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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE QUÍMICA

Determinação da densidade e identificação de


polímeros

Disciplina: QFL1444 – Físico-Química Experimental


Docentes: Rômulo A. Ando
Marcia L. A. Temperini

Grupo 13:
Rafael Araújo Silva, 8799396
Thaina Gomes Cury Batista, 9379207

São Paulo, 21 de setembro de 2017


1. Objetivo
O experimento realizado tem por objetivo a determinação da densidade de três
polímeros diferentes lançando mão de dois métodos: a medida através de um gradiente
de densidade e a picnometria. O experimento tem como objetivo, também, a
identificação destes polímeros por meio de sua densidade.

2. Introdução
A densidade parece uma grandeza relativamente simples de ser obtida, por ser
comumente conhecida pela razão da massa pelo volume, sendo também largamente
utilizada na indústria para a seleção de materiais, principalmente nos processos de
reciclagem, recurso fundamental para a sociedade atualmente e sua sustentabilidade.
Todavia, a parte conceitual dessa propriedade vai além de uma simples razão
de outras duas grandezas. Ela engloba conceitos como as propriedades da matéria,
podendo essas serem químicas ou físicas. No caso, a densidade se adequa na
categoria de propriedade física da matéria, nas quais as medidas podem ser obtidas
sem mudança na composição do objeto estudado (ao contrário das propriedades
químicas).
Dentro da categoria de propriedades físicas, elas ainda podem ser classificadas
como extensivas ou intensivas. As propriedades intensivas independem da quantidade
de matéria da amostra, enquanto as extensivas são dependentes. A densidade é
considerada uma propriedade intensiva da matéria.
A densidade depende também de outras concepções, como o empacotamento e
a compressão. Por exemplo, quanto mais empacotado e comprimido o composto,
maior será sua razão massa/volume.
Segundo os conceitos mais específicos, a medida em estudo pode ainda ter
duas categorias. Existem duas densidades: a absoluta é aquela que é específica de
cada material, e o diferencia dos outros por isso, sendo um bom método de
identificação das substâncias puras. E a relativa, que é uma relação entre as
densidades absolutas do objeto estudado e uma outra substância considerada padrão
(geralmente a água).
3. Resultados e Discussão

3.1. Parte A: Gradiente de Densidade


Utilizando soluções de sacarose a 5, 12, 20, 25, 35, 50 e 60 % m/m dadas, foi
montado um gradiente de densidades numa proveta de 50 mL. Para, então, poder
estimar a densidade dos polímeros através deste gradiente, a densidade de cada
solução de sacarose foi medida com o auxílio de um densímetro. A tabela 1 mostra os
valores encontrados.

Tabela 1 – Valores de densidade encontrados para diferentes soluções de sacarose


Conc. Sacarose (% m/m) Densidade experimental (g/mL) Densidade teórica (g/mL)
5 1,023 1,0178
12 1,045 1,0465
20 1,084 1,0810
25 1,110 1,1036
35 1,145 1,1513
50 1,230 1,2295
60 1,290 1,2864

Os valores de densidade medida divergem pouco dos valores encontrados no


Handbook of Chemistry and Physics, o que garante uma boa confiabilidade, dentro dos
desvios permitidos, nos resultados a serem obtidos para análise dos polímeros
realizada através do gradiente de densidade. A variação entre os valores experimentais
e os valores da literatura se devem em parte por erros humanos, mas majoritariamente
pela diferença de temperatura em que os experimentos foram realizados, uma vez que
o experimento foi realizado a 26 ºC e a análise da literatura à 20 °C.
Os polímeros, identificados como 1, 2 e 3, foram imersos na proveta contendo o
gradiente de densidades para que suas densidades pudessem ser estimadas. Espera-
se que o polímero flutue na faixa de densidade de sacarose equivalente à sua própria
densidade.
Todos os pellets do polímero 1 permaneceram flutuando na faixa de densidade
correspondente a solução de 12 %m/m de sacarose. Os pellets do polímero 3 flutuaram
na faixa de concentração de 35 %m/m de sacarose. Os pellets do polímero 2, por sua
vez, flutuaram na superfície da proveta, o que indica que sua densidade é inferior à das
faixas do gradiente, sendo assim, impossível determinar sua densidade. Pode-se
estimar que os polímeros 1 e 3 possuem densidade de 1,0450 g/mL e 1,1450 g/mL.

