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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
SUMÁRIO
1 – Educação e Marketing
Introdução – O significado do Marketing
1 – 1 – Instituição Educacional e Marketing
1 – 2 – Marketing - Benefícios
5 – Bibliografia
6 – Anexos
1. EDUCAÇÃO E MARKETING
INTRODUÇÃO
O SIGNIFICADO DO MARKETING
2.1 – PLANEJAMENTO
Planejamento – conceito e importância
Planejar é: (a) prever acontecimentos futuros; (b) estabelecer o que queremos
atingir; (c) decidir o que vamos fazer para atingir o pretendido; (d) preparar os recursos; (e)
programar as atividades que nos levem a isso. É através do planejamento, pois, que
tomamos as decisões e realizamos as coisas necessárias a que o futuro seja condizente com
nossas expectativas ou seja melhor que elas – contando o menos possível com sorte.
Planejamento
Plano estratégico
- corporativo
- de negócio
- de unidade
Planos gerenciais
- marketing
- recursos humanos
- produção
- etc.
Plano operacionais
- operações específicas
Partem de situações já bastante definidas, em geral. Por exemplo, o plano de
avaliação de estudos, parte de situação definida: a organização já resolveu distribuir os
pontos, sabe-se o valor e como serão distribuídos. São portanto menos complexos que os
planos gerenciais e os estratégicos, que envolvem situação de incerteza e tratam de aspectos
mais críticos da gestão empresarial.
O horizonte desse tipo de plano pode ser muito curto, assim como pode ser mais
longo. O plano operacional para a construção de prédio pode estender-se por três anos, por
exemplo, enquanto que o plano de controle de uma emergência na organização pode
estender-se por apenas duas horas.
Como fazer um plano
Qualquer que seja o tipo de plano a ser feito, há algumas regras gerais que
podem orientar o planejador. Vamos analisá-las:
Preparação
Antes de mais nada, para planejar bem é necessário uma adequada preparação.
Isso quer dizer juntar previamente as informações relevantes para a montagem do plano,
escolher local e horário adequados para um trabalho sem interrupções e transtorno, orientar
adequadamente os participantes sobre objetivos do planejamento. Igualmente deve-se
providenciar os formulários e impressos a serem utilizados e eventual material orientativo.
Participação
Uma segunda regra a observar no planejamento é a da participação e
envolvimento do pessoal. O plano não pode ser feito de cima para baixo, à revelia daqueles
que terão participação direta na sua execução. Todas as pessoas que toma decisões e têm
autoridade em relação aos assuntos do plano devem participar. À medida que envolvemos
todo o grupo no planejamento, os planos tornam-se mais sólidos e ao mesmo tempo se
obtém maior adesão a eles. A participação poderá ser direta ou indireta; na participação
direta as pessoas compartilham as decisões do plano; na participação indireta são chamadas
a dar informações ou pareceres sobre os tópicos em discussão mas as decisões não são
tomadas diretamente por elas.
Um supervisor de curso que queira fazer um plano de seu setor deverá decidir
quais dos subordinados deverão ser envolvidos diretamente e indiretamente no
planejamento. Digamos, por exemplo, que ele tenha subordinados a ele vinte professores e
um assistente. Esses devem ser envolvidos diretamente. Já o pessoal de apoio ou secretaria
talvez devam Ter apenas participação indireta. Observando o princípio de que a
participação é importante, o planejador deve definir com clareza e coerência qual é o grupo
que deve ajudá-lo a montar o plano, levando em conta as peculiaridades da área em que
atua.
Por escrito
Como já observamos, o plano pode ser feito e executado de modo informal, sem
um registro adequado dos fatos e informações. Isso não é uma boa prática, porém. Os
planos escritos têm mais força, permitem um acompanhamento melhor dos acontecimentos,
facilitam as comunicações, e obtém um compromisso maior por parte dos envolvidos. É
então conveniente que os planos sejam feitos por escrito, ainda que isso aparentemente
burocratize um pouco o processo gerencial.
Simplicidade
Os planos devem ser simples, diretos, concisos e conclusivos. Devem indicar
com clareza o que se pretende fazer e por quê, quem vai estar envolvido, quais as ações a
serem realizadas e em que datas. Toda complicação, como objetivos grandiosos, análises
sofisticadas, introduções pomposas e palavreado pretencioso deve ser evitado, pois nada
disso colabora para o sucesso de um plano.
