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PLANO MESTRE
Porto de São Sebastião
SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – SEP/PR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS
Plano Mestre
Coordenação Técnica
Antônio Venicius dos Santos
Fabiano Giacobo
André Ricardo Hadlich
Reynaldo Brown do Rego Macedo
Roger Bittencourt
Equipe Técnica
Bolsistas
Ana Carolina Costa Lacerda Luísa Lentz
André Casagrande Medeiros Luísa Menin
André Miguel Teixeira Paulista Marcelo Masera de Albuquerque
Carlo Sampaio Maria Fernanda Modesto Vidigal
Eliana Assunção Marina Gabriela B. Rodrigues Mercadante
Felipe Nienkötter Milena Araujo Pereira
Coordenação Administrativa
Rildo Ap. F. Andrade
Equipe Administrativa
APRESENTAÇÃO
O presente estudo trata do Plano Mestre do Porto de São Sebastião, o qual está
inserido no contexto de um esforço recente da Secretaria de Portos da Presidência da
República (SEP/PR) de retomada do planejamento do setor portuário brasileiro. Nesse
contexto, está o projeto intitulado Cooperação Técnica para Apoio à SEP/PR no
Planejamento do Setor Portuário Brasileiro e na Implantação dos Projetos de Inteligência
Logística Portuária, resultado da parceria entre a SEP/PR e a Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), representada pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans).
Tal projeto representa um avanço no quadro atual de planejamento do setor
portuário, e é concebido de modo articulado com e complementar ao Plano Nacional de
Logística Portuária (PNLP) – também elaborado pela SEP/PR em parceria com o
LabTrans/UFSC.
A primeira fase do projeto foi finalizada em março de 2012, com a entrega dos 14
Planos Mestres e a atualização para o Porto de Santos, tendo como base as tendências e
linhas estratégicas definidas em âmbito macro pelo PNLP.
Esta segunda fase do projeto completa a elaboração dos 22 Planos Mestres
restantes, dentre os quais se encontram o Plano Mestre do Porto de São Sebastião e a
atualização dos resultados dos Planos Mestres entregues em 2012.
A importância dos Planos Mestres se deve à orientação de decisões de investimento,
público e privado, na infraestrutura do porto. Reconhece-se que os investimentos portuários
são de longa maturação e que, portanto, requerem avaliações de longo prazo. Instrumentos
de planejamento são, nesse sentido, essenciais. A rápida expansão do comércio mundial,
com o surgimento de novos players no cenário internacional, como China e Índia – que
representam desafios logísticos importantes, dada a distância desses mercados e sua grande
escala de operação – exige que o sistema de transporte brasileiro, especialmente o
portuário, seja eficiente e competitivo. O planejamento portuário, em nível micro (mas
articulado com uma política nacional para o setor), pode contribuir decisivamente para a
construção de um setor portuário capaz de oferecer serviços que atendam à expansão da
demanda com custos competitivos e bons níveis de qualidade.
De modo mais específico, o Plano Mestre do Porto de São Sebastião destaca as
principais características do terminal, a análise dos condicionantes físicos e operacionais, a
LISTA DE FIGURAS
Figura 35. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (100% dos Veículos no Cais Externo) .......... 37
Figura 36. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após
2026) ......................................................................................................................................... 38
Figura 37. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após 2026)
................................................................................................................................................... 39
Figura 38. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após
2026; Produtividade Contêineres de 30 mov/navio/hora) ....................................................... 40
Figura 39. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após 2026;
Produtividade Contêineres de 30 mov/navio/hora) ................................................................. 40
Figura 40. Barrilha – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após 2026)
................................................................................................................................................... 41
Figura 41. Sulfato de Sódio – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo
após 2026) ................................................................................................................................. 41
Figura 42. Malte e Cevada – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo
após 2026) ................................................................................................................................. 42
Figura 43. Ulexita – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após 2026)
................................................................................................................................................... 42
Figura 44. Chapas de Aço – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço Novo após
2026) ......................................................................................................................................... 43
Figura 45. Arrendamento da área SSB01 e construção de novo berço .......................................................... 44
Figura 46. Proposta de Adaptação do Projeto de Arrendamento da Área SSB01 – Terminal Multicargas
(Ilustrativo) ................................................................................................................................ 45
Figura 47. Layout do Porto de São Sebastião Após a Implantação da Etapa 1 .............................................. 46
Figura 48. Layout do Porto de São Sebastião Após a Implantação da Etapa 2 .............................................. 47
Figura 49. Localização do Porto de São Sebastião .......................................................................................... 57
Figura 50. Poligonal da Área do Porto Organizado de São Sebastião ............................................................ 58
Figura 51. Primeiro Projeto do Porto de São Sebastião (1939) ...................................................................... 59
Figura 52. Imagens Históricas do Porto de São Sebastião (1958) .................................................................. 61
Figura 53. Zoneamento do Porto de São Sebastião ....................................................................................... 62
Figura 54. Infraestrutura de Atracação do Porto de São Sebastião ............................................................... 63
Figura 55. Outros Pontos de Atracação Dentro da Área de Porto Organizado .............................................. 65
Figura 56. Pátios 1 e 2 do Porto de São Sebastião ......................................................................................... 66
Figura 57. Pátios 3 e 4 do Porto de São Sebastião ......................................................................................... 67
Figura 58. Armazéns do Porto de São Sebastião ............................................................................................ 68
Figura 59. Silos da Malteria do Vale ............................................................................................................... 69
Figura 60. Armazenagem Fora da Poligonal do Porto .................................................................................... 70
Figura 61. Equipamentos Portuários .............................................................................................................. 72
Figura 62. Centro de Atendimento a Emergências do Porto de São Sebastião .............................................. 73
Figura 96. Obras do Contorno Viário de Caraguatatuba e São Sebastião .................................................... 138
Figura 97. Etapas do Estudo Inicial para Ampliação Portuária ..................................................................... 140
Figura 98. Arranjo Geral Portuário Consolidado .......................................................................................... 142
Figura 99. Arrendamento da área SSB01 e construção de novo berço ........................................................ 143
Figura 100. Projeto de Construção de Marina Pública ............................................................................... 144
Figura 101. Realocação do Terminal de Balsas .......................................................................................... 145
Figura 102. Melhorias na Hidrovia Paraná-Tietê ........................................................................................ 146
Figura 103. Acesso rodoviário do distrito de Ártemis ao Porto de São Sebastião ..................................... 147
Figura 104. Área de Influência do Porto de São Sebastião e Indicadores Econômicos .............................. 158
Figura 105. Participação das Principais Cargas Movimentadas no Porto de São Sebastião em 2014
(observada) e 2030 (projetada) ............................................................................................... 161
Figura 106. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Desembarque de Barrilha no Porto
de São Sebastião ..................................................................................................................... 162
Figura 107. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Desembarque de Cevada e Malte no
Porto de São Sebastião............................................................................................................ 163
Figura 108. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Desembarque de Sulfato de Sódio no
Porto de São Sebastião............................................................................................................ 164
Figura 109. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Embarque e Desembarque de
Veículos no Porto de São Sebastião ........................................................................................ 165
Figura 110. Localização das Montadoras de Veículos dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais (2014). .......................................................................................................................... 166
Fonte: Dados Brutos: ANFAVEA (2014); Elaborado por LabTrans. ...................................................................... 166
Figura 111. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Desembarque de Chapas e Trilhos de
Aço no Porto de São Sebastião ............................................................................................... 167
Figura 112. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Desembarque de Ulexita no Porto de
São Sebastião .......................................................................................................................... 168
Figura 113. Demanda Projetada (2018-2030) de Embarque e Desembarque de Contêineres no Porto de
São Sebastião .......................................................................................................................... 169
Figura 114. Demanda Observada (2004-2014) e Projetada (2015-2030) do Número de Atracações de
Navios Cruzeiros no Porto de São Sebastião. .......................................................................... 170
Figura 115. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Petróleo no Terminal Almirante
Barroso .................................................................................................................................... 172
Figura 116. Demanda Observada (2014) e Projetada (2015-2030) de Derivados de Petróleo no Terminal
Almirante Barroso ................................................................................................................... 173
Figura 117. Movimentação Observada (2014) e Projetada (2014-2030) por Natureza de Carga no Porto de
São Sebastião .......................................................................................................................... 174
Figura 118. Barrilha – Demanda vs Capacidade ......................................................................................... 195
Figura 119. Sulfato de Sódio – Demanda vs Capacidade ........................................................................... 196
LISTA DE TABELAS
Tabela 31. Indicadores Operacionais dos Desembarques de Sulfato de Sódio no Porto de São Sebastião
(2014) ............................................................................................................................................ 113
Tabela 32. Indicadores Operacionais dos Desembarques de Cevada no Porto de São Sebastião (2014) ...... 114
Tabela 33. Indicadores Operacionais dos Desembarques de Malte no Porto de São Sebastião (2014) ........ 114
Tabela 34. Indicadores Operacionais dos Desembarques de Ulexita no Porto de São Sebastião (2014) ...... 115
Tabela 35. Indicadores Operacionais da Movimentação de Veículos no Porto de São Sebastião (2014) ...... 116
Tabela 36. Indicadores Operacionais da Movimentação de Produtos Siderúrgicos no Porto de São Sebastião
(2014) ............................................................................................................................................ 116
Tabela 37. I . ndicadores Operacionais da Movimentação de Apoio Offshore no Porto de São Sebastião (2014)
..................................................................................................................................................... 117
Tabela 38. Descrição das Áreas Aproximadas do Porto de São Sebastião e das Unidades de Conservação . 127
