Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Salvador
2017
ii
Dissertação apresentada ao
mestrado em Engenharia Ambiental Urbana
como requisito parcial à obtenção do título
de MESTRE EM ENGENHARIA
AMBIENTAL URBANA
Salvador
2017
iii
DEDICATÓRIA
RAÚL A. GUERRERO
Roy W. Simonson
vi
BANCA EXAMINADORA
vii
AGRADECIMENTOS
A Deus por sempre ter guardado e abençoado minha vida, além de colocar as
pessoas certas no caminho.
A minha querida mãe, Orlandina Avila, pelo amor, sabedoria, esforço, trabalho
e dedicação para brindar o melhor dela para mim e apoiar sempre cada uns
das minhas escolhas.
A meu pai, Raul Alfonso Guerrero Suarez del Real, por ter me ensinado tanto
em tão pouco tempo de vida juntos. Agradeço a cada uns dos momentos
vividos a seu lado e pelo exemplo de homem que foi.
Ao Dr. Sandro Lemos Machado, ilustre orientador, pela sua paciência,
dedicação, motivação e compreensão, sendo um verdadeiro líder como poucos
e referência absoluta na área da geotecnia.
À Dra. Míriam Carvalho e aos técnicos no laboratório de solos da Universidade
Católica de Salvador pelo grande apoio e aporte para a realização deste
trabalho.
Aos colegas e amigos obtidos no GEOAMB, Adriano, André, Antônio, Atila,
David, Fernando, Gustavo, Jeová, José Domingos, Mario Sérgio, Nicole,
Ramile, Rafael, Ricardo, Rita, Victor e Zênite pela convivência, paciência,
colaboração e ajuda emprestada sempre que precisada ao longo do tempo de
mestrado.
A todos meus familiares que tem acredito em mim e meus sonhos, com
menção especial às minhas avós, Juana de Jesus Rodriguez e Maria Elena
Suarez del Real de Guerrero.
Às novas amizades feitas desde o meu primeiro dia aqui em Salvador,
brasileiros e estrangeiros, com menção especial de Renê Garcia, irmão na fé e
amigo incondicional em todo tempo.
Aos pastores e os irmãos na fé da igreja Batista do Garcia como Oscar,
Cleunice, Uhana, Maressa, Caique, Vanessa, Gabriel e Marieli sendo pessoas
que refletem o amor do nosso Senhor Jesus ao próximo.
viii
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
Pág.
BANCA EXAMINADORA....................................................................................vi
AGRADECIMENTOS.........................................................................................vii
RESUMO...........................................................................................................viii
ABSTRACT.........................................................................................................ix
SUMÁRIO.............................................................................................................x
ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................xii
ÍNDICE DE FIGURAS........................................................................................xiv
SÍMBOLOS E ABREVIATURAS.......................................................................xix
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................4
2.1 Solos: Composição e Características.........................................................4
2.1.1 Superfície Específica e Limites de Consistência.................................8
2.2 Principais grupos argilominerais...............................................................12
2.2.1 A Caulinita...........................................................................................12
2.2.2 A Ilita...................................................................................................13
2.2.3 A Montmorillonita................................................................................14
2.3 Cargas superficiais nos Argilominerais.....................................................16
2.3.1 Ponto de Carga Zero..........................................................................17
2.4 Teoria da Camada Dupla..........................................................................18
2.4.1 Modelo Gouy-Chapman.....................................................................19
2.4.2 Modelo de Stern.................................................................................20
2.5 Comportamento hidráulico dos líquidos hidrocarbonetos em solos.........23
2.5.1 Destilados Leves (LNAPL): Gasolinas...............................................25
2.5.2 Destilados Médios..............................................................................26
2.5.3 Óleo de Combustível Pesado.............................................................27
2.9 A Permeabilidade em Solos......................................................................27
2.10 A Permeabilidade em Meios Granulares.................................................31
2.11 A Permeabilidade em Meios Argilosos....................................................33
2.12 O Carvão Ativado e suas aplicações......................................................43
3. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL.......................................................47
3.1 Escolha dos materiais: Coleta..................................................................49
xi
ÍNDICE DE TABELAS
Pág.
Tabela 1. Comparativa de Escalas para a Classificação de Solos......................7
Tabela 2. Estimativa dos valores de SE para os principais argilominerais..........8
Tabela 3. Solubilidade dos constituintes BTEX..................................................26
Tabela 4. Capacidade de Adsorção do Carvão Ativado aos Líquidos Orgânicos.
