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DISCENTES: LUCAS OLIVEIRA TORRES - 16/0052343

JÚLIA MAIA LIMA RODRIGUES – 16/0010594


VITOR SILVA COLINS – 16/0041767
LISA OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO – 16/0012520

PROVA
NUTRIÇÃO HUMANA EM SAÚDE

BRASÍLIA
2018
1. Uma paciente de 66 anos apresentou os sintomas disfagia e perda
de peso grave. Após a realização de exames específicos,
diagnosticou-se o câncer de esôfago. Iniciou-se a quimioterapia e
radioterapia para redução do tumor e, em seguida, uma cirurgia de
retirada (ressecção) de parte do esôfago e gânglios linfáticos
associados e reconstrução do trato gastroesofágico. Após a
cirurgia foi indicado suporte nutricional. A paciente apresenta
redução significativa de ingestão alimentar, perda de peso grave
(mais de 6,5 kg), deambulação reduzida, porém ainda consegue
fazer pequenas caminhadas no corredor do hospital, sem
problemas neurológicos e IMC igual a 20,9 kg/m2. Aplique o Mini-
MNA, descreva a avaliação nutricional e descreva qual tipo de
suporte nutricional seria adequado para essa paciente. Pesquise
uma fórmula de suporte nutricional e descreva as características
nutricionais mais relevantes para o tratamento dessa paciente.

Utilizando da triagem do Mini Nutritional Assessment (Mini-MNA),


observamos as pontuações atribuídas à tabela acima. Assim, a paciente
apresenta uma diminuição moderada da ingesta, perda de peso nos últimos
três meses superior a três quilos, deambula, mas não é capaz de sair de casa,
passou por uma doença nos últimos meses, sem problemas psicológicos e com
Índice de Massa Corporal (=peso em kg/(estatura em m)²) igual a 20,9 kg/m2,
perfazendo um total de 5 pontos, evidenciando, assim, segundo a Pontuação
da Triagem, cuja pontuação máxima é de 14 pontos, um estado de desnutrição.
Utilizando da tabela 1, onde se estabelecem pontos de corte de IMC para
idosos, ou seja, para pessoas com mais de 60 anos. Ao analisarmos o IMC,
novamente temos o diagnóstico de desnutrição, conforme estabelecido para
valores que definem baixo peso. Outro parâmetro com especificidade e
sensibilidade maior quando comparados aos parâmetros do peso e altura,
esses possuindo diversos vieses que comprometem a avaliação nutricional, é o
Porcentual de Perda de Peso. Sendo assim, o Porcentual de Perda de Peso é
amplamente utilizado dentro prática clínica para avaliação do estado nutricional
da paciente. Contudo, nem o peso, tampouco o peso ideal foram fornecidos
pela paciente, o que inviabiliza a utilização do Porcentual de Perda de Peso.
Todavia, parece haver uma perda significativa de peso da paciente, de mais de
6,5kg, provavelmente maior que Porcentual máximo conforme estabelecido por
Blackburn, indicando uma desnutrição severa, dada a condição da paciente.

