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Universidade Federal do Amazonas

Instituto de Ciências Humanas e Letras


Departamento de Língua e Literatura Portuguesa
Disciplina: Análise Sintática
Docente: Claudio Barbosa
Discentes: Allan Santos
Dayana Assis
Lincoll Moraes
Rogério Cardoso¹

Apostila de análise sintática


Orações subordinadas substantivas

Manaus/Am

¹Acadêmicos de Letras- Língua e literatura portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas


Apresentação
Esta apostila foi desenvolvida num formato objetivo para a compreensão do que são
orações subordinadas substantivas; para tal, propomos uma breve revisão morfológica,
sintagmática e sintática dos componentes que formam e estruturam tais orações.
No aspecto morfológico, trataremos do que é um substantivo e do seu emprego e/ou
funções sintagmáticas e sintáticas. Trataremos também de conceitos como: frase, oração e
período, suas aplicações e subjacências. A leitura desses aspectos iniciais é necessária para
que você, caro colega, compreenda com êxito o porquê de seres orações subordinas
substantivas.
Para cada tópico propomos exercícios para efetivar seu aprendizado, em anexo
disponibilizamos várias questões de análise sintática, as quais ratificarão seu conhecimento.

SINE STUDIO NON VINCETIS.


Caro colega, vamos entender o porquê de ser ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA?
Por que Oração?
A frase e sua constituição.
Frase é um enunciado de sentido completo, a unidade mínima da comunicação. Na
linguagem oral, cada frase possui melodia, um ritmo, uma entonação peculiar que a escrita
procura sugerir por meio dos sinais de pontuação e que lhe empresta sentido completo na
situação em que é proferida ou escrita.
Esta pode ser constituída de uma só palavra;
Ex : Fogo! Atenção! Silêncio!
De várias palavras, entre as quais, se inclui ou não um verbo (também chamadas de
frases verbais e nominais).
Ex: com verbo -“O infinito é realmente um dos deuses mais lindos”- (Renato Russo).
Ex: sem verbo- “Festa estranha, com gente esquisita”- (Renato Russo).
Frase e Oração
A frase pode ser apresentada com uma ou mais orações (frases verbais), que, por sua
vez, é um enunciado estruturado em torno de um verbo (podendo estar flexionado nos tempos
simples, nos tempos compostos, em locuções verbais). Explícito ou não, a existência de um
verbo para a oração é indispensável.
Contém apenas uma oração, quando apresenta:
 Uma só forma verbal, clara ou oculta.
Ex: “Eu sou Metal, raio, relâmpago e trovão”- (Renato Russo)
Ex: No Brasil, muita fome e muita miséria. (verbo haver subentendido)
 Duas ou mais formas verbais, integrantes de uma locução verbal:
Ex: Podem vir os candidatos!
Ex: Tudo de repente entrou a viver uma vida secreta de luz.
Contém mais de uma oração, quando há nela mais de um verbo na forma simples, seja
na locução verbal, claro ou oculto.
Ex: O professor estava tão cansado que optou por encerrar a aula mais cedo.
Na estrutura da oração, a presença de um verbo é indispensável. Quanto à
mensagem, a oração, pode apresentá-la com sentido completo ou incompleto.
Ex: “... que queria negar suas origens.” (Ferreira Gullar). Embora a mensagem
esteja incompleta, a locução verbal queria negar caracteriza o exemplo acima como oração.

