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Federal de Rondônia
PEDAGOGIA
Licenciatura em Pedagogia
Antropologia II
TOMBO I
Unidades I e II
Páginas 07 a 76
TOMBO II
Unidade III
Páginas 77 a 120
MÓDULO: III
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA II
Rondônia - 2009
2
AUTORES.
ela me acompanhou na dança, mas era verdade. Parecia que ela estava
tomada por um espírito humano.
Esse texto de antropologia que eu e o Ari escrevemos para esse curso à
distância trata dessas coisas todas, as minúcias do cotidiano, nas inumeráveis
e sensíveis elaborações do mundo humano com os seus dramas de verdades
e incertezas. A antropologia, enquanto ciência compreensiva do humano,
oferece um modo de interpretação da condição humana porque tem uma visão
ampliada, multifacetada dessa condição. Suas teorias e os seus métodos, dos
quais tratamos os mais importantes: evolucionismo, funcionalismo e
estruturalismo; permitem, por comparação, ver simultaneamente o que é
comum e genérico às culturas humanas e o que é particular a cada povo,
tradição, sociedade e civilização.
Esta disciplina de Antropologia II foi escrita em parceria. O trabalho foi
dividido em três unidades: o professor Ari Miguel Teixeira Ott, escreveu a
primeira, o professor Estevão Fernandes a segunda e eu a terceira. A parceria
decorre de sermos antropólogos e professores do Departamento de Ciências
Sociais da UNIR. Recém graduada, eu fui bolsista como auxiliar de pesquisa
em um projeto sobre a colonização agrícola em Rondônia, a convite de dois
professores da UNIR na época: um economista e um sociólogo. Isso me
oportunizou fazer mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em
Sociologia, orientada por José Vicente Tavares dos Santos. O título da minha
dissertação de mestrado é: “Colonização e Natureza: análise da relação social
do homem com a natureza na colonização agrícola em Rondônia”. Fiz
doutorado na Universidade de São Paulo (USP), em Antropologia Social, com
um estudo sobre religiosidade Amazônica, cujo título é “Ordem, xamanismo e
dádiva: o poder do Santo Daime”, sob a orientação da professora Liana Maria
Sálvia Trindade. Nos últimos anos eu faço pesquisa e escrevo sobre a
violência nas relações sociais de gênero, com ênfase na relação
homem/mulher. Tenho parceria de pesquisa com o Ari Ott, quanto à violência
que afeta as populações indígenas.
Nós encaramos a escrita deste curso como um desafio profissional.
Aproveitamos a nossa capacidade de nos relacionarmos “à distância” com boa
qualidade comunicativa para como leitores e escritores, sermos desafiados,
inquiridos, instigados a ir adiante. As novas tecnologias nos permitem ir além
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A autora
O autor
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APRESENTAÇÃO
Unidade I
Não há uma definição de sociedade que seja única e aceita de modo geral.
No sentido mais amplo pode-se dizer que sociedade refere-se à totalidade das
relações sociais entre as criaturas humanas.
No sentido mais estrito uma sociedade seria cada conjunto de seres humanos
de ambos os sexos e de todas as idades, unidos em um grupo que se
autoperpetua e possui suas próprias instituições e culturas distintas.
Observe que para se ter uma sociedade é necessária a coexistência dos dois
gêneros, para que ocorra a reprodução física, e de todas as idades, para que
ocorra a reprodução social.
SABER MAIS:
Luzia era uma mulher baixa, de apenas 1,50 metro de altura. Comparada aos seres
humanos atuais, tinha uma compleição física relativamente modesta para seus 20 e
poucos anos de idade. Sem residência fixa, perambulava pela região onde hoje está o
Aeroporto Internacional de Confins, nos arredores de Belo Horizonte, acompanhada
de uma dúzia de parentes.
Não praticava agricultura e vivia do que a natureza agreste da região lhe oferecia:
coquinhos de palmeira, tubérculos e folhagens. Em ocasiões especiais, dividia com
seus companheiros um pedaço de carne de algum animal que conseguiam caçar.
Eram tempos difíceis aqueles e Luzia morreu jovem.
Walter Neves, o arqueólogo que a descobriu e estudou, deu a ela o nome de Luzia em
homenagem a Lucy, célebre fóssil de Australopithecus afarensis datado de 3,5
milhões de anos achado na Etiópia em 1974 por Donald Johnson.
Composta por John Lennon a canção gerou controvérsia por seu título, que foi
interpretado como uma possível alusão ao LSD (dietilamida do ácido lisérgico, que é
uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas). Lennon alegou que a
inspiração do título veio de um desenho de seu filho, Julian. No desenho, uma colega
de Julian chamada Lucy, passeava pelo céu com diamantes.
