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Manaus
2016
LUÍZ FELIPE DE OLIVEIRA VAZ
Manaus
2016
Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Escola Superior de Tecnologia - EST
Reitor:
Cleinaldo de Almeida Costa
Vice-Reitor:
Mário Augusto Bessa de Figueiredo
Diretor da Escola Superior de Tecnologia:
Roberto Higino Pereira Da Silva
Coordenador do Curso de Engenharia Elétrica:
Cláudio Gonçalves
Aprovada em _____/_____/_____.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Orientador: Enrique Arturo Padrón Padrón, Dr.
_________________________________
Avaliador: Claudio Gonçalves Dr.
________________________________
Avaliador: Pierre Macedo, Me.
Manaus 2016
DEDICATÓRIA
À minha mãe Rejane Vitória, ao meu pai Wander-Ney e à minha avó Azanias Messias
por sempre estarem ao meu lado, compartilharem as dificuldades, ajudarem nas adversidades e
sempre me proporcionarem de forma incondicional tudo que eu precisava para um bom
desenvolvimento durante minha jornada acadêmica, sempre desempenhando muita ternura,
comprometimento, cuidado, dedicação, amor e excelência de caráter.
AGRADECIMENTOS
V. M., Ludwig
RESUMO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 14
2. METODOLOGIA .................................................................................................... 48
2.1 ETAPAS E SUBETAPAS ..........................................................................................48
2.1.1 Aquisição .................................................................................................................49
2.1.2 Definição .................................................................................................................49
2.1.3 Execução .................................................................................................................50
2.2 EQUIPAMENTOS E PROGRAMAS UTILIZADOS ...............................................50
3. IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................................. 51
3.1 AQUISIÇÃO DE DADOS .........................................................................................51
3.1.1 Identificação dos Problemas da Loja ......................................................................51
3.1.2 Análise Geométrica ...................................................................................................54
3.1.3 Iluminância Medida..................................................................................................56
3.1.4 Consumo Energético e Faturamento ......................................................................61
3.1.5 Classificação de acordo com a NBR 5413:1992 .....................................................62
3.2 DEFINIÇÃO DO PROJETO ......................................................................................63
3.2.1 Determinação do Valor Mínimo pela NBR 5413:1992 ..........................................63
3.2.2 Requisitos do Projeto ................................................................................................63
3.2.3 Adequação a NBR 5413:1992: Projeto Luminotécnico .........................................64
3.2.3.1 Iluminância ...............................................................................................................64
3.2.3.2 Cálculo De Iluminância Individual De Cada Lâmpada ..............................................66
3.2.3.3 Ângulos das Projeções Necessárias ............................................................................67
3.2.4 Pesquisa Mercadológica ...........................................................................................68
3.2.5 Avaliação Técnica e Econômica ..............................................................................70
3.2.5.1 OSRAM LED Super Star de 24o, 1330 lm e 13 W .....................................................71
3.2.5.2 EMPALUX LED de 35o, 900 lm e 12 W ...................................................................73
3.2.5.3 Taschibra EMB LED de 30o, 924 lm e 12 W .............................................................75
3.2.5.4 CTB de 45o, 900 lm e 12 W ........................................................................................77
3.2.5.5 CTB de 180o, 800 lm e 10 W ......................................................................................78
3.2.6 Impacto no Consumo de Energia Elétrica..............................................................81
3.2.7 Investimento ..............................................................................................................81
INTRODUÇÃO
Cada vez mais é importante melhorar o aproveitamento dos recursos utilizados pela
sociedade. Antes da crise energética não havia uma preocupação tão grande com a capacidade
da geração suprir o consumo de energia elétrica. Mas, após a crise do petróleo nos anos 70, teve
uma reviravolta no modo que os projetistas enxergavam o consumo de energia elétrica. Com
essa mudança de visão, na maioria dos países desenvolvidos, melhorias na eficiência na
conservação e no consumo final são componentes importantes nas políticas energéticas
(HERTOG, 2014). Isso mostra que a preocupação de se utilizar cada vez mais equipamentos e
sistemas com maior rendimento é de caráter global.
Enquanto isso, nos países em desenvolvimento, o interesse em políticas energéticas
mais eficientes renasceu devido ao rápido crescimento da demanda de energia elétrica. Vários
estudos técnicos demonstraram que se os países em desenvolvimento usassem as melhores
tecnologias disponíveis, um declínio dramático nas necessidades energéticas seria alcançado
(HERTOG, 2014). Estes estudos estão de acordo com o que vários ambientalistas defendem,
pois reduziria o impacto ambiental causado pela necessidade de aumentar a produção de energia
elétrica. Portanto, devido ao baixo rendimento energético em países em desenvolvimento, o
potencial para alcançar maiores ganhos em eficiência energética é significante.
Consequentemente, tornar sistemas mais eficientes é uma meta em qualquer ponto de
vista, atrelando os custos de investimento com retornos viáveis. “Desde então a eficiência
energética tem sido considerada como um recurso energético adicional, em muitos casos
mostrando maior economicidade do que as alternativas disponíveis” (VIANA et al, 2012, p.
57). Na verdade, a eficiência energética engloba o uso da engenharia com a análise econômica
para a criação e implementação de projetos, abrindo uma nova gama de estudos.
A ISO 50001 foi desenvolvida como um manual para guiar organizações a reduzirem
significantemente os custos com energia através de investimentos rentáveis, em conjunto com
uso racional de energia elétrica. O objetivo da sua aplicação é fazer com que empresas e
18
instituições melhorem suas performances energéticas e assim sejam organizações
energeticamente eficientes (ECCLESTON; MARCH; COHEN, 2012). Os três principais
benefícios ao se implementar em um sistema de gerenciamento de energia são:
1. Economizar dinheiro, aumentando a eficiência energética ou reduzindo de maneira
eficiente a geração e/ou consumo de energia elétrica.
2. Reduzir as emissões de gases do efeito estufa que contribuem para o aquecimento
global.
3. Promover melhores relações publicas ao demonstrar que as organizações estão
fazendo esforços tangíveis e mensuráveis no que diz respeito ao uso eficiente dos
recursos energéticos.
