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DIREITO CONSTITUCIONAL P/
OAB - 1ª FASE
XXV EXAME DE ORDEM
SUMçRIO PçGINA
1 Ð Teoria Geral dos Direitos Fundamentais 2-7
2 Ð Direitos Individuais e Coletivos Ð Parte 01 7-36
3 - Direitos Individuais e Coletivos Ð Parte 02 37-88
4 Ð Quest›es FGV 88-98
5 Ð Caderno de prova OAB 102-107
6 Ð Gabarito 108
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exigir do Estado a corre•‹o das omiss›es a eles relativas. Possuem como valor-
fonte a liberdade. S‹o os direitos civis e pol’ticos, reconhecidos no final do sŽculo
XVIII, com as Revolu•›es Francesa e Americana. Ex: Direito de propriedade,
locomo•‹o, associa•‹o e o de reuni‹o.
Importante frisar que a express‹o Ògera•‹o de direitosÓ n‹o quer dizer que h‡
exclus‹o de uma sobre a outra. O que ocorre Ž que os direitos de uma gera•‹o
seguinte se acumulam aos das gera•›es anteriores. Em virtude disso, a
doutrina tem preferido usar a express‹o Òdimens›es de direitosÓ.
3
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. S‹o Paulo: Malheiros, 2008.
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A teoria externa (teoria relativa), por sua vez, entende que a defini•‹o dos
limites aos direitos fundamentais Ž um processo externo a esses direitos. Em
outras palavras, fatores extr’nsecos ir‹o determinar os limites dos direitos
fundamentais, ou seja, o seu nœcleo essencial. ƒ somente sob essa —tica que se
admite a solu•‹o dos conflitos entre direitos fundamentais pelo ju’zo de
pondera•‹o (harmoniza•‹o) e pela aplica•‹o do princ’pio da proporcionalidade.
4
SILVA, Virg’lio Afonso da. O conteœdo essencial dos direitos fundamentais e a efic‡cia das normas constitucionais. In: Revista
de Direito do Estado, volume 4, 2006, pp. 35 Ð 39.
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Quest‹o muito relevante a ser tratada Ž sobre a teoria dos Òlimites dos
limitesÓ, que incorpora os pressupostos da teoria externa. A pergunta que se
faz Ž a seguinte: a lei pode impor restri•›es aos direitos fundamentais?
A resposta Ž sim. A lei pode impor restri•›es aos direitos fundamentais, mas h‡
um nœcleo essencial que precisa ser protegido, que n‹o pode ser objeto
de viola•›es. Assim, o grande desafio do exegeta (intŽrprete) e do pr—prio
legislador est‡ em definir o que Ž esse nœcleo essencial, o que dever‡ ser feito
pela aplica•‹o do princ’pio da proporcionalidade, em suas tr•s vertentes
(adequa•‹o, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito).
No Brasil, a CF/88 n‹o previu expressamente a teoria dos limites aos limites.
Entretanto, o dever de prote•‹o ao nœcleo essencial est‡ impl’cito na Carta
Magna, de acordo com v‡rios julgados do STF e com a doutrina, por decorr•ncia
do modelo garant’stico utilizado pelo constituinte. Isso porque a n‹o-admiss‹o
de um limite ˆ atua•‹o legislativa tornaria in—cua qualquer prote•‹o
fundamental5.
Por fim, vale ressaltar que os direitos fundamentais tambŽm podem ser
restringidos em situa•›es de crises constitucionais, como na vig•ncia do estado
de s’tio e estado de defesa.6
5
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inoc•ncio M‡rtires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. P. 319.
6
O estado de defesa e estado de s’tio est‹o previstos nos art. 136 e art. 137, da CF/88.
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Constitui•‹o Federal, que, em seu art. 5¼, ¤ 1¼, prev• que as normas definidoras
de direitos fundamentais possuem aplicabilidade imediata.
ƒ importante ter aten•‹o para n‹o cair em uma ÒpegadinhaÓ na hora da prova.
Os direitos individuais e coletivos, os direitos sociais, os direitos de
nacionalidade, os direitos pol’ticos e dos partidos pol’ticos s‹o espŽcies do
g•nero Òdireitos fundamentaisÓ. Outro detalhe. O rol de direitos
fundamentais n‹o Ž exaustivo. H‡ outros direitos, espalhados pela
Constitui•‹o, como o direito ao meio ambiente (art. 225) e o princ’pio da
anterioridade tribut‡ria (art.150, III, ÒbÓ), por exemplo.
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Coment‡rios:
Letra A: errada. Os direitos prestacionais est‹o ligados ao Estado Social de direito
(direitos 2a gera•‹o).
Letra B: errada. A cl‡usula da reserva do poss’vel deve ser levada em
considera•‹o na tarefa de concretiza•‹o dos direitos sociais. O Estado, para
concretizar direitos sociais, depende de recursos econ™micos e financeiros.
Letra C: errada. De fato, o direito ao meio ambiente Ž um direito de 3a gera•‹o,
possuindo natureza indivis’vel. Trata-se, porŽm, de um direito difuso, cuja
titularidade Ž indeterminada. Todas as pessoas s‹o titulares do direito ao
ambiente, independentemente de quaisquer circunst‰ncias de fato que as liguem.
Letra D: correta. Temos aqui o gabarito! Os direitos de defesa (liberdades
negativas) s‹o classificados na 1agera•‹o de direitos fundamentais. Est‹o
relacionados ao Estado Liberal de direito.
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2. DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Meus amigos, faremos agora o estudo dos pontos fundamentais do art. 5¼ da
Constitui•‹o. Passaremos a analisar os dispositivos de maior incid•ncia e aqueles
com entendimento doutrin‡rio e jurisprudencial relevante. Mas, vale a t’tulo de
complemento, uma leitura deste art. 5¼ na ’ntegra. Combinado? J
Nesse sentido, entende o STF que o sœdito estrangeiro, mesmo aquele sem
domic’lio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas b‡sicas que lhe
assegurem a preserva•‹o do status libertatis e a observ‰ncia, pelo Poder
Pœblico, da cl‡usula constitucional do due process7. Nessa linha, para o STF Òo
direito de propriedade Ž garantido ao estrangeiro n‹o residenteÓ.8
Para o Supremo, n‹o haveria colis‹o real entre direitos fundamentais, apenas
conflito aparente, uma vez que o anencŽfalo n‹o seria titular do direito ˆ vida.
Ainda que biologicamente vivo, este seria juridicamente morto, de maneira que
7
HC 94.016, Rel. Min. Celso de Mello, j. 16-9-2008, Segunda Turma, DJE de 27-2-2009.
8
RE 33.319/DF, Rel. Min. C‰ndido Motta, DJ> 07.01.1957.
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Cabe destacar, ainda, que os direitos fundamentais n‹o t•m como titular apenas
as pessoas f’sicas; as pessoas jur’dicas e atŽ mesmo o pr—prio Estado s‹o
titulares de direitos fundamentais.
9
STF, Pleno, ADPF 54/DF, Rel. Min. Marco AurŽlio, decis‹o 11 e 12.04.2012, Informativo STF no 661.
10
ADI 3510/DF, Rel. Min. Ayres Britto, DJe: 27.05.2010
11
RE 597285/RS. Min. Ricardo Lewandowski. Decis‹o: 09.05.2012
12
STF, Pleno, ADI 3330/DF, Rel. Min. Ayres Britto, j. 03.05.2012.
13
RE 498.900-AgR, Rel. Min. Carmen Lœcia, j. 23-10-2007, Primeira Turma, DJ de 7-12-2007.
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14
RE 523737/MT Ð Rel. Min. Ellen Gracie, DJe: 05.08.2010
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Na reserva legal relativa, embora a Constitui•‹o exija lei formal, permite-se que
a lei fixe apenas par‰metros de atua•‹o para o —rg‹o administrativo, que
poder‡ complement‡-la por ato infralegal, respeitados os limites legais.
A doutrina tambŽm afirma que a reserva legal pode ser classificada como
simples ou qualificada. N reserva legal simples Ž aquela que exige lei formal para
dispor sobre determinada matŽria, mas n‹o especifica qual o conteœdo ou a
finalidade do ato.(art.5¼, inciso VII, da CF/88) ÒŽ assegurada, nos termos da
lei, a assist•ncia religiosa nas entidades civis e militares de interna•‹o coletivaÓ.
Pessoal, o que a dela•‹o an™nima pode Ž servir de base para que o Poder Pœblico
adote medidas destinadas a esclarecer, em sum‡ria e prŽvia apura•‹o, a
verossimilhan•a das alega•›es que lhe foram transmitidas.15 Em caso positivo,
poder‡, ent‹o, ser promovida a formal instaura•‹o da "persecutio criminis",
15
STF, Inq 1957/ PR, Rel. Min. Carlos Velloso, Informativo STF n¼ 393.
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16
ADPF 187, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 15-6-2011, Plen‡rio.
17
Sœmula STJ n¼ 37: ÒS‹o cumul‡veis as indeniza•›es por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
18
Consagra-se, nesses incisos, a liberdade religiosa. Observe que n‹o Ž Poder Pœblico o respons‡vel pela presta•‹o religiosa, pois o
Brasil Ž um Estado laico.
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O art. 5¼, inciso VIII, Ž uma norma constitucional de efic‡cia contida. Todos
t•m o direito, afinal, de manifestar livremente sua cren•a religiosa e convic•›es
filos—fica e pol’tica. Essa Ž uma garantia plenamente exercit‡vel, mas que
poder‡ ser restringida pelo legislador.
N‹o existindo lei que estabele•a presta•‹o alternativa, aquele que deixou de
cumprir a obriga•‹o legal n‹o poder‡ ser privado de seus direitos. Mas, no
momento em que o legislador edita norma fixando presta•‹o alternativa, ele
est‡ restringindo o direito ˆ escusa de consci•ncia.
O que voc• n‹o pode esquecer sobre esse inciso? ƒ vedada a censura.
Entretanto, a liberdade de express‹o, como qualquer direito fundamental, Ž
relativa; Ž limitada por outros direitos protegidos pela Carta Magna, como a
inviolabilidade da privacidade e da intimidade do indiv’duo, por exemplo.
19
ADI 4.451-MC-REF, Rel. Min. Ayres Britto, Plen‡rio, DJE de 24-8-2012.
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20
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas:
2010, pp. 159.
21
AO 1.390, Rel. Min. Dias Toffoli. DJe 30.08.2011
22
Sœmula 227 STJ - A pessoa jur’dica pode sofrer dano moral.
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O direito ˆ privacidade tambŽm foi objeto de an‡lise pelo STF na ADI 4815,
na famosa quest‹o das Òbiografias n‹o autorizadasÓ. Concluiu-se pela
preval•ncia, nessa situa•‹o, do direito ˆ liberdade de express‹o e de
manifesta•‹o do pensamento. Entendeu-se que Ž Òinexig’vel o
consentimento de pessoa biografada relativamente a obras biogr‡ficas
liter‡rias ou audiovisuais, sendo por igual desnecess‡ria autoriza•‹o de pessoas
retratadas como coadjuvantes ( familiares ou pessoas falecidas...)Ó.
23
Inq 2589 MS, Min. Marco AurŽlio, j. 02.11.2009, p. 20.11.2009.
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24
MS n¼ 21.729-4/DF, Rel. Min. Francisco Rezek. Julgamento 05.10.1995.
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25
HC 93.050, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 10-6-2008, Segunda Turma, DJE de 1¼-8-2008.
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durante o per’odo diurno, e sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam
interessar ao Poder PœblicoÓ (AP 370-3/DF, RTJ, 162:249-250).
26
RE 603.616. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento: 05.11.2015.
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Com o mesmo argumento, o STF considerou l’cita a prova obtida por policial a
partir da verifica•‹o, no celular de indiv’duo preso em flagrante delito, dos
registros das œltimas liga•›es telef™nicas. A prote•‹o constitucional, afinal, Ž
concedida ˆ comunica•‹o dos dados (e n‹o aos dados em si). 29
! ordem judicial
! exist•ncia de investiga•‹o criminal ou instru•‹o processual penal;
! lei que preveja as hip—teses e a forma em que esta poder‡ ocorrer;
27
Nas raz›es do Supremo: Òa administra•‹o penitenci‡ria, com fundamento em raz›es de seguran•a pœblica, de disciplina
prisional ou de preserva•‹o da ordem jur’dica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art.
41, par‡grafo œnico, da Lei 7.210/1984, proceder ˆ intercepta•‹o da correspond•ncia remetida pelos sentenciados, eis que
a cl‡usula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar n‹o pode constituir instrumento de salvaguarda de pr‡ticas il’citas.Ó27
28
STF, RE 418416/SC, Rel. Min. Sepœlveda Pertence, j. 10.05.2006, DJ em 19.12.2006.