Roteiro básico
Dependendo do tipo de plano e da situação, pode-se seguir um ou outro roteiro
para a elaboração.
O roteiro básico, porém, é sempre o mesmo: análise da situação, fixação de
objetivos, estabelecimento de estratégias, definição de planos (ou programas) de ação,
montagem de orçamento.
Roteiro de Plano
Orçamento
Planos de ação
Receitas
e/ou
quemdespesas
vai fazera
serem geradas
o que e quando
contratar uma empresa
Construir novas construção
unidades envolver os departamentos
conhecer organizações
semelhantes.
etc.
Os planos de ação são os documentos de orientação final dos executantes.
Dizem o que se deve fazer, em que período. Permitem uma integração na ação de diferentes
indivíduos, bem como permitem a seqüência ordenada da ação no tempo. Ajudam o
planejador a controlar o andamento dos planos, para tomada de medidas corretivas, caso
alguma coisa não saia conforme o esperado.
Por fim, todo plano deve ser sucedido por orçamento: um documento que
mostra as previsões de receitas a serem geradas pelo plano (se houver) e as despesas que
vai acarretar. Essa previsão é que deve mostrar a validade do plano, justificar sua execução.
Sem um orçamento fica difícil sabermos qual é o custo e benefício da execução de um
plano.
Processo contínuo
Por fim, é importante tomarmos o planejamento como um processo contínuo. O
processo é muito mais abrangente e importante que um plano qualquer. O plano pode ser
revisto, transformado ou até mesmo abandonado, caso cheguemos à conclusão de que ele
perdeu sua validade. O processo de analisar situações, fixar objetivos, estabelecer
estratégias e cursos de ação, entretanto, continua sendo o instrumento mais poderoso que
um administrador tem para dirigir os recursos para os rumos certos, na hora certa,
maximizando os rendimentos e retornos.
É na seqüência desta função que a gestão começa (nos anos 70) a assumir-se
como estratégica também, como um processo de formulação e implantação de planos que
orientam a organização, englobando o planejamento estratégico, as decisões operacionais e
o funcionamento da organização.
É neste sentido que Mintzberg (1994) virá profetizar, mais tarde, a queda do
planejamento e a ascensão da estratégia, propondo congruentemente a separação do
planejamento da estratégia, uma vez que o planejamento se apresenta como um processo
baseado na análise que deve acompanhar a estratégia (e não antecedê-la), tendo sobretudo a
ver com a função de controle e de coordenação de atividades para a consecução dos
objetivos, ao passo que a estratégia se baseia na síntese e deve refletir sobre o que está na
base da vantagem competitiva de uma organização.
Programa:
1. O que é Planejamento Estratégico?
2. Por que Fazer Planejamento Estratégico?
3. Como fazer Planejamento Estratégico?
Escolha das alternativas que serão adotadas para realização desses objetivos;
b) Dimensão Competitiva
As instituições precisam de uma estratégia porque há incerteza quanto à
realização de seus objetivos. Do chamado “ambiente” vêm ameaças e oportunidades para a
instituição e é para aproveitar as oportunidades e defender-se das ameaças que a instituição
deve planejar.
c) Outros Nomes
Outros termos costumam também ser usados para identificar essa atividade de
direção geral dos esforços da instituição. São, portanto, sinônimos de planejamento
estratégico. Exemplos:
planejamento global;
planejamento corporativo;
planejamento institucional.
Plano estratégico
Planos Táticos
Planos Operacionais
Planejamento estratégico
Informal Formal
Baseado apenas na intuição. Conta com a intuição (essencial no mundo
dos negócios) mas também com um roteiro
formal, formulários, enfim, todo o sistema
estruturado de análise e decisão.
b) Dificuldade de direção
Outra razão pela qual devemos adotar e fazer bem o planejamento estratégico
formal é o que o trabalho da direção da instituição tem-se tornado mais e mais complexo.
Dirigir os esforços da instituição para o rumo certo não é tarefa das mais fáceis, à medida
que a instituição vai crescendo e tornando-se mais complexa.
O planejamento formal torna o trabalho de direção mais fácil e eficaz, porque
induz a análises mais apuradas, à formalização clara de objetivos e estratégias, ao
estabelecimento de responsabilidades, etc.
c) Integração de informações e decisões
As informações que em geral mantêm-se desagregadas e dispersas na
instituição serão integradas pelo planejamento. As várias gerências tomarão conhecimento
adequado das decisões e ações, seja da instituição como um todo, seja das outras unidades.
