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Após a visualização dos vídeos e leitura do conteúdo indicado, elabore um texto de cerca

de 20 a 30 linhas baseando-se nas seguintes questões:

De maneira geral, o conteúdo do material apresentado (vídeos e texto) nos leva à reflexão de
como a cor da pele influencia a nossa educação, saúde e renda e, também, como essa questão
é tratada pela sociedade brasileira. Vimos, tanto nos vídeos quanto no texto que,
historicamente, nosso país é um país racista, e que foi o último país ocidental a abolir a
escravidão. O que aprendemos nos livros didáticos sobre a África, a cultura de matriz afro-
brasileira e negros não ultrapassou os limites da escravidão, do tráfico de escravos e do
abolicionismo – exceto em raras ocasiões em que o aluno tenha tido um professor preparado e
com disposição para trabalhar em sala de aula esses temas. Então, é urgente, que se debata o
assunto e denuncie os preconceitos. Segundo os documentos, a melhor maneira de combater
o preconceito é falar sobre ele. O vídeo da Coordenadoria de Igualdade Racial alega que
quanto mais falarmos sobre o racismo, mais fácil será de erradicar. No vídeo da
Superinteressante vemos que o racismo não encontra representantes nas esferas políticas,
visto que nem no judiciário (15,4%), nem no legislativo (50% entre ministros, senadores e
deputados federais) e nem no executivo (0%) há negros representando os interessantes da
população negra. Para minimizar essa perda representativo, como bem apontado no texto
“Por que ensinar relações étnico-raciais e história da África nas salas de aula?”, publicou-se a
Lei 10.639/03 – que foi posteriormente complementada com a Lei 11.645/08, incluindo
também a questão indígena. Essa lei define que é necessário, no âmbito da Educação Básica,
levar o aluno a conhecer a história mundial para entender o que é o Brasil no contexto das
relações globais para além do contido nos livros de História Geral - que acabam dizendo muito
pouco sobre a influência africana no Brasil. Com a instituição da lei, abre-se a possibilidade de
desmistificar, ainda na Ed. Básica, a noção de que no continente africano existe só miséria,
fome, doenças endêmicas, guerras “tribais” e atraso e, que ao invés disso, é um continente de
riqueza cultural, étnica, linguística, artística, intelectual. Nesse sentido, vemos que já é hora
de olhar a história mundial com outros olhos, nos libertar da nossa cegueira internacional, e,
da nossa ignorância orgulhosamente ostentada em preconceitos. Precisamos debater o
assunto e denunciar os preconceitos. Afinal nossa vida não pode ser definida por um conjunto
de cores.

1) Em que o conteúdo dos vídeos e do texto, são semelhantes? Verifique quais os


aspectos que os aproximam, ou seja, o que os autores concordam ao expressarem
suas ideias.
2) Discutir as relações étnico-raciais que construíram esse país deveria ser uma
obrigação de todos os cidadãos, não importando sua origem ou etnia?
3) O que a sociedade e a educação, ganhariam com a inclusão de um debate profundo
sobre história africana e cultura afro-brasileira?

Observação: É para fazer um texto que contenha estes itens, não responda os itens
como se fossem questões.