3.2. Parte B: Picnômetro

3.2.1. Calibração do Picnômetro


Para que o picnômetro seja um instrumento altamente confiável para a
determinação de densidade, é preciso calibra-lo primeiro para descobrir o seu real
volume. Para isso, foi utilizado uma balança analítica e água destilada. A calibração se
baseia na medida da massa do picnômetro vazio, da massa do instrumento
completamente cheio de água e, por fim, a diferença será o real valor do volume do
picnômetro.

Tabela 2 – Massas utilizadas para a calibração do picnômetro


Sistema Massa (g)
Picnômetro 17,6631
Picnômetro com água 28,1106
Água 10,4475

A tabela 2 mostra as massas medidas. O valor de massa da água foi obtido a


partir da diferença de massa do picnômetro vazio e cheio. Sabendo que a densidade
da água varia de acordo com a temperatura, o Handbook of Chemistry and Physics foi
consultado para encontrar o fator de correção desses valores. Tendo o experimento
sido realizado à 26 ºC, a densidade da água é equivalente a 0,9960 g/mL. Pode-se
então, agora, calcular o valor real do picnômetro

𝑚 10,4475 𝑔
𝑉𝑝𝑖𝑐 = = = 10,4894 𝑚𝐿
𝑑 0,9960 𝑔. 𝑚𝐿−1
3.2.2. Determinação da densidade e polímeros por picnometria
Agora, com o picnômetro calibrado, se pode medir as densidades dos polímeros.
Para isso, no picnômetro, foram pesados em torno de 1 g de polímero em balança
analítica. O picnômetro foi completamente preenchido com água e a medida de massa
foi realizada novamente. O procedimento foi realizado uma vez para cada polímero e
os valores obtidos foram expressos na tabela 3, onde o sistema 1 é o polímero puro e o
sistema 2 é a massa do picnômetro com água destilada e polímero.

Tabela 3 – Massas obtidas na análise da densidade dos polímeros


Sistema Polimero 1 Polimero 2 Polimero 3
1 1,0544 g 1,1666 g 1,0477 g
2 28,1344 g 28,0392 g 28,2381 g

A medida indireta do volume do polímero de dará através da determinação do


volume de água destilada deslocada pela massa do polímero. Para isso, é necessário
descontar a massa do sistema 2 a massa do picnômetro vazio e a massa do sistema 1
(polímero apenas). Isso resultará na massa de água dentro do picnômetro. Se
descontar esse valor da massa de água que cabe no picnômetro completamente cheio,
se obterá a massa de agua deslocada pela massa do polímero pesada. Sendo assim,
basta que se divida pela densidade de água para obter o volume de agua deslocada
que será equivalente ao volume do polímero. Ao se obter o volume do polímero, basta
que se divida a massa pesada por este volume para se obter a sua densidade. Os
valores calculados foram expressos na tabela 4.

Tabela 4 – Valores de densidade dos polímeros calculados a partir do volume


deslocado
Sistema Massa (g) Volume deslocado (mL) Densidade (g/mL)
Polímero 1 1,0544 1,0725 0,9831
Polímero 2 1,1666 1,2799 0,9115
Polímero 3 1,0477 0,9621 1,1167

É possível perceber que houve falha na execução do experimento, uma vez que
ao polímero 1 foi dado uma densidade inferior à 1, de modo que já era esperado que
sua densidade fosse por volta de 1,0450 g/mL, como foi determinado previamente no
experimento do gradiente de densidades. Esse desvio provavelmente se deu em
função da má utilização do picnômetro, uma vez que era preciso tomar extremo
cuidado para que não ficassem bolhas dentro do viscosímetro e o capilar deveria estar
completamente cheio. Para comparação dos métodos, as densidades descobertas
foram expressas na tabela 5, de modo que o método 1 é o gradiente de densidades e o
método 2 a picnometria.

