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º 2
ÍNDICE
1. PREÂMBULO 1
2. METODOLOGIA DE ABORDAGEM 1
3. CRITÉRIOS DE LOCALIZAÇÃO 2
3.1 ÂMBITO GEOGRÁFICO 2
3.1.1 Inserção urbana 2
3.1.2 Planos Directores Municipais, Planos de
2
Urbanização e Planos de Pormenor
3.1.3 Acessibilidades 2
3.1.3.1 Rede viária principal 2
3.1.3.2 Vias de acesso 2
1. PREÂMBULO
Agradecemos, desde já, o importante contributo pres-
O Decreto-Lei 158/03 de 18 de Julho (Lei Orgânica da tado pelas referidas entidades cujas críticas e sugestões
Direcção Geral das Instalações e Equipamentos da Sa- vieram corrigir e melhorar significativamente este traba-
úde(DGIES)) incumbe a DGIES, como serviço central do lho tornando-o num documento que consideramos de
Ministério da Saúde, através da Direcção de Serviços de referência para as Instituições que , no âmbito da sua
Normalização, Projectos e Fiscalização (DSNPF) de actuação, desenvolvem acções de planeamento e orde-
“Elaborar as regras e os procedimentos normalizadores namento urbano e de saúde.
de inventariação e escolha dos terrenos, instalações e
equipamentos” Artº7,1,f); “Emitir especificações técnicas Agradecemos em particular a valiosa contribuição e
relativamente às características a que devem obedecer disponibilidade dispensada ao longo deste trabalho pela
os terrenos destinados a instituições de saúde” Artº7,1,g) Dr.ª Anabela Lima do Gabinete Jurídico da DGOTDU no
capítulo de Zonas de Protecção, bem como ao Gabinete
Até à presente data e no âmbito da anterior Lei Orgânica Jurídico desta DGIES, na pessoa da Dr.ª Nair Ataz, pela
da DGIES (DL 361/93 de 15/10), tem a DGIES, através elaboração do texto relativo ao enquadramento jurídico
da então Direcção de Serviços de Instalações e Equipa- deste capítulo e à Divisão de Engenharia na pessoa do
mentos da Saúde (DSIES) e das Direcções Regionais, Eng. José Santos Loureiro pela elaboração do texto
praticado os actos necessários à escolha ou colaboração referente a heliportos.
na escolha dos terrenos dos novos hospitais, para além
da emissão de pareceres sobre Planos de Pormenor Porque grande parte deste trabalho se refere à inventa-
elaborados pelas diversas Câmaras Municipais. riação e explicitação da documentação legal que suporta
a aplicação dos principais instrumentos reguladores,
Esta prática tem sido suportada em critérios que, de uma servidões e restrições de ordenamento e planeamento
forma ou de outra, resultaram de experiências acumula- urbano, é obvio que este documento nunca poderá vir a
das em exemplos anteriores mas que, na realidade, não ser considerado como completo e actualizado, sobretudo
se encontram sistematizados. Urge portanto criar regras nesta área. Deste modo procurar-se-á, sempre que tal
que sistematizem, de forma tão prática quanto possível, se justifique, proceder à sua actualização em conformi-
os critérios que presidem à avaliação e escolha de terre- dade com a legislação em vigor.
nos para unidades hospitalares.
Para a avaliação das condições em presença, deverão Embora sem perder de vista a necessidade de assegurar
ser a este respeito consultados os serviços técnicos das a fácil ligação aos grandes eixos viários, os acessos às
Autarquias a fim de prever os prováveis desenvolvimen- unidades hospitalares nunca deverão, como já se referiu,
tos dos aglomerados, e observar as indicações de Pla- fazer-se directamente a partir de vias de trânsito rápido e
nos Directores Municipais, Planos de Urbanização e muito intenso, por razões de segurança.
eventualmente de Planos de Pormenor, caso existam.
Por todos estes motivos, deverá proceder-se à análise
da compatibilização da rede viária principal com as vias
3.1.2 Planos Directores Municipais, Planos de
de acesso existentes ou a prever.
Urbanização e Planos de Pormenor
Os Planos Directores Municipais (PDM), como instru-
mentos de gestão territorial integradores dos interesses 3.1.3.3 Rede de transportes
sectoriais da administração pública e de toda a socie- O local deve ser servido por uma boa rede de transpor-
dade contêm, em si, elementos reguladores, restrições e tes públicos, existente ou a prever, devendo neste caso
servidões de utilidade pública que influenciam determi- estar assegurada a sua criação antes da entrada em
nantemente a decisão da localização de uma nova uni- funcionamento da unidade hospitalar.
dade hospitalar.
mente no que diz respeito a legislação de referência e - Diversas outras entidades, em função da matéria e
entidades competentes da área.
reserva determina o condicionamento à utilização de com maior aptidão agrícola, de acordo com a orientação
áreas com características ecológicas específicas e as- explícita na legislação que institui a RAN.
segura a protecção de ecossistemas e processos bioló-
gicos indispensáveis à qualidade do habitat humano. Podem contudo ser estabelecidas excepções, através de
apreciação casuística das situações, e ser desanexada
Em termos genéricos, a REN abrange zonas costeiras uma determinada área da RAN, passando a destinar-se
(praias, dunas, estuários, sapais, etc.) ribeirinhas e a utilização não agrícola, desde que emitido parecer
águas interiores ( zonas ameaçadas por cheias, lagoas e prévio favorável por parte das Comissões Regionais da
zonas húmidas adjacentes, albufeiras, etc.), áreas de Reserva Agrícola (CRRA).
infiltração máxima e zonas declivosas (com riscos de
erosão, etc.), sendo de considerar em casos determina- - Legislação de referência:
dos faixas de protecção fixadas na legislação respectiva. - DL 196/89 de 14/06 – Revoga o DL 451/82 de 16/11
e define o regime jurídico da RAN.
Nas áreas incluídas na REN é em regra proibida a cons- - Portaria 389/90 de 23/05 – Fixa as taxas devidas
trução de edifícios e outras obras, públicas ou privadas, pela aplicação do DL 196/89
admitindo-se porém, entre as excepções previstas, - DL 274/92 de 12/12 – Altera o DL 196/89
casos de reconhecido interesse público para os quais - DL 278/95 de 25/10 – Altera o DL 196/89
comprovadamente não haja alternativa económica acei-
tável, competindo à respectiva Comissão de Coordena- - Entidades competentes:
ção Regional (CCR) emitir parecer sobre a realização - Direcções Regionais da Agricultura (DRAg) – as re-
desses empreendimentos. giões da RAN coincidem com o território das DRAg,
que dão apoio técnico e administrativo às CRRA.
A inclusão de áreas na REN é particularmente sensível - Comissão Regional da Reserva Agrícola (CRRA) –
e exigente, sendo fortemente limitativa em relação a órgão próprio de cada região da RAN.
eventuais desafectações para vinculação a outros usos - Conselho Nacional da Reserva Agrícola (CNRA) –
do solo. órgão de gestão da RAN a nível nacional.
