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ANALISANDO A CONCEPÇÃO DE FORÇA

COM O PÊNDULO SIMPLES


Alexandre Leopoldino Barcellos – matrícula 2018016944
Breno Monteiro Dos Santos – matrícula 2018017182
Carina Reis Passos Malturato – matrícula 2017015147
Juliana Scherrer Barbosa – matrícula 2018016659

Resumo. O presente artigo faz parte do processo de avaliação das disciplinas de Prática de
Ensino I e Introdução à Física Experimental, no curso de licenciatura de Física – EAD da
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
A aceleração da gravidade na cidade de Itamonte, Minas Gerais, Brasil, foi determinada
através da medida do período de um pêndulo simples. Um modelo teórico foi aplicado ao
movimento permitindo a análise do movimento e das forças envolvidas, a obtenção de dados
experimentais e o cálculo de uma grandeza física.
Constatou-se que o modelo é válido para o que foi proposto (determinar a aceleração da
gravidade), e que o resultado obtido foi influenciado por erros experimentais.

1. INTRODUÇÃO O objetivo do experimento aqui


Através da análise das forças descrito foi determinar o valor da aceleração
aplicadas a um dado corpo as leis de da gravidade na cidade de Itamonte, Minas
Newton fornecem uma descrição Gerais, Brasil, por meio do estudo do
matemática dos movimentos observados, movimento de um pêndulo simples.
daqueles que ocorrem em velocidades não
Os próximos tópicos descrevem os
próximas à da luz. materiais, a metodologia experimental e o
Dentre os diversos tipos de modelo teórico utilizados, bem como a
movimentos classicamente estudados, o análise dos dados coletados, e uma
harmônico simples caracteriza-se por ser um discussão sobre o valor da aceleração da
movimento periódico que ocorre sob ação gravidade determinado experimentalmente.
de uma força restauradora. Um exemplo é o
movimento de um pêndulo simples,
constituído por uma massa pontual suspensa 2. MATERIAIS E MÉTODOS
por um fio ideal que é posta a oscilar em
torno de uma posição central, sob a ação da 2.1 Materiais
gravidade. Para pequenas amplitudes de
oscilação este movimento pode ser descrito - Cronometro digital (precisão de 0,2s)
como um movimento harmônico simples - Fio de polipropileno com 1,500m de
(MHS), onde a força gravitacional atua comprimento
como força restauradora.
- trena (precisão de 2mm)
É possível relacionar o período de
um pêndulo simples com seu comprimento e - cilindro metálico (massa de 100g)
com a aceleração da gravidade por meio de
uma função matemática, sendo esta então 2.2 Modelo Metodológico
uma possível maneira para determinar o Para que um movimento seja harmônico
valor da aceleração da gravidade em um simples é necessário que a força
certo local. restauradora, que aponta para a posição em
torno da qual o movimento ocorre, seja

1
proporcional à posição do corpo. Para 2.3 Dados obtidos
pequenas amplitudes de oscilação essa As medidas referentes aos períodos de
condição é observada e podemos descrever cinco oscilações consecutivas estão
o período de um pêndulo simples por meio apresentadas na Tabela 1:
da equação (1):
Tabela 1: Períodos para 5 oscilações
𝐿 consecutivas de um pêndulo simples com
𝑇 = 2𝜋√𝑔 (1) comprimento L=1,500m, na cidade de
Sendo: Itamonte, Minas Gerais, Brasil.
T – período
L – comprimento do fio T (5 oscilações) T (1 oscilação)
g – aceleração da gravidade (±0,2s) (±0,04s)
1 12,02 2,40
Através da equação (1) é possível 2 11,84 2,37
obtermos a equação (2), que fornece o valor 3 11,85 2,37
da aceleração da gravidade em função do 4 11,74 2,35
período e do comprimento do fio: 5 11,93 2,39
6 11,83 2,37
4𝜋 2 𝐿 7 11,89 2,38
𝑔= (2)
𝑇2
8 11,94 2,39
Um pêndulo simples foi construído com 9 11,92 2,88
os materiais descritos, sendo possível 10 12,12 2,42
identificarmos as forças que atuam na massa 11 12,03 2,41
(Figura 1). 12 12,01 2,40
13 12,05 2,41
14 11,91 2,38
15 11,90 2,38
16 11,94 2,39
17 11,95 2,39
18 12,01 2,40
19 11,89 2,38
20 11,89 2,38
21 11,75 2,35
22 11,82 2,36
23 11,87 2,37
Figura 1: Forças atuantes sobre um pêndulo
24 11,94 2,39
simples
25 11,97 2,39
Foram coletados cinquenta valores 26 11,93 2,39
referentes aos períodos de cinco oscilações 27 11,79 2,36
consecutivas, para então ser determinado o 28 11,96 2,39
período de uma oscilação, e 29 11,85 2,37
consequentemente, o valor da aceleração da 30 12,12 2,42
gravidade. Devido à imprecisão do
31 12,00 2,40
cronômetro utilizado, e também à
dificuldade associada à medição dos 32 12,00 2,40
períodos, é possível que o valor aqui 33 12,00 2,40
calculado experimentalmente divirja do 34 12,08 2,42
valor canônico para a localidade. 35 11,90 2,38

