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Universidade Federal do Paraná

Departamento de Artes
Curso de Artes Visuais
Disciplina Linguagem das Artes Visuais
Aluno Rennan Negrão de Queiroz

Fichamento de texto -

O Desenho Hoje (1976)


Bernice Rose: The Museum of Modern Art/NY

O texto escrito por Bernice Rose trata, em linhas gerais, do papel do desenho no
contexto das Artes Visuais, da complexidade das discussões para determinar
sua posição e o status do qual passa a gozar no período pós-modernista. Como
destaca o próprio título, o texto foi escrito em 1976, período que há pouco havia
passado pelas transformações da metade do século XX e, neste recorte
temporal, a autora menciona ideias que começam a ser plasmadas sobre o tema,
e faz ponte com eventos que ocorreram desde o início do século XX até o
momento que que se dispõe a escrever sobre o assunto.
O discurso começa contextualizando o papel do desenho no desenvolvimento
das Belas Artes, como, inicialmente meio pelo qual uma obra acabada será
realizada. Esta tônica do entendimento do desenho como um meio e como obra
acabada por si só, está presente durante todo o texto. Durante os anos de 1950
até 1970, vários questionamentos são levantados sobre o conceito de desenho,
que antes era entendido como meio conservador e resistente a inovação.
Durantes essas décadas de discussão, o desenho é reavaliado em suas
potencialidades e, passa a ser caracterizado como meio independente de
representação com expressividade própria. A autora traça uma linha que resgata
o pensamento Renascentista e da relevância que o desenho possuía por ser
considerado essencial para o desenvolvimento da pintura, arquitetura e
escultura. Leonardo da Vinci teoriza o conceito da base fundamental do desenho:
a linha. Para Leonardo, “a linha não corre na natureza”. Um dos motivos pelo
artista ser reconhecido também pelo uso da técnica do sfumato, que busca uma
passagem tênue entre figura e fundo - posteriormente Seurat, também
mencionado no texto, se aproxima deste pensamento teórico na composição de
seus desenho e pinturas. Nesta ordem (não cronológica no texto), a autora
menciona também o conceito Maneirista, na figura de Zuccari, que atribui ao
desenho o caráter de esboço e ideia, nascido da mente de Deus, com sua
dualidade externa e interna. Disegno Interno caracteriza-se pela ideia; Disegno
Externo pelo poder gerador da representação artística. Sob esta óptica dualista,
a obra de arte está para a natureza, assim como o homem está para Deus e o
desenho é a projeção da inteligência do artista (Lawrence Alloway, segunda
metade do século XX). Seguindo os conceitos mencionados, a linha que
contorna é concebida como abstração simbólica e carrega consigo o
individualismo de quem a traça, e neste contexto, sua subjetividade era vista
como espiritual.
No intuito de classificar o desenho, a autora menciona que geralmente, podem
ser divididos entre desenhos preparatórios e acabados. A classe dos primeiros
resgata o desenho como meio essencial para desenvolvimento, mas sob a
estética moderna, o próprio desenho preparatório pode ser entendido também
como desenho acabado. Linha traço e forma são concebidos como componentes
do desenho; desde um simples contorno até as colagens propostas por Matisse
(em sua fase madura) são considerados desenhos e obras acabadas. O artista
explora a expressão gestual e a reduz até sua essência. Contorno e cor revelam
mais do que a dualidade preparatório/acabado pode sugerir no desenho e a
representação com sentido de imitação é desconstruída de acordo com a série
“Cow”, de Van Doesburg - do naturalista ao abstrato concreto.
Impressionismo rompe com a Academia e busca a representação não naturalista
da natureza. A abstração está relacionada à subjetividade e novamente o
desenho é colocado sob foco de reflexão, e seu papel e o da pintura se
entrelaçam na declaração de Cézanne: “Ao se pintar, desenha-se”. O
Expressionismo Abstrato penetra no fundamento do significado individual e
expressivo da linha e em Pollock, do monumental ao pequeno, ao desenho são
atribuídos novos papéis. Pollock encontra na linha sua máxima expressão
subjetiva, e em Seurat (mencionado anteriormente) a linha se dissolve e forma-
fundo se integram.
Permeiam o texto os questionamentos que buscam encaixar o desenho em
espaços específicos, mas observa-se que, através dos filtros e novos olhares
das vanguardas do século XX, o desenho como expressão subjetiva e abstrata
(não sujeito a ilusão ou representação da realidade) flui além de postos pré-
estabelecidos, grafologia e conceito se fundem, e a compreensão da expressão
artística leva em consideração também o tempo e o espaço em que a obra está
inserida.

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