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E segundo o que a mim e a todos pareceu, esta gente, não lhes falece outra
coisa para ser toda cristã, do que entenderem-nos, porque assim tomavam
aquilo que nos viam fazer como nós mesmos; por onde pareceu a todos que
nenhuma idolatria nem adoração têm. E bem creio que, se Vossa Alteza aqui
mandar quem entre eles mais devagar ande, que todos serão tornados e
convertidos ao desejo de Vossa Alteza. E por isso, se alguém vier, não deixe
logo de vir clérigo para os batizar; porque já então terão mais conhecimentos
de nossa fé, pelos dois degredados que aqui entre eles ficam, os quais hoje
também comungaram.
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de
metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares
frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo
d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal
maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa
das águas que tem!
E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra
qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito
bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de
São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita
mercê.
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STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São
Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1974. 218 p. il.
Além disso, pode-se assistir ao filme baseado em sua obra. Trata-se de um dos
poucos filmes na história do cinema em que a língua falada pelos atores é, de
forma predominante, o tupi. O trailer pode ser visto em www.youtube.com
Ao que parece, uma das razões para Hans Staden se manter vivo por mais de
nove meses foi o desconhecimento das regras sociais. Cada vez que foi levado
ao centro da aldeia para o ritual de morte comportou-se covardemente,
suplicando ao seu matador perdão e caridade. Pior ainda: apavorado pela
proximadade do fim, não controlova os esfincteres e se sujava com as próprias
fezes e urina. Os Tupinambá, com justa razão, consideravam um sujeito sujo
daqueles indigno de ser devorado e mandavam ele se lavar!
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Conclusão
A representação que a sociedade nacional construiu das sociedades
indígenas esteve relacionada (como ainda está) ao substrato histórico. Ou seja,
a cada momento corresponde uma representação que varia desde um povo
idealizado, “sem pecado abaixo da linha do equador”, que vive em um éden
imaginado pela cosmogonia cristã-ocidental; até o outro extremo, de um povo
canibal, dedicado a práticas bárbaras, condenáveis sob qualquer aspecto.
As políticas de inclusão ou exclusão destas sociedades também têm
variado, ora enfatizando a integração, ora abandonando os povos indígenas à
própria sorte. Paralelamente, os índios têm assumido o protagonismo de suas
histórias e crescido demográfico, mantendo, porém sua identidade étnica.
Unidade II
Diferenças regionais
A ocupação da Amazônia
Admita-se que tenha havido uma natureza edênica amazônica. Mas esta
natureza primeva nunca se deu ao conhecimento humano. Nela, o homem era
ausência.
No princípio só havia água e céu e tudo estava escuro. Um dia Tupana
desceu do céu e já queria encostar na água quando saiu dela uma
terra pequena na qual ele pisou. Neste momento, apareceu o sol e o
calor dele rachou sua pele que começou a escorregar-lhe pelas pernas
e, quando o sol desapareceu, a pele de Tupana caiu de seu corpo e
estendeu-se por cima da água para transformar-se em terra. Mas,
ainda não havia gente naquela terra! (Mito Tikuna).
Os mitos amazônicos
que variavam do “inferno verde” ao “paraíso perdido”. Eles foram construídos para
explicar a Amazônia e desconstruídos cada vez que a complexidade da região
mostrou-se maior que o seu poder explicativo.
A ocupação de Rondônia
SABER MAIS:
Conclusão
O mapa acima representa bem o que significou a expansão da fronteira
agrícola para a Amazônia e particularmente para Rondônia. O planejamento
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Subunidade III
Leiam a seguir descrição sobre este quadro feita por Ricardo Ventura Santos e
Marcos Chor Maio no artigo: Qual "retrato do Brasil"? Raça, biologia,
identidades e política na era da genômica.
Depois de tramitar por uma década na Câmara dos Deputados, o projeto de lei
que institui as cotas raciais para ingresso nas universidades públicas corre o
risco de voltar à estaca zero. Levantamento do Correio mostra que apenas os
seis parlamentares do bloco de apoio ao governo na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) do Senado, onde a matéria aguarda parecer, são favoráveis à
utilização do critério étnico para a reserva de vagas. Os demais senadores —
no total são 23 titulares, além do presidente e do vice — devem acompanhar o
voto em separado que será apresentado pelo presidente da comissão,
Demostenes Torres (DEM-GO). No relatório paralelo, ele vai retirar o ponto
mais polêmico do projeto: o critério racial. A votação na CCJ está prevista para
a próxima quarta-feira.
critério racial é descaracterizar o projeto. "Já disseram que essa lei, uma vez
aprovada, estaria legitimando o racismo, mas não consigo entender o porquê.