IDENTIFICAR
QUANTIFICAR
MODIFICAR
ACOMPANHAR
Fonte: VIANA, et al., 2012, p.59
1.2.1.1 Luz
A luz pode ser definida como “uma forma de radiação eletromagnética que estimula a
visão humana, capaz de produzir uma sensação de visual” (COTRIM, 2009, p. 349). Em
sistemas de iluminação, as lâmpadas são responsáveis por fornecer a melhor luz possível para
que possamos desenvolver nossas atividades adequadamente.
Na figura 2, observa-se o espectro eletromagnético, com destaque para os
comprimentos de onda que estimulam a visão humana.
0–7 Raios cósmicos
0–9 – 380
0–11
Fig. 1: Espectro eletromagnético.
0–15
20
Figura 2 - Curva de Sensibilidade
Fig. 2: Curva de sensibilidadedo
do olho
olho a a radiações monocromáticas.
radiações monocromáticas.
diação emite ondas eletromagnéticas. 100
erentes comprimentos, e o olho
%
vel a somente alguns. Luz é, portanto,
80
magnética capaz de produzir uma Noite Dia
(Figura 1). A sensibilidade visual para
ó de acordo com o comprimento de 60
Efeito de uma luz forte no campo de visão do olho. Pode provocar sensação de
desconforto e prejudicar o desempenho visual nas pessoas presentes no ambiente (VIANA et
al, 2012). Logo, o ofuscamento é um dos problemas a serem evitados nos projetos de
iluminação. Como solução, usa-se as lâmpadas dispostas perpendicularmente a superfície do
plano de trabalho. Um dos exemplos mais comuns, é a cegueira momentânea causada por um
carro vindo no sentido contrário de uma avenida. A figura 4 exemplifica o ofuscamento em
uma avenida de duplo sentido.
Para a luz do dia o IRC é de 100%. Lâmpadas dicroicas possuem IRC de 100%. Na
figura 5, a esquerda da imagem temos uma lâmpada de LED com alto IRC (85%), enquanto
que a direita da imagem temos uma lâmpada de vapor de sódio com baixo IRC (40%). Percebe-
se que o baixo IRC prejudica muito a distinção dos objetos e a definição de cores é bastante
afetada.
sob as mesmas condições, porém iluminado com fontes luminosas diferentes. À esquerda a iluminação
é feita por LED’s (light emitting diode ou diodo emissor de luz) de alto IRC, e à direita com lâmpadas
a vapor de sódio em alta pressão com baixo IRC. Nota-se que na segunda situação a definição das
cores é prejudicada. 22
Figura 5 - Comparativo entre Lâmpada LED e Vapor de Sódio.
214
23
1.2.1.6 Temperatura Correlata de Cor (TCC)
“É usada para descrever a cor de uma fonte de luz. A TCC é medida em Kelvin (K),
variando de 1500K, cuja aparência é avermelhada, até 9000K, cuja aparência é azulada”
(VIANA et al, 2012, p. 130). No mercado de lâmpadas, as com valor acima de 4000K são
chamadas de “lâmpadas de cores frias”, as abaixo de 3100K são chamadas de “lâmpadas de
cores quentes” e as que se encontram na faixa de 3100K à 4000K são chamadas de “lâmpadas
de cores neutras”. A figura 7 mostra as 3 temperaturas de cor correlatas existentes.
O fluxo luminoso é definido como a “quantidade de luz produzida por uma fonte
luminosa, emitida em todas as direções, que pode produzir estímulo visual. A unidade de fluxo
luminoso o é lúmen (lm)” (VIANA et al, 2012, p. 126). A figura 9 ilustra o fluxo luminoso de
uma lâmpada.
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Fluxo luminoso incidente por uma unidade de área iluminada, ou um ponto
de uma superfície, a densidade superficial de fluxo luminoso recebido. A unidade de
medida usual é o lux, definido como sendo a iluminância de uma superfície plana, de
7.2.14. Iluminância
área igual a(E)
1m2, que recebe, na direção perpendicular, um fluxo luminoso igual a 1
lm, uniformemente distribuído” (VIANA et al, 2012, p. 127).
A iluminância é definida como sendo o fluxo luminoso incidente por unidade
de áreaAiluminada,
iluminância
ouéainda,
mencionada
em umna NBRde5413:1992
ponto e é uma densidade
uma superfície, fator preponderante nos
superficial
de fluxo de
requisitos luminoso recebido.
iluminação em diversos ambientes. Abordaremos as normas brasileiras no
decorrer do trabalho. A figura 10 exemplifica como o valor da iluminância muda conforme a
distância da fonte de luz aumenta. Quanto mais próximo da fonte luminosa maior será o valor
medido. A unidade de medida usual é o lux, definido como sendo a iluminância de
uma superfície plana, de área igual a 1 m2 , que recebe, na direção perpendicular, um
fluxo luminoso igual aFigura
1 lm, 10
uniformemente distribuído.
- Iluminância de uma fonte de luz.
1.2.1.11 Luxímetro
ϕ
E=
A
Fonte: OSRAM,2014
Iluminância –
Luz incidente não é visível ? sejam refletidos em
a sensação de clarid
Essa sensação de c
Luminância. (Figura
Em outras palavras,
emana de uma supe
aparente. (Figura 9)
!
.
A cos a
Luminância –
Luz refletida é visível
onde
L = Luminância, em
28
1.2.2 Lâmpadas e Luminárias
1.2.2.1 Luminárias
1.2.2.2 Bases
Para obter a iluminância média em lux de uma área retangular, com fontes de luz em
padrão regular e simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras, utiliza-se a equação 1.
33
Equação 1 – Iluminância Média
Onde:
E: iluminância média;
N: número de luminárias por fila;
M: número de filas;
R: média aritmética dos pontos r1 à r8 medidos no ambiente de trabalho;
Q: média aritmética dos pontos q1 à q4 medidos no mesmo ambiente;
T: média aritmética dos pontos t1 à t4 medidos no mesmo ambiente;
P: média aritmética dos pontos p1 e p2 medidos no mesmo ambiente.
Para obter a iluminância média em lux de uma área retangular, com uma linha contínua
de luminárias, utiliza-se a equação 2.
) $%& (+
𝐸=
$
Onde:
E é a iluminância média;
N é o número de luminárias;
Q é a média aritmética dos pontos q1 à q8 medidos no ambiente de trabalho;
P é a média aritmética dos pontos p1 e p2 medidos no mesmo ambiente.