............................................................................................................................44
Tabela 5. Valores de μ e Ck para o ODC segundo a temperatura.....................51
Tabela 6. Propriedades dos Fluidos a 27 oC......................................................51
Tabela 7. Informação descritiva dos componentes que conformam o moinho de
bolas....................................................................................................................55
Tabela 8. Resultados obtidos nos ensaios de caracterização do CA................64
Tabela 9. Massa requerida por tipo de solo segundo ensaio delimitado...........66
Tabela 10: Normas utilizadas nos ensaios de caracterização física..................67
Tabela 11. Resumo dos resultados de caracterização dos solos estudados.....68
Tabela 12. Resultados da análise de FRX nos solos RGG e TBA.....................73
Tabela 13. Estimativa da fração constituinte da mineralogia segundo o tipo de
solo......................................................................................................................76
Tabela 14. Resultados dos LA obtidos nas misturas solo/CA............................78
Tabela 15. Resultados dos ensaios de compactação nas amostras feitos com
solo RGG............................................................................................................80
Tabela 16. Resultados dos ensaios de compactação nas amostras feitas com
solo TBA..............................................................................................................80
Tabela 17. Teores de umidade e STV encontrados para o solo RGG e suas adi-
ções.....................................................................................................................90
Tabela 18. Teores de umidade e STV encontrados para o solo TBA e suas adi-
ções.....................................................................................................................90
Tabela 19. Resumo dos teores de umidade referente às amostras de RGG....94
Tabela 20. Resumo dos teores de umidade referente às amostras de TBA.....94
Tabela 21. Resumo dos índices físicos das amostras de RGG.........................94
Tabela 22. Resumo dos índices físicos das amostras de TBA..........................95
Tabela 23. Resumo dos teores de umidade correspondentes às amostras de
RGG....................................................................................................................96
xiii
ÍNDICE DE FIGURAS
Pág.
Figura 1. Escala granulométrica e curva de distribuição das partículas sólidas
segundo a ABNT (Pinto, 2000).............................................................................6
Figura 2. Relação entre os LA e a SE do solo na região do Quebec (Locat et
al.,1984)..............................................................................................................11
Figura 3. Ilustração da estrutura atômica referente à caulinita (Adaptado: Grim,
1959)...................................................................................................................12
Figura 4. Ilustração da estrutura atômica da ilita (Adaptado: Grim, 1959)........14
Figura 5. Ilustração da estrutura atômica da montmorillonita (Adaptado: Grim,
1959)...................................................................................................................15
Figura 6. Ilustração do tamanho e estrutura de cada partícula dos grupos argilo-
minerais: a) caulinita; b) ilita; c) montmorillonita (Adaptado: Das, 2010)...........16
Figura 7. Ilustração da carga desenvolvida na superfície argilosa dependente
do pH e o Ponto de Carga Zero (Adaptado: Greenland e Mott, 1978; Stumm e
Morgan, 1981).....................................................................................................17
Figura 8. Ilustração da Camada dupla iônica (Adaptado de Zeta Meter Inc.,
1977)...................................................................................................................19
Figura 9. (a) Variação da espessura em função da concentração eletrolítica ao
redor da partícula sólida. (b) Variação da espessura em função da polaridade
do fluido intersticial (Adaptado: Fang, 1997)......................................................21
Figura 10. Ilustração da distribuição dos cations próximos nas superfícies argi-
lominerais segundo o modelo (Adaptado: Arnold, 1978)...................................22
Figura 11. Distribuição Vertical das Fases dos Hidrocarbonetos na Subsuper-
fície (Adaptado: Lundy e Gogel, 1988)...............................................................24
Figura 12. Faixas de variação do coeficiente de permeabilidade segundo a
classificação do solo (Adaptado: Casagrande e Fadum, 1940).........................28
Figura 13. O coeficiente de permeabilidade em relação ao: a) WP b) IP (Adap-
tado: Benson et al, 1994)....................................................................................30
Figura 14. Coeficiente de permeabilidade em relação à energia de compacta-
ção e o grau de saturação inicial (Benson e Trast, 1995)..................................31
Figura 15. Resultados dos ensaios realizados para a determinação do ksat em
relação a gasolina comercial (Machado, 2008)..................................................35
xv
SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
A Atividade
Ag Areia
Ar Argila
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ADI Água Deionizada
Al Alumínio
ANP Agência Nacional de Petróleo
ASTM American Society for Testing and Materials Standards
BET Método Brunauer, Emmett, Teller
BR Brasil
BTEX Composto formado pelos hidrocarbonetos Benzeno, Tolueno,
Etil-benzeno e os Xilenos
cm Centímetro (L)
Ca Cálcio
Ca2+ Íon de Cálcio
CAG Carvão Ativado Granular
CAP Carvão Ativado em Pó
CAPM Carvão Ativado em Pó Moído
Cl Cloro
CP Corpo de prova
CPS Contagens por segundo (Counts per second)
CTC Capacidade de troca de cations