- Instituto de Estruturas Agrárias e Desenvolvimento
- Legislação de referência: Rural ( IEADR ) – assegura apoio técnico e adminis-
- DL 321/83 de 5/7 – Cria a Reserva Ecológica Naci- trativo ao CNRA e ás Comissões Regionais (CRRA)
onal (REN) - A DRAg local, quando não integre a Comissão Téc-
- DL 93/90 de 19/03 – Revê o regime jurídico da REN nica dos Planos Directores Municipais, emite parece-
e revoga o DL 321/83 res técnicos anteriores aos das respectivas CRRA.
- DL 316/90 de 19/10 e DL 213/92 de 12/10 - Deter-
minam a intervenção do então Ministério do Ambi-
ente e Recursos Naturais na gestão da REN e altera
A.1.3.3 Rede Nacional de Áreas Protegidas
(DL213/90) a redacção de alguns artigos do DL
93/90. A Rede Nacional de Áreas Protegidas (RENAP) é cons-
- DL 79/95 de 20/04 – Altera o art.º 3 do DL 93/90, tituída por áreas de reserva demarcadas, com a finali-
relativo à determinação da REN dade da protecção de paisagens e áreas com especial
interesse ecológico, científico, recreativo, turístico e
- Entidades competentes: cultural, ou, de um modo geral, para a manutenção de
- Direcção Geral do Ordenamento do Território e valores patrimoniais em declínio.
Desenvolvimento Urbano (DGOTDU)
- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re- As proibições ou os actos cujo licenciamento é condicio-
gional (CCDR) nado serão definidos, quer nos decretos regulamentares
- Instituto de Conservação da Natureza – para as- de constituição das diversas áreas protegidas, quer nos
suntos relacionados com as áreas protegidas planos de ordenamento e respectivos regulamentos.
- Sítios classificados – Para salvaguarda do patrimó- mento ou a autorização dos seguintes actos e activida-
nio, quer do ponto de vista geológico e paisagístico, des, entre outros:
quer do ponto de vista da fauna e flora, e património - Realização de obras de construção civil fora dos pe-
arquitectónico (Exemplo: centro histórico de Coruche, rímetros urbanos, com excepção de obras de re-
Açude da Argolada, etc.) construção, ampliação, demolição e conservação;
- Alteração do uso actual do solo que abranja áreas
- Rede europeia de zonas de conservação: contínuas superiores a 5 ha;
- Rede Natura 2000 (em construção) – constituída - Alterações à morfologia do solo, com excepção das
por zonas especiais de conservação, de classifica- decorrentes das normais actividades agrícolas e flo-
ção estabelecida a nível comunitário. restais;
- Abertura de novas vias de comunicação, ou o alar-
- Legislação de referência gamento das já existentes;
- Lei 11/87 de 07/04 – Lei de Bases do Ambiente. - Instalação de novas linhas aéreas de transporte de
- DL 19/93 de 23/01 – Cria a Rede Nacional de Áreas energia e de comunicações à superfície do solo fora
Protegidas. dos perímetros urbanos;
- DL 380/99 de 22/09 – Estabelece o regime jurídico
dos instrumentos de gestão territorial. Quando, em resultado de avaliação ambiental prévia, se
conclua que quaisquer acções ou projectos causem
- Entidades competentes: impactos negativos para uma ZEC ou ZPE, ou sítio de
- Instituto da Conservação da Natureza (ICN) – gere importância comunitária, só poderão ser autorizados
as áreas protegidas de interesse nacional. estes empreendimentos perante comprovada inexistên-
- Autarquias Locais ou Associações de Municípios – cia de alternativa ou por razões superiores de interesse
gerem as áreas de interesse regional ou local. público, mediante despacho conjunto do Ministro das
- Guarda Nacional Republicana e demais autoridades Cidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente e
policiais, ICN e Autarquias Locais – desempenham do Ministro da tutela respectiva.
funções de fiscalização.
- Legislação de referência:
- DL 75/91 de 14/02 – Transpõe para Portugal a Di-
rectiva Aves, da CEE, para a protecção, gestão e
A.1.3.4 Zonas especiais de conservação e zonas de controlo das aves selvagens ameaçadas. Cria as Zo-
protecção especiais nas de Protecção Especial (ZPE). Estes decretos fo-
O estabelecimento destas zonas e a classificação dos ram revogados pelo DL 140/99 de 24/04.
sítios e áreas que as integram tem por objectivo promo- - DL 226/97 de 27/08 – Transpõe para a legislação
ver a biodiversidade e a conservação da natureza, in- portuguesa a Directiva 92/42/CEE, sobre habitats
cluindo a protecção de habitats naturais e da flora e naturais e flora e fauna selvagem. Cria as Zonas Es-
fauna selvagens. Este processo pretende genericamente peciais de Conservação (ZEC). Revogado pelo DL
integrar e compatibilizar as exigências e particularidades 140/99 de 24/04.
regionais e locais com as orientações comunitárias sobre - RCM 142/97 de 28/08 – Aprova os sítios que inte-
a matéria. gram a lista nacional de sítios – 1ª Fase.
- DL 140/99 de 24/04 – Revê a regulamentação naci-
Os objectivos descritos concretizam-se na criação da onal relativa à protecção de aves selvagens, dos ha-
Rede Natura 2000, que se encontra em fase de constru- bitats naturais e de fauna e flora selvagens. Revoga
ção e constituirá a rede ecológica europeia de zonas os DL 75/91 de 14/02, DL 224/93 de 18/06 e DL
especiais de conservação (ZEC), conjuntamente com as 226/97 de 27/08.
ZPE, desempenhando assim a função de principal ins- - DL 384-B/99 de 23 de Setembro (suplemento) –
trumento comunitário para a conservação da natureza. Cria diversas ZPE.
- RCM 76/2000, DRR de 5 de Julho- Aprova a 2ª
Enumeram-se e definem-se alguns conceitos relaciona- fase da lista nacional de sítios.
dos: - RCM 66/2001, DR de 6 de Junho – Determina a
- Lista Nacional de Sítios: elaboração do plano sectorial de implementação da
Conforme já referido a propósito de áreas protegidas, Rede Natura 2000 e constitui a respectiva comissão
os sítios classificados integram a lista nacional de mista de coordenação.
sítios.
- Zonas Especiais de Conservação (ZEC): - Entidade competente:
São constituídas pelos sítios da lista nacional reco- - Instituto de Conservação da Natureza - Entidade
nhecidos como sítios de importância comunitária pe- que preside a todos os assuntos relativos a esta ser-
los organismos comunitários competentes. vidão.
- Zonas de Protecção Especial (ZPE):
Também já referidas em Áreas Protegidas, incluem
territórios especificamente apropriados para a pro-
tecção de espécies de aves, entre as quais aves mi- A.1.3.5 Regime florestal
gratórias de ocorrência regular. De importância como suporte de ecossistemas e para a
gestão de recursos silvícolas essencialmente destinados
As servidões decorrentes do regime destas zonas im- à produção de madeira, o regime florestal aplica-se a
põem a necessidade de parecer prévio favorável do terrenos, dunas e matas do Estado ou de outras entida-
Instituto de Conservação da Natureza para o licencia- des públicas ou privadas, consideradas de utilidade
pública e sujeitas a restrições.