Todos estes pontos estão exemplificados na figura 18 como campo de trabalho de área
regular com linha única de luminárias individuais:
Estes valores são levados em conta no projeto. Os três limites acima mencionados na
Quadro 1 são os valores mínimos de iluminância necessária em cada recinto. Para se escolher
dentre os valores especificados, deve-se averiguar os fatores que determinam qual é o valor
adequado. Estes fatores estão no Quadro 2.
Quadro 2
Concluído este procedimento, é determinado qual o valor mínimo deve ser utilizado
no projeto de iluminação dentro do grupo de valores apresentados. O Quadro 3 contendo valores
extraídos da NBR 5413:1992 referente a iluminação de lojas em pequenos ou grandes centros
comerciais.
37
Quadro 3
Iluminação de Interiores
O nível de iluminância é escolhido de acordo com a NBR 5413:1992. Este valor leva
em consideração fatores como a idade média dos frequentadores do ambiente, precisão visual
necessária, cores do ambiente e atividade desenvolvida no local.
O fator local (K) é calculado a partir das dimensões do ambiente em questão. Este
valor depende das altura, largura e comprimento do recinto. A equação 3 é utilizada para
determinação do fator local.
Equação 3 – Fator Local (K)
-./
K=
-(/ .0
Onde:
K: Fator do Local;
C: Comprimento em metros;
L: Largura em metros;
A: altura em metros.
Onde:
𝛼: ângulo de abertura;
r: raio de projeção;
h: altura do recinto.
6 Estas variáveis
5 podem ser vistas com
4 mais detalhes na figura
3 19. 2
D
Figura 19 - Projeção e ângulo de abertura da lâmpada.
Lampada 1 2m 1m
Lampada 2
α α
h2
h
C
2,3 m
htotal
hplano
h1
1 rm
O fator de utilização é definido como “a razão do fluxo útil que incide efetivamente
sobre um plano de trabalho e o fluxo total emitido” (VIANA et al, 2012, p. 126). Portanto, este
fator depende das dimensões do local, das cores do teto e das paredes, e do acabamento das
luminárias (CREDER, 2007).
Este valor é fornecido pelo fabricante, usualmente disponível nos catálogos de
produtos ou nas folhas de dados das lâmpadas. Para escolher o valor correto, utiliza-se o valor
do fator local (K) mais próximo fornecido pelo fabricante. Também se avaliam as reflexões
medias do recinto (teto e paredes) pelos seguintes valores (COTRIM, 2009):
A partir destes dados, procura-se na tabela fornecida pelo fabricante o valor do fator
de utilização. Com o valor do fator local (K) e do novo algarismo de 3 dígitos formado, o valor
apropriado é determinado. A figura 20 extraída do catálogo de um fabricante que ilustra o
Quadro do fator de utilização.
41
Figura 20 - Fator de utilização fornecido pelo fabricante.
Quadro 4
Fator De Manutenção
Ø= .>? .>@
𝐸=
A
Onde:
E: iluminância média (determinado pela NBR 5413:1992);
ØT: fluxo total;
S: área do ambiente;
FU: fator de utilização;
FM: fator de manutenção.
Cada tipo e modelo de lâmpada tem em sua especificação o fluxo luminoso total
fornecido. Este valor é fornecido pelo fabricante nas embalagens do produto. A figura 21 foi
extraída de um catálogo contendo os valores do fluxo luminoso da lâmpada A60 de 14w da
OPUS Intensifique. Os dados técnicos mais relevantes para projetos elétricos são a voltagem,
fluxo luminoso e ângulo de abertura. A figura 21 mostra a especificação técnica de uma
lâmpada LED modelo A60 da OPUS Intensifique.
43
Figura 21 - Especificações Técnicas da uma Lâmpada.
A6014w Profissional
14w
1.4.9
LED
=Distribuição
100w
Incand. das Luminárias
NÃO DIMERIZÁVEL
E27
120 mm
da a
a a a
a
luminárias, 2 2
nte método,
a se chegar b
Média (Em) 2
ma.
b
tor de Depreciação 2
oa Manutenção :
25
anutenção crítica:
67 Fonte: OSRAM, 2014, p. 13 3
Fig.21: Fig.22:
1.5 AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Eficiência do
Recinto
A economia moderna funciona através de investimentos e retorno financeiro. É
(vide tabelas
anexo 5 ) I
necessário assegurar que o projeto seja vantajoso e o retorno seja maior que o investimento de
α
capital. Além disso, é preciso assegurar que o projeto tenha o menor custo possível. Para se
determinar a viabilidade econômica de um investimento, técnicasIα
de avaliação econômica são
tor de Utilização utilizadas. Em nosso caso, usaremos o método do Valor Presente Líquido (VPL) abordado no
= ηL • ηR
subitem 1.5.5. E E
1.5.1 Depreciação
U
𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 =
V
Onde:
K: valor do investimento;
N: vida útil do equipamento ou período de avaliação do investimento.
A primeira tarefa de um governo é determinar a renda a ser taxada. Estas taxas estão
conectadas com o tipo do sistema de taxação, podendo ser uma contribuição de caráter pessoal
ou jurídico ou ambos (ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND
DEVELOPMENT, 2006). O imposto de renda da pessoa jurídica deve ser consultado.
V >fg
𝑉𝑃𝐿 = −𝐾 + gn& =i m
(&( )
jkk
Onde:
VPL: Valor Presente Líquido;
K: Investimento;
i: ano;
n: total de anos da avaliação do investimento;
Td: taxa de desconto;
Fci: Fluxo de Caixa.
48
2. METODOLOGIA
IDENTIFICAR OS PRÉ-REQUISITOS DO
TROCA DAS LÂMPADAS
PROBLEMAS PROJETO
NECESSIDADES DO MEDIÇÃO DA
ANÁLISE GEOMÉTRICA ILUMINÂNCIA
PROPRIETÁRIO
MEDIÇÃO DA MEDIÇÃO DA
ADEQUAÇÃO A NORMA
ILUMINÂNCIA ILUMINAÇÃO
ANÁLISE DO MERCADO
MEDIÇÃO DO CONSUMO MEDIÇÃO DO CONSUMO
LOCAL
CÁLCULO DO
AVALIAÇÃO TÉCNICA CONSIDERAÇÕES FINAIS
FATURAMENTO
NOVO CENÁRIO
INVESTIMENTO
2.1.1 Aquisição
2.1.2 Definição
2.1.2.1 Execução
Na figura 27, temos a vista do forro da loja. Percebe-se que o fluxo luminoso de
algumas lâmpadas é mais intenso do que de outras, com algumas inclusive não funcionando.