DRX Técnica de difração de raios-X
e Índice de vazios (-)
EPA Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection
Agency)
EPI Energia Proctor Intermediaria
EPM Energia Proctor Modificada
EUA Estados Unidos de América
Exp. Linha referencial para valores de permeabilidade do modelo de
Machado et al. (2016)
Fe Ferro
FR França
FRX Técnica de fluorescência de raios-X
g Constante gravitacional
GA Geórgia (Estado pertencente aos EUA)
Gs Densidade Relativa dos Grãos
GEOAMB Laboratório de Geotecnia Ambiental
H Hidrogênio
H+ Cátion de Hidrogênio
IBAMA Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IEP Ponto Isoelétrico
IF Instituto de Física
IP Índice de Plasticidade
k Coeficiente de permeabilidade (LT-1)
K Coeficiente de permeabilidade intrínseca (LT-1)
Kb Constante de Boltzmann
xx
SI Sistema Internacional
Sri Grau de Saturação Inicial
Srf Grau de Saturação Final
SP São Paulo (Estado brasileiro)
St Silte
STV Sólidos Totais Voláteis
TX Texas (Estado pertencente aos EUA)
UCSAL Universidade Católica de Salvador
UFBA Universidade Federal da Bahia
VMP Valor Máximo Permitido
w Teor ou conteúdo de umidade (%)
wd Teor de umidade referente ao óleo diesel (%)
wH2O Teor de umidade referente à água (%)
WI Wisconsin (Estado pertencente aos EUA)
wtotal Teor de umidade referente ao óleo diesel e a água (%)
WL Limite de Liquidez (%)
WP Limite de Plasticidade (%)
XVIII Número romano dezoito (18)
XX Número romano vinte (20)
% Simbolo para representar Porcentagem
° Simbolo para representar Grau
°C Temperatura em unidades Celsius (T)
°K Temperatura em unidades Kelvin (T)
Å Angstroms (L)
∆M Diferencia de massas (M)
ε Constante Dielétrica (-)
εw Constante Dielétrica da água (-)
εf Constante Dielétrica do fluido permeante (-)
Densidade do material (ML-3)
ca Densidade do carvão ativado (ML-3)
f Densidade do fluido (ML-3)
Ø Diâmetro (L)
µ Viscosidade dinâmica (ML-1T-1)
µf Viscosidade dinâmica do fluido permeante (ML -1T-1)
µw Viscosidade dinâmica da água (ML-1T-1)
µm Micrômetros (L)
1
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Henri P.G. Darcy (1803 – 1858), que no ano 1856 publicou um estudo de per-
meabilidade aplicado em filtros de areia. Este estudo deu origem ao termo co-
nhecido como coeficiente de permeabilidade ou condutividade hidráulica en-
contrado no solo, um parâmetro de grande importância nos estudos geotécni-
cos.
Durante o início do século XX, o cientista sueco Albert M. Atterberg
(1846-1916), definiu a fração argilosa como a porcentagem por massa das par-
tículas com tamanho menor que 2 micrômetros (µm). Além disso, Atterberg ex-
plicou e representou de forma numérica a consistência dos solos coesivos es-
tabelecendo os parâmetros de limite de liquidez (W L) e plasticidade (WP), além
da contração do solo, que em seu conjunto são referenciados como os limites
de Atterberg (LA) ou de consistência (Atterberg, 1911). O índice de plasticidade
(IP) definido por Atterberg resulta da diferença entre o W L e o WP, expressados
em termos de porcentagem, sendo um parâmetro de grande importância nos
estudos geotécnicos para a caracterização e avaliação de solos.
Atualmente, classifica-se o solo em duas categorias principais, segundo
o seu tamanho e forma das partículas sólidas: grossos e finos. Dentro dos so-
los grossos encontram-se as areias, pedregulho, pedra de mão e matacão,
submetidos às forças gravitacionais devido a sua grande massa, apresentando
uma baixa superfície especifica. Enquanto que dentro dos solos finos se encon-
tram as argilas e siltes, sendo que o tipo de mineral de formação determinará a
forma de cada partícula sólida com altos valores de superfície especifica.
O comportamento dos agregados ou solos finos, rege-se pelas forças
moleculares ou elétricas, influindo de forma significativa nas interações electro
– químicas quando em presença de moléculas a um determinado fluido. A Figu-
ra 1 ilustra a escala granulométrica segundo a classificação de solos da ABNT
e o exemplo da curva de distribuição das partículas sólidas obtida através do
ensaio de peneiramento padronizado.
6
Sabe-se que a fração das argilas constituem a fração mais fina da classi-
ficação de solos, comumente com partículas de diâmetro (Ø) inferior a 2 μm. O
meio argiloso é uma mistura porosa composta de ar e água que ocupa 40% do
volume e o restante é conformado pela matéria orgânica degradada e minerais
inorgânicos. Os minerais de solos argilosos, ou argilominerais, são muito reati-
vos devido a sua ampla área superficial ou superfície especifica (SE) e pela
carga elétrica que possuem.
As argilas desenvolvem uma característica “plástica” quando em contato
com certa quantidade de água (Grim, 1953). Diante disso, quando um solo con-
tem uma quantidade preponderante de argilominerais, os fenômenos associa-
dos entre as interações das partículas sólidas e as moléculas do fluido se dará
pelo comportamento eletroquímico (Soga, 2003).
Os componentes sólidos que dominam o comportamento hidráulico dos
solos argilosos são a matéria orgânica, o tipo de argilominerais, as substitui-
ções isomórficas neles presentes, assim como os cátions adsorvidos pelos ar-
gilominerais na interação solo – liquido. Geralmente, a matéria orgânica viabili-
za um sistema de maior porosidade nos solos argilosos. Além disto, a distribui-
ção dos poros e o tamanho destes influencia na permeabilidade dos solos argi-
losos (Brown & Anderson, 1983).
8
W L=0,80⋅SE+12 (4)
2.2.1 A Caulinita
2.2.2 A Ilita
A ilita ou mica fina está conformada por uma lâmina de alumínio ligada a
duas lâminas de silício, uma acima da outra, interligadas por íons de potássio
(estrutura tipo 2:1) como apresentado na Figura 4. O equilíbrio das cargas ne-
gativas, dadas pelos íons de potássio, é obtido através da troca de alumínio
pelo silício nas camadas tetraédricas sem alterar a estrutura cristalográfica, fe-
nômeno conhecido como substituição isomórfica. A moscovita e a biotita são al-
guns dos minerais do grupo das ilitas com uma CTC entre 10 – 50 mE·100g-1.