Sabe-se que o próprio câncer e a ressecção tumoral esofagiana através da


esofagectomia afetam negativamente a ingestão e o processo digestivo, devido
aos sintomas gastrintestinais, levando à desnutrição. No caso da paciente,
existem quatro modalidades que afetam o seu estado nutricional, que inclui o
câncer induzindo a caquexia, o uso de quimioterápicos e radioterápicos para
redução do tumor, uma grande cirurgia, de alta complexidade e, finalmente, a
inviabilização de uma alimentação adequada e balanceada, devido à presença
do tumor, obstruindo o canal esofágico e a reconstrução do esôfago, através,
provavelmente, da esofagocoloplastia, visto o prognóstico. Tendo o
conhecimento desses fatores que desencadeiam uma desnutrição severa,
afetando o índice de morbidade e mortalidade e diminuindo a qualidade de vida
da paciente, foi indicado um suporte nutricional.
Existem três formas de terapias nutricionais muito utilizadas no meio clínico:
por via oral, por via enteral e por via parenteral. Segundo o Protocolo de
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral da Comissão de Suporte Nutricional do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, a Terapia Nutricional
Oral seria descartada devido a presença de uma disfagia pela paciente, já que
esse distúrbio dificulta ou impossibilita a ingestão segura, eficiente e
confortável de qualquer consistência de alimento, causando, por conseguinte,
diversos problemas associados à deficiência nutricional. Sendo assim, a
Terapia Nutricional Oral para essa paciente é contraindicada. Já a Terapia
Parenteral apresenta diversos riscos à saúde, já que esta refere-se à oferta de
nutrição por via parenteral (venosa) e pode levar a diversos distúrbios, tais
como hiperglicemia ou hipoglicemia, azotemia, deficiência de ácidos graxos
essenciais, hipernatremia, esteatose , colestase e colecistite, hipercalemia,
hipomagnesemia etc. Dessa forma, a Terapia Nutricional mais adequada é por
via enteral. Assim, existem diversas indicações para o uso de Terapia Enteral
na paciente: paciente clínica e cirúrgica com neoplasia esofágica, com disfagia
grave e com desnutrição.
Segundo Sandra Silva e Joana Mura, no Tratado de Alimentação, Nutrição
& Dietoterapia, o cálculo do volume de dieta enteral a ser administrado
depende das seguintes variáveis:
 Necessidades hídricas;
 Necessidades nutricionais;
 Condições digestivas e absortivas;
 Funções renal e cardiorrespiratórias.
Além disso, deve-se considerar a má absorção de lipídeos causada pela
vagotomia, realizada para aliviar os possíveis sintomas do refluxo
gastroesofágico, pois diversos lipídeos possuem ações benéficas para o
controle do câncer esofágico. Além disso, a desnutrição proteica - energética
em pacientes com carcinoma esofágico é comum e preocupante.
Outro ponto importante é de que resultados de estudos relatam que o uso
de dietas enterais contendo nutrientes imunomoduladores com ácidos graxos
ômega-3, arginina, glutamina e os nucleotídeos, seriam benéficos aos
pacientes desnutridos, especialmente àqueles acometidos por doenças críticos.
Assim, como não há comprometimento da função gástrica e intestinal e por
existirem diversos fatores que agravam a desnutrição da paciente, opta-se por
uma fórmula polimérica 1,5Kcal por ml, por bomba infusional, de 110ml por
hora em um período de 15 horas ao dia, totalizando 2.475Kcal. Além disso,
deve-se fazer uso de 1,5g/kg/dia de proteína, podendo aumentar se o estado
cata bórico da paciente estiver alto, além de realizar suplementação de ácidos
graxos ômega-3, além de vitaminas A, C e E, visto que possuem efeito protetor
no surgimento de neoplasias de laringe, estômago e esôfago.
Quanto à orientação do desmame da Terapia Nutritional Enteral, deve-se
recomendar o consumo de frutas e verduras cruas, lacticínios e óleos vegetais,
por possuírem diversos fatores protetivos contra o surgimento de neoplasias.
Além disso, deve-se recomendar a não ingestão de sal e nitritos em
quantidades excessivas, pois relacionam-se ao surgimento de neoplasias de
esôfago. Somado a isso, deve-se orientar a menor ingestão de carnes
vermelhas, ovos, manteiga e gorduras totais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Nunes, ALB et al. Terapia Nutricional no Paciente Grave. Sociedade
Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Associação Brasileira de
Nutrologia. 2011. 16 p.
 Cunha, SFC. Ferreira, CR. Braga, CBM. Fórmulas enterais no mercado
brasileiro: classificação e descrição da composição nutricional.
International Journal of Nutrology, v.4, n.3, p.71-86, sept/dec, 2011
 UNICAMP. Manual de Terapia Nutricional. Disponível em:
https://www.hc.unicamp.br/servicos/emtn/manual_terapia_nutricional.pdf
 Warken, AP. Bosco, SMD. Terapia Nutricional Enteral em Pacientes com
câncer de esôfago: relato de caso. Revista Destaques Acadêmicos, vol.
6, n. 3, 2014, p.59-63.
 Isidro, MF. Lima, DSC. Adequação calórico-proteica da terapia
nutricional enteral em pacientes cirúrgicos. Unidade de Nutrição e
Dietética do Hospital das Clínicas na Clínica de Cirurgia Geral –
Universidade Federal de Pernambuco, 2012, p.580-586.
 Carvalho, APPF et al. Protocolo de terapia nutricional enteral e
parenteral da comissão de suporte nutricional. Hospital das Clínicas –
Universidade Federal de Goiás, 2014, 162 p.
 Júnior, SJAM et al. Protocolos de Terapia Nutricional Enteral e
Parenteral. Teresina, 2012, 18 p.
 Alves, VS. Perfil nutricional e ingestão dietética dos pacientes com
câncer de esôfago submetidos à esofagectomia acompanhados no
ambulatório de nutrição cirúrgica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
– HCPA, 2009.
 Mota, OM. Câncer de esôfago: repercussões metabólico-nutricionais de
reconstrução do trânsito após esofagectomia; análise comparativa de
gastroplastia versus coloplastia. São Paulo, 2003.
 Chemin, SMSS. Mura, JDP. Tratado de Alimentação, Nutrição e
Dietoterapia. São Paulo, Roça, 2008.
 Klein, CS. Bosco, SMD. Câncer de esôfago e desnutrição: estudo de
caso. Revista Destaques Acadêmicos, vol. 6, n. 3, 2014.

