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DIREITO COMERCIAL
Como se sabe, em um período antecessor ao sistema-mundo capitalista, a viabilização
da subsistência das sociedades havia superado o aspecto nômade, perdurava naquele momento
a limitação ao usufruto de produtos cultiváveis, desembocando no exercício da troca de
produtos. Neste tempo, inexistia objeto comum capaz de proporcionar o acesso a qualquer
bem, tal condição fazia com que determinados produtos fossem produzidos em quantidade
superior a necessária, inviabilizando a sua troca, pois todos já o detinham. Assim, surge a
moeda.
Trocas isoladas não caracterizam o comércio, este emerge-se a partir do momento em
que existe um conjunto de atos entre o produtor e o consumidor final, perpetrados com objeto
de auferir lucros.
Com a evolução do âmbito econômico das sociedades, o qual ocorreu de forma
assustadoramente rápida com a queda do sistema feudal, e concentração populacional nos
grandes centros urbanos, operou-se uma insuficiência dos ditames morais para a regulação do
comércio. Aliado a isto, os comerciantes tornavam-se cada mais poderosos, formando grandes
corporações, nas quais vigiam alguns ditames com caráter normativo. A existência destas
corporações não satisfazia a grande gama de possibilidades de problemas que envolviam o
comércio, ainda mais, pelo fato das regras das corporações serem aplicadas, tão somente, aos
seus membros. Nesta realidade, operou-se uma busca pela regulação, tanto dos comerciantes
entre si, quanto em relação aos comerciantes e não comerciantes.
Neste ponto emerge-se as codificações comerciais, com o objeto de objetivar a
complexidade econômica que se desenvolveu como sistema-mundo capitalista.
Para a compreensão da extensão do objeto do Código Comercial brasileiro, convém
anotar o conceito de ato de comércio, é ele: o ato de comércio é o ato jurídico, qualificado
pelo fato particular de consubstanciar aqueles destinados à circulação da riqueza mobiliária,
e, como tal, conceitualme2nte voluntário e dirigido a produzir efeitos no âmbito regulado
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pelo direito comercial.
Três tipos de ato de comércio: ato de comércio por natureza – aqueles em que são
feitos negócios jurídicos referentes diretamente ao exercício normal da industrio mercantil,
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marcados pelo intuito de lucro e intermediação; habitualidade -, atos de comércio por
conexão – nestes o objeto da aquisição não é a revenda, mas a utilização para viabilizar o
exercício do próprio comércio –, e atos de autoridade por força de lei – e.g., construção civil -.
A concepção objetiva dos atos de comércio sofreu dura decadência em meados do
século XXI, com o advento do CC/02 e do CDC, deslocou-se o centro de atenção do direito
comercial, unindo-se a ideia do ato de comércio e do comerciante numa realidade dinâmica, o
objeto da tutela deste ramo do direito deixa de ser o comerciante, deslocando-se para a
satisfação das necessidades do mercado de bens e serviços, especificamente, à empresa. Neste
ponto, emerge-se o direito comercial subjetivo, cujo ator principal é o empresário, aquele que
exerce a atividade econômica de forma organizada para a produção ou circulação de bens ou
serviços para o mercado.
Em razão da diversidade de fontes normativas e dificuldades na delimitação do objeto
de incidência, o direito comercial é caracterizado por ser fragmentado. Para tanto, propõem-se
a seguinte subdivisão do direito empresarial:
● Teoria geral do direito empresarial;
● Direito societário;
● Direito cambiário;
● Direito familentar;
● Contratos empresariais.
Não se deve mais falar na distinção entre leis civis e leis comerciais, na medida em que não importa a natureza
da lei, mas sim o âmbito de sua aplicação. Se a norma se aplica à atividade
empresarial ela é fonte do direito empresarial, não tendo qualquer influência o nome
que se dê à lei.
-Direito consuetudinário;
-Princípios gerais do direito;
-Leis em sentido estrito;
-Constituição Federal.
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Uma das partes não pode se encontrar em qualquer das extremidades da cadeia de produção, nem no início,
nem no fim da mesma, não podendo ser produtor nem consumidor.
AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL
A EMPRESA
Sobre a constatação de objeto fático que se adeque aos ditames do direito empresarial,
necessário se faz destacar os elementos constitutivos da atividade empresarial, são eles: O
empresário, a economicidade, a profissionalidade, a organização e a produção e circulação de
bens ou de serviços. EOPECBS
Alguns destes elementos merecem especial atenção, como no caso da organização.
Nem toda atividade econômica organizada constitui uma empresa, mas sim aquela que
destina-se a padronizar e objetificar uma atividade econômica, exercitando organização de
bens ou capitais , ou até mesmo o trabalho alheio.
No que se refere ao objeto da empresa, ou seja, da atividades consideradas como
aquelas características da atuação empresarial, tem-se a produção – transformação de
matéria-prima -, circulação – intermediação na negociação de bens -, e a atividade em favor
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de terceiros apta a satisfazer uma necessidade qualquer, desde que não consistente na troca de
bens.
Em relação a disposição do parágrafo único do art. 966, tem-se que as atividades de
profissionais liberais, mesmo que no exercício da atividade econômica valham-se de
auxiliares e colaboradores, não são consideradas preenchedoras da hipótese normativa de
incidência das disposições específicas do direito empresarial. Contudo, se o exercício de tais
profissões destinar-se a produção de bens e serviços, passa a se caracterizar como empresa.
Essa exclusão decorre do papel secundário que a organização assume nessas atividades e não apenas de um
caráter histórico e sociológico. Nelas o essencial é a atividade pessoal, o que não se
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coaduna com o conceito de empresário.
EMPRESÁRIO
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Neste modelo de pessoa jurídica voltada para a produção de capital, o empresário tem
seus bens confundidos com os da empresa, exercendo-a em seu próprio nome, e assumindo
os riscos ao desenvolvimento da atividade econômica. O enunciado 5 da I Jornada de Direito
Comercial, opinou pela alienação dos bens relativos ao desenvolvimento da atividade
econômica, suscitando, que neste caso, não seria necessária a outorga conjugal. Por certo, tal
compreensão demonstra-se violadora das disposições do CC acerca da empresa individual,
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nesta não há qualquer primazia para a satisfação das obrigações aos credores, como já dito, os
bens de confundem.
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A affectio societatis vai além da mera manifestação de vontade no ato jurídico constitutivo da sociedade, de
fato, este requisito subjetivo é um plus da manifestação da vontade e exprime o sentido de que há uma vontade
comum de cooperação e confiança mútua. Este elemento é essencial para a atividade da sociedade, de tal forma
que, inexistindo a affectio societatis a sociedade pode ser extinta, ou, até mesmo, excluído o sócio desafeto.
Agente capaz - Todos os elementos necessários e integrantes da
manifestação de vontade são aplicáveis na constituição de sociedades.
Grande controvérsia se refere a possibilidade de incapazes ingressarem
em sociedades, haja vista, a antiga previsão do art. 308 do Código
comercial, limitar tal situação. Com o advento do CC de 2002, tal
regramento foi disciplinado pelo artigo 1.691, estabelecendo que os
pais, representantes de menores integrantes de sociedades, não podem
contrair obrigações que ultrapassem a mera administração, salvo se for
pelo interesse da prole, desde que com prévia autorização judicial.
Assim, parece evidente a posição assumida pelo legislador ordinário na
busca da proteção do menor incapaz diante esta modalidade de sujeito
de direitos que pode acarretar grandes responsabilizações patrimoniais,
razão pela qual, afirma o autor que o entendimento jurisprudencial deve
continuar no sentido de que os menores incapazes não pode integrar
sociedades de responsabilidade ilimitada.
→ É nula de pleno direito (ipso jure) a cláusula contratual que estabeleça conteúdo
que exclua sócio dos resultados da atividade econômica, seja relacionada ao lucro ou a perda
patrimonial (art. 1.008, CC).
