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O Culto dos Ancestrais – Egungun

Julho 25, 2017 por Manuela

Segundo a tradição do culto de Egungun, que é originário da África, região de Oyò. O culto

de Egungun, é exclusivo de homens, sendo Alápini o cargo mais elevado dentro do culto,

tendo como auxiliares os Ojés.

Todo integrante do culto de Egungun é chamado de Mariwó.

Xangô (Sòngó), é o fundador do culto a Egungun, somente ele tem o poder de controla-los,

como diz um trecho de um Itan:


“Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais,

com Xangô a frente, as Yàmi fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram

assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e

as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Yàmi ficaram furiosas com Xangô e

juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraido atendendo seus

súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Yàmi

atacaram, derrubaram a Adubaiyni filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou

desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi

até Orunmilà, que lhe disse que Yàmi é que havia matado sua filha, Xangô quiz saber o que

poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilà lhe disse para fazer oferendas

ao Orixá Ikù(Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez,

seguindo a risca os preceitos de Orunmilà.

Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos Egungun

(ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos

Egungun, e se tornando estremamente proibida a participação de mulheres neste culto,

provocando a ira de Olorun, Xangô, Ikú e os próprios Egungun, este foi o preço que as

mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais as Yami”.

Culto aos Egungun é uma das mais importantes instituições, tem por finalidade preservar e

assegurar a continuidade do processo civilizatório africano no Brasil, é o culto aos ancestrais

masculinos, originário de Oyo, capital do império Nagô, que foi implantado no Brasil no início

do século XIX.

O culto principal aos Egungun é praticado na Ilha de Itaparica no Estado da Bahia mas

existem casas em outros Estados.

Quanto ao aspecto físico, um terreiro de Egungun ou Egun apresenta basicamente as

seguintes unidade:

um espaço público, que pode ser freqüentado por qualquer pessoa, e que se localiza numa

parte do barracão de festas;

uma outra parte desse salão, onde só podem ficar e transitar os iniciadores, e para onde os

Egun vêm quando são chamados, para se mostrar publicamente;

uma área aberta, situada entre o barracão e o Ilê Igbalé (ou Ilê Awô – a casa do segredo),

onde também se encontra um montículo de terra preparado e consagrado, que é o

assentamento de Onilé;

um espaço privado ao qual só têm acesso os iniciados da mais alta hierarquia, onde fica o Ilê

Awô, com os assentamentos coletivo, e onde se guardam todos os instrumentos e


paramentos rituais, como os Isan pronuncia-se (ixan), longas varas com as quais os Ojé

invocam (batendo no chão) e controlam os Egungun.

O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era

um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.

A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram

duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de

terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.

Os Terreiros de Egun mais famosos foram:

Terreiro de Vera Cruz, fundado +/- 1820 por um africano chamado Tio Serafim, em Vera

Cruz, Ilha de Itaparica. Ele trouxe da África o Egun de seu pai, invocado até hoje como Egun

Okulelê, faleceu com mais de cem anos.

Terreiro de Mocambo, fundado +/- 1830 por um africano chamado Marcos-o-Velho para

distingui-lo do seu filho, na plantação de Mocambo, Ilha de Itaparica. Teria comprado sua

carta de alforria, anos mais tarde teria voltado à África junto com seu filho Marcos Teodoro

Pimentel conhecido como Tio Marcos, lá permanecendo por muitos anos aperfeiçoando seus

conhecimentos litúrgicos, onde também seu filho foi iniciado. Quando voltaram trouxeram

com eles o assento do Baba Olukotun, considerado o Olori Egun, o ancestre primordial da

nação nagô.

Terreiro de Encarnação, fundado +/- 1840 por um filho do Tio Serafim, chamado João-Dois-

Metros por causa de sua altura, no povoado de Encarnação. Foi nesse terreiro que se invocou

pela primeira vez no Brasil o Egun Baba Agboula, um dos patriarcas do povo Nagô.

