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GENÉTICA
MD 2º + CF 3º
Ano letivo 2013 / 2014
1
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
ÍNDICE
Pág.
2. PADRÕES DE HEREDITARIEDADE 5
3. GENÉTICA MENDELIANA 19
5. GENÉTICA QUANTITATIVA 29
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
3
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
1.
a) Discuta os conceitos: cromossomas homólogos, diploidia e haploidia, e a sua relação com a
reprodução sexuada.
b) Quais as características partilhadas pelos dois cromossomas designados homólogos?
4. Se um organismo tem um número diploide de 16, quantas cromátidas são visíveis ao fim da
profase mitótica? Quantos cromossomas se movem para cada lado durante a anafase mitótica?
10. Durante a oogénese numa espécie com número haploide de 6 uma díada sofre não-
disjunção durante a divisão, surgindo assim a díada intacta no óvulo. Quantos cromossomas
estarão presentes:
a) No óvulo?
b) No segundo corpo polar?
c) Após a fertilização pelo espermatozoide, qual o tipo de anomalia cromossómica gerada?
11. Qual a probabilidade de que, num organismo com um número haploide de 10, se forme um
espermatozoide com 10 cromossomas cujos centrómeros sejam todos derivados dos homólogos
maternos?
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
PADRÕES DE HEREDITARIEDADE
I. Simbologia utilizada
Homem afetado
Portador ou Portadora
Comece por determinar se o traço é dominante ou recessivo. As regras seguintes servem para
ajuda-lo a levantar as questões certas na análise de cada pedigree. Na ausência de provas em
contrário, considere que todos os indivíduos que casam com alguém da família (vindos de fora
da família) são homozigóticos normais.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
3. Situações mais complexas: apesar de as regras apresentadas acima nos poderem ajudar
a analisar pedigrees para doenças ou caracteres mendelianos simples, devemos sempre
recordar que há muitos fatores que podem complicar os padrões de transmissão observados
na expressão génica. A penetrância incompleta, a expressão limitada ao sexo, o
aparecimento de novas mutações, dois loci diferentes que afetam o mesmo carácter,
adoção, parentesco errado e cruzamentos promíscuos podem confundir a interpretação de
um pedigree.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --
Ligação ao X:
Risco de recorrência (mãe portadora): 50%
Risco de recorrência (pai afetado): 100 % das filhas portadoras, 0% dos filhos
Transmissão de homem para homem: nunca
Consanguinidade: frequência não aumentada
Dominante: doença mais frequente nas mulheres
Recessiva: doença ocorre quase exclusivamente em homens
Nota: Expressão nos homens pode diferir da expressão em mulheres
Autossómica recessiva:
Risco de recorrência: 25%
Consanguinidade: frequente.
Doença presente em irmãos mas não nos pais.
Autossómica dominante:
Risco de recorrência: 50%
Consanguinidade: frequência não aumentada
Nota: Penetrância dependente da idade comum nas doenças mais sérias.
Mitocondrial:
Transmissão de pai para filho(a) - nunca
Transmissão de mãe para filho(a) - sempre
Consanguinidade: frequência não aumentada
Nota: Atenção à penetrância dependente da idade!
Ligação ao Y (holândrica):
Só afeta homens
Um homem afetado transmite o caracter a todos os filhos e a nenhuma das filhas
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Se num caso de transmissão autossómica ocorrer Imprinting:
a frequência da doença em homens e mulheres não difere, mas a proporção de pais/mães que
transmitem a doença não é 1:1.
1.a. Transmissão vertical: diz-se haver nos pedigrees que apresentam casos referidos em
todas as gerações. Sugere dominância do carácter. Exceções: os caracteres ligados ao Y (muito
raros), embora não sejam dominantes no sentido estrito do termo, manifestam sempre o carácter
apresentando transmissão vertical, por se encontrarem em hemizigotia.
1.b. Transmissão horizontal: os exemplos mais claros apresentam gerações totalmente livres
de doença, outros mostram uma alternância geração de indivíduos afetados – geração livre da
doença, mas não paralelamente em todas as linhas de descendentes. Sugere recessividade do
carácter: indivíduos que não o manifestam são capazes de o transmitir. Por vezes só se conhece
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
uma geração afetada, obrigando ao despiste de uma causa ambiental (ex. epidemia).
4. Proporção de cada sexo entre os afetados: este critério só é inteiramente válido para
grandes amostragens. Nas doenças autossómicas, o número de homens e mulheres afetados é
idêntico se não houver condicionamentos pelo sexo.
5. Exceções: exceções aos pontos anteriores podem dever-se a razões de ordem biológica.
Penetrância incompleta ou dependente da idade.
Ação de gene epistático; heterogeneidade genética.
Condicionamento ou limitação ao sexo.
Mutação de novo.
Mosaicismo.
Alterações cromossómicas.
Exceções surgem quando há dificuldade em determinar com rigor informação importante por
razões de ordem médica, social, pessoal ou outras: falsa paternidade ou paternidade incógnita,
consanguinidade oculta, critérios de diagnóstico não uniformizados, falecimento antes da idade
de apresentação da doença.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
EXERCÍCIOS
Diga que tipo de hereditariedade é ilustrado nos seguintes pedigrees.
1.
2.
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3.
4.
5.
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6.
7.
8.
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9.
10.
11.
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13.
14.
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16.
17.
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21.
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24.
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25.
26.
27.
Diabetes + problemas
auditivos
Diabetes
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
28. Considere os três pedigrees seguintes, todos eles envolvendo um só traço humano.
A B C
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
GENÉTICA MENDELIANA
Os problemas mais simples são aqueles que fornecem toda a informação necessária acerca da
geração P e pedem para indicar as proporções de cada um dos genótipos e/ou fenótipos F1 ou
F2. Os passos seguintes deverão ser sempre seguidos quando encontrar este tipo de problema:
1. Determine tanto quanto possível os genótipos dos indivíduos da geração P.
2. Determine que gâmetas podem ser formados pelos progenitores P.
3. Recombine os gâmetas, quer pelo método da tabela de Punnett, pelo método de
bifurcação, ou, se a situação for muito simples, por inspeção. Leia os fenótipos F 1
diretamente.
4. Repita o processo a fim de obter informação sobre a geração F2.
A determinação dos genótipos a partir da informação dada requer uma compreensão da teoria
básica da genética de transmissão. Por exemplo, considere o problema seguinte:
“Um alelo mutante recessivo, preto, é responsável por um corpo muito escuro na Drosophila,
quando homozigótica. A sua cor normal em estado selvagem é descrita como sendo cinzenta.
Que proporção fenotípica F1 se prevê quando uma fêmea preta é cruzada com um macho
cinzento cujo pai era preto?”
1. Uma vez que a fêmea é preta, tem que ser homozigótica para o alelo mutante (bb).
2. O macho é cinzento; tem que ter, portanto, pelo menos um alelo dominante (B). Uma vez
que o seu pai era preto (bb) e ele recebeu os cromossomas que carregam esses alelos,
o macho tem que ser heterozigótico (Bb). A partir daqui, o problema é simples:
Bb x bb b b
B Bb Bb
B,b b,b b bb bb
½ Bb ½ cinzento
½ bb ½ preto
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
a b
s t
P= n!
s! t!