29
STF, HC 91.867, Rel. Min. Gilmar Mendes. Julg: 24.04.2012, DJ de 20.09.2012.
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Vale dizer que, para a intercepta•‹o das comunica•›es telef™nicas, o art. 5¼,
inciso XII, trata-se norma de efic‡cia limitada. ƒ necess‡rio que exista uma
lei para que o juiz possa autorizar a medida por decis‹o judicial (de of’cio ou
a requerimento da autoridade policial ou do MinistŽrio Pœblico) e para fins de
investiga•‹o criminal ou instru•‹o processual penal.
30
STF, HC 106.129, Rel. Min. Dias Toffolli. DJE de 23.11.2010).
31
STF, HC 83.515/RS. Rel. Min. Nelson Jobim, Informativo STF n¼ 361.
32
STF, HC 78098/SC, Rel. Min. Moreira Alves, j. 01.12.98.
33
HC 96.909/MT, Rel. Min. Ellen Gracie. J.10.12.2009, p. 11.12.2009.
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34
STF, Inq 2424, Rel. Min. Cesar Peluso, DJ. 24.08.2007.
35
STF, RE 414.426, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1¼-8-2011, Plen‡rio, DJE de 10-10-2011.
36
STF, RE 603.583, Rel. Min. Marco AurŽlio, DJe 26/10/11, Plen‡rio, Informativo 646, com repercuss‹o geral.
37
STF, RE 511.961. Rel. Min. Gilmar Mendes. DJe 13.11.2009.
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Tal dispositivo busca assegurar o direito de acesso ˆ informa•‹o (desde que esta
n‹o fira outros direitos fundamentais) e resguardo dos jornalistas, possibilitando
que estes obtenham informa•›es sem terem que revelar sua fonte. N‹o h‡
conflito, todavia, com a veda•‹o ao anonimato. Caso alguŽm seja lesado pela
informa•‹o, o jornalista responder‡ por isso.
Agora, j‡ esse inciso XVI Ž bastante cobrado em provas. O que voc• precisar‡
se lembrar? Simples! As caracter’sticas do direito de reuni‹o.
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•Só podem ser dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado. Além disso, suas
2º atividades só podem ser suspensas por decisão judicial (aqui não há necessidade de
trânsito em julgado).
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Vale destacar que a necessidade de autoriza•‹o expressa dos filiados para que
a associa•‹o os represente n‹o pode ser substitu’da por uma autoriza•‹o
genŽrica nos estatutos da entidade.
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Note, tambŽm, a exig•ncia, pela Carta Magna, de lei que defina quais
propriedades rurais poder‹o ser consideradas pequenas e como ser‡
financiado o desenvolvimento das mesmas. Tem-se, aqui, reserva legal.
Protege-se, aqui, o direito do autor. Perceba que, enquanto viver, este ter‡
total controle sobre a utiliza•‹o, publica•‹o ou reprodu•‹o de suas obras. S—
ap—s sua morte Ž que haver‡ limita•‹o temporal do direito. Com efeito, o art.
5¼, inciso XXVII, disp›e que o direito autoral Ž transmiss’vel aos herdeiros
apenas pelo tempo que a lei fixar. Nesse sentido, como se ver‡ adiante, o
direito ao autor diferencia-se do direito ˆ propriedade industrial, presente no
inciso XXIX do mesmo artigo.
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Coment‡rios:
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Quest‹o tranquila, hein? Literalidade do art. 5¼, VIII, CF/88: ÒninguŽm ser‡
privado de direitos por motivo de cren•a religiosa ou de convic•‹o filos—fica ou
pol’tica, salvo se as invocar para eximir-se de obriga•‹o legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir presta•‹o alternativa, fixada em leiÓ. Gabarito Letra A.
Coment‡rios:
Segundo o art. 243, CF/88, Òas propriedades rurais e urbanas de qualquer regi‹o
do Pa’s onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotr—picas ou a
explora•‹o de trabalho escravo na forma da lei ser‹o expropriadas e destinadas
ˆ reforma agr‡ria e a programas de habita•‹o popular, sem qualquer indeniza•‹o
ao propriet‡rio e sem preju’zo de outras san•›es previstas em leiÓ. O gabarito Ž
a letra B.
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Coment‡rios:
Letra A: errada. O Poder Judici‡rio poder‡ atuar para suspender as atividades da
associa•‹o ou mesmo para promover a sua dissolu•‹o compuls—ria.
Letra B: errada. A dissolu•‹o compuls—ria de associa•‹o depende de decis‹o
judicial transitada em julgado.
Letra C: correta. ƒ isso mesmo! A suspens‹o das atividades de associa•‹o
depende simplesmente de decis‹o judicial, que n‹o precisa transitar em julgado.
ƒ o que se extrai do art. 5¼, XIX, CF/88.
Letra D: errada. ƒ vedada a exist•ncia de associa•›es de car‡ter paramilitar. No
entanto, Ž poss’vel que o Poder Judici‡rio atue, em outros casos, para suspender
as atividades ou dissolver compulsoriamente a associa•‹o.
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efic‡cia plena, j‡ que a liberdade do exerc’cio profissional n‹o pode ser restringida,
mas apenas ampliada.
(D) argumentou em harmonia com a ordem constitucional, pois o dispositivo da
Constitui•‹o Federal que afirma ser livre o exerc’cio de qualquer trabalho, of’cio ou
profiss‹o, atendidas as qualifica•›es profissionais que a lei estabelecer, n‹o possui
nenhuma efic‡cia, devendo ser objeto de mandado de injun•‹o para a sua devida
regulamenta•‹o.
Coment‡rios:
O inciso XIII do art. 5o da Constitui•‹o determina que Ž livre o exerc’cio de
qualquer trabalho, of’cio ou profiss‹o, atendidas as qualifica•›es profissionais que
a lei estabelecer. Trata-se de norma constitucional de efic‡cia contida. Desse
modo, na inexist•ncia de lei que exija qualifica•›es para o exerc’cio de
determinada profiss‹o, qualquer pessoa poder‡ exerc•-la (o exerc’cio da profiss‹o
Ž livre). Uma vez editada a lei, a profiss‹o s— poder‡ ser exercida por quem
atender ˆs qualifica•›es legais. O gabarito Ž a letra B.
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(D) A associa•‹o do bairro Y poder‡ ser dissolvida por ato da autoridade pœblica
municipal em raz‹o de n‹o ter comunicado previamente ˆ Prefeitura a realiza•‹o
de suas reuni›es em espa•o pœblico.
Coment‡rios:
Reza o inciso XVI do art. 5o da CF/88 que todos podem reunir-se pacificamente,
sem armas, em locais abertos ao pœblico, independentemente de autoriza•‹o,
desde que n‹o frustrem outra reuni‹o anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prŽvio aviso ˆ autoridade competente. No caso
exposto, a Associa•‹o do bairro Y dever‡ buscar um novo local para a sua
manifesta•‹o, sob pena de frustrar a reuni‹o anteriormente convocada pela AMA-
X. O gabarito Ž a letra B.
Coment‡rios:
De acordo com o inciso XVI do art. 5o da CF/88, todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pœblico, independentemente de
autoriza•‹o, desde que n‹o frustrem outra reuni‹o anteriormente convocada para
o mesmo local, sendo apenas exigido prŽvio aviso ˆ autoridade competente. A
partir desse inciso, podemos enumerar as caracter’sticas do direito de reuni‹o:
a) Esta dever‡ ter fins pac’ficos, e apresentar aus•ncia de armas;
b) Dever‡ ser realizada em locais abertos ao pœblico;
c) N‹o poder‡ frustrar outra reuni‹o convocada anteriormente para o
mesmo local;
d) Desnecessidade de autoriza•‹o;
e) Necessidade de prŽvio aviso ˆ autoridade competente.
O gabarito Ž a letra B.
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Coment‡rios:
A desapropria•‹o para fins de reforma agr‡ria obedece ao disposto no art. 184 da
Carta Magna. ƒ de compet•ncia da Uni‹o e tem por objeto o im—vel rural que n‹o
esteja cumprindo sua fun•‹o social. Ocorre mediante prŽvia e justa indeniza•‹o
em t’tulos da d’vida agr‡ria, sendo as benfeitorias œteis e necess‡rias indenizadas
em dinheiro. O gabarito Ž a letra D.
Coment‡rios:
A letra A est‡ correta e a B est‡ incorreta. O conceito de ÒcasaÓ Ž abrangente.
Alcan•a n‹o s— a resid•ncia do indiv’duo, mas tambŽm escrit—rios profissionais,
consult—rios mŽdicos e odontol—gicos, trailers, barcos e aposentos de habita•‹o
coletiva (como, por exemplo, o quarto de hotel).
A letra C est‡ incorreta. Para que haja pris‹o em flagrante, n‹o Ž necess‡rio
mandado judicial.
A letra D est‡ incorreta. Considerando-se que o quarto de hotel est‡ abrangido
pelo conceito de casa, a pris‹o nele ocorrida por ordem judicial s— pode se dar
durante o dia. O gabarito Ž a letra A.
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Coment‡rios:
A quest‹o cobra o conhecimento dos incisos XVIII e XIX do art. 5o da Constitui•‹o:
XVIII - a cria•‹o de associa•›es e, na forma da lei, a de cooperativas independem
de autoriza•‹o, sendo vedada a interfer•ncia estatal em seu funcionamento;
XIX - as associa•›es s— poder‹o ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decis‹o judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o tr‰nsito
em julgado.
Assim, temos que a) cria•‹o de associa•›es Ž livre, ou seja, independe de
autoriza•‹o; e b) as associa•›es s— podem ser dissolvidas por decis‹o judicial
transitada em julgado. AlŽm disso, suas atividades s— podem ser suspensas por
decis‹o judicial (neste caso, n‹o h‡ necessidade de tr‰nsito em julgado). O
gabarito Ž a letra D.
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Coment‡rios:
De acordo com o art. 5¼, VII, CF/88, ÒŽ assegurada, nos termos da lei, a presta•‹o
de assist•ncia religiosa nas entidades civis e militares de interna•‹o coletivaÓ.
Assim, a dire•‹o do hospital n‹o tem raz‹o em sua negativa. Embora o Brasil seja
um Estado laico, a assist•ncia religiosa Ž direito fundamental. Letra B.
12. (FGV / XXIV Exame de Ordem Ð 2017) Marcos recebeu, por heran•a,
grande propriedade rural no estado Sigma. Dedicado ˆ medicina e n‹o
possuindo maior interesse pelas atividades agropecu‡rias desenvolvidas
por sua fam’lia, Marcos deixou, nos œltimos anos, de dar continuidade a
qualquer atividade produtiva nas referidas terras. Ciente de que sua
propriedade n‹o est‡ cumprindo uma fun•‹o social, Marcos procura um
advogado para saber se existe alguma possibilidade jur’dica de vir a perd•-
la. Segundo o que disp›e o sistema jur’dico-constitucional vigente no
Brasil, assinale a op•‹o que apresenta a resposta correta.
A) O direito de Marcos a manter suas terras dever‡ ser respeitado, tendo em vista
que tem t’tulo jur’dico reconhecidamente h‡bil para caracterizar o seu direito
adquirido.
B) A propriedade que n‹o cumpre sua fun•‹o social poder‡ ser objeto de
expropria•‹o, sem qualquer indeniza•‹o ao propriet‡rio que deu azo a tal
descumprimento; no caso, Marcos.
C) A propriedade, por interesse social, poder‡ vir a ser objeto de desapropria•‹o,
devendo ser, no entanto, respeitado o direito de Marcos ˆ indeniza•‹o.
D) O direito de propriedade de Marcos est‡ cabalmente garantido, j‡ que a
desapropria•‹o Ž instituto cab’vel somente nos casos de cultura ilegal de plantas
psicotr—picas.
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3. DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS - 02
XXXII Ð o Estado promover‡, na forma da lei, a defesa
do consumidor;
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Esse dispositivo legal prev•, em sua al’nea ÒaÓ, o direito de peti•‹o e, na al’nea
ÒbÓ, o direito ˆ obten•‹o de certid›es. Em ambos os casos, assegura-se o
n‹o pagamento de taxas, por serem ambas as hip—teses essenciais ao pr—prio
exerc’cio da cidadania.
38
STF, Peti•‹o n¼ 762/BA AgR . Rel. Min. Sydney Sanches. Di‡rio da Justi•a 08.04.1994
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Quando se exerce o direito de peti•‹o ou, ainda, quando se solicita uma certid‹o,
h‡ uma garantia impl’cita a receber uma resposta (no caso de peti•‹o) ou a
obter a certid‹o. Quando h‡ omiss‹o do Poder Pœblico (falta de resposta a
peti•‹o ou negativa ilegal da certid‹o), o remŽdio constitucional adequado, a ser
utilizado na via judicial, Ž o mandado de seguran•a39.