Esse decaimento, e eventual parada de operação, são devidas as lâmpadas já ultrapassarem sua
vida útil. Logo, com o passar do tempo, elas iluminarão cada vez menos, consumindo cada vez
mais energia, até queimarem.
53
Figura 27 - Parte do sistema de iluminação da loja PA Concept.
Na figura 28, temos a vista do lounge 2. O teto baixo dificulta a dissipação da luz,
criando enormes espaços de penumbras e sombras no ambiente. Isso também afeta a vida útil
das roupas, pois a esta altura, o calor dissipado pelas lâmpadas é o suficiente para alterar as
cores dos produtos, ocasionado inclusive queimas nos produtos em exposição.
A loja foi dividida em 3 ambientes para serem analisados de acordo com a NBR
5413:1992. Os setores são o Lounge 1, Lounge 2 e Vitrine.
O primeiro ambiente a ser medido foi a área de vitrines com medidas de 4 metros de
largura por 1 metro de comprimento com altura de 3,80 metros. A área de vitrine foi classificada
como “Área regular com uma linha contínua de luminárias”.
A próxima área foi denominada como Lounge 1, área esta que abrange o balcão e a
entrada da loja medindo 3,5 metros de largura por 4 metros de comprimento com altura máxima
de 3,80 metros. A área do Lounge 1 foi classificada como “Campo de trabalho retangular,
55
iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais
fileiras”.
A última área foi denominada como Lounge 2, área esta que abrange o lado direito da
loja atrás da vitrine, medindo 4 metros de largura por 6 metros de comprimento com altura
máxima de 2,30 metros. A área do Lounge 2 foi classificada como “Campo de trabalho
retangular, iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas
ou mais fileiras”. A figura 30 apresenta a planta baixa das áreas analisadas dentro da loja.
Na Figura 30, o lado direito na região das vitrines, é onde os produtos são expostos
para cativar a atenção dos clientes. Percebe-se uma irregularidade na iluminação, como a
mancha amarela no canto superior direito da imagem. Isso é resultado de lâmpadas de baixo
6 5 4 3
rendimento e vida útil curta. A região mais escura está sob o efeito de penumbra, contribuindo
negativamente para o realce das roupas que deveriam estar em destaque.
No lado esquerdo da Figura 30, encontra-se a entrada da loja no lounge 1. Facilmente,
D
percebe-se regiões muito escuras na loja. O fundo escuro atrapalha no realce do símbolo da
loja, desta forma, a loja passa despercebida, enquanto as lojas adjacentes, melhores iluminadas,
são mais atrativas a visão.
Figura 30 - Planta baixa da loja PA Concept.
C
6m
LOUNGE 2
LOUNGE 1
5m
B
1m
VITRINE
3,50 m 4m
URUTAU
6 5 4 3
56
3.1.3 Iluminância Medida
O primeiro ambiente a ser medido foi a área de vitrines com medidas de 4 metros de
largura por 1 metro de comprimento com altura de 3,80 metros. A área de vitrine foi classificada
como “Área regular com uma linha contínua de luminárias” de acordo com a NBR 5382:1985.
A Figura 31 indica os pontos medidos na Vitrine e suas coordenadas. O Quadro 5 mostra as
medidas tomadas assim como a iluminância média E em lux do ambiente.
Quadro 5
Valores medidos nas Vitrines.
A próxima área foi denominada como Lounge 1, esta abrange o balcão e a entrada da
loja medindo 3,5 metros de largura por 4 metros de comprimento com altura máxima de 3,80
metros. A área do lounge 1 foi classificada como “Campo de trabalho retangular, iluminado
57
com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras”. A
Figura 32 indica os pontos medidos no Lounge 1 e suas coordenadas. O Quadro 6 mostra as
medidas tomadas assim como a iluminância média E em lux do Lounge 1.
Figura 32
A próxima área foi denominada como Lounge 2, esta abrange o lado direito da loja
atrás da vitrine medindo 4 metros de largura por 6 metros de comprimento com altura máxima
de 2,30 metros. A área do lounge 1 foi classificada como “Campo de trabalho retangular,
iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais
fileiras”. A Figura 33 indica os pontos medidos no Lounge 2 e suas coordenadas. O Quadro 7
mostra as medidas tomadas assim como a iluminância média E em lux do Lounge 2.
59
Figura 33
Quadro 7
Valores medidos no Lounge 2.
Para calcular a iluminância média geral da loja (lux) foi calculada a média aritmética
ponderada entre a luminância média de cada ambiente e área (m2) de cada um. Assim, a
iluminância média geral da loja está identificada no Quadro 8.
Quadro 8
Iluminância Média de Todos os Recintos.
Quadro 9
A loja possui faturamento elétrico baseado nas bandeiras de tarifação, para o cálculo
de consumo foi utilizado a média das faturas dos meses de janeiro a abril, fornecidas pelo
proprietário. A potência consumida pelo conjunto de luminárias foi medida diretamente no
painel de iluminação.
No Quadro 10 estão os valores cobrados por cada kWh consumido na loja; a potência
e energia consumidas pelo sistema de iluminação; e o custo médio referente ao sistema de
iluminação. O faturamento da loja é baseado no consumo de 12 horas por dia e 30 dias por mês
com 360 horas por mês.
Quadro 10
Custo da Energia.
O custo unitário do kWh varia de acordo com a bandeira tarifária. Porém, os meses
seguintes serão de seca na região. Logo, há uma expectativa no aumento no preço cobrado pela
62
energia. Isso eleva a necessidade da adequação do sistema para atender aos padrões
internacionais de eficiência energética, reduzindo o gasto com energia e se tornando mais
amigável ao meio ambiente.