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --
Exercícios:
1. Usando ervilhas no seu trabalho, Mendel descobriu que as vagens cheias são dominantes em
relação a vagens finas; do mesmo modo, as sementes redondas são dominantes em relação às
sementes enrugadas. Um destes cruzamentos foi entre plantas cheias e redondas, e plantas
finas e enrugadas. Deste cruzamento, obteve uma F1, toda cheia e redonda. Na F2, Mendel
obteve a clássica proporção 9:3:3:1. Usando esta informação, determine os resultados F1 e F2
esperados de um cruzamento entre plantas homozigóticas finas e redondas com plantas
homozigóticas cheias e enrugadas.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
2. Determine a probabilidade de uma planta com o genótipo Cc, Ww ser produzida a partir de
plantas progenitoras de genótipos Cc, Ww e Cc, ww.
4. No laboratório, uma estudante de genética cruzou moscas com asas lisas normais, com
moscas mutantes com asas onduladas, que ela pensava ser um traço recessivo. Na geração F1
todas as moscas tinham asas lisas. Na F2 obtiveram-se os seguintes resultados:
6. Num cruzamento entre dois porquinhos-da-índia, todos os membros da geração F1 são pretos.
A geração F2 é constituída por aproximadamente ¾ de porquinhos-da-índia pretos e ¼ de
porquinhos-da-índia brancos.
a) Faça um diagrama deste cruzamento, mostrando os genótipos e os fenótipos.
b) Como será a descendência, se dois porquinhos-da-índia F2 brancos forem cruzados?
c) Foram feitos dois cruzamentos diferentes entre membros pretos da geração F2, com os
resultados evidenciados abaixo. Faça o diagrama de cada um dos cruzamentos.
Cruzamento Descendência
Cruzamento 1 Todos pretos
Cruzamento 2 ¾ pretos, ¼ brancos
8. Qual dos postulados de Mendel são ilustrados pelo pedigree do problema anterior? Elabore
uma lista desses postulados e defina-os.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
9. Discuta como, a partir dos resultados obtidos nos cruzamentos monohíbridos, Mendel terá
chegado a estabelecer os seus três primeiros postulados.
10. Que vantagens apresentou a escolha de Mendel de ervilhas de cheiro nas suas
experiências?
11. Os pombos podem apresentar um padrão de pigmentação das penas “liso” ou “aos
quadrados”. Numa série de cruzamentos controlados, obtiveram-se os seguintes dados:
Cruzamento P Descendência F1
Quadrados Liso
a) quadrados x quadrados 36 0
b) quadrados x liso 38 0
c) liso x liso 0 35
Cruzamento F1 x F1 Descendência
Quadrados Liso
Como são herdados os padrões liso e aos quadrados? Escolha e defina símbolos para os genes
envolvidos e determine os genótipos dos progenitores e da descendência de cada cruzamento.
12. Mendel cruzou ervilhas que tinham sementes redondas e cotilédones amarelos com ervilhas
que tinham sementes enrugadas e cotilédones verdes. Todas as plantas F 1 tinham sementes
redondas com cotilédones amarelos.
Elabore um diagrama deste cruzamento até à geração F2 utilizando o método da tabela de
Punnett e o método da bifurcação, ou ramificação.
13. Com base no cruzamento acima, na geração F2, qual é a probabilidade de que um organismo
tenha sementes redondas e cotilédones verdes e seja true-breeding (origine descendência
sempre igual a si próprio por auto-fertilização)?
14. Com base nos mesmos caracteres e traços do problema 12, determine os genótipos das
plantas progenitoras envolvidas nos cruzamentos mostrados abaixo, analisando os fenótipos da
sua descendência.
16. Qual dos postulados de Mendel só pode ser demonstrado em cruzamentos que envolvam
pelo menos dois pares de traços? Defina-o.
17. Correlacione os quatro postulados de Mendel com o que se conhece agora sobre
cromossomas homólogos, genes, alelos, e o processo da meiose.
20. Na Drosophila, a cor corporal cinza é dominante em relação à cor corporal ébano, enquanto
as asas longas são dominantes em relação às asas vestigiais. Trabalhe os cruzamentos
seguintes até à geração F2 e determine as proporções genotípicas e fenotípicas para cada
geração.
a) Cinza, longas x ébano, vestigiais
b) Cinza, vestigiais x ébano, longas
c) Cinza, longas x cinza, vestigiais
21. Quantos tipos de gâmetas podem ser formados por indivíduos com os seguintes genótipos:
a) AaBb; b) AaBB; c) AaBbCc; d) AaBbcc; e f) AaBbCcDdEe?
23. Mendel cruzou ervilhas de sementes verdes com ervilhas de sementes amarelas. A geração
F1 exibia só sementes amarelas. Na F2, a descendência consistiu em 6022 plantas de sementes
amarelas e 2001 plantas de sementes verdes. Das plantas amarelas de F 2, 519 foram auto-
fertilizadas, com os seguintes resultados: 166 originaram só descendência amarela e 353
produziram uma proporção de 3:1 de amarelo:verde. Explique estes resultados, através do
diagrama dos cruzamentos.
24. Num estudo de porquinhos-da-índia pretos e brancos, 100 animais pretos foram cruzados
individualmente com animais brancos e cada cruzamento foi levado até à geração F2. Em 94 dos
cruzamentos, os indivíduos F1 eram todos pretos e na F2 foi obtida uma proporção de 3 pretos:1
branco. Nos outros 6 cruzamentos, metade dos animais F1 eram pretos e a outra metade eram
brancos. Porquê? Preveja os resultados do cruzamento dos porquinhos-da-índia da geração F1
dos seis casos excecionais.
25. Mendel cruzou ervilhas de sementes redondas e verdes com ervilhas de sementes
enrugadas e amarelas. Todas as plantas F1 tinham sementes redondas e amarelas. Preveja os
resultados de um cruzamento-teste destas plantas F1.
determine o valor de p para ambos. Interprete os valores de p. Poderá o desvio em cada um dos
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
casos ser atribuído ao acaso ou não? Qual dos dois cruzamentos mostra um desvio maior?
Tabelas do
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
3. A talassemia é uma forma de anemia hereditária nos seres humanos. Os indivíduos podem
ser completamente normais, podem apresentar uma anemia “ligeira”, ou podem apresentar uma
anemia “forte”. Partindo do princípio de que na hereditariedade destas condições estão
envolvidos apenas um gene com dois alelos, existe um fenótipo recessivo?
5. No gado caprino a cor da pelagem pode ser vermelha, branca ou ruão. Ruão é um fenótipo
intermédio que consiste numa mistura de pelos vermelhos e brancos. Os seguintes resultados
foram obtidos a partir de vários cruzamentos.
Como é transmitida a cor do pelo? Quais são os genótipos dos progenitores e da descendência
para cada cruzamento?
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
7. Nas raposas, dois alelos de um só gene, P e p, podem originar letalidade (PP), pelagem
platinada (Pp), ou pelagem prateada (pp). Que proporção se obtém quando raposas de pelagem
platinada são cruzadas entre si? No que respeita à letalidade, o alelo P tem um comportamento
dominante ou recessivo? E no que respeita à cor da pelagem?
8. Elabore uma lista de genótipos possíveis para os fenótipos A, B e O. Será que o modo de
hereditariedade dos tipos de sangue ABO representa uma dominância? Ou uma recessividade?