14
2.2.3 A Montmorillonita
Figura 8. Ilustração da Camada dupla iônica (Adaptado de Zeta Meter Inc., 1977).
Por conseguinte, a equação (5) pode ser empregada para realizar a estimativa
desta espessura:
t=
√ ε⋅K b⋅T
8⋅π⋅ne⋅e2⋅v 2
(5)
deste tipo de líquidos são o óleo diesel, querosene, combustível de avião (jetfu-
el) e os óleos para combustível mais leves. Os BTEXs são encontrados, geral -
mente, como vestígios de impurezas nesta categoria. Geralmente, não são en-
contrados nas plumas dos sítios afetados por eventos de contaminação antigos
devido aos processos de biodegradação, evaporação e dissolução que aconte-
cem entre o fluido e a água subterrânea.
v =−k×i h (6)
K⋅ρ⋅g
k= (7)
μ
n3
K= 2 (8)
C × a2 × ( 1−n )
εp
Kp
=e
( ε
λ 1−
w
) (9)
Kw
34
Onde λ [-] é uma constante que depende do tipo de solo e do histórico de ten -
sões do mesmo. A definição do valor de λ não foi claramente estabelecido na
equação (9), porém através de dados experimentais obtidos por outros pesqui-
sadores, se definiram os seguintes valores: λ = 7 para a montemorilonita; λ = 6
para a ilita; e λ = 1 para a caulinita. Enquanto, que para os resultados obtidos
por Fernandez e Quigley (1985), em território Canadense, os valores estabele-
cidos foram: λ = 4,5 para a argila proveniente de Lockport; e λ = 8 para a argila
de Sarnia.
Em relação à influência da ε, Budhu et al. (1991) concluíram que esta
pode não ser o único fator responsável pelo comportamento hidráulico do con-
junto solo/fluido no meio argiloso. Esta asseveração foi confirmada posterior-
mente por Oliveira (2001) identificando a influência do teor de argila e de um
parâmetro de dimensão [L2] ligado ao tamanho de poro, além da influência de
ρ, μ e ε, como sugerido por Kozeny – Carman (1937).
De forma sucinta, estabelece-se que para o meio argiloso, o coeficiente
de permeabilidade absoluta depende das propriedades geotécnicas do solo as-
sim como a sua afinidade, dado pelas cargas eléctricas encontradas na super-
fície da partícula sólida e a constante dielétrica do líquido permeante. Conse-
quentemente, uma maior afinidade é obtida segundo aumenta a ε e tensão su-
perficial do fluido, assim como a SE das partículas de solo.
Nutting (1934) não considerou a interação destes fenômenos na super-
fície das partículas devido a que o modelo proposto foi somente para os meios
porosos granulares, nos quais a influencia da polaridade dos líquidos permean-
tes é inexistente. Diante disso, o seu modelo, equação 7, é restringida a ser
aplicada em solos granulares (grossos) ou ao caso que o líquido permeante te-
nha uma interação semelhante com o solo (valores próximos da ε).
Visando ilustrar o efeito da ε do líquido permeante no valor de k, Macha-
do (2008) relacionou dados experimentais do coeficiente de permeabilidade
para diferentes tipos de solo em relação aos valores de coeficiente de permea-
bilidade obtidos a partir da equação 7, sendo referidos como permeabilidade
saturada (ksat) para efeitos deste trabalho.
35
Figura 15. Resultados dos ensaios realizados para a determinação do k sat em relação
a gasolina comercial (Machado, 2008).
Figura 16. Resultados dos ensaios realizados para a determinação do k sat em relação
ao óleo diesel (Machado, 2008).
36
g 1 n³ B
k =ρ ( )[ ] (10)
μ 5 (n−1)2 εN
b
k ε IPe+ f ×IP
log( )=a×( εw −1) × (11)
k Nutting c +d×IP e+f ×IP
b −cIP k ref
k exp εw [ log( )]
IP k e
log ( )=a( ε −1) [1−exp c+ IP k + w
[d log( ref )+ ]] (12)
k nutting c + IP k w 1−Srw
b −cIP k ref
εw [
c+ IP
log ( )]
kw IP k ref e
[a ( ε −1 ) [ 1−exp [ d log(
ρ μ˙ +
c+IP
)+
k w 1−Srw
]]]
(14)
k f = ρ f μw 10
˙
w f
O carvão ativado (CA) define-se como aquele produto com alto teor de
carbono sendo tratado por processos físicos (pirolise ou dióxido de carbono) ou
químicos a altas temperaturas (acima de 700 oC) para, assim, realizar uma oxi-
dação adicional parcialmente nas superfícies do grão (Boehm, 1994). Embora,
existam outras nomenclaturas para referenciar materiais ricos em carbono
como carvão preto (black carbon) e biochar, sendo diferenciados pela matéria
prima utilizada para gerar o produto final. Por exemplo, o biochar é produzido a
partir de madeira ou resíduo fecal tratado pelo processo de pirolise com limita -
da aplicação de oxigênio, enquanto que o carvão preto é produzido a partir de
processos de combustão utilizando matérias primas com alto conteúdo de car-
bono puro como o grafite (Schmidt e Noack, 2000). Para efeitos deste trabalho
a nomenclatura utilizada foi de carvão ativado, CA, para referenciar o produto
utilizado para a adição no solo.