A troca ou alienação, no todo ou em parte, de quaisquer - DL 327/90 de 22/10 – Regula a ocupação do solo
terrenos ou matas sujeitos a este regime deverá ser objecto de incêndio florestal.
comunicada à Direcção Geral das Florestas. Posteriormente alterado pela Lei 54/91 de 08/08 e
pelo DL 34/99 de 5/2.
- Legislação de referência: - DL 54/91 de 8 de Agosto – Altera parcialmente,
- Dec. de 24/12/1901 – Estabelece o regime florestal dando nova redacção a alguns artigos, do - DL
- Dec. de 24/12/1903 – Regulamento para a execu- 327/90 de 22 de Outubro.
ção do regime florestal. - DL 34/99 de 5 de Fevereiro – Dá nova redacção
- Despacho conjunto MPAT/MAPA/MARN de aos artigos 1º e 2º do DL 327/90 de 22 de Outubro,
06/03/91 – Desafectação de áreas sujeitas a regime de acordo com o DL 54/91.
florestal.
- Lei 68/93 de 04/09 – Prevê a possibilidade de cons- - Entidades competentes:
tituição de servidões sobre parcelas de baldios. Alte- - Direcção Geral das Florestas, conjuntamente com o
rada pela Lei n.º 89/97 de 30/07. Instituto de Conservação da Natureza.
- Entidades competentes:
- Direcção Geral de Florestas e Direcções Regionais
da Agricultura. A.1.3.7 Montados de sobro e azinho
A importância ambiental dos povoamentos de sobreiros
e azinheiras, conhecidos por montados, graças ao papel
que desempenham na conservação do solo, na regulari-
A.1.3.6 Áreas florestais percorridas por incêndios zação do ciclo hidrológico e na qualidade das águas,
Esta servidão destina-se a impedir a permanência de designadamente no Sul do país, além de constituírem
terrenos ardidos sem arborização, promovendo a sua também um recurso renovável de grande relevo econó-
rearborização condicionada segundo critérios técnicos e mico, a nível nacional e local, justifica largamente a sua
ambientais adequados e implementando medidas de protecção, conforme reconhecido na Lei de Bases da
defesa do património florestal capazes de evitar o even- Política Florestal.
tual desaparecimento de zonas verdes e ecossistemas
necessários. Esta servidão estabelece que o corte ou o arranque
destas espécies, em povoamento ou isolados, carece de
Tem também como objectivo preservar os recursos flo- autorização da Direcção Geral das Florestas, das direc-
restais, salvaguardando as alterações de uso do solo ções regionais de agricultura ou do Instituto de Conser-
ocorridas após incêndio florestal. vação da Natureza.
Nas áreas percorridas por incêndios florestais, não in- Em princípio tais acções são impedidas por medidas
cluídas em espaços classificados em Planos municipais várias de protecção, que podem determinar a proibição
de ordenamento do território (PMOT) como urbanizados, de qualquer alteração do uso do solo durante 25 anos,
urbanizáveis ou industriais, ficam proibidas, entre outras, em determinados casos.
pelo prazo de 10 anos, as seguintes acções:
- A realização de novas construções ou a demolição Porém, o corte ou arranque de sobreiros e azinheiras
de quaisquer edificações existentes. pode ser autorizado, entre outros casos, quando esteja
- O estabelecimento de quaisquer novas actividades em causa a realização de empreendimento de impres-
agrícolas, industriais, turísticas ou outras que possam cindível utilidade pública.
ter impacto ambiental negativo.
As zonas especiais de protecção são definidas caso a O dimensionamento das zonas de protecção é variável
caso por portaria, sob proposta do IPPAR, ouvida a consoante os casos, podendo prever-se uma zona “non
respectiva autarquia, podendo conter uma zona “non ae- aedificandi”.
dificandi”.
Nas zonas de protecção de edifícios públicos e outras
Os imóveis com pedidos de classificação a decorrer construções de interesse público, o licenciamento de
ficam temporariamente sujeitos às mesmas restrições quaisquer obras de construção ou reconstrução de edifí-
que impendem sobre os imóveis classificados. cios particulares ficará sujeito à prévia aprovação do
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação
Nas zonas de protecção não é permitido executar quais- (ex-MEPAT).
quer obras de demolição, instalação, construção ou
reconstrução, em edifícios ou terrenos, sem o parecer Em estabelecimentos prisionais e tutelares de menores
prévio favorável da administração do património cultural é considerada uma zona de protecção de 50m de lar-
competente, com excepção para as obras de mera alte- gura, podendo ter dimensão diferente em situações
ração no interior de imóveis. especiais
Entidade competente:
- As Câmaras Municipais são responsáveis pelo sa- B.1.3 Rede Eléctrica Nacional (REN)
neamento básico e pelo cumprimento do Regula-
mento Geral das Canalizações de Esgotos. Podem Deve ser tomada em conta a existência de infra-estrutu-
ainda solicitar, através do INAG, a declaração de uti- ras de abastecimento de energia eléctrica, nomeada-
lidade pública dos trabalhos necessários. mente linhas de transporte de energia eléctrica em alta
ou muito alta tensão.
de beneficiação, assim como a contenção da ocupação cação 19-D/98, de 31/10 e alterado pela Lei 98/99,de
dos solos junto das rodovias. 26/07.
terísticas são definidas caso a caso, ao abrigo da le- duas classes só podem ser instalados fora das zonas
gislação que prevê a protecção aos edifícios e outras residenciais.
construções de interesse público.
Os estabelecimentos de classe A devem dispor de uma
Os recintos escolares e as suas áreas envolventes re- zona protectora, de acordo com o estudo de avaliação
gem-se também pelas disposições legais sobre: de impacto ambiental, ou na ausência deste, nos termos
- Eliminação de Barreiras Arquitectónicas (DL 123/97 a definir pelas entidades com jurisdição local competen-
de 22 de Maio) tes.
- Regulamento de Segurança contra Incêndios em
Edifícios Escolares (DL 414/98 de 31 de Dezembro.) Enquanto os estabelecimentos de classe C devem ser
- Regime Legal sobre Poluição Sonora (DL 292/2000 devidamente isolados de edifícios de habitação e situa-
de 14 de Novembro) dos em locais próprios, os estabelecimentos de classe
D, desde que asseguradas as condições de isolamento,
Legislação de referência: são compatíveis com o uso do prédio em que se encon-
- DL 37 575 de 08/10/1949 – Estipula as distâncias trem.
mínimas entre recintos escolares e outras constru-
ções, e estabelecimentos insalubres, incómodos, tó- Quanto aos estabelecimentos industriais de classe D, a
xicos ou perigosos. sua instalação depende apenas da apreciação do res-
Confere às Câmaras Municipais e às Direcções Re- pectivo projecto de instalações eléctricas, estando estes
gionais de Educação o poder de promover o em- estabelecimentos dispensados de prévia aprovação de
bargo e a demolição das construções que tenham localização.
desrespeitado os afastamentos estipulados.
- DL 44 220 de 03/03/1962 – Derroga o anterior no - Legislação de referência:
que respeita ao afastamento mínimo entre cemitérios - DL 232/92 de 22/10 – Regula a instalação e gestão
e edifícios escolares, estabelecendo que, em caso de de parques industriais.
reclamação, deverá deixar-se um intervalo de 10 - DL 282/93 de 17/08 – Estabelece normas disciplina-
metros entre o cemitério e qualquer edifício vizinho. res do exercício da actividade industrial. Altera re-
- DL 141/93 de 26/04 – Lei orgânica das Direcções dacção de vários artigos do DL 109/91 de 15/03. Re-
Regionais de Educação. voga o Dec. Reg. 10/91 de 15/03.