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Ao contrário dos entes personalizados, estes não podem, a priori, figurar como parte processual,
excepcionalmente, contudo, admite-se como partes processuais a massa falida e o espólio (art.75, CPC).
atuação na área econômica, na medida em que constitui sujeitos de direitos e obrigações, com
patrimônio próprio, distinto dos seus membros. Elementos caracterizadores da pessoa
jurídica; a) vontade humana criadora; b) finalidade específica; c) o substrato representado por
um conjunto bens ou de pessoas; d) a presença do estatuto e do respectivo registro (art. 985,
CC).
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Sociedades constituídas por ato jurídico não-escrito ou, não registrado, ou, por que o registro não produz
qualquer efeito. São elas; sociedades em comum e sociedades em conta da participação.
→ As sociedades anônimas, independentemente da atividade
econômica exercida, sempre são comerciais, por força do disposto no art.1º, §2º, da lei 6.404.
SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS
As Sociedades despersonificadas são aquelas que não possuem ato constitutivo escrito
ou, sendo escrito, não o registraram, razão pela qual, é inexistente personalidade jurídica
própria, sendo reconhecido, tão somente, a condição de sujeito de direitos (art.986 a 990). A
partir do conceito, pode-se perceber que as sociedades em formação, i.e., já existente o ato
constitutivo e ainda não registrado, são sociedades comuns, excepcionando-se a esta regra, as
sociedades anônimas regidas por lei especial.
SOCIEDADES SIMPLES
Constituição
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A ausência de previsão específica acerca da participação no lucro e nas perdas não invalida o ato constitutivo,
na medida em que se garante aos sócios, de forma supletiva, a participação dos lucros na medida de sua
contribuição, e no caso de contribuição por serviços, nos limites da proporção da média do valor das quotas.
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Sendo omisso, cada um dos sócios serão responsável pela administração (art.1.013), com poderes inerentes à
gestão da sociedade (art. 1.015)
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Ausência de disposição contratual nesse sentido, a responsabilidade será ilimitada e subsidiária (enunciado 479
jornada de Direito Civil).
SOCIEDADES EM NOME COLETIVO E EM COMANDITA SIMPLES
A razão social das sociedades em nome coletivo pode ter expressamente a pluralidade
dos nomes dos sócios ou, se for optado a presença de só um dos nomes, deverá vir
acompanhado de expressões que demonstrem a existência de outros sócios (e.g., & cia, e
companhia, e outros).
SOCIEDADES LIMITADAS
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Não se deve confundir o preço de emissão da ação com o valor nominal da ação, o segundo é elemento
invariável e mínimo a ser pago pelo título, o primeiro resulta de uma conjunção de elementos essencialmente
variáveis.
Nome - A sociedade anônima só pode usar denominação, a razão social é elemento
característico de sociedades que possui o caráter pessoal dos sócios como elemento nuclear.
Eventualmente, conforme expressa autorização do art. 1.160, pode-se utilizar o nome de
fundador, ou outra pessoa que tenha concorrido para o bom êxito da empresa. A expressão
adotada como denominação deve vir acompanhada de termo que expresse a condição
anônima dos sócios.
Ato constitutivo - Existem duas compreensões distintas acerca do ato constitutivo das
Sociedades Anônimas; como contrato plurilateral - negócio jurídico com pluralidade de partes
e interesses conflitantes, consubstanciador de instrumento comum - e ato institucional - as
SA’s não são mera ficção jurídica destinada à promoção de interesses subjetivos, existe um
conjunto de interesses sociais depositados nestas pessoas jurídicas, razão pela qual, assume
esta a forma de instituição atuante para o bem comum do meio em que exerce sua atividade
econômica, conforme expressa dicção legal, art. 116, pr. únic., lei das SA’s. O ordenamento
jurídico brasileiro assume a concepção da sociedae anônima constituída mediante ato
institucional, é o que se extrai do artigo mecncionado acima.
Valores mobiliários -
Em relação à bolsa de valores, por exercer uma função pública, está sujeita a
fiscalização da CVM.
Após o comprometimento dos subscritores com o valores do capital social, com o fim
de promover a corporificação da SA, exige-se que seja procedido o pagamento de no mínimo
10% do valor total pelos subscritores (50% no caso de instituição financeira), a ser depositado
em qualquer banco comercial pelos fundadores, no prazo de cinco dias.