Tabela 39. Percentuais das Unidades de Conservação Inseridas na Área do Porto Organizado de São
Sebastião e em seu entorno ......................................................................................................... 127
Tabela 40. Matriz SWOT do Porto de São Sebastião ...................................................................................... 153
Tabela 41. Projeção de Demanda de Cargas no Porto de São Sebastião entre os anos de 2014 (observado) e
2030 (projetado) – toneladas ....................................................................................................... 160
Tabela 42. Projeção de Demanda de Petróleo e Derivados no Terminal Almirante Barroso entre os anos de
2014 (observado) e 2030 (projetado) – toneladas ....................................................................... 171
Tabela 43. Participação Relativa da Movimentação por Natureza de Carga no Total – Porto de São Sebastião
(2014-2030)................................................................................................................................... 174
Tabela 45. Volumes Horários Futuros de Caminhões Provenientes do Porto de São Sebastião (veíc/h) ..... 176
Tabela 46. VMDh sem os Caminhões Provenientes do Porto de São Sebastião (veíc/h) ............................... 177
Tabela 47. VHP sem os Caminhões Provenientes do Porto de São Sebastião (veíc/h) .................................. 178
Tabela 48. VMDh Total (veíc/h) ...................................................................................................................... 179
Tabela 49. VHP Total (veíc/h) ......................................................................................................................... 180
Tabela 50. Perfil da Frota de que Frequentou São Sebastião por Classe e Carga (2014) ............................... 183
Tabela 51. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-Contêineres) por Classe e
Produto (2015) .............................................................................................................................. 185
Tabela 52. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-Contêineres) por Classe e
Produto (2020) .............................................................................................................................. 185
Tabela 53. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-Contêineres) por Classe e
Produto (2025) .............................................................................................................................. 185
Tabela 54. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-Contêineres) por Classe e
Produto (2030) .............................................................................................................................. 186
Tabela 55. Evolução Projetada do Perfil da Frota de Navios Porta-Contêineres que Frequentará o Porto ... 186
Tabela 56. Capacidade de Movimentação de Barrilha ................................................................................... 187
Tabela 57. Capacidade de Movimentação de Sulfato de Sódio ..................................................................... 187
Tabela 58. Capacidade de Movimentação de Malte e Cevada ....................................................................... 188
SUMÁRIO
1 SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................... 1
1.1 Localização do Porto 1
1.2 Caracterização da Infraestrutura Portuária 2
1.3 Acesso Aquaviário 7
1.4 Acessos Terrestres 8
1.5 Movimentação Portuária 17
1.6 Análise Estratégica 19
1.7 Projeção de Demanda 20
1.8 Cálculo da Capacidade 24
1.9 Demanda versus Capacidade 25
1.10 Instalações Portuárias 25
1.11 Acesso Aquaviário 30
1.12 Acesso Terrestre 30
1.13 Alternativas de Expansão 36
1.14 Programa de Ações 48
2. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 51
2.1. Objetivos 51
2.2. Metodologia 52
2.3. Sobre o Levantamento de Dados 52
2.4. Estrutura do Plano 54
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO PORTUÁRIA ......................................................... 57
3.1. Caracterização do Porto 57
3.2. Análise das Operações Portuárias 94
3.3. Aspectos Ambientais 117
3.4. Estudos e Projetos 134
4. ANÁLISE ESTRATÉGICA ................................................................................... 149
4.1. Pontos Positivos – Ambiente Interno 149
4.2. Pontos Negativos – Ambiente Interno 151
4.3. Pontos Positivos – Ambiente Externo 151
4.4. Pontos Negativos – Ambiente Externo 152
4.5. Matriz SWOT 152
4.6. Linhas Estratégicas 153
5. PROJEÇÃO DA DEMANDA ............................................................................... 155
5.1. Demanda sobre as Instalações Portuárias 155
5.2. Demanda sobre o Acesso Aquaviário 175
5.3. Demanda sobre o Acesso Rodoviário 175
6. PROJEÇÃO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS E DOS ACESSOS AO
PORTO ........................................................................................................... 181
6.1. Capacidade das Instalações Portuárias 181
6.2. Capacidade do Acesso Aquaviário 192
6.3. Capacidade do Acesso Rodoviário 193
7. COMPARAÇÃO ENTRE DEMANDA E CAPACIDADE ............................................ 195
7.1. Instalações Portuárias 195
1 SUMÁRIO EXECUTIVO
Este relatório apresenta o Plano Mestre do Porto de São Sebastião, o qual contempla
desde a descrição das instalações atuais até a indicação das ações requeridas para que os
portos atendam à demanda de movimentação de cargas projetada para até o ano de 2030
com um elevado padrão de serviço.
Neste relatório, encontram-se capítulos dedicados à projeção da movimentação de
cargas do porto; ao cálculo da capacidade das instalações portuárias, atual e futura; e,
finalmente, à definição de ações necessárias para o aperfeiçoamento do porto e de seus
acessos.
2.1.1.1.1. Armazéns
Na região do pátio 3 existem 3 armazéns públicos alfandegados, denominados
armazéns 4, 5 e 6. Os armazéns possuem dimensões de 50 x 40 metros e sua estrutura é
feita em aço com cobertura de telhas de alumínio e pavimentação de concreto armado. As
edificações, cada uma com capacidade para armazenar 8.000 toneladas, são utilizadas para
armazenamento de granéis sólidos (atualmente está sendo armazenado ulexita).
Fora da área do porto organizado existe uma área de armazenagem coberta,
pertencente a Companhia Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados (CNAGA), com área de
17.000 m². Toda a carga de barrilha e sulfato movimentada pelo porto é armazenada no
local.
A figura a seguir ilustra a localização e os armazéns do Porto de São Sebastião.
2.1.1.1.2. Silos
Fora da área alfandegada do porto, estão localizados os silos da Malteria do Vale.
São cinco silos cilíndricos com capacidade estática total para 20.000 toneladas de cevada e
malte. Tais silos estão ilustrados, em destaque, na figura a seguir.
No estado paulista, a BR-101 pode ser dividida em dois trechos. O primeiro deles
tem início na divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, no município de Ubatuba e
segue até o município Miracatu, com aproximadamente 340 km de extensão. Neste primeiro
trecho a via é completamente pavimentada, enquanto que, entre Miracatu e a divisa com o
estado do Paraná, grande parte do trecho ainda não está implantado. Seu trajeto passa
próximo a Santos, sendo assim, é conhecida por ser uma rodovia litorânea e é considerada
importante para o escoamento da produção e importação brasileira.
A imagem a seguir ilustra suas condições e o trecho da rodovia BR-101/SP-055 no
estado de São Paulo próximo ao Porto de São Sebastião.
Outro ponto que pode ser destacado é o trevo de Caraguatatuba. Como explicado
anteriormente, o trevo faz a conexão entre a Rodovia dos Tamoios e a BR-101 e apresenta
fluxo intenso proveniente das duas rodovias. Essa situação se agrava no período de verão
pelo fluxo turístico.
De acordo com o relatório da Pesquisa de Rodovias da Confederação Nacional do
Transporte (CNT, 2013) , a SP-099 apresenta as características indicadas na tabela a seguir.
inicia na saída da BR-101 e termina nos portões de acesso ao porto. A figura ilustra esta
situação.
comércio de barrilha, sua principal carga movimentada. Ademais, o porto é beneficiado pela
sua localização estratégica, próximo do maior mercado consumidor brasileiro e das
indústrias instaladas no Vale do Paraíba, servindo assim, como uma opção viável para o
escoamento da produção local.
Considerando sua proximidade com o Porto de Santos, o Porto de São Sebastião
pode servir também como um complemento na movimentação portuária, atraindo desta
forma, cargas de embarque e desembarque de menor volume.
A movimentação de cargas do Porto de São Sebastião em 2014 está apresentada na
tabela a seguir, assim como os resultados das projeções de movimentação até 2030,
estimadas conforme a metodologia discutida na seção 5.1.1.
Barrilha Granel Sólido Longo Curso Desembarque 259.474 273.861 290.920 303.155 315.056
Cevada Granel Sólido Longo Curso Desembarque 133.287 134.625 153.222 170.863 182.298
Sulfato de Sódio Granel Sólido Longo Curso Desembarque 114.159 115.807 128.511 142.191 153.511
Veículos Total CG Rodante Ambos Ambos 60.850 61.953 78.689 109.208 144.065
Malte Granel Sólido Longo Curso Desembarque 21.970 22.098 23.851 25.978 27.831
Cimento Granel Sólido Apoio Marítimo Embarque 17.904 18.570 27.902 33.375 38.105
Carga de Apoio CG Solta Apoio Marítimo Embarque 29.368 13.170 19.466 23.106 26.278
No ano de 2014 o Porto de São Sebastião movimentou 730 mil toneladas e para
2030 as projeções indicam que esse volume será de 3,5 milhões de toneladas, o que
representa uma taxa média anual de crescimento de 10,67%.
As cargas mais relevantes para o Porto de São Sebastião foram barrilha (35,2%),
cevada (18,2%) e sulfato de sódio (15,6%), sendo que todos os produtos são desembarcados
no porto. Cabe destacar para o ano de 2030 a relevância dos contêineres para o porto, pois
esta carga, de acordo com as projeções de demanda, terá participação relativa de 69% no
total movimentado pelo porto.
As participações relativas das cargas para os anos de 2014 e 2030 podem ser
observadas na figura seguinte.
2014 1% 1% 1%
1% 1% 2030
2%
3% 3% 4% 9%
4%
4%
5% 4%
36%
5% 5%
8%
16%
69%
18%
Figura 19. Participação das Principais Cargas Movimentadas no Porto de São Sebastião
em 2014 (observada) e 2030 (projetada)
Fonte: Dados brutos: ANTAQ, SECEX e CDSS; Elaborado por LabTrans
4.000
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
2025
2027
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2026
2028
2029
2030
Granel Sólido CG Rodante CG Conteinerizada CG Solta Total
1.9.1.1 Barrilha
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.9.1.4 Ulexita
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.9.1.5 Veículos
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.9.1.7 Contêineres
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.9.3.2 BR-116-1
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho BR-116-1.
1.9.3.3 BR-116-2
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da BR-116-2.
BR-116-2
25.000
20.000
15.000
veíc/h
10.000
5.000
1.9.3.4 SP-065
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-065.
SP-065
6.000
5.000
4.000
veíc/h
3.000
2.000
1.000
1.9.3.5 SP-070
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-070.
SP-070
9.000
8.000
7.000
6.000
veíc/h
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1.9.3.6 SP-099
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-099.
SP-099
6.000
5.000
4.000
veíc/h
3.000
2.000
1.000
Figura 34. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (100% dos Veículos no
Cais Externo)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 35. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (100% dos Veículos no Cais
Externo)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 36. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 37. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 38. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026; Produtividade Contêineres de 30 mov/navio/hora)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 39. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026; Produtividade Contêineres de 30 mov/navio/hora)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 40. Barrilha – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço
Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 41. Sulfato de Sódio – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos
no Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 42. Malte e Cevada – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos
no Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 43. Ulexita – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço
Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 44. Chapas de Aço – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos
no Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
1.10.2Alternativas de Layout
1.10.2.1 Arrendamento da Área SSB01
Conforme exposto na seção 3.4, o arrendamento SSB01 prevê a construção de novo
berço destacado da costa e adequação de retroárea.
A concepção do píer permite o alcance do calado operacional de 13 m. A ponte de
acesso teria largura de 12 m, e o píer teria dimensões de 250 m por 35 m. A embarcação tipo
considerada tem boca de 32 m, comprimento total de 280 m e calado de 13 m, o que atende
à frota esperada no porto até 2030, de 55% Panamax e 45% Subpanamax para navios porta-
contêineres, conforme mostrado na seção 6.1.2 deste Plano.
A área a ser utilizada como armazenagem seria a do pátio 4, que deve ter reforço
geotécnico em decorrência de ter sido reclamada com material de dragagem, e não
apresentar a resistência necessária. A área total é de aproximadamente 110 mil m², devendo
apresentar área útil total de 100 mil m².