Ao contrário, não aprová-la é que é uma atitude racista", diz a parlamentar, que
ontem participou de um ato público em defesa do projeto.
Em seu relatório, Serys vai rejeitar o PLS 344/08, do senador Marconi Perillo
(PSDB-GO), que tramita apensado ao PLC 180/08. A proposta do parlamentar
é destinar parte das vagas nas instituições de ensino superior a alunos
egressos de escolas públicas, por um período de 12 anos. "O critério de
natureza social contém o de natureza étnica e racial, mas a recíproca não seria
verdadeira. A proposta para a implantação de reservas de vagas nos cursos de
graduação ficará mais bem assentada se a voltarmos para os estudantes que
tenham cursado os quatro últimos anos do ensino fundamental e todo o ensino
médio em escolas públicas estaduais e municipais", argumenta Perillo.
Perillo afirma, porém, que defender cotas unicamente sociais não é uma forma
de negar a injustiça histórica cometida contra parte da população. "Priorizar o
critério social não significa ignorar os 300 anos de escravidão do Brasil,
tampouco desconsiderar que, ao final do processo de abolição, não houve
qualquer mecanismo de integração do negro à sociedade", diz. Mas, para o
parlamentar, é importante usar o corte de renda para corrigir as distorções que
atingem a sociedade contemporânea.
Ricardo
Instituto Socioambiental - ISA
julho de 2006. Um dos maiores destaques foi a TI Vale do Javari (AM), pela
sua extensão de 8,5 milhões de hectares (ha) contínuos na área de fronteira
internacional com o Peru e por abrigar, além de sete povos indígenas
conhecidos, vários grupos isolados. Outra grande conquista foi a TI Raposa
Serra do Sol (RR), com seus mais de 1 milhão de ha, atendendo a
reivindicações históricas dos povos Makuxi, Wapixana, Ingarikó e Patamona,
apoiados por campanha nacional e internacional.
Conclusão
Para nós antropólogos o conceito de raça, que se estabelece em torno
de diferenças físicas externas, foi abandonado em favor do conceito de etnia,
que se configura em torno de diferenças culturais.
Na vida cotidiana, contudo, ainda persistem preconceitos e exclusão
contra aqueles que não são fisicamente semelhantes a nós. Ademais, a
discussão extrapolou o ambiente acadêmico e migrou para o campo político,
com acirradas discussões em torno do estabelecimento de cotas para as
chamadas minorias, que foram excluídas do beneficio da educação superior,
por exemplo.
Os estudos mais recentes indicam que pelo menos um dos argumentos
usados por aqueles que são contrários as cotas nas universidades está errado:
alunos cotistas têm desempenho escolar igual ou melhor do que alunos não-
cotistas. Ao que parece estes alunos sentem-se motivados a estudar e se
dedicar mais do que os outros.
Em uma sociedade tão desigual quanto a brasileira esta discussão não
terminará apenas com a edição de leis e decretos. À medida que as instituições
se fortaleçam e o debate democrático avance será possível ampliar o leque de
oportunidades para todos, incluindo os excluídos.
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Unidade II
Fonte: http://webradiobrasilindigena.files.wordpress.com/2007/11/escola_indigena_700.jpg
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APRESENTAÇÃO
Vejamos.
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Subunidade I
O popular e o erudito
Pode-se dizer que Joana seja uma pessoa culta, ao contrário de Sandra;
mas tanto uma quanto outra tem cultura. O que, afinal, isso quer dizer? Roberto
DaMatta, em um pequeno texto intitulado “Você tem Cultura?” trata dessa
46
questão: a palavra “Cultura”, no dia a dia possui duas acepções: a primeira tem
a ver com o que chamamos aqui de alguém “culto”: dizemos de alguém como
Joana que ela seja uma pessoa culta, em contraposição a alguém ignorante,
sem conhecimentos. Joana é uma pessoa sofisticada, ou como dizem por aí,
“com conhecimentos”. “Cultura”, no outro sentido – no sentido Antropológico –
diz respeito a maneira como as pessoas classificam e pensam o mundo. No
primeiro sentido (no senso comum), pode haver pessoas sem cultura, enquanto
que, no segundo sentido (para a Antropologia), todos os homens possuem
cultura.
Será que isso é tão estranho assim aos nossos ouvidos? Basta darmos
uma olhada nos programas de televisão e buscarmos ver a diferença de
linguagem e de público entre os diferentes programas. Quem assiste a um
programa cujo foco seja o funk¸ pagode ou músicas sertanejas, verá facilmente
que o público entrevistado, a linguagem utilizada e mesmo as propagandas do
intervalo são bastante diferentes de programas sobre colunismo social, ou jazz,
por exemplo. O mesmo se aplica a emissoras de rádio, revistas, jornais, etc.