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estudo da viabilidade econômica do empreendimento, o projeto do estatuto e prospecto organizado e assinado
pelos fundadores.
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A intermediação pode ser dar pela subscrição do capital social pela própria instituição financeira e, posterior
negociação; pela simples prestação de serviço de intermediação; e pela forma de comprometimento de
subscrição residual do capital social.
assembleia declarará constituída a sociedade, promovendo-se, nesta mesma oportunidade a
eleição dos administradores.
O capital social deverá ser formado em moeda nacional (art. 5º, da lei 6404), por
dinheiro ou quaisquer bens úteis para a promoção do objeto social da sociedade anônima. Para
a integralização do capital social em bens, para além da vinculação da utilidade deste com o
objeto social, dever-se-á promover a sua avaliação por três peritos ou empresa especializada,
escolhida mediante manifestação em assembleia geral, sem a participação do interessado na
integralização.
Princípios que regem o capital social da SA: efetividade (o valor do capital social
deve corresponder a um patrimônio mínimo real da companhia), estabilidade (o capital social
só pode ser alterado se observadas algumas condições) e determinação (o capital social da SA
deve ser certo, não se admitindo capital social variável, portanto).
Aumento do capital social - O aumento do capital social da sociedade pode se dar de
duas formas: emissão de novas ações ou remanejamento patrimonial (aumento gratuito).
Para que seja possível a emissão de novas ações, no mínimo, o capital social deverá ter
sido integralizado no quantum de 75% (art. 170, da lei 6404) do total previsto inicialmente,
para só então emitir novas ações a serem subscritas pelos próprios acionistas (ordem de
preferência) ou por terceiros. Este aumento depende de deliberação da assembleia geral, e,
caso o seja aprovado, de alteração do próprio estatuto constituidor da Sociedade Anônima,
não se admite a livre fixação do valor das ações, devendo ser observados critérios que melhor
expressem o valor econômico das ações da empresa.
AÇÕES
O termo ação fora otado para se referir a esta espécie de valores mobiliários, por
existir pronta pretensão de exigir o pagamento do dividendo.
O valor da ação pode ser apurado por diferentes critérios: valor nominal, patrimonial,
de emissão, de mercado e econômico.
O valor nominal pode ou não ser expresso no título, contudo, sempre a sua soma
deverá corresponder ao total do capital social da sociedade anônima. Este é o valor mínimo
pago pela ação. Vale destacar, a ausência de valor nominal na ação não retira-lhe a vinculação
com o quantum do capital social, apenas omite tal informação, na medida em que no estatuto
da SA será previsto tão somente o valor do capital social e a quantidade das ações, assim, seu
valor nominal omitido será o resultante da divisão do valor do capital social pela quantidade
das ações14.
O valor de emissão pode ou não corresponder com o valor nominal, haja vista, a
possibilidade de ser considerados nestes elementos que elevem o valor da nominal da ação.
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Está prática é utilizada com o intuito de evitar que o valor pago pelas ações no mercado se limite ao valor
nominal.
Natureza jurídica - Como se sabe, a ação é valor mobiliário de ampla
negociabilidade, que confere ao aquisitor faculdades e imposições relacionadas à atividade
econômica da sociedade anônima que a emitiu. A natureza jurídica das ações é controvertida,
mas, a observância dos dispositivos do ordenamento jurídico permitem superar esta antiga
controvérsia.
Pois bem. O elemento controvertido acerca das ações é se esta seria uma espécie de
título de crédito. O artigo 887 do CC conceitua o título de crédito da seguinte forma: o título
de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido,
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Deste conceito legal extrai-se os
seguintes elementos caracterizadores do título de crédito: autonomia das obrigações (o titular
do direito é quem possui o título), literalidade e cartularidade. Em relação aos primeiros dois
elementos, pode-se afirmar que as ações são autônomas na obrigação, pois a obrigação
estabelecida entre a SA e o sócio é autonôma; literais no conteúdo dos direitos e deveres
(complementado os teores da ação pelo estatuto da empresa), contudo, não detentora de
cartularidade, na medida em que, apesar da existência de documento que comprove a
titularidade da ação, existe livro de transferência das ações nominativas, não sendo, portanto,
o detentor do direito de acionista àquele detentor do documento, mas, tão somente, àquele
constante no livro de transferência das ações.
