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PATRÍCIO FREITAS DE ANDRADE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

Relatório apresentado à Profa.


Antonia Ivanilce Castro da Silva
do Curso de Ciências Agrárias e do
Ambiente da Universidade Federal
do Amazonas - UFAM, como
requisito para a obtenção da nota
parcial na disciplina de Estágio
Supervisionado III.

Orientadora: Profa. MSc. Antonia Ivanilce Castro da Silva

BENJAMIN CONSTANT - AM
2013
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus pela coragem, força que tem dado à minha
vida acadêmica e pessoal. Agradeço em especial a minha mãe Dalvina Conceição
Freitas e meu pai Pedro Raimundo Rocha de Andrade que sempre me deram força para
continuar e nunca desistir, a minha mulher Marlene Marinho Sandoval e ao meu filho
querido Francisco Dalvan Sandoval de Andrade.
Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonas – INPA, pela oportunidade
concedida de Estágio. Ao Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos Amazônico – NERUA e
ao Núcleo de Etnoecologia da Amazônia Brasileira – NETNO.
A orientadora pelas instruções no trabalho e também aos professores do curso de
Ciências Agrarias e do Ambiente.
Agradeço aos amigos: Talyta Nascimento Nobre, Kettlen dos Santos, Lindon
Jonhson e Diones de Souza pela companhia.
A minha prima Fabiola Freitas da Silva e seu Marido Jorge Barbosa que nos
acolheram na cidade de Manaus.
Agradeço ao João malheta pelas horas de conversa e distração e a todos os
funcionários do INPA/NETNO/NERUA.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2. ABORDAGEM METODOLÓGICA ....................................................................... 6
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 7
3.1.1 Histórico ........................................................................................................... 7
2.1.2 Instalações ........................................................................................................ 7
3.2 Atividades acompanhadas na Estação Experimental de Hortaliças do INPA. ....... 8
3.2.1 Experimento de Jerimum (Curcubita moschata duchesne) ............................. 8
3.3 Atividades técnicas desenvolvidas na estação experimental do INPA. ................ 12
3.3.1 Experimento hidropônico ............................................................................... 12
3.3.2 Realização de um canteiro rasteiro................................................................. 16
3.3.3 Atividade de enxertia ..................................................................................... 18
3.3.4 Experimento de tomate ( yoshimatsu) ............................................................ 19
3.3.5 Experimento de maracujá do mato ................................................................. 20
3.3.6 Experimento de Açaí ...................................................................................... 21
3.3.7 Coleta de solo para experimento de cubiu ..................................................... 21
3.4 Visitas nas instituições que desenvolvem pesquisas no setor primário. ............... 21
3.4.1 Estação experimental do Ariau ...................................................................... 22
3.4.2 Estação Experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária –
EMBRAPA.............................................................................................................. 22
3.4.3 Laboratório de melhoramento genético de hortaliças .................................... 25
3.4.4 Reuniões com o grupo NETNO-Núcleo de Etnoecologia na Amazônia
Brasileira ................................................................................................................. 25
RESTRIÇÕES ................................................................................................................ 27
MEMORIAL .................................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 30
ANEXOS e APÊNDICES .............................................................................................. 33
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INTRODUÇÃO

O Instituto Euvaldo Lodi (2010, p. 24) conceitua o estágio como sendo “o ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho que visa à
preparação para o trabalho produtivo do estudante”.
Segundo Medeiros et al (2006) o estágio significa aprendizagem, ou seja,
estudos práticos para a experiência em determinado assunto ou profissão e
aprimoramento do desenvolvimento profissional.
Sendo assim é relevante aplicar o conhecimento adquirido durante o estágio.
A Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, dispõe sobre o estágio de
estudantes:
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido
no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino
médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental,
na modalidade profissional da educação de jovens e adultos (2008, p
01).
A Resolução nº 004/00, estabelece normas para os estágios da Universidade do
Amazonas:
Art. 2º - Os cursos de graduação da Universidade do Amazonas que
oferecem como parte de suas estruturas curriculares, ao menos, um
Estágio Supervisionado de caráter obrigatório, deverão ter duração
mínima de um período letivo, com carga horária determinada pelo
colegiado do curso, obedecendo a legislação em vigor (2000, p. 2).
O Projeto Politico Pedagógico do Curso de Licenciatura e Bacharelado em
Ciências Agrárias e do Ambiente s/d conceitua Estágio Supervisionado como:
Uma atividade formativa que deverá prioritariamente ser executada
em contato direto com as unidades escolares dos sistemas de ensino e
unidades produtoras do setor primário. Também se configura como
um espaço privilegiado para a construção do conhecimento a partir de
práticas observadas e vivenciadas seja na área da educação ou na área
agrícola-ambiental, seja no formato tradicional e/ou inovador, levando
desta forma os conceitos teóricos discutidos dentro da academia até o
espaço extra-classe, proporcionando o aprimoramento profissional do
discente e, ao mesmo tempo, fomentando o conhecimento.
O estágio realizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA,
anteriormente conhecida como Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas -
CPCA, hoje ligada a Coordenação de Sociedade Ambiente e Saúde – CSAS, que tem
um grupo de pesquisa interinstitucional NERUA – Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos
Amazônico, trabalham com o objetivo de estabelecer um diálogo entre o conhecimento
científico e o conhecimento tradicional, de maneira a compreender como o processo de
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manejo das espécies agrícolas pelas populações tradicionais contribui para o