- DL108/94 de 23/04 – Comete às CCR algumas das - Dec. Reg. 25/93 de 17/08 – Aprova o novo Regula-
competências da DGOT, nomeadamente as resul- mento do Exercício da Actividade Industrial.
tantes dos diplomas sobre protecção a edifícios es-
colares.
-DL 120/2000 de 04/07 – (Lei orgânica do Ministério
Ambiente e Ordenamento do Território) – Transfere - Entidades competentes:
para as DRAOT as competências das CCR em orde- - Câmaras Municipais ou DRAOT – Compete-lhes a
namento do território. aprovação da localização e a definição das zonas de
protecção.
- Entidades competentes: - Direcção Regional de Agricultura ou Instituto dos
- Câmaras Municipais– Deverá respeitar os afasta- Mercados Agrícolas e Indústria Agro-Alimentar, do
mentos mínimos exigidos, no licenciamento de cons- Ministério da Agricultura - entidade coordenadora.
truções na proximidade de um recinto escolar e aten- - Direcção Geral de Energia ou Delegação Regional
der igualmente aos condicionalismos determinados da Economia, do Ministério da Economia – Compete-
para a zona de protecção respectiva. lhe a coordenação do processo de licenciamento, até
à entrada em laboração de um estabelecimento in-
dustrial, e a emissão da respectiva licença. Têm atri-
buições e funções consultivas no âmbito industrial as
B.3.2 Estabelecimentos industriais seguintes entidades:
A legislação em vigor prevê restrições de utilidade pú- - Instituto de Protecção da Produção Agro-Ali-
blica que condicionam as condições de localização e mentar
laboração da indústria, de forma a evitar eventuais con- - Delegações Regionais do Ambiente
flitos entre os diversos usos, industriais e outros, e asse- - Direcção Geral da Saúde
gurando simultaneamente condições mais favoráveis e - Inspecção Geral do Trabalho
seguras para o funcionamento das unidades industriais.
As instalações militares, incluindo aeródromos e respec- - Possíveis medidas a considerar, nesta fase, sus-
tivas áreas anexas possuem zonas de protecção pró- ceptíveis de compensar as eventuais incidências ne-
prias, com a finalidade de garantir simultaneamente a gativas sobre a qualidade do ambiente e as condi-
sua própria segurança, a segurança nas zonas que lhes ções necessárias à saúde humana.
são confinantes e também as condições necessárias à
realização, por parte das forças armadas, das suas A AIA é um instrumento de carácter preventivo da polí-
actividades específicas. tica do ambiente, conduzido pela promoção de estudos e
consultas, com participação pública, sob a tutela da
Outras instalações de interesse para a defesa nacional, Direcção Geral do Ambiente, que assegura as funções
embora não militares, tais como refinarias, fábricas de de coordenação geral e de apoio técnico.
armamento, etc., possuem zonas de segurança nas
áreas circundantes, sujeitas a restrições e autorizações No entanto, é previsto que o procedimento de AIA seja
especiais, que podem incluir a proibição de construções precedido por uma proposta de definição preliminar no
de qualquer natureza. âmbito do estudo de impacto ambiental, ou EIA (estudo
de impacto ambiental), contendo uma descrição sumária
As servidões militares podem ser gerais ou particulares: do tipo, características e localização do projecto, acom-
panhada de uma declaração de intenção de o realizar.
- No caso das áreas sujeitas a servidões gerais, em que
não são especificados no respectivo diploma legal os Numa fase preliminar de escolha ou análise do terreno,
condicionamentos a observar, é proibido executar, sem na ausência ainda de qualquer elemento de projecto, a
licença da autoridade militar competente, entre outros, avaliação do impacto ambiental só poderá basear-se em
os trabalhos seguintes: previsões de âmbito muito geral, decorrentes de uma
- Construções de qualquer natureza, incluindo enter- determinada ordem de dimensão em termos de pro-
radas, subterrâneas ou aquáticas. grama, tais como a produção, condução e remoção de
- Alterações de qualquer forma, por escavação ou efluentes e lixos hospitalares, regime de ventos e sua
aterro, do relevo e da configuração do solo. relação com fumos, sombreamento eventualmente pro-
- Vedações, mesmo que sejam de sebe como divisó- duzido nos terrenos vizinhos, consequências paisagísti-
ria de propriedades. cas ou obstrução de vistas existentes, fluxo de viaturas
- Plantações de árvores e arbustos. de vários tipos, incluindo as de abastecimentos, dimen-
- Genericamente, quaisquer outros trabalhos ou acti- sionamento compatível de vias e escoamento de tráfego,
vidades que possam inequivocamente prejudicar a etc., no sentido de identificar orientações que contribuam
segurança da instalação ou missões a desempenhar. para a redução de possíveis efeitos negativos, tendo
- A área sujeita a servidão geral tem 1 km de largura. presente que o empreendimento não pode alterar as
condições normais do ambiente definidas por lei, dentro
- No caso de áreas sujeitas a servidões particulares, são do princípio da salvaguarda dos direitos previamente
especificadas as restrições ou proibições estipuladas, de adquiridos.
acordo com as exigências da instalação em causa.
A área sujeita a servidão particular tem a largura que Este equacionamento preliminar dos condicionamentos e
constar no respectivo decreto. aptidões do terreno, em termos ambientais, como local
potencial de construção de um edifício hospitalar com
- Legislação de referência: determinada capacidade, características, etc., será o
- Lei 2.078/55 de 11/06 – Define o regime das zonas embrião dos posteriores estudos e avaliações ambien-
confinantes com instalações militares ou afins. tais que devem acompanhar o projecto até à sua con-
clusão, e tem necessariamente consideráveis conse-
- DL 45.986/64 de 22/10 – Define as competências quências na génese das primeiras opções a nível da
sobre a definição das servidões militares. solução.
- Portaria 22.591 de 23/03/1967 – Define as autori-
dades militares que intervêm no estabelecimento das - Legislação de referência:
servidões militares - DL 11/87 de 7 /04 - Lei de Bases do Ambiente,
- DL 69/2000 de 3/05 - estabelece o regime jurídico
- Entidades competentes: da avaliação do impacto ambiental.
- Nas zonas sujeitas a servidão militar, entre outras - Portaria 330/2001 de 02/04 – Normas técnicas res-
proibições a observar, não poderão ser licenciados peitantes ao PDA e ao EIA
quaisquer trabalhos ou construções sem licença da
autoridade militar competente, por delegação do Mi- - Entidades competentes:
nistro da Defesa Nacional. - Direcção Geral do Ambiente (DGA).
rindo-se especificamente, entre outros aspectos, o tipo vas de obstáculos deverão ser constituídas de
de operações – diurna ou diurna/nocturna – e, se possí- acordo com o especificado no anexo 14 da ICAO.
vel, o tipo de aparelho (helicóptero) que se prevê vir a - Identificação de obstáculos nas proximidades
operar. (num raio de 1 500 m) e determinação da sua
conflitualidade com a operação do heliporto.