As decisões tornar-se-ão mais coerentes entre si, portanto. Quando não há
planejamento formal, cada um decide como julga que deve - e freqüentemente as várias
decisões são conflitantes.
d) Medida de desempenho
O planejamento formal cria automaticamente medidas através das quais pode-se
avaliar o desempenho da instituição. Ao estabelecer objetivos, passamos a ter um padrão
para avaliar o nosso próprio trabalho.
e) Enfoque global
O planejamento estratégico formal, por ser feito em grupo, permite a gestão da
instituição com um enfoque sistêmico, global. Nele se levam em conta simultaneamente
aspectos de marketing e vendas, produção, finanças, administração, gestão de pessoal, etc.
Fixa objetivos, estratégias e planos globais – a instituição deixa de ser um conjunto de
departamentos incomunicáveis.
f) Preparação gerencial
O planejamento é por si mesmo um excelente instrumento de treinamento
gerencial. Ele leva os gestores a pensarem sobre as questões mais importantes da
instituição, a discutirem entre si, a pesquisarem e gerarem idéias. Prepara-os mentalmente a
dirigir suas áreas com um enfoque estratégico.
g) Outros benefícios
“É camisa de força”
Errado. Um bom sistema de planejamento é flexível.
É complicado
Errado. Um bom sistema de planejamento tem de ser simples.
Leva o pessoal a esquecer o dia-a-dia
Errado. O bom sistema incorpora as decisões do dia-a-dia a um todo harmônico
e lógico, tornado-as mais eficientes.
Problemas comportamentais
Ás vezes as barreiras contra o planejamento decorrem de...
medo de mudança
Limitações reais
Às vezes, por fim, as pessoas reagem negativamente contra o planejamento
porque tinham expectativas falsas e muito elevadas em relação a ele. Frustram-se porque
desejariam que ele resolvesse problemas que não pode resolver.
Eis algumas limitações naturais do planejamento:
Acionistas/
Governos GE – Governo da
Diretoria Empresa
Gerência I GP – Grupo de
Planejamento
Gerência II
GA – Grupo de Apoio
Assessores Supervisão GI – Grupo de
Pessoal Informação
A – Assessores
Gestores
MUITO IMPORTANTE:
É evidente que os acionistas/governos, os gestores das instituições, não podem
impor diretrizes ou estabelecê-las sem consultar os gestores. Para fixá-las, os membros do
GE têm de discutir o futuro da instituição com os gestores que a levam avante.
Primeiro, porque os gestores sabem com mais segurança o que a instituição
pode almejar, o que não pode, o que a levará a usar melhor seus recursos, o que a exporá a
riscos desnecessários.
Segundo, porque os gestores é que efetivamente comandam a instituição e sem
o seu empenho, nenhuma diretriz será executada. Logo, não podem ser alijados na
definição de diretrizes.
Os acionistas/governos têm a palavra final, mas, antes de expressá-la devem
ouvir atentamente seus quadros gestores.
metodologia de planejamento;
Supervisão
b) O processo
A questão agora é:
Como é que vários grupos trabalharão e relacionar-se-ão no planejamento?
Aqui também ocorrerão variações de instituições para instituições. Vamos
apresentar, no quadro seguir, uma proposta de processo de planejamento, passo a passo. O
leitor deve segui-la atentamente, e observar se é adequada à sua instituição. O esquema é
auto-explicativo. Numa pequena instituição o processo pode ser simplificado bastante.
Processo de Planejamento
Observação:
Também no caso do processo, outras alternativas existem e poderão ser
eficientes. Essa que apresentamos é apenas uma linha mestra que com modificações e
variações poderá ser aplicada à sua instituição.
c) Calendário
Ao pensar em calendário de planejamento da instituição, temos de considerar...
- Qual é o horizonte do planejamento?
Isto é, quantos anos futuros devemos focalizar em nossos planos?
A resposta a essa pergunta não pode ser generalizada. Para algumas instituições,
um horizonte de 5 anos poderá ser muito curto. Por exemplo, uma instituição de pesquisa
gasta longos anos entre a idéia inicial de uma proposta de pesquisa seu desenvolvimento,
obtenção de resultados e disponibilização para o mercado. Por outro lado, para outras
instituições, como uma instituição que ofereça cursos práticos, um horizonte de 5 anos
poderá ser muito distante. Entretanto, as empresas em geral focalizam 5 anos nos seus
planos.