2. A paciente S.G.C., de 34 anos, está grávida de 27 semanas e nos


exames prévios a gravidez não revelaram alterações
fisiopatológicas apesar do IMC pré-gestacional ser de 29 kg/m2 . Ao
refazer os exames observou-se uma glicemia de 150 mg/dL e o
tamanho do feto é maior do que deveria ser para a idade
gestacional. Faça o diagnóstico da doença que ela apresenta, a
avaliação nutricional dessa paciente gestante e dê recomendações
alimentares baseadas na literatura científica e/ou na pirâmide
alimentar adaptada a gestantes (valor calórico diário a ser ingerido
= 2300 kcal), incluindo uma breve discussão sobre o uso de
adoçantes.
A gestante S.G.C. começou sua gestação com o diagnóstico nutricional de
sobrepeso; pesquisas revelam que o sobrepeso e a obesidade estão
relacionados com diabetes e hipertensão gestacional.
No caso de S.G.C., seu exame revelou glicemia de 150mg/dL, quando os
valores considerados normais são de 60 a 105mg/dL, e seu bebê apresentou
peso elevado.
A paciente apresenta o diagnóstico de diabetes gestacional, evidenciado
por glicemia acima de 126mg/dL.
O tratamento deve consistir em orientação para gestante para que se
alimente adequadamente, sem pular refeições, ou “beliscar” entre elas, fazer
exercícios físicos (condizentes com a gestação), monitorar a glicemia capilar
sete vezes ao dia; caso a hiperglicemia persista, iniciar o tratamento
farmacológico com insulina, 0,5UI por cada kg de peso.
No que concerne as orientações nutricionais, a mesma deve buscar ingerir
6 porções de tubérculos e grãos por dia, 5 porções diárias de legumes e
verduras, 4 porções diárias de frutas, 1 porção de carne, 1 porção de feijão (ou
lentilha e soja), 3 porções de leite e derivados, 1 porção de óleos e gorduras, e
1 porção de açucares e doces.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda o uso de adoçantes
artificiais como uma alternativa, para serem usados moderadamente
(aspartame, sacarina, acessulfame-K e sucralose).
Juntamente com as demais informações citadas acima, a paciente deve
receber essas tabelas com o indicativo das porções para que possa montar
seus cardápios semanais:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Chemin, SMSS. Mura, JDP. Tratado de Alimentação, Nutrição e
Dietoterapia. São Paulo, Roça, 2008.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção ao pré-natal de baixo risco, Brasília,
2012.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diabetes mellitus
gestacional: diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós-gestação,
2014-2015.

3. ”Desde os 11 meses de vida, começou a apresentar eritema


perilabial e angioedema minutos após o contato e a ingestão de
qualquer produto à base de leite de vaca. Algumas vezes, chegou a
apresentar dificuldade respiratória, sem necessidade de procurar
serviço médico de emergência. A mãe nega sintomas após a
ingestão de fórmula à base de soja. O lactente foi submetido ao
aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, tendo
dificuldade na aceitação da transição alimentar. No momento da
consulta, ainda encontrava-se em aleitamento materno. Foi
realizado teste por puntura (prick) com um controle positivo
(histamina), outro negativo (solução salina com glicerina a 50%) e
com as fórmulas infantis à base de: leite de vaca, proteína isolada
de soja, proteínas de soro de leite extensamente hidrolisadas e
aminoácidos livres. O exame foi considerado positivo, uma vez que
a pápula formada foi igual ou maior que 3 mm, sem levar em
consideração a resposta ao prick com histamina, e desde que o
controle negativo não apresentasse reação. Nesse teste, com
exceção do controle com a histamina, a reação à fórmula infantil à
base de leite de vaca foi a única positiva, formando uma pápula de
12 mm x 11 mm (Figura 1).” Dados da criança è Idade: 3,5 anos;
Sexo: feminino; Peso da criança: 11 kg; Estatura: 90 cm.