melhoramento de plantas. Há projetos em desenvolvimento que podem facilmente ser
aplicados e transmitidos aos agricultores familiares da região do Alto Solimões.
A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Limeira – AEAL (2010)
conceitua Melhoramento Genético como a produção de plantas resistentes a pragas e
doenças, melhoria na produtividade vegetal, tolerância a temperaturas altas ou baixas,
obtenção de variedades de melhor valor industrial.
O estágio curricular supervisionado III é a oportunidade que o acadêmico tem
para realizar a inter-relação, entre a teoria adquirida ao longo do curso, com á pratica
propriamente dita no local a ser estagiado. Além de ter a prerrogativa de conhecer o
funcionamento das instituições que desenvolvem atividades com ênfase no curso de
Ciências Agrárias e do Ambiente, moldando assim um profissional com condições de
atuar na área.
O estágio não pode ser considerado somente como a parte prática, necessita da
teoria para tê-lo como fundamentação, Pimenta & Lima (2006) nos mostra que para a
formação do profissional, não necessita fundamentalmente atuar somente com teoria e
nem somente com a prática, ou seja, para a formação deve-se ter um elo entre teoria e
prática.
O currículo do Curso de Graduação em Ciências Agrárias e do Ambiente, com
habilitação dupla em Licenciatura e Bacharelado, considera 100 horas de Estágio
Supervisionado III obrigatório.
O objetivo geral foi vivenciar experiências técnicas no Instituto Nacional de
Pesquisas na Amazônia –INPA/NERUA – Núcleo de estudos rurais e Urbanos
Amazônicos, por meio do Estágio Supervisionado III, no Estado do Amazonas, Manaus.
Tendo os objetivos específicos: I) Descrever a infraestrutura da Estação
Experimental de Hortaliças. II) Acompanhar as atividades desenvolvidas na Estação
Experimental de Hortaliças do INPA. III) Realizar atividades técnicas na estação
experimental do INPA e IV) Realizar visitas nas instituições que desenvolvem
pesquisas no setor primário.
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2. ABORDAGEM METODOLÓGICA

O Estágio Supervisionado III foi realizado na Estação Experimental de


Hortaliças do Instituto Nacional de pesquisa na Amazônia – INPA situado na Av. André
Araújo, 2.936 - Petrópolis - CEP 69067-375 - Manaus - AM, Brasil, caixa Postal 2223 -
CEP 69080-971. O supervisor na Instituição foi o Prof. Dr. Danilo Fernandes da Silva
Filho, designando o José Nilton Rodrigues Figueiredo como responsável para
acompanhamento na Estação Experimental de Hortaliças.
A estação experimental de Hortaliças do INPA “Alejo von der Pahlen”, está
localizada no Km 14 da rodovia AM-010, dentro do Parque Agropecuário do Governo
Estadual, a 03°8’ sul e 60°01’ W Gr, com altitude de 72 m acima do nível do mar.
O clima local é caracterizado como "Afi" no esquema de Köppen, registrando
2.450 mm de chuva, com uma estação seca no período de julho a setembro (FILHO,
2005).
O estágio foi realizado no período de 12/08 a 03/09 no horário de 07h00min as
11h00min e de 14h00 min as 16h00min com carga horaria diária de seis horas.
Foram realizadas atividades na Estação Experimental de Hortaliças envolvendo
Melhoramento Genético e visitas na Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária –
EMBRAPA e na Estação Experimental do Ariau. Feitas reuniões com o grupo de
estudo: Núcleo de Etnoecologia da Amazônia Brasileira – NETNO, um grupo de
pesquisas da UFAM, vinculada a Faculdade de Ciências Agrárias, sendo realizadas
também leituras bibliográficas.
O método utilizado foi o de observação participante como nos mostra Marconi e
Lakatos (2009) consiste na participação do pesquisador com a comunidade ou grupo,
ocorre a incorporação e participa das atividades normais.
A abordagem foi a sistêmica proposta por (MORIN, 2005) a palavra sistêmica
tem relação com a expressão sistema, que se refere ao todo que é composto pelas partes
que o compõem.
Os instrumentos adotados foram: caderno de campo para anotações diárias das
atividades realizadas e percepções sobre o trabalho desenvolvido e câmera fotográfica
para registro das imagens.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No dia 12/08 teve-se reunião na sala do NETNO nos dias 13 e 14/08 foram
necessários para realização de trâmites legais, voltados para inserção do estagiário na
instituição.
3.1 Infraestrutura da estação experimental de hortaliças do INPA

3.1.1 Histórico

A estação experimental de hortaliças do INPA está localizada na AM-010, Km


14, possui uma área de 10 ha, em terra firme. Essa área foi cedida para uso, pelo
Governo do Estado do Amazonas, anteriormente a área era utilizada com a finalidade
para atividade pecuária, o que resultou na sua total degradação. As áreas de cultivo
foram sendo definidas e com o passar do tempo, manchas de vegetação secundária
foram ocupando a área, tanto por meio espontâneo como por introduções.
Em relação às espécies botânicas Martins (2000) ao realizar levantamento
florístico da área identificou cerca de 188 espécies de plantas e 55 famílias botânicas.
Quando a área foi cedida ao INPA, possuía uma declividade acentuada, os
pesquisadores para superar tal problema, construíram camalhões, ou seja, terraços de
base estreita com 2,0 a 3,0 m de largura e 40 a 60 cm de altura. Os terraços são sulcos
ou valas construídas transversalmente à direção do maior declive, sendo construídos
basicamente para controlar a erosão e aumentar a umidade do solo.

