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TJBA

Tribunal de Justiça do Estado da Bahia

O documento a seguir foi juntado aos autos do processo de número 8000058-93.2018.8.05.0041


em 25/01/2018 16:58:58 e assinado por:
- JUSCÉLIO GOMES CURAÇÁ

Consulte este documento em:


https://pje.tjba.jus.br:443/pje-web/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
usando o código: 18012516582404000000009602487
ID do documento: 10081659
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO
FORMOSO – BA.

Maria Filha Silva, brasileira, aposentada, viúva, portadora do RG sob nº


03.575.348-08, inscrita no CPF sob o nº 471.651.625-34, filha de Henrique Bispo dos Santos e Maria Delfina
dos Santos, residente e domiciliada no Povoado Alagadiço da Borda da Mata, nº 205, CEP – 44790-000,
Município de Campo Formoso – BA, por seu advogado, com endereço eletrônico:
jcadvocacia.adv@gmail.com, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento
nos artigos 6º, 14, 20 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor, artigos 186, 927, 932 e 944 do Código
Civil e demais disposições aplicáveis à espécie propor a presente

AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – RITO ORDINÁRIO

Em face de Banco BMG S.A., inscrito no CNPJ nº 61.186.680/0001-74, com


sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3477, Bloco B, 9º Andar, Itaim Bibi, CEP 04.538-133, São Paulo –
SP, na pessoa de seus bastantes representantes legais, pelos motivos de fato e de direito a seguir:

PRELIMINARMENTE

DO ESTATUTO DO IDOSO

1. A Requerente, pleiteia pela aplicação dos artigos da Lei 10.741/03,


Estatuto do Idoso, que lhe dá direito a prioridade na efetivação dos seus direitos, vejamos:

“Art. 3º. É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao


idoso, com absoluta prioridade, a
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer,
ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população;” (gn)

“Art. 4.º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na
forma da lei.
§ 1.º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
§ 2.º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos
princípios por ela adotados.”
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“Art. 5.º A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa


física ou jurídica nos termos da lei.”

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Campo Formoso / BA Petrolina / PE
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JUSTIÇA GRATUITA

2. Tendo em vista que a Requerente é pessoa pobre na acepção jurídica


do termo e desta forma não possui condições de arcar com as despesas processuais da presente demanda
sem prejuízo de seu sustento. Eis que, trata-se de um aposentado, que possui como única renda o benefício
de Aposentadoria, importe este que não ultrapassa dois salários mínimos. Por este motivo, requer sejam
concedidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, na forma da lei.

3. Haja vista que, para concessão da justiça gratuita não é necessário


caráter de miserabilidade daquele que a requer, pois a simples afirmação da parte no sentido de que não está
em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do próprio sustento ou da família já é suficiente,
nos termos do art. 4º da Lei nº 1.060/50.

4. Cabe destacarmos, o art. 4º da Lei nº 1.060/50, que assim leciona:

“Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação,
na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.” (grifou-se).

5. É inclusive neste sentido o entendimento jurisprudencial dos


Tribunais pátrios, in verbis:

“AGRAVO BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA - Decisão que indeferiu os benefícios da


justiça gratuita por entender que a declaração de pobreza não bastaria para a concessão do
benefício Documentação acostada aos autos Concessão Decisão reformada para o fim de
conceder os benefícios da gratuidade processual. Recurso provido.” (TJ-SP - AI:
00434114520138260000 SP 0043411-45.2013.8.26.0000, Relator: Denise Andréa Martins
Retamero, Data de Julgamento: 27/03/2013, 25ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 01/04/2013). Inteiro teor: http://tj-
sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/114477683/agravo-de-instrumento-ai-434114520138260000-
sp-0043411-4520138260000

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO QUE DEFERIU OS BENEFÍCIOS DA


JUSTIÇA GRATUITA. - CONSTITUIÇÃO DE ADVOGADO PARTICULAR PELO
BENEFICIÁRIO - POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE PROVA QUE DESCARACTERIZA A
NECESSIDADE DO BENEFÍCIO - CONHECIMENTO E IMPROVIMENTO DO RECURSO. I -
A constituição de advogado pela parte autora, por si só, não tem o condão de desautorizar o
benefício da assistência judiciária gratuita, devendo ser analisada com outros elementos
fáticos a disposição do juiz aptos a comprovar a desnecessidade do benefício. II - Havendo
razões fundadas, o juiz deve deferir de plano a assistência judiciária, e só deve revogá-la se a
parte contrária provar que as custas e honorários podem ser pagos sem que isso comprometa a
situação econômica daquele que goza do benefício. III - Conhecimento e improvimento do
recurso.” (TJ-RN - AG: 11452 RN 2000.001145-2, Relator: Des. CristóvamPraxedes, Data de
Julgamento: 18/11/2004, 1º Câmara Civel, Data de Publicação: 04/12/2004). Inteiro teor:
http://tj-rn.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/3702732/agravo-de-instrumento-com-
suspensividade-ag-1452)

