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O Sangue de Jesus
Neuza Itioka
Quando ainda adolescente, eu ouvia os pastores falarem que havia um fio vermelho, que corria desde
a primeira à última página da Bíblia, significando o lugar do Sangue de Jesus na história da redenção da
humanidade. Esta mesma ilustração também pode apontar a pessoa de Jesus Cristo, como o início, o centro
e o fim das Escrituras.
HISTÓRICO DA PALAVRA
1 – Antes de Homero – o sangue desde a antiguidade significou como veículo da vida e da força vital.
Ele é um requisito como manutenção da vida, tanto de homens, como de animais.
2 – Em Homero – significa de modo metafórico – a descendência. O sangue era sede da vida. Derramar
sangue significava – matar.
3 – Depois de Homero, a palavra haima começou a ser empregada, tanto para o sangue do homem, como
de animais. Mais à frente, essa palavra foi sendo usada para finalidades ritualísticas, como elemento
mais importante no sacrifício humano e depois, no sacrifício de animais, que tomaram o seu lugar.
Cria-se que o sangue sacrificial tinha poderes de fortalecer e purificar. Vários ritos de sangue incluíam o
beber ou aspergir com sangue. Inclusive, muitas vezes, o sangue humano era empregado, especialmente para
os ritos mágicos, para trazer chuva, bem-estar, amor ou prejuízo. Cria-se que o beber sangue, especialmente
do seu inimigo morto, dava forças. Numa aliança de sangue, gotas de sangue humano eram coletadas numa
taça e bebidas em vinho por todos os participantes.
2 – Sacrifício de Abel. Abel agradou a Deus com o seu sacrifício. Pela fé ele trouxe um animal a ser
oferecido. O Sangue dele foi derramado. “Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da
gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta” – (Gn 4:4).
A história da oferta que agrada a Deus, também trouxe problemas, porque iniciou o ciúme do irmão, que
acaba matando Abel e derrama o seu sangue. É o primeiro sangue humano que se derrama e a “terra,
cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão, clama” – (Gn 4:11).
3 – Na vida de Abraão. Deus permitiu um sacrifício: era do seu filho, mas o sangue derramado não foi
dele e, sim, do cordeiro, que veio como provisão de Deus para salvar o filho. Este fato aponta para o
Cordeiro de Deus imolado desde a fundação do mundo.
4 – O sangue é vida. Em Levítico, Deus diz: “Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho
dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em
virtude da vida”. (Lv 17:11).
• O Sangue é a sede da vida. O sangue é onde fica a alma, ou a vida ou a força vital - (Gn 9:4,
Lv 17:11 e Dt 12:23).
• Deus é o Senhor único de toda a vida. Soberano sobre o sangue e a vida dos homens - (Ez 18:4).
• Assim Ele vinga o derramamento de sangue inocente. - (Jr 51:35-36).
SANTIDADE DO SANGUE
Idéia concreta e importante ao longo do Velho Testamento
O SANGUE E A CARNE
• Significa – o homem
• Indivíduo o gênero humano
(Sl 72:14) - Libertará as suas almas do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos
dele.
(Is 26:21) - Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa
da sua iniqüidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais os seus mortos.
(Ez 9:9) - Então me disse: A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e a terra se encheu de sangue
e a cidade se encheu de perversidade; porque dizem: O SENHOR abandonou a terra, e o SENHOR não vê.
NO NOVO TESTAMENTO
A palavra “haima” (sangue) aparece 97 vezes.
21 vezes em Hebreus e 19 vezes em Apocalipse.
1. No Novo Testamento continuou o conceito do sangue sacrificial do Antigo Testamento, que operara em
fazer aliança e reconciliação porque isto é “o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados” – (Mt 26:28).
O livro de Hebreus menciona o sangue de animais, para mostrar que este aponta para um sacrifício perfeito,
Jesus Cristo. Mostrando a sua superioridade - (Hb 9:7, Hb 9:12-14, Hb 9:18-22, Hb 9:25, Hb 10:4,
Hb 11:28 e Hb 13:11).
4. O derramamento de sangue
O sacrifício era realizado mediante o derramamento de sangue. E, no Novo Testamento, em Hebreus, está
dizendo que o Sangue de Jesus foi derramado. Uma vida foi dada. Isto aponta para o que aconteceu em
Sinai, quando Deus celebrou aliança com o povo, matando um animal sacrificialmente.
O Talmude diz: “Sem o sangue, não há expiação”, e o autor de Hebreus diz: “Sem derramamento de sangue
não há remissão dos pecados”. A morte de um animal era um meio para aplacar a ira de Deus, no que se
refere ao perdão do pecado. A entrega da vida (o sangue) era o requisito para receber o perdão.
O Antigo Testamento deu a expressão tipológica ao poder do sangue para remover o pecado e para salvar,
fazendo dele um elemento fundamental em todo sacrifício ritualístico para a expiação. E o Novo
Testamento vê, na morte de Jesus, o significado e os cumprimentos finais desta idéia. O Velho Testamento
aponta, indica, profetisa o que irá acontecer na vida e através de Jesus Cristo no Novo Testamento.
De fato, o Sangue de Jesus ocupa uma posição central no pensamento do Novo Testamento. Deriva seu
significado, especialmente, dos sacrifícios do Dia da Expiação (Lv 2;8). É sangue sacrificial, que Cristo em
perfeita obediência, ofereceu a Deus ao entregar-se na cruz (Hb 9:12).
Jesus, no seu sofrimento e morte, ofereceu o sacrifício verdadeiro para a remoção dos pecados. Para
substituir os sacrifícios que eram trazidos pelos homens. Ele trouxe o sacrifício perfeito da sua vida. Seu
sacrifício leva a efeito a reconciliação do homem com Deus.
Cl 1:20 - E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo
mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.
A santificação é o objetivo final de todos os crentes. Pois tanto o que santifica, como os que são
santificados vêm de um só (Hb 12:11).
Os dois: o crente e o Senhor Jesus, recebem a mesma vida do Pai. Os dois participam da mesmíssima
santificação.
- Santificação significa participar da sua santidade, da natureza de Deus. Ele se separou e obedeceu para
se santificar e santificar a sua igreja.
Na medida que o crente se apropria do Sangue de Jesus, o poder da sua morte sacrificial passa a lhe
pertencer, com todos os seus efeitos.
Santidade e Poder
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