2.1.2 Instalações

Atualmente as instalações existentes são: uma garagem, três casas de vegetação,


um reservatório de água, uma composteira, um refeitório, uma despensa/almoxarifado,
uma cozinha, dois banheiros e sete experimentos de hortaliças em campo (jerimum,
cubiu, dois de tomate, maracujá do mato, taioba e ariá).
Em terraços que não são cultivados, os pesquisadores deixam descansando, ou
seja, em pousio, crescendo poeraria (Pueraria phaseoloides (Roxb.) Benth. por ser um
leguminosa, para fixação de nitrogênio.
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3.2 Atividades acompanhadas na Estação Experimental de Hortaliças do


INPA.

3.2.1 Experimento de Jerimum (Curcubita moschata duchesne)

No dia 12/08/2013 o estágio foi iniciado no NETNO - Núcleo de Etnoecologia


na Amazônia Brasileira na Universidade Federal do Amazonas – UFAM, no bloco 1.
Professor Valmir Souza de Oliveira, na Faculdade de Ciências Agrárias-FCA.
A Prof.ª integrante do grupo NETNO apresentou seu projeto de doutorado,
“Variabilidade genética e conservação de Curcubita moschata (Jerimum) na Agricultura
Familiar no Alto Solimões” (figura 1).
Figura 1 – Experimento de Jerimum (Curcubita moschata) instalado na Estação Experimental
de Hortaliças, Manaus-2013

Fonte: Próprio Autor.


Foram utilizados 6 progênies de meios - irmãos de procedência do Alto
Solimões, sendo coletadas seis variedades (frutos), em unidades de produção familiares
localizadas em ecossistemas de várzea e terra firme nos municípios de Benjamin
Constant. Para o ensaio de campo foi adotado o delineamento experimental em blocos
casualizados com parcelas subdivididas, onde os tratamentos foram as subamostras
coletadas em áreas de agricultura familiar e uma cultivar comercial.
Cada subparcela tinha três plantas, no total havia 126. A irrigação é do tipo
aspersão que são jatos de água lançados ao ar, caem sobre o cultivo na forma de chuva
(figura 2).
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Figura 2 - Irrigação por aspersão no experimento de Jerimum na Estação


Experimental de Hortaliças, Manaus - 2013

Fonte: Próprio autor.


Segundo Andrade e Brito (2006) os pontos positivos da irrigação por aspersão
são: (1) facilidade de adaptação às diversas condições de solo e topografia; (2) apresenta
potencialmente maior eficiência de distribuição de água; (3) pode ser totalmente
automatizado; (4) pode ser transportado para outras áreas; (5) as tubulações podem ser
desmontadas e removidas da área, o que facilita o tráfego de máquinas. As principais
limitações são: (1) os custos de instalação e operação são mais elevados que os do
método por superfície; (2) pode sofrer influência das condições climáticas, como vento
e umidade relativa; (3) pode favorecer o aparecimento de doenças em alguns cultivos e
interferir com tratamentos fitossanitários; (5) pode favorecer a disseminação de doenças
cujo veículo é a água.
No experimento foi observado que o melhor desenvolvimento dos frutos foi em
relação ao bloco dois, sendo o bloco um melhor que o três. Isto se deve ao fato de que
no bloco três o terraço não chegou a ter descanso.
A probabilidade é que haja mais variações dentro das espécies de um mesmo
bloco, do que entre variabilidade genética entre os blocos.
No dia 15/08/2013 um especialista em fitopatologia coletou folhas para análise
para análise, segundo ele os sintomas das doenças podem variar de região para região.
O fungo mais disseminado foi o oídio, segundo Pereira et al (2013) os sintomas
da doença iniciam-se principalmente nas partes superiores das folhas mais velhas e
desenvolvidas das plantas, na forma de pequenas áreas cloróticas com bordos
irregulares que aumentam de tamanho e atingem alguns centímetros de diâmetro ou até
toda a superfície foliar (figura 3).
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Figura 3 - Fungo oídio no experimento de Jerimum no bloco 1

Fonte: Próprio autor.


São conhecidos pelo menos seis agentes causais do oídio em cucurbitáceas, mas
as espécies Erysiphe cichoracearum e Sphaerotheca fuliginea são as mais frequentes e
importantes (STADNIK e RIVERA, 2001).
No dia 16/08 foi coletado os frutos de jerimum (figura 5). A colheita foi
realizada com base na orientação dos agricultores, sendo necessário retirar o fruto
quando o pedúnculo estivesse rachado/ seco (figura 5). O procedimento adotado foi
anotar o número da parcela correspondente ao fruto colhido, para posterior identificação
no momento da pesagem.
Figura 4 - Colheita dos frutos de Jerimum no bloco 1, na Estação Experimental de
hortaliças, Manaus-2013

Fonte: Próprio autor.


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Figura 5 – Pedúnculo do Jerimum ideal para colheita

Fonte: Próprio autor.