Uma experiência bem interessante é comparar as mesmas noticias em jornais,
revistas e/ou noticiários de televisão diferentes.
autor, logo vemos qual é a cultura vista como “legitima” e qual a percebida
como “sub-cultura” afinal, popular é adaptado ao “nível cultural das massas”.
Sendo assim, a “boa” cultura é a de Joana. E Sandra, tem cultura? A cultura do
samba, do carnaval, da cachaça e do arroz com feijão e farofa, está “no mesmo
nível” da cultura de Mozart e Beethoven, de Shakespeare e do champanhe
acompanhando caviar e trutas flambadas?
Vejamos:
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Grande parte dos autores pensa cultura popular como folclore, ou seja, como um
conjunto de objetos, práticas e concepções – sobretudo religiosas e estéticas -,
consideradas tradicionais. Outros concebem as manifestações culturais tradicionais
como resíduo da cultura culta de outras épocas e, às vezes, de outros lugares,
filtrada ao longo do tempo pelas sucessivas camadas de estratificação social. Diz-
se: o povo é um clássico que sobrevive. Pensar em cultura popular como sinônimo
de tradição é impossibilitar a compreensão das sucessivas modificações por quais
necessariamente passaram esses objetos, concepções e práticas do povo. É
pensar as modificações como empobrecedoras ou deturpadoras.
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Assim, a cultura – seja ela erudita, popular ou sob qualquer rótulo – nos
permite enxergar, no sentido antropológico, a visão de mundo do “Outro”. E
esse “outro”não precisa estar necessariamente em uma aldeia indígena, em
um quilombo ou em uma ilha perdida no meio do pacífico. Esse “Outro” pode
ser o Nós, relativizado, o vizinho, as relações raciais do dia a dia, a ética que
rege o papo na esquina, o sotaque daquele sujeito com quem você convive
todos os dias. Daqui se depreendem algumas coisas: em primeiro lugar, o que
é familiar nem sempre é conhecido: mesmo nossa cultura deve ser posta em
perspectiva, seja ela “popular”, ou “erudita”: uma festa social envolve normas e
etiquetas da mesma maneira que uma festa junina; e em segundo lugar
(novamente usando Roberto DaMatta, desta vez em outro texto), o olhar
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O que parece ocorrer e escrevo isto aqui a título de hipótese, e para fins
de discussão – é o seguinte: podemos supor que estejamos caminhando para
uma homogeneização das diversas culturas, devido ao avanço de um sistema
capitalista ocidental hegemônico. Assumindo isso, assumimos também que
como consequência os diversos grupos não hegemônicos adequarão suas
lógicas à lógica capitalista e que toda forma original de cultura é uma resposta
contraria a hegemonia, somente. Isso seria reduzir o próprio papel inventivo
dessas culturas e supor que a suas respectivas lógicas internas sejam somente
regidas pelas intempéries que atravessam.
http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/172.pdf
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Samba do approach
Zeca Pagodinho
(Xá comigo!)
Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull (*)
Hoje me amarro no Slash (**)
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
(Beautiful!)
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat
(Olha só...)
Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz como Damon Hill
Tenaz como Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Quero jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite drag queen
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Subunidade II
A transmissão da cultura
Fonte: Crianças Xikrin (PA) ostentando suas bonecas com pinturas tradicionais. Disponível em:
http://unicorneoazul.blogspot.com/2008/02/os-ndios-xikrin.html. Acesso em: 12 fev. 2009.
59
APRESENTAÇÃO
SABER MAIS:
Fonte:
http://2.bp.blogspot.com/_ree85NYELJM/STw5y54ECpI/AAAAAAAAB7Q/AS8WYansvt8/s4
00/ouroborosFreemason.jpg
62
Fonte: http://karenswhimsy.com/public-domain-images/chinesesymbols/chinese-
symbols-5.jpg
Fonte:http://convertisseurs.euro.free.fr/Zone%20Euro/Autriche/COCA-COLA%20(V).jpg
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Anomalia etnico-ideologica
Mario César Flores
Publicado em O Estado de S. Paulo em 09 de maio de 2008
(http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080509/not_imp169900,0.php)
Embora menos do que no Peru, no Equador e na Bolívia, países de grande
participação indígena na população, as tensões da questão indígena estão
crescendo a um nível preocupante no Brasil, onde pessoas e entidades
públicas e não-governamentais, religiosas e seculares, nacionais e
estrangeiras, de intenções nem sempre claramente expostas, cultivam um
estranho sentimento que distingue os cidadãos brasileiros de etnia indígena
dos demais cidadãos, na contramão da lógica que sugere a integração.
