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USO DE CONCRETO
COMPACTADO COM ROLO – CCR,
NA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS
Engo Luércio Scandiuzzi
ÍNDICE
1. Introdução
2. Conceituação
2.1. Suas Finalidades
2.2. Suas Dimensões
2.3. Materiais de Construção
2.3.1. Argila compactada (Barragem de terra)
2.3.2. Enrocamento
2.3.3. Concreto
2.3.3.1. Concepção estrutural das Barragens de Concreto
2.3.3.1.1. Barragens de gravidade
2.3.3.1.2. Barragens em blocos de contraforte
2.3.3.1.3. Barragens em blocos de gravidade aliviada
2.3.3.1.4. Barragens em arco
2.3.3.2. Metodologia Construtiva
2.3.3.2.1. Concreto e metodologia convencional
2.3.3.2.2. Lançamento em camada estendida
2.3.3.2.3. Concreto compactado com rolo - CCR
3. Estágio Atual do Desenvolvimento da Construção de Barragens de
CCR
3.1. Materiais
3.1.1. Aglomerantes
3.1.2. Agregados
3.1.3. Aditivos
3.2. Produção do CCR
3.3. Transporte e Colocação
3.4. Espalhamento e Compactação
4. Etapas-base de estudos para implementação de uma barragem
5. Custos
Anexo – Roller Compated Concrete Dams - 2003
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1. Introdução
Os registros históricos, assim como as descobertas arqueológicas,
indicam que a construção de barragens data de aproximadamente 3.000
anos A.C. Naqueles pequenos barramentos era usado como principal
material de construção o solo “compactado por pisoteio”. Tinham como
finalidades básicas proteger povoados ribeirinhos em épocas de chuvas
ou, ao contrário, acumular água em regiões mais áridas.
• Redução de custos e
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Atualmente estima-se que há no mundo cerca de 45.000 grandes
barragens construídas para irrigação, consumo humano, consumo animal
e geração de energia.
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2. Conceituação
O Comitê Brasileiro de Barragens – CBdB define uma barragem como
sendo uma “estrutura construída transversalmente a um rio com a
finalidade de obter a elevação do nível d´água e/ou criar um reservatório
de acumulação de água, ou de regulação das vazões do rio”.
• irrigação;
• perenização de rios;
• controle de enchentes;
• piscicultura;
• lazer; e
• múltiplos usos.
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No Brasil há ainda uma outra sub-classificação das barragens, quando a
finalidade das mesmas é geração de energia. Esta classificação está bem
detalhada no manual de diretrizes para projetos de Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH) elaborado pela ELETROBRÁS, edição de 2000.
• fio d´água;
Ao Sistema de Adução:
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2.3 Materiais de Construção
• concreto.
• Exigir nas faces (taludes) tanto de montante (em contato com o lago)
quanto de jusante, proteção adicional contra erosões.
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Figura 1 – Seção típica de uma barragem de terra – Itaipu.
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Foto 2 – Proteção do talude de jusante contra erosão com plantação de
grama (Tucurui).
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Foto 4 – Detalhe dos trabalhos de lançamento e compactação da argila.
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2.3.2 Enrocamento
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Na adoção da alternativa de enrocamento com núcleo impermeabilizante,
o uso de argila compactada tem sido a opção em geral mais adotada,
ilustrada nas fotos 6 e 7.
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Foto 7 – Vista em detalhe do encontro mostrado na foto 6. Esta foto
também ilustra , de forma bastante didática, a diferença de seção do
muro de concreto gravidade em relação à barragem de
enrocamento.
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Foto 8 – Barragem de enrocamento com a face de montante regularizada
e preparada para receber a face (membrana impermeabilizante) de
concreto.
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Foto 10 – Idem à foto 9, mostrando a laje impermeabilizante à montante
concluída.
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2.3.3 Concreto
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O desenvolvimento da tecnologia do concreto para a construção de
barragens pode ser enfocado sob dois ângulos:
a) o da concepção estrutural;
b) o da metodologia construtiva.
• Topografia da região.
• Geologia da região.
• Finalidades do barramento.
• Impacto ambiental.
a) Barragens de gravidade.
b) Barragens de contraforte.
d) Barragens em arco.
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Figura 4 – Seção típica de um bloco de gravidade com os
principais esforços estáticos atuantes
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Foto 13 – Vista geral de uma barragem de gravidade em fase final de
construção usando a metodologia clássica de blocos independentes.
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Foto 15 – Seção típica de um bloco de gravidade concluído (primeiro
plano).
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um exemplo desta concepção estrutural de blocos em contraforte, que
estão ilustrados em diferentes estágios de construção nas fotos 16 a 19.
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Foto 16 – Início de construção de blocos de contraforte na obra de Itaipu.
À direita da foto observam-se blocos de gravidade também em
construção. A comparação entre as duas concepções estruturais ilustra
de forma nítida as diferenças de volumes de concreto necessários para
cada uma delas (vista de jusante para montante).
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Foto 18 – Vista lateral e por jusante de um trecho da barragem de
contraforte já concluída.
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2.3.2.1.3 Barragem em Blocos de Gravidade Aliviada
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Foto 20 – Vista aérea, de montante para jusante, durante a construção da
barragem principal da obra de Itaipu, concebida em blocos de gravidade
aliviada.
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Foto 22 – Vista por jusante, da barragem principal e da casa de força,
concluídas (obra de Itaipu).
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Foto 23 – Usina de Funil, localização Rio Paraíba do Sul.
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Foto 25 – Barragem onde são utilizadas diversas
concepções estruturais (arco, gravidade, contra-forte) –
Espanha.
