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Não está claro por quanto tempo Joaquim tinha sido cativo,
mas parece provável que tenha sido escravizado na década de
1840, talvez vendido ao seu senhor por um dos
atravessadores em Ouidah de quem Silva era cliente, como
Antônio e Ignácio Félix de Souza, filhos do poderoso
mercador de escravos Francisco Félix de Souza, o "Chachá".
Diante do envolvimento do seu senhor no tráfico em seres
humanos, podemos supor que Joaquim aprendeu o ofício de
marinheiro em navios negreiros.
Tudo indica que dois dos filhos que Bamboxê teve no Brasil,
Lucrécia e Theóphilo, permaneceram em Lagos pelo resto de
suas vidas. Mas Maria Júlia puxou seu pai e vivia entre os
dois continentes. Não acompanhava o babalaô nas suas
viagens marítimas, mas ao menos uma vez, fez-se acompanhar
por sua co-esposa, Querina. Saíram de Lagos em fevereiro de
1896, no patacho Alliança, com mais de cinquenta
passageiros, chegando ao porto da Bahia no dia 5 de abril.
Querina levou duas das filhas que teve com Eduardo Américo:
Joanna, já com dezenove anos, e Theodora, que tinha
catorze. Maria Júlia, contudo, viajou sem seu filho
Felisberto, talvez o tenha deixando em Lagos. Já tinha
levado ele à Bahia numa viagem anterior, em 1886, quando
mãe e filho chegaram no dia 20 de setembro, a bordo da
escuna Zizi. Não é claro se a viagem de 1896 fosse a última
vez que Maria Júlia Martins de Andrade atravessou o oceano,
mas se sabe que, apesar de viver em Lagos por muitos anos,
ela terminou sua vida na Bahia. Quando morreu, em 18 de
fevereiro de 1925, já estava estabelecida em Salvador há
décadas.
Viagens interprovinciais
Conclusão