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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS

Órgãos alvo de agentes tóxicos

André Luiz Jaques Alves

A exposição a agentes tóxicos é inevitável na sociedade e estamos expostos a diversos


deles, como neblinas e névoas, partículas de solventes orgânicos, poeiras e fumos, entre
outros. Esses agentes são tóxicos ao organismo humano e sua severidade dependerá da
quantidade absorvida, ou seja, a toxidade depende da dose. E a absorção poderá ocorrer
de diversas formas, como por ingestão, inalação, cutânea e outras vias parenterais.

Conforme descrito anteriormente, há diversas maneiras de afetação do organismo com


agentes tóxicos e por vias distintas, neste sentido, diversos órgãos do corpo são afetados
pelo agente, como o sistema respiratório, nervoso, ocular e visual, coração e sistema
vascular, pele, sistema reprodutivo e endócrino, lembrando, que a ação acontece de
forma heterogênea dependendo da quantidade absorvida, do seu potencial de
intoxicação e do órgão alvo.

Sistema Respiratório

A exposição a substâncias químicas por meio do sistema respiratório, afeta, desde as


narinas até regiões de trocas gasosas, sendo o tamanho da partícula fator fundamental e
determinará a região onde ocorrerá a sedimentação, com isso, a substância poderá afetar
fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e os pulmões. As principais doenças
relacionadas ao sistema respiratório afetado por substâncias tóxicas são: câncer
pulmonar, fibrose, bronquite, laringite, dispneia, enfisema, asma, dentre outros.
Sistema Nervoso

No sistema nervoso as substâncias químicas podem afetar diferentes partes do neurônio,


a lesão neurotóxica é identificada como neuropatia (resultando em morte de todo o
neurônio), axonopatia (lesão primária do axônio e o neurônio sobrevive), mielinopatia
(desregulação da mielina ou lesão das células mielinizadas) e a transmissão de toxidade,
que alguns compostos não conduzem a morte celular, mas exerce efeitos tóxicos por
interromper o processo de neurotransmissão (MOSER, ASCHNER, et al., 2012). A
neuropatia poderá ocorrer com compostos como o alumínio, arsênio, monóxido de
carbono, etanol, chumbo, etc., causando danos como a demência, encefalopatia,
parkisonismo, retardo mental, déficit de aprendizado. A axonopatia poderá ocorrer com
compostos como o dissulfeto de carbono, óxido de etileno, lítio, etc., causando danos de
psicose, neuropatia periférica, letargia, etc. A mielinopatia poderá ser ocasionado por
componentes como amiodarona, hexaclorofeno, trietiltina e sintomas como neuropatia
periférica, irritabilidade, confusão, fotofobia, vômitos, paraplegia, etc. Já a transmissão
de toxidade pode ser afetada pela cocaína, nicotina, anfetamina, etc., que ocasionam
transtornos neuropsiquiátricos, risco aumentado de acidente vascular encefálico,
náuseas, vômitos e convulsões, etc.

Sistema Visual e Ocular

Nos olhos e no sistema visual central a exposição ambiental ou ocupacional a produtos


químicos resultam em alterações estruturais e funcionais. Sendo a retina e o sistema
visual central os principais vuneráveis ao dano tóxico. Os produtos tóxicos afetam todas
as partes do olho, como a córnea, íris, corpo ciliar, cristalino, retina e nervo óptico
(FOX e BOYES, 2012). Entre os xenobióticos que podem afetar as partes do olho e do
sistema visual central – após exposição sistêmica - podemos destacar a digoxina e
digitoxina, chumbo, metanol que afetam áreas como a córnea, cristalino, retina
periférica: EPR, bastonestes e cones, trato óptico e córtex visual; ácidos, bases ou
álcalis e surfactantes podem afetar a córnea em caso de contanto direto no olho; e o
cristalino poderá ser afetado com a exposição à radiação e substâncias como a fetiazina
e naftaleno.
Coração e Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular apresenta como principal função o transporte de gases,


nutrientes, produtos para excreção, células, hormonas e outros materiais (células e
moléculas produzidas pelo sistema imunitário). Conforme (KANG, 2012, p. 250), “o
sistema cardiovascular é composto por dois componentes principais: o miocárdio e uma
vasta rede de vasos [...] têm a função de suprir os tecidos e as células do corpo [...]”.
Dentre as possíveis causas de alterações e complicações no sistema cardiovascular,
destacam-se a arritmia, DIC (doença isquêmica do coração), hipertrofia e insuficiência
cardíaca, toxicidade cardíaca crônica e aguda, e cardiomiopatias. Em ambientes
industriais as principais substâncias que podem provocar alterações no sistema
cardiovascular são: solventes (tolueno – produtos para pintura) e cetona (ex. acetona,
metiletilcetona) com manifestações pró-arritmogênico; hidrocarbonetos halogenados
(difluoretano, brometo de etila, cloreto de metila, etc.) com manifestações de pró-
arritmogênico, efeito inotrópico negativo e diminuição do débito cardíaco; e metais
pesados como cádmio, cobalto, chumbo, bário, lantânio, magnésio e níquel produz
manifestações de efeito inotrópico negativo, hipertrofia cardíaca e pró-arritmogênico.

Pele

A pele pode ser afetada por substâncias químicas através de absorção percutânea, o
primeiro contato da substância acontece no extrato córneo, sendo a primeira barreira
encontrada pela substância, no entanto, condições como abrasão ou ferimento
comprometem a barreira podendo permitir a absorção aumentada de substâncias
fracamente permeáveis (RICE e MAURO, 2012). As principais doenças ocasionadas na
pele são a dermatite de contato, fototoxicologia, distúrbios pigmentares, doença
granulomatosa, necrose epidérmica tóxica e câncer de pele. A dermatite de contato é a
mais comum em ambientes ocupacionais, representando cerca de 90% das causas, com
aparecimento de vermelhidão, endurecimento, descamação e formação de pústulas.

Sistema Reprodutor
No sistema reprodutor, a substâncias químicas agem de forma redutora da capacidade
de fertilização, tanto em homens quanto em mulheres, seja por agentes ambientais ou
por medicamentos. Substâncias como dibromo, cloro propano e cádmio podem afetar o
sistema de produção de esperma no homem, e nas mulheres podem ocorrer alterações
no processo reprodutor, como a indução de modificações fisiológicas e bioquímicas
(FOSTER e GRAY JR, 2012).

Sistema Endócrino

As glândulas apresentam é responsável pela produção de secreções (hormônios), que


são disponibilizados na circulação sanguínea, o conjunto de glândulas do corpo humano
resulta no sistema endócrino. A exposição do sistema endócrino a xenobióticos pode
resultar em influenciar a síntese, o armazenamento e a liberação dos hormônios
hipotalâmicos, adeno-hipofisários e hormônios glândula endócrina-específicos.
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