Oração e Período
O período é o enunciado, de sentido pleno, constituído de uma ou mais orações.Sendo:
 Simples, quando constituído de uma só oração,a qual se diz ABSOLUTA.
Ex: A vida renasce a cada primavera.
Em: A vida tem renascido a cada primavera.
O verbo renascer está flexionado no pretérito perfeito composto, caracterizando
uma única oração. Temos igualmente período simples.
Em: A vida há de renascer a cada primavera
A oração que caracteriza o exemplo acima como período simples apresenta o
verbo renascer em uma locução verbal.
 Duas ou mais orações reunidas vão compor o que se denomina Período
Composto. Ex. “Mas, de lá pra cá, tendo visto muita coisa que me lembra a história dessa
moça que queria negar suas origens.” (Ferreira Gullar)
Tendo visto- Pretérito perfeito composto do verbo Ver- caracteriza a oração: Mas, de
lá pra cá, tenho visto muita coisa..”
Lembra- Presente do indicativo do verbo, Lembrar- caracteriza a oração: “..que me
lembra a historia dessa moça..”
Queria negar- Locução verbal cujo verbo auxiliar é Querer e o verbo principal é
Negar- caracteriza a oração “que queria negar suas origens”.
Para determinar com segurança o número de orações de um período é preciso:
1. Conhecer a flexão verbal: tempos simples e compostos, locuções verbais,
formas nominais;
2. Conhecer as conjunções, as locuções conjuntivas, os pronomes indefinidos,
relativos e interrogativos, os advérbios interrogativos, as preposições, pois tais palavras
podem funcionarcomo marco de orações. Os verbos ajudam a determinar o número de
orações, as palavras citadas ajudam a delimitar as orações. Ex: Quero saber / quem esteve
aqui. O pronome interrogativo quem funciona como marco da oração quem esteve aqui.
3. Não esquecer que pode ocorrer uma oração com verbo implícito. Ex: Ela sorria
/ como uma criança. A oração como uma criança apresenta o verbo implícito (como uma
criança sorri) por ser o mesmo da oração anterior.
POR QUE ORAÇÃO SUBORDINADA?
RELAÇÃO DAS ORAÇÕES NO PERÍODO
As orações de um período podem relacionar-se como:
a) Oração principal e oração subordinada, caracterizando o período composto
por subordinação;
b) Orações coordenadas, caracterizando o período composto por coordenação;
c) Oração coordenada, oração principal e oração subordinada, caracterizando o
período composto por coordenação e subordinação, também chamado de período misto.
Oração principal e subordinada.
Oração principal é aquela que apresenta um de seus termos desenvolvidos sob a
forma de oração,
Ex: “Você verá que a emoção começa agora.” ( Guilherme Arantes)
Na oração- você verá- o verbo exige um objeto direto.Você verá O QUÊ? Que a
emoção começa agora. O objeto direto apresenta-se sob a forma de oração. Logo, Você verá é
oração principal.
Orações subordinadas, havendo num período dependência sintática (e, às vezes,
semântica) de uma oração com outra, e que estas exerçam uma função, existirá uma
subordinação, concomitantemente/relacionalmente, a oração de que depende uma subordinada
se chama principal.
Ex: “Você verá que a emoção começa agora” (Guilherme Arantes)
A oração que a emoção começa agora exercendo a função sintática de objeto direto
transformando-se em oração subordinada.
A oração subordinada pode apresenta-se como:
a) Desenvolvida: Apresenta conectivo; Os verbos aparecem flexionados nos
tempos simples e compostos do modo indicativo e do subjuntivo, ou ainda em locuções
verbais; Ex: Observo que a amanhã se inicia.
b) Justaposta: Não apresenta conectivo; Os verbos aparecem flexionados em
tempos simples e compostos do modo indicativo e do subjuntivo, ou ainda em locuções
verbais; Ex: Observo a manhã se inicia.
c) Reduzida: Não apresenta conectivo; Os verbos aparecemnas formas nominais
do infinitivo, do gerúndio e do particípio.
Ex: Por querer manter silêncio, o juiz levantou-se.
Locução verbal em que o verbo auxiliar querer apresenta-se no infinitivo.
Querendo manter o silêncio, o juiz levantou-se.
Locução verbal em que o verbo auxiliar querer apresenta-se no gerúndio.
Por ter encerrado os trabalhos, o juiz levantou-se.
Forma composta do infinitivo; o verbo auxiliar ter apresenta-se no infinitivo e o verbo
principal no particípio. A oração sublinhada é reduzida de infinitivo.

POR QUE SUBSTANTIVA?


As orações subordinadas reúnem-se em três grupos: Substantivas, Adjetivas e
Adverbiais, porque as funções que desempenham são comparáveis às exercidas por
substantivos, adjetivos e advérbios.
Agora, vamos compreender o que é um substantivo e sua função sintática.
Segundo Cunha, Cintra (2008), substantivo é a palavra com que designamos ou
nomeamos os seres em geral. São, por conseguinte, substantivos: Os nomes de pessoas, de
lugares, de instituições, de um gênero, de uma espécie ou de uma dos seus representantes,
Homem, Cidade, Senado, Árvore, Cavalo; Os nomes de noções, ações, estados e qualidades,
tomados como seres: Justiça, Colheita, Amor, Altura.