IMPORTANTE
Isso não quer dizer, entretanto, que se deva tomar decisões para os próximos 5
anos. Não devemos tomar decisões futuras, mas buscar a “futuridade” nas decisões do
presente, como disse Peter Drucker. Assim, focalizamos 5 anos futuros, mas para ter um
referencial para as decisões ano a ano.
Estratégia
Não se revela prático nem produtivo programar as coisas a serem feitas num
futuro distante. Isso torna o planejamento inflexível. Alguém poderia argumentar que certas
tarefas duram às vezes bem mais que um ano. É verdade. Mas, elas podem ser divididas em
sub-tarefas e programas ano a ano.
Esses planos, baseados e guiados pelo plano estratégico, em geral têm horizonte de
um ou um ano e meio, tal os planos de ação.
- E o horizonte do orçamento?
No período que for mais conveniente para a instituição. Em geral os planos são
feitos dois a três meses antes do inicio do exercício. É imperioso também que os planos
sejam feitos antes do orçamento, pois sem os planos não temos base para fazê-lo.
Planejamento Planejamento
Estratégico Tático Orçamento
Operacional
d) Roteiro
OPÇAO DE ROTEIRO A
(Mais adequado para pequenas instituições.)
PLANO ESTRATEGICO
ROTEIRO
OPÇAO DE ROTEIRO B
(Mais adequado para instituições maiores)
PLANO ESTRATÉGICO
Use o formulário
Coleta de informação
ANÁLISE EXTERNA
Fatores macroambientais
Mercado
Concorrência
Fornecedores
Distribuição
Outros
ANÁLISE INTERNA
Desempenho financeiro
Projeções financeiras
Produtos
Pontos fortes
Pontos fracos
Organização
Cultura
Capacidade
Áreas – chaves de resultados
MISSÃO
OBJETIVOS
ESTRATÉGIAS
PLANOS DE AÇÃO
2.2 - ESTRATÉGIA
A noção de estratégia está ligada a qualquer processo de tomada de decisões que
afete toda a organização por um prazo temporal dilatado; constitui, assim, um conjunto de
decisões e de ações que têm por finalidade assegurar a coerência interna e externa da
organização, mobilizando todos os seus recursos.
A estratégia constitui-se em forças que antecedem o início das ações, que
pressupõe um compromisso com a produção de um futuro com que a organização deve
lidar; tem a ver com os valores que se pretendem para a organização, especificando o que
fazer (e não como fazer, que é próprio do planejamento estratégico).
Tal como o planejamento, também a noção de estratégia evoluiu, sobretudo a
partir dos finais da Segunda Grande Guerra Mundial. No entanto, antes de 60, o termo
estratégia aparece muito pouco na literatura gerencial, a partir dos anos 60 a estratégica
ganha um impulso decisivo, assumindo a noção de competência distintiva e posicionando
como fator-chave do sucesso das organizações na consideração do meio, entendido como
uma conjugação de oportunidades e de ameaças.
A partir dos anos 70, a reflexão estratégica orienta-se para a análise sobretudo
do contexto concorrencial e da tipologia dos sistemas concorrenciais (ver o trabalho de
Boston Consulting Group, de 1971), falando-se agora menos de mercado e mais de
organização compreendida como um autor capaz de desenvolver uma estratégia. Nos anos
80, aparece uma segunda geração de modelos de análise estratégica, sobressaindo aqui o de
Porter (1991) que cruza o alvo estratégico das organizações com as vantagens estratégicas.
A tendência atual no que concerne à estratégia parece ir no sentido de a
relacionar não com os custos mas com a diferenciação, ou seja, com a capacidade de a
instituição pôr à disposição do cliente uma oferta cujo caráter único é reconhecido e
valorizado por este último. Em outras palavras, a estratégia é definida através de respostas
às perguntas:
Qual vai ser a nossa vantagem competitiva sustentável?
Qual será a nossa competência destaque?
Quais as finalidades estratégicas da nossa instituição?
Não poderíamos, ao falar de estratégia, omitir uma referência, ainda que
sintética, a um dos últimos trabalhos de Porter. Este autor (1991) relaciona a estratégia com
a produção de vantagens competitivas (resultantes do conjunto de todas atividades e não
apenas de algumas). A estratégia, ou o posicionamento estratégico, implica, segundo ele,
exercer atividades diferentes das instituições concorrentes ou exercer atividades
semelhantes de um modo diferente.