Constitui esta opção de instalação um importante crité- - Viabilidade de instalação de sinalização lumi-
rio de avaliação na escolha do terreno destinado a uma nosa de aproximação.
unidade hospitalar, tanto mais que a operacionalidade - Análise correlativa com outras eventuais infra-
de um heliporto em operações de emergência médica estruturas aeronáuticas existentes nas proximi-
não é apenas condicionada pelo existência de um dades e com possível tráfego conflituante.
terreno, mas fundamentalmente pela possibilidade de - Condicionantes derivadas das possíveis solu-
viabilização das superfícies de aproximação de acordo ções. - Servidões decorrentes.
com as normas de segurança aplicáveis, acarretando
assim o estabelecimento e publicitação da respectiva - Elementos justificativos e conclusões:
servidão aeronáutica. - Análise ponderada de alternativas com referên-
cia se necessário a opções – tipos de aproxima-
A viabilidade de instalação de um heliporto quer em ção, instalação de plataformas elevadas ou na
pavimento térreo quer em placa na cobertura do edifício cobertura dos edifícios, limitações das soluções.
hospitalar, deverá ser assegurada, naturalmente, tendo - Recomendações.
em conta a existência do próprio edifício hospitalar, de
edifícios e obstáculos envolventes, não só existentes - Documento de referência:
como previsivelmente futuros. - Critérios Técnicos Básicos para Aprova-
ção/Certificação de heliportos de hospitais em
Deste modo, deverá ser consultada a Câmara Municipal operações de emergência médica (documento
respectiva, afim de se identificar não só o desenvolvi- em fase de conclusão)
mento urbano, previsto em PDM ou revisão do mesmo, - Outra legislação especial acima referida.
para a zona onde o terreno se insere, como alertar a
mesma edilidade para as possíveis repercussões que a - Entidades competente:
inserção do heliporto pode provocar nessa zona. - Instituto Nacional de Aeronáutica Civil – entidade
que certifica e aprova os heliportos de hospitais
Por outro lado, o Instituto Nacional de Aviação Civil
(INAC), como entidade certficadora dos heliportos em
geral e dos heliportos hospitalares em particular, tem ca- 3.5 ZONA DE PROTECÇÃO
pacidade para apoiar a decisão de selecção de terrenos
A fixação das zonas de protecção é feita por despacho
para unidades hospitalares sob a perspectiva da viabili-
do Ministro das Cidades, do Ordenamento do Território e
dade de instalação de heliportos.
Ambiente, sobre proposta fundamentada da Direcção
Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento
Este apoio confina-se em duas vertentes:
Urbano (DGOTDU), ouvida a Câmara Municipal interes-
- Verificação das condicionantes ao voo preexisten-
sada e depois de realizado inquérito público. As zonas
tes no local, também designadas por servidões aero-
de protecção aprovadas são publicadas em Diário da
náuticas, através de planta de localização à escala
República.
1/25000 com referência ao local em coordenadas
geográficas.
Dada a morosidade dos circuitos formais em vigor, re-
comenda-se que as zonas de protecção sejam propostas
- Análise detalhada das condições existentes para a
o mais cedo possível, embora com um carácter provisó-
instalação de um heliporto em operações de emer-
rio, ao nível dos órgãos de decisão municipal, logo após
gência médica, tendo em vista aconselhar a opção
ser definida a localização de qualquer unidade hospita-
por um heliporto no solo ou em placa, na cobertura
lar. Deste modo será possível, por um lado, a promo-
do edifício
tores e ao público em geral conhecer antecipadamente
tais condicionamentos e, por outro, aos serviços técnicos
- Proposta de estudo de viabilidade de Instalação do
municipais tomar as devidas precauções nas respostas a
Heliporto:
pedidos de licenciamento para o local.
- Bases de análise:
- Localização do terreno – localização em planta
De facto, uma vez que a criação de unidades hospitala-
à escala 1:25 000 – Coordenadas geográficas.
res na periferia ou no exterior dos aglomerados tende a
- Altimetria definida com curvas de nível.
originar surtos de crescimento urbano não previsto no
- Estudo dos ventos dominantes – determinação
local, é desejável que sejam estabelecidos com a ante-
de duas ou três direcções (canais) preferenciais
cipação possível os instrumentos legais capazes de
de aproximação.
regular essa tendência, logo que a localização do hos-
- Definição do tipo de helicóptero e tipo de explo-
pital é publicamente divulgada, e assegurar a preserva-
ração pretendido.
ção de condições favoráveis para a envolvente da nova
- Viabilidade das superfícies limitativas de obstá-
instalação de saúde.
culos, também designadas por canais de aproxi-
mação (demonstração com base nos elementos
- Legislação de referência:
cartográficos) – planta à escala 1:10.000 ou
- DL 21 875 de 18.11.1932 - Estabelece zonas de
1:5.000, com altimetria e cortes correspondentes
protecção dos edifícios públicos não classificados, de
pelo eixo das superfícies. As superfícies limitati-
reconhecido valor arquitectónico.
São por isso de preferir os terrenos situados em zonas Deste modo, foram estes hospitais agrupados por esca-
planas ou pequenas encostas voltadas ao quadrante lões de 150 a 500 camas com variações de 50 em 50
1
Sul-Nascente, devendo excluir-se os que se encontrem camas. A média da lotação dos hospitais elegíveis,
em encostas voltadas ao quadrante Norte. Só em cir- apresentado no quadro em rodapé, comprova a escolha
cunstâncias excepcionais, devidamente fundamentadas, tomada.
se deverão aceitar orientações Norte-Nascente ou Norte-
Poente. Do estudo dos dados existentes seleccionaram-se os
seguintes indicadores expressos no quadro 1:
- Área de terreno
- Área de implantação
4.2 DIMENSIONAMENTO
- Área de terreno / cama
Tendo em vista apurar alguns parâmetros que ajudem a - Índice de ocupação (área de implantação / área de
determinar o dimensionamento dos terrenos para as terreno)
unidades hospitalares suportamo-nos na Base de Dados - Índice de construção (área de construção / área de
da DGIES relativa aos 10 últimos hospitais construídos terreno)
pelo Ministério da Saúde. - Numero de lugares de estacionamento/cama, à
superfície e/ou em parqueamento coberto.