Ou uma co-dominância?
9. Relativamente aos tipos de sangue ABO em humanos, determine o genótipo do pai e da mãe
indicados abaixo:
Preveja os tipos de sangue da descendência que este casal possa ter e qual a proporção
esperada para cada tipo de sangue.
10. Num caso de disputa parental, a criança tem sangue tipo O, enquanto a mãe é tipo A. Que
tipo de sangue excluiria a possibilidade de um homem ser seu pai? Poderiam os outros tipos de
sangue provar que um homem em particular era o pai?
11. Nos seres humanos, os antigénios A e B podem ser encontrados sob a forma solúvel em
secreções, incluindo a saliva, em alguns indivíduos (Se/Se e Se/se), mas não em outros (se/se).
Logo, a população contém secretores e não-secretores.
a) Determine a proporção de vários fenótipos (tipo de sangue e capacidade de secreção) em
cruzamentos entre indivíduos com sangue do tipo AB e O, ambos Se/se.
b) Como poderiam mudar os resultados de tais cruzamentos se ambos os progenitores fossem
heterozigóticos para o controle genético da síntese da substância H (Hh)?
12. Distinga entre epistase e hereditariedade poligénica, assim como entre variação contínua e
descontínua.
13. No que respeita à cor do pelo, os cavalos podem ser cremello (uma cor creme claro),
chestnut (uma cor acastanhada), ou palomino (uma cor dourada com branco na cauda e na
crina). Destes fenótipos só os palominos nunca originam descendência completamente igual a
eles próprios.
14. Nos ratos, a pigmentação só é produzida quando o alelo C está presente. Os indivíduos de
genótipo cc não têm cor. Se a cor estiver presente, pode ser determinada pelos alelos A e a. Os
genótipos AA e Aa resultam numa cor agouti, enquanto os aa resultam em pelagem preta.
a) Que proporções fenotípicas e genotípicas F1 e F2 se obtêm a partir de um cruzamento entre
ratos AACC e aacc?
b) Em três cruzamentos entre fêmeas agouti cujos genótipos eram desconhecidos e machos de
genótipo aacc, foram obtidas as seguintes proporções fenotípicas:
16. Numa espécie da família dos felinos, a cor dos olhos pode ser cinza, azul, verde ou castanho
e cada traço dá origem a descendência exatamente igual a ele próprio. Em cruzamentos
separados envolvendo progenitores homozigóticos, obtiveram-se os seguintes resultados:
Cruzamento P P F1 F2
A verde x cinza todos verde ¾ verde: ¼ cinza
B verde x castanho todos verde ¾ verde: ¼ castanho
C cinza x castanho todos verde 9/16 verde
3/16 castanho
3/16 cinza
1/16 azul
a) Proceda a uma análise dos dados: quantos genes estão envolvidos? Defina os símbolos dos
genes e indique que genótipos correspondem a que fenótipos dos cruzamentos.
b) Num cruzamento entre um felino de olhos cinza e um de genótipo e fenótipo desconhecidos, a
geração F1 não foi observada. Contudo, a F2 resultou na mesma proporção F2 que no
cruzamento C. Determine os genótipos e os fenótipos dos felinos P e F1.
17. No quadro abaixo estão representados cinco fenótipos maternos e paternos (1-5), cada um
dos quais designando o ABO, o MN e os antigénios da grupo sanguíneo Rh. Cada combinação
resultou numa das 5 descendências mostradas à direita (a-e). Ligue as descendências aos
progenitores corretos de modo a que os cinco casos sejam plausíveis (não tenha em conta o
fenótipo Bombai). Haverá mais do que uma resposta correta?
18. Duas mães deram à luz ao mesmo tempo num hospital central muito movimentado. O filho
do casal 1 sofre de hemofilia, uma doença causada por um alelo recessivo ligado ao
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
cromossoma X, mas nenhum dos progenitores tem a doença. O casal 2 tem um filho normal,
apesar de o pai ter hemofilia. Alguns meses mais tarde, o casal 1 processou o hospital,
afirmando que os dois recém-nascidos teriam sido trocados na maternidade, logo após o
nascimento. É-lhe pedido o seu testemunho como perito em genética. Que informação pode
fornecer ao juiz relativamente à alegação?
a) Explique o processo de hereditariedade da cor das penas, indicando que genótipos originaram
que fenótipos, assim como os genótipos dos indivíduos P, F1 e F2.
b) Preveja o resultado de um cruzamento-teste entre um pássaro verde de F1 e um pássaro
albino.
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GENÉTICA QUANTITATIVA
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Progenitores A 4 21 24 8
Progenitores B 3 11 12 15 26 15 10 7 2
F1 1 12 12 14 17 9 4
a) Para cada uma das estirpes de progenitores e para F 1, calcule os valores médios para o
comprimento das folhas.
b) Compare a média de F1 com a de cada estirpe de progenitores. Que informações pode daí
retirar acerca da ação dos genes envolvidos?
3. Uma estirpe de plantas, quando cruzada entre si, tem uma altura média de 24 cm. Uma
segunda estirpe da mesma planta, vinda de outra região geográfica, também tem uma altura
média de 24 cm. Quando plantas das duas estirpes são cruzadas, as plantas de F1 têm a
mesma altura que as plantas progenitoras. No entanto, a geração F2 mostra uma grande
variedade de alturas; a maioria das plantas têm 24 cm, mas cerca de 4 em 1000 têm apenas 12
cm de altura, e cerca de 4 em 1000 têm 36 cm de altura.
a) Que modo de hereditariedade está presente aqui?
b) Quantos pares de alelos estão envolvidos?
c) Em que medida contribui cada alelo para a altura das plantas?
d) Indique um conjunto possível de genótipos para os progenitores originais e plantas F1 que
pudessem dar estes resultados.
4. Numa espécie de plantas a altura está sob controlo poligénico. As plantas podem ter 20, 30,
40, 50, 60, 70 ou 80 cm de altura. Um indivíduo com 20 cm que origina descendência
exatamente igual a si próprio foi cruzado com outro, que também origina descendência
exatamente igual a si próprio, com 60 cm de altura. Quantos pares de alelos estão envolvidos na
determinação da altura destas plantas? Que resultados F1 podem ser previstos?
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
7. Elabore uma lista com o máximo de traços humanos que conseguir, que tenham
probabilidades de estar sob controlo de um modo de hereditariedade poligénico.
10. No quadro que se segue, são comparadas diferenças médias de altura e de peso entre
gémeos homozigóticos (criados em conjunto ou separadamente), gémeos dizigóticos e irmãos.
Tire o máximo de conclusões que conseguir no que diz respeito aos efeitos da genética e do
ambiente e sua influência nestes traços humanos.
Traço MZ MZ DZ Irmãos
Criados juntos Criados Criados juntos Criados juntos
separadamente
Altura (cm) 1,7 1,8 4,4 4,5
Peso (kg) 1,9 4,5 4,5 4,7
11. Nos seres humanos, a altura depende da ação aditiva dos genes. Parta do princípio de que
este traço é controlado pelos quatro loci R, S, T e U, e de que os efeitos ambientais são
negligenciáveis.
a) Será que dois indivíduos de altura mediana podem originar descendentes muito mais altos ou
muito mais baixos do que os seus pais? Como?
b) Se um indivíduo com a altura mínima especificada por estes genes casar com alguém de
altura intermédia ou moderada, poderá algum descendente deste casamento ser mais alto que o
progenitor mais alto? Porquê?