ƒ claro que isso n‹o impede que o particular recorra administrativamente ao ter
um direito seu violado: ele poder‡ faz•-lo, inclusive apresentando recursos
administrativos, se for o caso. Entretanto, todas as decis›es administrativas
est‹o sujeitas a controle judicial.
39
RE STF 472.489/RS, Rel. Min. Celso de Mello, 13.11.2007.
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Um ponto que precisamos compreender, meus amigos. Por mais relevante que
seja a garantia de acesso ao Poder Judici‡rio, esta n‹o possui car‡ter absoluto:
o direito de acesso ao Poder Judici‡rio deve ser exercido, pelos
jurisdicionados, por meio das normas processuais que regem a matŽria,
n‹o se constituindo negativa de presta•‹o jurisdicional e cerceamento
de defesa a inadmiss‹o de recursos quando n‹o observados os
procedimentos estatu’dos nas normas instrumentais.41
40
STF, ADI n¼ 2.212/CE. Rel. Min, Ellen Gracie. DJ. 14.11.2003
41
STF, Ag.Rg. n¼ 152.676/PR. Rel. Min. Maur’cio Corr•a. DJ 03.11.1995.
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ƒ claro que se o valor da taxa judici‡ria for muito elevado, isso poder‡
representar verdadeiro obst‡culo ao direito de a•‹o. Assim, entende o STF que
viola a garantia constitucional de acesso ˆ jurisdi•‹o a taxa judici‡ria
calculada sem limite sobre o valor da causa (Sœmula STF no 667).
Com efeito, h‡ que existir uma equival•ncia entre o valor da taxa judici‡ria e o
custo da presta•‹o jurisdicional. ƒ razo‡vel que a taxa judici‡ria tenha um
limite; assim, causas de valor muito elevado n‹o resultar‹o em taxas judici‡rias
desproporcionais ao custo da presta•‹o jurisdicional.
42
RHC 79785 RJ; AgRg em Agl 209.954-1/SP, 04.12.1998.
43
O art. 8¼, n¼ 2, al’nea h, da Conven•‹o Americana de Direitos Humanos disp›e que toda pessoa tem Òo direito de recorrer da senten•a
para juiz ou tribunal superiorÓ.
44
STF, 2» Turma, AI 601832 AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 02.04.2009.
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necess‡rios para se aposentar; caso amanh‹ seja editada uma nova lei,
que imponha requisitos mais dif’ceis, fazendo com que voc• s— possa se
aposentar daqui a 10 anos, ela n‹o estar‡ ferindo seu direito. Veja: voc•
ainda n‹o tinha direito adquirido ˆ aposentadoria, mas mera
expectativa de direito.
ƒ importante destacar que, no art. 5¼, inciso XXXV, o voc‡bulo ÒleiÓ est‡
empregado em seus sentidos formal (fruto do Poder Legislativo) e material
(qualquer norma jur’dica). Portanto, inclui emendas constitucionais, leis
ordin‡rias, leis complementares, resolu•›es, decretos legislativos e v‡rias outras
modalidades normativas. Nesse sentido, tem-se o entendimento do STF de que
a veda•‹o constante do inciso XXXVI se refere ao direito/lei, compreendendo
qualquer ato da ordem normativa constante do art. 59 da Constitui•‹o.48
H‡, todavia, certas situa•›es nas quais n‹o cabe invocar direito adquirido.
Assim, n‹o existe direito adquirido frente a:
46
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas:
2010, pp. 241.
47
Cf. art. 6¼, ¤1¼, da LINDB.
48
STF, ADI 3.105-8/DF, 18.08.2004.
49
Trata-se do princ’pio do Òju’zo naturalÓ ou do Òjuiz naturalÓ. Garante ao indiv’duo que suas a•›es no Poder Judici‡rio ser‹o
apreciadas por um juiz imparcial, o que Ž uma garantia indispens‡vel ˆ administra•‹o da Justi•a em um Estado democr‡tico de direito.
O princ’pio do juiz natural impede a cria•‹o de ju’zos de exce•‹o ou Òad hocÓ, criados de maneira arbitr‡ria, ap—s o acontecimento
de um fato.
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O inciso XLI estabelece que Òa lei punir‡ qualquer discrimina•‹o atentat—ria dos
direitos e liberdades fundamentaisÓ. Trata-se de norma de efic‡cia limitada,
dependente, de complementa•‹o legislativa. Evidencia um mandato de
criminaliza•‹o que busca efetivar a prote•‹o dos direitos fundamentais.
50
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 6» edi•‹o. Editora Saraiva, 2011, pp.
534-538
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O inciso XLIII, a seu turno, disp›e sobre alguns crimes que s‹o inafian•‡veis
e insuscet’veis de gra•a ou anistia. Bastante aten•‹o, pois a banca
examinadora tentar‡ te confundir dizendo que esses crimes s‹o imprescrit’veis.
Qual o macete para n‹o confundir? Olha s—:
O inciso XLIV trata ainda de mais um crime: a a•‹o de grupos armados, civis
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democr‡tico. Esse crime,
assim como o racismo, ser‡ inafian•‡vel e imprescrit’vel.
Para que voc• n‹o erre esses detalhes na prova, fizemos o esquema abaixo!
Perceba que todos os crimes dos quais falamos s‹o inafian•‡veis; a diferen•a
mesmo est‡ em saber que o Ò3TH n‹o tem gra•aÓ! J
51
STF, Pleno, HC 82.424-2/RS, Rel. origin‡rio Min. Moreira Alves, rel. p/ ac—rd‹o Min. Maur’cio Corr•a, Di‡rio da Justi•a, Se•‹o I,
19.03.2004, p. 17.
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52
CUNHA JòNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 6» edi•‹o. Ed. Juspodium, 2012.
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53
HC 84766 SP, DJe-074, 25-04-2008.
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estrangeiro a entrega de um indiv’duo para que aqui seja julgado ou punido; por
sua vez, a extradi•‹o passiva ocorrer‡ quando um Estado estrangeiro requerer
ao Brasil que lhe entregue um indiv’duo.
54
Portugu•s equiparado Ž o portugu•s que, por ter resid•ncia permanente no Brasil, ter‡ um tratamento diferenciado, possuindo os
mesmos direitos dos brasileiros naturalizados.
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55
Ext 615, Rel. Min. Paulo Brossard. DJ. 05.12.1994.
56
Ext 524, Rel.: Min. Celso de Mello, Julgamento: 31/10/1990, îrg‹o Julgador: Tribunal Pleno.
57
Lei 9.474/97 Ð art. 33.
58
Ext 1085, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.04.2010
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59
Ext. 643, STF, Pleno, Rel. Min. Francisco Rezek, j. 19.12.1994.
60
Ext 855, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 26-8-2004, Plen‡rio, DJ de 1¼-7-2005.
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O princ’pio do devido processo legal (due process of law) Ž uma das garantias
constitucionais mais amplas e relevantes61; trata-se de um conjunto de pr‡ticas
jur’dicas previstas na Constitui•‹o e na legisla•‹o infraconstitucional cuja
finalidade Ž garantir a concretiza•‹o da justi•a.
No ‰mbito material (substantivo), por sua vez, o devido processo legal diz
respeito ˆ aplica•‹o do princ’pio da proporcionalidade (princ’pio da
razoabilidade ou da proibi•‹o de excesso). O respeito aos direitos fundamentais
n‹o exige apenas que o processo seja regularmente instaurado; alŽm disso, as
decis›es adotadas devem primar pela justi•a e equil’brio.
61
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 6» edi•‹o. Editora Saraiva, 2011, pp. 592-594.
62
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 6» edi•‹o. Editora Saraiva, 2011, pp. 592-594.
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63
ALEXANDRINO, Marcelo & PAULO, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 5» edi•‹o. Ed. MŽtodo, 2010. pp. 176.
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Outro ponto relevante que a jurisprud•ncia do Supremo j‡ decidiu foi que, nos
processos administrativos disciplinares, a ampla defesa e o contradit—rio
podem ser validamente exercidos independentemente de advogado. Dessa
forma, em um PAD instaurado para apurar infra•‹o disciplinar praticada por
servidor, n‹o Ž obrigat—ria a presen•a de advogado. Com base nesse
entendimento, o STF editou a Sœmula Vinculante n¼ 5:
N‹o menos importante, como forma de garantir a ampla defesa, Ž comum que
a legisla•‹o preveja a exist•ncia de recursos administrativos. No entanto, em
muitos casos, a apresenta•‹o de recursos exigia o dep—sito ou arrolamento
prŽvio de dinheiros ou bens. Em outras palavras, para entrar com recurso
administrativo, o interessado precisava ofertar certas garantias, o que, em n‹o
raras vezes, inviabilizava, indiretamente, o exerc’cio do direito de recorrer. Para
resolver esse problema, o STF editou a Sœmula Vinculante n¼ 21:
Nessa mesma linha, o STF entende que n‹o se pode exigir dep—sito prŽvio
como condi•‹o para se ajuizar, junto ao Poder Judici‡rio, a•‹o para se discutir
a exigibilidade de crŽdito tribut‡rio.64 (Sœmula Vinculante n¼ 28).
64
Na ADIN 1.074-3, o STF considerou inconstitucional o art. 19, da Lei 8.870/94 que estabelecia que Òas a•›es judiciais, inclusive cautelares, que
tenham por objeto a discuss‹o de dŽbito para com o INSS ser‹o, obrigatoriamente, precedidas do dep—sito preparat—rio do valor do mesmo,
monetariamente corrigido atŽ a data de efetiva•‹o, acrescido dos juros, multa de mora e demais encargosÓ.
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Todavia, o STF entende que a presen•a de provas il’citas n‹o Ž suficiente para
invalidar todo o processo, se nele existirem outras provas, l’citas e
aut™nomas (obtidas sem a necessidade dos elementos informativos
revelados pela prova il’cita).66 Uma vez que seja reconhecida a ilicitude de
prova constante dos autos, esta dever‡ ser imediatamente desentranhada
(retirada) do processo. 67 As outras provas, l’citas e independentes da obtida
ilicitamente, s‹o mantidas, tendo continuidade o processo.
65
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas:
2010, pp. 324-332
66
STF, HC 76.231/RJ, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ: 29.09.1995.
67
STF, Embargos de Declara•‹o em InquŽrito. Rel. Min. NŽri da Silveira, 07.06.1996
68
STF, HC 80.949. Rel. Min. Sepœlveda Pertence. DJ 30.10.2001
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Meus amigos, temos aqui uma grande novidade! Em fevereiro de 2016, o STF
adotou important’ssima decis‹o relacionada ao princ’pio da presun•‹o de
inoc•ncia. Desde 2009, o entendimento do STF era o de que a execu•‹o da
senten•a somente seria poss’vel ap—s o tr‰nsito em julgado da condena•‹o.
69
STF, RE 630.944 Ð AgR. Rel. Min. Ayres Brito. DJ 25.10.2011
70
STF, RE 583.937-QO-RG. Rel. Min. Cezar Peluso. DJ 19.11.2009.
71
APR 20050810047450 DF, Rel. Vaz de Mello, j. 07.02.2008.
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No caso do inciso LIX, como voc• sabe, em regra, Ž o MinistŽrio Pœblico que
provoca o Poder Judici‡rio nas a•›es penais pœblicas, de cujo exerc’cio Ž
titular, com o fim de obter do Estado o julgamento de uma pretens‹o punitiva.
Destaca-se, todavia, que n‹o Ž poss’vel a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica
quando o MinistŽrio Pœblico solicitou ao juiz o arquivamento do inquŽrito policial
por falta de provas. Nesse caso, n‹o se caracteriza inŽrcia do MinistŽrio Pœblico.
72
HC n¼ 126.292/SP, Rel. Min. Teori Zavascki. 17.02.2016.
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Importa destacar, ainda que, para o STF tal o direito insere-se no alcance
concreto da cl‡usula constitucional do devido processo legal. Est‡ inclu’da,
implicitamente, a prerrogativa processual de o acusado negar, ainda que
falsamente, perante a autoridade policial ou judici‡ria, a pr‡tica da
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infra•‹o penal. 73 Entretanto, n‹o pode ele, com base nesse direito, criar
situa•›es que comprometam terceiros ou gerem obst‡culos ˆ apura•‹o dos
fatos, impedindo que a Justi•a apure a verdade.