As propriedades físicas do CA são estimuladas por diversos fatores, sen-
do os principais os seguintes: a taxa de aquecimento e temperatura utilizada
durante o processo de ativação; tempo de retenção; e a taxa de fluxo de insu -
mos complementares (nitrogênio, dióxido de carbono, vapor, etc.). Consequen-
temente estes fatores influenciaram a superfície especifica, SE, a distribuição
dos poros e densidade do material (Pandolfo et al., 1994; Byrne e Nagle, 1997).
Destaca-se, ainda, que as dimensões dos poros determina a capacidade de
adsorção, além da estrutura química que interfere na interação electro – quími-
ca entre a superfície do CA e as moléculas que entrem em contanto segundo a
polaridade do fluido (Costa, 2006).
A Tabela 4 apresenta a capacidade de adsorção do CA a alguns líquidos
orgânicos de baixa constante dielétrica, mediante os registros das concentra-
ções do afluente e efluente no meio aquoso. Ressalta-se, que os valores da ε
aqui apresentados correspondem para uma temperatura em torno de 20 oC, ex-
cetuando o valor do Fenol cujo valor esta fixado a uma temperatura de 40 oC
(Clippers Control Inc., 2011).
44
3. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL
a)
b)
Figura 21: Esquema do procedimento e avaliação experimental para cada CP: a)
Etapa I; b) Etapa II.
49
Figura 23. Dispositivo de osmose reversa utilizado para deionizar a água potável na
EP-UFBA.
3.1.3 Solos:
a) b)
Figura 24. Lugar de coleta das amostras de solo: a) EP-UFBA; b) Estrada
CIA/Aeroporto.
tes: base rotativa de correias (150 RPM no rolo de tração), o jarro de alumínio e
as esferas de porcelana, cujos componentes estão descritos na Tabela 7.
a) b)
Figura 25. Moinho de bolas utilizado para diminuir a granulometria do CAG.
a) b) c)
d) e)
57
a) b)
Figura 31. Determinação da massa específica dos grãos do CAP e CAPM: a) Extração
do ar com a bomba de vácuo; b) Amostras atingindo a temperatura ambiente.
Os solos foram colocados sobre lona sintética limpa em uma única ca-
mada de 2,5 cm de espessura máxima, durante 2 – 3 dias, período de seca-
gem necessário para se atingir a umidade de equilíbrio com o ambiente (umida-
de higroscópica). Procurou-se, uniformizar o processo de secagem pelo revolvi-
mento constante das partículas de solo duas vezes por dia até alcançar a umi -
dade higroscópica, conferido por inspeção visual e táctil.
Em seguida, realizou-se o destorroamento e peneiramento do solo seco
ao ambiente com a peneira Mesh #10 (2 mm de abertura) (ver figura 34.a e
34.b), separando aquelas partículas que ficaram retidas na peneira e armaze-
nando o material restante em um recipiente hermético. Posteriormente, as par-
tículas retidas foram novamente destorroadas utilizando um compactador ma-
nual de madeira com uma massa de 3,60 kg e uma altura de queda entre 30 –
50 cm. Após esta etapa o solo foi novamente peneirado e o material retido foi
descartado.
66
a) b)
Figura 34. Preparação dos solos no GEOAMB: a) Destorroamento; b) Peneiramento
Fonte: Autor
60
RGG
40 CH
30
CL OH MH
20
10 CL-ML
ML
TBA
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limite de Liquidez (%)
Figura 39. Carta de plasticidade de Casagrande (1932) integrando os solos RGG e
TBA.
pelo GEOAMB, enquanto que o difratômetro feito pela empresa Bruker, modelo
D2 Phaser (Madison, WI, EUA), foi empregado para a DRX cedido pelo
LEDMA; conforme Figura 40.
a) b)
Figura 40. Dispositivos utilizados para a identificação de elementos e minerais nos
solos RGG e TBA: a) Analisador portátil FRX; b) Difratômetro de raios-X.
Figura 41. Amostra do solo RGG no recipiente antes de ser inserida no difratômetro
Bruker D2 Phaser.
Figura 42. Gráfico de intensidade dos principais minerais identificados no solo RGG.
Figura 43. Gráfico de intensidade dos principais minerais identificados no solo TBA.
a) b)
Figura 44. Ensaios dos limites de Atterberg ou de Consistência: a) Limite de
plasticidade, WP; b) Limite de liquidez, WL.
para compactar CPs de amostras do solo RGG a 100%, visando avaliar o efeito
da energia de compactação no valor de k.
Desta forma, justifica-se a utilização das duas energias de compactação
nas amostras de RGG sem adição para analisar a influência que este fator pos-
sui na redução da porosidade (n) do solo, que por sua vez reflete na redução
do coeficiente de permeabilidade. Consequentemente, estes resultados serão
úteis para serem reproduzidos em campo na contenção dos líquidos de hidro-
carbonetos (diques de contenção).