FIGURA 1 – TESTES CUTÂNEOS POR PUNTURA.


Da direita para a esquerda: controle negativo (P), fórmulas infantis à
base de aminoácidos livres (NC), de proteína extensamente hidrolisada
(A), de proteína isolada de soja (NS), de leite de vaca (NP) e controle
positivo (H, histamina)
Fonte: https://www.nestlenutrition-
institute.org/country/br/publicacoes/publicaçõesnacionais/publicações/details/formula-à-base-
de-soja-na-alergia-às-prote%C3%ADnas-do-leite-de-vaca

Baseado no caso clínico descrito, faça a avaliação nutricional dessa


criança, descreva as orientações alimentares por escrito que você(s)
daria(m) aos pais e as orientações sobre a leitura dos rótulos
alimentares.
A Criança apresenta IMC de 13,5 kg/m², que, segundo a tabela de
avaliação de IMC para crianças de 2 a 5 anos da OMS, está muito abaixo no
ideal. Essa subnutrição pode estar diretamente associada ao diagnóstico
realizado de alergia à proteína do leite da vaca, que, devido aos sintomas, gera
recusa ao consumo de alimentos.
Como orientação aos pais, o ideal é que haja a exclusão de todos os
alimentos que contenham as proteínas do leite de vaca. As fórmulas infantis de
leite à base de leite de vaca devem ser substituídas por formulas infantis de
soja, formulas infantis de aminoácidos livres ou fórmulas infantis extremamente
hidrolisadas. Os pais devem ler os rótulos dos alimentos comprados a fim de
evitas certos componentes.
Alguns alimentos e componentes que devem ser evitados são: leite
acidófilo, caseinato de amônio, sabor artificial de manteiga, manteiga, gordura
de manteiga, Óleo de manteiga, Caseinato de cálcio, Doce de caramelo, Doces
de alfarroba, Caseína, Hidrolisado de caseína, Queijo e aromatizante de queijo
(p. ex., cheddar, Colby, queijo cremoso, Edam, Gouda, Monterey Jack,
mussarela, Muenster, Neufchiitel, parmesão, provolone, ricota, Romano, suíço,
cottage), Chocolate ao leite, Leite condensado, Doces cremosos, Leite
fermentado, Coalhada, Manjar, Soro de leite deslactosado, Leite em pó
(integral, com baixo teor de gordura, sem gordura), Gemada, Leite evaporado,
Manteiga líquida, Leite de cabra, Creme de leite light, Hidrolisados (caseína,
proteínas do leite, proteínas, soro do leite, proteína do soro do leite), Sorvete,
Lactoalbumina, fosfato de actoalbumina, Lactoferrina, Lactoglobina, Lactose,
Lactulose, Sorvete com baixo teor de gordura, Caseinato de magnésio, Leite
maltado, Leite (integral, 2%, 1,5%, 1%, 0,5%, desnatado, evaporado,
condensado), Proteínas do leite, Nogado, Caseinato de potássio, Pudim
Caseína de coalho, Chocolate meio amargo, Sorvete de frutas, Caseinato de
sódio, Creme azedo, Molho para salada com creme azedo, Alimentos sólidos
de creme azedo, Alimentos sólidos de leite azedo, Soro do leite adoçado, Soro
do leite, Proteína do soro do leite concentrada, Chantilly, Iogurte frozen e
Iogurte comum.
Em receitas caseiras, 1 xícara de leite pode ser substituída por :
 1 xícara de suco de frutas de cor clara (p. ex., maçã, laranja,
uva branca)
 1 xícara chá de ervas
 1 xícara de fórmula infantil sem leite
 1 xícara de leite de soja
 1 xícara de leite de cânhamo
 1 xícara de leite de arroz, leite de aveia ou leite de outros
grãos
 1 xícara de leite de amêndoa ou leite de outra noz
 1 xícara de água
O leite de vaca não deve ser substituído por leite de outros animais (como
cabra, búfalo, etc), pois podem acontecer reações cruzadas gerando as
manifestações alérgicas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 MAHAN, L.K; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 13ª edição. Editora Elsevier. Rio de Janeiro, 2012.
 WEFFORT, V.R.S.; LAMOUNIER,J.A. Nutrição em pediatria: da
neonatologia à adolescência.1 ª edição. Editora Manole. São Paulo,
2009.