As plantas de Jerimum são autógamas. Seria possível haver reprodução entre a
cultivar comercial e as progênies (semente crioula)? Segundo o Pesquisador Hiroshi
Noda sim, no entanto somente haveria possibilidade de expressão do fenótipo da
segunda geração em diante.
Após a colheita foi realizado a pesagem no laboratório da Estação Experimental
de Hortaliças, anotação e registro fotográfico.
No dia 20/08 foi realizado coleta das folhas de Jerimum, para uso de descritores
morfológicos, uma forma de caracterizar as características das espécies (formato da
folha, tamanho, nervuras, cor, manchas na folha e entre outros). A coleta foi realizada
cortando-se o talo com tesoura de poda e posteriormente identificação da subparcela, a
folha era colocada dentro de um jornal, para posterior identificação das características
em laboratório.
No dia 22/08 foi realizado colheita das folhas de Jerimum, visando os descritores
morfológicos, colheita dos frutos e pesagem.
No dia 27/08 foi feita contagem dos frutos de Jerimum por parcela.
No dia 30/08 foi realizado peso dos frutos de Jerimum. Em seguida foi coletado
folhas de Jerimum para realização dos descritores.
No dia 03/09 foi realizada colheita dos frutos de Jerimum (figura 6).
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Figura 6. Frutos do experimento de Jerimum no laboratório da estação


experimental de hortaliças

Fonte: Próprio autor.

3.3 Atividades técnicas desenvolvidas na estação experimental do INPA.

3.3.1 Experimento hidropônico

No dia 20/08 foi realizado sistema hidropônico na casa de vegetação da estação


experimental do INPA, sendo seguidas as orientações contidas na cartilha básica de
orientação ao cultivo hidropônico (2010), o equipamento de proteção da área de cultivo
hidropônico preferencialmente deve ser a casa de vegetação.
Segundo a cartilha básica de orientação ao cultivo hidropônico (2010 p. 02), “a
palavra hidroponia vem do grego, significa trabalho com água, ou seja, a denominação
de uma técnica de cultivo de hortaliças de folhas, frutos e flores em que o solo é
substituído por uma solução nutritiva”.
A espécie utilizada foi o cariru (Talinum triangulare (Jacq.)), também conhecido
como caruru ou João-Gomes, tem características de uma planta herbácea da família
Portulacea. Sua origem é da região amazônica é de fácil cultivo, não é tão exigente
quanto a nutrientes para seu crescimento, as condições edafoclimáticas da região são
favoráveis ao seu cultivo (PIMENTEL, 1985).
A reprodução foi pelo método de estaquia um termo utilizado para o processo de
propagação no qual ocorre a indução do enraizamento adventício em segmentos,
contendo ao menos uma gema, destacados da planta-mãe que, uma vez submetidos a
condições favoráveis, originam uma muda (Fachinello et al., 1995).
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Os sais utilizados para a solução nutritiva foram: sulfato de magnésio, fosfato


monoamônico, fertilizante mineral, cálcio e Fe + micronutrientes, segundo Zambrosi e
Furlani (2006) entende-se por solução nutritiva um meio pelo qual os nutrientes são
previamente dissolvidos na água para serem dispostos à planta, são tidos como sendo
uma das partes mais importantes de todo o processo do sistema hidropônico,
significando que o mau uso pode acarretar sérios prejuízos para as plantas.
O cariru foi comprado fresco pela manhã na Feira Mun. do Coroado III,
localizado Av. Al. Cosme Ferreira, s/nº – Coroado III. Com peso aproximadamente de 2
a 3 Kg. Na estação foram removidas as folhas e os talos com coloração parcial ou
totalmente amareladas. Foram feitos cortes dos talos de aproximadamente 15 a 20 cm,
que permaneceram na sala do laboratório por 24 horas, com o intuito de cicatrização.
No dia 22/08 o Prof. MSc. Fábio Sebastião Araújo ministrou aula sobre os
passos a serem seguidos para preparação da solução nutritiva.
 Escolhe-se uma formulação, os sais estão em Mmol. L-1.
 Multiplica-se: Mmol/L x massa atômica do elemento químico, que vai compor a
solução nutritiva, então terá o resultado em mg/L ou g/1000 l ou ppm.
 Calcular o quanto de cada sal ou fertilizante vai-se usar.
Ao término da aula, as estacas foram postas submersas em água dentro de um
vasilhame para criar raiz (figura 7).
Figura 7- Estacas de cariru em um vasilhame no laboratório da Estação Experimental de
Hortaliças, Manaus-2013

Fonte: Próprio autor


No dia 26/08 foi instalado o experimento hidropônico, iniciando com furos no
fundo dos copos de 280 ml (figura 8). Em seguida houve limpeza dos recipientes
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(floreiras), onde foram colocadas fitas laminadas para refletir a luz, sendo que a
temperatura da solução nutritiva não deve exceder os 30ºC.
Figura 8 – Copos de 280 ml sendo perfurados

Fonte: próprio autor.


O próximo passo foi à instalação das bombas de oxigenação (figura 9). Em
seguida cortaram-se as esponjas (material para fixação das estacas) e houve fixação das
estacas nas esponjas e preparo das soluções, sendo necessário calibrar os aparelhos:
condutivímetro e Peagâmetro. O condutivímetro é utilizado para medir a quantidade de
íons dissolvidos na solução. O uso desse equipamento indica a concentração da solução.
O Peagâmetro é utilizado para determinar o grau de alcalinidade ou acidez. A solução
deve estar numa faixa entre 5,5 a 6,5.
Figura 9 – Instalação de bombas de oxigenação na casa de vegetação

Fonte: Próprio autor.


Foi obtido 60 litros de solução nutritiva, a partir da mistura de 3 vezes em um
recipiente de 20 L, utilizando: 20 l de água; 100 ml de fertilizante misto; 100 ml de
nitrato de cálcio; 100 ml de sulfato de magnésio; 100 ml de fosfato monoamônico; 100
ml de Fe + micronutrientes (figura 10). Em cada floreira foi utilizado seis litros da
solução, o espaçamento entre floreiras foi de 25 cm.
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Figura 10 – Recipiente para mistura dos sais

Fonte: Próprio autor.