Os CPs foram compactados a partir dos valores da massa específica
seca (dmax) e umidade ótima (wot) obtidas nos ensaios de compactação. Des-
taca-se que os valores da massa específica dos grãos ou densidade real (ρs)
para as misturas solo/CA, foram calculados empregando a equação 16 utilizan-
do parâmetros obtidos individualmente para cada tipo de CA e solo, expostos
com antecedência nas Tabelas 8 e 11, respectivamente.
Ms
ρs =
M ss M ca (16)
ρss + ρca
Onde ρs é a massa específica das partículas ou fase sólida [ML -3]; Ms é a mas-
sa seca total da amostra [M]; Mss é a massa seca das partículas de solo [M];
Mca é a massa seca das partículas do CA [M]; ρss é a massa específica das par-
tículas do solo [ML-3] e ρca é a massa específica das partículas do CA [ML-3].
Utilizou-se neste caso o termo seco com referência ao material na umi-
dade higroscópica, sendo misturado desta forma na preparação das amostras.
Na sequência, apresentam-se os resultados dos ensaios de compactação fei-
tos na UCSAL nas Tabelas 15 e 16, segundo as amostras preparadas com os
solos RGG e TBA, respectivamente.
80
Tabela 15. Resultados dos ensaios de compactação nas amostras feitos com solo
RGG.
Tabela 16. Resultados dos ensaios de compactação nas amostras feitas com solo
TBA.
Figura 45. Esquema descritivo dos ensaios de permeabilidade delineados por amostra.
a) b)
Figura 48. Colocação do o-ring dentro da tampa do PPR: a) Tampa sem o-ring; b)
Tampa com o-ring.
a) b) c)
Figura 49. Procedimento de colocação do filtro: a) Geotêxtil em contato com o material
compactado; b) Pedrisco utilizado segundo o fluido permeante; c) Colocação de
geotêxtil entre o pedrisco e a tampa prévia ao fechamento.
a) b)
Figura 50. Preparação do CP prévia execução do ensaio de permeabilidade: a)
Preenchimento do PPR; b) Processo de saturação com o fluido permeante.
aL h
k sat =2,3⋅ ×log 0 (17)
A⋅Δ t h1
87
ODC
ADI
a) b)
c)
Figura 51. Processo do ensaio de permeabilidade a carga variável: a) CPs segundo o
fluido permeante (parte superior os ensaiados com ODC e a inferior com ADI; b)
Reservatórios fixos contendo os líquidos permeantes; c) Buretas graduadas e fixadas.
Após obtenção das leituras constantes o valor de k sat foi calculado utili-
zando a média geométrica. Em seguida, o CP foi desmontado, limpado e pesa-
do, prévia remoção e destorroamento da amostra compactada dentro do PPR,
conforme a Figura 52.
a) b)
Figura 52. Procedimento após da finalização do ensaio de permeabilidade: a)
Pesagem do CP saturado; b) Extração da amostra compactada.
a) b) c)
Figura 53. Determinação do teor de umidade na amostra: a) pesagem da amostra; b)
colocação na estufa; c) Forno mufla para as amostras ensaiadas com ODC.
Tabela 17. Teores de umidade e STV encontrados para o solo RGG e suas adições.
Amostra whc (%) STV (%)
RGG 100% 5,16 11,81
RGG95% – CAPM5% 5,16 13,33
RGG90% – CAG10% 4,72 17,29
RGG90% – CAP10% 5,15 14,87
RGG80% – CAG20% 5,68 19,41
RGG80% – CAP20% 5,19 16,24
Fonte: Autor
Tabela 18. Teores de umidade e STV encontrados para o solo TBA e suas adições.
Amostra whc (%) STV (%)
TBA 100% 0,36 2,12
TBA90% – CAG10% 1,11 4,30
TBA90% – CAP10% 1,27 6,26
TBA80% – CAG20% 1,92 5,30
TBA80% – CAP20% 2,39 8,96
Fonte: Autor
M i−M f
w H 2 O= (18)
M mufla*
* STV
M mufla =M mufla⋅(1+ ) (19)
100
*
M f −M mufla
w d= * (20)
M mufla
M i−M mufla*
w total= (21)
M mufla*
Onde wtotal é o teor de umidade da fase líquida retida no solo cujos componen-
tes são o wd e wH2O (%).
A disposição e percolação de hidrocarbonetos em solos, pode ocorrer
como um sistema tetra-fásico. Diante disso, encontram-se as fases gasosa,
sólida e líquida que consta de duas fases: a) fase aquosa em relação a água; e
b) fase livre não aquosa em relação ao líquido hidrocarboneto (ODC).
Embora, os líquidos hidrocarbonetos, de forma geral, podem ser fracio-
nados dentro das outras fases através da volatilização, adsorção ou dissolvên-
cia, a tendência destes fenômenos aconteceram nas amostras aqui ensaiadas
é desprezível devido ao confinamento, monitoramento e controle dos testes e
pela natureza do fluido (ODC) sendo de tipo destilado médio.
93
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta seção são apresentados os valores dos índices físicos nas amos-
tras permeadas com ODC, incluindo os teores de umidade inicias e finais se-
gundo o fluido existente nas amostras, como exposto anteriormente. A Tabela
23 apresentas os resultados dos teores de umidade referentes às amostras do
solo RGG, enquanto que a Tabela 24 correspondem ao solo TBA.
96
Tabela 25. Resumo dos índices físicos nas amostras do solo RGG.