• Pedra Argamassada;
• Concreto Ciclópico;
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As demais alternativas são atuais e a decisão por uma delas depende de
fatores que envolvem:
• a topografia da região;
• a disponibilidade de materiais;
• a concepção estrutural;
Deve ficar entendido que para algumas estruturas, ou parte delas, como
por exemplo nas casas de força e no vertedouro, o uso de concretos e de
métodos construtivos convencionais é praticamente um imperativo.
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Foto 26 – Primeiro passo da etapa da
construção com concreto convencional.
Equipamento de transporte (dump-crete
no caso) recebendo o concreto
convencional na Central de Produção.
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Foto 28 – Colocação do concreto no bloco.
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Foto 30 – “Arranjo clássico” de lançamento de uma camada de concreto
convencional, subdividida em subcamadas (no caso, uma camada de
2,5m de altura, subdividida em subcamadas de 50cm).
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Foto 32 – Caçamba acoplada a cabo
aéreo para transporte e lançamento
de concreto convencional.
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Foto 34 – Colocação direta de concreto convencional com correia transportadora.
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2.3.2.2.2 Lançamento em camada estendida
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Foto 36 – Vista geral da concretagem da fundação da Casa de Força de
Itaipu, onde a tecnologia da camada estendida foi empregada pela
primeira vez no Brasil, em larga escala (300.000 m3).
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• caminhão fora de estrada para transporte e lançamento direto do
concreto.
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Foto 39 – Detalhe da ação sincronizada de espalhamento com trator e
vibração com auxílio de retroescavadeira adaptada. Notar o aspecto
“seco” do concreto empregado com slump da ordem de 2,0cm.
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2.3.2.2.3 Concreto Compactado com Rolo - CCR
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• caminhão fora de estrada para transporte;
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Em 1962, na barragem de Shimen, em Formosa, o núcleo de uma
ensecadeira com 65,0 m de altura foi executado em CCR. Essa técnica foi
então batizada com o nome “Rolled Compacted Concrete – RCC”
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Foto 43 – Barragem de Willow Creck, a primeira projetada e construída
em CCR, 1984 – USA.
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Foto 44 – Barragem de Saco de Nova Olinda/PB, primeira barragem
brasileira projetada e construída em CCR em 1986. Vista por jusante na
fase final de construção.
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Foto 46 – Idem a foto 43 com as operações em “close”.
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3. Estágio Atual do Desenvolvimento da Construção de
Barragens com CCR
O uso de CCR na construção de barragens estava inicialmente limitado a
estruturas de gravidade, com alturas moderadas e que em geral não
ultrapassavam a 50,0m.
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Foto 47 – Barragem em arco (Barragem
de Shapai, na China) construída utilizando
a tecnologia do Concreto Compactado
com Rolo.
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3.1. Materiais
3.1.1. Aglomerantes
O CCR pode ser produzido com qualquer tipo de cimento, mas é mais
freqüente o uso de altos teores de adições ativas, como mostrado nas
figuras 6 e 7
66,2% Desconhecido
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Cemento Portland Ordinario
(ASTM Tipo I)
29,3%
23,6% Cimento com calor moderado
7,0% Nenhum
3,8%
28,7% Desconhecido
• cinzas volantes;
• pozolanas naturais;
• argilas calcinadas.
3.1.2. Agregados
A maioria das barragens de CCR tem sido construída com agregados que
apresentam as mesmas características granulométricas e propriedades
físicas e mecânicas similares às exigidas pelo concreto convencional.
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melhorando sua “trabalhabilidade” e, portanto aumentando sua
compactabilidade com o uso de rolo vibratório.Obviamente o uso de
materiais argilosos não é benéfico e nem permitido.
1,6% 6,3%
10,9% 0,8%
125 - 150mm
100 - 124mm
14,1%
80 - 99mm
60 - 79mm
36,7% 45 - 59mm
30 - 44mm
< 29mm
29,7%
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4,8%
6,5% 18,5%
10,5%
Cinco tamanhos
Quatro tamanhos
Três tamanhos
Dois tamanhos
Um só tamanho
59,7%
3.1.3. Aditivos
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5,0%
35,6%
Amasadoras discontinuas de
25,7% doble eje
Amasadoras de tambor
basculante
Amasadoras de tambor partido
Amasadoras continuas
Outras
6,9%
26,7%
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3.3. Transporte e colocação
Otros
54,8%
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Foto 49 – Uso de caminhões desde a central ao ponto final dentro
do bloco.
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Foto 51 – Uso de correia da central ao ponto final dentro do bloco.
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A compactação tem sido feita com rolos compactadores vibratórios lisos
tipos CA-15 ou CA-25 da Dynapac, ou equipamentos similares, como
ilustram as fotos 53 a 53.
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Foto 55 – Equipamento de pequeno porte para locais confinados
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4. Etapas Base de Estudos e Implantação de uma Barragem
A exploração de um determinado potencial hídrico, seja qual for a
finalidade a que se destina o empreendimento, passa necessariamente
por regulamentações de ordens técnicas, institucionais, ambientais e
comerciais, através das seguintes etapas de trabalho:
• Inventário;
• Viabilidade;
• Projeto básico;
• Projeto executivo;
• Construção;
• Operação.
• Levantamento topográfico;
• Logística.
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(barragens de enrocamento e/ou terra) deve ser feita nesta fase, atuando
junto ao empreendedor e/ou ao projetista.
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Figura 13 – Fluxograma de implantação de uma Hidroelétrica.
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5. Análise de Custos
A análise comparativa de custos de implantação de uma barragem de
CCR em substituição a uma barragem de terra ou de enrocamento não é
um exercício direto de comparação do m3 do CCR com o m3 do maciço de
terra ou rocha.
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Anexo
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