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Temas
Desenvolvimento sustentável
Capacitação Institucional e Administrativa
Igualdade de oportunidades
Desenvolvimento local e territorial
Promoção da inclusão social
Sociedade da informação
Sociedade da Informação
Descrição do tema
Tipos de medidas, programas e intervenções
Principais problemas e questões da avaliação
Abordagens, métodos e técnicas relevantes
Descrição, medição e fontes de dados
Bibliografia
Palavras-chave
Descrição do Tema
Em primeiro lugar, é importante definir o que significa a Economia Baseada no
Conhecimento (EBC) e a Sociedade de Informação (SI). No entanto, antes de
abordarmos as definições destes termos, apresentamos um breve enquadramento
histórico da evolução dos temas em destaque, para contextualizar a discussão que se
segue.
É do conhecimento geral que a discussão sobre a aprendizagem ao longo da vida teve
início em finais da década de sessenta, início da década de setenta. Desde dessa altura,
o modelo de educação centrado na escolarização de via única “Aprendizagem - Trabalho
- Reforma”, então o paradigma dominante da educação de crianças e jovens, foi
substituído por um modelo de educação recorrente, no qual a formação educativa é
integrada, como um circuito contínuo, ao longo da vida. Promovida pelo mote da
UNESCO de 1972, Aprender a ser, a aprendizagem ao longo da vida deu maior atenção
ao ideal humanista de “criar seres humanos perfeitos” em vez de centrar-se apenas na
empregabilidade. No entanto, os países mais atingidos pela crise do petróleo de 1973,
que verificaram um aumento rápido das taxas de desemprego, perderam rapidamente o
interesse na aprendizagem ao longo da vida e interessaram-se mais pela educação para
o emprego dos jovens e pela requalificação dos desempregados. Consequentemente, na
década de 80, a educação e a formação foram direccionadas para o mercado de trabalho
e centraram-se sobretudo nas escolas.
O interesse pela aprendizagem ao longo da vida foi novamente recuperado na década de
noventa tanto a nível nacional como supranacional. Por exemplo, em 1996, a OCDE,
como estratégia de força para enfrentar o advento da Sociedade Baseada no
Conhecimento, afastou-se da teoria da educação recorrente – um modelo antigo de
educação escolar – e declarou a “Aprendizagem ao Longo da Vida para Todos” como um
princípio orientador no sentido mais alargado. Assim, a UNESCO e a OCDE elevaram a
noção de aprendizagem ao longo da vida a um patamar internacional, e desta vez foram
bem sucedidos na sua implementação.
No entanto, foi a Europa que reacendeu a chama da aprendizagem ao longo da vida com
o advento da chamada Sociedade do Conhecimento. A Comunidade Europeia designou o
ano de 1996 como o ano da “Aprendizagem ao Longo da Vida na Europa” e declarou em
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação
OUTRAS SOCIEDADES
S.I.
E.B.C.
centrados no uso das TIC, e no desenvolvimento de competências para as TIC são mais
adequados para as sociedades que já atingiram um desenvolvimento básico ao nível da
SI, pelo menos no que respeita as info-estruturas. (Assim, em Espanha, por exemplo,
onde se verifica uma elevada taxa de utilização de telemóveis, seria apropriado promover
o uso desta tecnologia para outros fins que não apenas a comunicação pessoal).
Entre as principais prioridades dos programas de EBC e SI estão:
• As TIC em todas as empresas
• O Governo em linha (e-Governo)
• As mulheres, jovens, idosos e pessoas portadoras de deficiência na era digital
(inclusão digital)
• A e-participação/e-acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência
• O acesso mais barato, mais rápido e mais seguro à Internet (por exemplo, banda
larga)
• Infra-estruturas de informação seguras (ex., uma cultura da cibersegurança)
• O desenvolvimento de competências importantes para os requisitos da EBC,
incluindo as TIC ou outras mais abrangentes
• O e-Learning
• A saúde em linha e a telemedicina
• O uso de cartões electrónicos (por ex., o cartão de saúde electrónico)
• A aceleração do comércio electrónico (sobretudo para as PMEs) e promoção de
uma dinâmica geral de comércio electrónico (questões relacionadas com a
legislação, inter-operacionalidade, confiança, a empresa.eu)
• Transportes inteligentes
• Foi alcançada a transição para a SI. Este aspecto está directamente relacionado
com o uso das TIC (nomeadamente, computadores, Internet, telemóveis, agendas
electrónicas, etc.) se tornar rotineiro e não evidente.
Existe um grande número de questões fundamentais associadas à SI e à EBC que
podem ser usadas para orientar a avaliação, devido às múltiplas dimensões afectadas
pela transição para um novo modelo socioeconómico e às relações que estabelecem
entre si durante o seu processo de desenvolvimento. Assim, é necessário que a
avaliação cubra todos os aspectos associados à mudança de paradigma que a SI implica:
• Sucessos alcançados. Todas as acções públicas que têm por objectivo ter
impacto na sociedade, actuando sobre necessidades e problemas identificados
com o objectivo de alterar ou ter um impacto nessa situação. Com essa finalidade,
definem-se e articulam-se uma série de objectivos e dá-se início a um conjunto de
instrumentos. O objectivo da avaliação consiste em analisar as diferentes fases,
desde a altura em que se decide intervir, até o impacto se tornar evidente. No
entanto, é importante salientar que não devem ser analisados apenas os
resultados planeados. Os efeitos e impactos imprevistos, tanto os positivos como
os negativos, assim como os impactos secundários e indirectos, devem
igualmente ser objecto de análise.