Após a preparação de cada mistura fazia-se necessário medir o pH e a
condutividade, com os aparelhos já calibrados. Quando o pH estava abaixo de 5,0
necessariamente tinha-se que elevar, sendo utilizado o hidróxido de sódio. Após o
enchimento de todas as floreiras ligaram-se os aparelhos de bomba de oxigenação,
colocando as plantas nos copos e posteriormente nos recipientes (figura 11).
Figura 11 – Experimento de cariru implantado na casa de vegetação

Fonte: Próprio autor.


No dia 29/08 as estacas de cariru estavam com o sistema radicular desenvolvido
e as folhas estavam com aproximadamente 2 a 4 cm de altura, havendo um total de 15
plantas. A temperatura máxima neste dia foi de 35º C e a mínima de 21ºC.
No dia 02/09 após sete dias as mudas de cariru apresentavam tanto o sistema
radicular como a parte área desenvolvida. A parte área entre 8 a 11 cm. Havia 18
plantas, em relação à temperatura, a máxima foi de 42ºC e a mínima de 21º C.
No dia 04/09 as mudas de cariru estavam com aproximadamente de 9 a 13 cm de
altura.
16

3.3.2 Realização de um canteiro rasteiro

No dia 23/08 a atividade foi entender o processo da correção do solo com


calcário calcitíco, em quatro canteiros com as respectivas medidas: dois canteiros com
10 m e 2 dois com 7 m, os canteiros tinham cerca de 15 a 20 cm de altura, o ideal para o
desenvolvimento radicular das plantas e cerca de 1 m de largura, porque é possível
atingir o centro do canteiro com o braço, o espaçamento entre canteiros tinha 40 cm, o
que é permitido para o trânsito de uma pessoa (figura 12). Conforme Amaro et al (2007,
p. 05) “a grande maioria das hortaliças prefere um pH do solo entre 6,0 a 6,5, mas isso é
relativo principalmente em função do tipo de solo, teor de matéria orgânica e espécie
cultivada”.
Figura 12 – Canteiros feitos calagem na Estação Experimental do INPA

Fonte: Próprio autor.


Foi aplicado 200 g/m2 de calcário, seguindo o método descrito por Amaro et al
(2007, p. 05) “na ausência dos resultados da análise do solo utiliza-se em média de 200
g/m2 de calcário em solos provavelmente ácidos e não corrigidos nos últimos 4-5 anos”.
Após a aplicação foi realizado a incorporação do calcário ao solo com enxada.
No dia 29/08 realizou-se adubação orgânica (figura 13) utilizando-se 4 kg para
cada metro, o que esta conforme o descrito por Meirelles et al (2005) a adubação ideal
de matéria orgânica é de 3 a 4 litros. Foram utilizados cerca de 80 quilos em dois
canteiros de dez metros, ou seja, 40 Kg em cada canteiro. Foi aplicado em três canteiros
de sete metros 84 Kg, sendo 28 Kg para cada canteiro.
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Figura 13 – Adubação orgânica nos canteiros

Fonte: Próprio autor.


O composto orgânico tem as suas peculiaridades no ramo da agricultura familiar
Formentini (2008, p. 17) afirma que “é um material já praticamente estabilizado que não
queima as plantas quando utilizado nas dosagens recomendadas. Tem uma grande
capacidade de retenção de umidade e melhora as condições do solo para o
desenvolvimento dos organismos úteis”.
Após a aplicação e incorporação dos adubos orgânicos ao solo, foi incluído o
superfosfato simples. Depois de toda a aplicação foi realizado transplantio de brócolis e
alface, com espaçamento triangular. Foram plantadas 700 sementes de coentro de duas
formas diferentes. Uma por sulco e outra a lanço. Foram feitos sete sulcos. Os dois
métodos de plantio foram cultivados em um espaço de 1m2, com o objetivo de verificar
qual técnica irá apresentar maior produtividade (figura 14). Após o plantio foi realizado
cobertura morta.
Figura 14 – Mudas de Alface e Brócolis no canteiro da Estação Experimental de
Hortaliças, Manaus-2013

Fonte: Próprio autor.


No dia 02/09 foi observado que os canteiros com as mudas de brócolis e alface
se adaptaram bem ao solo. As sementes de coentro ainda não tinham germinado. Foi
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feito uma cobertura morta, com folhas de palmeira com altura de 80 cm com largura de
2 m.

3.3.3 Atividade de enxertia

No dia 29/08 foi realizada enxertia do tomate Santa cruz (Solanum


lycopersicum) no cubiu (Solanum sessiliflorum) (figura 15). Havia outras mudas,
contudo Peil (2003, p. 01) “nos mostra que nem todas as espécies apresentam
características morfo-fisiológicas que possibilitam a enxertia”.
Figura 15 – Atividade de enxertia realizada na casa de vegetação

Fonte: Próprio autor.