Obviamente que os dados apurados não deverão ser
considerados como regra obrigatória mas tão somente
como dados de referência que, em nosso entender, 1
poderão servir de apoio em fases preliminares de apre-
ciação dos terrenos. HOSPITAIS Lotação 150 200 250 300 350 400 450 500
Matosinhos 407 ⊗ ⊗
Considerando que os hospitais de referência se enqua- Leiria 492 ⊗ ⊗
dram na tipologia de hospitais distritais, poderemos Viseu 524 ⊗
agrupá-los pela sua lotação. Pese embora este termo de S. M. da Feira 345 ⊗ ⊗
referência ser progressivamente menos fiável, dado que Barl. Algarvio 177 ⊗ ⊗
o “peso” da área ambulatória e de MCDT é cada vez Cova Beira 262 ⊗ ⊗
maior relativamente à área de internamento, não se Vale Sousa 347 ⊗ ⊗ ⊗
obtiveram entretanto outros termos referência. Torres Novas 144 ⊗
Tomar 236 ⊗ ⊗
Média --- 160 207 249 318 346 377 449 508
QUADRO 1
Lotação
Indicadores
150 200 250 300 350 400 450 500
Área de terreno
(ha)
5 5 6 7 7 9 11 14
valor aproxi-
mado
Área de im- 10.0
2 10.500 10.000 11.500 11.500 13.000 15.000 20.000
plantação (m ) 00
Área ter-
2 335 250 230 235 200 225 245 278
reno/cama (m )
Índice de ocu-
0,20 0,21 0,17 0,16 0,16 0,14 0,14 0,14
pação
Índice de cons-
0,70 0,75 0,60 0,70 0,80 0,65 0,60 0,50
trução
N.ºlugares
estacionamento/ 3,5 3,5 3 3 3 2,5 2,5 2,5
cama*
* Lotação do hospital
A aplicabilidade destes indicadores permite, em fase garantia de que as linhas de água não representam
inicial de avaliação dos terrenos, apurar, face à capaci- qualquer risco para a unidade (inundação, poluição etc.).
dade pré definida da lotação do hospital a instalar, a sua
potencialidade em relação a possíveis constrangimentos Sempre que haja dúvidas sobre a qualidade dos terre-
urbanísticos ou referenciar factores a levar em conta nos nos, independentemente do posterior reconhecimento
diversos estudos consequentes. geotécnico, os mesmos deverão ser objecto de parecer
prestado por entidades especializadas.
Naturalmente, a exigência de área para o terreno deverá
ter em conta não só a implantação do edifício, mas tam-
bém a área necessária para arruamentos, respectiva 4.5 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊN-
ligação à rede viária exterior e estacionamentos à super- DIOS
fície. Além disso, poderá ser considerada a possibilidade
de expansão futura da unidade hospitalar e a implan- Na escolha dos terrenos para unidades hospitalares
tação de um heliporto no solo. Alguns destes aspectos devem ser observadas as disposições do Regulamento
decorrem da dimensão da unidade, cuja ordem de gran- de segurança contra Incêndios em edifícios de tipo hos-
deza deverá estar claramente definida à partida, com pitalar (DL n.º 409/98 de 23 de Dezembro), nomeada-
maior ou menor pormenor, anteriormente à escolha do mente no que se refere às condições de acesso ao edifí-
terreno, sendo de desejar inclusive, a existência do res- cio, devendo prever-se, no interior do terreno, vias de
pectivo Programa Funcional. acesso de bombeiros a paredes exteriores, estaciona-
mento das respectivas viaturas e apoio às operações de
Será desejável também que o terreno apresente dispo- socorro.
nibilidade de área para zona verde, a valorizar por en-
quadramento paisagístico adequado. Estas vias devem constituir um anel periférico de segu-
rança em torno da edificação, para fácil acesso de bom-
Assim, deverão estes aspectos ser enquadrados com beiros a cada ponto do edifício, devendo ser considerada
outros factores já anteriormente referidos por forma a na previsão inicial da ocupação do terreno a área ne-
obter, caso a caso, uma conclusão coerente e sobretudo cessária para a sua criação.
de bom senso.
Os acessos ao terreno e ao edifício, tal como a rede
viária pública a que se ligam, devem garantir plenas
condições para a aproximação e manobra de viaturas de
4.3 CONFIGURAÇÃO bombeiros, nos termos e dimensões definidos no regu-
No tocante à configuração do terreno refira-se que a sua lamento referido.
forma deverá ser homogénea e tanto possível rectan-
gular. Contudo, na maioria dos casos tal não é tão linear Para edifícios hospitalares de grande altura, deverá
pelo que se deverá considerar a hipótese de inscrever necessariamente existir um quartel de bombeiros apto
no terreno proposto um rectângulo em que a maior di- para esse tipo de intervenção a uma distância máxima
mensão não exceda o dobro da menor dimensão. de 3 km, podendo este limite ser, contudo, eventual-
mente alargado em circunstâncias particulares, a escla-
De acordo com a tendência verificada na evolução hos- recer caso a caso com o Serviço Nacional de Bombeiros.
pitalar, sobretudo na vertente do ambulatório, deverá ser
privilegiada a escolha de um terreno que favoreça, tanto Para a definição das condições de segurança a estabe-
quanto possível, a construção na horizontal, em detri- lecer, deve ser sempre ouvido o SNB.
mento da construção em altura
- Legislação de referência:
Com efeito a geometria do terreno, aliada a factores - DL 409/98 de 23/12 – Regulamento de segurança
como orientação e topografia é de grande importância ao contra incêndio em edifícios de tipo hospitalar
pretender-se a correcta e harmónica articulação dos
espaços, volumes da construção, exposição solar e o - Entidades competentes:
pleno aproveitamento de toda a área disponível. - Serviço Nacional de Bombeiros (SNB).
ainda o da sua preparação para a construção. A even- - Aquisições difíceis ou situações em que os proces-
tual necessidade de demolição de construções existen- sos de declaração de utilidade pública e posse admi-
tes, de remoção de camadas de aterro, de desvio de nistrativa não sejam expeditos
linhas de transporte de energia eléctrica, poderá entre - Hipotecas ou quaisquer outros ónus
outros factores, onerar excessivamente a construção da - Demolição de edifícios e necessidade de realoja-
unidade hospitalar. mento de populações
Considerar-se-á também, por outro lado, a disponibili- - Impossibilidade de instalação, em tempo útil, de in-
dade do terreno face ao planeamento global do empre- fra-estruturas nomeadamente acessos, abasteci-
endimento. Este factor deve fazer parte dos critérios de mento de água, energia eléctrica ou drenagem de
escolha entre várias alternativas de localização, caso tal águas pluviais ou residuais.
se verifique. - Necessidade de desvio de linhas aéreas de trans-
porte de energia eléctrica.
A reserva de um terreno não implica, com efeito, a sua - Necessidade de desvio de linhas de água.
disponibilidade imediata. De entre os principais obstá-
culos que podem comprometer a sua disponibilidade em Sem estar garantida a resolução dos problemas decor-
tempo útil e que, nalguns casos, poderá implicar mesmo rentes da existência destes ou outros obstáculos, não
a escolha de outras alternativas de localização, citam-se estará assegurada a disponibilidade do terreno, nem
os seguintes: será possível assegurar o cumprimento correcto do pla-
- Existência de servidões, restrições ou outras condi- neamento do empreendimento.
cionantes que obriguem a processos de alteração
morosos ou fortemente limitativos.
6.1.7 Heliporto
6.1.5 Restrições e servidões de utilidade pública - Avaliação das condições do terreno tendo em vista a
instalação de um heliporto hospitalar em operações de
- Restrições e Servidões de utilidade pública a conside-
emergência médica, com a colaboração do INAC .
rar:
- Consulta à Câmara Municipal respectiva para identifi-
- Domínio público hídrico
cação não só do desenvolvimento urbano, previsto em
- Margens e zonas inundáveis
PDM ou revisão do mesmo, para a zona onde o terreno
- Albufeiras de águas públicas
se insere, como alertar a mesma edilidade para as pos-
- Águas Subterrâneas para Abastecimento Público
síveis repercussões que a inserção do heliporto pode
- Águas de nascentes
provocar nessa zona
- Reserva Ecológica Nacional (REN)
- Verificação, pelo INAC, das condicionantes ao voo
- Reserva Agrícola Nacional (RAN)
preexistentes no local, também designadas por servi-
- Rede nacional de áreas protegidas
dões aeronáuticas, através de planta de localização à
- Zonas especiais de conservação e zonas de pro-
escala 1/25000 com referência ao local em coordenadas
tecção especiais
geográficas.