Gestão e implementação eficaz do programa. Este é um aspecto essencial pois
condiciona o efeito final dos programas, relativamente aos objectivos e impactos
pretendidos. E não pode ser de outra forma, pois nenhum programa,
independentemente da qualidade das suas estratégias de impacto e acção, pode
alcançar os resultados esperados com total eficácia e eficiência se não existir um
bom sistema de gestão e de acompanhamento. A sua avaliação implica o estudo
dos mecanismos e procedimentos de coordenação utilizados na implementação e
acompanhamento do programa.
Lições para o futuro. Para a avaliação ser usada, deve ser útil. Tendo esse fim em
vista, deve proporcionar recomendações para o futuro, indicando quais foram os
principais elementos que conduziram ao sucesso ou insucesso na implementação
de qualquer medida da política, salientando as melhores e as piores práticas. Em
termos gerais, a avaliação, sobretudo no âmbito da SI e da EBC, devido ao
carácter inovador das suas medidas, deve ser entendida como um processo de
aprendizagem e formação (tanto para os indivíduos como para as organizações),
i.e., como um instrumento que permite melhorar o conhecimento do programa
através dos seus actores.
Formas de envolver os parceiros e os cidadãos. A avaliação deve ter em
consideração os interesses e necessidades de informação dos patrocinadores,
decisores, parceiros e outros grupos directamente relacionados com o programa
em avaliação. Deve ter em consideração os diferentes grupos de utilizadores de
TIC, de acordo com o papel que cada um deles desempenha no plano da SI e
com as suas limitações enquanto grupo social. Para além disso, a informação
gerada durante o processo prepara o terreno para acordos entre diferentes
parceiros socioeconómicos e grupos de interesse que integram os processos
públicos de tomada de decisão ligados à SI e à EBC.
Por outro lado, a avaliação das acções da SI e da EBC obrigam ao
estabelecimento de uma distinção entre as acções centradas na informação e as
acções centradas no conhecimento (ver Caixa: Informação e Conhecimento).
INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Factos, dados, números Competências, capacidades, ‘know-how’
Saber o quê Saber porquê
Saber quem Saber como
Saber onde Saber para quem
É difícil de codificar, e uma vez codificado,
Está ou pode estar codificado
transforma-se em informação
Pode ser conhecimento codificado Pode ser informação processada
Pode ser tangível É intangível
É explícito É tácito
O seu suporte é o disco rígido (ou papel impresso) O seu suporte é o cérebro humano
É acessível através da leitura e da audição. É mais É acessível através da aprendizagem
fácil de produzir, transmitir e aceder (individual, conjunta, contínua)
Ambos aparecem na forma de stocks e fluxos
Ambos são dinâmicos
Ambos podem ser memorizados
Não têm necessariamente de co-existir
Excesso de informação pode gerar mais ruído do que a informação e o conhecimento necessários
para:
1. aceder a toda a informação disponível
2. seleccionar a informação relevante
3. apagar toda a informação relevante
4. usar a informação relevante
Governo em linha
Percentagem de serviços públicos disponíveis on-line
Uso público de serviços on-line do governo para informação e entrega de
formulários
Percentagem de provisão pública que pode ser conduzida on-line
Saúde em linha
A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico – MANUAL TÉCNICO I
Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação
Planos de
Indicadores seleccionados
acção
Percentagem de profissionais de saúde com acesso à Internet
Uso de diferentes categorias de conteúdos da web por profissionais de saúde
Indicadores da Internet
a) Acesso dos cidadãos e utilização da internet
• Percentagem de famílias ou indivíduos com acesso à Internet em casa
• Percentagem de indivíduos que usam regularmente a Internet
b) Acesso das empresas e utilização das TIC
• Percentagem de pessoas empregadas que usam computadores ligados à
Internet, na sua rotina de trabalho quotidiana
c) Custo do acesso à Internet
• Custo do acesso à Internet por frequências de uso: 20, 30, 40 hrs/mês,
acesso livre
Banda Larga
• Percentagem de empresas com acesso de banda larga
• Percentagem de famílias ou indivíduos com acesso de banda larga
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Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação
Planos de
Indicadores seleccionados
acção
• Percentagem de administrações públicas com acesso de banda larga
• Técnica Delphi
• Abordagem de ciclo integrado do projecto
• Estudos de caso
As técnicas de análise multivariada podem ser usadas para comparar relações entre
diferentes aspectos da EBC e da SI e estas técnicas são importantes quando se testa a
informação para identificar conjuntos de indicadores ou indicadores compósitos.
O benchmarking é usado para comparar o progresso alcançado através das políticas da
SI (como os Planos de Acção eEurope). A teoria da complexidade está também a ser
cada vez mais adaptada, como instrumento para explorar redes no âmbito da sociedade
baseada no conhecimento.
a avaliação dos Planos de Acção eEurope e a Caixa: Dimensões dos Indicadores explora
alguns aspectos essenciais a ter em consideração na avaliação de um programa que tem
por objectivo desenvolver a SI e a EBC.
Bibliografia
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European Information Technology Observatory (2001): European Information Technology
Observatory. Frankfurt am Main
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Temas e Áreas de Política: Temas
Sociedade da Informação
ESDIS - High level Group on the Employment and Social Dimension of the Information
Society. Presta apoio à Comissão Europeia na análise do impacto da sociedade da
informação sobre o emprego e a coesão social.
http://ec.europa.eu/employment_social/knowledge_society/esdis_en.htm
Palavras-chave
Economia Baseada no Conhecimento (EBC)
Sociedade Baseada no Conhecimento (SBC)
Sociedade de Informação (SI)
eEurope
eLearning
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)