12. Numa situação hipotética, o conteúdo de vitamina A e de colesterol dos ovos de uma grande
população de galinhas foi investigado em profundidade. As variâncias foram calculadas como se
mostra abaixo:
Traço
Variância Vitamina A Colesterol
VP 123,5 862,0
VE 96,2 484,6
VA 12,0 192,1
VD 15,3 185,3
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
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a) Calcule a heritabilidade restrita (h ) para ambos os traços.
b) Se algum, qual deles tem maior probabilidade de reagir a uma seleção artificial?
13. Em estudos sobre a taxa de aprendizagem na Drosophila, as moscas podem ser treinadas a
evitar algumas pistas olfativas. Numa população registava-se uma média de 8,5 tentativas. Um
subgrupo desta população aprendia mais rapidamente (média = 6,0). Membros deste subgrupo
foram cruzados entre si e a sua descendência foi testada. Estas moscas apresentavam um
2
tempo de treino médio de 7,5 tentativas. Calcule e interprete a heritabilidade restrita (h ) do treino
olfativo na Drosophila.
14. Estudou-se uma população de tomateiros cujos frutos tinham uma média de 60g: sabe-se
2
que, para este traço, h = 0,3. Se selecionarmos plantas que produzem frutos de 80g a partir da
população original e os cruzarmos entre si, preveja os resultados desta seleção artificial (o peso
médio dos tomates na descendência).
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
2. Telmo e Sara (V-1 e V-2) desejam casar-se mas desconhecem que partilham de um
antepassado, neste caso a sua trisavó, (I-2), que era heterozigótica para uma doença
autossómica recessiva muito rara. A probabilidade de que a sua primeira criança seja afetada é
de: (a) 1/16, (b) 1/64, (c) 1/1024, (d) 1/4096, (e) nenhuma destas hipóteses.
4. Laura e Miguel (II-5 e II-6) encontraram-se numa conferência sobre uma doença metabólica
rara, que é herdada de modo autossómico recessivo. Ambos têm pelo menos um irmão afetado
com esta doença. Apaixonaram-se, mas ficaram apreensivos no que respeita à possibilidade de
terem filhos, porque sabem que a probabilidade de que o seu primeiro filho venha a sofrer da
mesma doença é de (a) ½, (b) ¼, (c) 1/8, (d) 1/9, (e) 1/10, (f) 1/16, (g) 1/32.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
6. O pedigree abaixo é para um traço com 100% de penetrância. O traço não é necessariamente
invulgar na população em geral, mas o indivíduo I-1 é homozigótico normal.
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7. Que tipo de hereditariedade é ilustrada neste pedigree? Refira alguns traços seus conhecidos
que encaixem neste modo de hereditariedade.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
10. Que padrão de hereditariedade é ilustrado na árvore familiar que se segue? Qual é a
probabilidade de que a descendência representada com um ponto de interrogação venha a
expressar o traço se for do sexo masculino? Qual é a probabilidade de expressar se o filho for do
sexo feminino?
11. O que pode dizer ao probando sobre a hereditariedade do traço que ele manifesta? Como
explicaria a entrada do gene para a família?
12. Mostra-se aqui um pedigree para a polidactilia em humanos. Qual o modo de transmissão da
polidactilia? Diga que pistas lhe sugerem essa hipótese como a mais provável.
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
13. O pedigree abaixo mostra o modo de transmissão de dois traços. Um, representado com
linhas diagonais, é a hereditariedade de um marcador de ADN, outro, representado com
símbolos pretos, é o daltonismo completo, em que os indivíduos afetados veem os objetos
apenas em sombras de preto, cinzento e branco.
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1. Pense num processo de não-disjunção que, ocorrendo durante a formação dos gâmetas
humanos femininos, dê origem a uma descendência com síndrome a) de Klinefelter ou b) de
Turner, após fertilização com um gâmeta masculino normal.
4. Indique o número esperado de corpúsculos de Barr nas células de interfase nos seguintes
indivíduos: síndrome de Klinefelter, síndrome de Turner, cariótipos 47, XYY, 47, XXX e 48,
XXXX.
6. Relacione o efeito potencial da hipótese de Lyon na retina de uma mulher heterozigótica para
o traço de daltonismo verde-vermelho, ligado ao cromossoma X.
7. Os criadores de gatos sabem que os gatinhos que exprimem a pelagem com padrão calico
(branco com manchas castanho-escuro e laranja), ligada ao cromossoma X, são quase sempre
fêmeas. Porquê?
9. Discuta as possíveis razões para a proporção machos/fêmeas à nascença ser tão alta em
humanos (1,06 a 1,25).
12. Que prova sugere que a síndrome de Down é mais vezes resultado de não-disjunção durante
a oogénese do que durante a espermatogénese?
13. Sabe-se que seres humanos com cariótipos aneuploides podem ocorrer, mas são
normalmente inviáveis. Quais são as razões desta falta de viabilidade?
14. Que conclusões foram tiradas sobre a aneuploidia humana como resultado de análises
cariotípicas de abortos?
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Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
16. Quando duas plantas pertencentes ao mesmo género, mas a diferentes espécies, foram
cruzadas entre si, a geração híbrida F1 era mais viável e tinha flores mais ornamentadas.
Infelizmente este híbrido era estéril e só podia ser propagado através de cortes vegetativos.
Explique a esterilidade do híbrido. Como pode um “horticultor experimental” tentar reverter a sua
esterilidade?
17. Para uma espécie com um número diploide de 18, indique quantos cromossomas estarão
presentes nos núcleos somáticos de indivíduos haploides, triploides, tetraploides, trissómicos e
monossómicos.
19. Diz-se que as inversões “suprimem o crossing-over”. Esta terminologia está tecnicamente
correta? Se não, reformule esta descrição com mais precisão.
20. Uma mulher com síndrome de Turner também exprime o traço, ligado ao cromossoma X, de
hemofilia, tal como o pai. Que progenitor passou por uma não-disjunção durante a meiose,
dando origem ao gâmeta responsável pelo síndrome?
22. Conhecem-se variedades de crisântemos que contêm 18, 36, 54, 72 e 90 cromossomas,
todos eles são múltiplos de um conjunto básico de 9 cromossomas. Como descreveria,
geneticamente, estas variedades? Que característica é partilhada pelos cariótipos de cada
variedade? Foi descoberta uma variedade com 27 cromossomas, mas era estéril. Porquê?
23. Um casal, ao realizar o planeamento familiar, tomou consciência de que ao longo das três
gerações passadas, do lado do marido, havia um número substancial de abortos espontâneos e
nados-mortos, e tinham nascido vários bebés com malformações que viriam a morrer em
crianças. A mulher tinha estudado genética e instigou o seu marido a visitar uma clínica de
aconselhamento genético, onde foi realizada posteriormente uma análise completa de cariótipo
com bandeamento. Embora se tenha descoberto que ele tinha um complemento normal de 46
cromossomas, a análise do bandeamento revelou que um membro do par do cromossoma 1 (no
grupo A) continha uma inversão que cobria 70% do seu comprimento. O homólogo do
cromossoma 1 e todos os outros cromossomas mostravam uma sequência de bandeamento
normal.
a) Como explica a alta incidência passada de abortos espontâneos?
b) Como procederia a fim de prever a probabilidade de normalidade/anormalidade dos seus
futuros descendentes?
c) Aconselharia a mulher a levar cada gravidez a termo para determinar se o feto era ou não
normal? Se não, o que a aconselharia a fazer?
