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FICHAMENTO

Foucault, Michel. (2007). O nascimento do hospital. Em: ___________. Microfísica do Poder.


24ª edição. Rio de Janeiro: Graal (pp. 99-112).

 Esta conferência tratará do aparecimento do hospital na tecnologia médica.


PERGUNTA: A partir de que momento o hospital foi programado como um instrumento
terapêutico, instrumento de intervenção sobre a doença e o doente, instrumento suscetível
de produzir cura?
RESPOSTA: O hospital como instrumento terapeutico é uma invenção relativamente nova,
que data do final do século XVIII e é assinalada por uma nova prática: a visita e a observação
sistêmica e comparada dos hospitais.
 Características dessas viagens-inquérito:
1. Tem por finalidade, depois do inquérito, definir um programa de reforma e construção de
hospitais.
2. Os inquéritos tem por finalidade a descrição funcional dos hospital e não sua estrutura
externa ou monumental. Além disso, interessa-se pelo ordenamento espacial no interior do
hospital.
3. Os autores das descrições funcionais são médicos ou tem relação próxima com a medicina.
Não é o arquiteto, mas o médico o responsavel por definir a estrutração hospitalar.

 Contra quem possa afirmar que isso não se trata de uma novidade, ou que há muito
existiam hospitais feitos para curar, F. sugere levantar algumas objeções:

A principal delas: O hospital até o século XVIII não era uma instituição médica e a medicina
não era aí uma prática hospitalar. A prática médica da época não permitia a organização de um
saber hospital e a organização do hospital da época não viabilizava uma intervenção da
medicina.

 Antes do século 18 o hospital era uma instituição de assistencia, separação e exclusão dos
pobres.

“O pobre como pobre tem necessidade de assistencia e como doente, portador de doença e
de possível contágio, é perigoso. É alguem que deve ser assistido espiritual e materialmente,
algúem a quem se deve dar os últimos cuidados e o último sacramento.” (p. 101)

 O pessoal hospitalar (religioso ou leigo) não era destinado à cura do doente, mas à
busca da salvação pela caridade.
 Quanto à prática médica, ela era “individualista”, no sentido de que era baseada
em conhecimentos de textos e receitas públicas ou secretas;sem nenhuma relação
com a prática hospitalar como essencial à formação do médico e, com o princípio de
cura condicionado ao jogo de forças entre a natureza sadia do paciente e a doença,
tendo o médico como “prognosticador, arbitro e aliado da natureza”.
 Como se deu esssa transformação? Como o hospital foi medicalizado e a medicina pode
tornar-se hospitalar?
 Anulando os “efeitos negativos do hospital”, purificando-o dos efeitos nocivos e das
desordens economicas que ele acarretava.
 Exemplo do hospital marítimo. Não há uma medicalização, pois “não procura fazer do
hospital um lugar de cura, mas impedir que seja foco de desordem economica ou
médica (p. 104).
 Exemplo do exército. O mercantilismo torna os homens mais caros e passa-se a se
preocupar com a formação do indivíduo, sua capacidade, suas aptidoes passam a ter
um preço para a sociedade.

 Não foi a partir de uma técnica médica que o hospital marítimo e militar foi reordenado,
mas, essencialmente, a partir de uma tecnologia política: a disciplina
DEFINIÇÃO: “maneira de gerir os homens, controlar suas multiplicidades, utilizá-las ao máximo
e majorar o efeito útil de seu trabalho e sua atividade, graças a um poder suscetível de
controlá-los” (p. 105).
CARACTERÍSTICAS
1) uma arte de distribuição espacial do indivíduos;
2) exerce seu controle não sobre o resultado de uma ação, mas sobre seu desenvolvimento;
3) é uma técnica de poder que implica uma vigilância perpétua e constante dos indivíduos;
4) implica um registro contínuo.

 Se por um lado a formação de uma medicina hospitalar atrela-se aos colocação dos
dispositivos disciplinares, por outro, deve-se tambem à transformação do saber e da prática
médicas.
 Se até o séc. 18 tinhamos uma medicina da crise, pautada numa intervenção médica que se
direcionasse à doença, a partir daí surge uma medicina do meio: é pela intervenção e pela
mudanças das condições do meio que se produz a cura, “na medida em que a doença é
concebida como um fenônemo natural obedecendo a leis naturais” (p. 107)
ASSIM, SEGUNDO FOUCAULT, ... (último paragrafo pag. 107)

 Colocando a hipótese do nascimento do hospital como condicionada a essas duas razoes


(tecnica de poder disciplinar e técnica de intervenção médica), F. apresenta 3 caracteristicas
que o hospital possuiria:
1) a questão do espaço e dos diferentes espaços a que ele está ligado
a) onde localizar o hospital para que ele não continue sendo lugar de morte.
b) Cálculo da distribuição interna de seus espaços e individualização espacial do
doente.
2) Transformação do sistema de poder no interior do hospital. Atribuição de importancia
à figura do médico, aparecimento do “médico de hospital”. Exemplo: “codificação
ritual da visita”.
3) Organização de um sistema de registro permanente e exaustivo do que acontece.
Nasce o prontuário e constitue-se um campo documental.
O hospital torna-se não apenas lugar de cura, mas tambem de saber. (ler último
parágrafo, pag. 110)
 Atenta ao registro individual, mas, por meio da estatistica, dando conta das doenças que
acomentem vários individuos, indivíduo e população são objetos de saber e intervençao da
medicina, graças à tecnologia hospitalar.

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