“AGRAVO INOMINADO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO - JUSTIÇA GRATUITA - ÔNUS


DA PROVA A Lei n. 1.060/50, que regulamenta a assistência judiciária, embora anterior à
Constituição Federal em vigor, estipula que a parte gozará dos benefícios da assistência
judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em
condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio e
de sua família.” (TJ-MG - AGV: 10024140969676002 MG, Relator: Evangelina Castilho Duarte,
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Data de Julgamento: 29/05/2014, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
17/06/2014). Inteiro teor: http://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/124073377/agravo-agv-
10024140969676002-mg/inteiro-teor-124073424

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6. É mister ressaltar que, o indeferimento do benefício da justiça gratuita
é um óbice ao acesso à justiça, sendo assim violação aos preceitos constitucionais, nos termos do art. 5º,
XXXV, da Constituição Federal.

7. Ademais, dizer que a renda declarada é incompatível com benefício


pretendido, pode se dizer que se esta ferindo o princípio da isonomia, e da razoabilidade preconizados na
Constituição Federal, pois em consonância com o seu artigo 5º, XXXIV, o qual assegura à todos o direito de
acesso a justiça em defesa de seus direitos, independente do pagamento de taxas.

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;”

DA AUDIÊNCIA DE CONCILIATÓRIA

8. Há de se ressaltar, que em homenagem feita pelo legislador aos


administrados na opção de escolha pela audiência de conciliação ou mediação, o inciso VII, do art. 319, do
NCPC é claro e condicionante quanto à necessidade de posição quanto ao tipo de realização ou não de
audiência.

“Art. 319. A petição inicial indicará:


(...)
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.”

9. Sendo assim, Vossa Excelência, a Demandante esclarece que tem


interesse em solucionar a questão de forma amigável e está disposto, em audiência de conciliação, a chegar a
um acordo que satisfaça ambas as partes.

10. Espera-se que Vossa Excelência realize uma audiência de conciliação


entre as partes, obedecendo o disposto do inciso VII do art. 319 do NCPC, posto que, de forma
administrativa a Acionante não alcançou êxito para ver seu direito garantido e com o apoio do judiciário este
tem a certeza que conseguirá resolver sua situação junto ao Requerido, mediante um acordo entre as partes.

DO MÉRITO

DOS FATOS

11. A Demandante, é beneficiária do INSS, através da Aposentadoria por


Idade, nº 1095129632, na cidade de Campo Formoso – BA.

12. Contudo, por alguma razão alheia ao conhecimento da Requerente,


fora firmado contrato de financiamento com o Requerido, sem o seu consentimento.
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13. Fato é que, a Autora, é pessoa simples, não tendo total conhecimento
dos descontos em seu benefício, tampouco dos trâmites bancários. Sendo que, há alguns meses, ele notou
que os valores do seu benefício estavam menores, momento em que verificou que existia um financiamento
com o Requerido, sendo descontado, que este não contratou, bem como, não recebeu o valor ali financiado.

14. Quando tomou ciência dos descontos, a Acionante entrou em contato


com o Réu, quando recebeu a informação de que nada poderia ser feito para solucionar o seu problema.

15. O único dado concreto que a Autora possui é o extrato fornecido pelo
INSS (doc. anexo), onde se verifica o contrato de empréstimo que ele não reconhece, qual seja:

a) nº 109512963200072017, com data de inclusão em 22.06.2017, saldo


devedor de R$ 1.029,64 (um mil e vinte e nove reais e sessenta e quatro centavos), valor descontado de R$
38,19 (trinta e oito reais e dezenove centavos).