Subunidade III
Fonte: http://peabloggy.files.wordpress.com/2007/05/calvary-christian-school.jpg
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APRESENTAÇÃO
Peço ao leitor que, por um segundo apenas, feche seus olhos e busque
se lembrar de seu tempo de infância. Certamente virão à mente lembranças de
férias, viagens com a família, das manhãs e tardes na escola, dos jogos e
brincadeiras. Normalmente pensamos na infância como fase idílica, um
exemplo disso certamente é o poema do Poeta Cassimiro de Abreu (1837-
1860) intitulado Meus oito anos: ”Oh! Que saudades tenho da aurora da minha
vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais! Que amor, que
sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras, à sombra das laranjeiras,
debaixo dos laranjais!”.
No que isso se insere nas discussões que temos tido nesta unidade?
Vejamos. Vimos que a transmissão da cultura ocorre quando há
compartilhamento de símbolos, sendo esses símbolos apreendidos pelo
convívio em determinada cultura. Também vimos que a cultura é um sistema
em aberto, o que permite aos mais diversos grupos humanos articular suas
próprias culturas a fim de manter sua identidade. Vimos, finalmente, que
construções como sexo, raça e tudo aquilo que julgamos ser “natural” do ser
humano é, na verdade, resultado de uma complexa teia de relações
metafóricas e simbólicas que definem aquela cultura.
Quase sempre aprendemos como nos comportar em determinada
cultura quando somos crianças, eis porque quase sempre os antropólogos,
quando se inserem em uma cultura muito diferente, são quase sempre tratados
como tal. O antropólogo Anthony Seeger, por exemplo, escreveu em seu livro:
Veja bem, caro leitor, ele não era visto como se fosse criança; ele era,
de fato, uma criança para os Suyá: não o deixavam sozinho, se comportavam
com ele contando historias da mesma forma que contavam aos filhos, era
supervisionado pelas mulheres, etc. Não importava que o antropólogo e sua
esposa, que o acompanhava na aldeia fossem vistos, em nossa cultura, como
adultos: lá, eles eram crianças.
A infância é uma construção cultural: o que é uma criança varia de uma
cultura para outra, e isso talvez seja um fato difícil de ser assimilado, mas basta
ao leitor procurar no Google por “historia da infância”, para ver como chegamos
ao nosso conceito de criança.
Em seu livro “Adolescência e Cultura em Samoa”, por exemplo, a
Antropóloga Margareth Mead analisa as relações entre o desenvolvimento da
personalidade do adolescente e o tipo de cultura. Sua tese é que a crise da
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O que é o saber? Segundo Galli, é uma dimensão social holística que vai do
caos à ordem, para outra ordem; que se desconstrói com bases em
pressupostos construtivos, postos em movimento pela experiência e pela
vivência. Trata-se da fruição da cultura, que gera um fazer reflexivo e crítico,
por vezes chamado educação.
O objetivo é assimilar o indivíduo à ordem social propiciadora do nós coletivo
e que, ao mesmo tempo em que integra buscando homogeneizar, diferencia
cada um por suas características pessoais, por gênero, por idade, garantindo
o equilíbrio da vida em sociedade. A educação realiza-se, então, no interior
da sociedade, composta por diferentes grupos e culturas, visando um certo
controle sobre a existência social, de modo a assegurar sua reprodução por
formas sociais coletivamente transmitidas.
A educação, nessa forma primeira, é uma modalidade de ajustamento
psicossocial que resulta numa forma de controle social, com base na
organização social e no horizonte cultural partilhado por um grupo. Um
aspecto a considerar é que a cultura é, aí, entendida como técnica social de
manipulação da consciência, da vontade e da ação dos indivíduos, com a
finalidade de modelar as personalidades humanas dos membros do grupo
social, tal como afirma Florestan Fernandes, ao tratar da educação entre os
Tupinambás (1966).
Para exemplificar que todas as sociedades possuem técnicas para estimular
e corrigir seus membros da infância à idade adulta, via transmissão de
conhecimento, valores e normas, Melatti (1979) relata o processo educativo
de uma criança marubo. Diz ele: "Durante o tempo em que o indivíduo é uma
criança de colo, sem dúvida já se inicia sua formação como marubo". Ela
pressupõe desde o contato com os alimentos até outros hábitos como
amarrar os pulsos, os braços, os tornozelos e as pernas para que
engrossem, fazendo dele um bom trabalhador no futuro. À medida que
cresce, está sujeito a tapas, empurrões ou ainda a punições quando faz algo
de errado. Uma punição comum é a urtiga que é passada no corpo para que
a criança deixe de ter preguiça e torne-se aplicada no trabalho. Da mesma
forma, quando maiores, tomam a "injeção de sapo", uma espécie de
queimadura em pele viva, que espanta a preguiça e o panema (azar) (op. cit.,
pp. 291-301).