O objetivo fundamental da enxertia está relacionado com a resistência de certas
plantas a patógenos do solo, ou seja, evitar o contato do patógeno com a planta.
Para o sucesso da enxertia, se faz necessário que haja coincidência entre os
tecidos próximos ao câmbio vascular da planta, que gera o calo ou cicatriz. Segundo
Peil (2003) não há nenhum método que possa prognosticar o resultado da enxertia,
quanto maior a afinidade botânica entre as duas plantas, maior será a possibilidade de
sobrevivência. Conforme Goto et al (2003) o insucesso de uma enxertia depende de
vários fatores, no entanto, em primeiro lugar a incompatibilidade entre o enxerto e o
porta-enxerto é primordial.
Em linhas gerais, se pode dizer que quanto maior a afinidade botânica entre as
espécies, maior a probabilidade de sobrevivência do enxerto, sendo que as plantas
devem estar em estádios de crescimento adequado.
A enxertia realizada foi do tipo fenda simples (figura 16), a mais utilizada em
solanáceas. O procedimento realizado na casa de vegetação foi conforme Sirtoli (2007),
19

onde nos mostra que para a realização de uma enxertia, o ideal é o porta-enxerto
apresentar 10 folhas expandidas e o enxerto três folhas, o caule deve apresentar cerca de
3 cm de diâmetro.
Figura 16 – Formato de corte do tomate para enxertia

Fonte: Próprio autor.


O ponto de enxertia foi realizado com corte abaixo da primeira folha no caule,
com o objetivo de evitar a brotação das gemas dormentes do porta-enxerto. No enxerto
o corte foi feito abaixo das folhas, visando à brotação das gemas dormentes. Após a
realização da enxertia as plantas foram mantidas em local sombreado e em seguida
foram irrigadas, para promover a cicatrização, Peil (2003) destaca que a temperatura
ambiente não demasiada alta e a umidade elevada no momento da enxertia são fatores
que promovem a cicatrização.
Após três dias as plantas apresentavam um pegamento de 100%.

3.3.4 Experimento de tomate ( yoshimatsu)

O Prof. Dr. Hiroshi Noda, desenvolveu ao decorrer dos anos, no programa de


melhoramento de plantas uma cultivar de tomate resistente a Murcha Bacteriana
(Rasltonia solanacearum), que chamou de Yoshimatsu.
A cultivar Yoshimatsu Y-4-11, obtida na geração F7, é considerada como padrão
de reação de resistência à murcha bacteriana NODA et al., (1996). Segundo Lopes
(2009, p.1-2):
A murcha bacteriana é uma das principais doenças das solanáceas em
países de clima tropical e subtropical. É a mais importante doença do
tomateiro na Região Norte do Brasil, onde é fator limitante à produção
na maior parte do ano. O sintoma mais típico da murcha bacteriana do
tomateiro é a murcha da planta de cima para baixo, que é resultante da
20

interrupção parcial ou total do fluxo de água desde as raízes até o topo


da planta. A doença se manifesta em qualquer estádio de
desenvolvimento, embora seja mais comum por ocasião da formação
do primeiro cacho de frutos.
No dia 27/08 foram feitas oito leiras para plantio de tomate (Yoshimatsu), com
espaçamento de 1 metro de distância (figura 17). Foram enfiadas estacas no início e
término de cada leira. As leiras foram feitas com enxada, em seguida fez-se as covas,
tendo a primeira uma distância da borda de 20 cm, as outras eram equidistantes há 50
cm. Obteve-se um total de 40 covas por leira, totalizando 320.
Figura 17 – Espaçamento das leiras, para plantio de tomate na Estação Experimental de
Hortaliças, Manaus-2013

Fonte: Próprio autor.


No dia 30/08 as mudas de tomate (Yoshimatsu) foram transplantas para o campo,
haviam sido cultivadas em bandejas de 128 células.

3.3.5 Experimento de maracujá do mato

Na estação experimental está em andamento o experimento de maracujá do mato


(Passiflora cincinnata Mast), no dia 26/08 foi realizada coleta de folhas para a análise
de nutrientes (figura 18), após as coletas o técnico responsável realizará as exsicatas do
material coletado, com peso aproximado de 1 Kg.
Figura 18 – Colheita das folhas na Estação Experimental de Hortaliças para análise dos
nutrientes, Manaus-2013
21

Fonte: Próprio autor.


O experimento está disposto em cinco blocos casualizados, com cinco repetições
e seis tratamentos (diferentes dosagens de adubo orgânico).

3.3.6 Experimento de Açaí

No dia 03/09 foi realizada biometria no experimento de açaí (Euterpe


precatória), os parâmetros anotados foram: diâmetro do caule rente ao solo a 80 cm e a
1,30 m; altura da planta rente ao solo até a folha mais nova; numero de nós a um metro
e numero de folhas.

3.3.7 Coleta de solo para experimento de cubiu

No dia 02/09 houve coleta de solo em uma casa de vegetação, onde seria
realizado experimento de cubiu (Solanu sessiliflorum). As coletas realizadas seguiram a
recomendação do Instituto Agronômico do Paraná (1996), foram por amostras simples
com 6 pontos, limpando-se a superfície do terreno, retirando as impurezas sem contudo
raspar a terra. As amostras coletadas foram com profundidades diferentes sendo elas: 20
cm, 40 cm e 60 cm.
Após as coletas, as amostras simples foram reunidas em um balde plástico e
misturadas, formando uma amostra composta. Em seguida retirou-se aproximadamente
500g de terra, colocando-as em sacos plásticos sem uso, identificando o numero e
informações complementares. A irrigação do experimento será por gotejamento.