16. Ainda, se pode verificar no mesmo extrato, que a Requerente, realizou


empréstimo consignado, o qual é reconhecido: nº 165972979 – valor emprestado de R$ 1.000,00 (um mil
reais), com início do desconto em novembro de 2007; nº 0123114374908 – valor emprestado de R$ 1.000,00
(um mil reais), com início do desconto em setembro de 2008; e, nº 0123301040000 – valor emprestado de R$
930,00 (novecentos e trinta reais), com início dos descontos em abril de 2016.

17. Frise-se que, a Autora é pessoa muito simples, não tendo condições de
verificar quais descontos estavam sendo realizados no seu benefício. Eis que, a única movimentação que
fazia em sua conta bancária era o saque do seu benefício, não emitindo um extrato sequer. Fato este, que a
confundiu, impedindo-a de perceber que estavam sendo descontas parcelas indevidamente.

18. Cabe informar, também, que, a Promovente, não recebeu o valor que,
supostamente, ela teria contratado. Restando claro a ocorrência da fraude, por parte do Requerido.

19. Acontece que, a Demandante, em nenhum momento, autorizou os


descontos acima mencionados, tampouco celebrou o referido contrato com o Requerido. Importante salientar
que, estão acontecendo descontos, no benefício que a Requerente recebe, que ela não faz ideia do que estes
possam corresponder.

20. De certo que, quando a Acionante teve conhecimento dos fatos aqui
narrados, por diversas vezes entrou em contato com o Réu, para obter informações sobre o que havia
acontecido e tentando solucionar, de forma amigável, tal impasse, o que não foi possível, pois os atendentes
do Requerido não demonstraram a mínima disposição para resolver o problema em tela.

DOS PREJUÍZOS

21. Desta feita, em razão dos fatos ocorridos a Requerente foi vítima de
diversos danos, principalmente sofreu Falha na Prestação do Serviço e negligência, pois o Acionado,
através dos seus funcionários, não zelou pela correta celebração do contrato de empréstimo, sem a
verificação exaustiva dos documentos necessários.
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22. Ocorre Excelência, que em detrimento dos fatos supracitados
decorrentes da má-fé e culpa única exclusiva do Réu, a Suplicante vem sofrendo diversos dissabores, em
decorrência dos descontos que estão sendo feitos em seu benefício previdenciário, de forma indevida.

23. Fato é que, a Demandante é uma pessoa humilde, sem recursos


financeiros, dependente exclusivamente do benefício que recebe junto ao INSS. E vem enfrentando privações
essenciais para a sua subsistência: alimentação, vestuário, falta de medicamentos e etc.

24. Insta salientar, que a Autora sofreu e ainda sofre transtornos


decorrentes do fato ocorrido com o Demandado, pois o mesmo foi, e continua sendo, lesado e se sente
constrangido.

25. Vale ressaltar que, a Requerente posteriormente aos fatos ocorridos,


encontra-se em estado depressivo e psicologicamente abalado, tendo em vista o nervosismo e as
humilhações sofridas e ocasionadas pelo Réu.

26. Desnecessários grandes esforços e argumentos para demonstrar o


patente constrangimento e humilhação que se abateram sobre a pessoa da Acionante, nessa lamentável e
desnecessária situação.

27. Portanto, constata-se facilmente o desrespeito que o Demandado teve


com a Requerente, principalmente, mediante a falha na prestação de serviço, bem como os prejuízos
financeiros aos quais a Autora foi e está sendo submetida. Eximindo-se, ainda, o Réu, de sua
responsabilidade e culpa, vez que a Demandante foi vítima deste, que não cumpriu com suas obrigações,
quais sejam: correta prestação de serviço, exatidão na celebração de contrato de empréstimo e etc.

28. Sendo assim, a Acionante pede a reparação pelos danos materiais e


morais sofridos, pois teve sua integridade e sua vida financeira abaladas, em detrimento dos fatos acima
descritos, o que lhe ocasionou e ainda ocasiona transtornos a sua moral e orçamento, sem necessidade.

29. Impede noticiar, que a Promovente desconhece os procedimentos do


Requerido, não se conformando como pôde, o mesmo, deixar que algo como o que aconteceu, possa
proceder sem qualquer empecilho, restando claro o desrespeito com a Autora, não se preocupando em
momento algum com os prejuízos que causaria à sua vida.

30. Deve-se frisar que, o Acionado, nunca demonstrou interesse em


reparar os danos sofridos pela Requerente em decorrência de sua conduta, o que está causando enormes
dissabores para a Peticionante.