24. O gene Sry está situado no cromossoma Y, muito próximo da região que entra em contacto
com o cromossoma X durante a meiose. Partindo desta informação, proponha um modelo para
explicar a geração de homens que têm dois cromossomas X (com um pedaço do Y contendo Sry
agarrado ao cromossoma X).
38
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
25. O antigénio de superfície celular Xg é codificado por um gene que está localizado no
cromossoma X. Não há nenhum gene equivalente no cromossoma Y. Dois alelos co-dominantes
deste gene foram identificados: Xg1 e Xg2. Uma mulher de genótipo Xg2/Xg2 casa com um
homem de genótipo Xg1/Y, e tem um filho com a síndrome de Klinefelter de genótipo Xg2Xg1/Y.
Usando terminologia genética apropriada, explique sucintamente como foi gerado este indivíduo.
Em que progenitor e em que divisão meiótica ocorreu o erro?
26. Os genes contendo a codificação relativa às proteínas de deteção das cores vermelho e
verde, no olho do ser humano, estão localizados um junto ao outro no cromossoma X, e
provavelmente foram originados durante a evolução a partir de um gene pigmentar ancestral
comum. As duas proteínas demonstram 96% de homologia nas suas sequências de
aminoácidos. Uma mulher normal com uma cópia de cada gene em cada um dos seus
cromossomas X tem um filho daltónico para vermelho e verde, que evidenciou conter uma cópia
do gene verde e nenhuma cópia do gene vermelho (gene ausente). Elabore uma explicação ao
nível cromossómico (durante a meiose) que explique estas observações.
27. Uma criança nasceu com síndrome de Klinefelter, filho de uma mulher fenotipicamente
normal e de um homem que tem um problema de pele chamado displasia ectodérmica
anidrótica, uma condição ligada ao cromossoma X. A pele da mãe é completamente normal sem
quaisquer sinais de problemas. Em contrapartida, o seu filho tem zonas de pele normal e zonas
de pele anormal.
a) Qual dos progenitores contribuiu com o gâmeta anormal?
b) Usando a terminologia genética adequada, descreva o erro meiótico ocorrido. Não se esqueça
de indicar em que divisão ocorreu o erro.
c) Utilizando a terminologia genética adequada, explique o fenótipo da pele do filho.
28. Em humanos, sabe-se que a síndrome de Hunter é uma característica recessiva ligada ao
cromossoma X com penetrância completa. Na família A, dois progenitores fenotipicamente
normais tiveram um rapaz normal, uma filha com as síndromes de Hunter e de Turner, e um
rapaz com a síndrome de Hunter.
Na família B, dois progenitores fenotipicamente normais tiveram duas filhas fenotipicamente
normais e um rapaz com as síndromes de Hunter e Klinefelter. Para cada família, explique a
origem do cariótipo das crianças sublinhadas.
39
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
1. Numa série de cruzamentos para mapeamento two-point, envolvendo três genes ligados ao
cromossoma 3 na Drosophila, foram calculadas as seguintes distâncias:
cd-sr 13 cM
cd-ro 16 cM
16 13 13 16
ro cd sr ou sr cd ro
2. Na Drosophila, os genes asa ondulada (dp), olho coagulado (cl) e sem asa (ap) estão ligados
no cromossoma 2. Numa série de cruzamentos para mapeamento two-point, foram determinadas
as seguintes distâncias genéticas:
dp-ap 42
dp-cl 3
ap-cl 39
3. Numa série de cruzamentos para mapeamento two-point, envolvendo cinco genes localizados
no cromossoma 2 na Drosophila, foram observadas as seguintes frequências de recombinantes
(crossing-overs simples):
%
pr-adp 29
pr-vg 13
pr-c 21
pr-b 6
adp-b 35
adp-c 8
adp-vg 16
vg-b 19
vg-c 8
c-b 27
a) Construa um mapa destes genes, partindo do princípio de que o gene adp está presente perto
do fim do cromossoma 2 (locus 83).
b) Numa outra série de experiências, um sexto gene, d, foi testado em relação a b e a pr.
d-b 17%
d-pr 23%
4. No que se refere à cor da pelagem nos coelhos, preto (B) é dominante em relação ao
ch
castanho (b), enquanto o tipo liso (C) é dominante em relação ao chinchila (C ). Os genes que
controlam estes traços estão ligados. Coelhos heterozigóticos para ambos os traços, e
exprimindo uma cor preta e lisa, foram cruzados com coelhos castanhos e chinchila, com os
seguintes resultados:
40
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
31 castanho, chinchila
35 preto, liso
16 castanho, liso
19 preto, chinchila
5. No milho, a aleurona colorida (no grão) é causada pelo alelo dominante R. O alelo recessivo r,
quando em homozigotia, produz aleurona incolor. A cor da planta (não do grão) é controlada pelo
par de alelos Y e y. O alelo dominante Y resulta em cor verde, enquanto a presença
homozigótica do alelo recessivo y faz com que a planta seja amarela. Num cruzamento-teste
entre uma planta de fenótipo e genótipo desconhecidos e uma planta homozigótica recessiva
para ambos os traços, obteve-se a seguinte descendência:
(grão, planta)
Colorido, verde 88
Colorido, amarelo 12
Incolor, verde 8
Incolor, amarelo 92
Cruzamentos 3-point
As distâncias relativas entre pares de loci podem ser calculadas a partir de um cruzamento-teste.
A distância de mapeamento é definida como sendo igual à percentagem de recombinação. O
exemplo que se segue demonstra a análise de distâncias de mapeamento num cruzamento-teste
three-point.
Na Drosophila melanogaster, três dos loci que afetam a cutícula adulta são:
- h (hairy; mais pelos no corpo)
- jv (javelin; os pelos são cilíndricos, em vez de serem afilados para as pontas)
41
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
O cruzamento entre o progenitor fêmea heterozigótico (h+ jv+ ve+) e o progenitor macho
homozigótico recessivo (hh jvjv veve) é um cruzamento-teste. Os fenótipos da descendência
representam os alelos herdados do progenitor heterozigótico, já que qualquer alelo recessivo
herdado deste progenitor estará automaticamente em homozigotia e, logo, manifestar-se-á.
Os fenótipos da descendência foram os seguintes:
+ + + 362
jv + + 4
+ + ve 90
jv + ve 39
jv h ve 396
+ h ve 2
+ h + 34
jv h + 100
Total 1027
Apresentam-se aqui os passos a seguir para determinar as distâncias genéticas entre os loci.
I. Determine se os genes estão ligados ou não. Neste exemplo estão ligados. Se não
estivessem, seria de esperar uma proporção 1:1:1:1:1:1:1:1 num cruzamento-teste como este.
+ + +
jv h ve
ou seja, os alelos estão em cis. Se as classes parentais fossem (jv h +) e (+ + ve), então jv e h
estariam em cis mas jv e h estariam em trans relativamente a ve.