2
36 11,95 2,39
37 12,02 2,40
38 11,93 2,39
39 11,80 2,36
40 11,85 2,37
41 11,94 2,39
42 11,96 2,39
43 11,85 2,37
44 11,82 2,36
45 12,01 2,40 Figura 2: Histograma referente aos
46 11,68 2,34 períodos do pêndulo simples.
47 11,86 2,37
Foi feita a análise da simetria da
48 11,97 2,39 amostra, sendo calculados os valores dos
49 12,05 2,41 quartis e o grau e o tipo de simetria.
50 12,02 2,40
Valores dos quartis:
Após analise do escore, não foram
encontrados dados espúrios. Q1=2,37s
Q2=2,39s
2.4 Análise dos Resultados Q3=2,40s
Os dados obtidos foram agrupados
em uma distribuição de frequências em Grau e tipo de simetria:
intervalos de classes (Tabela 2), a partir da
qual foi construído o seu histograma (figura |𝑄3 + 𝑄1 − 2𝑄2 |
2), apresentados abaixo. ∅= = 0,33
𝑄3 − 𝑄1

Tabela 2: Distribuição de frequências em Tipo de distribuição: assimétrica.


intervalos de classes para os períodos de um
pêndulo simples obtidos experimentalmente. Como a distribuição é assimétrica
usa-se como medida de tendência central a
Classe Intervalos (s) Frequência moda e de dispersão o desvio médio,
absoluta (f) conforme mostra a Tabela 2 abaixo.
1 2,340 a 2,351 3
2 2,352 a 2,362 4 Tabela 2: medidas de tendência central e de
3 2,363 a 2,373 8 dispersão para o período de um pêndulo
4 2,374 a 2,384 7 simples.
5 2,385 a 2,395 13
6 2,396 a 2,406 9 Medida de Medida de Valor do
7 2,407 a 2,417 3 tendência dispersão erro da
8 2,418 a 2,488 3 central (T.C.) (desvio médio) T.C
Moda=2,39 s d=0,01515s 0,04s

A Tabela 3 mostra os resultados


obtidos para a medida estatística do período
de um pêndulo simples, para a aceleração da
gravidade no local do experimento, e do
desvio relativo percentual da medida obtida.

3
Tabela 3: Medida estatística do período de Deve-se salientar a importância do
um pêndulo simples, valor da aceleração da entendimento sobre ação de forças que o
gravidade no local do experimento e desvio experimento possibilita, permitindo que uma
relativo percentual da medida obtida. medida física seja determinada
experimentalmente através de medidas
Período P = (2,39±0,04) s simples e rápidas. Entretanto o valor obtido
Acel. da gravidade g = (10, 4±0,1) m.s-2 pode ser influenciado por erros
Desvio rel. percentual δR = 6,29% experimentais, principalmente nas medidas
dos períodos, ponto que deve ter uma
Como o valor determinado para a atenção especial durante a realização do
aceleração da gravidade possui apenas uma experimento, e pela própria limitação do
casa decimal (g = 10,4m.s-2) e erro modelo proposto.
calculado pela propagação dos erros das Conclui-se portanto que o experimento
medidas experimentais foi de 0,0075 m.s-2, é válido para determinar a aceleração da
com informação apenas a partir da 3ª casa gravidade em um certo local e que a medida
decimal, foi considerado um erro de 0,1m.s-2 obtida neste experimento, apesar de
para que este fique condizente com a classificada como aceitável, diverge do
medida obtida. valor canônico devido a erros experimentais
e à própria limitação do método utilizado.
3. DISCUSSÃO DO MÉTODO E DOS
RESULTADOS 5. REFERÊNCIAS
HALLIDAY, D, RESNICK, R, & MERRIL,
O valor da aceleração da gravidade J.; Fundamentos de Física – volume 2.; 2ª
obtido experimentalmente apresentou um ed; LTC editora (1994).
desvio relativo percentual de 6,29%, sendo a
Hickel, G.R; Apostilas para o curso de
qualidade da medida classificada como
Introdução à Física Experimental;
aceitável.
UNIFEI (2018).
Entretanto observou-se uma diferença
entre o valor obtido experimentalmente e o
valor canônico para a aceleração da
gravidade no local do experimento (g =
9,784951 m.s-2), o que se deve a erros
experimentais provavelmente cometidos na
medição dos períodos, e também à própria
limitação do modelo que propõe condições
ideais como ausência de resistência do ar e
de atrito, o que não é condizente com as
condições experimentais.

4. CONCLUSÕES

Apesar da diferença entre o valor


calculado para a aceleração da gravidade e o
valor canônico, o experimento demonstrou
ser uma ferramenta útil para a aplicação de
um modelo teórico visando determinar o
valor da aceleração da gravidade.

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