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Embora os maçons sejam conhecidos como “filhos da viúva” e verdade os iniciados nos

mistérios egípcios também o são... Muitos acreditam que esta denominação guarda relação
com certo mito hebraico. Mas, talvez o que poucos saibam, é que as raízes desta expressão e
relação são muito mais abrangentes do que se considera.

Em resumo, na mitologia do Antigo Egito era Osíris quem governava soberanamente as regiões
produtivas. Ele não estava sozinho, tinha por companheira Ísis, Seth que governava as regiões
improdutivas, que por sua vez tinha por companheira Neftis. Os quatro eram irmãos, assim
como os quatro elementos (terra-ceticismo-Seth, água-criatividade-Ísis, ar-informação-Neftis e
fogo-espiritualidade-Osíris).

Uma noite, Neftis muito magoada pelo modo rude com que Seth a tratava, chorando no
escuro jardim de Osíris é confundida por ele com Ísis e acabam concebendo uma nova vida que
será Anúbis. Anúbis é abandonado à morte, mas Ísis o busca, encontra e o cria como seu
próprio filho.

No mito, Seth usando a vaidade (inconsciência relacionada à luz) de Osíris o encerra em uma
arca (arcano) e a solta no rio Nilo (símbolo da vida sublunar, do mundo de Maya e dos reflexos,
da Manifestação). Ísis então sai à procura do corpo de seu irmão e marido. Ela o encontra sob
as raízes de uma enorme árvore (que nos remete à simbologia da Árvore da Vida) e o resgata.

Em uma caverna (símbolo do útero da Terra), com a ajuda da magia de Thot e da força de
Neftis, Ísis traz novamente Osíris à vida e em um ato de amor o casal concebe uma nova vida
que será Hórus.

Seth descobre e novamente coloca suas tropas para perseguir Osíris.

Ele é encontrado, seu corpo esquartejado em 15 pedaços (veja a simbologia do Arcano 15 do


Tarot) que são espalhados pelo Egito (o “mundo” deles). Novamente Ísis sai à procura do
amado, encontra 14 (2 x 7) de suas partes, exceto seu “falo criador” que teria sido devorado
por um peixe (símbolo do sexo espiritualizado ou tantra ou alquimia).

Enquanto isso Hórus é criado entre escorpiões e cobras, escondido no pântano, para fugir da
perseguição de Seth. Posteriormente Hórus irá vingar seu pai Osíris derrotando Seth a custa de
perder um olho.

Destaca-se que Ísis no Antigo Egito simbolizava a Justiça (como Ma´at) e também a Abóbada
Celeste (como Nuit) e seu filho podia ser considerado um “filho das estrelas” ou então um filho
“divino”. Neste mito Ísis fica viúva não somente uma, mas duas vezes.
Apesar do mito egípcio ter de Osíris como ponto central, a figura heroica de toda a saga é Ísis,
afinal Osíris logo no início é morto e a protagonista é Ísis, a viúva. Durante então toda a saga a
regência do Egito é de Ísis, muitas vezes usurpada por Seth, isso é verdade. Mas, por direito, a
Rainha regente do Egito deveria ser Ísis e o rei Hórus.

Herdamos uma cultura e civilização medieval na qual a figura feminina sequer era considerada
com alma ou direitos civis (Idade Média). Muito diferentemente do passado quando cultuava o
Feminino Universal como Ísis, Ishtar, Inanna ou Vênus.

Na obra O Livro de Hiram, os maçons Christopher Knigth e Roberto Lomas explanam a relação
entre a Maçonaria e o culto a Vênus na antiguidade. Pirâmides por todo o globo, inclusive as
egípcias, foram construídas considerando a Geometria Sagrada (presença da Perfeição divina
na Natureza) e a passagem do planeta Vênus pelo céu estrelado.

Dizem que no Antigo Egito quando ocorriam as iniciações, um dos primeiros e misteriosos
ensinamentos, sussurrado pelo hierofante nos ouvidos do neófito era que, “Osíris é um deus
morto!”. Osíris, símbolo do Sol, na verdade, assim como Jesus, rege o mundo dos mortos, o
além, o mundo espiritual. Da mesma forma que Deus não tem “corpo” físico entre nós, assim
como Ísis o fez, nós O podemos encontrar disperso no “interior” de sua Criação, a Natureza
que O concebe, nutre e vivifica o tempo todo. Vênus é exatamente a regente e símbolo da
própria Criação, da natureza que hoje tanto está violentada pela humanidade em nome do
progresso e da prosperidade.

As escolas de mistérios se identificam com a Viúva de Osíris, autorgando aos neófitos


condiçoes para a regência acima de tudo de si mesmos, reconhecendo como encargo divino,
agir visando tornar feliz a humanidade (como o fazia Osíris em seu mito), lutar contra a tirania
(de Seth) em todos os lugares (principalmente dentro de seus próprios templos e relações).

Há escolas de mistérios que assumem sua relação com os mistérios egipcios de Ísis e Osíris,
mantendo-se sempre pura e limpa, com foco na luz da Verdade, da Justiça, da Fraternidade, da
Solidariedade e do altruísmo simbolizada por Osíris e todos os deuses solares do passado da
humanidade.

Ao iniciado nos mistérios egípcios cabe honrar sua condição de “Filhos da Viúva”, respeitando
e vivendo os princípios solares, sustentando valorosamente e com muita dignidade a Viúva
que é a o sagrado feminino e, principalmente, vingando o “Pai, destituído de poder gerador no
mundo das concequências” - Osíris ao combater o ceticismo, a descrença, a falta de
espiritualidade, a falta de amor e de solidariedade.
O iniciado nos mistérios egípcios deve honrar a simbologia com Hórus e sua condição de
“regente” lutando contra o que Seth simboliza, dentro de si mesmo, de suas próprias almas e
vidas, sendo um verdadeiro exemplo vivo (à semelhança do “Pai” distante) a ser seguido.

O iniciado deve merecer a condição de “regente de si mesmo” conquistando pelos próprios


méritos a chamada Coroa Sefirótica.

Quando isso conquistarem, compreenderão que a razão de suas existências é o serviço a este
seu povo, que suas questões pessoais devem ficar em segundo plano e que o Sol irradia luz,
vida e calor indistintamente, sem nada cobrar ou esperar em termos de honra, crédito ou
mesmo louvor ou reconhecimento.

O reconhecimento só ocorre na presença da luz, da consciência que nos proporciona a


possibilidade de definir contornos, cores, detalhes, etc. Na escuridão da alma nada é
distinguido ou reconhecido. Somente uma alma iluminada pode conhecer e reconhecer a
verdade presente em tudo. O reconhecimento então só pode ocorrer entre almas iluminadas
que se identificam entre si como iluminadas, francas, verdadeiras, justas, fraternas, amorosas,
altruístas e divinas. A porta de entrada e condição inequívoca para esta condição de “reinado”
é o respeito e o aprendizado com a Viúva, Ísis, Vênus, Ishtar, Inanna, enfim, o divino feminino.

Em outra correlação, pode-se entender que a alma do iniciado se identifica com Ísis que busca
a luz da verdade de Osíris para tomar consciência de sua condição de filho das estrelas ou de
sua origem e missão divina.

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