III. Identifique as classes de duplos recombinantes. Uma vez que a ocorrência de recombinação
em simultâneo nas duas regiões flanqueadas pelos loci heterozigóticos é menos provável do que
a ocorrência de uma recombinação simples, as classes de duplos recombinantes serão as duas
classes mais pequenas. Neste exemplo seriam (jv + +) e (+ h ve).
IV. Determine a ordem dos genes. Esta pode ser deduzida comparando as classes parentais
com as classes de duplos recombinantes. A ligação nas classes parentais e de duplos
recombinantes será a mesma exceto em um dos loci. O locus que muda é o que está no meio na
sequência de genes. Por exemplo, se os cromossomas forem como se mostra na Figura
a b c
+ + +
A posição de jv mudou relativamente aos outros dois loci. A ordem correta dos genes é então (ve
jv h) ou (h jv ve). Estas duas alternativas são na realidade equivalentes já que as extremidades
“esquerda” e “direita” de um cromossoma são definidas arbitrariamente. A orientação é
estabelecida quando os investigadores fazem o primeiro mapa genético de uma espécie.
h + + h jv +
+ jv ve + + ve
Região 1 Região 2
ve jv + 39 ve + + 90
+ + h 34 + jv h 100
+ jv + 4 + jv + 4
ve + h 2 ve + h 2
79 196
Interferência (I) = 1 – CC
Se o coeficiente de coincidência for 1, I=0, não houve interferência. Se o CC for menor do que 1,
a interferência é positiva.
43
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
8. Na Drosophila, Lyra (Ly) e Stubble (Sb) são mutações dominantes situadas nos loci 40 e 58,
respetivamente, no cromossoma 3. Foi descoberta uma mutação recessiva que origina olhos
vermelho vivo, também localizada no cromossoma 3.
Obteve-se um mapa através de um cruzamento de uma fêmea heterozigótica para as três
mutações com um macho homozigótico para a mutação vermelho vivo (a que temporariamente
chamaremos br). Obtiveram-se os seguintes dados:
Fenótipo Quantidade
(1) Ly Sb br 404
(2) + + + 422
(3) Ly + + 18
(4) + Sb br 16
(5) Ly + br 75
(6) + Sb + 59
(7) Ly Sb + 4
(8) + + br 2
1000
9. Descreva a observação citológica que sugere que o crossing-over ocorre sempre durante a
profase I da meiose.
10. Porquê ocorre mais crossing-over entre dois genes ligados, mas distantes, do que entre dois
genes que estejam muito juntos no mesmo cromossoma?
11. Porquê é que o limite de produtos de um crossing-over simples é de 50% mesmo que o
crossing-over ocorra entre dois genes no mesmo cromossoma?
12. Porque é que os eventos de crossing-over duplo são esperados com menor frequência do
que os eventos de crossing-over simples?
14. Quais são os três critérios essenciais a respeitar, a fim de se executar um cruzamento para
mapeamento two-point com sucesso?
15. A tabela resume os resultados de um cruzamento teste com três traços ligados a, b e c.
Diga:
a) Qual era a distribuição dos alelos nos dois cromossomas no a b c n %
progenitor heterozigótico + + c 331 33,1%
(cromossomas parentais); a b + 319 31,8%
b) Quais são os cromossomas duplos recombinantes? + b c 98 9,8%
c) Qual é a disposição dos três loci ao longo do cromossoma; a + + 92 9,2%
d) O valor das distâncias entre eles; + + + 69 6,9%
e) Calcule o valor da interferência e especifique se é positiva ou a b c 64 6,4%
negativa. + b + 12 1,2%
a + c 16 1,6%
44
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
16. Na Drosophila, foi realizado um cruzamento entre fêmeas que exprimiam os três traços
recessivos ligados ao cromossoma X- scute bristles (sc), corpo areia (s), olhos vermelho vivo (v)-
e machos de tipo selvagem. Na geração F1 todas as fêmeas eram de tipo selvagem, enquanto os
machos exprimiam os três traços mutantes. O cruzamento foi levado até à geração F 2 e foram
contados 1000 descendentes, com os resultados apresentados abaixo. Não foi determinado o
sexo nos dados relativos à F2.
Fenótipo descendência nº
sc s v 314
+ + + 280
+ s v 150
sc + + 156
sc + v 46
+ s + 30
sc s + 10
+ + v 14
45
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
17. Na Drosophila, Dichaete (D) é uma mutação do cromossoma 3 com um efeito dominante na
forma da asa. É letal quando homozigótica. Os genes ébano (e) e cor-de-rosa (p) são mutações
recessivas do cromossoma 3 que afetam a cor do corpo e dos olhos, respetivamente. Moscas de
um grupo Dichaete foram cruzadas com moscas homozigóticas para ébano e cor-de-rosa, e as
moscas da descendência F1 com um fenótipo Dichaete foram sujeitas a um cruzamento
recessivo com os progenitores homozigóticos ébano, cor-de-rosa. Os resultados deste retro-
cruzamento foram os seguintes:
Fenótipo Quantidade
Dichaete 401
ébano, cor-de-rosa 389
Dichaete, ébano 84
cor-de-rosa 96
Dichaete, cor-de-rosa 2
ébano 3
Dichaete, ébano, cor-de-rosa 12
tipo selvagem 13
46
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
5’ TCG TTT AAG GGC TTG TGC GCC ACG GAT 3’ Cadeia sense
3’ AGC AAA TTC CCG AAC ACG CGG TGC CTA 5’ Cadeia antisense
1 2 3 4
2. No bacteriófago T4, uma mutação frameshift + (desvio da grelha de leitura por adição de um
nucleotídeo) é suprimida por uma outra mutação frameshift –, noutra posição do gene. Os
primeiros 10 aminoácidos da proteína de tipo selvagem são:
Met Phe Trp Ala Leu Glu Ser Met Asp Pro
Met Phe Cys Gly Val Gly Glu His Asp Pro
3. O aquecimento provoca a separação dos ácidos nucleicos de cadeia dupla nas suas cadeias
constituintes, e o arrefecimento permite o emparelhamento (por formação de pontes de
hidrogénio) de duas cadeias com sequências complementares. Parta do princípio que o ADN de
cadeia dupla de um gene codificante para um polipeptídeo específico nas galinhas é aquecido e
separado.
a) Alguma desta substância é colocada juntamente com ARN do núcleo de certas células
especializadas que produzem uma grande quantidade deste polipeptídeo. A mistura é arrefecida,
a fim de permitir que as cadeias complementares se liguem. A observação ao microscópio
eletrónico das preparações mostra ácidos nucleicos de cadeia simples e de cadeia dupla.
Existem dois tipos de ácido nucleico de cadeia dupla.
1
363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 ... 513
A Ala Lys Glu Trp Asn Asn Ser Leu Lys Thr Lys Leu Ser
GCU AAA GAA UGG AAC AAC UCA CUA AAA ACC AAG CUG UCG ...
B Met Glu Gln Leu Thr Lys Asn Gln Ala Val
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ... 120
6. Foi estudada uma rara mutação dominante em seres humanos que se exprimia à nascença.
Os registos demonstravam que em 40 000 nascimentos vivos tinham sido descobertos 6 casos.
As histórias familiares revelaram que, em dois casos, a mutação já estava presente num dos
progenitores. Calcule a taxa de mutação espontânea para essa mutação. Quais são os
pressupostos implícitos que podem afetar as nossas conclusões?
