mundo e, particularmente, no Brasil, a promoção da saúde pública, principalmente através de ações
preventivas, é um desafio que envolve tanto o Estado quanto a sociedade e o indivíduo, incluindo as
relações entre eles e as tensões que possam surgir. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a saúde
é de dever do Estado e um direito de todos. Na elaboração de políticas públicas, notadamente aquelas
ligadas à prevenção de doenças, o Estado deve realizar um papel interventor, seja essa intervenção através
de campanhas ligadas à publicidade, com intuito de conscientizar a população, ou através de ações mais
diretas, tais quais os mutirões da dengue, que inspecionam as casas em busca de focos de desenvolvimento
do agente transmissor. Em ambos os casos, deve-se pensar sobre a interferência do Estado no âmbito
individual, papel previsto na Constituição. Esse é um dos desafios das ações preventivas: não há acordo
entre aquilo que é de interesse do Estado e o que interessa ao indivíduo. Há, inclusive, o entrave de algumas
políticas pela falta de entrosamento entre as duas partes. No caso da dengue, por exemplo, o serviço de
controle muitas vezes é impedido de entrar nas residências, o que compromete todo o trabalho.
Para entendermos a importância das ações preventivas, há que se considerar os gastos vultosos do Estado
com as conseqüências das doenças. Só o tabagismo, por exemplo, gera, para o SUS, gastos de 200 milhões
de reais anuais com o tratamento dos cânceres que gera. Nesse ponto, o grande desafio do Estado é agir
conjuntamente com a sociedade, organizada no terceiro setor (as ONG’s), de modo a não carregar sozinho
o fardo de lidar com a prevenção. As ONG’s, por agirem de modo mais regional e em grande número,
ajudam na agilização da prevenção, além de terem contato direto com a população, o que lhes possibilita
a transmissão de informações úteis acerca da prevenção e de sua importância. Elas acabam funcionando,
assim, como atenuadoras das tensões entre Estado e indivíduo, além de ajudarem a cobrir as deficiências
do Estado, explicitadas pelo próprio Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na promoção de suas
campanhas, um outro desafio.
Importante, também, é a inserção do Brasil num contexto internacional de discussões sobre saúde. A
chamada saúde pública internacional tem como objetivo elaborar, via Organização Mundial de Saúde,
diretrizes globais na prevenção e combate a doenças. A preocupação vem da constatação do surgimento
de novas doenças e do fortalecimento de patógenos, que representam grande perigo num mundo
globalizado, em que a Prova Comentada 2008 • Redação e Questões •1ª Fase circulação de enfermidades,
juntamente com a de informações e pessoas, tornou-se mais expressiva. Nesse contexto de discussão
internacional, surgem questões geopolíticas que podem gerar tensões. Os Estados Unidos, por exemplo,
dotado de uma mentalidade puritana e conservadora, se recusam a considerar propostas novas na questão
do uso de drogas injetáveis, cujo uso compartilhado pode causar doenças como AIDS e hepatite. Enquanto
o Brasil tenta ser mais realista, propondo a aceitação da existência do uso de drogas e lidando de maneira
mais pragmática com o usuário, através da redução de danos, os EUA negam essa possibilidade, inclusive
rejeitando-a na ONU. Outras diferenças, algumas de origem religiosa, podem gerar conflitos desse tipo,
mas não devem impedir a continuidade da discussão. Essa é muito importante na organização das ações
do Estado brasileiro, dando-lhes uma direção.
Em suma, percebe-se que a questão da saúde envolve muitas variáveis. Mesmo tendo convivido com
doenças durante muito tempo, o homem ainda precisa aprender muito sobre elas. Principalmente no que
diz respeito à prevenção, a ação do Estado é de extrema importância, além de muito difícil, pois envolve
diversos desafios e tensões, ligados à sua relação com a sociedade e com o indivíduo, além da relação com
outras nações. O entrosamento de todos esses fatores é muito difícil, mas deve ser buscado. A saúde é uma
questão que nos importa tanto enquanto seres biológicos, desejosos de continuar vivendo
individualmente, quanto como seres sociais, desejosos de continuar vivendo juntos.