Tabela 5 – Valores de densidade determinada por diferentes métodos.


Método 1 Método 2
Densidades (g/mL)
Polímero 1 1,0450 -
Polímero 2 - 0,9115
Polímero 3 1,1450 1,1167

Comparando os valores é possível observar que os dois métodos apresentam


valores discrepantes de densidade o que revela que para que haja uma boa precisão
na nos resultados obtidos a partir do picnômetro, as medidas têm que ser realizadas
com extrema minúcia, obtendo, assim, resultados precisos nas duas medidas. O
picnômetro, quando manuseado com cautela, fornece valores específicos de
densidade, o que pode ser uma vantagem. O gradiente de densidade, porém, não
fornece um valor numérico, mas uma faixa de densidade onde o polímero pode estar
de acordo com a sua parada, o que faz com o que valor encontrado entre em
desacordo com o valor do picnômetro, ainda que sejam precisos. Outrossim, dentro da
proveta onde o gradiente foi construído, há regiões onde as soluções são misturadas,
criando regiões desconhecidas onde a densidade é incerta causada tanto pela interface
entre duas soluções diferente como também pelo arraste gerado pela queda de um
polímero denso, o que prejudica a medida pelo gradiente.
O método da picnometria a princípio se mostra mais eficiente na determinação
da densidade de um material uma vez que chega à um valor e não em uma faixa. Além
disso, é um método eficiente para determinação de densidade tanto de sólidos, como
de líquidos, porém, este é um método que requer extremo cuidado durante o manuseio
do picnômetro, principalmente na medida de líquidos, gerando, com facilidade, valores
com grande desvio do valor real.
O método do gradiente, por sua vez, é um método de fácil preparo e manuseio
gerando valores confiáveis de densidade. Diferentemente do picnômetro, a coluna de
gradiente se limita apenas materiais sólidos, uma vez que ao colocar líquidos na
coluna, o líquido poderia ser pedido solubilizado na coluna. Para além disso, a coluna
de gradiente também fornece apenas uma faixa de densidade onde se encontra a real
densidade do polímero e não um valor específico.
Utilizando os valores de densidade obtidos para os polímeros 1, 2 e 3 de 1,0450
g/mL, 0,9115g/mL e 1,1875 g/mL, respectivamente, e o seu aspecto físico, foi
consultado uma tabela de polímeros classificados pela densidade e a sua composição
foi estimada. Para o polímero 1, se estima que sua composição seja de poliestireno,
para o 2, sua composição deve ser polietileno de baixa densidade (PEBD) e, por fim, o
polímero 3 é estimado que seja, pela densidade, policaprolactona.

4. Conclusão
De acordo com os experimentos realizados, é possível notar que a densidade se
trata de uma propriedade física extremamente importante para a classificação e
diferenciação de diversos polímeros existentes, não só nos laboratórios como também
para as indústrias, especialmente as de reciclagem, que se utilizam dos métodos acima
estudados para a separação de seus insumos de forma adequada
Foi possível observar diferença nos valores obtidos pelos dois métodos testados
para a determinação dos polímeros uma vez que o picnômetro se trata de um aparelho
altamente sensível e o gradiente de concentração é um método não muito eficaz na
determinação exata da densidade do polímero, sendo necessário, talvez métodos mais
avançados para fazer uma ótima determinação de densidade.
5. Referências
[1] - Handbook of Chemistry and Physics, 62nd edition, 1981, CRC Press
[2] – Scientific Polymer Products, Inc., Density of polymers (by density). Disponível em:
<http://scientificpolymer.com/density-of-polymers-by-density/>. Acesso em 24 de
setembro de 2017.
[3] - Nuffield Foundation and the Royal Society of Chemistry, Identifying Polymers.
Disponível em: <http://www.rsc.org/learn-chemistry/resource/res00000385/identifying-
polymers?cmpid=CMP00005147>. Acesso em 24 de setembro de 2017.

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