Segundo OLIVEIRA (1993, p. 164) a finalidade das estratégias é esclarecer
quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para
serem alcançados os objetivos e desafios estabelecidos. Segundo o autor, o conceito de
estratégia está relacionado à ligação da organização e seu ambiente, sendo que a
organização procura definir e operacionalizar estratégias que maximizem os resultados da
interação estabelecida. A estratégia está relacionada à arte de utilizar adequadamente os
recursos físicos, financeiros e humanos tendo em vista a minimização de problemas e a
maximização de oportunidades. A estratégia poderá ser sempre uma opção inteligente,
econômica, viável, original e ardilosa, constituindo-se como uma ferramenta para a
organização otimizar o uso dos seus recursos, tornar-se altamente competitiva, superar a
concorrência, reduzir os seus problemas e otimizar a exploração das possíveis
oportunidades. Estratégia é definida como um caminho, ou maneira, ou ação estabelecida e
adequada para alcançar os desafios e objetivos da empresa (pg. 167).
Postura Estratégica:
Segundo OLIVEIRA (1993, pg. 119) a postura estratégica da organização é
estabelecida por uma escolha consciente de uma das alternativas de caminho e ação para
cumprir a sua missão objetiva, orientar o estabelecimento de todas as estratégias e políticas,
principalmente as de médio e longo prazo necessárias para a empresa, a partir do momento
em que se decidiu por determinada missão.
O estabelecimento da postura estratégica da empresa é limitado por três
aspectos:
a) a missão da organização;
b) a relação (positiva ou negativa) entre as oportunidades e ameaças que a
empresa enfrenta no momento da escolha e;
c) a relação (positiva ou negativa) entre os pontos fortes e fracos que ela possui
para fazer frente as oportunidades e ameaças do ambiente. Nesta situação
deve-se também especificar os recursos de que a empresa dispõe para tirar
proveito das oportunidades ambientais.
Segundo OLIVEIRA (1993, pg. 119.), outros aspectos poderiam influenciar a
postura estratégica da empresa, os valores, atitudes, anseios, motivações dos executivos que
tem o poder de decisão na empresa. Para fazer frente à situação apresentada, a empresa
pode escolher uma das posturas estratégicas: a) sobrevivência; b) a manutenção; c) o
crescimento e d) o desenvolvimento. Na realidade a escolha pode ser uma combinação
dessas posturas, efetivando-se de acordo com as necessidades da empresa.
Análise Interna
Predominância de
Pontos Francos Pontos Fortes
Ameaças Oportunidades
Análise Externa
Predominância
Sobrevivência Manutenção
Crescimento Desenvolvimento
de sobrevivência: este tipo deve ser adotado quando não existe outra alternativa, ou
seja, apenas quando o ambiente e a empresa estão em situação inadequada ou
apresentam perspectivas ruins (alto índice de pontos fracos internos e ameaças
externas). A sobrevivência pode ser uma situação adequada como condição mínima
para atingir outros objetivos mais tangíveis no futuro.
de manutenção: a organização identifica um ambiente com a predominância de
ameaças; entretanto possuindo uma série de pontos fortes que possibilitam ao
administrador, além de querer continuar sobrevivendo, também manter a sua
posição conquistada até o momento. Para tanto, deverá sedimentar e usufruir ao
máximo os seus pontos fortes, tendo em vista, inclusive minimizar seus pontos
fracos. A estratégia de manutenção é uma postura preferível quando a empresa está
enfrentando, ou espera encontrar dificuldades, defensiva diante das ameaças (p.
172).
estratégia de crescimento: nesta situação, embora na organização tenha a
predominância de pontos francos, o ambiente está proporcionando situações
favoráveis que podem transformar-se em oportunidades, quando efetivamente é
usufruída a situação favorável pela empresa. Algumas sub-estratégias inerentes à
postura de crescimento são: estratégias de inovação, de internacionalização, joint
venture, e de expansão.
estratégia de desenvolvimento: neste caso a predominância é de pontos fortes e de
oportunidades. Diante disto, o executivo deve procurar desenvolver a sua empresa.
O desenvolvimento da organização se faz em duas direções: mercado e tecnologia.
Controle
estratégico
Transparece claramente deste esquema que a gestão estratégica interage com
quatro fatores estratégicos: com as necessidades de recursos, que mantêm uma relação
estreita com as fontes de recursos; com o planejamento estratégico, que sofre as pressões
institucionais do meio externo; com as considerações institucionais ligadas aos processos
institucionais e que são condicionados pela estrutura da instituição; e, finalmente, com o
fator do controle estratégico, que é pressionado pelo meio interno.