FUNÇÕES SINTÁTICAS DO SUBSTANTIVO:


O substantivo, conforme sua posição no eixo sintagmático é um núcleo
nominal, portanto um núcleo de funções sintáticas de base ou natureza morfológica
substantiva. Se o sujeito, por exemplo, tem uma palavra de valor substantivo como núcleo,
essa função sintática tem base ou natureza morfológica substantiva.
O Substantivo pode figurar na oração como:
Sujeito: Samuel e Sabrina brincam à tarde.
Predicativo:
- Do Sujeito- Djavan é um dos maiores cantores da música popular brasileira.
- Do Objeto Direto- Marcela deu felicidade a Brás Cubas, mas o fez um homemtriste e sem
dinheiro.
- Do Objeto Indireto- Todos precisavam do bandido vivo.
Objeto Direto: Ouvimos Led Zeppelin sábado à noite
Objeto Indireto: Os acadêmicos de Letras participaram do Enel 2013.
Complemento Nominal: Tenho a certeza de sua aprovação..
Adjunto Adverbial: Alegremente faremos o exercício.
Agente da Passiva: A atriz está cercada de flores.
Aposto: Meu amigo Felipe é engenheiro.
Vocativo: Amado, sei que tu estás aqui
Anteriormente, viram-se as funções sintáticas do substantivo. Qualquer oração que
desempenhar uma função sintática de base ou natureza morfológica substantiva será uma
oração SUBSTANTIVA, excetuando as seguintes funções: adjunto adnominal, adjunto
adverbial e vocativo.
O adjunto adnominal é, essencialmente, formado por adjetivos ou locuções adjetivas
de caráter restritivo, logo a oração que exerce a função sintática de adjunto adnominal é
ADJETIVA. O adjunto adverbial é, essencialmente, formado por advérbios ou por um
número imensurável de locuções adverbiais, logo a oração que desempenha tal função
sintática é ADVERBIAL. Já o vocativo não aparece, a princípio, em formas oracionais; o fato
é que os compêndios gramaticais não exploram tal possibilidade.
ORAÇÃO COMPLEXA
Este tipo de oração ocorre em certos períodos compostos por subordinação, se a
oração subordinada representa um termo essencial ou integrante (subordinadas substantivas)
ou um adjunto adnominal restritivo (subordinada adjetiva restritiva), a chamada “oração
principal”, sozinha, fica inacabado, incompleto; Em geral, totalmente desprovida de sentido,
só perceptível quando se considera o conjunto.
Em lugar de destacar uma teórica “oração principal”, considera-se o conjunto uma
oração complexa (ou geral, ou composta). Assim se analisam essas orações complexas:
Quem mais se afoga é quem melhor nada
SUJEITO PREDICADO
O sujeito é uma oração subordinada, que por sua vez assim se analisa: SUJEITO:
Quem; PREDICADO: mais se afoga.
O predicado é nominal; é, verbo de ligação; O PREDICATIVO DO SUJEITO é uma
oração subordinada, que assim se analisa: SUJEITO: Quem, PREDICADO: melhor nada.

→ Agora que você compreendeu os elementos formadores da oração subordinada


substantiva, vamos estudá-las?!
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
São assim denominadas por sua natureza morfológica ser substantiva e podendo exercer as
mesmas funções sintáticas que um substantivo (sintagma nominal) desempenharia, pois
preenche os requisitos para isso.
Segundo Angélica (2003), a oração subordinada substantiva caracteriza-se por juntar-se a uma
oração principal em que falta sujeito,ou objeto direto, ou objeto indireto, ou complemento
nominal, ou predicativo do sujeito,para exercer uma dessas funções. Apresenta as conjunções
integrantes que e se, quando está na forma de oraçãodesenvolvida; já na forma justaposta
não apresenta conjunções, em cujos lugares podem aparecer pronomes indefinidos ou
interrogativos, advérbios interrogativos. Quando reduzidas,não apresentam conjunções e tem
o verbo no infinitivo pessoal ou impessoal.
Kury (1991) também apresentou as mesmas perspectivas teóricas acima. Cita que quase todas
as orações substantivas podem substitui-se por um dos pronomes: isto, isso, aquilo, este, esse,
aquele, todos.Adicionou para estas orações, o exercício de mais uma função, a de agente da
passiva, que não possui uma terminologia específica na forma oracional.
As orações subordinadas substantivas são classificadas em:
 Oração subordinada substantiva subjetiva: exerce a função sintática de sujeito.
Ocorrerá toda vez que houver na oração principal:
a) A composição do predicado nominal: verbo de ligação + predicativo do sujeito.
VL P.Suj.
  * Nesta oração falta o sujeito.
É necessário
É necessário que você tenha coragem.
A oração que você tenha coragem funciona como sujeito do verbo ser; é o elemento ao qual se
aplica a qualidade expressa pelo predicativo do sujeito. Invertendo a ordem, evidencia-se a
relação de sujeito e predicado existente entre as duas orações:
Que você tenha coragem é necessário.
Sujeito predicado
Logo: É necessário que você tenha coragem.
OP. Or. Sub. Subst. Subjetiva
.
Método Prático de Reconhecimento
A oração subordinada substantiva permite a sua substituição por um pronome
demonstrativo, artifício que auxilia o seu reconhecimento e a sua classificação.
Que você tenha coragem é necessário.
  