Terreiro de Tuntun, fundado +/- 1850 pelo filho de Marcos-o-Velho, chamado Tio Marcos,

num velho povoado de africanos denominado Tuntun, Ilha de Itaparica. Marcos possuiu o

título de Alapini, Ipekun Ojé, Sacerdote Supremo do Culto aos Egungun, na tradição histórica

Nagô, o Alapini representa os terreiros de Egun ao afin, palácio real.

Tio Marcos, Alapini, faleceu por volta de 1935, e com sua morte desapareceu o terreiro do

Tuntun, porém a tradição do culto a Baba Olokotun continuou através de seu sobrinho

Arsênio Ferreira dos Santos, que possuia o título de Alagba, este migrou para o Rio de

Janeiro levando o assento de Baba Olokotun para o município de São Gonçalo. Depois do

falecimento de Arsênio, os assentos dos Baba retornaram para Bahia, através do atual

Alapini, Deoscoredes M. dos Santos, conhecido como Mestre Didi Axipá, presidente da

Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Axipá. Mestre Didi foi iniciado na tradição do culto aos

Egungun por Marcos e Arsênio.

Terreiro do Corta-Braço, na Estrada das Boiadas, ponto de reunião de praticantes da

capoeira, atualmente bairro da Liberdade, cujo chefe era um africano conhecido como Tio
Opê. Um dos Ojé, sacerdotes do culto aos Egungun, conhecido como João Boa Fama, iniciou

alguns jovens na Ilha de Itaparica, que se juntariam com os descendentes de Tio Serafim e

Tio Marcos para fundarem o Ilê Agboulá, no bairro Vermelho, próximo à Ponta de Areia.

Outros terreiros de Egungun foram registrados no final do século XIX, um localizado em

Quitandinha do Capim, que cultuava os Egun Olu-Apelê e Olojá Orum, o de Tio Agostinho,

em Matatu que se tornou ponto de concentração de vários Ojés de outras casas inclusive o

Alapini Tio Marcos, o Terreiro da Preguiça, ao lado da Igreja da Conceição da Praia.

Ilê Agboulá, Localizado em Ponta de Areia, na Ilha de Itaparica, o Ilê Agboulá é, hoje, no

Brasil, um dos poucos lugares dedicados exclusivamente ao culto dos Egun. Sua fundação

remonta ao primeiro quarto do século XX por Eduardo Daniel de Paula, Tio Opê, Tio Serafim

e Tio Marcos, mas a comunidade que lhe deu origem e que lhe mantém os fundamentos está

estabelecida na Ilha, como já vimos há cerca de duzentos anos.

Ilê Olokotun, na Ilha de Itaparica

Ilê Axipá – Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Axipá.

Hierarquia

Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de

Ojé ou Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é muito rígida, apesar de existirem

cargos femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.

Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro),

Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan

(iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá:

Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de

todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das

cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun).

Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.

RITUAL

Tanto a tradição Nagô como a Jeje e a Congo-Angola cultuam os ancestrais. Para os Nagôs

existem no Brasil três formas de cultuar os ancestrais, os Esa, os Egungun e as Iya-mi Agba.

Os terreiros de Candomblé possuem um local apropriado de adoração do espírito de seus

mortos ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim

todos iniciados no culto aos Orixás.


Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à

comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato dele ter-se destacado em vida por servir

a comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom

desenvolvimento do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku onde são assentados e

cultuados os Esa é afastado do templo onde são cultuados os Orixás.

Os sacerdotes que são iniciados especialmente para cuidar do Ilê ibo aku não são adoxu, isso

é, não manifestam Orixá. Os ancestrais cultuados no Ilê ibo aku são diferentes dos cultuados

no Culto aos Egungun, no primeiro são os espíritos dos falecidos da casa de Candomblé e o

segundo são os ara-orun em geral e aos espíritos dos Ojé africanos ou brasileiros.

Os Esa são invocados e cultuados em diversas situações, especialmente no padê, e no axexê

quando é constituído o assentamento de um adoxu ou dignitário ilustre falecido. O assento

de Esa se caracteriza pela representação da existência genérica, e o Egungun pela

representação do espírito individualizado, o Egungun se caracteriza pela aparição no aiyê. Os

Esa e os Egun são invocados no padê.

oloje iku ike obarainan

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