Vídeos:
Superinteressante
Publicado em 20 de nov de 2016
A cada 12 minutos um negro é assassinado no Brasil. Não para por aí: a cor da sua
pele influencia na sua educação, saúde e renda.
Desigualdade Racial no Brasil
Ser branco ou negro, define a sua vida.
A população negra compõe mais da metade dos brasileiros (53%). Na teoria, significa que os
índices deveriam ser divididos proporcionalmente entre negros e brancos, mas na prática, está
longe de acontecer.
A educação é um bom exemplo disso. A chance de 1 negro ser analfabeto é 5 x maior que um
branco. Somente 1 a cada 4 pessoas, com ensino superior é negra. O impacto disso só
aumenta quando pensamos fora da sala de aula. 70% das pessoas que vivem em situação de
extrema pobreza, em nosso país são negras. Pessoas com pele mais clara representam 80%
dos brasileiros mais ricos. Isso tudo reflete na qualidade de vida da população negra x branca.
Mais de 50% dos negros não possui acesso à internet. Quase 40 % dos negros que vivem em
áreas urbanas, não possuem esgoto encanado. 70% das pessoas que dependem do SUS são
negras. A cor da sua pele também determina seu tempo de vida. Em 10 anos, o homicídio das
mulheres brancas caíram, enquanto que de negras, aumentaram. A morte não é só feminina,
somando os gêneros. A cada 12 minutos, uma pessoas negra é assassinada no Brasil.
Também são os negros que mais morrem em operações policiais e ocupam a maior parte da
população carcerária (75%) brasileira. Pode ser difícil para a comunidade negra mudar isso por
dentro, porque ela não é representada nem no judiciário (15,4%), nem no legislativo (0% -
ministros; 30% senadores; 20- deput. federais), muito menos no executivo (0%). Essa
defasagem não é de hoje. Historicamente, o Brasil é ultrapassado em representatividade racial.
Ele foi o último país ocidental a abolir a escravidão. O Brasil é um país racista, e quem está
dizendo isso não é a gente, é a ONU. Esse problema envolve tanto as esferas políticas que já
citamos como nosso dia a dia, Precisamos debater o assunto e denunciar os preconceitos.
Afinal nossa vida não pode ser definida por um conjunto de linhas.

VÍDEO:
Coordenadoria de Igualdade Racial
Racismo: Vamos falar sobre isso?
Este vídeo foi feito com a participação de pessoas envolvidas na luta pela igualdade
racial
O Tema Racismo sempre incomodou muita gente. O Brasil se calou por muito tempo,
acreditando não ser este o problema da sociedade brasileira. Por muito tempo, os livros de
História, negaram a participação de negros, africanos, indígenas, ciganos e seus
descendentes, na construção de nossa sociedade. A consequência disso aparece na forma
como negros e negras são tratados: considerados incapazes e inferiores. Sendo hostilizados
por seus traços físicos e/ou por sua cor. Hoje, o silencio se quebrou. Vemos casos e mais
casos de racismo noticiados, em que, vítimas são artistas, jogadores de futebol, moradores de
comunidade e pessoas comuns. Pq aumentou tanto a ocorrência desses atos? Será que estão
criando racismo no Brasil? Não. Isso sempre ocorreu e com a mesma frequência de agora. A
diferença é que hoje temos mais meios de comunicação e a notícia circula numa velocidade
incrível e nos permite ver com os próprios olhos a violência cotidiana motivada pelo racismo.
Basta 1 click e todo mundo fica sabendo. O caso vira notícia, gera polêmica, e má informação.
Muita gente adere à moda do “politicamente correto”, declara vítima de preconceito e declara
campanhas que nem sabe se tem um ponto de vista que ajuda a encarar o problema e isso
confunde muita gente. Confundo quando surgem “#” virais que ao invés de questionar o
racismo, usam símbolos racistas reforçando ainda mais a ideia de inferioridade: piada sobre
cabelo crespo, artistas brancos pintados de preto, imagens que associem o negro à animais.
Isso, definitivamente, não nos ajuda. Precisamos avançar e pra isso, é importante que você
fale e ouça. Fale sobre isso com seus amigos e sua família. Já que o assunto está aí, não fuja,
não finja que não é com você, seja você de qualquer etnia. Escute o que os outros pensam e
fale seu ponto de vista. Pergunte. Questione. Tenha dúvidas. Quanto mais falar sobre o
racismo, mais fácil será de erradicar. E, se ainda há algo que lhe incomoda, acredite, é porque
o problema ainda existe. E o problema é sério. O racismo mata todos os dias, e quando você
se cala, está colaborando com isso. Existem várias formas de combate à discriminação racial, e
a primeira delas é encará-la de frente, outra maneira, é denunciar qualquer ato de violência,
seja ela física, verbal, com conotações racistas. Vá até a delegacia mais próxima e exija que
sua denúncia seja registrada como racismo. Racismo: fale mais sobre isso.