Tanto a área quanto o novo píer deverão projetados para a movimentação de
veículos e carga geral solta e conteinerizada.
Ressalta-se que, conforme consta nos documentos do edital da ANTAQ, o layout
possui caráter conceitual, de modo que estudos aprofundados a respeito das características
técnicas do projeto necessitam ser realizadas.
2. INTRODUÇÃO
2.1. Objetivos
Durante a elaboração do Plano Mestre do Porto de São Sebastião foram
considerados os seguintes objetivos específicos:
Obtenção de um cadastro físico atualizado do porto;
Análise dos seus limitantes físicos e operacionais;
Projeção da demanda prevista para o porto em um horizonte de 20 anos;
2.2. Metodologia
O presente plano é pautado na análise quantitativa e qualitativa de dados e
informações, cujo desenvolvimento obedece a uma metodologia empírico-científica, uma
vez que, através dos conhecimentos adquiridos a partir da bibliografia especializada (cujas
fontes foram preservadas), e também mediante o conhecimento prático dos especialistas
que auxiliaram na realização dos trabalhos, foram analisadas informações do cotidiano dos
portos, assim como dados que representam sua realidade, tanto comercial quanto
operacional.
Sempre que possível foram utilizadas técnicas e formulações encontradas na
literatura especializada e de reconhecida aplicabilidade à planificação de instalações
portuárias.
de plantas da retroárea e dos terminais do porto, como esses últimos e os pátios estão
segregados, fornecendo uma visão futura.
Para a análise das condições financeiras, foram utilizados demonstrativos financeiros
da entidade, como os balancetes analíticos, complementados com alguns relatórios anuais
da gerência do porto, disponibilizados pela Companhia Docas de São Sebastião.
Trabalhou-se, ainda, com as legislações nacional, estadual e municipal referentes ao
funcionamento do porto, bem como aquelas que tratam de questões ambientais.
Abordaram-se também os pontos mais importantes que constam nos Relatórios de Impactos
Ambientais (RIMA) e nos Estudos de Impactos Ambientais (EIA) realizados para apoiar
projetos na área do porto.
Além disso, através da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), vinculada ao
Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi possível acessar
dados a respeito da movimentação de cargas importadas e exportadas pelo terminal desde
1997 até 2013 – informações que serviram, principalmente, como base para a projeção da
demanda ao terminal.
Com os dados disponibilizados pela SECEX, foram obtidas informações a respeito dos
países de origem e/ou destino das cargas movimentadas e dos estados brasileiros que
correspondiam à origem ou ao destino da movimentação das mercadorias.
Considerando os devidos ajustes e depurações dessas informações, tais dados foram
de suma importância para os estudos sobre a análise de mercado e a projeção da demanda
futura e para a análise da área de influência comercial referente à infraestrutura regional.
Em relação às informações sobre os volumes e valores envolvidos nas operações de
importação e exportação do porto, além dos dados da SECEX, fez-se uso de informações
provenientes da United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD) e de
dados disponibilizados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
A ANTAQ e a Companhia Docas de São Sebastião possibilitaram acesso aos dados
operacionais relativos ao porto, aos dados de itens inventariados pelo porto e às resoluções
que foram consideradas na descrição da gestão portuária. Além disso, houve acesso à base
de dados do Sistema de Desempenho Portuário (SDP) concernentes aos anos de 2009, 2010,
2011, 2012 e 2013.
Foram obtidas, também, informações institucionais relacionadas aos portos e ao
tráfego marítimo através da ANTAQ e da SEP/PR. Dessas fontes, coletaram-se informações
O berço externo, chamado de Berço 101, é ladeado por 150 metros de cais e é
prologando por três dólfins, utilizados tanto para amarração quanto para atracação,
totalizando 275 metros de cais acostável. A porção estaqueada possui 7 cabeços de
amarração, havendo um trecho localizado no meio do cais, que não possui cabeços. Existem
ainda, 12 defensas do tipo industriais cilíndricas na estrutura de acostagem. A profundidade
atual da bacia de berço é de 10 metros.
Recentemente houve uma intervenção do cais do berço 101. As obras consistiram na
expansão da frente de cais em 1,5 metro, com reforço jet grouting, e melhora da drenagem
3.1.3.3.1. Pátios
Existem dois pátios alfandegados, denominados Pátios 1 e 2. O Pátio 1 possui área
de 31.675,89 m², apresenta pavimentação de concreto armado e armazena carga geral de
apoio e veículos. O Pátio 2 dispõe de 33.389,62 m², apresenta pavimentação asfáltica, e
possui menor capacidade estrutural do que o Pátio 1, sendo utilizado para armazenagem de
veículos. Os pátios 1 e 2 são separados por uma cerca, devido as diferentes cargas
armazenadas em cada área.
Os pátios mencionados estão ilustrados na figura que segue.
De acordo com dados fornecidos pela Companhia Docas de São Sebastião o Pátio 4
corresponde a uma área de 128.312,23 m² e foi aterrado com material dragado dos berços.
No futuro, o pátio será utilizado para armazenagem de veículos e contêineres.
Os Pátios 3 e 4 estão ilustrados na figura a seguir.
3.1.3.3.2. Armazéns
Na região do Pátio 3 existem 3 armazéns públicos alfandegados, denominados
armazéns 4, 5 e 6. Os armazéns possuem dimensões de 50 x 40 metros e sua estrutura é
feita em aço com cobertura de telhas de alumínio e pavimentação de concreto armado. As
edificações, cada uma com capacidade para armazenar 8.000 toneladas, são utilizadas para
armazenamento de granéis sólidos (atualmente está sendo armazenado ulexita).
Fora da área do porto organizado, ainda, existe uma área de armazenagem coberta,
pertencente a Companhia Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados (CNAGA), com área de
17 mil m². A capacidade estática de armazenagem varia entre 40 e 50 toneladas,
3.1.3.3.3. Silos
Fora da área alfandegada do porto, estão localizados os silos da Malteria do Vale.
São cinco silos cilíndricos com capacidade estática total para 20.000 toneladas de cevada e
malte. Os silos anteriormente caracterizados estão ilustrados na figura a seguir.
3.1.3.3.4. Tanques
Apesar das instalações de acostagem do TEBAR estarem localizadas dentro da área
do porto organizado, as suas instalações de armazenagem estão fora dessa área. O
armazenamento se dá em 42 tanques, com capacidade total de 2.057.932 m³, destinados à
armazenagem de petróleo e derivados.
Grande parte das operações são realizadas com o auxílio de guindastes de bordo,
nesses casos, não é necessária a utilização de equipamentos de cais.
3.1.3.5. Serviços
O CEATE opera 24 horas por dia, durante os 7 dias da semana, e é formado por uma
equipe técnica de 11 profissionais das áreas de Aspectos Legais da Gestão Ambiental,
Gerenciamento de Crises Ambientais, Brigada de Incêndio, Emergências com Produtos
Perigosos e Primeiros Socorros.
3.1.4.2. Fundeadouros
As NPCP de São Paulo estabelecem dois fundeadouros, um na barra norte e outro na
barra sul, cada um com quatro pontos de fundeio. São eles:
Fundeadouro n.o 1 – Barra Norte, destinado a embarcações com mais de 100.000 TPB,
ou que necessitem reparo de emergência, abrigo de mau tempo, ou que estejam
aguardando programação.
Ponto Latitude Longitude
A 23° 44’,1S 045° 21’,3W
B 23° 44’,8S 045° 21’,5W
C 23° 45’,6S 045° 21’,8W
D 23° 46’,4S 045° 22’,0W
Fundeadouro n.o 2 – Barra Sul, destinado a navios com porte inferior a 100.000 TPB.
Por fim, na análise das vias rodoviárias internas do porto, realizou-se coleta de
informações junto à Autoridade Portuária, operadores e arrendatários. Com base nessas
informações, foi realizada a análise da disposição das vias internas utilizadas nas operações
portuárias. Do mesmo modo, são propostas melhorias futuras em termos qualitativos.
3.1.5.1.1. BR-101/SP-055
A BR-101 é uma rodovia importante para o país, com 4.615 mil quilômetros,
cortando o litoral brasileiro de Norte a Sul, desde Touros (RN) até São José do Norte (RS). No
estado de São Paulo a rodovia encontra-se sob administração do estado, recebendo a
nomenclatura de SP-055.
No estado paulista a rodovia pode ser dividida em dois trechos. O primeiro deles tem
início na divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, no município de Ubatuba e segue
até o município Miracatu, com aproximadamente 340 km de extensão. Neste primeiro
trecho a via é completamente pavimentada, enquanto que, entre Miracatu e a divisa com o
estado do Paraná, grande parte do trecho ainda não está implantado. Seu trajeto passa
próximo a Santos, sendo assim, é conhecida por ser uma rodovia litorânea e é considerada
importante para o escoamento da produção e importação brasileira.
A imagem a seguir ilustra suas condições e o trecho da rodovia BR-101/SP-055 no
estado de São Paulo próximo ao Porto de São Sebastião.
3.1.5.1.2. SP-099
A rodovia estadual SP-099, também chamada de Rodovia dos Tamoios, possui 82
quilômetros de extensão e liga a cidade de São José dos Campos à Caraguatatuba. A via
possui intersecções com as rodovias BR-116 e SP-070, importantes para a movimentação das
cargas do Porto de São Sebastião. A figura a seguir ilustra a rodovia SP-099.
Como destacado na imagem anterior, a rodovia possui seis pontes que passam sobre
os vários rios e represas da região. Apesar das obras de arte terem sido duplicadas e
apresentarem boas condições, muitas delas não tem acostamento, o que prejudica a
segurança da via.
O trecho da Serra dos Tamoios é bastante sinuoso e apesar de estar com o
revestimento e sinalizações vertical e horizontal em boas condições, o trecho encontra-se
com três faixas, sendo duas, geralmente, utilizadas no sentido ascendente e uma no sentido
descendente. A via possui acostamento em somente um dos lados da via. Tais
características tornam o trecho propício a formação de filas, pois veículos pesados e/ou
longos são obrigados a transitar em baixa velocidade.
No trecho anterior à serra, seguindo em direção ao planalto, a via possui pista
simples, havendo, no entanto, faixa auxiliar para cada pista, sem acostamento. Na faixa
Dutra-Carvalho Pinto, a Rodovia Dom Pedro I faz a ligação de todo o fluxo de veículos entre o
interior paulista e o litoral norte do estado e Rio de Janeiro.
A Rodovia D. Pedro I encontra-se em condição similar à SP-070, com sinalizações,
pavimentação e acostamentos em ótimo estado de conservação. A via possui pista dupla ou
tripla e as pistas são dividas por canteiros centrais em alguns locais e, em outros, por
barreiras do tipo New Jersey.