3.4 Visitas nas instituições que desenvolvem pesquisas no setor primário.


22

3.4.1 Estação experimental do Ariau

Dia 28/08 foi realizada visita na estação de olericultura de várzea, localizada na


Rua Jandira, conhecida como estação de Ariaú. A cheia oscila entre final de fevereiro e
inicio de março, o que interrompe as atividades até a seca. Foi realizado plantio de duas
variedades de melancia: Charleston gray Super e Crimson Super com espaçamento de
aproximadamente 2,5 m (figura 19), a disposição espacial da área foi na forma do
espaçamento equilátero latino (formato zig zag), sendo plantadas duas fileiras com uma
espécie nas próximas duas a outra espécie. O ideal é após três folhas realizar-se o corte
da rama principal, para ativar os brotos dormentes que ficam abaixo de cada gema.
Figura 19 – Plantio de melancia em terras de várzea, Iranduba-2013

Fonte: Próprio autor.


A área possui 35 metros de largura x 50 metros de comprimento, totalizando
1.750 metros. Foram realizadas 280 covas totalizando 1.120 sementes, sendo colocadas
quatro sementes em cada cova. Após o término da semeadura direta realizou-se
irrigação com uma maquina costal de 20 litros.

3.4.2 Estação Experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa em


Agropecuária – EMBRAPA

No dia 28/08 foi realizado visita na estação experimental caldeirão em


Iranduba/AM pertencente à EMBRAPA, com o objetivo de conhecer as atividades
realizadas no local. A recepção ficou por parte do pesquisador e coordenador da
instituição. Foi feita visita ao plantio de Acácia (Acacia mangium) e Bambu (Bambusa
vulgaris vittata) sendo cultivadas para a produção de carvão. Segundo o coordenador
local cada 0,8 m2 de árvore queimada produz aproximadamente um milheiro de tijolo. A
23

Acácia é uma espécie exótica, no entanto visa a produção de carvão, procurando atender
a demanda local.
“A qualidade da madeira produzida em plantios da espécie é adequada à
produção de papel, carvão e móveis (National Research Council, 1983; LEMMENS et
al., 1995, apud ROSSI, 2003 p. 11)”.
Segundo Brito et al (1987) o carvão do bambu é mais denso e tem maiores teores
de cinzas em relação ao carvão de madeira.
Há uma área produzindo guaraná (Paullinia cupana var. sorbilis) (figura 20),
com o objetivo de avaliar a produção. Após a produção de frutos corta-se 3 brotos
(gema). Conforme Poltronieri (1995) o guaranazeiro é nativo da Amazônia, uma planta
trepadeira da família Sapindácea, quando cultivado em espaços abertos assume aspecto
de um arbusto. O fruto abre-se espontaneamente depois de maduro, podendo conter de
uma a três sementes (figura 21).
Figura 20 – Plantio de guaraná na Estação Experimental do Caldeirão,Iranduba-2013

Fonte: Próprio autor.

Figura 21 – Forma do fruto maduro na Estação Experimental do Caldeirão, Iranduba, 2013

Fonte: Próprio autor.


A reprodução é realizada por meio de clone (propagação por estaquia) visando a
seleção para uso de melhoramento genético. Segundo o coordenador local o maior
24

problema encontrado no cultivo do guaraná é o superbrotamento (figura 22). Araújo et


al (2005, p. 1) relata que:
Um dos principais efeitos do superbrotamento nas plantas de
guaranazeiro é devido à multiplicação exagerada de células, tanto em
gemas florais, quanto em gemas vegetativas, reside no fato de
estabelecer um dreno ou sítio de competição entre as partes infectadas
da planta e os ramos e/ou folhas sadias, em detrimento do crescimento
estrutural e, em última análise, da produtividade das plantas.

Figura 22 – Superbrotamento no guaranazeiro na Estação Experimental do Caldeirão,


Iranduba-2013

Fonte: Próprio autor.


Na área também há um cultivo de bananeira resistente a sikatoka -negra que
segundo Mourichon et al., (1997) apud Fioravanço e Paiva (2005) é uma doença
causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet, muito mais destrutiva que o da
Sigatoka-amarela (M. musicola Leach ex Mulder), caracterizando-se por apresentar
maior velocidade e intensidade de ataque e por infectar também as folhas mais jovens,
destruindo, em consequência, maior quantidade de tecido fotossintetizante.
Esta cultivar foi denominada pelos pesquisadores de “BRS conquista”, conforme
Pereira e Gasparotto (2008, p. 1) “foi obtida a partir de mutação (variação) natural em
uma população de plantas da cultivar Thap Maeo no Campo experimental da Embrapa
Amazônia Ocidental em Manaus, Estado do Amazonas”.
Visita nos experimentos de mandioca, com cerca de 40 variedades ou mais,
inclusive uma nova cultivar como nos mostra Dias et al (2003, p 2):
A Embrapa Amazônia Ocidental, em parceria com a Embrapa
Mandioca e Fruticultura, selecionou, por meio de avaliações
quantitativas e qualitativas, a cultivar Aipim Manteiga por esta
apresentar potencial de utilização na alimentação humana como
25

macaxeira pré-cozida, congelada pronta para fritar, polvilho doce


(goma), massa para purê, pé-de-moleque e croquete, farinha de
macaxeira integral semipronta para alimentação infantil e merenda
escolar.

3.4.3 Laboratório de melhoramento genético de hortaliças

No dia 19/08 foi realizada visita no laboratório de melhoramento genético de


hortaliças da CSAS para separar semente para experimentos de germinação sementes
para experimentos de germinação.