O consumo do sistema de iluminação é elevadíssimo, com um rendimento energético
de 3 lúmens por watt consumido. Isso é devido as lâmpadas instaladas possuírem uma curta
vida útil. O atual proprietário informou que nunca houve reforma no sistema. Por estarem em
uso há um longo período, quase 15 anos sem atualização, elas sofreram uma grande depreciação
do seu fluxo luminoso, iluminando cada vez menos com o passar do tempo. A única
manutenção feita pelo dono é a substituição das lâmpadas queimadas pelo mesmo modelo já
utilizado. Consequentemente, há muitas lâmpadas queimadas, ocasionando sombreamento no
ambiente e baixo rendimento.
Caso se opte apenas pela substituição simples das lâmpadas, utilizando o mesmo
modelo atualmente instalado na loja, os mesmos problemas permaneceriam. Devido ao baixo
rendimento nominal (10 lúmens por watt) e uma vida útil muito curta (3000 horas ou 8 meses)
do modelo atual comparado com outras lâmpadas, uma melhora sutil seria percebida, mas os
problemas voltariam em 8 meses ou menos. Para efeito de comparação, as lâmpadas
fluorescentes comuns possuem rendimento a partir de 30 lúmens por watt consumido, ou seja,
pelo menos três vezes melhor do que o cenário atual e pelo menos o dobro da vida útil (6000
horas ou 16 meses).
O projeto está de acordo com as normas brasileiras NBR 5413:1992 e NBR 5382:1985,
que definem os parâmetros para projetos de iluminação. Os requisitos necessários são
apresentados a seguir.
3.2.3.1 Iluminância
E (lux)
Ambiente
Medida Necessária
Lounge 1 217 500 a 750
Lounge 2 86 500 a 750
Vitrine 241 1000 a 1500
Loja 144 500 a 1500
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 12:
Altura do plano de trabalho como 1,50 metros e o fator de utilização como 0,80.
Altura do plano de trabalho como 0,80 metros e o fator de utilização como 0,80.
Aqui está definido os ângulos mínimos para que ocorra o a sobreposição dos feixes de
luz emitidos por cada lâmpada, desta forma, evita-se o fenómeno de sombreamento e evitando-
se áreas escuras e mal iluminadas na loja. Cada área da loja foi analisada individualmente,
variando-se as alturas referentes aos planos de trabalho. O Quadro 14 foi construída utilizando-
se a equação 4 e apresenta os ângulos mínimos necessários em cada ambiente.
Quadro 14
De posse desses dados, determinamos que a lâmpada precisa ter um ângulo de abertura
de pelo menos 18 graus para a vitrine, de 32 para o lounge 1 e de 103 para o lounge 2. Estes
valores são levados em conta na hora da escolha da melhor lâmpada para o projeto. Vale
ressaltar que caso o proprietário da loja decida por uma iluminação de facho mais concentrado
na vitrine ou no interior para realçar determinados produtos em exposição, os valores
68
mencionados acima podem variar. A figura 34 ilustra como o ângulo α influencia no surgimento
de áreas sombreadas no ambiente.
Da figura 34, temos que as projeções das lâmpadas variam de acordo com o ângulo
alfa. A altura total h1+h2 é de 2,30 metros para o lounge 2 e de 3,80 para o lounge 1 e a vitrine.
A altura h1 se refere a altura do plano de trabalho, que é a altura onde é feita as medições de
iluminância, enquanto h2 é a distância de projeção de cada lâmpada. O ponto onde os feixes de
luz de cada uma das lâmpadas se encontram é primordial para que a iluminação seja adequada,
por isso o ângulo alfa deve ser tal que se evite sombreamentos e penumbras no ambiente.
Vida Vida
Fluxo Potência Preço
Loja Modelo Útil Útil
(lm) (W) (R$)
(horas) (anos)
OSRAM Dicroica
Casa do Halospot 24G
510 50 14.30 3000 0.68
Eletricista 50W 12V (AR-
111) AR00512
OSRAM Halospot
SV LED 13W 830
1330 13 147.94 25000 5.71
Instalações Bivolt AR111
Branco Quente
Só LED LED CTB AR111
900 12 59.00 15000 3.42
Manaus 12W BR
LED CTB AR111
Só LED
10W BR. 800 10 52.90 15000 3.42
Manaus
Frio/Quente
TASCHIBRA
Distrel
EMB LED RED 924 12 92.00 20000 4.57
Distribuidora
Bivolt 12W
EMPALUX
Halospot LED
Casa do
COB 12W Bivolt 900 12 88.50 30000 6.85
Eletricista
(AR-111)
AD31266
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
A primeira lâmpada a ser analisada é a OSRAM LED SUPER STAR. Suas projeções
foram determinadas variando-se a altura do plano de trabalho. A mesma análise foi feita para
todos os ambientes da loja.
A partir do Quadro 16, averígua-se que os valores para a Vitrine estão dentro do padrão
estabelecido pela NBR 5413:1992 na faixa de 1000 a 1500 na altura de 0,80m. Desta forma, a
lâmpada LED OSRAM SUPERSTAR atende os pré-requisitos técnicos para a região de Vitrine.
A partir dos Quadros 17 e 18, averígua-se que os valores para o Lounge 1 e 2 estão
fora do padrão estabelecido pela NBR 5413:1992 na faixa de 500 a 750 na altura de 0,80m.
Desta forma, a lâmpada LED OSRAM SUPERSTAR não é uma alternativa viável para as
regiões do Lounge 1 e 2.
Quadro 16
Vitrine
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 24 0.49 0.75 1330 1771
3.80 1.00 2.80 24 0.60 1.11 1330 1195
3.80 0.80 3.00 24 0.64 1.28 1330 1041
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
72
Quadro 17
Lounge 1
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 24 0.49 0.75 1330 1771
3.80 1.00 2.80 24 0.60 1.11 1330 1195
3.80 0.80 3.00 24 0.64 1.28 1330 1041
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 18
Lounge 2
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
2.30 1.50 0.80 24 0.17 0.09 1330 14641
2.30 1.00 1.30 24 0.28 0.24 1330 5545
2.30 0.80 1.50 24 0.32 0.32 1330 4165
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
VPL - VITRINE
R$ 600.00
R$404.25
R$ 400.00 R$306.17
R$193.38
R$ 200.00 R$63.68
R$ -
0 1 2 3 4 5 6 7
-R$ 200.00 R$(85.49)
-R$ 400.00 R$(257.02)
No ponto inicial, chamado de ano zero, está expresso o valor do investimento aplicado
de R$ 681,15. Com o passar dos anos se mostra a evolução do montante aplicado. Após o 3o
ano do investimento, temos o retorno econômico, e como sua vida útil é de quase 6 anos, do 4o
ano em diante o investimento apresenta lucros acumulados para a empresa.