Na figura a seguir é ilustrada as condições da Rodovia Dom Pedro I.
Para estimar o nível de serviço LOS de uma rodovia pelo método do HCM, são
utilizados dados de contagem volumétrica, composição do tráfego, característica de
usuários, dimensões da via, relevo, entre outras informações, gerando um leque de variáveis
que, agregadas, conseguem expressar a realidade da via e identificar se há a necessidade de
expansão de sua capacidade.
Vale ressaltar, ainda, que existem diferentes métodos para o cálculo do nível de
serviço, de acordo com as características da rodovia. Por exemplo, uma rodovia com pista
simples, tem método diferente de uma rodovia duplicada, que por sua vez, é diferente de
uma Freeway. O detalhamento dos métodos utilizados pode ser encontrado em anexo a este
plano.
Estimou-se o nível de serviço das rodovias BR-101/SP-055, Rodovia Presidente Dutra
(BR-116), Rodovia Dom Pedro I (SP-065), Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-070) e Rodovia
dos Tamoios (SP-099), para o ano de 2014. As informações de Volume Médio Diário anual,
necessárias aos cálculos, foram obtidas junto ao DNIT e ao DER do estado de São Paulo. Os
dados de contagem coletados foram atualizados para o ano de 2014.
As características físicas mais relevantes foram estimadas de acordo com a
classificação da rodovia e estão reproduzidas na tabela a seguir.
Para a atualização do volume de tráfego nas vias para o ano de 2014, foi considerada
a hipótese de que o crescimento do tráfego na rodovia foi igual à taxa média de crescimento
do PIB brasileiro dos últimos dezoito anos, 3,5% a.a. (IBGE, ([s./d.]a; [s./d.]b).
A figura a seguir ilustra os trechos selecionados para a estimativa do nível de serviço.
Segundo Manual de Estudo de Tráfego (DNIT, 2006), para uma rodovia em um dia de
semana, quando não há dados de referência, pode-se considerar que a hora de pico
representa 10,6% do VMD em uma área urbana e 7,4% do VMD em área rural. Dessa forma,
a próxima tabela mostra os Volumes Médios Diários horários (VMDh) e os Volumes de Hora
de Pico (VHP) estimados para as rodovias.
A BR-101 é a única forma de chegar ao Porto de São Sebastião, pois a cidade está
situada entre o mar e a serra, restando, assim, uma estreita área plana. Tais características
fazem com que a via situe-se inteiramente inserida no perímetro urbano da cidade de São
Porto de São Sebastião 91
Plano Mestre
Figura 80. Participação dos Tipos de Navegação no Porto de São Sebastião 2010-2014 (t)
Fonte: Dados fornecidos pela CDSS; ANTAQ ([s./d.]); Elaborado por LabTrans
A partir da análise das movimentações de barrilha de 2014, pode-se afirmar que não
há sazonalidade caracterizada, embora hajam variações no decorrer do ano. A figura a seguir
ilustra a movimentação da carga no último ano.
Houve apenas três atracações do produto em 2014, nos meses de janeiro, abril e
junho, desta forma, a análise da sazonalidade ficou prejudicada.
As movimentações de desembarque de malte são feitas de maneira análoga às de
cevada, descritas anteriormente.
foi classificado como Apoio Marítimo. A movimentação registrada para o ano de 2014 difere
em torno de 10% dos dados fornecidos pelo porto.
A tabela e o gráfico a seguir ilustram o histórico de movimentações de apoio
offshore entre os anos de 2010 e 2014.
3.3.2.1. Clima
O município de São Sebastião está inserido em uma zona de transição entre dois
climas que ocorrem no litoral do estado de São Paulo: ao sul da Serra do Juqueriquerê, é
controlado por massas tropicais e polares e, ao norte, por massas equatoriais e tropicais.
Nessa região há o predomínio de massas equatoriais e tropicais, com clima úmido das
encostas, sujeitas a uma menor participação das massas polares. A proximidade da Serra do
Mar em relação à costa, constitui em fator responsável pela acentuada pluviosidade, devido
ao efeito orográfico, alcançando em torno de 1.700mm.
De acordo com a classificação de Koppen, no município ocorrem dois tipos de clima,
o Af – clima quente e úmido, sem estação seca; e o clima Cfa – subtropical de altitude,
úmido e sem estiagem. A temperatura média anual, tomando como base o município
vizinho, Caraguatatuba, é de 23,5°C, com amplitude térmica anual em torno de 6,7°C, sendo
fevereiro o mês mais quente e agosto o mês mais frio.
As principais direções do vento, entre os meses de setembro e fevereiro, são do
quadrante E, com ventos mais intensos, seguidos dos ventos mais fracos de W. Entre março
e agosto, as direções médias dos ventos são dos quadrantes NE e E.
3.3.2.2. Hidrografia
O município de São Sebastião localiza-se na bacia hidrográfica do litoral norte, que
abrange mais três municípios: Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela. O porto está inserido na
microbacia hidrográfica do córrego Mãe Izabel, que inclui ainda, parte do canal de acesso.
O córrego nasce a aproximadamente 300 metros de altitude e deságua na baía do
Araçá, já nas proximidades dos aterros atuais do Porto de São Sebastião. Encontra-se
canalizado em seu curso médio e baixo, onde o uso do solo urbano é de padrão de baixa
renda. O córrego constitui a principal fonte de contribuição de água doce à baía do Araçá.
A qualidade das águas na baía do Araçá sofre a influência do aporte de esgotos
domésticos lançados por esse curso d’água, bem como pelos efluentes do emissário
submarino. Entretanto, segundo informações do EIA/RIMA (CDSS, 2008), os serviços de
reparos, manutenção e abastecimento de embarcações, têm sido os maiores responsáveis
pela ocorrência das manchas de óleo e graxa em pontos localizados no Porto de São
Sebastião.
3.3.2.3.2. Batimetria
O canal de São Sebastiao (CSS) está localizado entre a planície costeira e a ilha de
São Sebastião, tem extensão aproximada de 22 km e eixo longitudinal orientado para NE e
para N nas partes sul e norte, respectivamente. O canal é mais largo em suas entradas norte
(7,2 km) e sul (5,6 km), e mais estreito na sua parte central (1,9 km). Sua batimetria é
caracterizada por acentuadas inclinações laterais entre as margens e seu interior. Dentro do
canal, há um conduto com profundidades maiores do que 20 m, deslocado para o lado
insular. A maior profundidade é igual a 45 m e localiza-se próximo à enseada do Araçá.
Devido a sua configuração natural é considerado como a 3ª melhor região portuária do
mundo.
3.3.2.3.6. Solos
Os solos presentes na área de influência do porto dividem-se entre Neossolos
Quartzarênicos, Espodossolos e Neossolos Regolíticos, para a planície litorânea sedimentar;
e Cambissolos, Neossolos Litólicos e Latossolos Vermelho-Amarelos presentes nos morros e
escarpas do embasamento cristalino.
Contudo, o Porto de São Sebastião, em sua configuração atual, é formado
majoritariamente por aterros, construídos em diferentes fases de ampliação de suas
dependências.
1 o
Resolução Conama n. 428, de 17 de dezembro de 2010 : “Dispõe, no âmbito do licenciamento
ambiental, sobre a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade de Conservação (UC), de
que trata o artigo 36, § 3º, da Lei n.o 9.985, de 18 de julho de 2000, bem como sobre a ciência do órgão
responsável pela administração da UC no caso de licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos a
EIA-RIMA e dá outras providências.”
2
O CNUC é um sistema integrado de banco de dados com informações padronizadas das UC geridas
pelos três níveis de governo e por particulares. Compete ao Ministério do Meio Ambiente organizar e manter o
o
CNUC, conforme estabelecido na Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o SNUC. O CNUC é mantido
pelo MMA com a colaboração dos órgãos gestores federal, estaduais e municipais. Seu principal objetivo é
disponibilizar um banco de dados com informações oficiais do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC).
Tabela 38. Descrição das Áreas Aproximadas do Porto de São Sebastião e das Unidades
de Conservação
Descrição Área aproximada* (m²) Área aproximada* (km²)
Área do Porto Organizado de São Sebastião 23048739,51 23,05
Buffer 3km 179375030,6 179,38
UC inseridas no Buffer 3km 39765646,11 39,77
UC inserida na APO de São Sebastião 302515,23 0,3
* Área do Porto Organizado de São Sebastião calculado a partir de limites definidos por interpretação do Decreto de 28 de
agosto de 2007.
Fonte: Elaborado por LabTrans
3
http://www.portodesaosebastiao.com.br/pt-br/meio-ambiente.asp
Segundo O Vale (2014), duas praças de pedágio foram previstas pelo Consórcio
Litoral Norte no trecho de planalto. Os valores das tarifas serão de R$ 2,80 no pedágio do km
15,7 e R$ 4,90 no pedágio do km 56,6.
diretriz de traçado nova. Dos 21,5 km totais, 12,6 km serão percorridos em túneis e 2,5 km
em viadutos e pontes, visando minimizar as interferências no Parque Estadual da Serra do
Mar. O Projeto ainda inclui a construção de 12 km de túneis de serviço, paralelos aos túneis
principais, e túneis de ligação entre eles. A figura a seguir mostra o traçado da nova pista.
O novo traçado, menos sinuoso e com curvas mais abertas e rampas menos
inclinadas, proporcionará mais segurança aos usuários e será utilizado apenas para a subida
da serra, no sentido Caraguatatuba – São José dos Campos.
A nova área portuária será delimitada, em parte, pelo traçado da futura perimetral
portuária projetada, pelo espelho d’água entre o costão da Ponta do Araçá e a Ilha de
Pernambuco, o cais de múltiplo uso e a dársena para uso das autoridades marítimas. Esse
polígono perfaz uma área total de aproximadamente 1,2 milhão de m².
Segundo a CDSS ([s./d.]), inicialmente, o projeto de ampliação do Porto de São
Sebastião teve sua implantação prevista em etapas, isto é, considerando as necessidades do
porto, como a atividade de cargas e a existência de acessos terrestres compatíveis com a
movimentação de cargas projetadas. Após um estudo inicial, chegou-se à uma primeira
concepção e às etapas da ampliação portuária, as quais podem ser analisadas na figura a
seguir.
300 metros entre a costa da Ponta do Araçás e o limite da estrutura portuária, o que
inviabilizou a Etapa 4 da concepção inicial.
A primeira etapa consiste na construção de três novos berços (frente de cais de
aproximadamente 970 m de comprimento por 80 m de largura), aproveitamento do pátio 4
(área de 100 mil m² a ser condicionada) e construção de novo pátio adjacente à nova frente
de cais (com área de aproximadamente 160 mil m²). Esta etapa ainda prevê a adequação do
acesso sul, com ampliação da retroárea em aproximadamente 55 mil m².