TEMA: MEIOS DE TRANSPORTE
Cooperação gerando satisfação A canção “Trem das Onze” de Adoniran Barbosa narra de maneira
primorosa como o trem era presente na vida do povo em épocas passadas. Hoje, ao contrário do
que descreve a música, tal meio de transporte apresenta-se, para muitos, somente em parques de
diversão (trem-fantasma) ou brinquedos de criança. O transporte ferroviário tornou-se obsoleto,
algo que não poderia ter ocorrido num país como o Brasil, onde tal sistema apresenta vantagens
que o colocam como prioritário para suprir as atuais necessidades nacionais.
O Brasil destaca-se no cenário internacional como grande exportador de minérios, soja, café,
laranja, carne e muitos outros primários. Por sua dimensão continental, possui pólos produtores
tanto no litoral como no interior afastado do oceano. Nenhum meio de transporte supriria as
necessidades do agronegócio de exportação como o ferroviário, pois é de baixo custo, transporta
grandes quantidades, tem manutenção mais barata que a do rodoviário e não depende de fatores
climáticos como o fl uvial. O desperdício também é muito menor, aumentando os ganhos. Mas não
é somente às indústrias e produtores agropecuários que tal meio é vantajoso.
A população urbana sofre com a difi culdade de locomoção, principalmente em metrópoles como
São Paulo, onde perdem-se horas em congestionamentos e centenas de reais em conserto de
carros danifi cados pelas péssimas condições das ruas. O automóvel é péssimo para suprir a
necessidade coletiva, enquanto o trem (seja de superfície ou metrô) é mais que vantajoso, pois é
rápido, barato, pouco poluidor e transporta muitas pessoas. Neste caso, o papel do Estado é
fundamental, pois em regiões já ocupadas são necessárias grandes obras e desapropriações. Sendo
a capacidade dos diversos setores públicos limitada, a melhor solução seria a aliança entre o
público e o privado através das PPPs (parcerias público-privadas). Os riscos de má gerência ou
corrupção são menores em tais parcerias.
A ação do governo brasileiro (e dos estaduais e municipais também) no setor público nunca foi
louvável, salvo certas exceções. Desde a realização de projetos faraônicos como a Transamazônica
à má conservação das estradas federais, a ação é pouca ou mal feita. A opção pelo transporte
rodoviário também não foi boa, pois grande parcela da população (principalmente as mais pobres
de cidades médias e pequenas) não recebe muitos benefícios 10 Primeira Fase Prova comentada •
Primeira Fase da construção de estradas. A união da força do alcance do Estado com a boa
estratégia da iniciativa privada poderia integrar os diversos setores e regiões do país com a escolha
de trens como transporte majoritário. Concessão é um método efi caz de participação
governamental.
Outra maneira efi caz do governo participar da reestruturação do sistema viário é criando e
aperfeiçoando as atuais agências reguladoras. Afi nal, se um governo atuando sozinho pode ser
corrupto, uma empresa pode ser abusiva. A fi scalização por meio da opinião dos usuários é sem
dúvida a melhor maneira de se aperfeiçoar qualquer sistema. Com os papéis de cada parte defi
nidos, haveria poucos entraves para a realização de qualquer projeto.
Um migrante viajando à distante terra natal para visitar a família; um empresário exultante ao
constatar o corte dos custos no transporte de cargas; um trabalhador, seja da construção ou da
informática, passando mais tempo com a família por não levar mais 3 horas para ir e voltar do
trabalho. São cenas diversas, mas que poderiam todas serem concretizadas por maior implantação
do sistema ferroviário. Por diversas divergências, nem o setor público nem o privado efetivamente
implantaram tal sistema no país inteiro, motivo do atual sucateamento de grande parte dos trens.
Uma cooperação maior entre tais partes, pensando também sempre no povo é, sem
questionamentos, o melhor caminho para se resolver a questão dos transportes no país. Talvez
então fosse possível que o personagem de Adoniran não fi casse preocupado, pois a qualquer
horário da noite haveria trens indo para toda a parte da cidade, inclusive para sua própria casa.
TEMA: SURDOS
A Declaração Universal dos Direitos Humanos – promulgada em 1948 pela
ONU – assegura a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar
social. Entretanto, o precário serviço de educação pública do Brasil e a
exclusão social vivenciada pelos surdos impede que essa parcela da
população usufrua desse direito internacional na prática. Com efeito,
evidencia-se a necessidade de promover melhorias no sistema de educação
inclusiva do país.