31. Evidentes os danos materiais e morais, que atingiram a Requerente,


com as ações do Requerido, a mesma vê-se obrigado a socorrer ao Judiciário para ver reparados os danos
materiais e morais, bem como a indenização pelos dissabores sofridos até o presente momento pela pura
negligência, imprudência e imperícia do Réu.

DOS DIREITOS
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32. Pelo Código Civil, artigos 186, 927 e 944, a verificação da culpa e a
avaliação da responsabilidade, regula-se nas seguintes formas:

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“186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem fica obrigado a repará-
lo.”

“944. A indenização mede-se pela extensão do dano.”

33. De acordo com o artigo 186 do Código Civil, o Requerido violou os


direitos da Requerente, pois este não prestou serviço de forma correta, causando prejuízos de ordem moral à
Autora, eis que o Réu não zelou pela correta celebração do contrato de empréstimo, o que caracteriza defeito
no fornecimento de serviços e produtos por parte do mesmo.

APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

34. Conforme transcrito no artigo 14 da Lei 8.078/30, o fornecedor


responde pela reparação dos danos causados ao consumidor mesmo que, seja independente de culpa:

“O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação


dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.

35. É notória a responsabilidade objetiva do Acionado, pois independe do


seu grau de culpabilidade, uma vez que ocorreu falha, gerando o dever de indenizar, pois houve defeito
relativo à prestação de serviços.

36. Segundo entendimento dos nossos Tribunais:

O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, em acórdão de lavra da Min. NANCY ANDRIGHI,


decidiu que "tratando-se de relação de consumo, a responsabilidade do fornecedor perante o
consumidor é objetiva, sendo prescindível a discussão quanto à existência de culpa"
(SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - Terceira Turma, AGA nº 268585/RJ, publicado no DJU
de 05.02.2001, Agravante: BANCO REAL S/A, Agravado: ARMANDINA VIEIRA DE SOUZA).
(gn)

37. Ademais é necessário reconhecer que o serviço ofertado ao


consumidor possui vício de qualidade, na medida em que o abalo financeiro tanto pode produzir eficácia
patrimonial, como puramente moral em razão da prática abusiva, sendo assim este serviço, está infringindo
o disposto no artigo 6º, incisos VI do CDC:

“Art. 6º - São direitos básicos consumidor:


(...)
VI- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos;”

38. Podemos assim verificar que o CDC garantiu como direito básico ao
consumidor não só a reparação por danos morais e patrimoniais, mas também a efetiva reparação do dano.
Neste sentido prescreve o artigo 20, § 2º do CDC:

“Art. 20 - O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem


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impróprios ao consumo ou lhe diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

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(...)
§2º- São impróprios os serviços que mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles
se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.”

39. Sendo assim as práticas abusivas constantes no CDC consistem num


elenco exemplificativo de práticas comerciais abusivas, cabendo ao interprete verificar o desequilíbrio, a
manifesta vantagem excessiva e a ofensa à boa-fé como fonte para declaração da abusividade, sendo
indispensável cotejar com a teoria da lesão buscando assim a decretação da abusividade na relação de
consumo.

40. Com relação ao defeito na prestação do serviço e produto, podemos


verificar que o consumidor encontra-se em significativo desequilíbrio, pois o mesmo não pode interferir no
sistema de funcionamento do Requerido. Existindo assim, por outro lado, todo transtorno causado à Autora,
provocando-lhe constrangimento e abalo psicológico.

41. Insta salientar que o fornecedor de serviço responde solidariamente


pelos atos de seus prepostos conforme estabelece o artigo 34 do CDC:

“Art. 34 - O fornecedor do produto e serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus


prepostos ou representantes autônomos.”

42. Esta responsabilidade também está prevista em nosso Código Civil,


artigo 932 abaixo mencionado, discorre sobre a reparação civil quando seu empregado vier causar algum
dano à outra pessoa.

“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:


(...)
lll- o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou em razão dele;”

43. Ademais, o consumidor possui boa-fé objetiva, quem deverá fazer a


prova de que o mesmo está de má-fé é o fornecedor. Por fim, ocorrido o transtorno e a humilhação para o
consumidor, restou demonstrado o dano moral.

44. Estabelece o artigo 39 do CDC:

“Art. 39 – É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:


(...)
IV- prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;”

DA RESTITUIÇÃO EM DOBRO

45. De fato, não há outra forma de encarar atualmente as relações entre


consumidor e fornecedor sem se atentar para o fato de que o consumidor é a parte mais fraca das relações de
consumo. É, dito de outro modo, a parte que se apresenta frágil e impotente diante do poder econômico,
técnico e até mesmo político do fornecedor.