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Pode o Òhabeas corpusÓ ser impetrado por qualquer pessoa f’sica ou jur’dica,
nacional ou estrangeira, ou, ainda, pelo MinistŽrio Pœblico. Todos esses s‹o,
portanto, sujeitos ativos. Trata-se de uma a•‹o com legitimidade universal,
que pode, inclusive, ser concedida de of’cio pelo pr—prio juiz. Tamanho Ž seu
car‡ter universal que o Òhabeas corpusÓ prescinde, atŽ mesmo, da outorga de
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Resta, ainda, destacar que o Òhabeas corpusÓ pode ser concedido de of’cio
pelo juiz 78 , ou seja, por sua iniciativa, sem provoca•‹o de terceiros. Isso
76
O Òfumus boni jurisÓ, ou Òfuma•a do bom direitoÓ, que significa que o pedido deve ter plausibilidade jur’dica. J‡ o Òpericulum in
moraÓ (risco da demora), que significa que deve haver possibilidade de dano irrepar‡vel ou de dif’cil repara•‹o se houver demora na
presta•‹o jurisdicional.
77
ÒO habeas corpus Ž medida id™nea para impugnar decis‹o judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e banc‡rio em procedimento
criminal, haja vista a possibilidade destes resultarem em constrangimento ˆ liberdade do investigadoÓ (AI 573623 QO/RJ, rel. Min. Gilmar
Mendes, 31.10.2006).
78
STF, HC 69.172-2/RJ, DJ, 1, de 28.08.1992.
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AlŽm disso, entende o STF que o —rg‹o competente para julgamento do habeas
corpus est‡ desvinculado ˆ causa de pedir (fundamento do pedido) e aos
pedidos formulados. Assim, havendo convic•‹o sobre a exist•ncia de ato ilegal
n‹o mencionado pelo impetrante, cabe ao Judici‡rio afast‡-lo, ainda que isso
implique concess‹o de ordem em sentido diverso do pleiteado79.
79
STF, HC 69.421/SP, DJ, 1, de 28.08.1992.
80
Por dila•‹o probat—ria entende-se o prazo concedido ˆs partes para a produ•‹o de provas no processo.
81
STF, HC 68.397-5/DF, DJ 1, 26.06.1992.
82
O Processo na Segunda Inst‰ncia e nas Aplica•›es ˆ Primeira Ð Ministro COSTA MANSO, vol. I, p‡gs. 408/9, 1923.
83
HC 105959/DF. Rel. Min. Luiz Edson Fachin. 17.02.2016.
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ÒHabeas CorpusÓ
Car‡ter Sim
preventivo ou
repressivo
Finalidade Proteger a liberdade de locomo•‹o
Legitimados Qualquer pessoa f’sica ou jur’dica, nacional ou estrangeira. S— pode ser
ativos impetrado a favor de pessoa natural, jamais de pessoa jur’dica.
Legitimados Autoridade pœblica e pessoa privada
passivos
Natureza Penal
Isen•‹o de Sim
custas
Medida Poss’vel, com pressupostos Òfumus boni jurisÓ e Òpericulum in moraÓ
liminar
Observa•›es Penas de multa, de suspens‹o de direitos pol’ticos, bem como
disciplinares n‹o resultam em cerceamento da liberdade de
locomo•‹o. Por isso, n‹o cabe Òhabeas corpusÓ para impugn‡-las
Essa a•‹o judicial possui car‡ter residual, sendo cab’vel s— na falta de outro
remŽdio constitucional para proteger o direito violado. Possui natureza civil e
Ž cab’vel contra o chamado Òato de autoridadeÓ, ou seja, contra a•›es ou
omiss›es do Poder Pœblico e de particulares no exerc’cio de fun•‹o
pœblica (diretor de uma universidade particular, por exemplo).
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Assim, a viola•‹o de direito l’quido e certo n‹o protegido por Òhabeas corpusÓ
ou Òhabeas dataÓ dar‡ ensejo ˆ utiliza•‹o do mandado de seguran•a. Direito
l’quido e certo, segundo a doutrina, Ž aquele evidente de imediato, que n‹o
precisa de comprova•‹o futura para ser reconhecido. Por esse motivo, n‹o h‡
dila•‹o probat—ria (prazo para produ•‹o de provas). As provas, geralmente
documentais, s‹o levadas ao processo no momento da impetra•‹o da a•‹o,
quando se requer a tutela jurisdicional.
Trata-se de v’cio pr—prio dos atos vinculados. Por abuso de poder, por outro
lado, entende-se a situa•‹o em que a autoridade age fora dos limites de sua
compet•ncia. Trata-se de v’cio pr—prio dos atos discricion‡rios. No que diz
respeito ˆ legitimidade ativa, podem impetrar mandado de seguran•a:
O MinistŽrio Pœblico.
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E se eu perder o prazo? Nesse caso, voc• atŽ poder‡ proteger seu direito, mas
com outra a•‹o, de rito ordin‡rio. Jamais por mandado de seguran•a!
Ora, trata-se de matŽrias muito importantes, que n‹o podem ser decididas
precariamente por medida liminar. Na compensa•‹o de crŽditos tribut‡rios, por
exemplo, a Uni‹o (ou outro ente federado) ÒperdoaÓ um dŽbito do contribuinte
utilizando um crŽdito que ele tenha com ela. Exemplo: um contribuinte deve
imposto de renda, mas tem um crŽdito de COFINS. Ele usa, ent‹o, esse crŽdito
para ÒquitarÓ a d’vida, o famoso Òelas por elasÓ.
84
RE 669367, Rel. Min. Luiz Fux, p. 13.05.2013.
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85
AgRg no MS 14561 DF 2009/0155213-1, 29/06/2010.
86
A•‹o rescis—ria Ž aquela que visa a desconstituir, com base em v’cios que as tornem anul‡veis, efeitos de senten•as transitadas em
julgado, contra as quais n‹o caiba mais recursos. Em outras palavras, aquelas senten•as que seriam Òa œltima palavraÓ do Judici‡rio.
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87
STF, MS-ED 25265 / DF - DISTRITO FEDERAL, Julg. 28/03/2007, DJ 08/06/2007.
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Por fim, resta uma pergunta: a quem cabe julgar o mandado de injun•‹o?
Depende de qual autoridade se omitiu quanto ˆ proposi•‹o da lei. A
compet•ncia Ž determinada em raz‹o dessa pessoa (Òratione personaeÓ).
Mandado de injun•‹o
Finalidade Suprir a falta de norma regulamentadora, que torne invi‡vel o
exerc’cio de direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes ˆ nacionalidade, ˆ soberania e ˆ
cidadania.
Legitimados ativos Qualquer pessoa f’sica ou jur’dica, nacional ou estrangeira.
Legitimados Autoridade que se omitiu quanto ˆ proposi•‹o da lei
passivos
Natureza Civil
Isento de custas N‹o
Medida liminar N‹o
Observa•›es Pressupostos para cabimento: a) falta de regulamenta•‹o de
norma constitucional program‡tica propriamente dita ou que
defina princ’pios institutivos ou organizativos de natureza
impositiva; b) nexo de causalidade entre a omiss‹o do
legislador e a impossibilidade de exerc’cio de um direito ou
liberdade constitucional ou prerrogativa inerente ˆ
nacionalidade, ˆ soberania e ˆ cidadania e c) o decurso de
prazo razo‡vel para elabora•‹o da norma regulamentadora.
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O habeas data poder‡ ser ajuizado por qualquer pessoa, f’sica ou jur’dica,
brasileira ou estrangeira. Trata-se de a•‹o personal’ssima, que jamais
poder‡ ser usado para garantir acesso a informa•›es de terceiros.
Nesse sentido, a Lei no 9.507/97 prev•, em seu art. 8¡, que a peti•‹o inicial do
habeas data dever‡ ser instru’da com prova:
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Habeas data
Finalidade Proteger direito relativo ˆ informa•‹o e retifica•‹o sobre a pessoa
do impetrante constante de registros ou bancos de dados
Legitimados Qualquer pessoa f’sica ou jur’dica, nacional ou estrangeira
ativos
Legitimados Entidades governamentais ou pessoas jur’dicas de car‡ter pœblico
passivos que tenham registros ou bancos de dados, ou, ainda, pessoas
jur’dicas de direito privado detentoras de banco de dados de car‡ter
pœblico
Natureza Civil
Isento de custas Sim
Medida liminar N‹o
90
RE 673.707/MG. Rel. Min. Luiz Fux. 17.06.2015.
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ÒQuem pode impetrar essa a•‹o, professor?Ó Boa pergunta! Este Ž a ÒpegadinhaÓ
mais famosa nos concursos, envolvendo a a•‹o popular: s— pode impetrar a
a•‹o o cidad‹o, pessoa f’sica no gozo de seus direitos civis e pol’ticos. E
a a•‹o pode ser usada de maneira preventiva ou repressiva.
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91
Voc• percebeu que ÒParquetÓ e MinistŽrio Pœblico s‹o sin™nimos? Parquet Ž uma express‹o francesa que designa o MP, em aten•‹o ao
pequeno estrado (parquet) onde ficam os agentes do MP quando de suas manifesta•›es processuais.
92
STF, Peti•‹o n¼ 2.018-9/SP, Rel. Ministro Celso de Mello, de 29/06/2000.
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Quando uma senten•a julgar improcedente a•‹o popular, ela estar‡ sujeita,
obrigatoriamente, ao duplo grau de jurisdi•‹o.
Por fim, a improced•ncia de a•‹o popular n‹o gera para o autor, salvo
comprovada m‡ fŽ, a obriga•‹o de pagar custas judiciais e o ™nus da
sucumb•ncia (pagamento dos honor‡rios advocat’cios da outra parte).
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Desse modo, para que um direito seja considerado como fundamental, n‹o Ž
necess‡rio que ele seja constitucionalizado. Os direitos ser‹o fundamentais
em raz‹o da sua ess•ncia, do seu conteœdo normativo. Surge, assim, a
ideia de Òfundamentalidade materialÓ dos direitos fundamentais, que permite
a abertura do sistema constitucional a outros direitos fundamentais n‹o
previstos no texto da Constitui•‹o.
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E os tratados sobre direitos humanos que n‹o s‹o aprovados por esse rito
especial? Como j‡ trabalhamos, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decis‹o
recente (2008), firmou entendimento de que esses tratados t•m hierarquia
supralegal, situando-se abaixo da Constitui•‹o e acima da legisla•‹o interna.
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Coment‡rios:
A Lei n¼ 13.300/2016 adotou a corrente concretista intermedi‡ria individual para
os efeitos do mandado de injun•‹o.
O Poder Judici‡rio n‹o se limitar‡ a declarar a mora legislativa; ao contr‡rio,
buscar‡ concretizar o direito, garantindo a efetividade das normas constitucionais.
Dessa forma, por meio de uma atua•‹o ativa do Poder Judici‡rio (ativismo judicial)
ser‡ garantida a for•a normativa da Constitui•‹o. O gabarito Ž a letra B.
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(C) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional n‹o
contemple a hip—tese espec’fica do concreto, a lei ordin‡ria o faz, de modo a ampliar
o ‰mbito de incid•ncia do habeas data como a•‹o constitucional.
(D) O habeas data n‹o deve ser impetrado, pois a lei ordin‡ria n‹o pode ampliar
uma garantia fundamental prevista no texto constitucional, j‡ que tal configuraria
viola•‹o ao regime de imutabilidade que acompanha os direitos e as garantias
fundamentais.
Coment‡rios:
A Lei no 9.507/97, que regula o direito de acesso a informa•›es e disciplina o rito
processual do habeas data prev• que esse remŽdio constitucional pode ser usado
para anota•‹o nos assentamentos do interessado, de contesta•‹o ou explica•‹o
sobre dado verdadeiro, mas justific‡vel que esteja sob pend•ncia judicial ou
amig‡vel. O gabarito Ž a letra C.
Coment‡rios:
O enunciado informa que n‹o cabe mais recurso contra a a•‹o favor‡vel ao pedido
de Pedro. Trata-se, portanto, de coisa julgada, que n‹o pode ser prejudicada por
lei (art. 5o, XXXVI, CF). O gabarito Ž a letra B.
16. (FGV / XIV Exame de Ordem Unificado Ð 2014) Isabella promove a•‹o
popular em face do Munic’pio X, por entender que determinados gastos
realizados estariam causando graves preju’zos ao patrim™nio pœblico. O
pedido veio a ser julgado improcedente, por total car•ncia de provas.
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Coment‡rios:
Versa o inciso LXXIII do art. 5o da Constitui•‹o que qualquer cidad‹o Ž parte
leg’tima para propor a•‹o popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio
pœblico ou de entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrim™nio hist—rico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada m‡-fŽ, isento de custas judiciais e do ™nus da sucumb•ncia.
A letra A est‡ incorreta. N‹o cabe condena•‹o em honor‡rios advocat’cios na
hip—tese de o pedido ser julgado improcedente, a n‹o ser que seja comprovada
m‡-fŽ do autor.
A letra B est‡ incorreta. A aus•ncia de provas, por si s—, n‹o caracteriza a m‡-fŽ
do autor da a•‹o popular.