Por sua vez, as ações preferenciais são caracterizadas pela vantagem patrimonial
conferida, quando comparada com as demais. A razão de ser desta vantagem patrimonial é a
redução ou extinção do direito de voto do acionista proprietário da ação. As vantagens
patrimoniais que a ação preferencial pode conferir ao acionista são: prioridade no recebimento
dos dividendos, ou a prioridade no reembolso, com ou sem prêmio - as vantagens podem ser
cumulativas -.
Negociação de ações -
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TOMAZETTE, afirma que o critério a ser utilizado para apurar o valor da ação no caso de amortização, é o
patrimonial, haja vista, a legislação se referir ao valor que o sócio teria direito no caso de dissolução da SA.
definição de quais ações serão resgatadas deve ser objetivo, ou por sorteio, ou em relação a
determinada classe. O reembolso é operação na qual a sociedade anônima paga ao acionista o
valor de suas ações, quando exercem seu direito de retirada. Se o direito de retirada for
efetuado até 60 (sessenta) dias após o segundo balanço patrimonial da sociedade, receberão os
valores da ação em até 40 dias. Se o fizer em prazo distinto, terá direito ao recebimento de
80% do valor das ações em até 40 dias e, em razão da necessidade de realização de balanço
especial, receberá eventual montante remanescente em até 120 dias. Efetuado o reembolso,
cujos valores pagos ao acionista retirado sejam provenientes de lucros ou reservas não-legais,
as ações ficarão em tesouraria, podendo ser canceladas ou recolocadas no mercado. Se o valor
do reembolso provier do capital, a empresa terá até 120 dias para substituir o acionista, ou terá
que diminui seu capital social.
→ O prazo fixado para a duração do título de parte beneficiária não poderá exceder 10
anos, se violar este limite temporal imposto por lei, será extinto automaticamente sem
qualquer direito à contraprestação ao ex-titular.
→ Podem ser convertidos em ações.
Entre os credores titulares dos debêntures, inscritos em contrato de mútuo único, pois
representativo de uma única dívida, é estabelecida uma comunhão, transformando-se em
verdadeiro grupo organizado.
Como já se disse, a debênture é uma espécie de empréstimo público, e por tal razão,
logo se identifica que os particulares só farão tal empréstimo se pelas condições de
contratação e da empresa, houver expectativa de devolução. As debêntures podem se tornar
mais atrativas aos investidores que buscam segurança em suas expectativas, por meio da
constituição de garantias dos debêntures emitidos. Tais garantias podem ser reais ou
flutuantes. No segundo caso, os titulares dos debêntures terão preferência em relação aos
debenturistas quirografários (sem garantia) no recebimento de sua parte do patrimônio líquido
da sociedade. No primeiro caso, tratando-se de garantia real, o valor do empréstimo será
garantido por algum ou alguns bens da sociedade. Por fim, ainda em relação às variações de
especificidades para a atração de determinados investidores, tem-se o debênture subordinado,
caracterizado pela sua submissão a uma relação de subordinação aos debêntures
quirografários, i.e., estes credores só receberão após o pagamento da classe dos
quirografários.
Bônus de subscrição - São valores mobiliários emitidos pelas S.A’s que conferem o
direito prioritário na subscrição de ações futuramente emitidas pela empresa. Tal espécie de
valor mobiliário não se confunde com os conversíveis em ações, na medida em que neste, tão
somente, se confere o direito prioritário de subscrição, devendo, portanto, o subscritor
bonificado pagar pelo valor da emissão.
ACIONISTA
Direitos essenciais dos acionistas - a) direito à participação nos lucros b) direito à
participação no acervo social em caso de liquidação c) direito de fiscalização d) direito de
preferência e) direito de retirada.