Amostra γd (kN·m-3) GC (%) Sri (%) Srf (%) e (-) n (-)
RGG 100% (EPI) 14,92 100,39 81,72 86,53 0,85 0,46
RGG 100% 15,35 101,05 80,38 84,93 0,80 0,44
RGG95% - CAPM5% 14,14 100,25 78,17 88,77 0,85 0,46
RGG90% - CAG10% 14,15 100,24 70,68 79,04 0,84 0,46
RGG90% - CAP10% 14,02 100,34 80,98 95,54 0,85 0,46
RGG80% - CAG20% 13,64 100,25 76,54 83,28 0,81 0,45
RGG80% - CAP20% 13,15 100,20 86,10 95,18 0,86 0,46
Fonte: Autor
Tabela 26. Resumo dos índices físicos nas amostras do solo TBA.
Amostra γd (kN·m-3) GC (%) Sri (%) Srf (%) e (-) n (-)
TBA 100% 19,43 100,17 64,35 68,49 0,37 0,27
TBA90% - CAG10% 17,78 100,20 71,32 90,29 0,42 0,30
TBA90% - CAP10% 18,46 101,07 76,10 86,78 0,36 0,27
TBA80% - CAG20% 16,48 100,21 71,49 75,56 0,46 0,32
TBA80% - CAP20% 17,05 100,25 89,82 92,89 0,40 0,28
Fonte: Autor
98
Diante disso, nota-se que a adição do CAG acaba alterando a matriz das
amostras desde a perspectiva granulométrica, considerando que não existe in-
teração entre a superfície sólida das partículas do CAG e as moléculas da
água. Por conseguinte, quando o CAG é misturado com o solo RGG, torna-se
uma adição majoritariamente semelhante às partículas da areia muito grossa,
grossa e média (conforme a composição do CAG pela escala da U.S.D.A.), que
de acordo com Casagrande e Fadum (1940), valores de k sat para estes grãos
estão em torno de 1 x 10 -01 – 1 x 10-03 cm·s-1, aumentando assim o valor de k sat
para as amostras confeccionados com o solo RGG.
Para o caso do solo TBA o efeito das adições de CAG na permeabilida-
de foram nulos, evidenciando que as superfícies das partículas sólidas tanto de
TBA e CAG não apresentam interação nenhuma com as moléculas de água.
Consequentemente, o tamanho granulométrico de ambas partículas sólidas é
semelhante, sendo que a adição do CAG nas amostras de solo TBA mantêm a
mesma matriz arenosa do solo sem alterar o valor de k sat do mesmo. Na Figura
56 se apresenta o gráfico correspondente ao efeito das adições de CAP para
ambas amostras de solo.
a matriz das amostras com o solo TBA, vê-se alterada pelos grãos do CAP que
assemelham a composição da areia fina e muito fina, majoritariamente, ajudan-
do a diminuir, até 36 vezes, o valor de ksat. Lembrando que segundo Casagran-
de e Fadum (1940) a faixa granulométrica do CAP apresenta coeficientes de
permeabilidade em torno de 1 x 10-04 – 1 x 10-06 cm·s-1.
Em contraste, as amostras do solo RGG com a adição do CAP não influ -
enciou os valores de ksat obtidos. Diante disso, evidencia-se que para solos
com teor de finos predominantes, a adição de CA não influencia na permeabili-
dade do solo à água. Diante disso, pode-se dizer que as forças de atração en -
tre as superfícies das partículas argilosas e as moléculas da água são mais
preponderantes ou fortes que a incorporação de CA, seja de partículas grossas
ou finas, até teores de 20% (baseado em termos de massa). Além disso, como
consequência do tamanho granulométrico do CAP, a matriz das amostras com
o solo RGG não é alterada de forma significativa, conseguindo atingir resulta-
dos semelhantes de ksat em cada uma das amostras ensaiadas.
As Tabelas 27 e 28 sumarizam os valores de ksat experimentais tendo a
ADI como fluido percolante. Também, são apresentados os valores de k sat míni-
mos e máximos em cada amostra ensaiada e o número de CPs (n cp) considera-
dos válidos.
Tabela 27. Resumo dos valores de ksat experimentais à ADI das amostras de RGG.
Valor Médio Valor Min. Valor Max.
Tipo de Amostras ncp
(cm·s-1) (cm·s-1) (cm·s-1)
RGG 100% (EPI) 4 6,70 E-08 3,39 E-08 2,14 E-07
RGG 100% 5 9,42 E-08 7,23 E-08 1,38 E-07
RGG95% - CAPM5% 4 7,67 E-08 3,85 E-08 2,92 E-07
RGG90% - CAG10% 5 7,40 E-07 4,84 E-07 1,45 E-06
RGG90% - CAP10% 5 1,68 E-07 8,18 E-08 2,94 E-07
RGG80% - CAG20% 5 1,20 E-06 9,69 E-07 1,75 E-06
RGG80% - CAP20% 4 1,80 E-07 1,41 E-07 2,17 E-07
Fonte: Autor
101
Tabela 28. Resumo dos valores de ksat experimentais à ADI das amostras de TBA.
Valor Médio Valor Min. Valor Max.