A segunda etapa consiste em nova ampliação da retroárea (em duas áreas, de
aproximadamente 140 mil m² e 85 mil m²) e construção de berço adicional para navios (nova
frente de cais contínuo ao construído com aproximadamente 300 m de comprimento e 40 m
de largura), além de dársena dedicada a embarcações de apoio com quatro píeres do tipo
finger.
Já a fase independente das demais corresponde a um novo píer para granéis
líquidos, com quatro berços (dois internos e dois externos) conectados à costa através de
ponte de acesso de aproximadamente 2150 m de comprimento e 20 m de largura.
A figura a seguir ilustra o layout final do Porto de São Sebastião de acordo com o
projeto de ampliação do Porto preconizado pela CDSS.
Segundo Porto de São Sebastião ([s./d.]) a obra já possui licença prévia, emitida pelo
IBAMA para as fases 1 e 2 do projeto de ampliação. A duplicação da Rodovia dos Tamoios e a
construção do Contorno Viário de Caraguatatuba também apresentam grande importância
para a obra de ampliação, posto que, poderá atrair mais cargas ao porto, que
consequentemente necessitará oferecer mais infraestrutura para atender a demanda.
De acordo com a Companhia Docas de São Sebastião (2008), a área prevista para a
implantação dessa marina localiza-se sobre um aterro hidráulico, construído durante a
implantação do Porto de São Sebastião.
800 km estão no estado de São Paulo e liga os principais estados produtores de grãos do
país.
Entre as melhorias previstas estão a implantação de atracadouros de espera e a
construção de barragens, o que aumentará o curso de navegação em 45 km, até o distrito de
Ártemis, em Piracicaba. Serão construídos, também, quatro terminais aquaviários nos
municípios de Rubinéia, Araçatuba, Piracicaba e Salto (DONATO, 2014a). Além disso, estão
sendo realizadas obras para ampliação e proteção do vão de pontes, dragagem de canais e
duplicação da capacidade de eclusas (SINICESP, 2012).
As dragagens e ampliações nos vãos das pontes fazem parte da primeira fase do
projeto e, até agosto de 2012, quatorze das dezessete pontes já tiveram seus vãos
ampliados (ROCHA, 2012). A duplicação das eclusas será realizada na segunda fase do
projeto, entre 2015 e 2018 (PUPO, 2012).
4. ANÁLISE ESTRATÉGICA
Conclui-se que tais recomendações são importantes para que o Porto de São
Sebastião mantenha sua trajetória de crescimento, com grau de sustentabilidade adequado,
respeitando o meio ambiente e os interesses públicos e privados, contribuindo com o papel
social e econômico dos respectivos portos.
5. PROJEÇÃO DA DEMANDA
destino das importações e o PIB do país de destino das exportações, bem como as taxas
bilaterais de câmbio e o preço médio (para o caso de commodities).
Para o histórico de cargas de comércio exterior, são utilizados os dados da Secretaria
de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio
(MDIC). No caso das projeções de cabotagem, consideram-se dados da ANTAQ como dados
históricos, mas, também são analisadas as estimativas do Plano Nacional de Logística e
Transportes (PNLT). Durante todo o processo, são consideradas, ainda, entrevistas junto ao
setor produtivo, secretarias de estado e associações representativas.
Na etapa de alocação, para a definição da malha de acesso rodoviária, ferroviária,
hidroviária e dutoviária aos portos, o PNLP utiliza dados do Programa de Investimentos em
Logística (PIL) para os modais rodoviário e ferroviário, além do Plano Nacional de Integração
Hidroviária (PNIH) e projetos listados nos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC).
Desta forma, ao considerar todos os projetos em infraestrutura de transportes em
curso e preconizados pelo Governo Federal no processo de alocação dos fluxos de
transporte realizado no PNLP, busca-se o planejamento integrado entre os órgãos que se
preocupam em desenvolver infraestrutura logística brasileira, através do alinhamento com
as demais políticas publicas.
Em relação ao Plano Mestre, de modo articulado com o PNLP, os valores iniciais das
projeções são atualizados, ajustados e reestimados quando: (i) a movimentação de uma
determinada carga em um porto é fortemente influenciada por um fator local (por exemplo,
novos investimentos produtivos ou de infraestrutura); (ii) há um produto com
movimentação significativa no porto em questão e tal produto é uma desagregação da
classificação adotada pelo PNLP.
Nesses dois casos, novas projeções são calculadas. Para detectar, no porto em
estudo, cargas com movimentação atípica, novas ou específicas, e com importância no porto
em estudo, buscam-se dados junto à Autoridade Portuária, dados de comércio exterior e,
principalmente, entrevistas junto ao setor produtivo da área de influência do porto. Cabe
destacar que a projeção de demanda veiculada no Plano Mestre é construída a partir de
informações consistentes e embasadas em estudos de mercado já elaborados, cartas de
interesse e investimentos em curso. Além disso, é importante registrar que as projeções de
demanda do Plano Mestre refletem as tendências de movimentações naturais, considerando
𝑘
Onde: 𝑄𝑋𝑖𝑗,𝑡 é a quantidade exportada do produto k pelo Porto de São Sebastião,
com origem na microrregião i e destino o país j, no período t; 𝑃𝐼𝐵𝑗,𝑡 é o PIB (produto interno
bruto) do principal país de destino da exportação do produto k. 𝐶𝐴𝑀𝐵𝐼𝑂𝐵𝑅𝑗,𝑡 é a taxa de
𝑘
câmbio do Real em relação à moeda do país estrangeiro. 𝑄𝑀𝑖𝑗,𝑡 é a quantidade importada
do produto k pelo Porto de São Sebastião, com origem no país j e destino a microrregião i,
no período t; 𝑃𝐼𝐵𝑖,𝑡 é o PIB (produto interno bruto) da microrregião de destino i; 𝑒1𝑖,𝑡 , 𝑒2𝑖,𝑡
são erros aleatórios.
As equações de exportação (volume em toneladas) e de importação (volume em
toneladas) descrevem modelos de painéis de dados, onde a dimensão i é dada pelas diversas
microrregiões que comercializam, de modo representativo, o produto em questão pelo
porto em estudo e a dimensão t é dada pelo período de estimação (1996-2012). Os dados
são provenientes da base da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e de instituições
financeiras internacionais (PIB e câmbio), como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Após a estimação das equações (1) e (2), as projeções de volume exportado e importado são
obtidas a partir do input dos valores do PIB e do câmbio para o período projetado. Estes
valores são tomados a partir das projeções calculadas pelo FMI e outras instituições
financeiras internacionais, como o The Economist Intelligence Unit.
Considerando a dinamicidade da economia brasileira, ressalta-se a importância de
monitoramento constante e revisão dos estudos de planejamento do setor portuário, que
são corroborados pela previsão legal de mecanismos de revisão desses instrumentos, o que
visa minimizar eventuais disparidades e preservar a atualidade e a precisão do planejamento
das infraestruturas de logística, de modo a conferir-lhe maior efetividade. Nesse sentido,
Tabela 41. Projeção de Demanda de Cargas no Porto de São Sebastião entre os anos de
2014 (observado) e 2030 (projetado) – toneladas
Carga Natureza Navegação Sentido 2014 2015 2020 2025 2030
Barrilha Granel Sólido Longo Curso Desembarque 259.474 273.861 290.920 303.155 315.056
Cevada Granel Sólido Longo Curso Desembarque 133.287 134.625 153.222 170.863 182.298
Sulfato de Sódio Granel Sólido Longo Curso Desembarque 114.159 115.807 128.511 142.191 153.511
Veículos Total CG Rodante Ambos Ambos 60.850 61.953 78.689 109.208 144.065
Chapas e Trilhos de Aço CG Solta Longo Curso Desembarque 34.881 36.215 41.220 44.679 47.325
Ulexita Granel Sólido Longo Curso Desembarque 33.053 33.458 36.627 40.889 44.542
Malte Granel Sólido Longo Curso Desembarque 21.970 22.098 23.851 25.978 27.831
Cimento Granel Sólido Apoio Marítimo Embarque 17.904 18.570 27.902 33.375 38.105
Carga de Apoio CG Solta Apoio Marítimo Embarque 29.368 13.170 19.466 23.106 26.278
No ano de 2014 o Porto de São Sebastião movimentou 730 mil toneladas, e para
2030, as projeções indicam que esse volume será de 3,5 milhões de toneladas, o que
representa uma taxa média anual de crescimento de 10,67%.
As cargas mais relevantes para o Porto de São Sebastião foram a barrilha (35,2%), a
cevada (18,2%) e o sulfato de sódio (15,6%), sendo que todos os produtos são
desembarcados no porto. Cabe destacar para o ano de 2030, a relevância dos contêineres
para o porto, pois esta carga, de acordo com as projeções de demanda, terá participação
relativa de 69% no total movimentado pelo porto.
As participações relativas das cargas para os anos de 2014 e 2030 podem ser
observadas na figura seguinte.
2014 1% 1% 1%
1% 1% 2030
2%
3% 3% 4% 9%
4%
4%
5% 4%
36%
5% 5%
8%
16%
69%
18%
5.1.3.1. Barrilha
A barrilha, ou carbonato de sódio, é um sal inorgânico utilizado na fabricação de
vidros e de produtos domésticos de limpeza, além de ser usado como insumo em indústrias
de bebidas e alimentos. No ano de 2014 foram desembarcadas cerca de 259 mil toneladas
da carga no Porto de São Sebastião, tendo a Espanha e os Estados Unidos como países de
origem do produto, responsáveis por 56% e 44% do volume desembarcado, respectivamente
(ALICEWEB, [s.d.]).
De acordo com a projeção, espera-se que no ano de 2030 a movimentação de
barrilha no porto seja de aproximadamente 315 mil toneladas, representando uma taxa
média de crescimento anual de 1%. A figura a seguir ilustra a demanda observada e
projetada da carga no porto entre 2014 e 2030.
350
Milhares de Toneladas
300
250
200
150
100
50
-
2014
2017
2025
2028
2015
2016
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2026
2027
2029
2030
Observado Projetado
200
Milhares de Toneladas
180
160 2,1%
140
120
100
80
60
1,6%
40
20
-
2014
2015
2016
2017
2018
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2019
2020
2021
2022
180
Milhares de Toneladas
160
140
120
100
80
60
40
20
-
2018
2026
2014
2015
2016
2017
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2027
2028
2029
2030
Observado Projetado
5.1.3.4. Veículos
No Porto de São Sebastião a movimentação de veículos se dá no sentido de
exportação e importação, e a Argentina, foi o seu principal parceiro comercial em 2014
(ALICEWEB, 2015).