A relação da gestão estratégica com o fator dos recursos é fundamental para
apoiar as decisões que o gestor deve tomar; do mesmo modo, a relação com o planejamento
se apresenta crucial para a definição das missões, dos fins e dos objetivos; por sua vez, a
interação da gestão estratégica com o fator institucional e com o controle estratégico
interfere respectivamente no estilo de decisão e na avaliação das realizações da instituição.
Como ilustra ainda o diagrama, todos estes fatores interagem entre si,
propiciando determinadas análises do meio, dos serviços, dos clientes e dos recursos,
condicionando certos perfis das capacidades da instituição assim como os tipos de controle.
Objetivos
Os objetivos têm a ver com o que a instituição pretende atingir de modo mais
preciso e que seja exigível. Visam fixar alvos de desempenho durante um período
determinado. Devem basear-se nos fatores controláveis pela instituição. Devem considerar,
as seguintes características:
prever a duração das ações;
apoiar-se em medidas exatas;
basear-se em valores realizáveis;
incidir sobre pontos decisivos da instituição;
ser difíceis mas exeqüíveis;
ser prioritários.
A hierarquização dos objetivos deverá considerar a natureza da instituição, o seu
sistema de valores, a configuração do poder interno e externo, sob pena de não ter
condições de executá-los.
Os gestores na área da educação devem usar os objetivos como guias para a
tomada de decisões, como balizas para aumentar a eficiência institucional e viabilizar a
avaliação institucional.
Diagnóstico
O diagnóstico tem por finalidade identificar as oportunidades, ameaças, pontos
fortes, pontos fracos, situações favoráveis (nichos de mercado) encontrados no ambiente
externo que se percebida poderá ser aproveitada pela instituição.
Ameaças – situações externas desfavoráveis que oferecem restrições/limitações
ao bom desempenho da instituição, devendo ser evitada ao máximo.
Pontos fortes – situações internas em que a instituição tem vantagem sobre os
concorrentes, devem ser mantidas e melhoradas continuamente.
Pontos fracos – situações internas em que a instituição tem desvantagem sobre
os concorrentes, devem ser combatidas e revertidas sempre que possível.
Alternativas
As estratégias a serem implementadas, devem considerar o nicho de mercado
não ocupado, se melhoram as condições competitivas, se mobilizam as vantagens e os
pontos fortes, se fornecem flexibilidade, se são congruentes com os fins, os valores e os
objetivos, se são compreendidas pelos setores a que se destinam, se obedecem aos
enquadramentos legais e éticos, etc..
Para a seleção das estratégias deve-se levar em conta alguns critérios, que têm a
ver com: a adequação ao meio externo, a garantia de uma vantagem competitiva durável, a
consistência com outras estratégias da instituição, a flexibilidade que induz, a
conformidade com a ambição, fins e objetivos, e a sua praticidade.
Escolha da estratégica
A escolha da estratégica deve considerar um conjunto de decisões e de ações
que visam assegurar a coerência interna e externa da instituição durante um determinado
período de tempo. A decisão da escolha da estratégica, portanto, é a fase em que se
processa a escolha de uma estratégia considerada mais vantajosa e conforme as exigências
de concretização da competência de diferenciação de uma dada instituição.
Deve-se considerar ainda fatores internos e externos, e devem ter em conta
diferentes níveis em que a estratégia se desdobra: o nível social (que diz respeito às
relações com o meio, definições de cidadania, responsabilização, questões éticas), o nível
institucional, relacionado com as metas da sobrevivência da instituição; o nível da
eficiência competitiva e o nível funcional.
Feito a opção, segue a necessidade de ajustar a gestão e a expectativa do cliente.
Implantação institucional, tática e operacional
A estratégica é, por natureza, sistêmica e de longo prazo, situando-se a um nível
institucional. Após a decisão, a estratégia escolhida deve prever as estratégias mais
específicas ao nível dos recursos (financeiros, humanos e tecnológicos) e o
desenvolvimento e implementação dos planos operacionais. Assim, a estratégia
institucional deve ser convertida em resultados e em ação concreta, uma vez que a
capacidade de implementar a estratégia é na verdade crítica para a instituição e pode ser a
chave da sua sobrevivência.