Este e outros exemplos entre grupos tribais como os Arapesh, estudados por
Mead, ou os japoneses, estudados por Ruth Benedict, revelam a existência
de um sistema de interpretação de um modo de vida, mas também uma
pedagogia, como diz Galli, que se formaliza como técnica e ritual educativo,
criando sistemas especializados nessas técnicas e ritos. Nesse sentido,
cultura e educação são termos que se invocam e se concitam mutuamente,
como afirmam Cazanga M. e Meza (1993). Segundo esses autores,
"permanentemente envolvido no processo educativo e pelo simples fato de
estar vivendo, o homem está aprendendo na sociedade pela cultura; a
sociedade é o meio educativo próprio do homem, ainda que a todo momento
não tenha consciência disso" (p. 82).
Isto não quer dizer que os indivíduos sejam produtos mecânicos de uma linha
de montagem. O homem como ser variável, mutável no temperamento e no
comportamento, não fica à mercê de sua natureza e de sua cultura, mas sim
está sujeito a condições históricas determinadas e determinantes do universo
em que está inserido.
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A partir do texto acima e de todos os conceitos que temos visto até aqui,
agora é momento de parar e refletir:
- O que é escola, para você?
- O que é infância?
- O que é Educação?
Boa sorte!
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UNIDADE III
Fonte: http://www.stelle.com.br/imagens/domenico.jpg
78
APRESENTAÇÃO
Subunidade I
que cada aspecto cumpre uma função para a totalidade social. Assim o
Funcionalismo pode orientar a pesquisa de como a sociedade está relacionado
com o sistema escolar e o modo como este sistema interage com a sociedade.
O Estruturalismo melhora o método da pesquisa etnográfica porque
retém do funcionalismo a idéia de que as sociedades humanas tendem à
organização sistêmica, ou seja, constroem estruturas ordenadas, mutuamente
articuladas; e vai além, propondo um método de análise do modo de
estruturação das sociedades, que leva em conta os “sistemas de
pensamento”: ciência, arte, religião, mitologias de cada sociedade; elucidando
o modo de construção dos códigos e das mensagens que os humanos
elaboram em suas vivencias sociais.
O estruturalismo interpreta a sociedade como um sistema de
comunicação que se fundamenta na troca (circulação) entre os grupos dos
bens preciosos: mulheres, bens e mensagens. A análise da circulação de
mulheres elucida os sistemas de parentesco, as regras de casamento e de
hereditariedade, moradia e pertença ao grupo. A análise do modo de circulação
dos bens mostra como lógicas distintas do puramente econômico podem
orientar a sua distribuição, a exemplo das lógicas religiosas, de parentesco,
cosmologia entre muitas outras. A análise do modo de circulação das
mensagens sintetiza o melhor do método estruturalista visto que a teoria
preconiza que cada elemento da cultura, seja material ou imaterial, pode ser
visto como SIGNO, ou seja, algo que expressa um significado que pode ser
interpretado ao modo de uma mensagem, um texto que pode ser lido,
decodificado. Pois como no exemplo do uso da manteiga entre os Dorzé,
exposto em Antropologia I, qualquer elemento, seja do ambiente natural, seja
da cultura, pode ser utilizado para veicular os significados, os valores do grupo.
Desse modo, o Estruturalismo ao propor o método de análise das oposições e
dos contrastes propõe um modo de análise de circulação dos símbolos, que ele
diz operar por sistemas de transformações. Veja como os usos da manteiga
entre os Dorzé varia de acordo como o domínio ao qual se aplica, ou melhor,
aos quais se opõem, realizando contraste, funcionando como marcadores de
sentido simbólico.
82
https://ssl-relativa.locaweb.com.br/livrosdeprogramaca/images/8575161180.jpg
Subunidade II
Educação de afro-descendentes
Fonte: http://www.emn.ufscar.br/
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A ideologia do branqueamento
tornadas verdades pela ciência do século XIX e início do século XX: a exemplo
das teorias raciais expressa pelo “determinismos biológico” que, como vimos,
atribui características moral e psicológica “inatas” às diferentes raças. Estas
idéias podem ser apreendidas em nosso imaginário onde os negros são
sexualmente promíscuos, os índios são preguiçosos e os brancos são o
máximo da perfeição humana.