- Regime florestal
- Análise e parecer técnico, pelo INAC, das condições
- Áreas florestais percorridas por incêndios
existentes para a instalação de um heliporto em opera-
- Montados de sobro e azinho
ções de emergência médica, tendo em vista aconselhar
- Oliveiras
a opção por um heliporto no solo ou em placa, na co-
- Pinheiro bravo e eucalipto
bertura do edifício
- Azevinho
6.2.3 Dimensionamento
6.1.12 Infra-estruturas
- Análise comparativa da dimensão do terreno com a
- Solicitação aos Serviços Municipalizados da identifica- base de dados da DGIES para unidades hospitalares
ção das infra-estruturas existentes e futuras que se ade- com dimensão (n.º de camas) equivalente.
qúem à futura unidade hospitalar. - Utilização dos indicadores e ratios referidos no quadro
- Verificação das condições existentes e futuras relativas seguinte, para identificação das capacidades do terreno
a:
- Vias de acesso directo
- Drenagem de esgotos pluviais e sanitários
- Abastecimento de água e suas condições
- Abastecimento de energia eléctrica
- Abastecimento de gás natural
- Rede de telecomunicações
- Recolha de lixo doméstico
- Recolha de lixo infectado ou incineração própria
- Avaliação de conveniência de instalação de heliporto
ou existência de heliporto próximo
QUADRO 1
Lotação
Indicadores
150 200 250 300 350 400 450 500
Área de terreno
(ha)
5 5 6 7 7 9 11 14
valor aproxi-
mado
Área de im-
2 10.000 10.500 10.000 11.500 11.500 13.000 15.000 20.000
plantação (m )
Área ter-
2 335 250 230 235 200 225 245 278
reno/cama (m )
Índice de ocu-
0,20 0,21 0,17 0,16 0,16 0,14 0,14 0,14
pação
Índice de cons-
0,70 0,75 0,60 0,70 0,80 0,65 0,60 0,50
trução
N.º lugares
estacionamento/ 3,5 3,5 3 3 3 2,5 2,5 2,5
cama*
* Lotação do hospital
A1 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE Ficou estabelecido neste decreto que é o Governo- atra-
vés do Ministério das Obras Públicas e Comunicações a
ZONAS DE PROTECÇÃO autorizar as zonas de protecção, o que fará mediante
parecer do Conselho Superior de Obras Públicas.
1. INTRODUÇÃO
Haverá ainda uma proposta fundamentada da Direcção-
Não carece de demonstração, por evidente, a necessi- Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais ou de jun-
dade de preservar a qualidade do ambiente nas zonas tas e comissões administrativas autónomas ou de quais-
envolventes dos edifícios de saúde, qualquer que seja o quer organismos do Estado encarregados da construção
tipo da unidade de saúde. Nestes estabelecimentos e conservação de edifícios públicos.
encontram-se utentes cujo estado de doença e maior
vulnerabilidade justificam uma exigência acrescida relati- Estas propostas serão ainda acompanhadas de um
vamente às condições ambientais, as quais, em larga parecer do Conselho Superior de Belas Artes, mas ape-
medida resultam de causas exteriores ao edifício e ao nas quando se trate de monumentos nacionais.
seu próprio terreno, como é o caso de perturbações
originadas pela existência, no exterior e a curta distân- O Ministério da Obras Públicas tem ainda que aprovar os
cia, de focos emissores de cheiros, fumos, poeiras, ruí- projectos de novos edifícios ou de grandes reconstru-
dos ou vibrações. ções em edifícios do Estado. Estes projectos deverão
ser acompanhados de uma planta geral onde estejam
A qualidade ambiental não se limita, porém, a estes indicados as construções e os arruamentos construídos
factores físicos. Tratando-se de unidades hospitalares, ou projectados nas proximidades da construção projec-
em que se verifica a permanência de doentes em regime tada, de fotografias do local e ainda, quando a natureza
de internamento por períodos maiores ou menores, há a da construção o justifique, da proposta da criação da
considerar também as implicações de bem estar ineren- respectiva zona de protecção.
tes à satisfação da necessidade de conforto visual, que
passa, entre outros aspectos, pela possibilidade de fruir Conforme já foi referido é necessária a autorização por
dos valores paisagísticos que eventualmente se apre- parte do Ministério das Obras Públicas, para a criação
sentem como mais-valia do terreno. Essas condições, das zonas de protecção. Mais, dentro destas zonas
ainda que à partida favoráveis, podem no entanto ser podem ser fixadas áreas vedadas à construção.
comprometidas pela interposição de novas construções
com volume e/ou situação inconvenientes. A inobservância destes requisitos determina a demoli-
ção, por parte do Estado, da construção feita, não tendo
Por outro lado, em relação a um aspecto de caracter o proprietário direito a qualquer indemnização.
físico, como é o caso de uma exposição solar favorável,
esta é igualmente passível de ser prejudicada pelo en- As Câmaras Municipais não podem conceder licenças
sombramento provocado por um edifício vizinho, de para a construção ou reconstrução de edifícios particula-
construção posterior à elaboração do projecto da uni- res nas zonas de protecção, sem prévia autorização dos
dade de saúde em causa. respectivos projectos pelo Ministério das Obras Públicas,
que decidirá, depois de ouvidas as entidades acima
Estas questões têm a ver com inconvenientes susceptí- referidas que têm a possibilidade de elaborar proposta
veis de afectar estabelecimentos de saúde em resultado fundamentada.
da inserção, na sua proximidade, de construções ou
actividades prejudiciais, em termos de segurança, con- Os proprietários de terrenos vedados à construção den-
forto e salubridade e estão na origem dos cuidados que tro das zonas de protecção têm direito a pedir ao Estado
presidem à criação de zonas de protecção em torno a expropriação dos mesmos, nos termos da legislação
desses edifícios. aplicável à expropriação por utilidade pública.