Por que ensinar relações étnico-raciais e história da África nas salas de aula?
Date: 22/03/2014
in: Educação

Já faz alguns anos que se fala da importância de a Educação brasileira incorporar temáticas

relativas à História da África e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos escolares. Esse foi,

justamente, o objetivo da Lei 10.639/03, sancionada pelo ex-presidente Lula no início de seu

mandato. Conforme aponta a professora Nilma Lino Gomes (2008), mais do que uma iniciativa do

Estado, esse marco legal reflete uma vitória do movimento negro na luta contra o racismo. Mas,

afinal, o que a escola tem a ver com isso e por que essa lei existe?

Reflitamos, por um momento, no que aprendemos sobre a África, a cultura de matriz afro-brasileira

e negros/as na escola. Além da escravidão, quase nada – a não ser que o/a leitor/a tenha tido a

felicidade de encontrar um ou uma docente com preparo e disposição suficientes para lecionar

esses temas.Caso contrário, a implantação curricular de uma parte importante e, diria mais,

estruturante, da história e cultura brasileira fica relegada a uma função decorativa. Fala-se

da escravidão, do tráfico de escravos, do abolicionismo, e só.

Vivemos em uma nação em que uma sutil maioria da população é composta de pretos e de pardos

(que, somados, constituem a categoria “negros”). Entre os demais, a maior parte são brancos

miscigenados. Discutir as relações étnico-raciais que construíram esse país, logo, deveria ser

uma obrigação de todos os cidadãos, não importando sua origem ou etnia. São esforços que

não apenas se somam na luta contra o racismo, como também na consolidação da democracia, da

promoção da cidadania e no reforço à igualdade social e racial. Dado que a escola é um local

privilegiado para a transmissão de conhecimentos que vieram desde as gerações anteriores, ela

também se torna um dos focos do movimento negro. De uma forma ou de outra, o currículo escolar

seria trazido à tona.

Essa é a intenção da Lei 10.639/03 – que posteriormente foi complementada pela Lei 11.645/08

para incluir também a questão indígena. O que a sociedade, então, ganharia com a inclusão de

um debate profundo sobre história africana e cultura afro-brasileira? Conhecer a história

mundial é essencial para entender o que é o Brasil no contexto das relações globais. Porém, da

forma como é tratada hoje, o que se convencionou chamar de História Geral é basicamente uma

narrativa europeia ou, no máximo, euro-americana (do Norte). Nem a América Latina, nosso

próprio continente, é adequadamente discutida. Quanto mais um continente relegado a uma

imagem estereotipada, folclorizada e pejorativa como a África.


Além disso, compreender a África desfaz a noção primária de que, naquele continente (do

qual não sabemos sequer os nomes dos países), só existe miséria, fome, doenças endêmicas,

guerras “tribais” e atraso. A riqueza cultural, étnica, linguística, artística, intelectual, bem como as

nuances de uma história tão complexa quanto o nó que reconhecemos em uma Europa ou Estados

Unidos, são deixados de lado. A África, sem sombra de dúvidas, torna-se o bode expiatório de nossa

cegueira internacional, a nossa ignorância orgulhosamente ostentada em preconceitos. Nesse

sentido, já se passou da hora de olhar a história mundial com outros olhos, até para entender nossa

situação presente com maior cuidado e atenção.

“Essa revisão histórica do nosso passado e o estudo da participação da população negra brasileira no

presente”, sugere Gomes (2008, p. 72), “poderão contribuir também na superação de preconceitos

arraigados em nosso imaginário social e que tendem a tratar a cultura negra e africana como exóticas

e/ou fadadas ao sofrimento e à miséria”. Em outras palavras, a sociedade se beneficiaria em muitos

sentidos: tanto pedagógicos, no tocante a uma visão mais afirmativa da diversidade étnico-racial,

quanto políticos, na problematização das relações de poder que marcam os diferentes segmentos

da população.