A letra C est‡ incorreta. N‹o h‡ tal previs‹o em nosso ordenamento jur’dico. A
reitera•‹o na propositura da a•‹o popular n‹o acarreta o pagamento de custas
por ele.
A letra D est‡ correta. Caso a m‡-fŽ do autor seja declarada expressamente, ser‹o
devidas as custas judiciais. O gabarito Ž a letra D.
17. (FGV / XIII Exame de Ordem Unificado Ð 2014) A a•‹o de habeas data,
como instrumento de prote•‹o de dimens‹o do direito de personalidade,
destina-se a garantir o acesso de uma pessoa a informa•›es sobre ela que
fa•am parte de arquivos ou banco de dados de entidades governamentais
ou pœblicas, bem como a garantir a corre•‹o de dados incorretos. A partir
do fragmento acima, assinale a op•‹o correta.
A) Conceder-se-‡ habeas data para assegurar o conhecimento de informa•›es
relativas ˆ pessoa do impetrante ou de parente deste atŽ o segundo grau,
constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou privadas.
B) AlŽm dos requisitos previstos no C—digo de Processo Civil para peti•‹o inicial, a
a•‹o de habeas data dever‡ vir instru’da com prova da recusa ao acesso ˆs
informa•›es ou o simples decurso de dez dias sem decis‹o.
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Coment‡rios:
A letra A est‡ incorreta. O habeas data Ž a•‹o personal’ssima, s— sendo cab’vel
para assegurar o conhecimento de informa•›es relativas ao impetrante.
A letra B est‡ incorreta. A Lei no 9.507/97 prev•, em seu art. 8¡, que a peti•‹o
inicial do habeas data dever‡ ser instru’da com prova:
I - da recusa ao acesso ˆs informa•›es ou do decurso de mais de dez dias sem
decis‹o;
II - da recusa em fazer-se a retifica•‹o ou do decurso de mais de quinze dias,
sem decis‹o; ou
III - da recusa em fazer-se a anota•‹o no cadastro do interessado quando este
apresentar explica•‹o ou contesta•‹o sobre o dado, ainda que n‹o seja
constatada a sua inexatid‹o, ou do decurso de mais de quinze dias sem decis‹o.
A letra C est‡ incorreta. O recurso cab’vel, nesse caso, Ž a apela•‹o, n‹o o agravo
de instrumento.
A letra D est‡ correta. ƒ o que prev• o art. 19 da Lei no 9.507/97.
Coment‡rios:
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Coment‡rios:
A letra A est‡ incorreta. O habeas data somente pode ser impetrado quando
houver o interesse de agir, configurado pela recusa da entidade governamental
ou de car‡ter pœblico a dar acesso ˆs informa•›es pessoais.
A letra B est‡ incorreta. Somente o cidad‹o pode impetrar a•‹o popular.
A letra C est‡ correta. De fato, o particular tambŽm pode figurar no polo passivo
do habeas corpus. ƒ o caso de hospital que se recuse a dar alta a paciente, por
exemplo.
A letra D est‡ incorreta. De acordo com a sœmula no 625, do STF, controvŽrsia
sobre matŽria de direito n‹o impede a concess‹o de mandado de seguran•a.
O gabarito Ž a letra C.
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Coment‡rios:
A letra A est‡ correta. Os estrangeiros, residentes ou n‹o no Brasil, podem
impetrar habeas corpus.
A letra B est‡ correta. O habeas corpus n‹o Ž cab’vel contra puni•‹o disciplinar
militar.
A letra C est‡ incorreta. O habeas corpus Ž, sim, a•‹o cab’vel para o controle
concreto de constitucionalidade. O gabarito Ž a letra C.
A letra D est‡ correta. De acordo com o inciso LXXVII do art. 5o da Constitui•‹o,
s‹o gratuitas as a•›es de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os
atos necess‡rios ao exerc’cio da cidadania.
Coment‡rios:
De acordo com o inciso LXX do art. 5o da Constitui•‹o, o mandado de seguran•a
coletivo pode ser impetrado por:
a) partido pol’tico com representa•‹o no Congresso Nacional;
b) organiza•‹o sindical, entidade de classe ou associa•‹o legalmente constitu’da
e em funcionamento h‡ pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados.
A Carta Magna pro’be a cria•‹o de associa•›es de car‡ter paramilitar (art. 5o,
XVII, CF). Gabarito: Letra D.
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Coment‡rios:
De acordo com o inciso XLII do art. 5o da Constitui•‹o, a pr‡tica do racismo
constitui crime inafian•‡vel e imprescrit’vel, sujeito ˆ pena de reclus‹o, nos
termos da lei. O gabarito Ž a letra D.
23. (FGV/ IV Exame de Ordem Unificado Ð 2011) O habeas data n‹o pode
ser impetrado em favor de terceiro porque visa tutelar direito ˆ informa•‹o
relativa ˆ pessoa do impetrante. A respeito do enunciado acima, Ž correto
afirmar que:
a) ambas as afirmativas s‹o verdadeiras, e a primeira justifica a segunda.
b) a primeira afirmativa Ž verdadeira, e a segunda Ž falsa.
c) a primeira afirmativa Ž falsa, e a segunda Ž verdadeira.
d) ambas as afirmativas s‹o falsas.
Coment‡rios:
O habeas data Ž a•‹o personal’ssima, s— podendo ser impetrada para garantir
acesso a informa•›es do impetrante. N‹o pode ser impetrada em favor de
terceiro. O gabarito Ž a letra A.
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Coment‡rios:
A letra A est‡ incorreta. O art. 217, ¤ 1¼ , da CF/88, determina que Òo Poder
Judici‡rio s— admitir‡ a•›es relativas ˆ disciplina e ˆs competi•›es desportivas
ap—s esgotarem-se as inst‰ncias da justi•a desportiva, regulada em lei.Ó
A letra B est‡ incorreta. O STF considerou que ÒŽ inconstitucional a exig•ncia de
dep—sito prŽvio como requisito de admissibilidade de a•‹o judicial na qual se
pretenda discutir a exigibilidade de crŽdito tribut‡rioÓ. (Sœmula Vinculante no 28).
A letra C est‡ correta. ƒ o que prev• o inciso LXXVIII do art. 5o da Constitui•‹o.
A letra D est‡ incorreta. O direito de peti•‹o independe do pagamento de taxas
(art. 5o, XXXIV, CF). Gabarito: Letra C.
Coment‡rios:
Meus amigos, quest‹o tranquila hein? Estudamos que ato lesivo que atenta contra
ˆ moralidade administrativa e praticado por cidad‹o temos a A•‹o Popular.
Em rela•‹o ao legitimado ativo, Ž considerado cidad‹o aquele que estiver em
pleno gozo de seus direitos pol’ticos. E o t’tulo de eleitor d‡ ao nacional (nato ou
naturalizado) a condi•‹o de cidad‹o brasileiro. No caso da quest‹o, ainda que
JosŽ seja menor, ele possui 16 anos e est‡ em pleno gozo de seus direitos
pol’ticos. Assim ele Ž legitimado para impetrar a•‹o popular e n‹o h‡ necessidade
de assist•ncia de um respons‡vel legal.
A compet•ncia para julgar a•‹o popular contra ato de qualquer autoridade Ž, via
de regra, do ju’zo competente de primeiro grau. Gabarito Letra B.
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Coment‡rios:
Essa Ž uma quest‹o muito boa! Os direitos de primeira gera•‹o s‹o as chamadas Òliberdades
pœblicasÓ (tambŽm chamadas Òliberdades negativasÓ) e t•m como objetivo limitar o poder
estatal. Os direitos de segunda gera•‹o s‹o os direitos sociais, econ™micos e culturais
(Òliberdades positivasÓ) e imp›em ao Estado o dever de ofertar presta•›es positivas em favor
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dos indiv’duos. Os direitos de terceira gera•‹o, por sua vez, s‹o os direitos relacionados ˆ
solidariedade ou fraternidade (direitos difusos e coletivos). Quest‹o correta.
2.! (FGV / TJ-PA Ð 2008) Pela relev‰ncia dos direitos fundamentais de primeira
gera•‹o, como o direito ˆ vida, Ž correto afirmar que eles s‹o absolutos, pois s‹o o
escudo protetivo do cidad‹o contra as poss’veis arbitrariedades do Estado.
Coment‡rios:
N‹o h‡ direitos fundamentais absolutos. AtŽ mesmo o direito ˆ vida n‹o Ž absoluto. No Brasil,
por exemplo, admite-se a pena de morte em caso de guerra declarada. Quest‹o errada.
Coment‡rios:
Segundo o art. 5¼, VI, ÒŽ inviol‡vel a liberdade de consci•ncia e de cren•a, sendo assegurado
o livre exerc’cio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a prote•‹o aos locais de
culto e a suas liturgiasÓ. Assim, a liberdade de consci•ncia e de cren•a Ž garantida seja no
interior ou seja fora dos locais onde ocorrem os cultos religiosos. Quest‹o errada.
4.! (FGV / DPE-RJ Ð 2014) NinguŽm ser‡ privado de direitos por motivo de cren•a
religiosa, que pode ser invocada como justificativa para eximir-se de obriga•‹o legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir presta•‹o alternativa.
Coment‡rios:
Uma pessoa poder‡ invocar cren•a religiosa como justificativa para se eximir de obriga•‹o
legal a todos imposta. Todavia, se o fizer, dever‡ cumprir presta•‹o alternativa, sob
pena de ser privada de seus direitos. Quest‹o incorreta.
Coment‡rios:
ƒ exatamente o contr‡rio. O art. 5¼, VII, assegura, nos termos da lei, a presta•‹o de
assist•ncia religiosa nas entidades civis e militares de interna•‹o coletiva. Quest‹o incorreta.
Coment‡rios:
A palavra ÒproscreveuÓ significa ÒproibiuÓ. N‹o se pode dizer que a CF/88 proibiu qualquer tipo
de discrimina•‹o entre cidad‹os brasileiros. Para a igualdade material, ser‡ necess‡rio Òtratar
com igualdade os iguais e com desigualdade os desiguais, na medida de suas desigualdadesÓ.
Assim, Ž poss’vel que sejam feitas discrimina•›es a fim de realizar o princ’pio da igualdade.
Quest‹o errada.
7.! (FGV / TJ-AM Ð 2013) No direito brasileiro prevalece a teoria da efic‡cia direta
e imediata dos direitos fundamentais sobre as rela•›es privadas, da qual Ž exemplo
a incid•ncia da cl‡usula do devido processo legal no procedimento de exclus‹o de
associado, no ‰mbito de associa•›es privadas, por decorr•ncia de conduta contr‡ria
aos estatutos.
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Coment‡rios:
No Brasil, adota-se a teoria da efic‡cia direta e imediata dos direitos fundamentais, segundo
a qual os direitos fundamentais incidem diretamente nas rela•›es privadas. V‡rios
exemplos podem ser dados sobre esse tema. Um deles (ao qual a quest‹o faz men•‹o!) Ž a
observ‰ncia do devido processo legal no procedimento de exclus‹o de associado, no ‰mbito
de uma associa•‹o privada. Quest‹o correta.
Coment‡rios:
Segundo o STF, n‹o afronta o princ’pio da isonomia a ado•‹o de critŽrios distintos para a
promo•‹o de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeron‡utica. A discrimina•‹o,
nesse caso, visa promover a igualdade material, sendo, portanto, razo‡vel. Quest‹o correta.
Coment‡rios:
De fato, os direitos e garantias individuais, previstos no art. 5¼ da CF/88 aplicam-se tanto a
estrangeiros quanto a brasileiros. Quest‹o correta.
Coment‡rios:
Cobra-se o conhecimento do inciso IV do art. 5¼ da Constitui•‹o, segundo o qual ÒŽ livre a
manifesta•‹o do pensamento, sendo vedado o anonimatoÓ. A letra A Ž o gabarito.
11.! (FUNCAB / MPE-RO Ð 2012) Sobre o direito ˆ vida, previsto pela Constitui•‹o
Federal, Ž correto afirmar:
a) O direito ˆ vida n‹o comporta exce•›es.
b) ƒ vedada qualquer hip—tese de aborto.
c) O direito ˆ vida impede a pesquisa com cŽlulas-tronco embrion‡rias.
d) Admite-se a eutan‡sia no Brasil.
e) Permite-se, excepcionalmente, a institui•‹o de pena de morte no Brasil.
Coment‡rios:
Letra A: errada. H‡ exce•›es ao direito ˆ vida, como a pena de morte (em caso de guerra
declarada) e o aborto (no caso de mulher estuprada).
Letra B: errada. O art. 128, do C—digo Penal, admite o aborto se n‹o houver outro meio de
salvar a vida da gestante e, ainda, quando a gravidez resulta de estupro.