48
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
10. Pensa-se que a maior parte das mutações são deletérias. Sendo assim, será razoável
afirmar que as mutações são essenciais ao processo evolutivo? Porquê?
11. Por que razão supõe que uma mutação aleatória tem mais probabilidades de ser deletéria do
que benéfica?
15. Descreva o tautomerismo e a forma pela qual este evento químico poderá conduzir a
mutação.
17. Os corantes de acridina induzem mutações de frameshift. Serão estas mutações mais
prejudiciais do que mutações pontuais em que uma pirimidina ou purina foi substituída?
18. Explique porque é que os raios X são mais mutagénicos que a radiação UV e contraste a
indução de mutações pelos raios X e radiação UV.
20. A mamografia é uma técnica de rastreio para a deteção precoce do cancro da mama. Uma
vez que esta técnica utiliza raios X no diagnóstico, tem sido muito controversa. Explique porquê.
Quais as razões que justificam o uso de raios X neste tipo de diagnóstico médico?
21. Descreva o teste de Ames para rasteio de potenciais mutagénios ambientais. Porque é que
se considera que um composto positivo para o teste da Ames poderá ser também
carcinogénico?
22. Qual o defeito genético que provoca a doença xeroderma pigmentoso em humanos? Como
se relaciona este defeito com o fenótipo associado à doença?
23. Distinga transições de transversões. Usando as bases do ADN (A, T, G, C), faça uma
listagem com os quatro tipos de transições e os 8 tipos de transversões.
49
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
4. Descreva as características necessárias a uma molécula de ADN para que possa ser utilizada
como vetor de clonagem.
5. Explique porquê é que é útil, na clonagem em vetores bacterianos, a inserção dos fragmentos
de DNA num local de restrição que se encontre dentro de um gene de resistência a antibiótico?
Porquê é que é também necessário um outro gene de resistência a um segundo antibiótico?
6. Ao realizar uma sequenciação de ADN num segmento de ADN clonado, obteve-se a seguinte
sequência nucleotídica:
GTATGGATCCCATTGCAGCTGGGGCAG
Será que este segmento contém um local de reconhecimento palindrómico para uma enzima de
restrição? Que enzima cortaria neste local? Consulte a figura indicada na figura #1, onde pode
ver uma lista de locais de reconhecimento para enzimas de restrição.
7. A figura da página seguinte contém uma lista de enzimas de restrição que reconhecem
sequências de quatro bases ou de seis bases. Com que frequência média deverá ocorrer num
genoma uma sequência de reconhecimento de quatro bases? E de seis? Se a sequência de
reconhecimento consistir de oito bases, com que frequência serão encontradas tais sequências?
Em que circunstâncias escolheria utilizar uma tal enzima?
8. O enzima de restrição BsaJI corta a sequência CCNNGG (onde N é uma base qualquer). Com
que frequência média cortará este enzima num genoma com G+C = 50% ? e num genoma com
GC% = 70% ?
50
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
11. Diga em que consiste a deteção de STRPs (short tandem repeats) pela técnica de PCR e
quais as aplicações desta tecnologia.
13. Embora a captura e o comércio de grande símios tenha sido banida em 112 países desde
1973, estima-se que cerca de 1000 chimpanzés são removidos anualmente de África e vendidos
em contrabando para a Europa, Estados Unidos e Japão. Este comércio ilegal é frequentemente
disfarçado pelos proprietários privados (como jardins zoológicos e circos), simulando
nascimentos em cativeiro. Até há pouco tempo, não se utilizavam testes de identificação
genética para colocar a descoberto estas atividades ilícitas, devido ao difícil acesso a
marcadores altamente polimórficos, e à dificuldade em obter amostras de sangue de chimpanzé.
Recentemente foi divulgado um estudo em que se extraem amostras de ADN a partir de raízes
de pelos de chimpanzé acabados de arrancar, utilizados depois para reação em cadeia da
polimerase. Os primers utilizados nestes estudos flanqueiam posições altamente polimórficas no
ADN humano resultantes de repetições contíguas de nucleotídeos. Várias descendências
suspeitas e os seus supostos progenitores foram testados, a fim de determinar se a
descendência era “legítima” ou produto de comercialização ilegal, e não a descendência dos
progenitores indicados como tal. Uma
amostra dos resultados encontra-se
evidenciada na figura seguinte. Examine os
dados cuidadosamente e escolha a
conclusão mais acertada.
3. A imagem mostra a sequência de ADN que rodeia o local da mutação na -globina de células
falciformes, em genes normais e mutantes.
5´ G A C T C C T G A G G A G A A G T 3´
3´ C T G A G G A C T C C T C T T C A 5´
ADN normal
5´ G A C T C C T G T G G A G A A G T 3´
3´ C T G A G G A C A C C T C T T C A 5´
ADN de eritrócitos falciformes
Cada tipo de ADN é amplificado por PCR, desnaturado e transferido para um filtro. O filtro é
híbridado a um ASO (oligonucleotídeo específico de alelo) da seguinte sequência: 5´-
GACTCCTGAGGAGAAGT– 3´.
a) Como se designa esta técnica?
53
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
b) Qual o resultado que seria de esperar após hibridação do filtro com o ASO?
5. O gene da insulina humana contém uma série de intrões. Apesar de as células bacterianas
não excisarem os intrões do ARNm, como é que um gene como este pode ser clonado numa
célula bacteriana e, assim, esta seja capaz de produzir insulina?
Amostras de ADN das gerações II e III são obtidas e sujeitas a uma análise de ligação usando
RFLPs. Um RFLP refere-se a uma região do cromossoma 10 (detetado pela sonda A) e o outro
no cromossoma 21 (detetado pela sonda B). Os resultados desta análise encontram-se
evidenciados na figura seguinte. Ao responder às perguntas, parta do princípio de que dados
54
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
adicionais foram obtidos desta família e de que eram coerentes com os dados mostrados e
estatisticamente relevantes.
cr. 10 cr. 21
55
Aulas teórico-práticas de Genética MD + CF
GENÉTICA DE POPULAÇÕES
2. Calcule a frequência dos alelos A e a de uma população com 0,2 AA, 0,6 Aa e 0,2 aa. Qual
será a frequência dos três genótipos depois de mais uma ronda de reprodução (assuma que
a população obedece a todos os requisitos da lei de Hardy-Weinberg)?
3. Considere doenças raras cada uma causada por uma mutação autossómica recessiva.
Calcule a frequência (ou percentagem) de indivíduos heterozigóticos a partir destas
frequências do fenótipo:
a. 0,0064 c. 0,09 e. 0,10
b. 0,000081 d. 0,01
4. Qual é a condição que tem de ser assumida para que as contas da pergunta 3 façam
sentido?
de Hardy-Weinberg. Alelo selvagem da -globina (A) e alelo da anemia falciforme (S): AA, 75;
AS, 25; SS, 0 numa população com n = 100. Repita as contas para n = 1000 (AA, 750; AS,
250; SS, 0). O resultado foi diferente? Como justifica esta diferença?