3.4.4 Reuniões com o grupo NETNO-Núcleo de Etnoecologia na


Amazônia Brasileira

No dia 21/08 foram realizadas leituras bibliográficas na sala do Núcleo de


Etnoecologia na Amazônia Brasileira – NETNO, um grupo de pesquisa tendo como
líder a Prof.ª Dra. Sandra do Nascimento Noda. O núcleo caracteriza-se como sendo
interdisciplinar e interinstitucional sendo formado com o objetivo de pesquisar, formar
recursos humanos e divulgar o conhecimento etnoecológico de agricultores familiares
assentados na Amazônia brasileira. Especificamente o núcleo busca informar e divulgar
o conhecimento gerado sobre os processos de organização, as formas e os sistemas
tradicionais de produção na agricultura regional. Os produtos finais, publicados
apresentam as tendências socioculturais e econômicas sobre o uso do espaço
agricultável, as formas de produção, os processos e procedimentos de conservação dos
recursos e os modos de vida regional. Os resultados e produtos apresentados são
referências para o planejamento participativo de ações públicas para o desenvolvimento,
a sustentabilidade, a conservação de recursos e a segurança alimentar. O grupo tem
participado de projetos governamentais e de iniciativa das sociedades locais sobre a
agricultura familiar regional.
O grupo tem reuniões semanais às sextas-feiras. Devido à inserção em um
projeto anterior, fomos convidados a participar das reuniões de capacitação. No dia
23/08 surgiu à oportunidade de participar da reunião. No inicio teve uma dinâmica de
resgate da reunião anterior. O professor que conduziu, tratou um tema intitulado
“croqui”, uma palavra de origem francesa, que tem como significado o esboço ou
26

rascunho, do qual se deseja fazer uma representação da realidade, sem escala, com
traços a mão. Mostrou que um croqui tem sua finalidade, dependendo do que o
indivíduo deseja. Ao término da reunião teve uma dinâmica (anjo amigo), onde cada
integrante escreveu em uma folha de papel um tema com o nome de outro integrante,
para que este pudesse explorar na próxima reunião de forma breve para todos do grupo.
A próxima reunião ocorreu no dia 30/08, iniciando com a dinâmica de resgate da
reunião anterior, após cada participante falou de seu tema. Nesta reunião a Prof.ª Lucia
Helena Pinheiro Martins tratou um tema sobre “coleta botânica”.
27

RESTRIÇÕES

Um dos obstáculos para a realização do Estágio Supervisionado III foi em


relação à burocracia para a saída dos discentes, e também ao tempo de execução, sendo
curto o período de realização.
Já na cidade onde foi realizado o estágio um dos obstáculos foi na questão do
transporte público, no entanto não chegou a ser nenhum empecilho que pudesse parar
por completo a realização do mesmo.
28

MEMORIAL
O local escolhido para realização do estágio supervisionado III, foi em relação à
aptidão de pesquisa desenvolvida referente à linha de pesquisa que pretendo seguir.
Sendo assim durante todo o conhecimento adquirido ao longo do curso serviu como
subsidio para o decorrer das experiências em campo na Estação Experimental de
Hortaliças.
O período para realização do estágio foi muito curto, porque foram iniciados
vários experimentos e não pôde – se avaliar os mesmos. Foi observado que há pesquisas
relacionadas ao melhoramento genético de hortaliças voltadas para a Agricultura
Familiar no Alto Solimões. Dessa forma a experiência fez-se de suma relevância para o
aprendizado e aplicação da experiência na cidade local dos discentes.
A experiência adquirida foi memorável, até porque no período de realização
tiveram-se contatos com pesquisadores renomados, o que contribuiu de forma
significativa para a formação complementar do aluno. As dificuldades enfrentadas
serviram como estimulo para prosseguir na realização do estágio supervisionado.
Deixando claro que o aprendizado foi multidisciplinar, ou seja, em um mesmo
experimento teve-se a oportunidade de visualizar varias áreas do conhecimento.
O conhecimento adquirido faz-se necessário desenvolver pesquisas na região,
visando o desenvolvimento sustentável dos Agricultores Familiares. A experiência
referente à vivência em outra cidade, diferente da local, foi de suma relevância para a
formação pessoal e profissional do graduando. Sendo assim ao decorrer das atividades,
á procura por uma formação complementar foi insaciável. Pela maneira como foram
realizados os estágios I e II, já se tinha uma visão de como deveria - se proceder diante
dos obstáculos, no entanto o estágio supervisionado III fez-se necessário para
complementar à formação.
O estágio III possibilitou a compreensão de sua importância, no que concerne a
formação do graduando, faz-se necessário para o impulso na carreira e até mesmo como
um incentivo, para continuar na caminhada dos estudos. Sendo relevante o estagiário
procurar aplicar os conhecimentos adquiridos em seu município, isso para aqueles que
realizaram estágio em outro município.
Um item que não pode ser deixado de mencionar foi em relação aos funcionários
referente à recepção, devido ao empenho dos mesmos dando o máximo para transmitir
os conhecimentos da área para os estagiários.
29

O tempo de duração do estágio deveria ser um tempo superior a 100 horas, pelo
motivo do não acompanhamento dos experimentos implantados em campo. Sendo assim
espera-se que este tempo se amplie para que o graduando possa usufruir o máximo das
experiências proporcionadas pelo estágio supervisionado III.
As amizades feitas durante este tempo de realização merece destaque, de tal
forma que acabaram sendo uma subsidio de suma importância, tanto se refere às pessoas
que nós agasalharam como aquelas que ajudaram, sendo com conversas, brincadeiras
entre outras atividades de distração.
30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23
de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá
outras providências.

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ANEXOS
E
APÊNDICES

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