Letra C: errada. O STF entende que n‹o h‡ ofensa ao direito ˆ vida na realiza•‹o de
pesquisas com cŽlulas-tronco embrion‡rias, obtidas de embri›es humanos produzidos por
fertiliza•‹o Òin vitroÓ e n‹o utilizados neste procedimento
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Coment‡rios:
Cobra-se o conhecimento do inciso XI do art. 5¼ da Constitui•‹o, segundo o qual Òa casa Ž
asilo inviol‡vel do indiv’duo, ninguŽm nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determina•‹o judicialÓ. Note que Ž poss’vel penetrar na casa de um indiv’duo nos
seguintes casos:
Coment‡rios:
Somente a autoridade judicial pode determinar a quebra do sigilo das comunica•›es telef™nicas
(art. 5¼, XII, CF). Quest‹o incorreta.
Coment‡rios:
Letra A: errada. Reuni‹o e associa•‹o s‹o conceitos diferentes. A reuni‹o Ž, naturalmente,
tempor‡ria (seu tempo Ž limitado). A associa•‹o Ž permanente (pode ser formada por prazo
indeterminado).
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Letra B: errada. N‹o Ž porque um dos participantes est‡ portando arma de fogo que a reuni‹o
ser‡ il’cita.
Letra C: errada. As autoridades pœblicas n‹o t•m compet•ncia para decidir sobre a
realiza•‹o de reuni‹o. O exerc’cio do direito de reuni‹o s— depende de aviso prŽvio ˆ
autoridade competente.
Letra D: errada. O exerc’cio do direito de reuni‹o deve ser realizado em locais abertos ao
pœblico. A reuni‹o pode, inclusive, ser realizada em locais pœblicos de grande circula•‹o de
pessoas ou ve’culos.
Letra E: correta. De fato, se houver outra reuni‹o anteriormente marcada para a mesma data
e local, ela n‹o poder‡ ser frustrada.
Coment‡rios:
Essa Ž uma quest‹o muito interessante, pois o aluno deveria saber o conceito de reserva legal
qualificada e, alŽm disso, compreender o conteœdo do dispositivo que trata da liberdade
profissional. Segundo o art. 5¼, XIII, ÒŽ livre o exerc’cio de qualquer trabalho, of’cio ou
profiss‹o, atendidas as qualifica•›es profissionais que a lei estabelecer.Ó Percebe-se, ao ler
esse dispositivo, que a regulamenta•‹o do exerc’cio profissional, quando ocorrer, ser‡
feita por lei. E essa lei dever‡ dispor sobre as qualifica•›es profissionais para o exerc’cio
de determinada profiss‹o. Trata-se, sem dœvida, de hip—tese de reserva legal qualificada.
AlŽm de exigir lei formal para dispor sobre a matŽria, a CF j‡ define, previamente, o
conteœdo da lei e a finalidade do ato. Por tudo isso, a quest‹o est‡ correta.
Coment‡rios:
A atua•‹o dos agentes da fiscaliza•‹o foi irregular. Para o STF, o conceito de ÒcasaÓ revela-se
abrangente, estendendo-se a qualquer compartimento privado n‹o aberto ao pœblico,
onde alguŽm exerce profiss‹o ou atividade (C—digo Penal, art. 150, ¤ 4¼, III). ƒ o caso
dos escrit—rios profissionais93. Para o ingresso no escrit—rio durante o dia com o objetivo de
93
HC 93.050, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 10-6-2008, Segunda Turma, DJE de 1¼-8-2008.
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Coment‡rios:
O inciso XVIII do art. 5¼ da Constitui•‹o prev• que Ž a cria•‹o de associa•›es e, na forma da
lei, a de cooperativas independem de autoriza•‹o, sendo vedada a interfer•ncia estatal em
seu funcionamento. Quest‹o incorreta.
Coment‡rios:
ƒ essa a previs‹o do inciso XIX do art. 5¼ da Constitui•‹o, que confere ˆs associa•›es duas
garantias: elas s— podem ser dissolvidas por decis‹o judicial transitada em julgado, bem como
suas atividades s— podem ser suspensas por decis‹o judicial (n‹o h‡ necessidade de tr‰nsito
em julgado). Quest‹o correta.
Coment‡rios:
ƒ exatamente esse o entendimento do STF. N‹o h‡ necessidade de diploma de curso superior
para o exerc’cio da profiss‹o de jornalista. Quest‹o correta.
21.! (FGV Ð Prefeitura de Niter—i-RJ Ð Agente Fazend‡rio - 2015) O art. 5¼, XXV,
da Constitui•‹o da Repœblica disp›e que "no caso de iminente perigo pœblico, a
autoridade competente poder‡ usar de propriedade particular, assegurada ao
propriet‡rio indeniza•‹o ulterior, se houver dano". Trata-se da modalidade de
interven•‹o do Estado na propriedade por meio da qual o poder pœblico utiliza bens
m—veis, im—veis e servi•os particulares em situa•‹o de perigo pœblico iminente,
conhecida como:
a) servid‹o administrativa;
b) requisi•‹o administrativa;
c) ocupa•‹o transit—ria;
d) limita•‹o administrativa;
e) desapropria•‹o tempor‡ria.
Coment‡rio:
Pessoal, quest‹o muito interessante. A alternativa correta Ž a letra B. O enunciado traz a
hip—tese de requisi•‹o administrativa. Esta ocorre na situa•‹o de iminente perigo pœblico,
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quando o Estado tem que requisitar os bens do particular para resolver a situa•‹o de perigo.
Neste caso Ž admitida a indeniza•‹o ulterior, em caso de dano. Agora, o detalhe vem aqui! A
requisi•‹o pode ocorrer sobre bens m—veis, im—veis e atŽ mesmo sobre servi•os (Ex: os
homens s‹o reservistas e, por conta disto, se houver uma guerra e o Brasil participar, podem
ser requisitados os seus servi•os)
Coment‡rios:
O inciso XXV do art. 5¼ da CF/88, h‡ a previs‹o de que Òno caso de iminente perigo pœblico,
a autoridade competente poder‡ usar de propriedade particular, assegurada ao propriet‡rio
indeniza•‹o ulterior, se houver danoÓ. Note que a requisi•‹o administrativa independe da
autoriza•‹o do propriet‡rio do bem, sendo a indeniza•‹o posterior ao uso e devida
apenas se houver dano. Quest‹o incorreta.
Coment‡rios:
Letra A: errada. Essa assertiva trata da requisi•‹o administrativa, que poder‡ ocorrer no caso
de iminente perigo pœblico. Na requisi•‹o administrativa, n‹o existe indeniza•‹o prŽvia; a
indeniza•‹o ser‡ ulterior, apenas se houver dano.
Letra B: correta. O art. 5¼, XXVI, CF/88 prev• que a pequena propriedade rural, desde que
trabalhada pela fam’lia, n‹o pode ser penhorada para fins de pagamento de dŽbitos
decorrentes de sua atividade produtiva.
Letra C: errada. Os autores de inventos industriais t•m apenas privilŽgio tempor‡rio para
sua utiliza•‹o. ƒ diferente dos direitos autorais, que s‹o vital’cios.
Letra D: errada. No caso de desapropria•‹o de im—veis urbanos subutilizados ou n‹o
utilizados, a indeniza•‹o ser‡ mediante t’tulos da d’vida pœblica.
Letra E: errada. A prote•‹o constitucional ao direito de heran•a tambŽm alcan•a a sucess‹o
de estrangeiros.
24.! (FGV / DPE-RJ Ð 2014) A Constitui•‹o da Repœblica, em seu Art. 5¼, XXXV
prev• que Òa lei n‹o excluir‡ da aprecia•‹o do Poder Judici‡rio les‹o ou amea•a a
direitoÓ, consagrando o princ’pio da inafastabilidade do controle jurisdicional. Nesse
contexto, Ž correto afirmar que o Poder Judici‡rio
a) s— admite a•›es relativas ˆ disciplina e ˆs competi•›es desportivas ap—s se esgotarem as
inst‰ncias da justi•a desportiva, regulada em lei.
b) s— admite a•›es relativas a direitos autorais ap—s esgotarem-se as inst‰ncias conciliat—rias,
reguladas em lei.
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c) n‹o pode extinguir um processo, sem resolu•‹o de mŽrito pela conven•‹o de arbitragem,
por viola•‹o ao princ’pio da inafastabilidade da jurisdi•‹o.
d) exige o prŽvio esgotamento da via militar, nos casos disciplinares, para admissibilidade da
demanda perante a Justi•a Comum.
e) exige o prŽvio esgotamento da via eleitoral, nos casos excepcionais previstos em lei, para
admissibilidade da demanda perante a Justi•a Comum.
Coment‡rios:
O ordenamento jur’dico brasileiro exige o esgotamento da via administrativa como
requisito para acesso ao Poder Judici‡rio em tr•s situa•›es: i) habeas data; ii) controvŽrsias
desportivas e; iii) reclama•‹o contra o descumprimento de Sœmula Vinculante pela
Administra•‹o Pœblica. A resposta, portanto, Ž a letra A.
Coment‡rios:
Letra A: errada. A quebra de sigilo telef™nico pode ser determinada por ordem judicial ou
por Comiss‹o Parlamentar de InquŽrito. A intercepta•‹o telef™nica, por sua vez, pode ser
determinada apenas pelo Poder Judici‡rio.
Letra B: errada. A grava•‹o clandestina Ž considerada prova il’cita e, portanto, n‹o pode ser
utilizada em um processo.
Letra C: correta. A grava•‹o ambiental realizada por circuito interno de TV n‹o Ž considerada
prova il’cita. Portanto, pode ser utilizada em processo penal.
Letra D: errada. A Administra•‹o penitenci‡ria poder‡, com fundamento em raz›es de
seguran•a pœblica, disciplina prisional ou de preserva•‹o da ordem jur’dica, realizar a
intercepta•‹o da correspond•ncia dos presos. N‹o h‡ necessidade de ordem judicial para isso.
Letra E: errada. N‹o h‡ viola•‹o do sigilo de correspond•ncia na abertura de carta que
apresente ind’cios de conter subst‰ncia de circula•‹o proibida.
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e) O preso ser‡ informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assist•ncia da fam’lia e de advogado.
Coment‡rios:
A letra A est‡ correta. Trata-se da literalidade do inciso LIX do art. 5¼ da Constitui•‹o.
A letra B est‡ incorreta. De acordo com o inciso LX do art. 5¼ da CF/88. a lei s— poder‡
restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem.
A letra C est‡ correta. O inciso LXI do art. 5¼ da Constitui•‹o traz as hip—teses em que Ž
poss’vel a pris‹o: i) em flagrante delito; ii) em caso de transgress‹o militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei; iii) por ordem de juiz, escrita e fundamentada (ou seja,
com base legal).
A letra D est‡ correta. Tem-se a literalidade do inciso LXII do art. 5¼ da Constitui•‹o.
A letra E est‡ correta. Trata-se da literalidade do art. 5¼, inciso LXIII, da CF/88.
O gabarito Ž a letra B.
Coment‡rios:
A quest‹o cobra o conhecimento do inciso LXVII do art. 5¼ da CF/88, que prev• que Òn‹o
haver‡ pris‹o civil por d’vida, salvo a do respons‡vel pelo inadimplemento volunt‡rio e
inescus‡vel de obriga•‹o aliment’cia e a do deposit‡rio infielÓ. A pris‹o do deposit‡rio
infiel, todavia, est‡ suspensa, devido ˆ ratifica•‹o, pelo Brasil, do Pacto de San Jose. Esse
tratado internacional tem status supralegal, por tratar de direitos humanos, e suspendeu toda
a legisla•‹o a ele contr‡ria. Desse modo, ao permitir apenas a pris‹o civil por n‹o pagamento
de obriga•‹o aliment’cia, suspendeu toda legisla•‹o infraconstitucional que regia a pris‹o do
deposit‡rio infiel. N‹o h‡, portanto, pris‹o civil nessa hip—tese94.
A letra A est‡ incorreta. N‹o h‡ tal previs‹o na Constitui•‹o.
A letra C est‡ incorreta. A CF/88 prev• a possibilidade de pris‹o civil por d’vida, em seu art.
5¼, LXVII.
A letra D est‡ incorreta. H‡ previs‹o de pris‹o civil por d’vida tambŽm no caso de deposit‡rio
infiel. AlŽm disso, a previs‹o constitucional vale tanto para homens quanto para mulheres.
A letra E est‡ incorreta. A pris‹o civil por d’vidas est‡ prevista nas hip—teses de
inadimplemento volunt‡rio e inescus‡vel de pens‹o aliment’cia e de deposit‡rio infiel.
O gabarito Ž a letra B. No Brasil, a œnica hip—tese de pris‹o civil por d’vida admitida Ž a do
devedor de alimentos.
94
Sœmula vinculante n. 25, STF.