4. Pesquise em artigos e livros de nutrição sobre os hábitos


alimentares dos adolescentes e faça uma breve explanação desse
assunto. Descreva também quais seriam as suas recomendações
alimentares de uma dieta saudável, incluindo recomendações de
ingestão de alimentos de grupos alimentares específico, baseando-
se nas necessidades de minerais e vitaminas, e como manejar a
ingestão de fast food.

Boa parte dos adolescentes possui o hábito de alimentar-se em fast food e,


durante a adolescência, o corpo está passando por diversas transformações,
devido a alterações fisiológicas, entre os 10 e 19 anos de idade, e o ideal seria
uma alimentação balanceada, porem não é o que acontece. As necessidades
de proteínas dos adolescentes podem ser estimadas em torno de 12% a 15%
seguida da ingestão de carboidrato na faixa de 55% a 60% da energia total da
dieta, dando-se preferência aos carboidratos complexos e as gorduras devem
fornecer 30% das calorias da dieta, não podendo esquecer as vitaminas e
minerais que também tem a demanda aumentada nesse período. De maneira
geral, sabe-se que as necessidades estão aumentadas na adolescência. A
tiamina, a riboflavina e a niacina são recomendadas em grandes quantidades
para atingir as altas necessidades de energia. Essa maior ingestão calórica
pode ser acompanhados por níveis crescentes e adequados de vitaminas do
complexo B.
O ácido fólico, em virtude do seu papel na síntese de DNA, é importante
durante a replicação celular aumentada nesse período de crescimento. As
melhores fontes são vísceras, feijão e vegetais de folhas verdes.
A vitamina D está envolvida na manutenção da homeostase de cálcio e
fósforo na mineralização do osso, sendo essencialmente necessária para o
rápido crescimento esquelético. Os alimentos considerados fontes de vitamina
D são gema de ovo, fígado, pescados gordos e manteiga.
A vitamina A, além de ser importante para o crescimento, é fundamental
para a maturação sexual. São fontes de vitamina A: leite integral, fígado, gema
de ovo e vegetais com folha verde-escuro (brócolis e espinafre) e legumes
alaranjados (abóbora e cenoura).
A vitamina C atua como agente redutor em várias reações de hidroxilação,
é essencial para à síntese de colágeno, reflete-se na cicatrização, na formação
dos dentes e na integridade dos capilares, tornando-se indispensável em
quantidade adequada para garantir o crescimento satisfatório. As melhores
fontes de vitamina C são laranja, limão, acerola, morango, brócolis, repolho e
espinafre.
Os adolescentes incorporam o dobro da quantidade de cálcio, ferro, zinco e
magnésio em seus organismos durante os anos de estirão de crescimento em
relação a outras fases da vida. As necessidades de cálcio na adolescência são
baseadas no crescimento esquelético, do qual 45% ocorrem durante esse
período, bem como nos acelerados desenvolvimentos muscular e endócrino.
Como alimentos ricos em cálcio citam-se: leite e seus derivados.
Na adolescência, a necessidade de ferro é alta em ambos os sexos. Nos
homens, devido à construção da massa muscular, que é acompanhada por
maior volume sanguíneo e das enzimas respiratórias, e nas mulheres o ferro é
perdido mensalmente com o início da menstruação. São fontes de ferro carne,
grãos, ovo e vegetais de cor verde-escuro. A biodisponibilidade do ferro deve
ser enfatizada. Os alimentos ricos em vitamina C aumentam a absorção de
ferro, enquanto os ricos em oxalatos dificultam a sua absorção, sendo fator de
risco para anemia e comprometimento do crescimento.
O zinco é um elemento essencial para o crescimento e a maturação do
adolescente. Existem relatos de uma síndrome de deficiência de zinco
caracterizada por retardo do crescimento, hipogonadismo, diminuição da
acuidade gustativa e queda de cabelos. Como fonte de zinco, podem-se citar
carnes, camarão, ostras, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais e
tubérculos.
Recomenda-se que alimentação durante esse período siga parâmetros
semelhantes aos das tabelas a seguir:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 GIANNINI, Denise Tavares. Recomendações nutricionais do
adolescente. Adolescência e Saúde, v. 4, n. 1, p. 12-18, 2007.
 PEREIRA, Ana Maria Geraldes Rodrigues (2015) - Hábitos alimentares
dos adolescentes. In XIV Congresso de Nutrição e Alimentação. Lisboa.