Sujeito V.L P.Suj.

ISTO é necessário.

b) Verbo na voz passiva pronominal- verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e
indireto na terceira pessoa do singular e o pronome apassivador se:
Sabe-se. ← Nesta oração falta o sujeito paciente.
Sabe-se que ele tem muita coragem.
A oração sublinhada é o sujeito com o qual o verbo saber concorda. Invertendo a ordem,
obtém-se clareza na relação de sujeito e o predicado.
Que ele tem muita coragem sabe-se.
 
Sujeito Predicado
ISTO Sabe-se

Logo: Sabe-se que ele tem muita coragem.


Or. Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva.
c) Verbo na voz passiva analítica- constituída de verbos auxiliares (ser, estar, etc.) e o
particípio do verbo principal: É Sabido que ele tem muita coragem
O.P or. Sub.subst.subjetiva
d) Verbos Intransitivos- tais como acontecer, convir, suceder, ocorrer, cumprir, urgir,
importar, parecer, constar, admirar, espantar, flexionados na 3ª pessoa do singular, ex: Parece
Na oração acima falta apenas o sujeito, já que o verbo não exige complemento.
Parece que ele tem muita coragem. A oração sublinhada exerce a função de sujeito da
oração principal; Logo: Parece que ele tem muita coragem..
O.P Or. Sub. Subst. Subjetiva
Observação: Esses verbos são intransitivos, não exigem complemento; esses verbos só
podem exigir um sujeito.
As orações subordinadas substantivas subjetivas podem apresentar-se na forma:
Desenvolvida: É preciso que você tenha coragem

Conectivo
Justaposta: Quantos forem classificados ficarão contentes

Pronome indefinido
Reduzidas: É preciso ter coragem. A oração ao lado denomina-se oração subordinada
substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo, pois o verbo ter apresenta-se no infinitivo.
 Oração subordinada substantiva predicativa: exerce função sintática de predicativo do
sujeito da oração principal, ex: O importante é.
A oração acima apresenta sujeito: o importante e verbo de ligação: é, faltando
apenas o predicativo do sujeito, função sintática obrigatória em orações que apresentam
verbos de ligação.
O importante é que todos ficaram satisfeitos.
O.P Or. Sub. Subst. Predicativa
 
O importante é ISTO
A oração subordinada substantiva predicativa pode apresentar-se na forma:
Desenvolvida: o importante é que todos ficaram satisfeitos.

Conectivo
Justaposta: eu sou quem você espera?

Pronome interrogativo

Reduzida: “Minha primeira reação foi apressar a marcha.” (OrígenesLessa)


Or. Sub. Subst. Predicativa reduzida de infinitivo.
Distinção entre Oração Predicativa e Substantiva
Para distinguir a predicativa da subjuntiva, deve-se ter em mente o esquema abaixo, pois ele
auxilia a determinar que função sintática falta na oração principal.
A estrutura deste tipo de oração é:
SUJEITO + VERBO DE LIGAÇÃO+ PREDICATIVO DO SUJEITO
Tomemos o exemplo:É importante que todos fiquem satisfeitos.
SUJEITO+ É + IMPORTANTE.
A oração que todos fiquem satisfeitos é subjetiva.
Já na oração: o importante é que todos ficaram satisfeitos.
O IMPORTANTE + É + PREDICATIVO DO SUJEITO.
A oração o importante é que todos ficaram satisfeitosé predicativa.