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Coment‡rios:
ƒ o que disp›e o art. 5¼, LI, CF/88. Os brasileiros natos jamais ser‹o extraditados. Os
brasileiros naturalizados ser‹o extraditados no caso de crime comum, praticado antes da
naturaliza•‹o, ou de comprovado envolvimento em tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas
afins. Quest‹o correta.
29.! (FGV/FUNARTE Ð 2014) O cidad‹o Jo‹o da Silva verificou que seu vizinho,
propriet‡rio de im—vel tombado como patrim™nio hist—rico e cultural, pela Uni‹o,
iniciou ilegalmente a realiza•‹o de obras que descaracterizavam o bem, com licen•a
emitida pelo Munic’pio. Valendo-se do instrumento constitucional adequado, Jo‹o
pode propor medida judicial que vise anular tal ato, lesivo ao patrim™nio hist—rico e
cultural, por meio de:
a) mandado de seguran•a;
b) mandado de injun•‹o;
c) a•‹o direta de inconstitucionalidade;
d) a•‹o popular;
e) a•‹o civil pœblica.
Coment‡rios:
O instrumento adequado para a anula•‹o de ato lesivo ao patrim™nio hist—rico e cultural Ž a
a•‹o popular, prevista no art. 5¼, LXXIII, da Constitui•‹o: LXXIII - qualquer cidad‹o Ž parte
leg’tima para propor a•‹o popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio pœblico ou de
entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrim™nio hist—rico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m‡-fŽ, isento de custas
judiciais e do ™nus da sucumb•ncia. Note que o enunciado deixa claro que Jo‹o Ž cidad‹o,
estando apto a impetrar a a•‹o popular. O gabarito Ž a letra D.
Coment‡rios:
Letra A: errada. O mandado de seguran•a Ž a•‹o de natureza residual. Ele Ž utilizado para
proteger direito l’quido e certo n‹o amparado por habeas corpus ou habeas data.
Letra B: correta. Todas essas pessoas elencadas poder‹o impetrar mandado de seguran•a.
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Letra C: errada. N‹o poder‹o ser questionados por meio de mandado de seguran•a os atos
de gest‹o comercial dos administradores de empresas pœblicas, sociedade de economia
mista e de concession‡rias e permission‡rias de servi•o pœblicos.
Letra D: errada. N‹o cabe mandado de seguran•a contra ato administrativo do qual caiba
recurso com efeito suspensivo.
Letra E: errada. N‹o cabe mandado de seguran•a contra decis‹o judicial da qual caiba recurso
com efeito suspensivo.
Coment‡rios:
A letra A est‡ incorreta. A CF/88, em seu art. 5¼, inciso LXXII, prev• a isen•‹o de custas da
a•‹o popular, exceto comprovada a m‡-fŽ.
As letras B e C est‹o incorretas. O habeas corpus e o habeas data s‹o gratuitos, por
determina•‹o do art. 5¼, inciso LXXVII, da Constitui•‹o.
A letra D est‡ incorreta. A Constitui•‹o (art. 5¼, XXXIV) assegura a todos, independentemente
do pagamento de taxas, o direito de peti•‹o aos Poderes Pœblicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder.
A letra E Ž o gabarito da quest‹o.
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Coment‡rios:
A letra A est‡ incorreta. Em regra, n‹o cabe mandado de seguran•a contra lei em tese. Isso
s— Ž poss’vel quando a referida lei produzir efeitos concretos.
A letra B est‡ incorreta. N‹o h‡ necessidade de autoriza•‹o expressa dos associados, uma vez
que as associa•›es atuar‹o como substitutos processuais.
A letra C est‡ incorreta. No mandado de seguran•a coletivo, o impetrante atua como substituto
processual. Por esse motivo, o STF entende desnecess‡ria a autoriza•‹o expressa ou mesmo
a apresenta•‹o da rela•‹o nominal dos associados.
A letra D est‡ correta. De acordo com o inciso LXX do art. 5¼ da Constitui•‹o, o mandado de
seguran•a coletivo pode ser impetrado por: a) partido pol’tico com representa•‹o no
Congresso Nacional; b) organiza•‹o sindical, entidade de classe ou associa•‹o legalmente
constitu’da e em funcionamento h‡ pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados.
A letra E est‡ incorreta. O STF entende que os direitos defendidos pelas entidades de classe
n‹o precisam se referir a todos os seus membros. Podem ser o direito de apenas parte deles.
O gabarito Ž a letra D.
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Letra B: errada. N‹o cabe mandado de seguran•a contra atos de gest‹o comercial
praticados pelos administradores de empresas pœblicas e sociedades de economia mista (art.
1¼, ¤ 2¼, da Lei n¼ 12.016/2009).
Letra C: errada. N‹o se conceder‡ mandado de seguran•a quando se tratar de ato do qual
caiba recurso administrativo com efeito suspensivo.
Letra D: correta. Exatamente isso! N‹o h‡ dila•‹o probat—ria no mandado de seguran•a: as
provas s‹o prŽ-constitu’das. Isso est‡ diretamente ligado ao conceito de Òdireito l’quido e
certoÓ. Se o exerc’cio do direito depender do esclarecimento de fatos ou situa•›es n‹o
comprovados nos autos j‡ no momento da impetra•‹o, n‹o ser‡ concedido o mandado de
seguran•a.
Letra E: errada. A fixa•‹o de prazo decadencial pode ser feita por lei ordin‡ria.
36.! (FGV / SUDENE Ð 2013) Everaldo pretende obter o acesso de dados pessoais
que est‹o sob a guarda do MinistŽrio da Justi•a. N‹o possuindo haveres apresenta
o seu requerimento perante a representa•‹o do referido —rg‹o que Ž localizada no
Estado onde Ž domiciliado. Ap—s os tr‰mites burocr‡ticos recebe, por carta subscrita
pelo pr—prio Ministro da Justi•a, resposta ao seu requerimento, tendo a
Administra•‹o indeferido o acesso aos dados postulados. Observada tal narrativa,
cabe a Everaldo impetrar
a) Mandado de Seguran•a de compet•ncia do Supremo Tribunal Federal.
b) Habeas Data de compet•ncia do Superior Tribunal de Justi•a.
c) Mandado de Injun•‹o de compet•ncia do Supremo Tribunal Federal.
d) A•‹o Popular de compet•ncia do Superior Tribunal de Justi•a.
e) Habeas Corpus de compet•ncia do Supremo Tribunal Federal.
Coment‡rios:
Segundo o art. 5¼, LXXII, ÒaÓ, conceder-se-‡ habeas data para assegurar o conhecimento
de informa•›es relativas ˆ pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de car‡ter pœblico. Cabe destacar que, para que seja
impetrado o habeas data, dever‡ haver o prŽvio esgotamento da via administrativa.
Assim, na situa•‹o apresentada, Everaldo dever‡ impetrar habeas data perante o STJ. A
compet•ncia ser‡ do STJ porque o habeas data est‡ sendo impetrado contra ato de Ministro
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39.! (FGV / TJ-AM Ð 2013) O Supremo Tribunal Federal n‹o admite atribuir efeitos
outros ao mandado de injun•‹o que n‹o o reconhecimento formal da inŽrcia
legislativa e notifica•‹o ao —rg‹o legislativo competente para a edi•‹o da norma.
Coment‡rios:
Em rela•‹o aos efeitos da decis‹o em mandado de injun•‹o, o STF tem adotado, muitas vezes,
a corrente concretista. Assim, a Corte n‹o tem se limitado a reconhecer a omiss‹o legislativa;
alŽm disso, tem atuado no sentido de possibilitar a efetiva concretiza•‹o do direito.
Cita-se como exemplo a decis‹o do STF acerca da falta de regulamenta•‹o sobre o direito de
greve dos servidores pœblicos. Enquanto regulamenta•‹o desse direito n‹o for editada, ser‡
aplicada ˆ greve dos servidores pœblicos a lei que trata da greve na iniciativa privada. Assim,
a quest‹o est‡ incorreta.
40.! (FGV Ð COPESA Ð Analista de Gest‹o Advogado Ð 2016) Ednaldo soube por um
amigo que determinada empresa pœblica estadual mantinha em seu poder diversas
informa•›es, relativas ˆ sua pessoa, que seriam incorretas. Ato cont’nuo procurou
um advogado e solicitou esclarecimentos de como deveria proceder para retificar os
dados incorretos.
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data, quando o respons‡vel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pœblica ou
agente de pessoa jur’dica no exerc’cio de atribui•›es do Poder Pœblico.
Letra C: Incorreta, pois de acordo com o art. 5¡ LXXI - conceder-se-‡ mandado de injun•‹o
sempre que a falta de norma regulamentadora torne invi‡vel o exerc’cio dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes ˆ nacionalidade, ˆ soberania e ˆ
cidadania.
Letra D: Correta. Afinal, nos moldes do art. 5¡ LXXII ÒbÓ - conceder-se-‡ habeas data para
a retifica•‹o de dados, quando n‹o se prefira faz•-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo. AlŽm disto, o art. 8¡ par‡grafo œnico II da lei 9.507/97 determina que a peti•‹o
inicial dever‡ ser instru’da com prova da recusa em fazer-se a retifica•‹o ou do decurso de
mais de quinze dias, sem decis‹o.
Letra E: Incorreta. Como explicado acima Ž necess‡ria a comprova•‹o da recusa.
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competente sobre o uso do espa•o pœblico pela AMA- (C) Depende de autoriza•‹o do poder pœblico, mas
X. s— pode ter suas atividades suspensas por decis‹o
(C) A AMA-X deve dividir o espa•o com a associa•‹o judicial transitada em julgado.
do bairro Y, tendo em vista que o local de reuni‹o Ž (D) N‹o depende de autoriza•‹o do poder pœblico,
pœblico e que o direito ˆ livre manifesta•‹o de ideias mas s— pode ter suas atividades suspensas por
Ž garantido. decis‹o judicial.
(D) A associa•‹o do bairro Y poder‡ ser dissolvida 11. (FGV / XIX Exame de Ordem Ð 2016) JosŽ,
por ato da autoridade pœblica municipal em raz‹o de internado em um hospital pœblico para
n‹o ter comunicado previamente ˆ Prefeitura a tratamento de saœde, solicita a presen•a de um
realiza•‹o de suas reuni›es em espa•o pœblico. pastor para lhe conceder assist•ncia religiosa.
7. (FGV / XII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Ð O pedido, porŽm, Ž negado pela dire•‹o do
2013) A Constitui•‹o declara que todos podem hospital, sob a alega•‹o de que, por se tratar
reunir-se em local aberto ao pœblico. Algumas de institui•‹o pœblica, a assist•ncia n‹o seria
condi•›es para que as reuni›es se realizem s‹o poss’vel em face da laicidade do Estado.
apresentadas nas alternativas a seguir, ˆ Inconformado, JosŽ consulta um advogado.
exce•‹o de uma. Assinale-a. Ap—s a an‡lise da situa•‹o, o advogado
(A) Os participantes n‹o portem armas. esclarece, com correto embasamento
(B) A reuni‹o seja autorizada pela autoridade constitucional, que
competente. a) a negativa emanada pelo hospital foi correta,
(C) A reuni‹o n‹o frustre outra reuni‹o tendo em vista que a Constitui•‹o Federal de 1988,
anteriormente convocada para o mesmo local. ao consagrar a laicidade do Estado brasileiro, rejeita
(D) Os participantes reœnam-se pacificamente. a express‹o religiosa em espa•os pœblicos.
8. (FGV / XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO Ð b) a dire•‹o do hospital n‹o tem raz‹o, pois, embora
2013) Assinale a alternativa que completa a Constitui•‹o Federal de 1988 reconhe•a a laicidade
corretamente o fragmento a seguir. A do Estado, a assist•ncia religiosa Ž um direito
desapropria•‹o para fins de reforma agr‡ria garantido pela mesma ordem constitucional.
ocorre mediante prŽvia e justa indeniza•‹o c) a corre•‹o ou incorre•‹o da negativa da dire•‹o
(A) Em dinheiro, incluindo-se as benfeitorias œteis e do hospital depende de sua conson‰ncia, ou n‹o,
necess‡rias. com o regulamento da pr—pria institui•‹o, j‡ que se
(B) Em dinheiro, mas as benfeitorias n‹o s‹o est‡ perante direito dispon’vel.
pass’veis de indeniza•‹o. d) a decis‹o sobre a possibilidade, ou n‹o, de haver
(C) Em t’tulos da d’vida agr‡ria, incluindo-se as assist•ncia religiosa em entidades pœblicas de saœde
benfeitorias œteis e necess‡rias. depende exclusivamente de comando normativo
(D) Em t’tulos da d’vida agr‡ria, mas as benfeitorias legal, j‡ que a tem‡tica n‹o Ž de estatura
œteis e necess‡rias ser‹o indenizadas em dinheiro. constitucional.