Desta forma, o investimento além da melhoria estética e do conforto, trará uma
redução nos gastos com energia elétrica, diminuindo os gastos da loja.
Vitrine
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lumens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 35 0.73 1.65 900 545
3.80 1.00 2.80 35 0.88 2.45 900 368
3.80 0.80 3.00 35 0.95 2.81 900 320
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 20
Lounge 1
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lumens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 35 0.73 1.65 900 545
3.80 1.00 2.80 35 0.88 2.45 900 368
3.80 0.80 3.00 35 0.95 2.81 900 320
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 21
Lounge 2
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lumens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
2.30 1.50 0.80 35 0.25 0.20 900 4503
2.30 1.00 1.30 35 0.41 0.53 900 1705
2.30 0.80 1.50 35 0.47 0.70 900 1281
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
VPL - LOUNGE 1
R$ 5,000.00 R$4,568.05
R$4,031.18
R$ 4,000.00 R$3,413.77
R$ 3,000.00 R$2,703.76
R$1,887.25
R$ 2,000.00
R$948.26
R$ 1,000.00
-R$131.58
R$ -
0 1 2 3 4 5 6 7
-R$ 1,000.00
No ponto inicial, chamado de ano zero, está expresso o valor do investimento aplicado
de R$ 1373,40. Com o passar dos anos se mostra a evolução do montante aplicado. Logo no 2o
ano do investimento, temos o retorno econômico, e como sua vida útil é de quase 7 anos, do 2o
ano em diante o investimento apresenta lucros acumulados para a empresa. Este resultado é
excelente e o impacto financeiro na fatura elétrica imediato, com retorno do investimento já no
2o ano após o investimento.
Vitrine
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 30 0.62 1.19 924 774
3.80 1.00 2.80 30 0.75 1.77 924 523
3.80 0.80 3.00 30 0.80 2.03 924 455
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 23
Lounge 1
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 30 0.62 1.19 924 774
3.80 1.00 2.80 30 0.75 1.77 924 523
3.80 0.80 3.00 30 0.80 2.03 924 455
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 24
Lounge 2
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
2.30 1.50 0.80 30 0.21 0.14 924 6401
2.30 1.00 1.30 30 0.35 0.38 924 2424
2.30 0.80 1.50 30 0.40 0.51 924 1821
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Logo, faz-se a avaliação econômica apenas para a região do Lounge 1. Para este
levantamento, leva-se em consideração o investimento para 5 lâmpadas, que é o número de
luminárias atualmente instaladas. O retorno econômico da lâmpada EMPALUX de 12W e 900
lúmens obedece a curva do VPL apresentado na figura 37.
77
VPL - LOUNGE 1
R$2,000.00
R$1,443.75
R$1,500.00 R$1,186.92
R$891.56
R$1,000.00
R$551.89
R$500.00 R$161.27
R$0.00
0 1 2 3 4 5 6 7
-R$500.00 -R$287.93
-R$1,000.00 -R$804.52
-R$1,500.00
-R$1,398.60
-R$2,000.00
No ponto inicial, chamado de ano zero, está expresso o valor do investimento aplicado
de R$ 1398,60. Com o passar dos anos se mostra a evolução do montante aplicado. Logo no 2o
ano do investimento, temos o retorno econômico, e como sua vida útil é de quase 5 anos, do 2o
ano em diante o investimento apresenta lucros acumulados para a empresa. Este resultado é
muito bom e o impacto financeiro na fatura elétrica imediato, com retorno do investimento já
no 2o ano após o investimento.
A próxima lâmpada a ser analisada é a CTB LED de 12 W e 900 lm. A partir dos
Quadros 25, 26 e 27, averígua-se que os valores para a Vitrine, Lounge 1 e Lounge 2 estão fora
do padrão estabelecido pela NBR 5413:1992 na faixa de 1000 a 1500 lux para vitrine e 500 a
750 lux para o Lounge 1 e 2 na altura de 0,80 m. Desta forma, a lâmpada CTB não é uma
alternativa viável para o projeto em si. Consequentemente, a avaliação econômica não é
necessária porque a lâmpada não supre as necessidades e requisitos do projeto.
78
Quadro 25
Vitrine
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 45 0.95 2.85 900 316
3.80 1.00 2.80 45 1.16 4.23 900 213
3.80 0.80 3.00 45 1.24 4.85 900 186
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 26
Lounge 1
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 45 0.95 2.85 900 316
3.80 1.00 2.80 45 1.16 4.23 900 213
3.80 0.80 3.00 45 1.24 4.85 900 186
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 27
Lounge 2
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
2.30 1.50 0.80 45 0.33 0.34 900 2609
2.30 1.00 1.30 45 0.54 0.91 900 988
2.30 0.80 1.50 45 0.62 1.21 900 742
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
A próxima lâmpada a ser analisada é a CTB LED de 10W. A partir dos Quadros 28 e
29, averígua-se que os valores para a Vitrine e Lounge 1 estão fora do padrão estabelecido pela
79
NBR 5413:1992 na faixa de 1000 a 1500 lux para vitrine e 500 a 750 lux para o Lounge 2 na
altura de 0,80m. Desta forma, a lâmpada Taschibra BEM LED não é uma alternativa viável
para estas regiões.
A partir do Quadro 30, averígua-se que os valores para o Lounge 2 estão dentro do
padrão estabelecido pela NBR 5413:1992, na faixa de 500 a 750 na altura de 1,50m. Desta
forma, a lâmpada CTB LED de 10W atende os pré-requisitos para a região do Lounge 2. Esta
região da loja requer uma atenção especial em virtude do seu pé-direito baixo. Dessa forma, é
preciso ter um amplo ângulo de abertura para irradiar a luz da maneira mais uniforme possível.