46. Pautado por este princípio é que o Código de Defesa do Consumidor


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definiu como direitos básicos do consumidor o direito “à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos” (art. 6º, VI).

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47. E, além da disposição genérica, para casos especiais, em que além do
mero dano patrimonial houvesse cobrança indevida, sempre atento à singular vulnerabilidade do
consumidor, previu a Lei nº 8.078/90 a obrigação de devolução em dobro do valor cobrado em excesso,
acrescido de correção e juros legais. A regra consta literalmente no parágrafo único do art. 42 do Código:

“Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem
será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e
juros legais, salvo hipótese de engano justificável.”

48. Na verdade, o art. 42 do Código de Defesa do Consumidor, além de


equilibrar as forças do jogo econômico, tem função dissuasória evidente. Ou o fornecedor acerca-se de todas
as garantias ao cobrar uma dívida de consumidor ou, como é corrente no mundo todo, será apenado pela
devolução do dobro do que recebeu.

49. É esse o entendimento que vem sendo adota pelo STJ, conforme
ementa que segue:

“DIREITO DO CONSUMIDOR. COBRANÇAS DE TARIFAS/SERVIÇOS SEM PREVISÃO


CONTRATUAL. DEVER DE INFORMAR DO PRESTADOR DE SERVIÇOS. ART. 14, CDC.
LEGITIMIDADE NA COBRANÇA NÃO DEMONSTRADA PELO FORNECEDOR.
RESTITUIÇÃO EM DOBRO. ARTS. 3º, 14 E 42, PARÁGRAFO ÚNICO DO CDC. SENTENÇA
MANTIDA. 1- O Código de Defesa do Consumidor utiliza, como premissa básica, a
vulnerabilidade do consumidor, daí porque a intenção do legislador no sentido de tutelar os
direitos das pessoas que, por meio de oferta, publicidade, práticas abusivas, cobrança de
dívidas e contratos de adesão com cláusulas abusivas, sofram qualquer tipo de violação ou
abuso de direito, enquadrando-se, nesse gênero, tanto a pessoa física como a jurídica. 2 - O art.
14 do Código de Defesa do Consumidor impõe ao prestador de serviços o dever de informar ao
consumidor sobre a sua fruição e riscos. A informação deve ser prestada com linguagem clara e
acessível, de modo a não induzir o consumidor em erro. 3 - Deve o fornecedor demonstrar que
informou devidamente ao consumidor dos custos da execução do contrato firmado, sob pena de
incidir em má-fé. 4 - Se ocorre cobrança de quantia indevida , o fornecedor não só fica obrigado
a restituir o que cobrou a mais, como também fica obrigado legalmente a restituir o dobro,
corrigido monetariamente, para evitar qualquer dano ao consumidor e, em última análise, para
evitar a negligência no cálculo do valor cobrado ao consumidor. 5- Apelação improvida -
Sentença mantida. (TRF 2ª R.; AC 2002.51.01.005878-9; Sexta Turma Especializada; Rel. Des.
Fed. Frederico Gueiros; Julg. 21/09/2009; DJU 02/10/2009; Pág. 83)”

REsp 1025472 . RECURSO ESPECIAL. FORNECIMENTO DE ÁGUA. CONSUMIDOR.


DESTINATÁRIO FINAL. RELAÇAO DE CONSUMO. DEVOLUÇAO EM DOBRO DOS
VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE. APLICAÇAO DOS ARTIGOS 2º E 42 , PARÁGRAFO
ÚNICO , DA LEI Nº 8.078 /90. I - "O conceito de"destinatário final", do Código de Defesa do
Consumidor , alcança a empresa ou o profissional que adquire bens ou serviços e os utiliza em
benefício próprio" (AgRg no Ag nº 807159/SP , Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS,
DJ de 25/10/2008). II - No caso em exame, a recorrente enquadra-se em tal conceituação, visto
ser empresa prestadora de serviços médico-hospitalares, que utiliza a água para a manutenção
predial e o desenvolvimento de suas atividades, ou seja, seu consumo é em benefício próprio. III
- A empresa por ser destinatária final do fornecimento de água e, portanto, por se enquadrar no
conceito de consumidora, mantém com a recorrida relação de consumo, o que torna aplicável o
disposto no artigo 42 , parágrafo único , da Lei 8.078 /90. IV - Recurso especial conhecido e
provido.
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DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

50. Segundo o Princípio da Isonomia disposto em nossa Constituição


todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. No caso
em tela, a Requerente deve realmente receber a supracitada inversão, visto que se encontra em estado de
hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com uma empresa de grande porte, ora Demandado, que
possui maior facilidade em produzir as provas necessárias para confirmação das alegações acima descritas.