9. (FGV / VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO Ð
12. (FGV / XXIV Exame de Ordem Ð 2017)
2012) A Constitui•‹o assegura, entre os
Marcos recebeu, por heran•a, grande
direitos e garantias individuais, a
propriedade rural no estado Sigma. Dedicado ˆ
inviolabilidade do domic’lio, afirmando que Òa
medicina e n‹o possuindo maior interesse
casa Ž asilo inviol‡vel do indiv’duo, ninguŽm
pelas atividades agropecu‡rias desenvolvidas
nela podendo penetrar sem o consentimento
por sua fam’lia, Marcos deixou, nos œltimos
do moradorÓ (art. 5¼, XI, CRFB). A esse
anos, de dar continuidade a qualquer atividade
respeito, assinale a alternativa correta.
produtiva nas referidas terras. Ciente de que
(A) O conceito de ÒcasaÓ Ž abrangente e inclui quarto
sua propriedade n‹o est‡ cumprindo uma
de hotel.
fun•‹o social, Marcos procura um advogado
(B) O conceito de casa Ž abrangente, mas n‹o inclui
para saber se existe alguma possibilidade
escrit—rio de advocacia.
jur’dica de vir a perd•-la. Segundo o que disp›e
(C) A pris‹o em flagrante durante o dia Ž um limite
o sistema jur’dico-constitucional vigente no
a essa garantia, mas apenas quando houver
Brasil, assinale a op•‹o que apresenta a
mandado judicial.
resposta correta.
(D) A pris‹o em quarto de hotel obedecendo a
mandado judicial pode se dar no per’odo noturno. A) O direito de Marcos a manter suas terras dever‡
10. (FGV / III Exame de Ordem Unificado Ð ser respeitado, tendo em vista que tem t’tulo jur’dico
2011) A Constitui•‹o garante a plena liberdade reconhecidamente h‡bil para caracterizar o seu
de associa•‹o para fins l’citos, vedada a de direito adquirido.
car‡ter paramilitar (art. 5¡, XVII). A respeito
desse direito fundamental, Ž correto afirmar B) A propriedade que n‹o cumpre sua fun•‹o social
que a cria•‹o de uma associa•‹o: poder‡ ser objeto de expropria•‹o, sem qualquer
(A) Depende de autoriza•‹o do poder pœblico e pode indeniza•‹o ao propriet‡rio que deu azo a tal
ter suas atividades suspensas por decis‹o descumprimento; no caso, Marcos.
administrativa. C) A propriedade, por interesse social, poder‡ vir a
(B) N‹o depende de autoriza•‹o do poder pœblico, ser objeto de desapropria•‹o, devendo ser, no
mas pode ter suas atividades suspensas por decis‹o entanto, respeitado o direito de Marcos ˆ
administrativa. indeniza•‹o.
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C) A reitera•‹o na propositura da mesma a•‹o (C) O particular pode figurar no polo passivo da a•‹o
acarreta o pagamento de custas pelo autor popular. de habeas corpus.
D) As custas ser‹o devidas se declarada, (D) O mandado de seguran•a somente pode ser
expressamente, a m‡-fŽ do autor popular. impetrado quando as quest›es jur’dicas forem
17. (FGV / XIII Exame de Ordem Unificado Ð incontroversas.
2014) A a•‹o de habeas data, como 20. (FGV / IX Exame de Ordem Unificado Ð
instrumento de prote•‹o de dimens‹o do 2012) A respeito da a•‹o de habeas corpus,
direito de personalidade, destina-se a garantir assinale a afirmativa incorreta.
o acesso de uma pessoa a informa•›es sobre (A) Pode ser impetrado por estrangeiro residente no
ela que fa•am parte de arquivos ou banco de pa’s.
dados de entidades governamentais ou (B) ƒ cab’vel contra puni•‹o disciplinar militar
pœblicas, bem como a garantir a corre•‹o de imposta por autoridade incompetente.
dados incorretos. A partir do fragmento acima, (C) N‹o Ž meio h‡bil para controle concreto de
assinale a op•‹o correta. constitucionalidade.
A) Conceder-se-‡ habeas data para assegurar o (D) A Constitui•‹o assegura a gratuidade para seu
conhecimento de informa•›es relativas ˆ pessoa do ajuizamento.
impetrante ou de parente deste atŽ o segundo grau, 21. (FGV / VII Exame de Ordem Unificado Ð
constantes de registro ou banco de dados de 2012) O mandado de seguran•a coletivo NÌO
entidades governamentais ou privadas. pode ser impetrado por:
B) AlŽm dos requisitos previstos no C—digo de (A) organiza•‹o sindical.
Processo Civil para peti•‹o inicial, a a•‹o de habeas (B) partido pol’tico com representa•‹o no Congresso
data dever‡ vir instru’da com prova da recusa ao Nacional.
acesso ˆs informa•›es ou o simples decurso de dez (C) entidade de classe de ‰mbito nacional.
dias sem decis‹o. (D) associa•›es paramilitares.
C) Do despacho de indeferimento da inicial de 22. (IV Exame de Ordem Unificado Ð 2011)
habeas data por falta de algum requisito legal para Determinado congressista Ž flagrado
o ajuizamento caber‡ agravo de instrumento. afirmando em entrevista pœblica que n‹o se
D) A a•‹o de habeas data ter‡ prioridade sobre relaciona com pessoas de etnia diversa da sua
todos os atos judiciais, com exce•‹o ao habeas e n‹o permite que, no seu prŽdio residencial,
corpus e ao mandado de seguran•a. onde atua como s’ndico, pessoas de etnia
18. (FGV / XI Exame de Ordem Unificado Ð negra frequentem as ‡reas comuns, os
2013) Em aten•‹o ˆs recentes manifesta•›es elevadores sociais e a piscina do condom’nio.
populares, fora noticiado na TV que Ciente desses atos, a ONG Tudo Afro relaciona
determinados deputados estaduais de dado as pessoas prejudicadas e concita a
Estado da Federa•‹o estavam utilizando a representa•‹o para fins criminais com o intuito
verba do or•amento destinada ˆ saœde para de coibir os atos descritos.
proveito pr—prio. Marcos, cidad‹o brasileiro, Ë luz das normas constitucionais e dos direitos
insatisfeito com a not’cia e de posse de humanos, Ž correto afirmar que
documenta•‹o que denota ind’cios de les‹o ao (A) o crime de racismo Ž afian•‡vel, sendo o valor
patrim™nio de seu Estado, aju’za A•‹o Popular fixado por decis‹o judicial.
no Ju’zo competente em face dos aludidos (B) o prazo de prescri•‹o incidente sobre o crime de
deputados e do Estado. Em aten•‹o ao racismo Ž de vinte anos.
disciplinado na Lei n. 4.717/65, que trata da (C) nos casos de crime de racismo, a pena cominada
A•‹o Popular, assinale a alternativa incorreta. Ž de deten•‹o.
(A) Marta, cidad‹ brasileira, residente e domiciliada (D) o crime de racismo n‹o est‡ sujeito a prazo
no mesmo Estado, pode habilitar-se como extintivo de prescri•‹o.
litisconsorte de Marcos. 23. (FGV/ IV Exame de Ordem Unificado Ð
(B) Na mesma linha da a•‹o de Mandado de 2011) O habeas data n‹o pode ser impetrado
Seguran•a, o direito de ajuiz‡-la decai em 5 (cinco) em favor de terceiro porque visa tutelar direito
anos. ˆ informa•‹o relativa ˆ pessoa do impetrante.
(C) O Estado, a ju’zo de seu representante legal, em A respeito do enunciado acima, Ž correto
se afigurando œtil ao interesse pœblico, poder‡ atuar afirmar que:
ao lado de Marcos na condu•‹o da a•‹o. a) ambas as afirmativas s‹o verdadeiras, e a
(D) Sendo julgada improcedente a a•‹o movida por primeira justifica a segunda.
Marcos, poder‡ este recorrer, alŽm do MinistŽrio b) a primeira afirmativa Ž verdadeira, e a segunda Ž
Pœblico e qualquer outro cidad‹o. falsa.
19. (FGV / X Exame de Ordem Unificado Ð c) a primeira afirmativa Ž falsa, e a segunda Ž
2013) Em rela•‹o aos remŽdios verdadeira.
constitucionais, assinale a afirmativa correta. d) ambas as afirmativas s‹o falsas.
(A) O habeas data pode ser impetrado ainda que n‹o 24. (FGV / IV Exame de Ordem Unificado Ð
haja negativa administrativa em rela•‹o ao acesso a 2011) A respeito da garantia constitucional do
informa•›es pessoais. acesso ao Poder Judici‡rio, assinale a
(B) A a•‹o popular pode ser impetrada por pessoa alternativa correta.
jur’dica.
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(A) O Poder Judici‡rio admitir‡ a•›es relativas ˆ D) JosŽ n‹o Ž parte leg’tima para propor A•‹o
disciplina e ˆs competi•›es desportivas Popular em face do Presidente da Repœblica,
paralelamente ˆs a•›es movidas nas inst‰ncias da porque ainda n‹o Ž considerado cidad‹o.
justi•a desportiva.
26. (FGV / XXIV Exame de Ordem Unificado Ð
(B) De acordo com posi•‹o consolidada do Supremo
2017) Atos generalizados de viol•ncia e
Tribunal Federal, n‹o ofende a garantia de acesso ao
vandalismo foram praticados nas capitais de
Poder Judici‡rio a exig•ncia de dep—sito prŽvio como
alguns estados do pa’s, com a•›es
requisito de admissibilidade de a•‹o judicial na qual
orquestradas pelo crime organizado.
se pretenda discutir a exigibilidade de crŽdito
Identificados e presos alguns dos l’deres
tribut‡rio.
desses movimentos, numerosos pol’ticos, com
(C) A todos, no ‰mbito judicial e administrativo, s‹o
apoio popular, propuseram a cria•‹o, pela
assegurados a razo‡vel dura•‹o do processo e os
forma juridicamente correta, de um ju’zo
meios que garantam a celeridade de sua tramita•‹o.
especial para aprecia•‹o desses fatos, em
(D) ƒ assegurado a todos, mediante pagamento de
car‡ter tempor‡rio, a fim de que o julgamento
taxas, o direito de peti•‹o aos Poderes Pœblicos em
dos l’deres presos se revele exemplar. Ao
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
submeterem essa ideia a um advogado
poder.
constitucionalista, este afirma que, segundo a
25. (FGV / XX Exame de Ordem Unificado Ð
ordem jur’dico-constitucional brasileira, a
2016) JosŽ, brasileiro de dezesseis anos de
cria•‹o de tal ju’zo:
idade, possuidor de t’tulo de eleitor e no
pleno gozo dos seus direitos pol’ticos, A) Ž constitucional, pois o apoio popular tem o
identifica, com provas irrefut‡veis, ato lesivo cond‹o de legitimar a atua•‹o do poder pœblico,
do Presidente da Repœblica que atenta contra ainda que esta seja contr‡ria ao ordenamento
a moralidade administrativa. Com base no jur’dico vigente.
fragmento acima, assinale a op•‹o que se
coaduna com o instituto jur’dico da A•‹o B) Ž inconstitucional, em raz‹o de veda•‹o expressa
Popular. da Constitui•‹o da Repœblica de 1988 ˆ cria•‹o de
A) JosŽ, desde que tenha assist•ncia, Ž parte ju’zo ou tribunal de exce•‹o.
leg’tima para propor A•‹o Popular em face do C) necessita de previs‹o legislativa ordin‡ria, j‡ que
Presidente da Repœblica perante o Supremo a cria•‹o de ju’zos Ž compet•ncia do Poder
Tribunal Federal. Legislativo, ap—s iniciativa do Poder Judici‡rio.
B) JosŽ, ainda que sem assist•ncia, Ž parte
leg’tima para propor A•‹o Popular em face do D) pressup›e a necess‡ria altera•‹o da Constitui•‹o
Presidente da Repœblica perante o juiz natural de da Repœblica de 1988, por via de emenda, de
primeira inst‰ncia. maneira a suprimir a veda•‹o ali existente.
C) JosŽ, ainda que sem assist•ncia, Ž parte
leg’tima para propor A•‹o Popular em face do
Presidente da Repœblica perante o Supremo
Tribunal Federal.
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1 LETRA D
2 LETRA A
3 LETRA B
4 LETRA C
5 LETRA B
6 LETRA B
7 LETRA B
8 LETRA D
9 LETRA A
10 LETRA D
11 LETRA B
12 LETRA C
13 LETRA C
14 LETRA B
15 LETRA B
16 LETRA D
17 LETRA D
18 LETRA B
19 LETRA C
20 LETRA C
21 LETRA D
22 LETRA D
23 LETRA A
24 LETRA C
25 LETRA B
26 LETRA B
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