Deve-se pontuar, de início, que o aparato estatal brasileiro é ineficiente no
que diz respeito à formação educacional de surdos no país, bem como
promoção da inclusão social desse grupo. Quanto a essa questão, é notório
que o sistema capitalista vigente exige alto grau de instrução para que as
pessoas consigam ascensão profissional. Assim, a falta de oferta do ensino de
libras nas escolas brasileiras e de profissionais especializados na educação de
surdos dificulta o acesso desse grupo ao mercado de trabalho. Além disso, há
a falta de formas institucionalizadas de promover o uso de libras, o que
contribui para a exclusão de surdos na sociedade brasileira.
Vale ressaltar, também, que a exclusão vivenciada por deficientes auditivos
no país evidencia práticas históricas de preconceito. A respeito disso, sabe-se
que, durante o século XIX, a ciência criou o conceito de determinismo
biológico, utilizado para legitimar o discurso preconceituoso de inferioridade
de grupos minoritários, segundo o qual a função social do indivíduo é
determinada por características biológicas. Desse modo, infere-se que a
incapacidade associada hodiernamente aos deficientes tem raízes históricas,
que acarreta a falta de consciência coletiva de inclusão desse grupo pela
sociedade civil.
É evidente, portanto, que há entraves para que os deficientes auditivos tenham
pleno acesso à educação no Brasil. Dessa maneira, é preciso que o Estado
brasileiro promova melhorias no sistema público de ensino do país, por meio
de sua adaptação às necessidades dos surdos, como oferta do ensino de libras,
com profissionais especializados para que esse grupo tenha seus direitos
respeitados. É imprescindível, também, que as escolas garantam a inclusão
desses indivíduos, por intermédio de projetos e atividades lúdicas, com a
participação de familiares, a fim de que os surdos tenham sua dignidade
humana preservada.
TEMA: TRABALHO
O trabalho é essencial para a construção da dignidade humana. A função
social desenvolvida por cada indivíduo move e transforma a sociedade.
Durante a história, nota-se a participação do trabalho escravo como
elemento sustentador de grandes civilizações, como a romana e a egípcia.
Atualmente, essa prática é repudiada, pois viola os direitos humanos.
Entretanto, na realidade contemporânea, qual é o futuro do trabalho?
No mundo globalizado, guiado pelos preceitos do toyotismo neoliberal, a
inovação é sempre requisitada. Novas tecnologias surgem rapidamente e o
trabalhador deve se atualizar constantemente. Além disso, novos
movimentos propõem práticas sustentáveis e a inclusão da mulher no
mercado de trabalho.
Infelizmente ainda existem resquícios da mentalidade escravista. Alguns
trabalhadores são submetidos a condições degradantes. Com a liberdade
limitada, estas pessoas estão presas aos patrões e pouco têm a fazer para
mudar essa situação. Cabe aos governos fiscalizar e adotar as devidas
medidas para que os culpados sejam punidos e não voltem a repetir o crime.
“Liberté, Egalité e Fraternité”. O lema que guiou os revolucionários franceses
na construção da atual democracia, no século XVIII, deve continuar a valer.
A liberdade ao trabalhador, a igualdade jurídica entre todos e a fraternidade,
como sentimento motivador para a fiscalização e o cumprimento das leis
trabalhistas, garantem a todos dignidade para cumprir sua função social.
"A dualidade do trabalho"
Com o surgimento da burguesia na Idade Média, o trabalho deixou de ser
somente relacionado às classes baixas e se tornou parte do cotidiano do
indivíduo que desejava alcançar ascensão social. Isso mostra que trabalhar
passou a ser sinônimo de sair de uma vida servil para uma vida
independente, de alcançar dignidade.
No entanto, apesar dessa conotação positiva vinculada ao trabalho, em
muitos casos ele pode ser empregado como um meio opressor. No Brasil, a
lei Áurea foi assinada em 1988, porém são vários os casos em que
proprietários de terras aproveitam da situação financeira precária do
indivíduo para explorá-lo, pagando-lhe um salário medíocre.
