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PRELIMINARMENTE
DO ESTATUTO DO IDOSO
“Art. 4.º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na
forma da lei.
§ 1.º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
§ 2.º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos
princípios por ela adotados.”
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JUSTIÇA GRATUITA
“Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação,
na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.” (grifou-se).
Data de Julgamento: 29/05/2014, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
17/06/2014). Inteiro teor: http://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/124073377/agravo-agv-
10024140969676002-mg/inteiro-teor-124073424
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6. É mister ressaltar que, o indeferimento do benefício da justiça gratuita
é um óbice ao acesso à justiça, sendo assim violação aos preceitos constitucionais, nos termos do art. 5º,
XXXV, da Constituição Federal.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;”
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIATÓRIA
DO MÉRITO
DOS FATOS
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13. Fato é que, a Autora, é pessoa simples, não tendo total conhecimento
dos descontos em seu benefício, tampouco dos trâmites bancários. Sendo que, há alguns meses, ele notou
que os valores do seu benefício estavam menores, momento em que verificou que existia um financiamento
com o Requerido, sendo descontado, que este não contratou, bem como, não recebeu o valor ali financiado.
15. O único dado concreto que a Autora possui é o extrato fornecido pelo
INSS (doc. anexo), onde se verifica o contrato de empréstimo que ele não reconhece, qual seja:
17. Frise-se que, a Autora é pessoa muito simples, não tendo condições de
verificar quais descontos estavam sendo realizados no seu benefício. Eis que, a única movimentação que
fazia em sua conta bancária era o saque do seu benefício, não emitindo um extrato sequer. Fato este, que a
confundiu, impedindo-a de perceber que estavam sendo descontas parcelas indevidamente.
18. Cabe informar, também, que, a Promovente, não recebeu o valor que,
supostamente, ela teria contratado. Restando claro a ocorrência da fraude, por parte do Requerido.
20. De certo que, quando a Acionante teve conhecimento dos fatos aqui
narrados, por diversas vezes entrou em contato com o Réu, para obter informações sobre o que havia
acontecido e tentando solucionar, de forma amigável, tal impasse, o que não foi possível, pois os atendentes
do Requerido não demonstraram a mínima disposição para resolver o problema em tela.
DOS PREJUÍZOS
21. Desta feita, em razão dos fatos ocorridos a Requerente foi vítima de
diversos danos, principalmente sofreu Falha na Prestação do Serviço e negligência, pois o Acionado,
através dos seus funcionários, não zelou pela correta celebração do contrato de empréstimo, sem a
verificação exaustiva dos documentos necessários.
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22. Ocorre Excelência, que em detrimento dos fatos supracitados
decorrentes da má-fé e culpa única exclusiva do Réu, a Suplicante vem sofrendo diversos dissabores, em
decorrência dos descontos que estão sendo feitos em seu benefício previdenciário, de forma indevida.
DOS DIREITOS
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32. Pelo Código Civil, artigos 186, 927 e 944, a verificação da culpa e a
avaliação da responsabilidade, regula-se nas seguintes formas:
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“186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem fica obrigado a repará-
lo.”
38. Podemos assim verificar que o CDC garantiu como direito básico ao
consumidor não só a reparação por danos morais e patrimoniais, mas também a efetiva reparação do dano.
Neste sentido prescreve o artigo 20, § 2º do CDC:
impróprios ao consumo ou lhe diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
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(...)
§2º- São impróprios os serviços que mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles
se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.”
DA RESTITUIÇÃO EM DOBRO
definiu como direitos básicos do consumidor o direito “à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos” (art. 6º, VI).
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47. E, além da disposição genérica, para casos especiais, em que além do
mero dano patrimonial houvesse cobrança indevida, sempre atento à singular vulnerabilidade do
consumidor, previu a Lei nº 8.078/90 a obrigação de devolução em dobro do valor cobrado em excesso,
acrescido de correção e juros legais. A regra consta literalmente no parágrafo único do art. 42 do Código:
“Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem
será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e
juros legais, salvo hipótese de engano justificável.”
49. É esse o entendimento que vem sendo adota pelo STJ, conforme
ementa que segue:
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DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
52. Vale ressaltar, que a Autora possui respaldo jurídico em 2 (duas) leis
vigentes em nosso Ordenamento Jurídico, a saber: a Lei nº 8.078/90 e a Lei 10.406/2002, quais sejam o Código
de Defesa do Consumidor e o Código Civil, restando evidente a pertinência do pedido de reparação por
danos morais e materiais sofridos pela Promovente.
DANO MORAL
54. Com relação ao dano moral puro, restou provado que o Requerido
com sua conduta negligente violou diretamente direito sagrado da Autora, qual seja, o de ter a sua paz
interior e exterior inabalada por situação para a qual não concorreu.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, á liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
56. Quanto ao dano moral, estes não foram e jamais serão totalmente
indenizados, mesmo com o recebimento da indenização ora pleiteada, pois somente a Requerente sabe o que
sofreu e ainda sofre em relação ao mesmo.
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57. Por todo exposto, faz jus a Acionante a uma indenização a título de
danos morais, em conjunto com os materiais acima requeridos, no importe de 50 (cinquenta) salários
mínimos, a fim de amenizar todo o constrangimento resultante da manobra do Requerido.
“Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a
obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração
ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência
de dano ou da existência de culpa ou dolo.”
“Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja
suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento
do preceito.”
62. Requer desta forma, nos termos do artigo 300 e seguintes do NCPC e
84 do CDC a Concessão de Tutela Antecipada para que Vossa Excelência determine que o Réu interrompa,
imediatamente, os descontos que estão sendo realizados no benefício previdenciário em nome da Autora,
bem como, seja cancelado o empréstimo que fora feito em seu nome sem a necessária autorização. Da mesma
forma, devolva a quantia descontada indevidamente, em dobro, que foi furtivamente retirada de sua conta
bancária. Assim como, aqueles valores que forem descontados até o efetivo cancelamento do referido
contrato.
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64. A concessão da medida “ab initio”e da forma “inaudita altera pars”
faz-se justa e viável, caso contrário somente a Requerente será prejudicado, pois depende do provimento
jurisdicional para assegurar seu direito de solucionar a questão.
66. Assim para que se torne eficaz a pretensão da Requerente, requer seja
concedida a MEDIDA LIMINAR DE TUTELA ANTECIPADA para que seja o Acionado compelido a
interromper, imediatamente, os descontos que estão sendo realizados no benefício previdenciário em
nome da Autora, bem como, seja cancelado o empréstimo que fora realizado em seu nome, sem a
necessária autorização. Da mesma forma, devolva a quantia descontada indevidamente, em dobro, que foi
furtivamente retirada de sua conta bancária. Assim como, aqueles valores que forem descontados até o
efetivo cancelamento do referido contrato.
REQUERIMENTO FINAL
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i) A condenação do Demandado a indenizar, a título de danos morais, o
importe de 50 (cinquenta) salários mínimos. Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer
seja arbitrado outro valor compatível com todos os danos sofridos pela Acionante e a capacidade econômica
do Lesante, tudo conforme exposto em fundamentação;
Nestes Termos,
Pede e espera deferimento.
Campo Formoso, 10 de janeiro de 2018.
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