Justamente, essas relações de poder – que salvaguardam os brancos em um estatuto de

neutralidade, acima de qualquer suspeita, e associado a espaços de prestígio – têm um efeito

direto na constituição de subjetividades dos/as negros/as. Trocando em miúdos, as

desigualdades que herdamos nessa sociedade influenciam no modo pelo qual negros (e brancos) se

veem como sujeitos. Têm-se demonstrado que, mesmo em contextos sociais equivalentes, as

experiências de brancos e negros em função de sua cor/raça são distintas. Poderia não ser, mas o

estrago já foi feito e cabe a nós dedicarmos esforços contínuos e profundos almejando a reparação.

Voltando aos conteúdos que estudamos sobre questão racial na escola, há de se ressaltar que

reduzir a abordagem desta questão ao fenômeno da escravidão é um viés bastante problemático. A

impressão que fica é que os negros surgiram de um ambiente sem uma cultura prévia,

capturados da escuridão de um algum lugar da “África”, e trazidos ao Brasil na condição

naturalizada de “escravos”. Ora, homens e mulheres que foram forçados a trabalhar em condições

degradantes até o século XIX não eram apenas escravos, e simescravizados – seres humanos

extraídos à força para alimentar um mercado deplorável.

Ainda, esse período trágico da história brasileira e mundial parece ser apresentado como se

não guardasse nenhuma relação com o presente. Dá a impressão de que existiu no passado, sem

ligação com o sistema econômico e político, e foi abolido por uns pequenos esforços abolicionistas,
dentre os quais a atuação do Zumbi dos Palmares e da Princesa Isabel. Trata-se de um retrato

absolutamente despolitizado da escravidão, abordada como uma página virada, uma gravura

isolada de Jean-Baptiste Debret, uma fatalidade que foi em seguida corrigida.

Por essas e outras, uma perspectiva mais refinada da história africana e da cultura afro-brasileira,

ambas presentes em praticamente tudo que compõe essa nação, é um importante passo

naeducação para as relações étnico-raciais. E aqui Gomes (2008) enfatiza a faceta das relações,

no sentido que envolvem mais de um sujeito, são datadas historicamente, e permitem que se

enxergue tanto a produção dos privilégios quanto das opressões.

E aí surgem outras perguntas: os docentes estão preparados para essa empreitada? Como

trabalhar isso em sala de aula? Essas são questões que fogem do escopo deste texto, até porque

eu não me atreveria a fornecer um manual prático. No entanto, adianto que há denúncias de que a

formação de professores é precária no que diz respeito às questões étnico-raciais. É fato que essas

temáticas são superficialmente abordadas em cursos de Pedagogia e Licenciatura pelo país. Um

primeiro esforço, talvez, seja incorporar esses temas no ensino superior para, em médio e longo

prazo, gerar um corpo de conhecimentos para quem se aventura na sala de aula.

Em seguida, é valido salientar que muitos temas pertencentes a essa discussão já estão dentro

escola. A prática de capoeira, samba ou hip hop, religiões como umbanda ou candomblé, a estética

negra, exemplos de negros em posições de sucesso, comentários sobre o 20 de novembro, ofensas

de cunho racial, entre outras, são elementos que muito provavelmente surgem com alguma

recorrência nas escolas. Eles podem ser utilizados como trampolins para se aprofundar as

temáticas, além de partirem da vivência das próprias crianças e jovens. Cultura afro-

brasileira, portanto, não se trata de um tema alienígena. Ele já está presente, esperando para

ser abordado.

Finalizo, assim, reiterando a importância de se ensinar relações étnico-raciais não apenas visando a

atender as demandas de um segmento, por sua vez significativo da população, senão com o objetivo

de promover, aos poucos, uma alternativa à forma como a própria sociedade se enxerga. Valorizar

a cultura afro-brasileira como um componente nacional, estudar a história mundial com um

olhar menos eurocêntrico, compreender as lutas do movimento negro pela igualdade social

e racial no país, bem como pela superação do racismo, são etapas dessa transformação. Esses

são passos que interessam a todos/as e que vão além da escola, sem dúvida. Mas é nela também que

concentramos algumas das alternativas nessa frente de tantos caminhos.

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