7. Em que circunstâncias acha que um alelo dominante letal se pode manter numa população?
8. Determine a frequência do alelo A na população duma ilha depois duma geração com
imigração do continente nas seguintes condições:
a. freq de A originária = pi = 0,6;
freq. de A nos imigrantes = pm = 0,1;
proporção dos imigrantes na população final = m = 0,2
b. pi = 0,2; pm = 0,7; m = 0,3
c. pi = 0,1; pm = 0,2; m = 0,1
56
Aulas teórico-práticas de Genética NUT + BQ + CB
10. Num programa de melhoramento de uma espécie de cultivo, quais dos seguintes sistemas
devem ser aplicados para produzir uma linha homozigótica no tempo mais breve possível?
11. Se o albinismo acontece com uma frequência de 1 / 5 000 numa população em equilíbrio e é
causado por um alelo autossómico recessivo a, calcule a frequência de
a. o alelo a b. o alelo A
c. os indivíduos heterozigóticos d. os casais heterozigóticos
12. Numa população humana de 4000 indivíduos existem 2 homens com hemofilia A. Assumindo
que a população é 50% homens e 50% mulheres, quantas portadoras haverá nessa
população?
14. A acondroplasia é um traço dominante que causa uma forma típica de nanismo. Numa
amostragem de 50 000 bebés, foram encontrados 5 afetados. Três deles tinham um pai
afetado enquanto 2 tinham pais normais. Calcule a taxa de mutação do gene expressando-a
como número de mutações por gâmeta. Calcule a frequência do alelo mutado nesta
população de 50 000 bebés.
15. Um rapaz que planeia casar-se tem uma irmã com fibrose quística (CF), uma doença
autossómica recessiva. Tanto ele como os seus pais são normais. O rapaz planeia casar com
uma rapariga que não tem história de CF na família. Qual é a probabilidade deles terem um
filho afetado? (ambos são Caucasianos e a frequência da CF na população Caucasiana é de
1 / 2500. Assuma que a população está em equilíbrio.)
16. Um botânico que estuda nenúfares num charco isolado encontra 3 formas de margem da
folha: inteira, com pontas e crenada. Uma análise molecular mostra que as plantas com
folhas inteiras são homozigóticas para um alelo r1 enquanto as plantas com folhas
pontiagudas são homozigóticas para o alelo r2. As plantas com folhas crenada são
heterozigóticas. A frequência do alelo r1 é 0,81. Se o botânico em 125 plantas no charco
contou 20 com folhas crenada, qual é o coeficiente de inbreeding F para esta população?
17. Um agricultor planta milho transgénico Bt que é geneticamente modificado para produzir o
seu próprio inseticida. Apenas 10% das larvas que se alimentam do milho Bt sobrevivem, a
não ser que tenham pelo menos uma cópia do alelo dominante de resistência ao inseticida B.
No primeiro ano a frequência do alelo B nas larvas é 0,02. Qual será a frequência depois de
uma geração de larvas a alimentar-se do milho transgénico?
57
Aulas teórico-práticas de Genética NUT + BQ + CB
18. Numa população isolada de 50 “ovelhas do deserto” encontrou-se um alelo mutante c que
causa pelagem encaracolada em ambos os sexos. O alelo normal dominante C produz
pelagem lisa. Ao estudar a população, um biólogo conta 4 indivíduos encaracolados e,
através de análise genética, 17 indivíduos heterozigóticos. Qual é o coeficiente de inbreeding
desta população?
19. Para aumentar a diversidade genética da população da pergunta anterior, são introduzidas
10 ovelhas vindas de uma região diferente onde o alelo c está ausente. Assumindo que se dá
acasalamento aleatório entre as ovelhas e que o alelo c não é selecionado nem positiva nem
negativamente (é “seleção-neutro”), qual será a frequência do alelo c na próxima geração?
* para resolver este problema é preciso resolver uma equação de segundo grau e escolher uma
solução. Quem não quiser aceitar este desafio, utilize o dado f(A) = p = 0,211.
A B
21. Numa população em que as frequências alélicas são f(I ) = 0,3, f(I ) = 0,5 e f(i) = 0,2, calcule
a percentagem de indivíduos com antigénios A e B. Calcule a percentagem de indivíduos que
não têm antigénio nenhum.
23. A polidactilia é uma doença AD com penetrância incompleta (70%). Na população em estudo
a frequência do alelo é 0,012. Qual é a probabilidade de uma pessoa escolhida ao acaso
nessa população ser portador (heterozigótico) do alelo da doença? Qual a probabilidade de
ser portador do alelo sem o expressar? Qual é a probabilidade do filho de um casal saudável
aleatório herdar 1 alelo mutado e manifestar a doença?
58
Aulas teórico-práticas de Genética NUT + BQ + CB
GENÉTICA DA EVOLUÇÃO
1. Umas plantas individuais aparecem no meio de uma população com altura o dobro das
outras. Essa planta se reproduz normalmente tanto por autofertilização como por fertilização
cruzada. Será essa planta mais alta simplesmente uma variante ou será uma nova espécie?
Como poderia determinar isso.
2. Descreva o processo da evolução das espécies pela teoria neo-Darwiniana. Quais são as
diferenças com a teoria clássica de Darwin-Wallace?
3. Duas espécies próximas podem ter poucas diferenças entre elas. Como podemos defender a
classificação em duas espécies diferentes em vez duma só quando as diferenças são
mínimas?
4. A seleção natural pode levar à especiação. É esse o único modo de uma espécie nova se
formar?
5. Que tipos de substituições nucleotídicas não podem ser detetadas através de estudos por
electroforese dos produtos génicos (proteínas)?
7. Os peixes Fundulus apresentam diferenças nas frequências alélicas do gene Ldh entre as
zonas frias e as zonas quentes. Explique porquê na estratégia adaptativa das populações
são importantes tanto a eficiência catalítica dos alozimas como os níveis de expressão do
gene?
9. Compile uma lista dos mecanismos que levam ao isolamento reprodutivo de duas espécies.
Qual tipo é considerado mais eficaz no isolamento e porquê?
10. A planta do tabaco, Nicotiana tabacum (2n=48), formou-se por hibridação entre N.
tomentosiformis (2n=24) e N. sylvestris (2n=24): espera encontrar níveis mais altos de
heterozigotia no híbrido anfidiploide ou nas espécies diploides parentais? Isso representa
uma vantagem ou uma desvantagem?
11. Porquê acha que muitas espécies de plantas são poliploides enquanto isso é raro nos
animais?
12. Em baixo são mostrados segmentos homólogos das globinas humanas e . Usando a
tabela do código genético, determine a distância mutacional mínima entre os dois genes.
59
Aulas teórico-práticas de Genética NUT + BQ + CB
13. Determine a distância mutacional mínima entre os genes do citocromo c das seguintes
espécies (no segmento mostrado):
14. A figura seguinte mostra um segmento dum gene do cromossoma Y (testis-specific protein of
Y) de várias espécies de primatas (a sequência humana é mostrada por completo enquanto
nas outras mostra-se apenas as bases diferentes). Calcule a distância genética entre as
sequências e construa a filogenia deste gene para estas espécies usando o método
UPGMA. A árvore obtida é consistente com a filogénese aceite para estas espécies?
gorila: AGAGGTTTTTCTGTGAATCAAGCTATTTTTAAGGGAGTGTGATTGCTGCC
orango: .T........G....C....................C..........C..
humano: ...........A......G...............................
chimpanzé: ...........A......................................
babuíno: .C.C..G..G.................G.......GC......C...C.G
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