As sociedades colonizadas configuram-se como sociedades multietnicas
na medida em que colocam em interação conflituosa, violenta e também
cooperativa, povos distintos. O sistema escolar é implantado pelo colonizador
contra a cultura do colonizado. Vejamos o que nos diz Turner (1993) ao
comparar Moçambique e Estados Unidos da América, mostrando o que ele
chama de “pedagogia do conflito”, mostrando como a escola é um campo de
enfrentamento cultural:
sair um filme em 1993 sobre o "cow-boy" negro e seu papel na história do oeste
norte-americano.
O “mosaico” assimétrico: a exclusão do negro, do índio e da mulher
Houve muitos "cow-boys" negros, mas, nos filmes de John Wayne, eles nunca
aparecem. Com o filme "Dança com lobos", Hollywood descobriu que havia
indígenas dignos, com sentimentos e emoções. Então, é preciso reescrever a
história dos EUA, incluindo o papel das minorias e da mulher. Na visão tradicional
da história norte-americana, a mulher quase nunca aparece. Só nos últimos 15
anos é que esse papel histórico da mulher começou a ser escrito. Poucos norte-
americanos sabem que as ferrovias do oeste dos EUA foram construídas no século
XIX por operários chineses. A história desses milhares de chineses que viveram
nos EUA não é contada. Os currículos precisam Incluir todas estas pessoas que
foram excluídas ao longo dos anos. Isso faz parte desta verdadeira guerra em
favor do multiculturalismo que existe hoje nos EUA.
A escola como campo de guerra civil
Outro problema nas escolas norte-americanas é a violência. Passou a ser
normal nas grandes escolas, nos bairros populares, que para entrar no colégio é
preciso passar por um detector de metal, a fim de evitar Ingresso de pistolas e facas.
Várias escolas tornaram-se campos de guerra. Como um estudante vai aprender
alguma coisa se está com medo de ser atacado dentro da sala de aula? Fazendo
um paralelo com a situação de Moçambique, Infelizmente, em muitas escolas
norte-americanas também há uma espécie de guerra civil.
Fonte: TURNER, M. Educação em situações de ‘conflito’: Moçambique X EUA. IN: GROSSI, E.
P. e BORDIN, J. Construtivismo pós-piagetiano: um novo paradigma sobre aprendizagem.
Petrópolis, Vozes, 1993. p. 221-223.
Quilombos do Brasil
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/copy_of_acoes/
Conclusão
Fonte:
http://4.bp.blogspot.com/_WxtVM2yP0PA/STsKupqIRYI/AAAAAAAABnc/2oNAkj76D5c/s400/bel
eza+negra.JPG
http://www.emn.ufscar.br/
94
Educação indígena
Fonte: http://www.socioambiental.org/prg/pib.shtm
Fonte:
http://1.bp.blogspot.com/_jHiPGQxAOKA/SgLca2x9lvI/AAAAAAAABzU/qr6IiWh68jI/s400/63694
5.jp
Política Indigenista
http://www.socioambiental.org/inst/docs/download/rtf/prog_reg.pdf
http://portal.mec.gov.br/coneei/
http://www.funai.gov.br/
http://www.cimi.org.br/
Conclusão
É preciso considerar o espaço e o tempo dos processos educativos de
cada sociedade. Em nosso caso, mantemos as crianças e os jovens em
escolas separadas de outras atividades. Diferente dos processos de ensino dos
povos indígenas nos quais o processo de ensino é realizado no transcorrer das
atividades ordinárias, cotidianas; e extraordinárias do grupo, a exemplos dos
rituais de nascimento, núpcias, funerais, guerras e viagens de longa distâncias.
A contradição que se apresenta é a do confronto entre o sistema escolar,
instituição que visa homogeneizar a cultura nacional e a diversidade das
culturas indígenas. Aracy Lopes nogueira, estudiosa da escolarização indígena
indaga: será possível à escola o respeito real as ‘formas de transmissão de
conhecimento’ próprias à socialização indígena, tal como garantido
expressamente nas leis? (SILVA et al., 2002, p. 57)
Fonte: http://www.aguaforte.com/osurbanitas7/amaral4.jpg
103
Subunidade III
Gênero e Educação
Fonte: http://200.130.7.5/spmu/docs/Livro_II_PNPM_completo08.10.08.pdf
104
Fonte: http://linhaslivres.files.wordpress.com/2009/03/trabalho-domestico.jpg
SABER MAIS
Mas, se as mulheres estão ligadas à Natureza, o que elas têm a ver com a Cultura? Um dos
trabalhos mais polêmicos a este respeito é o de Levi-Strauss a respeito de como se dá a passagem da
natureza à cultura. Segundo ele, os homens precisam "trocar as mulheres" para construir a cultura.