No ano de 2014, o porto movimentou 61 mil toneladas de veículos, das quais 35 mil
(cerca de 29 mil unidades) foram de exportação e 25 mil de importação (cerca de 25 mil
unidades). Ao final do horizonte projetado, em 2030, a movimentação de veículos no Porto
de São Sebastião deve ser de 144 mil toneladas, apresentando, assim, uma taxa média de
crescimento de 5,9% ao ano para o período de 2014 a 2030.
A figura abaixo ilustra a projeção de demanda de veículos para o Porto de São
Sebastião. A partir dela, nota-se que as exportações devem crescer mais que as importações,
com taxas médias de crescimento anual de 6,2% e 5,7%, respectivamente.
160
Milhares de Toneladas
140 5,9%
120
100 6,2%
80
60
5,7%
40
20
-
2017
2022
2027
2014
2015
2016
2018
2019
2020
2021
2023
2024
2025
2026
2028
2029
2030
Longo Curso - Embarque Longo Curso - Desembarque Total
Figura 110. Localização das Montadoras de Veículos dos Estados de São Paulo, Rio
de Janeiro e Minas Gerais (2014).
Fonte: Dados Brutos: ANFAVEA (2014); Elaborado por LabTrans.
50
Milhares de toneladas
45
40
35
30
25
20
15
10
5
-
Observado Projetado
5.1.3.6. Ulexita
A Ulexita é um mineral esbranquiçado com tons esverdeados que, quando refinado,
possui amplo uso no ramo industrial, principalmente como fertilizante. Em 2014, o Porto de
São Sebastião desembarcou 33 mil toneladas do produto. Espera-se que até o ano de 2030 a
movimentação atinja aproximadamente 44 mil toneladas, apresentando uma taxa média de
crescimento anual de 2%.
A figura a seguir ilustra a demanda de ulexita no porto durante o período observado
e projetado.
50
Milhares de toneladas
45
40
35
30
25
20
15
10
5
-
Observado Projetado
Toda a carga desembarcada no porto tem origem nas lagunas salinas da Bolívia,
porém, o produto também pode ser encontrado em regiões áridas e praias salinas dos
Estados Unidos, Chile e Cazaquistão. Grande parte da ulexita é utilizada nas agroindústrias,
pois de seu refino, pode-se extrair potássio e magnésio, utilizados como fertilizantes (PORTO
DE SÃO SEBASTIÃO (b), 2013).
5.1.3.7. Contêineres
Os contêineres se apresentam como uma carga perspectiva para o Porto de São
Sebastião. . Para a realização da projeção de demanda levou-se em consideração uma
possível área de influência “natural” do porto, composta por municípios dos estados de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro com maior proximidade de São Sebastião e tendo em
vista os ganhos gerados pelas economias de custo de transporte e redução do tempo de
viagem com a finalização das obras de duplicação da Rodovia Tamoios.
Desse modo, estimou-se que a partir de 2018 – data prevista para a conclusão das
obras de duplicação da Rodovia Tamoios - o Porto de São Sebastião dará início à
movimentação de longo curso de volumes significativos de contêineres, conforme
apresentado na figura a seguir.
3.000
2.000
1.500
2,94%
1.000
500
2,33%
-
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
Contudo, tendo em vista fatores como o alto nível de poluição que a movimentação de
coque de petróleo ocasiona e a incompatibilidade do mesmo com outras cargas já
movimentadas pelo porto, como malte e barrilha, a movimentação de coque de petróleo, da
mesma forma, não foi considerada.
Em relação ao etanol, o mesmo não se apresenta como carga perspectiva para o
Porto de São Sebastião, em virtude principalmente, da proximidade do Porto de Santos, que
possui elevados volumes na movimentação do produto e às baixas perspectivas de mercado
para esta carga.
250
Nº de Atracações de Navios Cruzeiros
200
150
100
50
0
2026
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2020
2022
2024
2028
2030
Observado Projetado
Fonte: Dados brutos: Companhia Docas de São Sebastião; Elaborado por LabTrans.
5.1.3.10.1. Petróleo
A movimentação de petróleo no TEBAR se dá nos sentidos de exportação de longo
curso e embarque de cabotagem, sendo o primeiro, responsável pelos maiores volumes
transacionados pelo terminal.
8.200
Milhares de toneladas
8.000
7.800
7.600
7.400
7.200
7.000
6.800
6.600
6.400
6.200
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
Observado Projetado
9.000
Milhares de Toneladas
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
-
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
Óleo Diesel Nafta Óleo Combustível Total
4.000
Milhares de toneladas
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
-
2015
2017
2019
2014
2016
2018
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
Granel Sólido CG Rodante CG Conteinerizada CG Solta Total
Tabela 46. VMDh sem os Caminhões Provenientes do Porto de São Sebastião (veíc/h)
BR-101/SP-
Ano BR-116-1 BR-116-2 SP-065 SP-070 SP-099
055
2014 699 3.816 4.920 739 1.067 718
2015 723 3.950 5.092 765 1.104 743
2016 749 4.088 5.270 792 1.143 769
2017 775 4.231 5.455 819 1.183 796
2018 802 4.379 5.646 848 1.224 824
2019 830 4.532 5.843 878 1.267 853
2020 859 4.691 6.048 908 1.312 883
2021 889 4.855 6.260 940 1.358 913
2022 920 5.025 6.479 973 1.405 945
2023 953 5.201 6.705 1.007 1.454 979
2024 986 5.383 6.940 1.042 1.505 1.013
2025 1.021 5.571 7.183 1.079 1.558 1.048
2026 1.056 5.766 7.434 1.117 1.612 1.085
2027 1.093 5.968 7.695 1.156 1.669 1.123
2028 1.131 6.177 7.964 1.196 1.727 1.162
2029 1.171 6.393 8.243 1.238 1.788 1.203
2030 1.212 6.617 8.531 1.281 1.850 1.245
Fonte: Elaborado por LabTrans
Analogamente, a tabela a seguir apresenta os VHP de veículos que não tem relação
direta com os portos.
Tabela 47. VHP sem os Caminhões Provenientes do Porto de São Sebastião (veíc/h)
BR-101/SP-
Ano BR-116-1 BR-116-2 SP-065 SP-070 SP-099
055
2014 1.785 9.709 12.517 1.312 1.895 1.279
2015 1.847 10.049 12.955 1.358 1.961 1.324
2016 1.912 10.401 13.409 1.405 2.030 1.370
2017 1.979 10.765 13.878 1.455 2.101 1.418
2018 2.048 11.141 14.364 1.506 2.175 1.468
2019 2.120 11.531 14.866 1.558 2.251 1.519
2020 2.194 11.935 15.387 1.613 2.329 1.572
2021 2.271 12.353 15.925 1.669 2.411 1.627
2022 2.351 12.785 16.482 1.728 2.495 1.684
2023 2.433 13.232 17.059 1.788 2.583 1.743
2024 2.518 13.696 17.656 1.851 2.673 1.804
2025 2.606 14.175 18.274 1.915 2.767 1.867
2026 2.697 14.671 18.914 1.983 2.863 1.933
2027 2.792 15.184 19.576 2.052 2.964 2.000
2028 2.889 15.716 20.261 2.124 3.067 2.070
2029 2.990 16.266 20.970 2.198 3.175 2.143
2030 3.095 16.835 21.704 2.275 3.286 2.218
Fonte: Elaborado por LabTrans
A soma dos volumes de caminhões horários com os VMDh e VHP resulta nos VMDh
total e VHP total, apresentados nas próximas tabelas.
Na seção 7.3.1 serão usados esses volumes de tráfego para determinação do nível de
serviço e comparação entre as demandas sobre as rodovias e suas capacidades.
cervejarias que venham a se instalar na região, admite-se que o perfil da frota não irá se
alterar.
Com relação ao sulfato de sódio, são aplicáveis aqui as mesmas considerações sobre a
movimentação da barrilha.
A movimentação de ulexita teve como origem o Chile, em navios de pequeno porte,
todos da classe Handysize. Os lotes movimentados são próximos do TPB dos navios,
indicando se tratar de um transporte específico desta carga para São Sebastião. Não há
razões para crer que o porte dos navios sofrerá alterações no futuro.
No caso dos navios transportadores de veículos, os lotes típicos das operações no Brasil
sugerem que a frota continuará a ser composta por embarcações da faixa de portes
Handysize.
Os navios que descarregam chapas de aço têm porte bruto bem superior ao lote
desembarcado em São Sebastião. Ao que tudo indica, essa carga é uma carga de retorno
desses navios, que vêm a outros portos brasileiros para carregamentos maiores de
outros produtos siderúrgicos, seja em Santos, Vitória ou no TUP da CSA, ou ainda,
celulose em Santos. Desse modo, o pressuposto é de que o porte desses navios não
deverá se alterar.
Quanto aos navios porta-contêineres, assumiu-se que a frota será semelhante àquela
que frequentará o terminal Ecoporto de Santos. As classes de navios porta-contêineres
consideradas neste plano foram:
Feedermax ( até 999 TEU);
Handy (1.000 – 2.000 TEU);
Subpanamax (2.001 – 3.000 TEU);
Panamax (3.001 – 5.000 TEU); e
Postpanamax (acima de 5.001 TEU).
Tabela 51. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-
Contêineres) por Classe e Produto (2015)
2015
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Barrilha 10% 71% 19%
Malte e Cevada 80% 20%
Sulfato de Sódio 83% 17%
Veículos 100%
Ulexita 100%
Chapas de aço 33% 67%
Apoio Offshore 100%
Tabela 52. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-
Contêineres) por Classe e Produto (2020)
2020
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Barrilha 19% 72% 19%
Malte e Cevada 80% 20%
Sulfato de Sódio 82% 18%
Veículos 100%
Ulexita 100%
Chapas de aço 33% 67%
Apoio Offshore 100%
Tabela 53. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-
Contêineres) por Classe e Produto (2025)
2025
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Barrilha 7% 73% 20%
Malte e Cevada 80% 20%
Sulfato de Sódio 81% 19%
Veículos 100%
Ulexita 100%
Chapas de aço 33% 67%
Apoio Offshore 100%
Tabela 54. Perfil da Frota de Navios que Deverá Frequentar o Porto (exceto Porta-
Contêineres) por Classe e Produto (2030)
2030
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Barrilha 6% 73% 21%
Malte e Cevada 80% 20%
Sulfato de Sódio 80% 20%
Veículos 100%
Ulexita 100%
Chapas de aço 33% 67%
Apoio Offshore 100%
Os itens seguintes mostram as capacidades calculadas para cada carga, para os anos
de 2014, 2015, 2020, 2025 e 2030.
Observe-se que a forte redução da capacidade a partir de 2020 se deve ao início das
operações com contêineres em 2018.
exibidas na tabela acima se referem à instalação atual do porto, na qual o berço 202 é o
ponto de atracação dedicado às embarcações offshore.