51. Outrossim, percebe-se perfeitamente cabível a inversão do ônus da


prova, pelo que reza o inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa Civil, uma vez que a narrativa dos fatos
dão verossimilhança ao pedido da Acionante, conforme elencado no CDC a saber:

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


(...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;”

52. Vale ressaltar, que a Autora possui respaldo jurídico em 2 (duas) leis
vigentes em nosso Ordenamento Jurídico, a saber: a Lei nº 8.078/90 e a Lei 10.406/2002, quais sejam o Código
de Defesa do Consumidor e o Código Civil, restando evidente a pertinência do pedido de reparação por
danos morais e materiais sofridos pela Promovente.

53. No caso em tela resta clara que a hipossuficiência e a verossimilhança


das relações suscitadas nesta ação são inegáveis, já que existe prova inequívoca de que o Réu falhou na
prestação do serviço, sendo que as normas legais invocadas como fundamento da presente ação, dão conta,
também de forma inequívoca, que todos os atos praticados pelo Lesante são abusivos e ilegais.

DANO MORAL

54. Com relação ao dano moral puro, restou provado que o Requerido
com sua conduta negligente violou diretamente direito sagrado da Autora, qual seja, o de ter a sua paz
interior e exterior inabalada por situação para a qual não concorreu.

55. A nossa Carta Magna assegura o direito à honra e a imagem das


pessoas, bem como também, assegura o direito a indenização pelo dano sofrido conforme disposto no artigo
5º, inc X:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, á liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”

56. Quanto ao dano moral, estes não foram e jamais serão totalmente
indenizados, mesmo com o recebimento da indenização ora pleiteada, pois somente a Requerente sabe o que
sofreu e ainda sofre em relação ao mesmo.
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57. Por todo exposto, faz jus a Acionante a uma indenização a título de
danos morais, em conjunto com os materiais acima requeridos, no importe de 50 (cinquenta) salários
mínimos, a fim de amenizar todo o constrangimento resultante da manobra do Requerido.

DO PEDIDO DA TUTELA ANTECIPADA E SEUS PRESSUPOSTOS

58. Em face dos fatos articulados, e tendo em vista a demora na solução


deste impasse, o que representará ao Lesado prejuízo de grande monta de ordem material e moral, além do
seu direito está desfigurado, presentes estão os pressupostos do “FUMUS BONNI IURIS E O PERICULUM
IN MORA”,que dão suporte à presente cautelar.

59. A recusa do Requerido em obedecer à legislação em vigor, mediante o


descumprimento abusivo dos Diplomas Legais, impondo uma condição insustentável para a Requerente traz
justificável receio da espera pelo provimento final, tendo em vista que a Autora vem sofrendo descontos em
seu benefício previdenciário, sendo privado de satisfazer suas necessidades básicas, devido ao ínfimo valor
que lhe resta após os referidos descontos.

60. Presentes estão todos os pressupostos exigidos pelo artigo 300 e


seguintes, e artigo 537, ambos, do Novo Código de Processo Civil, bem como pelo § 3º do artigo 84 do
Código de Defesa do Consumido que autorizam a concessão da tutela, ora pleiteada.

61. E, ainda, se não bastasse apenas à tutela específica, prevista no art.


497, § único, do NCPC, o Requerente faz jus à aplicação de multa cominatória, de acordo com o art. 537 do
NCPC, o que desde já se requer:

“Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a
obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração
ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência
de dano ou da existência de culpa ou dolo.”

“Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja
suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento
do preceito.”

62. Requer desta forma, nos termos do artigo 300 e seguintes do NCPC e
84 do CDC a Concessão de Tutela Antecipada para que Vossa Excelência determine que o Réu interrompa,
imediatamente, os descontos que estão sendo realizados no benefício previdenciário em nome da Autora,
bem como, seja cancelado o empréstimo que fora feito em seu nome sem a necessária autorização. Da mesma
forma, devolva a quantia descontada indevidamente, em dobro, que foi furtivamente retirada de sua conta
bancária. Assim como, aqueles valores que forem descontados até o efetivo cancelamento do referido
contrato.

