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TJ-RJ - APELACAO APL 022713090201181900…

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TJ-RJ - APELACAO :
APL
02271309020118190
001 RJ 0227130-
90.2011.8.19.0001 -
Inteiro Teor

Publicado por Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro


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TJ-RJ_APL_0227130902…
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO

12ª CÂMARA CÍVEL

Desembargador Mário Guimarães


Neto

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0227130-


90.2011.8.19.0001

ORIGEM: 25ª VARA CÍVEL DA


COMARCA DA CAPITAL

APELANTE: CONDOMÍNIO DO
EDIFÍCIO PABLO PICASSO

APELADO: IGNAZ EVENTOS S/A

EMENTA – APELAÇÃO CÍVEL -


DECISÃO MONOCRÁTICA -
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER – CONTROVÉRSIA
SOBRE O DIREITO DE USO
PELA AUTORA DE DEPÓSITO
DE LIXO LOCALIZADO NO
SUBSOLO DO PRÉDIO –
CONDOMÍNIO RÉU QUE ALEGA
QUE SOMENTE O LIXO
PROVENIENTE DE COLETORES
PODE SER ARMAZENADO NO
MENCIONADO DEPÓSITO –
UNIDADE OCUPADA PELA
AUTORA QUE SE LOCALIZA NO
PAVIMENTO TÉRREO, O QUAL
NÃO DISPÕE DE TUBO
COLETOR – DEPÓSITO QUE SE
CONSTITUI EM ÁREA COMUM –
ACESSO DIRETO DA AUTORA À
VIA PÚBLICA QUE NÃO PODE
SER INVOCADO PARA
OBRIGÁLA A ARMAZENAR O
LIXO NO INTERIOR DA LOJA
ATÉ A HORA DA COLETA
PÚBLICA – FALTA DE ACESSO
AO COLETOR QUE DECORREU
DE QUESTÕES TÉCNICAS DE
CONSTRUÇÃO, E NÃO PORQUE
FOSSE VEDADO À UNIDADE
TÉRREA O USO DO REFERIDO
DEPÓSITO DE LIXO –
LIMITAÇÃO QUE SE CONSTITUI
EM ABUSO DE DIREITO -
RECURSO A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO, NA FORMA DO
ARTIGO 557, CAPUT, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de ação de ação de obrigação


de fazer ajuizada por IGNAZ
EVENTOS S/A em face de
CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO PABLO
PICASSO, objetivando, em sede de
antecipação dos efeitos da tutela, que
lhe seja permitido o uso do depósito
de lixo comum a todos os
condôminos, e, no mérito, a sua
confirmação, para que o réu permita-
lhe o uso do referido depósito de lixo.

Alega a autora, em síntese, que, em


16/12/2008, celebrou contrato de
locação não residencial do imóvel
constituído pela loja A da Rua General
Roca nº 935, Tijuca, com início de
vigência em 03/01/2009 e término
em 02/09/2014.
Aduz que, apesar de pagar
pontualmente as despesas
condominiais, tem sido impedida pelo
síndico, e demais funcionários do
condomínio, de utilizar o depósito de
lixo comum aos condôminos, sem
qualquer justificativa plausível.

Inconformada, notificou o
condomínio, na pessoa do síndico,
mas não obteve resposta, tampouco
“autorização” para utilizar o referido
depósito, o que configura verdadeiro
abuso diante do alto valor da cota
condominial, bem como por não
utilizar a portaria do prédio, serviços
de porteiro, faxineiro ou vigia,
arcando, separadamente, com o
pagamento de luz, água e esgoto, pois
possui medidores próprios, e o único
serviço de que prescinde
(armazenamento do lixo em local
apropriado) lhe é negado pelo
condomínio.

A sentença de fls. 151/154, julgou


procedente o pedido, para determinar
que o réu permita ao autor o uso do
“depósito de lixo” do Edifício,
diariamente, sob pena de multa fixa
de R$10.000,00, a qual poderá ser
majorada, de acordo com a atitude
adotada pelo réu. Condenou-o, ainda,
no pagamento das custas processuais
e dos honorários advocatícios fixados
em 10% sobre o valor da causa.
Inconformado, o condomínio réu
apela a fls. 158/162. Pleiteia a reforma
total da sentença, com a
improcedência do pedido inicial.

Contrarrazões a fls. 170/175.

É o relatório. Decido.

Controvertem as partes sobre o direito


de uso, pelo autor/apelado, de
depósito de lixo localizado nas
dependências do condomínio réu.

A autora, na peça inicial, argumenta


que teria direito de utilizar o referido
depósito, uma vez que este é
considerado de uso comum, nos
termos da cláusula segunda da
Convenção condominial.

O réu, por sua vez, defende a tese de


que o depósito é área comum, porém
de acesso restrito, e destina-se ao
armazenamento apenas do lixo
proveniente dos coletores, aos quais o
autor não tem acesso, por ocupar o
andar térreo, devendo, assim, o lixo
por ele produzido ser armazenado no
interior da loja, e encaminhado para
coleta, uma vez que tem acesso direto
à via pública.

Com efeito, o condomínio réu é


constituído por 61 unidades
autônomas, sendo uma loja situada no
andar térreo e 60 salas distribuídas
em dez pavimentos.

A autora é locatária da referida loja,


que, por se localizar no térreo, não
dispõe de acesso aos tubos coletores
de lixo, como as demais unidades
autônomas, e que têm por finalidade
conduzir o lixo ao depósito situado no
subsolo.
Entende, assim, o condomínio réu que
somente o lixo oriundo dos coletores
pode ser descartado no depósito do
subsolo, cujo acesso é restrito aos
empregados do condomínio, não se
mostrando razoável que o lixo
produzido pela autora seja
transportado para o mencionado
depósito pela rampa da garagem ou
pela recepção – tendo em vista a
inexistência de comunicação entre a
unidade da autora e as áreas comuns
– para, depois, ser novamente
retirado, se considerado que a autora
tem acesso direto à via pública.

Em que pese o alegado pelo apelante,


certo é que o depósito de lixo
constitui-se em área comum do
edifício, e sua utilização não pode ser
negada a nenhum condômino, em que
pese a falta de acesso da autora aos
coletores.

Desse modo, como bem salientado na


sentença, se não existe viabilidade
para a instalação de tubo coletor, o
condomínio deve promover outra
solução para o descarte do lixo
produzido pela apelada, não se
podendo obrigá-la a armazená-lo no
interior da loja até a hora da coleta
pública, sob pena de tal limitação
constituir-se em abuso de direito.

Assim, em que pese a inexistência de


tubo coletor no pavimento térreo, não
pode a autora, sob tal argumento, ser
privada do uso do depósito de lixo
situado no subsolo, até porque a falta
de acesso ao coletor deve-se a
questões técnicas de construção, e não
porque fosse vedado à unidade térrea
o uso do depósito, ainda que de acesso
restrito aos funcionários do
condomínio réu.

Portanto, bem consignou a douta


magistrada, a possibilidade de o réu
regulamentar a forma de utilização do
referido depósito, mediante a
estipulação de horário (compatível
com o comercial) e local onde poderá
ser colocado o lixo até que o
funcionário do condomínio o aloque
dentro do depósito.

Ante o exposto, nego seguimento ao


recurso, na forma do artigo 557,
caput, do Código de Processo Civil,
por sua manifesta improcedência.

Rio de Janeiro, 08 de abril de 2013.

Desembargador MARIO
GUIMARÃES NETO

Relator

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