A implantação eficiente da estratégia depende do grau de consistência com a
cultura ou culturas organizacionais pretendidas, com a estrutura institucional, com as
estratégias individuais dos membros e grupos da organização, com as políticas de recursos
humanos.
Assim, a implementação de uma estratégia faz-se necessária considerar:
quais mudanças são necessárias quando a organização implementa uma nova
estratégia?
qual é o melhor modo de lidar com a cultura organizacional, para ter a certeza que a
estratégia será implementada sem problemas?
como se relaciona a implementação da estratégia com as estruturas organizacionais?
que abordagens de implementação o gestor deve seguir?
que competências devem o gestor possuir que facilitem a realização da estratégia?
Ação de controle
É a fase em que, de acordo com a missão, com os fins, prioridades e objetivos, e
atendendo a determinados critérios (consistência, adequação, grau de satisfação e de
operacionalização, entre outros), se determina o grau de consecução e de desvio face a
padrões estabelecidos, no sentido da correção e do melhoramento de todo o processo
estratégico.
quais os valores básicos atuais e futuros que devem ser negociados para a nossa
escola?
4.4 - CONCLUSÃO
A gestão estratégica é uma proposta que está na moda. Apresenta
potencialidades técnicas que podem ser recomendadas no sentido de melhorar a
performance das nossas escolas, mas sem se tornar uma panacéia para todos os males de
que elas padecem. Como tecnologia, ela é aliciante, mas pode fazer esquecer o caráter
eminentemente político e simbólico da construção de um planejamento estratégico ou da
tomada de decisão estratégica (as estratégias nunca são meramente funcionais e é por isso
que elas ameaçam a cultura e as posições de poder vigentes na organização).
Assim, o modelo de gestão estratégica aqui proposto não pode ser analisado
independentemente das estratégias e racionalidades plurais que os representantes escolares
(pessoas ou grupos) mobilizam, negociando comportamentos (antes mesmo da decisão
estratégica ocorrer) e resistindo freqüentemente a imposições com as quais não se
identificam. Não pode ser visto, ainda, independentemente da estrutura ambígua ou
debilmente articulada das organizações escolares (Lima, 1992; Estevão, 1997), o que pode
levantar algumas dúvidas à concepção de uma gestão estratégica essencialmente
integradora e sistêmica. Não pode ser interpretada independentemente de uma perspectiva
mais política da realidade organizacional, que questiona a pretensa homogeneidade cultural
(ao nível dos valores e da missão) da organização. Não pode omitir a indução institucional
e o poder regulador do Estado sobre as escolas e os modelos de gestão intentada nas
periferias do seu sistema educativa. Não pode ser estudado de modo separado das novas
fórmulas de um certo "triunfalismo gerencial" que visa maior flexibilidade e participação
técnica em nome da qualidade total e da ditadura do cliente, mas em que os direitos dos
indivíduos como cidadãos cedem aos direitos dos indivíduos enquanto consumidores e em
que se instaura, freqüentemente, um novo ritual de um novo controle e de uma nova
hierarquia.
Terminaríamos com mais uma observação: a avaliação de um modelo de gestão
estratégica não pode omitir também outras questões, como as éticas, que foram apenas
afloradas aqui; isto é, na avaliação da gestão estratégica devem entrar critérios que tenham
a ver com definições de cidadania, de equidade, de interesse geral. Qualquer responsável,
pois, pela concretização de um modelo de gestão estratégica numa dada escola, a ser
possível, deve considerar a responsabilidade social dos seus atos de gestão no sentido de ir
além dos meros interesses economicistas e etinicocentrados da organização e almejar
objetivos e atividades civicamente críticas e socialmente empenhadas.
4º) Missão
Neste ponto será discutido a missão (grande objetivo da organização/setor/área).
Serve como uma bandeira motivadora e orientadora. A missão dirá qual a grande tarefa que
a organização deve buscar constantemente e porque fazê-lo.
5º) Objetivos
Aqui serão postos os objetivos (geral, específico, metas). Eles orientarão as
alternativas (estratégias) a serem propostas para que possam ser alcançadas. Devem ser
arrojadas, devem dizer o que queremos e de forma clara, precisa e de fácil entendimento.
6º) Estratégias
Dizem o que ser pretende fazer (caminhos e meios propostos a serem
implementados com vistas a busca constante da missão e para o alcance dos objetivos e
metas), isto é, que alternativas dispomos para execução dos planos.