63. Diante de todo exposto, estando presentes todos os pressupostos que


autorizam a concessão da TUTELA ANTECIPADA, requer seu deferimento. Isto porque aguardar a
resposta do Demandado representa perigo de dano irreparável à vida da Acionante, uma vez que a mesma
não tem condição de suportar essa situação abusiva e constrangedora.
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64. A concessão da medida “ab initio”e da forma “inaudita altera pars”
faz-se justa e viável, caso contrário somente a Requerente será prejudicado, pois depende do provimento
jurisdicional para assegurar seu direito de solucionar a questão.

65. Restam presentes o “fumus boni iuris”, o “periculum in mora”, bem


como a verossimilhança.

66. Assim para que se torne eficaz a pretensão da Requerente, requer seja
concedida a MEDIDA LIMINAR DE TUTELA ANTECIPADA para que seja o Acionado compelido a
interromper, imediatamente, os descontos que estão sendo realizados no benefício previdenciário em
nome da Autora, bem como, seja cancelado o empréstimo que fora realizado em seu nome, sem a
necessária autorização. Da mesma forma, devolva a quantia descontada indevidamente, em dobro, que foi
furtivamente retirada de sua conta bancária. Assim como, aqueles valores que forem descontados até o
efetivo cancelamento do referido contrato.

REQUERIMENTO FINAL

67. Diante de todo exposto, requer finalmente a Vossa Excelência:

a) Seja recebida a presente Ação de Declaração de Inexistência de Débito


c/c Indenização por Danos Morais com Pedido de Tutela Antecipada – Rito Ordinário, bem como todas as
peças que a instruem;

b) A aplicação do Estatuto do Idoso, priorizando o andamento da


presente demanda;

c) Seja designada audiência conciliatória, para que as partes possam


chegar a um acordo;

d) Seja declarada a responsabilidade civil do REQUERIDO, em face da


humilhação e do constrangimento ocorridos no oferecimento e na prestação de serviços à Requerente;

e) Seja o Réu obrigado a cancelar o contrato de empréstimo, eis que a


Autora não o celebrou em qualquer momento;

f) Seja deferida a Tutela Antecipada, sendo assim o Demandado


compelido a interromper, imediatamente, os descontos que estão sendo realizados no benefício
previdenciário em nome da Autora, bem como, seja cancelado o empréstimo que fora feito em seu nome,
sem a necessária autorização. Da mesma forma, devolva a quantia descontada indevidamente, em dobro,
que foi furtivamente retirada de sua conta bancária. Assim como, aqueles valores que forem descontados até
o efetivo cancelamento do referido contrato.

g) Inversão do ônus da prova em favor da Promovente, principalmente


pela hipossuficiência financeira da mesma frente ao Réu;

h) A condenação do Acionado a devolver à Requerente, o dobro dos


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valores descontados no seu benefício previdenciário, até o momento de cumprimento da decisão de


cancelamento do mesmo;

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i) A condenação do Demandado a indenizar, a título de danos morais, o
importe de 50 (cinquenta) salários mínimos. Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer
seja arbitrado outro valor compatível com todos os danos sofridos pela Acionante e a capacidade econômica
do Lesante, tudo conforme exposto em fundamentação;

j) Sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita, em conformidade


com o art. 4° da Lei 1.060/50.

68. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito


admitidos, especialmente com documentos, depoimento pessoal do representante do Requerido, sob pena de
confesso, perícias e oitiva de testemunhas, cujo rol apresentará na forma dos artigos. 369 e 450 do NCPC.

69. A condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários


advocatícios, a serem fixados à base de 20% sobre o total da condenação, bem como as cominações previstas
nos artigos 84 e 85 do NCPC.

70. Finalmente, requer a citação do Acionado no endereço informado,


para que no prazo legal conteste a presente ação sob pena de revelia em conformidade com o artigo 344 do
NCPC. Requer ainda seja a presente ação JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE por sentença que
condene o Promovido em face dos pedidos supra, mais despesas processuais e honorárias advocatícios.

71. Dá-se a causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para


efeitos de alçada.

Nestes Termos,
Pede e espera deferimento.
Campo Formoso, 10 de janeiro de 2018.

Juscélio Gomes Curaçá


OAB/BA 46.175
OAB/SP 249.123

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