Por isso, cabe ao governo criar órgãos que fiscalizem melhor as condições
que o trabalhador é submetido, mesmo quando se trata de trabalho informal.
Além disso, a mídia deveria procurar casos em que o trabalhador é explorado
e noticiá-los, para que, assim, a população se sensibilize e procure denunciar,
aos órgãos governamentais locais, esse tipo de situação degradante.
Com tudo isso, pode-se concluir que há uma dualidade presente no trabalho:
ele é capaz de libertar e oprimir. Então cabe ao governo garantir que essa
característica seja somente teórica e, assim, o labor poderá ser um meio de
garantir dignidade ao povo.
TEMA: SUICÍDIO NO BRASIL
“Os sofrimentos do jovem Werther”, escrito no século XVIII, é um clássico da literatura
mundial, cuja história retrata a vida de um adolescente que, após um fracasso amoroso,
desencadeou uma série de sentimentos de tristeza, os quais estimularam o indivíduo a
retirar a própria vida. Tal obra foi tão impactante, no cenário da época, que impulsionou
uma onda de suicídios, a qual foi denominada “Efeito Werther”. De maneira análoga,
quando se observa o aumento do autocídio juvenil na sociedade brasileira atual,
percebe-se que esse ideal literário está próximo da realidade nacional. Nesse sentido,
é fundamental entender as causas do problema [2] a fim de prevenir a situação. [1]

Em primeira instância, é preciso analisar como a padronização, imposta pela sociedade


moderna, ocasiona entraves ao processo de prevenção ao suicídio entre os jovens do
país. De fato, atualmente, criou-se uma ditadura da felicidade, na qual sentimentos
humanos elementares, como a angústia e a tristeza, são repelidos, sendo, inclusive,
passíveis de medicalização. Desse modo, a mentalidade simplista de tratar as emoções
com medicamentos reflete o desinteresse da comunidade médica em discutir e tratar
as causa do autocídio na menor idade, fato que contribui para o silenciamento do
assunto. Dessarte, a visão compartilhada de que a autoviolência é motivo de vergonha
ou condenação comprova a ausência de laços e redes capazes de proporcionar o
acolhimento ao sujeito e a sua aflição. Sob essa ótica, o sociólogo Émile Durkheim
expõe que o suicídio é resultado do meio que circunda o ser, sendo potencializado pelo
tabu e pelos estereótipos associados à problemática.

Ademais, a postura dos principais agentes de conscientização ocasiona entraves ao


processo de prevenção entre os jovens. De fato, são ínfimos os programas televisivos
que retratam a autoviolação [4] uma vez que, ainda, a mídia possui receio do “Efeito
Werther”, isto é, medo de que, ao falar do assunto, possa desencadear reações de
autoviolência por comportamentos miméticos. Outrossim, as instituições educacionais
omitem-se do papel de formação dos jovens, na medida em que, muitas vezes, não
têm profissionais para oferecer suporte psicológico aos menores e para debater acerca
de doenças psicossociais, como a depressão e a ansiedade. Por conseguinte, o
suicídio é abordado com displicência na comunidade, fato o qual corrobora para a
banalização e para o descaso da situação, dificultando inúmeros adolescentes a
buscarem assistência profissional. Tal fenômeno é alarmante no Brasil [4] haja vista
que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados quando há oferta de auxílio,
segundo a OMS.

Portanto, torna-se evidente a urgência de medidas para alterar o cenário vigente. Dessa
maneira, é dever da mídia promover a desmistificação do autocídio, por meio de
novelas, documentários e reportagens, os quais retratem, de maneira fidedigna, a
seriedade das doenças psicossocial, com o intuito de reduzir os estereótipos e o
silêncio em relação ao assunto [8] a fim de estimular os jovens a procurarem auxílio
médico. [8] Outrossim, é papel das instituições educacionais, em conjunto com o
Ministério da Saúde, minimizar o suicídio na menor idade, por meio da promoção de
campanhas de prevenção direcionadas ao público juvenil, além de contratar
profissionais especializados, os quais ofereçam suporte, com o objetivo de ofertar o
tratamento adequado, garantindo as integridades físicas e psicológicas dos jovens.
Talvez, assim, possamos evitar que mais jovens tenham o mesmo fim que o jovem
Werther. [6][7]

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