Tipo de Amostras ncp
(cm·s-1) (cm·s-1) (cm·s-1)
TBA 100% 4 1,26 E-05 3,84 E-06 3,13 E-05
TBA90% - CAG10% 5 1,37 E-05 3,73 E-06 3,45 E-05
TBA90% - CAP10% 4 5,14 E-07 2,08 E-07 1,01 E-06
TBA80% - CAG20% 5 1,80 E-05 7,37 E-06 4,50 E-05
TBA80% - CAP20% 5 3,50 E-07 2,38 E-07 4,86 E-07
Fonte: Autor
Figura 57. Correlação entre a SE e o ksat utilizando a ADI como fluido permeante.
Tabela 29. Resumo dos valores experimentais de ksat ao ODC nas amostras de RGG.
Valor Médio Valor Min. Valor Max.
Tipo de Amostras ncp
(cm·s-1) (cm·s-1) (cm·s-1)
RGG 100% (EPI) 4 1,64 E-05 5,21 E-06 3,43 E-05
RGG 100% 5 2,99 E-06 1,36 E-06 5,08 E-06
RGG95% – CAPM5% 4 1,32 E-08 7,49 E-09 3,06 E-08
RGG90% – CAG10% 5 1,91 E-06 4,71 E-07 3,75 E-06
RGG90% – CAP10% 5 2,65 E-08 6,87 E-09 6,14 E-08
RGG80% – CAG20% 4 1,90 E-06 7,81 E-07 5,89 E-06
RGG80% – CAP20% 5 6,47 E-09 3,52 E-09 8,89 E-09
Fonte: Autor
Tabela 30. Resumo dos valores experimentais de ksat ao ODC das amostras de TBA.
Valor Médio Valor Min. Valor Max.
Tipo de Amostras ncp
(cm·s-1) (cm·s-1) (cm·s-1)
TBA 100% 5 2,31 E-06 1,35 E-06 3,69 E-06
TBA90% – CAG10% 5 1,40 E-05 9,47 E-06 2,08 E-05
TBA90% – CAP10% 4 2,22 E-06 5,47 E-07 4,22 E-06
TBA80% – CAG20% 5 7,03 E-06 5,23 E-06 1,15 E-05
TBA80% – CAP20% 5 1,68 E-07 9,12 E-08 6,05 E-07
Fonte: Autor
Figura 60. Correlação entre a SE e o ksat utilizando o ODC como fluido permeante.
Figura 61. Previsão dos valores de ksat em relação aos ksat experimentais nas amostras
de solo RGG e TBA sem adição de CA pelo modelo de Machado et al. (2016).
senta os valores de kprev obtidos ao ODC por amostra de solo ensaiada, além
da razão entre os valores de kexp e kprev para representar a variabilidade obtida
com o emprego do modelo matemático.
Figura 62. Previsão dos valores de ksat em relação aos ksat experimentais nas amostras
de solo RGG e TBA com as adições de CA pelo modelo de Machado et al. (2016).
5. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
LAMBE, T. W.; WHITMAN, R. V. Soil Mechanics. Ed. Wiley, New York USA.
1969.
LANCASTER, J.; WACO, R.; TOWLE, J.; CHANEY, R. The Effect of Organic
Content on Soil Compaction. 3rd International Symposium on Environmental
Geotechnology, San Diego – CA. 1996. 152 – 161 p.
LOCAT, J. L.; BALLIVY, G. Mineralogy, Chemistry, and Physical Property
Interrelationships of Some Sensitive Clays from Eastern Canada. Ed.
Canadian Geotechnical Journal, Vol. 21. 1984. 530-540 p.
LUNDY, D.; GOGEL, T. Capabilities and Limitations of Wells for Detecting
and Monitoring Liquid Phase Hydrocarbons. Second National Outdoor
Action Conference and Aquifer Restoration, Groundwater Monitoring and
Geophysical Methods, Vol. 1. 1988. 349 p.
MACHADO, S. L. Determinação da condutividade hidráulica saturada em
amostras de solo de diferentes formações, empregando-se diferentes
fluidos percolantes. Relatório Técnico GEOAMB/SMS Corporativo
PETROBRAS. 2008.
MACHADO, S. L. Proposição de faixas granulométricas ótimas para a
confecção de barreiras minerais para líquidos orgânicos. Relatório Técnico
GEOAMB/SMS Corporativo PETROBRAS. 2011.
MACHADO, S. L.; CARDOSO, L. da S. P.; OLIVEIRA, I. B.; MARIZ, D. M.;
KARIMPOUR-FARD, M. Modeling Soil Permeability When Percolated by
Different Soil. Ed. Springer Science, Transp Porous Media. 2016. 763 – 793 p.
MENENDEZ-DIAZ, J. A.; MARTIN-GULLON, I.; BANDOSZ, T. J. Activated
Carbon Surfaces in Environmental Remediation. Elsevier, Holanda. 2006. 1
– 47 p.
MERCER, J.W.; COHEN, R.M. A review of immiscible fluids in the
subsurface: Properties, models, characterization and remediation. 6 th Ed.
Journal Contain. Hydrol. 1990. 107 – 163 p.
MERGULHÃO, A. J. P. Injeção de nitrato de amônio em solo residual por
eletrocinese e seu efeito sobre a sobrevivência da microbiota nativa.
2002. Dissertação (M.Sc.), Puc-Rio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2002.
123
8. ANEXOS