Quadro 28
Vitrine
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 180 2.74 23 800 38
3.80 1.00 2.80 180 3.34 34 800 26
3.80 0.80 3.00 180 3.58 40 800 22
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Quadro 29
Lounge 1
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
3.80 1.50 2.30 180 2.74 23 800 38
3.80 1.00 2.80 180 3.34 35 800 26
3.80 0.80 3.00 180 3.58 40 800 22
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
80
Quadro 30
Lounge 2
Altura do Ângulo
Raio de Área de
Altura Plano de Distância de Fluxo Iluminância
Projeção Projeção
(m) Trabalho (m) Abertura (lúmens) (lux)
(m) (m2)
(m) (graus)
2.30 1.50 0.80 100 0.95 2.86 800 533
2.30 1.00 1.30 100 1.55 7.54 800 359
2.30 0.80 1.50 100 1.79 10.04 800 244
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
VPL - LOUNGE 2
R$ 4,500.00
R$3,818.57
R$ 4,000.00
R$3,417.72
R$ 3,500.00 R$2,956.73
R$ 3,000.00
R$2,426.60
R$ 2,500.00
R$1,816.96
R$ 2,000.00
R$ 1,500.00 R$1,115.86
R$ 1,000.00
R$309.60
R$ 500.00
R$ -
-R$ 500.00 0 1 2 3 4 5 6 7
-R$ 1,000.00 -R$617.60
No ponto inicial, chamado de ano zero, está expresso o valor do investimento aplicado
de R$ 617,40. Com o passar dos anos se mostra a evolução do montante aplicado. Logo no 1o
ano do investimento, temos o retorno econômico, e como sua vida útil é de quase 7 anos, já no
primeiro ano o investimento apresenta lucros acumulados para a empresa. Este resultado é
excelente e o impacto financeiro na fatura elétrica imediato, com retorno do investimento já no
primeiro ano após o investimento.
81
Quadro 31
Potência Custo
Potência Energia Preço
Modelo No Total Mensal
(W) (kWh/mês) (kWh/R$)
(W) (R$)
OSRAM
LED SUPER
13 5 65 23,4 R$0,54 R$12,66
STAR
AR111
EMPALUX
12 18 216 77,76 R$0,54 R$42,06
LED AR111
CTB Led
10 16 160 57,6 R$0,54 R$31,15
AR111
Energia Custo
158,76 R$85,87
Total Total
Fonte: ELABORAÇÃO PRÓPRIA
3.2.7 Investimento
Quadro 32
Investimento Final
R$ 10,000.00
R$8,007.87
R$ 8,000.00 R$6,938.97
R$5,709.74
R$ 6,000.00
R$4,296.12
R$ 4,000.00 R$2,670.47
R$ 2,000.00 R$800.96
R$ -
0 1 2 3 4 5 6 7
-R$ 2,000.00
-R$1,348.98
-R$ 4,000.00
-R$3,821.40
-R$ 6,000.00
Em virtude da falta de lâmpadas a pronta entrega do modelo OSRAM LED Super Star
de 13 W e 1330 lm para a vitrine, o proprietário optou por utilizar o mesmo modelo do Lounge
1 e manter os níveis de iluminância similares. Para os Lounge 1 e Lounge 2, as lâmpadas
estavam disponíveis a pronta entrega. Logo, o Lounge 1 e a Vitrine tem o mesmo valor
projetado de iluminância pois ambas possuem a mesma altura do pé direito. Desta forma, o
valor do investimento foi alterado porque as lâmpadas EMPALUX de 12 W e 900 lm são mais
baratas que as lâmpadas OSRAM LED Super Star de 13 W e 1330 lm. O valor do investimento
para aquisição das lâmpadas, mão-de-obra e projeto está no VPL da figura 40.
Investimento Executado
R$ 10,000.00 R$8,342.76
R$7,270.46
R$ 8,000.00
R$6,037.31
R$ 6,000.00 R$4,619.19
R$ 4,000.00 R$2,988.35
R$ 2,000.00 R$1,112.88
R$ -
0 1 2 3 4 5 6 7
-R$ 2,000.00 -R$1,043.90
-R$ 4,000.00
-R$3,524.20
-R$ 6,000.00
O desempenho das lâmpadas escolhidas nos recintos da loja foram mais do que
satisfatórios. O destaque positivo foi a lâmpada CTB LED de 10 W e 800 lm que teve um
desempenho acima do projetado para o lounge 2. A lâmpada EMPALUX LED de 12 W e 900
86
lm apresentou um valor menor do que o projetado, mas mesmo assim cumpriu com os requisitos
de iluminância mínima do projeto. Isto se deve a distribuição irregular de alguns pontos de luz
no teto. Todos os valores medidos foram tomados com base em um plano de trabalho de 80 cm
de altura a partir do chão. Os Quadros 33, 34 e 35 mostram os pontos medidos de acordo com
a NBR 5382:1985 e a iluminância média dos ambientes, sendo de 504 lux para a Vitrine, 507
lux para o Lounge 1 e de 589 lux para o Lounge 2.
No Lounge 1, o valor projetado para a EMPALUX LED de 12 W e 900 lm foi de 545
lux. Após a sua instalação, o valor medido foi de 507 lux. Este valor é mais que o dobro medido
antes do projeto, que foi de 217 lux para o lounge 1. Isso representa um aumento de 234% e
adequa o Lounge 1 ao estabelecido pela NBR 5413:1992 de valores entre 500 e 750 lux para
esta região. Na figura 43, ao lado esquerdo, o serviço de substituição sendo feito, enquanto que
do lado direito temos o valor medido naquele ponto. Na figura 44, temos o comparativo entre
a lâmpada dicroica utilizada antes do projeto (a esquerda) e a EMPALUX (a direita). Repare
que a EMPALUX possui um brilho uniforme e mais intenso, enquanto que a dicroica ilumina
menos e de maneira irregular.
No Lounge 2, o valor projetado para a lâmpada CTB LED de 10 W e 800 lm foi de
533 lux. Após a sua instalação, o valor medido foi de 589 lux. Este valor representa um aumento
de 685% e é mais do que 6 vezes maior que o medido antes do projeto, que foi de 86 lux para
o lounge 2. Desta forma, esse aumento adequa o Lounge 2 ao estabelecido pela NBR 5413:1992
com valores entre 500 e 750 lux para esta região. Na figura 45, temos a esquerda a lâmpada
instalada e a direita um ponto de medição mostrando o valor acima do projetado. Na figura 46
temos a nova iluminação do ambiente já instalada.