 Oração subordinada substantiva objetiva direta: exerce a função sintática de


objeto da oração principal que, obrigatoriamente, apresentar um verbo transitivo direto ou um
verbo transitivo direto e indireto sem o objeto direto, ex: “Eu á lhe expliquei...”
A oração acima apresenta:Sujeito- eu, Verbo transitivo direto e indireto- expliquei, Objeto
indireto- lhe, Adjunto adverbial detempo- já, faltando o objeto indireto.
“Eu já lhe expliquei O Quê”? “Eu já lhe expliquei que não vai dar.”
O.P Or. Sub. Subst. Objetiva direta
 
Eu já lhe expliquei ISTO→O.D
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem apresenta-se na forma:
Desenvolvida: “Eu já lhe expliquei que não vai dar/ “Diga-me se a proposta lhe interessa”
 
Conectivo Conectivo
Observação: ás vezes, à maneira de objeto direto preposicionado, a oração apresenta
preposição com valor enfático: Fez com que a entendessem. (fez o quê? Que a entendessem.)
Justaposta: Quero saber quem vem lá.

Pronome interrogativo
Reduzida: Não vi anoitecer.
Or. Sub. Subst. Objetiva direta, reduzida de infinitivo.
Observação: verbos causativos (mandar, deixar, fazer etc.) ou verbos sensitivos (ouvir,
sentiretc.) apresentam seus objetos diretos na forma de oração reduzida em construções do
seguinte tipo: Deixe-os ficar mais um dia. → (que eles fiquem mais um dia.)
 Oração subordinada substantiva objetiva indireta: exerce a função sintática de
objeto indireto da oração principal que, obrigatoriamente, deverá apresentar verbo transitivo
indireto ou verbo transitivo direto e indireto, ex: Lembrou-se.
A oração acima apresenta: Sujeito implícito, ele, Verbo transitivo indireto, lembrou-se,
faltando apenas o objeto indireto.
Lembrou-se De Quê? Lembrou-se de que me frequentara a casa.
O.P Or. Sub. Subst. Objetiva indireta
 
Lembrou-se DISTO→ O.I
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas podem apresenta-se na forma:
Desenvolvidas: Lembrou-se de que me frequentara a casa.

Conectivo
Justapostas: Resistiria a quem tentasse convencê-lo.

Pronome indefinido

Reduzidas: Esqueceu-se de telefonar.


Or. Sub. Subst. Objetiva indireta, reduzida de infinitivo.

 Oração subordinada substantiva completiva nominal: exerce a função sintática de


complemento nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio que se encontra na oração
principal, ex: Estamos certos.
A oração acima apresenta: Sujeito implícito, nós, Verbo de ligação, estamos, Predicativo
do sujeito: representado pelo adjetivo certo que exige um complemento.
Quem está certo, está certo De Algo; Estamos certos De Quê?
Estamos certos de que nossas reivindicações serão atendidas.
O.P Or. Sub.subst. completiva nominal
 
Estamos certo DISTO
A oração subordinada substantiva completiva nominal pode apresentar-se na forma:
Desenvolvida: Estamos certos de que nossas reivindicações serão atendidas.

Conectivo
Justaposta: Tinha medo de quantos lhe dirigissem a palavra.

Pronome indefinido

Reduzida: “Sou incapaz de fazer uma intimação.” ( Machado de Assis)


Or.sub.subst.completiva nominal reduzida de infinitivo

 Oração subordinada substantiva com função de Agente da Passiva: por acréscimo


da NGB, derivam de orações adjetivas restritas por omissão do antecedente substantivo, elas
se tornam substantivas, estas orações são sempre justapostas, sem conjunção, introduzidas por
pronome indefinido regido de por ou de, mais quem ou quantos relativos se antecedentes.
Ex: o cargo é ocupado por quem merece.
O.P Or.Sub. Subst.Agente da Passiva

 ORAÇÕES SUBSTANTIVAS APOSITIVAS E ADJETIVAS:


Necessário é distinguir esses tipos de orações devido à semelhança como se
apresentam. Tanto a oração apositiva quanto a oração adjetiva explicativa podem vir
separadas por vírgulas e introduzidas pela palavra que.
Por definição, as orações substantivas são introduzidas por uma conjunção
integrante, e as adjetivas, por um pronome relativo. Bastará, a princípio, distinguir esses
dois conectivos para distinguir as duas orações.
A conjunção integrante é desprovida de função sintática e praticamente desprovida de
sentido; sua função é ligar a oração subordinada a uma principal. Já o pronome relativo,
obrigatoriamente, tem uma função sintática. Cabe a ele representar, dentro da oração
adjetiva, um termo anteriormente mencionado na oração principal. Para tornar tal explicação
mais elucidativa:
Ex: Seu desejo, que o filho fosse aprovado, não se concretizou. (aposto oracional,
ORAÇÃO APOSITIVA);
Seu desejo, que era a aprovação do filho, não se concretizou. (oração adjetiva
explicativa; o “que” é um pronome relativo com função de sujeito). A palavra que substitui
seu antecedente (seu desejo). Pode-se comprová-lo separando as duas orações:
Seu desejo, que era a aprovação do filho, não se concretizou.
Seu desejo não se concretizou. Seu desejo era a aprovação do filho. (o relativo,
pois, é o sujeito do verbo ser).
No primeiro exemplo, no entanto, não é possível o mesmo processo, porquanto a
conjunção integrante não substitui o termo seu desejo: – Seu desejo, que o filho fosse
aprovado, não se concretizou.
Seu desejo não se concretizou. *Seu desejo o filho fosse aprovado. (esta última frase, por
ser estranha aos padrões da língua, confirma que conjunção integrante não substitui o termo
antecedente).
LEITURA COMPLEMENTAR
SUBSTANTIVO NO EIXO SINTAGMÁTICO:
Segundo Inez Sautchuk (2010), há sintagmas nominais, preposicionados, adjetivais,
adverbiais e verbais. Para o estudo do substantivo no eixo sintagmático, interessa-nos o
nominal e o preposicionado.
O sintagma nominal é um conjunto de palavras cujo núcleo é uma palavra de base ou
natureza morfológica substantiva, logo, além dos substantivos propriamente ditos, os
pronomes e os numerais substantivos também podem desempenhar tal função de núcleo
nominal.
Estruturalmente, o sintagma nominal tem um núcleo ao redor do qual podem aparecer
determinantes e modificadores nominais. Na ausência destes últimos elementos, o sintagma
nominal limita-se, em extensão, ao núcleo de que é formado.
O determinante, que sempre antecede o núcleo, é:
“todo conjunto de morfemas gramaticais independentes que servem não para
acrescentar um conteúdo semântico ao substantivo ou para modificar seu sentido, mas para
identificar sua referência por meio da situação espaço-temporal ou delimitar seu número.”
(SAUTCHUK, Inez, 2010).
O modificador nominal, que pode vir antes ou depois do nome, como a própria
terminologia já o sugere, modifica o núcleo nominal, acrescentando a ele outro sentido.
O sintagma nominal pode ter, como núcleo, uma palavra substantiva ao redor da qual
podem aparecer determinantes e modificadores. Dentre os determinantes, estão os pronomes
demonstrativos, os artigos e os numerais adjetivos; dentre os modificadores, os adjetivos e
muitas locuções adjetivas de caráter restritivo.
Esquematicamente, poderemos localizar o substantivo no eixo sintagmático, bem
como a palavras que o acompanham:
[Um grande autor redigiu belíssimos versos].
- Sintagma nominal [Um grande autor]: -Sintagma nominal [belíssimos versos]:
* Núcleo: autor (substantivo); * Núcleo: versos (substantivo);
* Determinante: Um (artigo indefinido); * Determinante: (inexistente);
* Modificador: grande (adjetivo). * Modificador: belíssimos (adjetivo).
O substantivo também pode ser núcleo de sintagmas preposicionados, cuja estrutura,
necessariamente, é formada por uma preposição seguida de um sintagma nominal interno. O
sintagma preposicionado, cujo núcleo, majoritariamente, é uma palavra de base ou natureza
morfológica substantiva, pode se ligar a outros substantivos, a adjetivos, a advérbios e a
verbos.
Abaixo, estão alguns exemplos do substantivo nesse tipo de sintagma:
[Os documentos do paciente foram revisados pelo médico].
- Sintagma preposicionado [do paciente], que é modificador do núcleo [documentos]:
* Preposição: de;
* Sintagma nominal: o paciente (determinante mais núcleo nominal).
- Sintagma preposicionado [pelo médico]:
* Preposição: por;
* Sintagma nominal: o médico (determinante mais núcleo nominal).

BIBLIOGRAFIA
CUNHA, Celso. CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5.ed. Rio
de Janeiro: Lexikon, 2008.
LUFT, Celso Pedro. Moderna Gramática Brasileira. 2 ed. São Paulo: Globo, 2002.
KURY, Adriano da Gama. Novas Lições de Análise Sintática. 5 ed. Rio de Janeiro:
Ática,1991.
SANTOS, Márcia Angélica dos. Aprenda Análise Sintática. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe: Como e porque aprender análise (morfo)
sintática. 2 ed. Barveri-SP: Mande, 2010.

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