8º) Orçamento
Deverá ser feito aqui a projeção financeira: receitas esperadas, gastos previstos,
investimentos previstos.
5 – Bibliografia
Bibliografia básica:
ANSOF, H. I. Implantando a Administração Estratégica. São Paulo: Atlas, 1993.
ESTEVÃO, Carlos. Gestão Estratégica nas Escolas. Instituto de Inovação Educacional.
Disponível em: <http/www.iie.min-edu.pt/biblioteca/ccoge09/intro.htm> (cadernos de
Organização e Gestão Curricular). Acessado em 28.10.2003.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Plano de Marketing para Micro e Pequena Empresa. São
Paulo: Atlas, 2001.
Bibliografia Complementar:
ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de planejamento estratégico:
desenvolvimento de um plano estratégico com a utilização de planilha excel. São Paulo:
Atlas, 2001.
O que é estratégia?
Avaliando Estratégias
Bibliografia:
GAJ, Luís. O Estrategista – Do Pensamento à Ação Estratégica na Organização: São Paulo,
Makron Books, 1ed., 2002.
MINTZBERG, Henry e QUINN, James Brian. O Processo da Estratégia: Porto Alegre,
Bookman, 3ed., 2001.
TACHIZAWA, Takeshy e REZENDE, Wilson. Estratégia Empresarial: Um Enfoque na
Realidade Brasileira: São Paulo, Makron Books, 2000.
WHITTINGTON, Richard. O Que é Estratégia: São Paulo, 2002.
3
GAJ,Luiz. O Estrategista, São Paulo: Makron Books, 1ed., 2002.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - Unimontes
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA
UNIMONTES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO – DCA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
- TRABALHO EM GRUPO -
ROTEIRO DE CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Nome:__________________________________________________________________
Organização: ____________________________________________________________
Cidade: ________________________________________________________________
Preencha a seguinte ficha de trabalho relativo à instituição em que você atua, mobilizando
para tal os conhecimentos aqui colhidos sobre a tecnologia da gestão estratégica:
1. Determinação estratégica e missões estratégicas:
2. Valores a privilegiar:
3. Finalidade da escola:
4. Objetivos:
Escola: _________________________________________________________________
Endereço: _______________________________________________________________
Município: _____________________________ CEP: _______________ UF: _________
Aluno Cursista (nome): _____________________________________________________
Níveis de ensino da educação básica oferecidos pela escola:
( )Ensino Médio
Educação profissional: ( ) Nível básico ( ) Nível técnico ( ) Pós médio
( ) Nível tecnológico ( ) Especialização em Educação Profissional
Turnos de funcionamento: ( ) Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno
Horário de funcionamento: ___________________________________________
Número de turmas:
Ensino Médio
Educação profissional: ( ) Nível básico ( ) Nível técnico ( ) Pós médio ( ) Nível
tecnológico ( ) Especialização em Educação Profissional
Total de alunos da escola: ________________
Regime Escolar
Calendário Escolar: Início ____/____/____ Término: ____/____/____
Localização da Escola: ( ) Urbana ( ) Central ( ) Rural ( ) Periférica
- Função de avaliação:
( ) diagnóstica ( ) classificatória ( ) análise do desempenho
Caracterize essa função.
- Número de alunos reprovados nos últimos anos. (por curso / série / disciplina).
- as atividades:
- a produção cultural.
Observações:
Após discutir e refletir sobre estes aspectos, juntamente com outros profissionais da
instituição, faça uma análise de como você pode enriquecer a proposta político -
pedagógica da escola.
16. Faça ainda o seguinte exercício relativo a analise dos 4 fatores estratégicos:
Escola: _______________________________
b) Contra:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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Itens a observar Recursos a Contribuição Atitudes e Pontos fortes Pontos fracos Problemas que
Potenciais parceiros aportar que pode dar motivações da parceria da parceria podem surgir
Setor Federal
público
Estadual
Municipal
Setor Nacionais:
Privado
Regionais
Locais:
Assoc.
empresariais
Terceiro Locais
Setor
Regionais
Nacionais
18. Análise dos Potenciais Parceiros
Instruções para o preenchimento do item 18:
Cada participante deverá:
1. Analisar a rede de potenciais parceiros existentes para a sua organização e buscar
preencher o Quadro 01 com estas informações;
2. Analisar as atuais parcerias existentes na organização e responder ao Questionário de
Análise da Rede de Parceiros (ARP).