Essa capacidade para uma estadia média de 15 dias no porto, resulta numa
capacidade dinâmica de 1.200.000 t/ano.
Essa capacidade dinâmica supera a expectativa de movimentação para 2030, que é
de 47.000 toneladas.
1.11.1 Barrilha
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.11.4 Ulexita
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.11.5 Veículos
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
1.11.7 Contêineres
A comparação entre a demanda e a capacidade da infraestrutura atual está
mostrada na próxima figura.
rodovias operam em níveis de serviço satisfatórios, não denotando maiores problemas para
todo horizonte de projeto (2030).
A seguir, encontram-se os gráficos gerados a partir do cruzamento entre a demanda
e a capacidade calculadas anteriormente.
7.3.1.1.1. BR-101/SP-055
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho BR-101/SP-055.
7.3.1.1.2. BR-116-1
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho BR-116-1.
7.3.1.1.3. BR-116-2
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da BR-116-2.
BR-116-2
25.000
20.000
15.000
veíc/h
10.000
5.000
7.3.1.1.4. SP-065
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-065.
SP-065
6.000
5.000
4.000
veíc/h
3.000
2.000
1.000
7.3.1.1.5. SP-070
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-070.
SP-070
9.000
8.000
7.000
6.000
veíc/h
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
7.3.1.1.6. SP-099
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-099.
SP-099
6.000
5.000
4.000
veíc/h
3.000
2.000
1.000
8. ALTERNATIVAS DE EXPANSÃO
Figura 131. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (100% dos Veículos no
Cais Externo)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 132. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (100% dos Veículos no Cais
Externo)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 133. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 134. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 135. Contêineres – Demanda vs Capacidade após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026; Produtividade Contêineres de 30 mov/navio/hora)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 136. Veículos – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no
Berço Novo após 2026; Produtividade Contêineres de 30 mov/navio/hora)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 137. Barrilha – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço
Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 138. Sulfato de Sódio – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos
no Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 139. Malte e Cevada – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos
no Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 140. Ulexita – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos no Berço
Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 141. Chapas de Aço – Demanda vs Capacidade Após Expansão (65% dos Veículos
no Berço Novo após 2026)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Diretoria Executiva
Presidência
Auditoria Marketing
Guarda portuária
Gerência de Gerência de
Gerência de Gerência de Gerência de Gerência
Serviços e Obras Relações
Produção Desenvolvimento Controladoria Financeira
Corporativas e RH
CS/
CAP
OGMO
Quanto ao nível de formação dos trabalhadores, 49% deles possuem nível médio,
23% nível superior, 18% nível fundamental e 10% são pós-graduados, como é possível
observar na figura a seguir.
índice de liquidez imediata, indicado pela linha verde no gráfico anterior, mede o nível do
capital disponível em caixa em relação ao passivo circulante da empresa.
Os índices de liquidez corrente e liquidez imediata mantiveram trajetória similar,
porém distantes, nos anos analisados, o que reflete uma significativa diferença entre os
valores do ativo circulante e das disponibilidades da Companhia. Nesse sentido, percebe-se
que a partir do ano de 2009 o desempenho destes indicadores diminui, pois o valor do
passivo aumenta expressivamente no período de 2010 a 2013.
O índice de liquidez geral, por sua vez, mede o total dos ativos em relação ao total
dos passivos, ou seja, a soma dos ativos circulantes e realizável em longo prazo é dividido
pela soma dos passivos circulantes e exigível a longo prazo. Este índice está representado
pela cor vermelha no gráfico anterior e manteve-se em níveis baixos, menor que 1,0,
durante os anos analisados.
Os baixos valores do índice de liquidez geral revela a superioridade das contas do
passivo sobre os valores do ativo da Companhia, resultado da influência do alto valor dos
passivos circulantes e exigível a longo prazo.
Em suma, percebe-se fragilidade na liquidez financeira da Companhia, que trabalha
nos últimos anos com elevados níveis de passivos, sem proporcional crescimento de seus
ativos. A seguir, propõe-se a análise dos índices de rentabilidade da Companhia Docas de
São Francisco.
O resultado do giro do ativo da Companhia revela níveis baixos, nos últimos anos,
para a relação ativo total – receitas. Isso identifica a superioridade do primeiro, já que, só
em 2013, as receitas alcançaram R$ 19,1 milhões frente ao ativo total de aproximadamente
R$ 49,9 milhões, revelando o baixo rendimento dos ativos da Companhia.
Nos anos analisados, esse índice encontra-se numa tendência de queda,
proporcionada pelo aumento do ativo total da empresa, que no último ano triplicou seu
valor.
A seguir, é apresentado o índice de rentabilidade do patrimônio líquido, que é
resultado da relação entre o lucro líquido e o patrimônio líquido. Esse índice reflete o quanto
a Companhia obteve de lucro para cada R$ 100,00 de capital próprio investido.
A figura anterior evidencia que em todos os anos, as receitas são praticamente iguais
aos custos/despesas, havendo prejuízo em alguns anos, e nos outros, uma pequena margem
de lucro. Houve um aumento nos valores de receita a partir de 2012, porém, acompanhado
dos custos.
Visando uma análise comparativa entre portos, é apresentado a seguir o quadro de
receitas e custos unitários para o Porto de São Sebastião, conforme dados levantados junto a
administração.
A tabela a seguir faz uma comparação entre o Porto de São Sebastião e outros
portos da região, a saber: Santos, Paranaguá e Rio de Janeiro.
As médias de receita e custos unitários dos portos, apresentadas na próxima tabela,
foram calculadas considerando a média da receita, dos custos e da produção em toneladas
dos últimos anos de cada porto.
Com o intuito de uma melhor análise comparativa, a tabela seguinte faz uso do
mesmo critério das médias da tabela anterior dos portos da região, excluindo o porto
analisado, nesse caso, o Porto de São Sebastião.
Esta análise comparativa demonstra que o Porto de São Sebastião tem uma receita
unitária muito superior a média do mercado, o que prejudica sua competitividade quando
comparado com outros portos.
Por fim, o Porto de São Sebastião não apresenta um bom desempenho, pois possui
instabilidade financeira, déficits orçamentários e valores unitários de receita e custo nada
competitivos e muito superiores aos do mercado.
25.000
Milhares (R$)
20.000
15.000
-10.000
-15.000
REFERÊNCIAS
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Disponível em: <http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN0HS1UU20141003>.
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<http://www.antaq.gov.br/Portal/pdfSistema/Publicacao/0000004320.pdf>. Acesso em: fev.
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Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira: Atualização – Portaria
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______. Decreto n.o 8.231, de 17 de novembro de 1941. Prorroga o prazo pura conclusão
das obras do porto de São Sebastião, e aprova novo orçamento. Disponível em:
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______. Decreto n.o 17.957, de 21 de outubro de 1927. Concede ao Estado de São Paulo
autorização para a construcção, uso e goso das obras de melhoramento dos portos de São
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<http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2008/decreto-53525-
08.10.2008.html>. Acesso em: fev. 2015.
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fim de ano. G1 Vale e Região, 20 dez. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/vale-
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da Petrobras. São Sebastião, [s./d.]. Disponível em
<http://www.tradexbrazil.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=13
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TRB – Transportation Research Board. Highway Capacity Manual – HCM. 2000. Washington,
D.C.: National Research Council, 2000.
Anexo 1
23°40' S
23°40' S
Mapa de Restrições Ambientais
Porto de São Sebastião
São Sebastião - São Paulo
Brasil
Caraguatatuba Localização
Brasil
Porto de
Guarujá São Sebastião
GO
Reserva Particular do
Patrimônio Natural
7371800
7371800
Toque Toque Pequeno
(Federal) MS MG
Parque Estadual SP RJ
Serra do Mar
SC
Parque
Estadual de
Ilhabela
Ilhabela
Convenções Cartográficas
Limites municipais
Estruturas portuárias
Área de Proteção
Ambiental Marinha Litoral Unidades de Conservação
Norte - Setor Ypautiba
(Estadual) Cobertura vegetal
7359800
7359800
Praia
Corpos d'água
23°56' S
45°35' W 449700 461700 473700 45°10' W
Plano Mestre
Anexo 2
14°04' S
13°35' S
Mapa de Áreas Prioritárias para
Conservação da Biodiversidade
(Importância Biológica)
MT
Região Sudeste
BA Brasil
DF
GO
Brasil
0 400 800 km
MG
Convenções Cartográficas
! Portos
ES
Importância biológica
!
5 Extremamente alta
MS
Muito alta
!
34 Alta
Insuficientemente conhecida
Divisão política
Limites estaduais
SP
!
1 !13
RJ
!!
21
ESCALA
© 1:5.000.000
35
! km
ID Porto
1 Porto de Angra dos Reis
!
! 31
29 5 Porto de Barra do Riacho
PR 9 Porto de Forno
13 Porto de Itaguaí (Sepetba)
Oc eano Atlântico
O mapa representa as áreas proritárias para conservação
21 Porto de Niterói
29 Porto de Santos
da biodiversidade por importância biológica na Região Sudeste
do Brasil. Base cartográfica das áreas prioritárias para
34 Porto de Vitória
35 Porto do Rio de Janeiro
SC
26°33' S
25°36' S
53°19' W 34°18' W
Plano Mestre
Anexo 3
O Tempo Médio de Serviço E[T] foi calculado pela soma do Tempo Médio de
Operação, do Tempo Médio Pré-Operação, do Tempo Médio Pós-Operação e do Tempo
Médio entre Atracações Sucessivas no mesmo berço.
Especificamente, o Tempo Médio de Operação foi calculado pelo quociente entre o
Lote Médio e a Produtividade Média.
Os demais tempos médios, assim como o lote e a produtividade média, foram
calculados a partir da base de dados de atracações da ANTAQ ([s./d.]) referentes ao ano de
2010.
Em geral, o número de berços depende do comprimento médio dos navios, o qual
foi também calculado a partir da base de atracações da ANTAQ.