As zonas de protecção são ainda fixadas pelo Ministério ção Regional, agora Comissões de Coordenação e Des-
da Obras Públicas e Comunicações, agora sob proposta envolvimento Regional, por força do Decreto-Lei n.º
da Direcção Geral dos Serviços de Urbanização. Mais 104/2003, dos serviços exercidos pela Direcção Geral do
ficou estabelecido que é aos serviços encarregues da Ordenamento do Território, serviços esses previstos
construção e conservação dos edifícios públicos que quer no Decreto 34 993, de 11 de Outubro de 1945, quer
compete sugerir à Direcção Geral acima referida o esta- no Decreto n.º 40 338, de 21 de Novembro de 1955.
belecimento de zonas de protecção, fazendo acompa-
nhar as sugestões de peças desenhadas. 2.2.4 Contudo, e como já foi dito atrás, essa Direcção
Geral tem ainda competência, que decorre da sua Lei
Mais, as Câmaras Municipais não podem ainda conce- Orgânica, para propor a criação de zonas de protecção,
der licenças para a construção ou reconstrução de edifí- pelo que se torna prudente concluir que as Comissões
cios particulares nas zonas de protecção, sem prévia de Coordenação e Desenvolvimento Regional apenas
autorização dos respectivos projectos pelo Ministério das têm competência para promover directamente o em-
Obras Públicas, que decidirá depois de ouvir a Direcção bargo e demolição das obras realizadas sem prévia
Geral dos Serviços de Urbanização. autorização nas zonas de protecção dos edifícios ou
construções de interesse público não classificados como
monumentos nacionais, e bem assim, das obras realiza-
das nas áreas urbanizadas ou urbanizáveis com desres-
2.1.4 Decreto n.º 40 388, de 21 de Novembro de 1955 peito dos condicionamentos fixados nos respectivos
Este Decreto veio alargar o âmbito de incidência do planos de urbanização e seus regulamentos.
Decreto de 1932, de forma a poderem beneficiar desta
prerrogativa, também os edifícios de interesse público 2.2.5 Relativamente à concessão de licenças, decorre do
cuja natureza especial reclame o condicionamento da decreto n.º 34 993 no seu artigo 2.º que são as Câmaras
utilização dos terrenos circundantes. Estando pois aqui Municipais as competentes para conceder licenças para
abrangidos, além de outros, os hospitais. a construção ou reconstrução de edifícios particulares,
no entanto, só o podem fazer se obtiverem prévia autori-
Para tal, também é o Governo que autoriza a criação das zação do Ministro das Cidades e Ordenamento do Ter-
zonas de protecção para estes edifícios, através do ritório e Ambiente, que decidirá depois de ouvida a Di-
Ministério de Obras Públicas, sob proposta fundamen- recção Geral do Ordenamento do Território e Desenvol-
tada da Direcção Geral dos Serviços de Urbanização, vimento Urbano.
ouvida a Câmara Municipal interessada e mediante
parecer do Conselho Superior de Obras Públicas. 2.2.6 Contudo, é de salientar que as áreas de protecção
de unidades hospitalares são regulamentadas da mesma
Relativamente aos embargos e demolições das obras forma que as áreas de protecção de edifícios públicos e
realizadas por falta de prévia autorização, cabe à Direc- outras construções de interesse público. Com efeito,
ção Geral dos Serviços de Urbanização, mediante des- afigura-se ser de distinguir claramente que no presente
pacho do Ministério das Obras Públicas, promover as ponto 2.2. se está a referir dois procedimentos distintos.
mesmas. Também aqui não assiste qualquer tipo de Um destinado a estabelecer estas áreas de protecção,
indemnização aos proprietários. onde intervém a DGOT e outro destinado ao licencia-
mento de obras de construção ou reconstrução de edifí-
cios particulares onde intervém a ex-DRAOT, actual-
mente CCDR.
2.2 Actualização das Instituições
Feita a explicação de toda a evolução legislativa, cabe
agora proceder à actualização institucional, de forma a
se entender qual o processo de criação das zonas de 2.3 Legislação aplicável às Infra-estruturas Aeronáu-
protecção. ticas e Militares
- Lei n.º 2 078/55 de 11/07 – Servidão militar: define o
2.2.1. O processo de criação das zonas de protecção é regime das zonas confinantes com instalações militares
autorizado pelo Governo através do Ministério das Cida- ou afins.
des, Ordenamento do Território e Ambiente, sob pro- - DL n.º 45 986/64 de 22/10 – Servidão militar: define as
posta fundamentada da Direcção-Geral do Ordenamento competências sobre a definição das servidões militares.
do Território e Desenvolvimento Urbano, competência - DL n.º 45 987/64 de 22/10 – regime das zonas confi-
que decorre da sua Lei Orgânica, Decreto-Lei n.º 271/94, nantes com aeródromos civis e instalações de apoio à
de 28 de Outubro, no artigo 7.º n.º 3 alínea f), e ouvida a aviação civil.
Câmara Municipal interessada. - DL n.º 133/98 de 15/05 – Lei orgânica do INAC, com
definição de competências relativamente a infra-estrutu-
2.2.2. Compete aos serviços encarregues da construção ras aeronáuticas.
e conservação dos edifícios públicos sugerir à Direcção
Geral acima mencionada o estabelecimento das zonas 3. OCUPAÇÃO DO TERRENO
de protecção, pelo que compete à DGIES sugerir à
DGOTDU o estabelecimento das zonas de protecção Além da ocupação do terreno pelo edifício, deve ser
referentes a hospitais. Tais sugestões deverão ser considerada a possibilidade de expansão da unidade de
acompanhas pelas peças desenhadas. saúde, no caso de estar prevista, o que pode afectar o
afastamento a conferir à zona de protecção junto às
2.2.3. No entanto, o Decreto-Lei n.º 108/94, de 23 de zonas do terreno susceptíveis de ocupação futura.
Abril veio dar competências às Comissões de Coordena-
O perímetro de uma zona de protecção é estabelecido A constituição de uma zona de protecção principiará por
tomando em conta, entre outros factores, os edifícios, os ser sugerida através de uma memória descritiva, com-
traçados viários construídos ou projectados, as servi- pletada por outros elementos, adiante enumerados (ver
dões aeronáuticas do heliporto (caso exista ou venha a ponto 12).
existir) e respectiva zona de protecção, a topografia e as
distâncias que, em conformidade, se pretendem assegu- Em princípio, a Memória Descritiva será subdividida em
rar em relação aos limites do terreno da unidade de três partes:
saúde.
- Generalidades - caracteriza sucintamente o centro
Em vez de obedecer a uma regra geral, o traçado das urbano, referindo localização geográfica, demografia
zonas de protecção das unidades de saúde é estabele- e outros aspectos relevantes.
cido pela ponderação criteriosa de todos os factores em
presença, caso a caso. - Características da Zona do Hospital - deve des-
crever-se a localização e a superfície do terreno do
Alguns dos critérios em causa são do domínio do sim- edifício, os acessos e sistema viário envolvente, des-
ples senso comum: assim, por exemplo, não fará sentido crição do edifício, respectiva superfície total e volu-
atravessar edifícios com linha de delimitação da zona de metria.
protecção, do que resultariam edifícios parcialmente
incluídos na área protegida e parcialmente fora dela. - Zona de Protecção - deve referir sucessivamente, o
fundamento jurídico da constituição da zona de
Decorre de todos os factores considerados que o esta- protecção, a descrição da mesma e explicitar os
belecimento de zonas de protecção de edifícios situados afastamentos considerados. Nesta parte devem ficar
no interior de malhas urbanas antigas como, por exem- claramente formulados os condicionamentos que
plo, no centro histórico de grandes cidades, é afectado passarão a vigorar na zona de protecção do edifício.
por preexistências e condicionamentos que determinam
geralmente uma configuração mais irregular e complexa
dos contornos da zona de protecção proposta.
7. HELIPORTO
9. ELEMENTOS DE TRABALHO
Hospital de Santa Marta 25 80
- Plantas, cortes e alçados do edifício, etc.(elementos do
Hospital de São José 15 118 projecto).