Com a utilização destas lâmpadas, os pontos de ofuscamento dentro da loja são
extinguidos pois o uso de fachos suplementares de luz será desnecessário. A temperatura de cor
se adequa melhor ao ambiente pois as cores quentes escolhidas proporcionam maior conforto
visual e maior fidelidade de cores em uma loja de vestuário. Na figura 47, temos o facho
suplementar desativado, eliminando assim um ponto de ofuscamento da loja.
A figura 48 ilustra o antes e o depois do sistema de iluminação da loja. A imagem
acima é o sistema antes do projeto e a imagem abaixo depois da implementação. Repare que no
lado esquerdo das duas figuras existe uma clara diferença entre na nitidez e visualização dos
manequins localizados no lounge 1. No lado direito a iluminação se tornou mais uniforme para
a região das vitrines. A melhoria da iluminância para estas regiões foram de 209% para a vitrine
e de 234% para o Lounge 1.
87
O Quadro 36 apresenta o comparativo entre os valores medidos antes e depois do
projeto. O fluxo luminoso total da loja melhorou em 426%. O rendimento energético do sistema
de iluminação passou de 2,12 para 70 lm/W, um aumento de incríveis 3302%. Com a redução
da potência elétrica instalada em 85%, o consumo de energia elétrica e o gasto com a energia
elétrica também foram reduzidos em 85%. A iluminância da Vitrine melhorou em 209%, do
Lounge 1 em 234% e do Lounge 2 em incríveis 685%.
Quadro 33
Quadro 34
CONCLUSÃO
A hipótese proposta neste estudo é de que era possível substituir as lâmpadas dicroicas
tradicionais da loja por lâmpadas LED de alta eficiência energética disponíveis nas lojas
especializadas da cidade. A hipótese foi verdadeira, pois constatou-se que o novo sistema de
iluminação cumpre todos os requisitos do projeto e do cliente.
Para facilitar o estudo luminotécnico, a loja foi dividida em três ambientes: Vitrine,
Lounge 1 e Lounge 2. Em nenhum deles foram medidos níveis de iluminância que cumpriam
os valores determinados pela NBR 5413:1992. Os níveis de iluminação estão dentro dos valores
especificados pela NBR 5413:1992. A exceção é a Vitrine porque o proprietário optou por
instalar as mesmas luminárias utilizadas no Lounge 1.
O investimento executado de R$ 3.524,20 não é elevado porque pela análise do VPL
verifica-se que no segundo ano após o investimento já há retorno financeiro. Isso significa que
a economia de energia proporcionada pela redução do consumo consegue cobrir o investimento
inicial após dois anos. Os anos subsequentes são de lucros acumulados para a empresa.
Portanto, o projeto é financeiramente vantajoso.
Após a substituição das lâmpadas Dicroicas de 50 W pelas respectivas lâmpadas LED
em cada recinto da loja, o consumo de energia elétrica reduziu de 1033 para 158 kWh/mês. O
custo de energia reduziu de 558 para 85R$/mês em média. Essa redução é devido a diminuição
da potência instalada do sistema que reduziu de 2870 para 436 W, uma redução de 85%.
Além da melhora da eficiência, a iluminância média de cada recinto melhorou, assim
como a refrigeração do ambiente. A iluminância média da Vitrine aumentou de 241 para 504
lux, um aumento de 234%. A iluminância média do Lounge 1 aumentou de 217 para 507 lux,
um aumento de 260%. A iluminância média do Lounge 2 aumentou de 86 para 589 lux, um
aumento de 685%. Esse aumento da iluminância em toda a loja, assim como a escolha adequada
93
da TCC adequada para o ambiente melhorou o conforto visual. Dessa forma a loja proporciona
um clima mais agradável e aconchegante, com satisfação total do proprietário da loja.
Com o intuito de reduzir ao máximo o valor do investimento, as luminárias já
instaladas foram utilizadas. Desta forma manteve-se a mesma estética do teto sem alterações
necessárias no forro da loja. Também, as novas lâmpadas LED são muito mais agradáveis e
combinam mais com o ambiente, garantindo maior satisfação ao proprietário, aos colaboradores
e aos clientes.
A avaliação econômica VPL foi utilizada para determinar a viabilidade econômica do
projeto. O projeto além de melhorar o ambiente, adequar os recintos ao que estabelece a NBR
5413:1992, é vantajoso financeiramente. Como o tempo de análise de investimento é de 7 anos,
os gastos de manutenção com o sistema foram reduzidos em 9 vezes.
Ressalta-se que o projeto resolveu a problemática e teve a aprovação do proprietário
da loja, tendo o mesmo demonstrado apreço e interesse em aplicar a mesma metodologia desta
pesquisa nas demais filiais da rede. Pensando neste ponto de vista, existem outras linhas de
desenvolvimento que geram sugestões para trabalhos futuros que sejam continuações naturais
desta pesquisa.
Primeiramente, a busca por lâmpadas mais eficientes e baratas para projetos com
menos empecilhos. A necessidade de manter a estética do forro ocasionou mais dificuldades
para encontrar lâmpadas que se adequassem aos requisitos técnicos. Caso não houvesse esta
restrição, modelos mais baratos poderiam ser testados porque não existiria a necessidade do
encaixe AR111.
Por último, sugere-se a avaliação da temperatura ambiente com relação ao sistema de
iluminação. Em nosso caso, verificou-se que a iluminação impacta de forma negativa no
sistema de refrigeração, mas não foi possível mensurar essa influência devido a falta de
equipamentos disponíveis para a realização deste. Assim, novos projetos que melhorem o
conforto térmico em lojas abre uma nova gama de estudos.
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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ECCLESTON, C.; MARCH, F.; COHEN, T. Inside Energy: Developing and Managing an
ISO 50001 Energy Management System. Boca Raton, Florida, United States: Taylor &
Francis Group, 2012.
HERTOG, W. et al. Energy Efficiency and Color Quality Limits in Artificial Light Sources
Emulating Natural Illumination. Catalunya, España: [s.n.] 2014.
LA WEB DEL LED. Luminarias y Lámparas LED. [S.l.], 2016. Disponível em:
<http://www.lawebdelled.com/tienda/>. Acesso em: 23 agosto 2016.
OBRAS CONSULTADAS
CAVALIN, G.; CERVELIN, S. Instalações Elétricas Prediais. 14 ed. São Paulo: Érica, 2006.