Ressalta-se que, ao se basear nas atracações ocorridas em 2010, toda a realidade
operacional recente do porto é trazida para dentro dos cálculos, uma vez que são incluídas
as paralisações durante as operações (por quaisquer razões) que afetam a produtividade
Características Operacionais
Unidade Atual
Lote médio t/navio 29.383
Produtividade do berço (por hora
de operação) t/hora 624
Tempo inoperante hora 0,4
Tempo entre atracações
sucessivas (com fila) hora 6,0
Ciclo do Navio
Inter
Tempo no Berço (horas) Navios Total
Movimentação Inoperante Total In/Out (horas)
Cenário Atual 47,1 4,0 51,1 6,0 57,1
Capacidade do Cais
Número de Índice de Escalas por Toneladas
Berços Ocupação Ano por Ano
Cenário Atual 1 65% 99 2.920.000
Fonte: Elaborado por LabTrans
Parâmetros
Atual
Número de berços 2
Ano operacional (dias) 364
Fator de ajuste da movimentação 4,1
Características Operacionais
Unidade Carga Geral
Movimentação anual prevista t 365.999
Lote médio t/navio 2.882
Produtividade do berço (por hora de operação) t/hora 181
Tempo Inoperante hora 1,0
Tempo entre atracações sucessivas (com fila) hora 3,3
Movimentação anual ajustada t 1.517.272
Número de atracações por ano 526
Ciclo do Navio
Tempo no Berço (horas) Inter Navios In/Out
Movimentação Inoperante Total
Cenário Atual 15,9 1,0 16,9 3,3
Fila Esperada
Capacidade
t/ano
Capacidade 1.517.000
Características Operacionais
Unidade Milho Trigo Soja Média
Movimentação anual prevista t 298.025 172.559 51.198
Lote médio t/navio 24.835 15.687 25.599 20.871
Produtividade do berço (por hora de
t/hora 266 291 274
operação)
Tempo inoperante hora 0,2 0,0 0,0
Tempo entre atracações sucessivas
hora 6,0 6,0 6,0
(com fila)
Movimentação anual ajustada t 1.776.000 1.029.000 305.000
Ciclo do Navio
Tempo no Berço (horas) Inter
Navios Total
Cenário Movimentação Inoperante Total In/Out (horas)
Milho 93,4 0,2 93,6 6,0 99,6
Trigo 53,9 0,0 53,9 6,0 59,9
Soja 93,4 0,0 93,4 6,0 99,4
E[T] 82,1
Capacidade do Cais
Número de Índice de Escalas Toneladas
Cenário Berços Ocupação por Ano por Ano
Atual 2 70% 149 3.110.000
Fonte: Elaborado por LabTrans
Número de berços 2
Ano operacional (dias) 182
Fator de ajuste da
1,1
movimentação
Características Operacionais
Unidade Soja Farelo Milho
Movimentação anual
t 542.369 935.963 773.044
prevista
Lote médio t/navio 43.230 36.443 34.263
Produtividade do berço (por
t/hora 899 604 822
hora de operação)
Tempo inoperante hora 1,0 1,0 1,1
Tempo entre atracações
hora 4,0 4,0 4,0
sucessivas (com fila)
Movimentação anual
t 585.855 1.011.006 835.025
ajustada
Ciclo do Navio
Tempo no Berço (horas) Inter
Navios Total Número de
Produto Movimentação Inoperante Total In/Out (horas) Atracações
Soja 48,1 1,0 49,1 4,0 53,1 14
Farelo 60,3 1,0 61,3 4,0 65,3 28
Milho 41,7 1,1 42,8 4,0 46,8 24
E[T] = 55,9 66
Fila Esperada
Capacidade
t/ano
Capacidade 2.432.000
Fonte: Elaborado por LabTrans
Ciclo do Navio
Tempo no Berço (horas) Inter
Navios Total
Produto Movimentação Inoperante Total In/Out (horas)
Carga Geral 11,2 8,3 19,5 3,0 22,5
E[T] = 22,5
Fila Esperada
Capacidade
t/ano
Capacidade 185.000
Fonte: Elaborado por LabTrans
Características Operacionais
Unidade Atual
Ano operacional dia 364
Produtividade do berço (por hora de operação) movimentos/hora/navio 38,0
TEU/movimento 1,60
Tempo pré-operacional hora 2,0
Tempo pós-operacional hora 2,8
Tempo entre atracações sucessivas hora 2,0
Lote médio u/navio 560
Comprimento médio dos navios metro 200
Capacidade do Cais
Escalas TEU
Número de Berços Índice de Ocupação
por Ano por Ano
Cenário Atual
3,5 70,97% 1.009 900.000
Capacidade de Armazenagem
Unidade
Capacidade estática nominal TEU 36.000
Capacidade estática efetiva TEU 21.000
Estadia média dia 3,8
Giros 1/ano 95
Capacidade do pátio TEU/ano 2.000.000
Capacidade do Terminal
Unidade
Cais TEU/ano 900.000
Armazenagem TEU/ano 2.000.000
Capacidade do Terminal TEU/ano 900.000
Fonte: Elaborado por LabTrans
ALGUNS EXEMPLOS
CAPACIDADE FUTURA
As capacidades futuras foram calculadas para os anos 2015, 2020, 2025 e 2030.
Para realizar esses cálculos, alguns ajustes às sete planilhas foram necessários.
Dentre esses ajustes, pode-se citar:
Lotes médios serão maiores no futuro, especialmente devido ao programa de
dragagens;
Comprimentos médios dos navios também se alterarão, pela mesma razão;
Novos produtos serão movimentados no porto como resultado de
desenvolvimentos logísticos ou industriais; e
O mix dos produtos movimentados em um determinado trecho de cais pode
mudar.
Para estimar os lotes e comprimentos médios futuros, foram feitas previsões sobre o
tamanho dos navios que frequentarão os portos nos anos vindouros. Essas previsões foram
baseadas no perfil da frota atual e nas tendências de crescimento dos portes dos navios.
Como referência foram também utilizadas as previsões constantes do Plano Mestre do Porto
de Santos, elaborado em 2009.
Para levantamento do perfil da frota atual, foram utilizados dados da base de dados
da ANTAQ ([s./d.]), onde foi possível obter, para cada atracação realizada em 2010, o
número IMO do navio. Cruzando essa informação com dados adquiridos junto à Maritime
Trade Data (Datamar) e à Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), foi possível
identificar as principais características das embarcações, como comprimento, DWT e calados
máximos e, portanto, separá-las por classes.
As seguintes classes de navios foram adotadas na elaboração dessas previsões.
• Porta Contêineres (TEU)
• Petroleiros (DWT)
Para cada porto foi elaborada uma tabela, como a apresentada na figura abaixo para
o Porto de Vila do Conde.
Essa tabela foi construída com previsão para até o ano de 2030. Maiores detalhes
dos ajustes feitos nas sete planilhas básicas poderão ser vistos nas planilhas aplicáveis ao
porto a que se refere este Plano Mestre.
Anexo 4
As rodovias de duas faixas podem ser divididas em duas classes, segundo o Método
do HCM (TRB, 2000):
Classe I – Correspondem às rodovias nas quais os condutores esperam trafegar em
velocidades relativamente altas. A mobilidade é a principal função dessas estradas, e
muitas vezes utilizadas para a realização de viagens de longa distância.
Classe II – A principal função dessas rodovias é a acessibilidade. A circulação em alta
velocidade não é a principal preocupação, visto que o atraso devido à formação de
filas é mais relevante como medida de avaliação da qualidade do serviço.
Na caracterização do nível de serviço LOS em rodovias de duas faixas utiliza-se não
apenas o débito e a velocidade, mas também o tempo de percurso com atraso, que
corresponde à percentagem do tempo total de percurso em que um veículo segue em fila,
condicionando a sua velocidade à presença de outros veículos.
A determinação do LOS se dá através da figura a seguir.
calculada a partir da velocidade em regime livre base, à qual aplicam-se correções que
atendem às características geométricas da rodovia em estudo.
A velocidade em fluxo livre base será a velocidade em fluxo livre de rodovias que
tenham os requisitos das condições geométricas base ou, como alternativa, pode-se usar a
velocidade base ou a velocidade limite legal da rodovia.
A expressão que permite calcular o tempo de percurso com atraso base é a seguinte:
Determinação do Débito
A expressão que permite calcular o débito para o período de pico de 15 minutos,
com base nos valores do volume de tráfego medido para o horário de pico, é a seguinte.
𝑉
𝑣𝑝 =
𝑃𝐻𝐹 × 𝑓𝑔 × 𝑓𝐻𝑉
Onde:
vp = Débito para o período de pico de 15 minutos (veículo/h)
V = Volume de tráfego para a hora de pico (veículo/h)
PHF = Fator de horário de pico
fg = Ajuste devido ao tipo de terreno
fHV = Ajuste devido à presença de veículos pesados na corrente de tráfego
Tabela 16. Fatores de equivalência para pesados e RVs para determinação do tempo de
percurso com atraso
TPO DE TERRENO
TIPO DE VEÍCULO DÉBITO (veíc/h)
Plano Ondulado
0-600 1,1 1,8
Pesados, Et >600-1200 1,1 1,5
>1200 1,0 1,0
0-600 1,0 1,0
Rvs, Er >600-1200 1,0 1,0
>1200 1,0 1,0
Determinação da Densidade
A equação a seguir representa a relação entre a velocidade média de percurso e a
taxa de fluxo de demanda ou débito. É através dela que se determina o nível de serviço de
uma rodovia de múltiplas faixas.
𝑣𝑝
𝐷=
𝑆
Onde:
D = Densidade de tráfego (veículo/km/faixa)
vp = Taxa de fluxo de demanda ou débito (veículo/h/faixa)
S = Velocidade média de percurso (km/h)
O ajuste devido à largura das faixas flw é obtido a partir da tabela a seguir.
O ajuste devido à desobstrução lateral flc para rodovias de quatro faixas é obtido a
partir da tabela a seguir.
Tabela 19. Ajuste devido à desobstrução lateral flc
DESOBSTRUÇÃO LATERAL (m) REDUÇÃO NA FFS (km/h)
3,6 0,0
3,0 0,6
2,4 1,5
1,8 2,1
1,2 3,0
0,6 5,8
0,0 8,7
O ajuste devido à densidade dos pontos de acesso fA é dado pela tabela a seguir.
Determinação do Débito
A expressão que permite calcular o débito para o período de pico de 15 minutos,
com base nos valores do volume de tráfego medido para a hora de pico, está representada
abaixo.
𝑉
𝑣𝑝 =
𝑃𝐻𝐹 × 𝑁 × 𝑓ℎ𝑣 × 𝑓𝑝
Onde:
vp = Débito para o período de pico de 15 minutos (veículo/h/faixa)
V = Volume de tráfego para a hora de pico (veículo/h)
PHF = Fator de hora de pico
N = Número de faixas
fhv = Ajuste devido à presença de veículos pesados na corrente de tráfego
fp = Ajuste devido ao tipo de condutor
Sempre que não existam dados locais, pode-se adotar os seguintes valores para o
fator da hora de pico:
0,88 – Áreas Rurais
0,92 – Áreas Urbanas
Onde:
fhv = Ajuste devido à existência de veículos pesados
PT = Proporção de caminhões na corrente de tráfego
PR = Proporção de veículos de recreio (RVs) na corrente de tráfego
ET = Fator de equivalência de caminhões em veículos leves de passageiros
ER = Fator de equivalência de veículos de recreio (RVs) em veículos leves de
passageiros