Se todas as pessoas casassem com familiares não haveria trocas, não se aprenderia nada de novo;
portanto, é por isto que em todas as culturas existe o "tabu do incesto", que significa que somos
proibidos de casar com determinadas pessoas. Na cultura ocidental cristã não podemos casar com
parentes muito próximos: pais, irmãos, tios e primos, porque acreditamos que as crianças podem
nascer aleijadas, o que não acontece em outras sociedades.
Quem primeiro deu exemplos disto foi uma famosa antropóloga americana dos anos 30,
Margareth Mead, que escreveu um livro bombástico para sua época - Sexo e Temperamento - onde
ela analisava 3 diferentes culturas da Melanésia: os Mundugumor, os Tchambuli e os Arapesh. Estas
três tribos viviam numa mesma ilha a poucas milhas de distância. Na primeira delas homens e
mulheres eram muito pacíficos, ambos cuidavam das crianças com carinho e o valor maior era a
harmonia. Na segunda, o principal valor era a agressividade e tanto homens quanto mulheres
viviam brigando, demonstrando força física, ensinando as crianças a serem independentes
desde cedo. Finalmente na terceira tribo Mead descobriu o que ela chamou de "inversão dos
papéis de homens e mulheres no Ocidente: os homens eram pacíficos, caseiros e as mulheres
agressivas e atuando no espaço público". A tese principal da autora neste livro era portanto de que
não existiam "atribuições naturais" ligadas ao sexo biológico e sim atribuições sociais que ela
chamou de papéis sexuais.
Divisão de papéis sexuais: trabalho e valor; público e privado
Papéis sexuais seriam, portanto tarefas e valores associados em determinada sociedade às
pessoas do mesmo sexo biológico. Com o tempo, no entanto, muitos pesquisadores acabaram
usando o termo apenas para falar da divisão sexual do trabalho em diferentes sociedades,
ligando seguidamente as atividades domésticas às mulheres e as públicas aos homens. O
exemplo de grupos de caçadores/coletores foi muito utilizado para explicar por que havia uma
divisão de tarefas associadas às atividades de reprodução humana. Como o conceito de papéis
sexuais acabou se confundindo com sexo, a partir dos anos 70 algumas pesquisadoras vão
começar a usar o termo gênero para se "referir às origens exclusivamente sociais das identidades
subjetivas de homens e mulheres", como definiu Joan Scott.
Não é o biológico que determina o gênero: o mito do amor materno
' Para nós é sempre difícil pensar que não é o biológico que determina o gênero, pois afinal é
no corpo que fixamos nossa identidade, que mostramos aos outros quem nós somos. Em função
disto, nossa cultura nos ensinou, por exemplo, que a maternidade (como função biológica) é que
distingue as mulheres dos homens. Por mais que a gente até possa optar por "não ser mãe",
desvincular nossa identidade de "mulher" deste corpo biológico é muito difícil. A maternidade tem
um suporte biológico, mas a forma como ela é vivida e social e culturalmente construída já foi
mostrada por Elisabeth Badinter a respeito do "mito do amor materno", onde ela conta como até o
século XVIII a concepção de maternidade era muito diferente da que temos hoje. Algumas
feministas radicais dos anos 70, como Sulamith Firestone, pensavam que a solução para a
igualdade entre homens e mulheres seria a de acabar com a maternidade, produzindo bebês
de proveta. Hoje, esta forma de solução que buscava "apagar as diferenças" já está
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Fonte: http://blogdamentecerebro.blog.uol.com.br/images/mariadapenha.jpg
Fonte: http://www.teatrovilavelha.com.br/blog/2007/mulheres.jpg
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B) Observação: Inspire-se no texto de Grossi, exposto logo acima, mas construa um texto
próprio. Não faça cópia, atente para as regras de citação e de referências bibliográficas.
Utilize a sua vivência para fundamentar os seus argumentos. Faça uso dos conceitos
antropológicos: cultura, gênero, papéis sociais; entre outros que você julgar adequado para
efetuar a sua exposição e análise.
Fonte: http://www.baressp.com.br/especiais/paradagay/images/parada_gay.png
Fonte: http://www.justica.sp.gov.br/glbtt/
Fonte: A luta da mulher do campo pela terra, pela moradia e pelo trabalho. Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/fotos/2009/03/09/09_MHG_pais_sem-terra-mulheres_0.jpg>.
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Fonte: http://www.sertao24horas.com.br/cute/data/upimages/mulheres-violencia.jpg
CONCLUSÂO
REFERÊNCIA