5. O caso clínico apresentado no artigo de Daniela de Rezende Pinto e


colaboradores descreve um paciente diagnosticado com Síndrome
Metabólica e outras patologias associadas. Como você manejaria
esse paciente do ponto de vista nutricional no início do tratamento
(na primeira consulta e antes do tratamento)? Como seria o
esquema alimentar, recomendações e contra-indicações de
ingestão alimentar? Um esquema alimentar pode ser delineado
baseando-se nas porções alimentares da Pirâmide Alimentar
Brasileira.

Devido à deposição central de gordura e a resistência à insulina, este


paciente dever ter maior cautela quanto ao que irá ingerir com a resistência a
insulina seu organismo não consegue equilibrar a quantidade de glicose no
sague, fazendo com que as taxas fiquem muito altas no organismo, causando
inúmeros distúrbios no organismo. Portanto para pacientes portadores desses
distúrbios recomenda-se que sua dieta seja com baixa ingestão de carboidratos
e açúcares, com maior consumo de ômega-3, seguido de comidas naturais,
evitando alimentos processados e consumo de bebidas alcoólicas e
refrigerantes, vale ressaltara a necessidade de pratica de exercícios físicos,
buscando amenizar a deposição de gordura o que aumenta os riscos para
acidente vascular e doenças cardíacas.

Amidos

O pão, os cereais, as massas, grãos como arroz, milho, aveia e trigo e


alguns tubérculos como a batata. Feijões e lentilhas também fazem parte do
grupo dos amidos. Este grupo de alimentos aporta carboidratos, vitaminas,
minerais e fibras. Comê-los é importante para qualquer pessoa; por isso devem
ser inclusos em todas as refeições. Para ingerir amidos de forma saudável,
devem ser comprados na sua forma integral.

Vegetais

Os vegetais aportam vitaminas, minerais e fibras. Recomenda-se a


ingestão de três a quatro porções por dia. Para ingeri-los saudavelmente,
prepará-los crus ou cozidos em água ou caldo, sem agregar molhos ou
temperos; melhor temperá-los com vinagre e limão ou cebola picada e alho,
além de ervas e especiarias a gosto.

Frutas

As frutas suprem o corpo com carboidratos, vitaminas, minerais e fibras.


Comer entre duas e quatro porções por dia, cruas ou cozidas, ou na forma de
suco; contudo, lembre que ingeri-las inteiras – e não no suco – enche mais e
fornece quantidades maiores de fibras.

Leite
O leite supre o corpo com proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais,
em especial o cálcio. Quando for comprar leite, tenha em mente que seja de
baixo teor de gordura ou desnatado; faça o mesmo quando for comprar
iogurtes.

Carne e seus substitutos

Os substitutos da carne incluem frango, aves, peixe, ovos e queijos. Eles


proporcionam ao corpo proteínas, vitaminas e minerais e devem ser
consumidos em quantidades pequenas, o ovo deve ser cozido, já os queijos
devem ser magros.

Gorduras e doces

Quanto menos consumir, melhor será o controle sobre o peso e os


níveis de glicose e colesterol no sangue.

Bebidas alcoólicas

As bebidas alcoólicas não contêm nutrientes, mas, ao contrário, têm


abundantes calorias. Além de comprometer outros aspectos da saúde, afeitam
negativamente os níveis da glicose no sangue e a quantidade de gorduras no
corpo, razão pela qual devem ser evitados a todo custo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Philippi ST, Latterza AR, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide alimentar
adaptada; guia para escolha dos alimentos. Rev. Nutr., Campinas, 1999;
12(1):65-80.
 Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD. Manual de Nutrição
Pessoa com Diabetes, São Paulo, 2009.

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